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Índice

Avisos............................................................03
Dedicatória....................................................04
Prefácio..........................................................06
Presságios e Premonições..............................07
A Visão Premonitória.....................................09
O Acidente.....................................................12
A Projeção.....................................................15
A Chegada do Anjo........................................17
Um Passeio pelo Mundo Invisível.................24
Conhecendo outros Mundos..........................43
A Descoberta Palladium Mor.........................49
Últimas Reflexões.........................................53

Avelino Júnior

Edição 2012

www.palladiummor.com.br
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AVISOS:

Os relatos contidos neste E-book vieram de

experiências extracorpóreas vivenciadas por mim
Avelino Júnior, sem qualquer ligação com religião
alguma, embora muitos dos fatos se assemelhem a
certos conceitos religiosos, não possuo e nem faço
parte de nenhuma religião.
Não sou católico, nem protestante, nem
espírita e etc.
Apenas tenho e respeito o Deus Criador acima
de qualquer coisa, em outras palavras, o que quero
dizer é que este não é um livro religioso, mas sim
um livro que mostra os conceitos básicos da vida
material e espiritual, a fim de alertar as pessoas,
podendo estas terem isto como base de princípios,
caso optem em executar a Técnica Palladium Mor ou
qualquer outra prática que exija conhecimento
espiritual e disciplina.

Atenção:

Este E-book possui direitos autorais, não é

permitido nenhum tipo de cópia, reprodução,
alterações, distribuição, comercialização indevida,
exposição, venda ou qualquer uso com fins
lucrativos deste material.
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Dedicatória:

A você leitor, que gosta de se infiltrar em uma

obra onde o sobrenatural é o foco principal sem fugir
da realidade, as linhas que seguem abaixo serão
dedicadas a você.

Não só por experiências vividas, mas também

por uma sede incontrolável de expressar algumas
influências de ordem sobrenatural, os fatos me
levaram a escrever este livro virtual, que não se trata
de um conto imaginário, mas de realidades que as
vezes não podem ser decodificadas nesta vida terrena
por falta de equilíbrio espiritual e entendimento
quando se trata de assuntos sobrenaturais.

É provável que alguns leitores se identifiquem

com alguns dos fatos que compõe a obra, isto se dá
por não se tratar de um conto supérfluo, mas sim de
uma série de expressivas baseadas em verdades
longinquas de nível carnal, mas que podem ajudar-
nos aqui na Terra.
Sendo assim, só me resta agradecer a você
leitor que por sua vez acreditou que poderia estar se
envolvendo e descobrindo a beleza de nossas vidas de
um modo mais completo, e sempre cientes que tanto
para mim como para você leitor, ainda temos muito o
que aprender com estas experiências sobrenaturais
para que possamos aplicar algo de bom e se
beneficiarmos ainda mais nesta vida terrena.
Avelino Júnior.
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A Experiência Palladium
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Prefácio

Eu sempre acreditei em fenômenos

sobrenaturais tais como; fantasmas, aparições de
pessoas já falecidas, lugares assombrados e coisas do
tipo.
Mesmo sem ter visto, ou provado qualquer
coisa do gênero, eu não tinha dúvidas sobre tal.
Embora muitos dizem não acreditar em tais
fenômenos, temos que concordar que; toda vez que se
aborda qualquer assunto desta natureza, uma pitada
de dúvida sempre aparece.
É extremamente normal em algum momento de
nossas vidas, pararmos e tentarmos imaginar como é
que seria a sensação de estar morto.
Para muitas pessoas, estar morta é
simplesmente não participar e não sentir nada do que
a vida nos oferece como; sensações.
A morte não pode ser encarada como a última
fase de tudo.
Para se ter uma experiência extracorpórea por
alguns instantes, basta uma certa disciplina e um
pouco de concentração, mas para permanecer fora do
corpo por longos períodos a nível atemporal é
necessário uma alta disciplina, purificação e uma
concentração elevada.
A transição entre a vida e a morte da carne é um
ponto crucial para se conectar com mundos externos e
conhecer coisas novas.
E foi assim em um momento de transição já
beirando a morte, que conheci Palladium Mor.
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Presságios e Premonições

Todas as pessoas ao adormecer, normalmente

tem sonhos, algumas sonham com algo que deseja
muito, outras sonham com coisas que fizeram
durante o dia, ou até mesmo sonham com uma
mistura de fatos que aconteceram no passado.
Também há aqueles que sonham com coisas
desagradáveis e assustadoras, o que classificamos
como pesadelos.
Mas existe uma menor parte de pessoas que
tem sonhos bem curiosos, que merecem uma atenção
maior, chamamos este tipo de sonho de presságio.
Alguns sonhos classificados como presságios,
podem ser considerados como um tipo de aviso
sobre algo que está para acontecer.
O presságio pode ser bom ou ruim, digamos
que o presságio seja uma variante da premonição.
O que diferencia um presságio de uma
premonição são as formas em que ambos se
apresentam.
Os presságios normalmente se revelam através
de sonhos, muitas vezes se mostram embaraçosos
como enigmas que precisam ser decifrados, e muitas
vezes durante a vigília enquanto se está executando
qualquer afazer, o presságio se mostra fortemente
atingindo um ponto emocional que desperta um
pressentimento de que algo irá acontecer.
Este pressentimento pode desencadear boas
sensações ou más sensações, o que caracteriza um
bom ou mau presságio.
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Um pouco diferente dos presságios, as

premonições se revelam com mais clareza, tanto
durante o sono como durante a vigília.
Mesmo estando acordada, a pessoa que tem a
sensibilidade de perceber os fatos antecipadamente,
pode ter uma premonição em forma de visão,
estando esta pessoa em qualquer lugar.
Na maioria das vezes estas visões não têm som
algum, mas pode-se perceber nitidamente o fato que
está se desenrolando com muita clareza.
Muitas vezes a pessoa tem uma premonição
de algo ruim que irá acontecer com alguém que ela
conhece e tenta alertar para tentar evitar.
Neste caso só é possível evitar, se o que está
para acontecer não estiver programado pelo criador,
o que muitos chamam de predestinação, o que é bem
diferente.
Muitas premonições não são compreendidas
no momento em que ocorre, podendo ser
interpretadas dias depois ou anos depois, chamamos
isto de premonições longinquas.
Foi o que aconteceu comigo em Abril de 1997.
Desde criança que eu tenho premonições de
diversas naturezas, e quase sempre estas
premonições se revelavam em meus sonhos, sendo
poucos os casos em que tive visões estando
acordado ou quase acordado, digo isto porque
também é possível ter premonições enquanto se está
em um estado que é conhecido como; “Estado
Hipnagógico” que se manifesta como uma espécie
de transição entre o sono e a vigília.
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A Visão Premonitória

Abril de 1997.

Eu estava recém casado nesta época, e morava

em São Paulo onde moro até hoje.
Eu trabalhava com caminhão e me lembro que
neste dia eu chegava em casa por volta de três horas
da tarde e estava bem exausto.
Como de costume cumprimentei minha esposa
com um beijo e fui logo tratando de ir tomar banho.
Ao sair do banho, percebi que minha esposa já
tinha colocado meu almoço na mesa, eu nunca
almoçava fora de casa e não importava a hora que
acabasse o serviço, eu esperava chegar em casa para
comer.
Mas neste dia eu estava diferente e me sentia
estranho por dentro, eu estava com muita fome mas
não conseguia se alimentar, também estava com
muito sono mas não tinha reação alguma, apenas
fiquei sentado à mesa olhando para o prato de
comida.
Minha esposa me perguntou se eu estava me
sentindo bem, e eu respondi que estava com uma
sensação que não poderia ser descrita, pois se tratava
de algo que eu jamais havia sentido antes.
A fim de sair daquela situação, eu me levantei
e fui até a geladeira para tomar um pouco de suco, e
ao abri-la notei que a geladeira estava
descongelando e que a bandeja que fica abaixo do
congelador estava cheia de água.
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Retirei a bandeja a fim de despejar a água fora,

e ao olhar na água que estava na bandeja eu fiquei
perplexo com o que vi.
Eu via o meu próprio rosto no reflexo da água
mas meu rosto não estava perfeito, ele estava cheio
de escoriações e queimaduras.
Percebi também naquele reflexo que meus
olhos não tinham vida principalmente o esquerdo.
Minha esposa me perguntou porque eu olhava
tanto para a água na bandeja, eu me distraí nesta
hora e as imagens desapareceram.
Sem explicar nada, eu pedi para minha esposa
me deixar sozinho por alguns minutos, e disse que
depois eu explicaria o que estava acontecendo.
Levei a bandeja cheia de água para a mesa e
me sentei para se acomodar melhor, me concentrei
novamente na água que desta vez estava parada sem
balançar.
Novamente comecei a ver o fenômeno
estranho, e confesso que fiquei assustado embora já
estava acostumado a ter premonições, aquela visão
era diferente e duradoura, mas se apresentava com
flashes rápidos e alternados.
Percebi que eu não estava nada bem naquela
visão, pois meu semblante era muito triste, pálido e
conforme se desenrolava aquela visão, meu
semblante ia piorando.
Notei que havia uma espécie de fogo muito
intenso que às vezes passava na frente de meu rosto,
e pude perceber também que minhas mãos estavam
dilaceradas.
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Conforme os flashes daquela visão iam se

alternando, novas visões surgiam e eu pude me ver
deitado em uma mesa de cirurgia, e via claramente
os médicos operando meus olhos.
Eu comecei a ficar preocupado com aquilo
mas não conseguia parar de ver.
Enquanto eu me via na mesa de cirurgia, um
clarão muito intenso tomou conta de tudo na sala de
cirurgia e a visão desapareceu.
Fiquei me concentrando por longos períodos
para tentar ver novamente mas nada acontecia.
Contei tudo para minha esposa que ficou
muito preocupada, pois ela já estava acostumada a
ouvir minhas premonições e depois ver os fatos
acontecerem.
Tentei por vários dias me concentrar para ver
aquelas visões mas nunca tinha sucesso.
Mas acontece que uma premonição não pode
ser forçada a acontecer, se fosse uma visão comum
eu até conseguiria ver novamente, mas quando a
visão é premonitória ela só acontece
involuntariamente.
Isto me preocupou mais ainda, porque agora
eu tinha certeza de que aquilo que eu tinha visto se
tratava realmente de uma premonição, e sendo assim
tudo aquilo passaria a acontecer comigo.
Comecei a ficar com medo de ir trabalhar com
caminhão achando que aquela visão seria algum
alerta de acidente na estrada.
Mas os anos foram se passando e como nada
acontecia eu fui me acalmando mas sem esquecer.
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O Acidente

Dezembro de 2002.

Como já haviam se passado cinco anos, o

medo de que algo ruim acontecesse comigo
diminuiu mas nunca acabara completamente, pois
desde o dia daquela visão não se passou um dia
sequer sem que eu me lembrasse daquilo.
Eu nunca fui de comemorar o natal ou ano
novo soltando fogos, mas ao passar de caminhão
pelo Parque Edu Chaves próximo à rodovia Fernão
Dias parei para pedir informação sobre uma
transportadora, e vi um homem com uma banca
vendendo fogos de artifício.
Logo que me viu o homem começou a me
oferecer as caixas de fogos e outros itens, aproveitei
que estava ali com ele e perguntei a ele sobre a
transportadora, e ele me informou detalhadamente
onde se localizava a mesma.
Percebi que ele era uma boa pessoa e que
estava ali vendendo aqueles fogos para ganhar seu
sustento, e para retribuir o favor que ele me fez ao
me informar, decidi comprar uma caixa de fogos.
Mas um artefato que estava na banca chamou
minha atenção e eu resolvi perguntar a ele o que
aquilo fazia.
Ele me disse que era um foguete conhecido
como morteiro muito potente, e que só dava uma
explosão no ar mas muito forte.
Deixei os fogos e levei o tal morteiro.
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O natal se aproximava, e faltando poucos dias

para o natal eu resolvi pegar aquele morteiro que
parecia mais com um rojão enorme de fabricação
caseira.
Nunca tive vontade de soltar rojões, mas tinha
algo estranho me impulsionando naquele dia.
Eu não tinha trabalhado naquele dia e passei a
maior parte do dia deitado e já de noite bem perto
das 21 horas, peguei o morteiro e me dirigi até uma
praça próxima de minha casa.
Chegando na praça sentei-me em uma mureta
e peguei um isqueiro para acender o pequeno pavio.
Junto com o morteiro eu também segurava
meu celular, e então eu acendi o pavio do artefato
que imediatamente explodiu em minhas mãos bem
próximo de meu rosto.
O impacto me arremessou bruscamente para
trás, e um clarão flamejante me cegou
imediatamente.
O calor intenso e os pedaços de meu celular
foram os principais causadores da perda de minha
visão esquerda e perda parcial de minha visão
direita.
Vários pedaços do celular se encravaram em
meu rosto, corpo e também tive graves queimaduras.
Meus dedos foram arrancados violentamente
no impacto e eu fiquei surdo quase que por
completo, e minhas mãos foram dilaceradas.
Perdi três dedos da mão direita ficando
somente com o polegar e parte do mindinho.
Na mão esquerda perdi o polegar e um pedaço
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do indicador.
Quando fui arremessado pelo impacto, eu caí
de costas violentamente no chão mas me levantei
rapidamente, mesmo sem enxergar nada e ouvindo
muito pouco eu tentei correr sem rumo mas caí
novamente e senti meu sangue indo embora e
minhas forças também começavam a desaparecer.
Eu permaneci caído e perdendo sangue por uns
vinte minutos, e ouvia bem longe muitas vozes de
pessoas se aglomerando, mas ninguém se
aproximava de mim por medo devido a tamanha
violência da explosão.
Eu sangrava pelas mãos e por várias partes do
corpo que foi perfurado.
Até que chegou o socorro, uma viatura da
polícia parou, e os policiais me levaram para um
hospital local.
Na chegada ao hospital eu já estava entrando
em estado de inconsciência, e aos poucos todos os
meus sentidos foram desaparecendo até que não vi e
nem ouvi mais nada.
No dia seguinte, já com as duas mãos semi
reconstruídas, eu fui transferido com urgência para
um hospital maior que tinha bons profissionais da
área da oftalmologia, pois meus olhos precisavam
ser operados com urgência e eu também necessitava
de sangue com muita urgência.
Fui então transferido e permaneci internado
por dez dias e passando por diversas cirurgias.
Nas poucas horas em que estive consciente
entre uma cirurgia e outra, eu já me sentia como se
não mais fizesse parte deste mundo.
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A Projeção

Eu estava prestes a fazer mais uma cirurgia, e

me lembro que estava um pouco lúcido apesar de
estar praticamente sem sangue.
Ouvi os médicos conversando e de repente
uma espécie de vibração começou afetar a parte de
trás de minha cabeça, e foi aumentando passando a
abranger toda a cabeça até tomar conta de todo o
meu corpo.
Fiquei com uma sensação de estar paralisado e
com o corpo todo dormente, eu me sentia inflado e
comecei a sentir uma necessidade de levantar.
O estado em que eu se encontrava era muito
estranho, eu me sentia imóvel e ao mesmo tempo
sentia uma liberdade que me obrigava a levantar
daquela mesa de cirurgia.
De repente eu instintivamente saltei para frente
e fiquei de pé na sala bem na frente de um dos
médicos que realizava a cirurgia em mim.
Até o momento eu ainda não havia percebido o
que aconteceu e então eu disse para o médico que eu
levantei por impulso e pedi desculpas, mas ele não
reagiu e nem me olhou quando eu falava com ele.
O interessante, é que eu estava cego e quando
eu estava deitado com vontade de saltar da cama eu
enxergava tudo, inclusive quando caí de pé na frente
de um dos médicos, eu enxergava ele perfeitamente
mas não achei nada estranho.
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Eu não me incomodei com o tratamento

indiferente do médico e prossegui dizendo que iria
se deitar novamente e foi nesta hora que um
desespero desenfreado se apoderou de mim.
Ao olhar para a mesa onde eu acreditava estar
vazia, eu me deparo com meu próprio corpo deitado,
e neste momento comecei a entrar em pânico e
achei que estava morto.
Eu via e ouvia tudo o que acontecia na sala
mas a visão era diferente, parecia um tom de sépia e
as vezes um tom azulado, mas tudo bem nítido, e
mesmo que eu fechasse os olhos, eu enxergava
através das pálpebras.
Embora eu já tivesse um pouco de
conhecimento sobre vida pós-morte, o impacto de
ver meu próprio corpo em uma mesa de cirurgia não
foi nada agradável, e uma terrível confusão começou
a me perturbar.
Comecei a acreditar que realmente estava
morto e que aquela sala era de um necrotério.
Eu gritava muito, mas os médicos não podiam
me ouvir, eu gritava pedindo ajuda, eu queria sair
daquela situação.
Enquanto eu pedia ajuda desesperadamente,
eu vi que algo brilhante como se fosse vários fios
que saiam de meu corpo deitado, e vinham até mim,
era algo denso parecendo ter uma aura em volta.
Eu tinha um certo conhecimento sobre aquilo,
mas no momento em que pude ver eu fiquei
desorientado e mais assustado.
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A Chegada do Anjo

Enquanto uma enorme confusão se misturava

ao meu desespero, me acalmei quando uma luz
branca e muito forte tomou conta daquela sala, e
uma sensação de paz se fez presente naquele
momento.
Ao mesmo tempo em que aquela luz me
acalmava, eu ficava ainda mais desorientado, a
intensidade da luz não me permitia ver mais nada,
apenas enxergava aquele clarão imenso.
Ouvi uma voz suave dizer meu nome, mas não
era o meu nome comum, era um nome que eu nunca
tinha ouvido antes, mas quando ouvi sabia que era
comigo.
Tratei de responder depressa, e comecei a ver
no meio daquele clarão uma figura magnífica.
Era um Anjo muito reluzente e eu notei que ele
tinha as formas de um homem, porém um pouco
maior.
Não conseguia ver o rosto, e também percebi
que ele possuía asas, suas asas eram muito grandes e
suas vestes eram de uma cor que aqui jamais tinha
visto antes.
Parecia que minha visão ficava cada vez mais
nítida ao olhar para ele, mas não enxergava seu rosto
de forma alguma.
Ele se aproximou de mim e se apresentou
como Sanrel, me disse que é um mensageiro do
Deus Criador, e também era protetor.
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Eu não conseguia dizer nada, tudo parecia um

sonho mas ao mesmo tempo eu tinha a certeza de
que era real e apenas ouvia.
Sanrel me disse que me escolheu com
permissão de Deus para me retirar de minha esfera
por um período, e durante este período muitas coisas
me seriam reveladas para que eu pudesse de alguma
forma ajudar outros seres assim como eu a progredir
espiritualmente e finalizar suas missões nesta esfera.
A esfera a que Sanrel se referia, era o planeta
Terra e segundo ele eu fui escolhido para ser
agraciado pela dádiva das revelações porque
percebeu que sou forte espiritualmente, e ao retornar
ao meu envoltório que seria meu corpo carnal, eu
teria equilíbrio suficiente e não me renderia à
loucura.
Depois de me dizer estas coisas, Sanrel me
disse que precisava me levar para um lugar onde eu
poderia iniciar a primeira reflexão sobre a
importância de adquirir conhecimento em outras
esferas, e posteriormente compartilhar com aqueles
que necessitam.
Então Sanrel foi se afastando de mim e sua luz
me carregava junto com ele, fazendo com que eu o
seguisse involuntariamente.
Enquanto eu estava sendo arrastado pela luz de
Sanrel, eu não enxergava absolutamente nada além
de sua luz muito intensa.
Percebi então que Sanrel agora se afastava de
mim, e sua luz já não me carregava com ele, e de
repente eu me vi dentro de minha casa.
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Tudo estava como antes e isso me fez pensar

que tudo não passava de um sonho.
Sentei em minha cama e senti um alívio
enorme, decidi levantar e procurar minha esposa, eu
estava ansioso para contar o sonho estranho que tive
para ela.
A mãe de minha esposa morava no mesmo
quintal, e eu estava ouvindo vozes vindo da casa
dela, e notei que ela falava com minha esposa.
Fui até lá e entrei por uma porta que dá acesso
à cozinha, vi minha sogra de pé perto da pia, e
minha esposa sentada em uma cadeira.
Cumprimentei minha sogra dando um bom dia
mas não fui correspondido, dei um beijo no rosto de
minha esposa e não vi nenhuma reação da parte dela.
Então eu comecei a contar meu sonho para ela
detalhadamente, mas percebi que ela só falava com a
mãe dela e não me olhava.
Eu não estava prestando atenção no que ela
falava com a mãe dela, e de repente minha esposa
começou a chorar e a mãe dela veio e sentou ao lado
dela dizendo; “Não fique assim, essas coisas
acontecem, Deus sabe o que faz”.
Eu perguntei para minha esposa o que
aconteceu, mas ela não me olhava, e começou a falar
para a mãe dela se lamentando; “Por que que isto foi
acontecer com ele? Por que ele foi comprar aquele
artefato? Por que meu Deus?”.
Amigos e parentes meus começaram a chegar
com feição triste, e consolavam minha esposa.
Eu entrei em desespero novamente.
 20

Eu tive a terrível sensação de que não foi um

sonho, e me vi perdido e desesperado mais uma vez,
e comecei a gritar por socorro mas ninguém me
ouvia.
O meu estado de pranto se misturou ao clima
que se passava naquela casa, e foi nesta hora que eu
caí em uma cilada sobrenatural onde quem
predomina é o medo e o desespero que quando
alimentados por uma mente confusa, se tornam
inimigos quase que imbatíveis se não houver
controle e equilíbrio.
Fui até a sala, e me deparei com uma coisa
terrível que me assombrou por completo.
Vi perfeitamente meu próprio caixão no meio
da sala e muitas flores e velas acesas, eu podia sentir
o cheiro das flores e aquilo me apavorou e eu fiquei
desolado, eu estava entrando em choque.
Comecei a ver as pessoas se aproximar de meu
caixão com semblantes caídos, e tudo isso foi me
enlouquecendo e comecei a clamar por Deus.
Quando clamei por Deus, eu entendi o que o
anjo Sanrel quis dizer quando me disse que me
levaria para um lugar onde eu iniciaria minha
primeira reflexão sobre a importância de adquirir
conhecimento em outras esferas, e compartilhar com
os que necessitam.
Então comecei a juntar as peças, e minha
mente confusa já começava a entrar em ordem,
tentei forçar o foco de meus pensamentos na cena
que vi no hospital que era meu corpo na mesa de
cirurgia, e logo a visão do caixão foi se dissipando.
 21

Eu realmente estava fora de meu corpo, a cada

evento novo que acontecia, eu ficava mais certo
disto.
Sanrel me transportou para minha própria casa
para que eu pudesse sentir o medo, o terror da morte
e todos os atributos da impiedosa sensação da não-
existência, embora eu pudesse presenciar tudo
aquilo, a sensação é de não fazer mais parte deste
mundo.
Se eu demorasse um pouco mais para clamar
por Deus, ou se eu clamasse a ele sem fé alguma, eu
certamente iria passar a ver outras coisas mais
apavorantes e terríveis como por exemplo; espíritos
desfigurados de baixos níveis, e obsessores para me
atormentar.
Deus é a fonte, e quando não se crê nele tudo
se complica, até mesmo em uma experiência
extracorpórea.
Alimentei ainda mais a minha certeza de que
existe vida após a morte, e que ao deixar o corpo
físico tudo fica muito confuso se não tiver uma boa
disciplina sobre a morte, e então tudo aquilo que
você teme pode se materializar e te torturar por um
longo tempo.
Então assim como Sanrel havia me dito, eu
passei a refletir a respeito daqueles que morrem em
acidentes trágicos e subitamente.
Passei a refletir também como ficaria a
situação daqueles que morrem assassinados, e dos
suicidas.
 22

Com estas reflexões, eu entendi perfeitamente

a importância de alertar os que necessitam destas e
de muitas outras coisas que vi e aprendi nesta e em
outras esferas.
Na ocasião em que me vi em desespero, eu
estava apenas fora de meu envoltório (corpo físico)
mas ainda estava ligado a ele por um cordão
conhecido como cordão de prata, quando eu estava
perto do meu corpo físico na mesa de cirurgia, ele
era muito denso e volumoso, parecia ter vários fios
muito finos saindo de todo o meu corpo, e na medida
em que fui me afastando, ele foi se afinando dando o
aspecto de um cordão, e se unia ao meu corpo astral
pela parte traseira da cabeça, e como é bem
luminoso e com uma cor prateada dá-se o nome de
cordão de prata, mas também tem outros nomes.
O que eu quero dizer com tudo isso é que
mesmo eu estando fora de meu corpo mas ligado a
ele pelo cordão de prata, eu senti uma terrível
sensação de morte e abandono, uma angústia que
parecia não ter mais fim, e só aumentava o tormento
a cada segundo.
Então imagine o estado que fica uma pessoa
indisciplinada espiritualmente, que de repente é
surpreendida pela morte de fato.
Isto me levou ao desejo de levar adiante o
conhecimento e a disciplina do mundo espiritual
para aqueles que necessitam e querem se
conscientizar a respeito destas maravilhas que tão
pouco conhecemos, mas que podemos explorar.
 23

Voltando ao meu estado de equilíbrio, após

refletir sobre tantas coisas, eu saí da sala onde eu
tinha tido a visão aterrorizante de meu caixão, e fui
até a cozinha.
Minha esposa conversava com a mãe dela e
com os meus amigos e parentes, mas agora eu
prestava atenção no que eles falavam e vi que eles
comentavam sobre o acidente que sofri e sobre uma
visita que fariam a mim no hospital depois que eu
voltasse ao quarto após a cirurgia.
Eu agora estava entendendo tudo, e neste
momento eu comecei a olhar para minha esposa
preocupada comigo e fiquei emocionado, embora
estas emoções não fizessem parte de um corpo
desencarnado, eu as sentia por estar ligado ao meu
corpo físico pelo cordão prateado, e mesmo que eu
estivesse morto e este cordão fosse rompido pela
morte, eu ainda assim sentiria muitas das sensações
desta vida terrena até se desligar totalmente de laços
afetivos de ordem carnal.
Naquele momento senti a presença forte de
Sanrel chegando, sua luz começava a tomar conta do
ambiente em que eu estava, então eu fui até minha
esposa e lhe dei um beijo, ela nada percebeu mas
para mim foi como ter tocado nela como sempre
fazia, eu pude senti-la.
A partir daquele momento eu já pressentia que
muita coisa iria acontecer dali em diante, então eu
procurei deixar meus pensamentos neutralizados e
minha mente o mais receptível e aberta possível,
pois agora eu já não estava em um estado confuso.
 24

Um Passeio pelo Mundo Invisível

Tudo é muito estranho e novo quando se está

fora do corpo, mas quando se tem consciência e
controle, é como estar nascendo de novo, a sensação
de liberdade é muito prazerosa, é como sair de uma
caverna escura e abafada e voltar ao ar livre.
O meu corpo astral era exatamente igual ao
corpo físico, só que mais vivo e vigoroso.
A imagem de meu corpo físico na mesa de
cirurgia era horrível, é como ver um cadáver, não
tem o brilho vitalício, é opaco e vazio.
Percebi que a vitalidade de um corpo é
composta de espírito e matéria.
Ao entrar em estado consciente quando se está
fora do corpo, é difícil aceitar que terá de retornar a
ele, é tão sombrio que em momentos chega a ser
desprezível.
Enquanto eu refletia sobre estas coisas, a luz
intensa de Sanrel abrangia com mais intensidade
aquele local, e aos poucos eu pude vê-lo se
aproximando.
Agora eu já começava entender que Sanrel era
uma espécie de guia espiritual, e que ele era um
espírito muito puro, um espírito perfeito.
Escutei novamente a voz suave dizendo meu
nome, e logo foi me dizendo que minhas reflexões
foram aprovadas e que meu estado de equilíbrio era
favorável ao que viria adiante.
Então Sanrel me disse que muitas coisas me
aguardavam, eu precisava conhecer minha esfera.
 25

Sanrel se referia a esfera em que eu pertenço

atualmente, ou seja; “A Terra”.
Antes de me deslocar para outras esferas,
Sanrel queria me mostrar a Terra de uma forma que
eu nunca tinha visto antes.
Ele se referia ao mundo invisível que nos
cerca, o fluxo de espíritos que transitam em nosso
meio sem que nós desconfiamos ou percebamos.
Estes espíritos às vezes nos ajudam, e às vezes
nos atrapalham, muitas vezes nos influenciam sem
que tomamos conhecimento disso.
Sanrel se transportou me levando consigo, e o
primeiro lugar em que me deixou foi em um
cemitério muito grande, Sanrel nunca permanecia
comigo, ele desapareceu repentinamente desta vez, e
me deixou sozinho naquele cemitério.
O propósito de Sanrel era me deixar livre sem
seu apoio para que eu pudesse ter a experiência de
forma mais apurada, e também ter minhas próprias
reflexões sobre tudo o que eu encontrava, e assim
Sanrel só retornava quando meu conhecimento sobre
tudo o que eu presenciava estivesse muito bem
enraizado e equilibrado.
E isto não era uma tarefa difícil porque na
medida em que novas coisas vão se revelando,
minha mente se abria mais, e eu ficava ainda mais
receptível e pronto para ultrapassar qualquer
obstáculo.
E quando olhei para as ruas daquele cemitério,
percebi que milhares de espíritos passeavam de um
lado para outro e alguns me percebiam outros não.
 26

Antes de me deixar ali Sanrel havia me

revestido com uma espécie de manta energética, que
manteve um campo luminoso em minha volta o
tempo todo, Somente espíritos puros e perfeitos
como Sanrel podem fazer isto com um espírito
inferior como o meu espírito.
Aquilo me permitiu se manter oculto de outros
espíritos e também mantinha afastados espíritos que
podiam me ver, sendo possível que se aproximassem
de mim somente se eu permitisse.
O campo luminoso à minha volta também era
visto por outros espíritos, e tinha efeito sobre eles.
Fiquei mais seguro e então comecei a observar
as cenas horríveis que aconteciam ali bem diante de
meus olhos.
Eu não tinha a percepção de dia ou noite, claro
ou escuro, eu apenas via tudo como se fosse um fim
de tarde bem perto do anoitecer, e a tonalidade em
que eu enxergava era como sépia, mas algumas
cores se destacavam mais.
A audição era perfeita, e eu podia tanto ouvir
como ver ao mesmo tempo os dois mundos, o carnal
e o espiritual, ou podia ver e ouvir só aquilo que
estava focado no momento.
Em meio a tantos espíritos passando para
todos os lados, era um pouco difícil focar a visão em
algum em especial, mas o espírito de uma mulher
me chamou a atenção.
Gritos saiam por debaixo da terra do cemitério
pedindo ajuda desesperadamente.
 27

Quando se está em estado de espírito (fora do

corpo), é possível se locomover para qualquer lugar
e até voar, atravessar paredes, objetos ou se adentrar
ao solo.
Ao ouvir aqueles gritos vindos do solo eu já
tinha a percepção de que os gritos vinham de
aproximadamente dois metros de profundidade.
Os gritos não eram abafados e sim bem
nítidos, a terra que cobria o caixão daquela alma que
gritava incessantemente não era obstáculo para a
propagação dos sons espirituais (gritos), uma vez
que a terra é matéria terrena.
Tratei então na minha condição de espírito, se
aproximar daquele som de desespero e me adentrei
terra a dentro na vertical.
A cena não foi nada agradável, ao chegar no
fundo daquela cova, eu me deparo com o espírito de
uma mulher que não se conformava de jeito nenhum
com o fato de que tinha morrido, para ela aquilo era
um pesadelo duradouro que parecia não haver mais
fim.
Ela pedia ajuda e também repetia várias vezes
que queria acordar daquele pesadelo.
O mais cruel era o fato de que ela estava o
tempo inteiro pairando em cima de seu cadáver que
já estava em um estado horrível de decomposição.
A forte ligação com a vida material e a falta de
conhecimento acerca da espiritualidade, faz com que
as pessoas fiquem neste estado por períodos longos,
até que um espírito de luz com ordem divina possa
ajudá-las a saírem daquela situação.
 28

Vontade de ajudar foi tudo o que eu senti

naquele momento, um misterioso impulso intuitivo
me conduziu até ali para que eu pudesse ajudar
aquela alma, parecia que Sanrel ficava observando
os meus passos de longe para ver se eu tomaria a
decisão correta, e quando ele percebia a minhas
atitudes, ele me conduzia.
Como eu havia dito anteriormente, o fluxo de
espíritos é constante nesta terra, seja ali naquele
cemitério ou em qualquer outra parte, e como aquela
alma estava ali sofrendo em desespero, alguns
espíritos de níveis baixíssimos e perversos se
aproveitavam daquela situação para amedrontar
ainda mais aquela alma.
Estes espíritos perversos que eu chamaria aqui
de obsessores, faziam farra diante daquela alma e se
mostravam com aparência monstruosa, desfigurados
e esquelética.
Eles também horrorizavam-na sussurrando em
seus ouvidos com tons maléficos frases de horror
como:
“Você vai arder conosco no inferno, nós
vamos te torturar eternamente e etc”.

Pessoas ligadas a religiões medíocres,

normalmente não ficam cientes e entendidos sobre
suas vidas após a morte, e muito menos sobre a
espiritualidade como um todo, e quando chega a
hora da morte ficam nesta situação por longos e
longos períodos.
Deus permite isso para puni-las.
 29

Ao descer até aquela cova, eu me ocultei,

então aqueles espíritos maus não podiam me ver e
nem mesmo o espírito atormentado daquela jovem
mulher podia me ver.
Então eu naquele momento vendo ela naquele
desespero passei a ficar visível e aqueles maus
espíritos fugiram.
O motivo deles terem fugido é que espíritos de
níveis baixos não suportam ver espíritos de níveis
superiores ao deles, eles são sombrios e obscuros, e
absorveram em suas obscuridades toda sorte de
perversidade e depravação possível, o que os fazem
fugir de vergonha e antipatia ao ver espíritos
iluminados.
O espírito atormentado daquela mulher não os
afugentava por tratar-se de um espírito em fase
confusa se tornando assim neutro, nem obscuro e
nem iluminado.
Eu não era ali um espírito desencarnado,
estava apenas fora de meu corpo físico, mas os
espíritos maus me viram de alguma forma sendo
superior a eles.
Assim que sumiram aqueles espíritos, o
espírito daquela mulher se acalmou um pouco e
passou a me ver, a reação dela foi de quem estava
aliviada, e logo percebeu que eu era do bem e me
perguntou quem eu era, eu disse a ela que não se
preocupasse em saber meu nome, mas que
permitisse apenas que eu a ajudasse.
O pior estava para acontecer naquele
momento, mas seria de rápida compreensão dela.
 30

Ela achava que estava sonhando, e para ajudá-

la a seguir seu caminho, eu teria que fazê-la
compreender o seu estado real que era o de um
espírito desencarnado, ou seja, a matéria estava
morta.
Eu comecei a explicar a ela todo o processo da
vida e da morte que até ali eu sabia, e ela sempre se
recusando a acreditar na possível morte.
O fato de ela não se lembrar de como faleceu
favorecia sua resistência em relutar contra a verdade.
Comecei a detalhar para ela assuntos a respeito
dos laços que nos prendem ao corpo físico.
Somos compostos de corpo alma e espírito,
sendo que o corpo é matéria orgânica, este por sua
vez é tangível (palpável).
O corpo possui uma inteligência orgânica de
ordem mecânica que se perde ao morrer.
A alma é intangível e imortal e sua inteligência
é espiritual assim como a alma em si também o é.
O espírito é um fluído vital que não ocupa
espaço no mundo material.
A alma e todos os seus atributos bem como a
inteligência, se integra ao espírito.
Entre o corpo físico e o espírito, existe um
intermediário que chamamos de perispírito, é ele
quem faz a ligação do espírito ao corpo.
O perispírito podemos dizer que é um
composto semi material e se liga ao corpo através do
cordão de prata.
O espírito não pode se ligar ao corpo
diretamente por não ser algo material, neste caso
 31

necessita do perispírito para fazer a ligação.

O perispírito apenas se prende ao corpo físico
enquanto este tem vida orgânica, mas após a morte
do corpo, o espírito não tem porque habitá-lo, então
o perispírito encarrega-se de se desprender do corpo
e ele carrega ao espírito todas as características do
corpo físico como tamanho aparência e etc.
Mas nem sempre o perispírito se desprende do
corpo facilmente, em casos onde a pessoa falecida
era muito materialista e pouco preocupada com o
estado de espírito, o perispírito carrega sentimentos
da carne e a inconformidade com a morte torna o
processo de desligamento muito vagaroso.
Após eu explicar estas e muitas outras coisas,
aquela mulher começava a entender o que lhe
acontecera de verdade.
Aos poucos a perturbação foi passando, e ela
começou a entrar em pranto porque as lembranças
começavam a lhe vir a mente.
Nós possuímos duas mentes; a mente sutil e a
mente grosseira.
A mente grosseira é onde ficam armazenadas
as informações terrenas do nosso dia a dia.
Quando recordamos de um fato que ocorreu a
dez anos, na verdade nós buscamos informações que
estão armazenadas em nossa mente grosseira.
A mente sutil é onde ficam armazenadas todas
as informações terrenas, e também de nossas
múltiplas existências, este é um atributo do espírito.
Mas a mente sutil só é acessada com um alto
grau de meditação ou ao morrer o corpo físico.
 32

Ao sair do estado de perturbação, o espírito

daquela mulher começou a acessar sua mente sutil e
começou a se lembrar quem ela era e como morreu.
Conforme seu espírito ia se desencaixando do
corpo físico, sua mente sutil buscava mais detalhes
de como tudo acontecera a ela.
Tudo que ela precisava agora era compreender
qual seria seu caminho e pronto, logo um espírito de
luz apareceria para guiá-la para a outra etapa que
não caberia a mim.
A outra etapa seria um mundo espiritual onde
espíritos desencarnados ficam aguardando seu
retorno à terra ou à outra esfera para reencarnar e se
purificar mais um pouco para evoluir
espiritualmente.
Tudo o que eu expliquei a ela bem como tudo
o que eu relatei aqui, são coisas que foram se
revelando em minha mente na medida em que eu
tentava ajudar aquela alma.
Parecia que Sanrel falava comigo por uma
espécie de telepatia, e eu o compreendia
perfeitamente.
Todo o conhecimento e informação que aquela
alma adquiria era adquirido por mim também
naquele mesmo momento, ou seja; eu estava
auxiliando e aprendendo junto com ela.
Aprendi com tudo isto que nós fomos criados
por Deus primeiramente como espíritos imperfeitos,
e fomos enviados a um planeta para encarnar em um
corpo e seguir uma trajetória como missão para
evoluir em espírito até chegar ao estado perfeito.
 33

Para alcançarmos o estado perfeito de espírito,

é necessário reencarnar inúmeras vezes, até se
purificar totalmente e se tornar um espírito perfeito
não necessitando mais reencarnar.
Quando uma pessoa morre, seu espírito após
se desprender da matéria é conduzido por guias
espirituais (espíritos de luz), para um mundo
espiritual onde existem milhares de espíritos nas
mesmas condições, alguns mais puros que outros.
Quando se está lá, este espírito é chamado de
espírito errante, tanto o menos puro quanto o mais
puro.
Só não está na classe de errantes os espíritos
perfeitos, estes por suas vezes já reencarnaram o
suficiente para se tornarem totalmente puros e
permanecem agora ao lado e a serviço de Deus.
Os espíritos errantes, aqueles que ainda
necessitam reencarnar novamente para se purificar,
ao perceberem seu estado errante começam a refletir
sobre seus erros na terra ou em outras esferas a que
pertenciam antes de desencarnar.
E assim começam a traçar planos de melhorar
na próxima reencarnação e se beneficiar com isto.
Aqui todas as nossas iniquidades geram uma
dívida espiritual que chamamos de karma.
Ao desencarnar e ser levado para o mundo
espiritual de onde viemos, passamos a pensar como
devemos pagar este karma, ou seja; pagar a dívida.
E muitas vezes nós mesmos escolhemos pagar
este karma na terra de forma sofrida, como por
exemplo nascendo deficiente ou sendo assassinado.
 34

Mas quando temos consciência disso, nós

também podemos fazer coisas boas aqui na terra
para assim ganharmos crédito espiritual, o que
chamamos de darma.
Quando fazemos somente o bem, evitamos
muitos sofrimentos que poderiam nos ocorrer
posteriormente.
Ao realizar somente boas obras em nossa
presente esfera, encurtamos assim os números de
reencarnações fazendo com que o processo de
purificação do espírito seja mais rápido.
Todos os espíritos têm sua chance de evoluir,
até mesmo aqueles espíritos inclinados para o mal
(obsessores) tem a chance, porém não a aproveitam
por não enxergarem nada além de suas maldades e
deleitam-se ao ver o sofrimento alheio.
Mas chegará a hora em que estes mesmos
espíritos se cansarão da rotina em que se encontram,
e verão que existe algo melhor para eles, e estes
sentirão o desejo de mudar seus caminhos e
suplicarão por piedade.
Então Deus em sua infinita misericórdia
enviará espíritos de luz para acolhê-los e encaminha-
los ao mundo espiritual onde eles poderão refletir e
descobrir seus erros para então arrependidos voltar à
esfera anterior ou dependendo até para outra esfera
para consertar seus erros, dando sequência assim
para um longo processo de reencarnações para tentar
evoluir.
Esta é uma lei divina e jamais pode ser
quebrada, ninguém escapa deste processo evolutivo.
 35

Ainda ali naquele cemitério, pude ver quando

espíritos muito iluminados desciam dos céus em
direção àquela alma que eu auxiliara antes, vi
quando ela foi envolvida em uma névoa luminosa e
aqueles espíritos me olharam e gesticularam para
mim de forma positiva fazendo eu entender que eles
estavam de acordo com o meu trabalho ali.
E finalmente aquela alma foi levada para o seu
destino onde então será decidido qual a missão
seguinte para aquele espírito.
Ali naquele cemitério ainda encontrei outras
almas sofrendo pela falta de compreensão de seus
estados naquele momento.
O espírito de um homem que estava sepultado
ali, ficava sentado em cima de sua cova sem poder
sair dali, pois estava preso ao seu cadáver que já
estava sepultado á dias.
Ele estava sendo atormentado e zombado pelos
espíritos obsessores, mas não estava em desespero,
ele estava calmo mas muito triste.
Ao se aproximar dele, percebi que ele me
olhou com espanto, eu estava em um corpo
iluminado e ele achou muito estranho.
Perguntei a ele o que ele fazia ali, e ele me
respondeu que sua família estava pensando que ele
estava morto, mas segundo ele eles estavam
enganados.
Perguntei a ele porque ele não ia para casa, e
ele respondeu que alguma coisa não permitia que ele
se afastasse dali, e que todo ano seus familiares
vinham até ele e colocam flores sobre aquela cova.
 36

Ele disse que tenta falar com seus familiares

de que não está morto, mas ninguém o ouve e vão
embora, e ele tenta segui-los mas não consegue se
afastar dali.
Ele ainda completou dizendo que sua família
não o está reconhecendo e por isso não dão crédito a
ele, ele disse que está nesta situação desde que foi a
um velório com sua família e já neste dia ninguém
falava com ele e ele não conseguia sair de perto do
caixão daquele defunto.
Este é um processo complicado onde o espírito
sem estrutura passa por uma terrível confusão após a
morte da matéria, e não aceita a morte passando a
viver em uma ilusão constante muitas vezes com a
permissão de Deus como punição até chegar o
momento de se livrar desta ilusão angustiante.
O velório que aquele espírito se referia era o
dele próprio, porém seu estado confuso após a morte
não o permitia aceitá-lo como morto.
Como já foi dito aqui, isto é muito comum em
pessoas que vivem sem o conhecimento de suas
vidas espirituais e sem a mínima vontade de se
conhecer espiritualmente, e sem base nenhuma do
mundo espiritual se chocam de frente com a morte
bruscamente causando um impacto na transição
ocasionando o estado de perturbação e confusão,
assim ativa-se um estado imaginário como auto
resposta, um sentimento que flui do interior mental
mais grosseiro que ainda está fortemente ligado ao
corpo espiritual, e atua como principal raciocínio
pela falta de compreensão.
 37

Orientei aquele espírito perturbado e confuso

assim como havia orientado o espírito daquela
mulher, e este também acordou de sua ilusão e logo
compreendeu seu estado.
Seres celestiais desceram e o levaram para seu
destino que seria o mundo espiritual.
Eu vi muita coisa acontecer naquele cemitério
e muitas almas sofrendo, mas eu só me dirigia até
aqueles que o Senhor Deus permitia que eu ajudasse.
Ajudei muitas almas ali e em outros
cemitérios, e pude ver as mais variadas formas de
sofrimento e de espíritos inconformados e confusos.
Entre estes espíritos há aqueles que já
faleceram a vários anos e ainda permanecem ao lado
de seus restos mortais como se fossem sair dali a
qualquer momento e voltarem para suas casas.
A forte ligação aos prazeres carnais e aos bens
materiais os deixam em estado de perturbação pela
não aceitação da morte e o espírito não se desprende
do corpo tão cedo.
Os que permanecem nestas condições por
longos anos erraram muito e estão sendo punidos
por Deus, e esta punição servirá para alertá-los na
próxima existência.
Por ali também há aqueles espíritos que
tinham conhecimento sobre sua espiritualidade e das
regras espirituais assim como karmas e darmas, e ao
morrer a matéria eles se desprendem facilmente por
saber exatamente o estado em que se encontram,
porém estes espíritos mantinham o ódio e o rancor
em seus corações o que não permitia que estes
 38

fossem acolhidos por espíritos de luz para seus

destinos, chamarei estes espíritos de obsessores
obscuros, por não aceitarem a luz.
E estes espíritos raivosos permanecem na terra
e ficam vagando e carregando com eles o ódio e a
sede de vingança.
Uma perturbação se inicia a partir deste ponto,
e estes espíritos começam a pensar que nunca mais
terão a chance de se libertar do ódio e de serem
acolhidos ou amparados.
Então o ódio alimenta o estado crítico de fúria
e estes espíritos começam a acreditar que se
transformaram em demônios propriamente ditos, e
então começam a se recordar daqueles que os
prejudicaram de alguma forma, e daqueles a quem
tiveram qualquer desavença, e passam a persegui-los
constantemente falando e sussurrando em seus
ouvidos de forma que somente pode ser ouvido e
captado pelo subconsciente astral, e estes sussurros
são enlouquecedores e estimulam a vítima a
acreditar que é um fracassado, que não tem bom
futuro, que é incompetente e etc.
A vítima que se deixa levar por estes estímulos
malignos também estão sem base alguma no mundo
espiritual e acaba ficando sem defesa
menosprezando sua própria vida e por fim
cometendo suicídio.
Os obsessores obscuros se deleitam e se
divertem sentindo prazer ao ver uma pessoa se
suicidando.
Obsessores obscuros estão por toda parte e é
imprescindível que os que estão vivos tenham não
 39

somente o conhecimento espiritual, mas também o

respeito por este universo invisível e por seus
próprios espíritos, e então terão um estado
equilibrado de corpo e alma gerando uma auto
defesa contra obsessores obscuros.
Os obsessores obscuros estão sempre
procurando causar danos letais entre aqueles que
estão vivos, seja a alguém que eles já possuem um
antigo desafeto ou até mesmo para aqueles que
nunca lhe fizeram nada.
Em qualquer lugar do mundo onde se inicia
uma desavença, uma briga ou qualquer
desentendimento, haverá inúmeros obsessores
obscuros estimulando a ira e incentivando o
assassinato das formas mais cruéis possíveis.
A influência de obsessores obscuros pode ser
tão elevada sobre aqueles que estão vulneráveis, que
em muitos casos a vítima os visualiza mas não
entende nada e ficam mais confusas.
Pessoas sem equilíbrio espiritual e indefesas
ao pegar uma auto estrada ou uma rodovia com seus
veículos à noite ou durante o dia, se assustam ao ver
repentinamente uma pessoa bem na frente de seu
veículo, e desvia bruscamente capotando ou caindo
em ribanceiras, quando na verdade não existia nada
na pista, além da aparição de um espírito obsessor
obscuro.
As pessoas que morrem por conta de ataques
de obsessores obscuros ainda são atormentadas por
eles após a morte, ou seja; a falta de estrutura,
conhecimento e respeito com o mundo espiritual
gera grandes prejuízos à vida material e espiritual.
 40

Eu pude ver o sofrimento daqueles que não

suportam os sussurros destes obsessores.
Na maioria dos casos os sussurros malignos
influenciam as vítimas de forma subconsciente, mas
existem muitos casos em que a vulnerabilidade a
estes espíritos é tamanha que é possível ouvi-los
perfeitamente.
Uma pessoa normal sob alta influência de
obsessores obscuros pode através destas vozes
cometer atos desumanos e incompreensíveis, como
por exemplo matar sua própria família sem nenhum
motivo, apenas guiada pelas vozes.
Geralmente a pessoa que comete tal atrocidade
se suicida logo em seguida.
Não existe outro motivo para uma pessoa
matar ou tirar sua própria vida se não por influência
de obsessores obscuros.
Todos sofrem muito ao morrer despreparados
em relação ao mundo espiritual, mas o sofrimento de
um suicida é algo pavoroso de ver.
A pessoa que comete suicídio na verdade
estava querendo se livrar de algum sofrimento, de
alguma pressão que vinha sofrendo ou de sérias
responsabilidades, mas ao se suicidar ela adentra-se
em um inferno criado por seu próprio ego ignorante,
o que o faz ver e sentir de forma repetitiva sua morte
o tempo inteiro, a agonia dos últimos momentos de
vida não termina, quando a agonia da morte está
quase terminando a cena do suicídio se repete e o
espírito passa a vivenciar e sentir todo o sofrimento
e assim sucessivamente se torna um ciclo
 41

aparentemente interminável que pode levar anos, até

que se finda a punição divina e Deus ordena que
espíritos de luz o acolham.
As orações dos familiares muitas vezes
encurtam este sofrimento que termina quando Deus
por misericórdia não somente destas almas, mas
também pelos que oram por elas decide acolhê-las.
Espíritos obsessores obscuros sentem ódio
mortal dos que ainda vivem, e sentem terrível inveja
por não fazerem mais parte do mundo dos viventes.
Estes obsessores obscuros ainda se comprazem
dos prazeres carnais mesmo não tendo mais a
matéria e sentidos, a obsessão e o fascínio pelos
prazeres carnais os faz pensar que ainda podem
sentir estes prazeres e assim eles se divertem
iludidos por um falso sentimento mas que os
confortam.
E alguns indivíduos como bruxos,
macumbeiros e feiticeiros, usam estas fraquezas dos
obsessores obscuros e lhes oferecem muitas coisas
como farinha, carne de animais, carne humana,
cachaça, pimenta e sangue em troca de favores
destes espíritos obsessores.
E estes espíritos almejando sempre ter aquilo
que gostam à sua disposição, saem em disparada
atendendo os pedidos daqueles que os contrataram e
assim começam a atormentar e causar danos a
pessoas que são vítimas.
Mas nem sempre eles têm sucesso pelo fato de
algumas vítimas estarem preparadas e alertas com
estes ataques.
Espíritos obsessores obscuros são
 42

intensamente inclinados para a energia sexual e para

a depravação sexual, e estes se apoderam de
cadáveres para fazerem sexo, é por este motivo que
muitas mulheres são sacrificadas em rituais, seus
corpos servem para alimentar os prazeres dos
obsessores obscuros.
Entre estes espíritos obsessores, existe uma
enorme gama de heterossexuais, homossexuais,
lésbicas e pedófilos, e estes se comunicam com os
feiticeiros, bruxos e macumbeiros exigindo um
cadáver de homem, mulher ou criança para
alimentar suas sedes por depravação.
Em troca disto eles matam, enlouquecem e
torturam aqueles a quem lhes são ordenados a
destruir.
Mas entre todos estes espíritos que rodeiam a
terra também há aqueles espíritos bons que auxiliam
os viventes a não cometerem atos ilícitos.
Todas as pessoas que foram influenciadas por
obsessores obscuros tem uma inclinação para o mau
e por isso são alvos fáceis, e estas pessoas na
verdade estavam rodeadas de espíritos bons também,
mas não deram ouvidos ao bem, apenas para o mau.
Todo aquele que tem conhecimento e respeito
pelo mundo espiritual, deve se inclinar para o lado
benéfico da vida material e espiritual, e
consequentemente não será induzido por maus
espíritos.
Tanto no cemitério como fora dele existe um
enorme fluxo de espíritos de todos os gêneros, e
entre eles também encontrei espíritos de pessoas que
estavam vivas como eu viajando fora do corpo.
 43

Conhecendo outros Mundos

Ao fim de minha missão ali naquele cemitério,

eu aprendi que é extremamente fundamental que
todos nós ao longo de nossas vidas, cada vez mais
devemos aprender e dar mais importância à nossa
vida espiritual, pois na realidade, todos nós viemos
do mundo espiritual e estamos aqui presos em um
envoltório chamado “corpo” para nos purificarmos
até alcançarmos o estado perfeito, e voltar
definitivamente para nosso mundo espiritual.
Mas este processo é lento e trabalhoso, porém
pode ser abreviado pelas nossas atitudes na terra.
O conhecimento básico e o respeito com o
mundo espiritual, nos levam a inclinar-nos para as
boas obras, e as boas obras nos rende muitos darmas
e evitamos assim passar por sofrimentos que
poderiam ser evitados em nova existência, e nos
livram de sermos prejudicados no desencarne.
Logo após estas reflexões, Sanrel retornou até
mim e me parabenizou pelas minhas obras, e me
disse que nesta terra eu já havia conhecido e visto o
suficiente por enquanto.
Então fui envolvido na forte luz que emanava
de Sanrel, e começamos a viajar em uma velocidade
sobrenatural cuja direção eu não discernia.
Sanrel me disse que chegou o momento de eu
conhecer outros mundos.
A velocidade em que se deslocamos, se fosse
medida em nossa percepção de tempo, seria algo
perto de 15 parsecs por segundo.
 44

Logo Chegamos em um lugar imenso onde

existe uma luz branca e intensa, mas que permite
olhá-la sem se ofuscar.
Naquele lugar não existe solo, e ficamos
pairando o tempo todo, a luz vinha do Criador
(Deus) e o nome daquele lugar era nascente.
Não era possível ver a face de Deus e nem vê-
lo da maneira que eu via Sanrel, pois Deus é o
Maestro que rege todas as coisas, bem como aqueles
mundos e o nosso mundo em toda a sua plenitude.
Sendo assim, para ver Deus basta olhar-mos
para qualquer uma de suas obras e estaremos
olhando para ele, ou seja; a face de Deus é tudo
aquilo que podemos ver, sentir ou tocar, pois tudo
leva a sua magnífica essência.
Ali eu pude ver como fomos criados, a
nascente é onde Deus cria os espíritos que nascem
sem nenhuma inclinação e são enviados à terra no
momento da concepção de um ser humano.
Este espírito passa a unir-se ao feto
vagarosamente até se unir completamente na hora do
parto.
Ao se passar os anos, este espírito agora
encarnado ganha o livre arbítrio, podendo decidir
por si próprio o seu caminho.
Deus é criativo e nunca parou de criar, seu
processo de criação está em constante movimento,
tanto na criação de novos espíritos como na criação
de novos mundos.
Assim como os espíritos, os mundos e planetas
também evoluem e são materiais ou espirituais.
 45

O homem terrestre não está na mais baixa

classe a nível de evolução, existem planetas
materializados assim como a terra só que muito
inferior.
Entre estes planetas, encontra-se um chamado
“Crôbos”, este planeta encontra-se em um patamar
baixíssimo em evolução, e nele habita o homem com
aspectos bem diferentes do homem terrestre e de
uma primitividade absurda.
Visitando este planeta, nada de útil pode ser
adquirido além do conhecimento e da descoberta do
mesmo, pois nem o fogo foi descoberto ainda neste
mundo.
E acima deste existem centenas de mundos
que progressivamente vão evoluindo, e nós estamos
entre estes planetas em fase de evolução.
Abaixo do “Crôbos” ainda existem planetas
que não são habitados por seres viventes, e também
não possui vida vegetal e nem luz.
Entre eles está o “Thullin” este planeta é
sombrio e sinistro, e é exclusivamente usado para a
habitação de espíritos errantes que estão passando
por um processo de expiação por parte de Deus.
Os espíritos que lá habitam, pensam que
permanecerão lá por toda a eternidade, e isto faz
parte da punição até que Deus cesse o tormento
conduzindo-os para o mundo espiritual.
Acima de nosso planeta, em patamares bem
elevados na hierarquia dos planetas, existem
planetas muito evoluídos em relação à Terra.
Entre estes planetas está o “Dhenbbor”.
 46

Neste planeta, o homem tem aspectos mais

sutis e traços mais finos, um comportamento bem
otimizado.
Lá eles não estão sujeitos a pegarem doenças
como aqui na Terra, e são mais inteligentes.
Também podem se comunicar sem exprimir
som algum, e podem se comunicar com animais.
Porém eles também são submetidos a trabalhar
para seus sustentos, e estão sujeitos a se
corromperem por causa da ganância e prazeres
sexuais.
Um outro planeta ainda mais elevado é o
“Sanix”, lá o homem tem traços ainda mais finos e é
muito mais inteligente, lá a ciência e a tecnologia
caminha há milhares de anos à nossa frente,
comparando-nos a este planeta, seria como se nós
ainda estivéssemos descobrindo a roda.
Para quem pratica a projeção astral, que seria
mais precisamente sair do corpo, ou seja; se
concentrar para projetar o espírito para fora do
corpo, é possível com a ajuda de um guia espiritual
viajar para este mundo, a fim de adquirir
conhecimento sobre qualquer tecnologia.
Através de uma viagem astral é possível passar
60 anos neste planeta, enquanto aqui só se passaram
1 hora.
O tempo é relativo em relação à esfera em que
habitamos, este tempo ainda pode se distanciar
absurdamente ao ingressar-nos em mundos de ordem
espiritual.
Após conhecer estes planetas percebi e aprendi
 47

que todos nós progressivamente ainda vamos passar

pelos planetas mais evoluídos, sendo que todos nós
também já passamos pelos planetas menos evoluídos
em existências anteriores.
Aprendi também que o planeta Terra já foi
menos evoluído a milhares de anos atrás, e que um
dia já foi como “Thullin”.
Eu adentrei em cada um desses planetas com a
permissão de Deus e a ajuda de Sanrel, e em cada
um deles eu tive que através de meu perispírito,
adquirir as formas e os aspectos dos seres que
habitam cada um desses planetas.
Saindo de “Sanix” Sanrel me conduziu
novamente em alta velocidade, e me disse que é
chegado o momento que eu teria de conhecer os
mundos espirituais.
Chegamos em um mundo chamado “Nerim” e
este mundo fica próximo da nascente.
É como um globo gigantesco que guarda em
seu núcleo todos os espíritos que foram acolhidos
pelos espíritos de luz.
É lá que os espíritos errantes permanecem para
refletir sobre seus erros e traçar um plano para
recomeçar, diferente dos espíritos errantes que estão
sendo punidos no planeta material “Thullin” os quais
não podem refletir para a sua melhoria.
Neste mundo espiritual, existem espíritos
errantes de vários níveis, o que chamamos de mais
puros e menos puros.
Enquanto não atingirem um estado de espírito
perfeito através dos vários processos de
reencarnações, todos retornam a “Nerim”.
 48

Em “Nerim” os espíritos ainda contam com a

ajuda de espíritos mais puros que os orienta a traçar
planos mais sensatos para suas próximas vidas nas
respectivas esferas.
E estes quando ouvem e aceitam a ajuda,
escolhem onde querem reencarnar e como desejam
recomeçar para reparar danos e pagar seus karmas.
E Deus assim os concede dependendo das
escolhas.
Saindo de “Nerim”, fomos para um outro
mundo espiritual chamado “Planidium”.
Após atingir o estado perfeito de espírito, os
espíritos iluminados agora como Anjos, Arcanjos,
Querubins e Serafins, trabalham a serviço de Deus,
todos são escolhidos por Deus para determinadas
missões, e muitos habitam o mundo “Planidium”,
outros habitam outros mundos semelhantes e lá tem
uma vida digna e perfeita sem nenhum dos males ou
corrupções que conhecemos.
Existem inúmeros tipos de espíritos perfeitos
alguns são escalados por Deus para guardar
territórios nas mais diferentes esferas, os Querubins
e Serafins são os mais apropriados para tal.
Os Anjos também são muito úteis na terra para
dar cobertura e proteção quando ordenados por
Deus.
Em muitos casos onde acidentes acontecem
por influência de obsessores obscuros, Deus envia
Anjos para dar proteção para aqueles que estão
envolvidos no acidente mas que não devem morrer,
outros morrem por consentimento de Deus.
 49

A Descoberta Palladium Mor

Viajamos para um outro mundo espiritual

chamado “Palladium Mor”, este mundo foi o que
mais me chamou a atenção, tudo é simplesmente
lindo, e é habitado por uma enorme quantidade de
Anjos, e guardado por três Arcanjos; Rafael, Miguel
e Gabriel.
Estes Arcanjos são tão poderosos que suas
visões distinguem e apuram detalhes em mundos a
enormes distâncias através de suas luminosidades
que são elevadíssimas, desta forma estes guardiões e
ao mesmo tempo mensageiros, podem percorrer por
mundos sem perder a atividade e o foco do mundo
“Palladium Mor”.
Este mundo é fascinante, lá tudo é de prata,
exceto algumas placas de cristal e um grande
símbolo que está ao centro deste mundo; “O Berço
Palladium” que é justamente um símbolo que
representa o Universo em formato de útero, e dentro
do útero há uma figura que representa o Homem
iluminado, sendo que uma das extremidades do
útero aponta para o Universo e a outra aponta para o
Homem.
 50

Existe um enorme rio em volta deste símbolo,

a água é prateada, e ao mesmo tempo cristalina.
A luz que parte da testa do Homem dentro do
útero, bate no rio prateado e é refletida para todos os
lados de “Palladium Mor”.
Até mesmo os Anjos que habitam “Palladium
Mor” são prateados.
“Palladium Mor” tem uma enorme
importância no mundo espiritual e em nosso mundo
material.
Entre os planetas materiais, somente o planeta
Terra é administrado por “Palladium Mor”, outros
planetas são administrados por outros mundos
espirituais.
Em “Palladium Mor” existe legiões e mais
legiões de Anjos que trabalham sem cessar
recolhendo orações e pedidos dos viventes da Terra e
enviando mensagens a Deus.
Lá eles criam formas de processar as orações
e suplícios recolhidos da Terra, e convertem em
mensagens da melhor forma para que Deus atenda.
“Palladium Mor” tem ligação direta com a
mente sutil humana e lá ficam guardados todas as
nossas iniquidades e todas as nossas bondades.
Quando um espírito desencarnado é conduzido
à “Nerim” para refletir sobre seus erros, sua mente
sutil acessa “Palladium Mor” e este se recorda de
toda a sua trajetória em cada uma de suas
existências.
A humanidade tem se destruído e continua se
auto aniquilando por conta da ganância e egoísmo.
 51

Em toda a humanidade são poucas as pessoas

que se importam com o bem-estar de seu próximo, e
são poucos os que ajudam o próximo de coração.
A grande maioria, ajudam para mostrar ao
mundo que ajudaram alguém, porém para Deus este
tipo de ajuda não passa de uma abominação.
A maioria das pessoas são consumistas e 80%
daquilo que compram é por puro glamour e não para
seu benefício, para elas o importante é mostrar que
podem ter, e sentem prazer em ver alguém
cobiçando sua propriedade.
Esta atitude está associada a um outro fator
letal por regra Divina; “O Prazer Mórbido”.
Este é um dos principais problemas da
humanidade, e que culmina em morte trágica dos
que o praticam.
A maioria das pessoas ficam paralisadas na
frente da televisão ao ver uma notícia trágica, em
sua hipocrisia fingem lamentar-se pela desgraça
alheia, mas por dentro um prazer sinistro alimenta
seus egos de poder ver o sofrimento de outros.
Alguns até descem do ônibus ao ver um
acidente grave na pista, tudo para alimentar o prazer
de ver a desgraça e o tormento de outros.
Alguns ao ver uma tragédia na televisão ou em
outro lugar, ficam ansiosos para relatar a má notícia
para alguém e sente prazer em detalhar tudo.
Outros ao saber que alguém está internado em
estado grave, fingem lamentar-se, mas por dentro
flui um enorme desejo de que aquela pessoa
internada morra.
 52

Tudo isso só tem um nome; “Prazer Mórbido”.

E por regra divina exclusivamente para
aqueles sem base espiritual e sem respeito, que
morram em acidentes trágicos ou assassinados das
piores formas para que sintam na pele aquilo que
gostavam de ver na pele de outros.
Em “Palladium Mor” estão registrados todos
estes atos assim como suas consequências.
As consequências do prazer mórbido são
terríveis porque geram 4 prejuízos.
01- A pessoa que alimenta um prazer mórbido
começa pagando esta dívida ainda em vida ao ser
brutalmente assassinada, morrendo em um trágico
acidente ou contraindo uma doença que o fará
morrer lentamente.
02- Depois disso esta pessoa passará por um
enorme sofrimento após a morte, pelo fato de seu
espírito não se desprender facilmente de seu corpo, o
que gera uma agonia terrível além de ficar à mercê
dos obsessores obscuros que se aproveitarão para
atormentá-la.
03- Após este sofrimento Deus como punição
enviará anjos para recolher e lançar este espírito em
mundos como “Thullin” para se sentirem
abandonados e solitários, pois lá nenhum espírito
pode ver os outros que lá habitam.
04- E por último são acolhidos e levados para
“Nerim” para refletirem e se prepararem para pagar
em outra vida os karmas gerados pelo prazer
mórbido, o que será pago com sofrimento.
É preciso se libertar deste prazer maligno.
 53

Últimas Reflexões

Somente em Palladium Mor eu pude ver e

perceber a importância de se viver em pleno acordo
com nossos limites carnais e espirituais, digo isto
porque sabemos que toda vez que fazemos ou
pensamos em fazer algo ilícito, nossa consciência
nos acusa imediatamente, e isto nada mais é que o
nosso lado sutil (espiritual) nos dizendo; "Não faça
Isso".
E assim, quando damos ouvido à nossa
consciência, estamos vivendo dentro de nossos
limites, o verdadeiro conhecimento espiritual
adquirido neste ou em outras fontes, só reforça este
instinto de praticar aquilo que é correto e saudável
para se ter uma vida que agrade aquele que nos
criou, e assim podemos se beneficiar daquilo que
Deus tem a nos oferecer, além de evitar-mos um
sofrimento que muitas vezes é necessário para que
possamos nos colocar em eixo.
Lá em Palladium Mor, eu ainda tive o prazer
de conhecer e ser o mensageiro principal de uma
Técnica que carrega o mesmo nome de seu mundo;
"A Técnica Palladium Mor"
A qual eu tive o prazer de absorver com
detalhes as maneiras de se executar, e seus
benefícios para o Homem que respeita a Deus como
seu criador, bem como seus conceitos.
 54

E assim, eu gostaria de agradecer outra vez a

você leitor, e que este livro lhe sirva não só como
uma fonte de leitura, mas também de conhecimento
e disciplina.

Obrigado.

Avelino Júnior.

www.palladiummor.com.br

Palladium Mor

E-book 2012