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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE FILOSOFIA

A IMPORTÂNCIA E CONTROVÉRSIA DO CINEMA PARA WALTER


BENJAMIN
A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica

Caio dos Santos Aragão


Matricula: 1365482

Fortaleza-Ce
2021.1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE FILOSOFIA

A IMPORTÂNCIA E CONTROVÉRSIA DO CINEMA PARA WALTER


BENJAMIN

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial para a obtenção de título de Licenciado em
Filosofia, sob orientação do Prof. Dr. Emiliano Aquino.
ORIENTADOR: Prof. Dr. Emiliano Aquino

Caio dos Santos Aragão


Matrícula: 1365482

FORTALEZA - CE
2021.1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................02.
2. JUSTIFICATIVA......................................................................................................................03.
INTRODUÇÃO

Em seu livro A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica, publicado pela primeira vez
em 1936, Walter Benjamin (1892 - 1940) debruça-se sobre a questão da reprodução da obra de
arte a partir de novas técnicas surgidas através da revolução industrial: a mudança não apenas
estética na obra artística, mas a visão do outro lado, a de quem observa a arte, a mudança de
perspectiva que esse lado sofreu.
A revolução industrial, além de novas formas de reprodução, trouxe novas tecnologias e
novas formas de se fazer arte, dentre elas o cinema. O audiovisual foi o resultado de uma
transformação das tecnologias e na mudança de perspectivas e sensoriais causadas pela
possibilidade da repetição em massa. E o preço dessa massificação foi a perda do que Benjamin
chama de “aura”, que em linhas gerais, é:

“O que caracteriza a autenticidade de uma coisa é tudo aquilo que ela contém e é originalmente transmissível,
desde sua duração material até seu poder de testemunho histórico. Como este próprio testemunho baseia-se
naquela duração, na hipótese da reprodução, onde o primeiro elemento (duração) escapa aos homens, o segundo –
o testemunho histórico da coisa – fica identicamente abalado. Nada demais certamente, mas o que fica assim
abalado é a própria autoridade da coisa.” (BENJAMIN, 1980, P.6)

É com essa perspectiva que Benjamin escreve sobre a modernidade a partir destas
mudanças de percepção e recepção da arte e como isso alterou a relação com a sociedade. Para
se aprofundar nessa questão, foi analisada a montagem, exibição de o modus operandi de uma
obra audiovisual. Seu ponto foi muito bem ilustrado em filmes soviéticos da época como os de
Dziga Vertov (1896-1954) e Serguei Eisenstein (1898-1948) em longas e curtas-metragens que
mostram o cotidiano do trabalhador em fábricas, bondes e fábricas.
JUSTIFICATIVA

O presente trabalho tem como justificativa principal gerar uma reflexão sobre as mudanças
e reformas significativas que o cinema fez no modo de receber e perceber as obras de arte no,
até então, publico moderno. O autor, em sua obra A Obra de Arte na era de sua reprodutibilidade
técnica (1936), considera que as técnicas que surgiram de reprodução em massa de obras de
arte inauguram uma nova fase ao modo como o público a percebe. E o cinema é o principal
agente catalizador dessa mudança. O debate sobre essas mudanças, que são características da
modernidade (pós-revolução industrial) privilegia as analises de Walter Benjamin sobre o declínio
da “aura” da obra de arte como um todo o empobrecimento da experiência à arte) e os efeitos
caudados por essa mudança, dando ênfase principalmente ao papel do audiovisual nessa
trajetória e as grandes revoluções de imagens e vídeos cinematográficos.

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