O documento discute como a arte pode ser usada como uma ferramenta terapêutica na arteterapia para ajudar os pacientes a expressarem emoções e conflitos internos. Ele explica que a linguagem artística reflete melhor a subjetividade do que a linguagem verbal e como diferentes técnicas expressivas como desenho, pintura e dança podem ser usadas.
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Título original
Linguagens e Expressões Em Arteterapia - Atividade
O documento discute como a arte pode ser usada como uma ferramenta terapêutica na arteterapia para ajudar os pacientes a expressarem emoções e conflitos internos. Ele explica que a linguagem artística reflete melhor a subjetividade do que a linguagem verbal e como diferentes técnicas expressivas como desenho, pintura e dança podem ser usadas.
O documento discute como a arte pode ser usada como uma ferramenta terapêutica na arteterapia para ajudar os pacientes a expressarem emoções e conflitos internos. Ele explica que a linguagem artística reflete melhor a subjetividade do que a linguagem verbal e como diferentes técnicas expressivas como desenho, pintura e dança podem ser usadas.
Embora possa ser desenvolvida a partir de diferentes referenciais
teóricos, a arteterapia se define em todos eles por um ponto em comum: o uso da arte como meio à expressão da subjetividade. Sua noção central é que a linguagem artística reflete (em muitos casos melhor do que a verbal) nossas experiências interiores, proporcionando uma ampliação da consciência acerca dos fenômenos subjetivos. Liomar Quinto Andrade, que é psicólogo clínico e autor do livro Terapias Expressivas, publicação oriunda de sua tese de doutorado pela USP, define que a expressividade ou a arte se torna um instrumento de trabalho quando combinada a um objetivo educacional ou terapêutico, apresentando como pressupostos fundamentais da arteterapia:
a) a expressão artística' revela a interioridade do homem, fala do
modo de ser e visão de cada um e seu mundo. Esse ato revela um suposto sentido, e cada teoria e método em arte- terapia e terapia expressiva se apodera desse ato diferentemente, b) por intermédio desse fazer arte', expressar-se, o terapeuta pode estabelecer um contato com o cliente possibilitando a este último o autoconhecimento, a resolução de conflitos pessoais e de relacionamento e o desenvolvimento geral da personalidade (Andrade, 2000, p.18)
A prática da Arteterapia favorece o ser humano de maneira
considerável. Este processo como ferramenta de psicoterapia pode auxiliar o paciente na liberação de emoções, na elaboração de conflitos internos e na descoberta de imagens perturbadoras que se encontram no inconsciente.
A linguagem consiste num instrumento que nos permite pensar e
comunicar o pensamento, ela estabelece diálogos com o nosso semelhante, no caso, com a figura do terapeuta. A linguagem em si nos permite dar sentido a toda realidade que nos cerca.
A manifestação da linguagem artística na forma de linguagem nos
aponta vantagens, uma delas consiste na expressão da comunicação das emoções, pois tal prática não segue pelo caminho da razão e nem acompanha o discurso verbal.
Através desse processo os conteúdos presentes no inconsciente são
emergidos para o campo da consciência. Além disso, a manifestação artística facilita o contato do ser humano com seus conflitos através da criatividade. A maneira como esse processo ocorre encontra as mais variadas explicações. A atividade criadora se torna um instrumento psicoterapêutico e a manifestação da psique através das artes se configura como um caminho de transformação individual.
As atividades com linguagens expressivas são utilizadas durante as
sessões de artetarapia auxiliando o arteterapeuta no processo de desenvolvimento, autodesenvolvimento, autoconhecimento e autoestima do cliente.
As diferentes linguagens expressivas por trabalhar com a intersecção
de vários saberes como: educação, saúde, arte e ciência, busca resgatar a dimensão integral do homem por meio da utilização de recursos artísticos.
O processo criativo também ajuda para acessar conteúdos internos e a
materialização de símbolos que estavam no inconsciente, ajudando no processo de autoconhecimento e transformação.
A Arteterapia usa a atividade artística como instrumento de intervenção
profissional para a promoção da saúde e da qualidade de vida, abrangendo hoje as mais diversas linguagens: plástica, sonora, literária, dramática e corporal, a partir de técnicas expressivas como desenho, pintura, modelagem, música, poesia, dramatização e dança.
Os benefícios da Arteterapia são inúmeros, auxilia a pessoa a resgatar,
debloquear e fortalecer potenciais criativos por meio de formas de expressão diversas; facilita o indivíduo a encontrar, comunicar e expandir o seu próprio caminho criativo e singular, favorecendo a expressão, a revelação e o reconhecimento do mundo interno e inconsciente.
Existem inúmeras técnicas que podem ser usadas pelo psicólogo em
um trabalho de arteterapia na linha junguiana, propondose atividades específicas ou simplesmente disponibilizando ao indivíduo diferentes materiais à sua escolha (papéis, giz pastel, tintas diversas, aquarela, argila, etc.). Embora Nise da Silveira trabalhasse apenas com a expressão livre e espontânea dos pacientes, na arteterapia, o psicólogo pode também estruturar as atividades expressivas a partir de alguns objetivos ou temas pertinentes ao caso em questão, visando com isso a auxiliar a pessoa em seu processo de individuação. Tal como postulado por Jung, a individuação designa o processo no qual um ser se torna realmente uma unidade, uma totalidade, pela integração consciente de seus vários aspectos inconscientes, manifestando a sua unicidade: trata-se da realização de seu si-mesmo, no que tem de mais pessoal (2001, p.355). O processo de individuação é o crescimento psíquico, o constante desenvolvimento da personalidade, no qual cada pessoa deve encontrar seu modo único de se realizar
No trabalho com arteterapia podemos utilizar a pluralidade, com
diferentes formas de processar e conhecer o mundo e com as diversidades de linguagens expressivas como a música, visual, plástica, corporal, literária, danças circulares sagradas. À medida que transitamos de uma linguagem a outra, descobrimos novos sentidos e novos ângulos da realidade. Com este transitar de uma linguagem a outra, exercitamos a nossa flexibilidade de descentrar de um ponto a outro, de uma figura a outra, de um símbolo a outro, buscando diálogo entre a diversidade e a constância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, L. Q. Terapias Expressivas. São Paulo: Vetor, 2000