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COMO TRATAR FOBIAS USANDO REGRESSÃO

Por Renan Moura & Erick Rolf

Sumário
Introdução e Apresentação ........................................................................ 2
Os conceitos por trás de uma regressão..................................................... 4
Freud ...................................................................................................... 4
Memórias Falsas..................................................................................... 4
Dessensibilização e Reframing ................................................................... 6
Reframing............................................................................................... 7
Dessensibilização.................................................................................... 7
Afinal, o que é uma regressão? .................................................................. 7
Cuidados na Regressão............................................................................... 8
R2C - Regressão a Causa (regressão por emoção) ...................................... 9
Como fazer a R2C? ................................................................................. 9
1) Lugar seguro ............................................................................... 9
2) Aliciar o sentimento: ................................................................. 10
3) Perguntas quando acessar o evento: ........................................ 11
4) Ressignificando o evento: ......................................................... 11
5) Acessando os ECS:..................................................................... 12
6) Trabalhe TODAS as emoções associadas ................................... 13
7) Ponte ao futuro......................................................................... 13
Conclusões Finais ..................................................................................... 14

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Introdução e Apresentação

Olá, eu sou o Renan Moura, atualmente


sou Professor de Hipnose, Hipnoterapeuta, CEO
do Porta da Mente e criador do maior aplicativo
de Hipnose do Brasil, o Porta da Mente,
membro fundador da Associação Paulista de
Hipnose (APdH)

Juntando com Erick Rolf, que é


Especialista no Desenvolvimento do
Potencial Humano, e também professor de
Hipnose e Hipnoterapeuta, já participamos
de mais de 40 formações de hipnose, tanto
nacionais quanto internacionais, com as
maiores referências do mundo e estamos
aqui para encurtar o seu caminho.
Escrevemos este material com a finalidade de ensinar uma das
técnicas que mais utilizamos para tratar fobias, mas claro existem várias
outras!
Muitos dos alunos perguntam qual um nicho bom para começar a
atuar, quando já não se tem uma área de especialização. E costumamos
dizer que o TRATAMENTO DE FOBIA é uma das áreas na qual nós
apostaríamos, por alguns motivos:
1- TEM PÚBLICO! Cerca de 10% da população tem algum tipo de
Fobia e segundo O Congresso Brasileiro de Psiquiatria, são
aproximadamente 26 MILHÕES de pessoas, apenas com o que é
chamado de Fobia Social;
2- Pessoas que tem fobia, costumam querer “se livrar” dela, devido
à como impacta negativamente;
3- Os tratamentos costumam ser muito rápidos, entre 1 e 3 sessões;
4- Existem mais de 40 tipos de fobias que podem ser tratadas;

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5- Você consegue criar uma comunicação assertiva para seu público
alvo, falo mais disto no curso de Marketing para terapeutas.
Bom, acho que agora podemos começar com o conteúdo e esperamos de
verdade que possa lhe ajudar. Caso tenha mais dúvidas, você pode fazer
contato clicando abaixo:
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Abraços hipnóticos e bom aprendizado


Renan Moura & Erick Rolf

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Os conceitos por trás de uma regressão

Freud
• Causalidade psíquica:

Nossa personalidade é determinada pelas nossas experiências de primeira


infância, que geralmente acontecem até os 7 primeiros anos de vida, e ela
é causadora da nossa moral (superego), que é o que depois pode gerar
sentimento de culpa baseado nos valores sociais e moralismo estabelecido.
Essa personalidade gera processos inconscientes.
• Mecanismos de defesa:

Quando falamos de regressão é importante trazer mais uma contribuição


trazida por Freud. Um dos principais mecanismos de defesa do ser humano
é a repressão de memórias traumáticas. Na hipnose falamos muito de ab-
reações, que geralmente acontece exatamente quando liberamos uma
memória traumática e colocamos ela para fora.
Esses conceitos são extremamente importantes para se entender a
importância de se fazer uma regressão.

Memórias Falsas
Pode ser surpreendente quando ouvimos isso pela primeira vez, mas todas
as nossas memórias são falsas. Toda vez que lembramos de algo, estamos
reimprimindo uma memória em cima de outra, e podem ter alterações de
uma para outra. Vou dar um exemplo para vocês entenderem melhor.
Certo dia eu estava em Americana onde ia dar uma entrevista para um
programa de televisão. Não é uma cidade a qual eu estou familiarizado, mas
estava com um amigo meu, paramos o carro numa rua perto do local e
andamos a pé. Na volta, a gente foi para determinada rua, começamos a
andar e não encontrávamos o carro. Ambos, tanto eu quanto ele,
começamos a falar, “mas eu lembro daquele prédio ali, eu lembro daquele
carro estacionando aqui.” Nossa mente começou a criar falsas memórias
para justificar a sensação de que o carro realmente estava lá. E não estava,
estávamos na rua errada.

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A nossa mente sempre busca preencher essas lacunas, então quando você
for fazer uma regressão, é extremamente importante que deixe claro para
o paciente que as memórias não necessariamente são reais.
A boa notícia para nós terapeutas é que, se é real ou não, não importa, a
questão é que existe uma carga emocional ali a ser resolvida.
A nossa mente funciona através de metáforas, então aquilo que aparece é
a representação que a mente tem de acordo com aquele problema.
A maneira que você conduz a regressão é extremamente importante para
evitar a criação de memórias falsas, essa condução vamos falar mais para
frente.

“O que faz a gente lembrar das coisas é a carga


emocional do acontecimento”
Se eu te perguntar o que você estava fazendo no dia 2 de setembro de 2008,
você se lembra? A não ser que eu tenha acertado seu aniversário, muito
provavelmente não.
E no dia 11 de setembro de 2001? Aí eu tenho quase certeza que você se
lembra.
Pois bem, o que faz a nossa mente guardar memórias é a carga emocional
existente nela. Se aconteceu algo ali, bom ou ruim, que marcou você de
alguma forma, essa memória vai ter um registro mais forte.
E aí entra o porquê de uma regressão funcionar. Quando estamos fazendo
uma regressão, estamos buscando o rastro emocional baseado no
sentimento que a pessoa traz até você. Esse sentimento específico que ela
está sentindo agora, traz um rastro emocional o qual podemos rastrear e
resolver.
A nossa amigdala cerebral, também conhecida como nossa memória
emocional, é quem faz o papel de determinar como vamos reagir a
determinadas situações baseada em tudo que vivemos.
A nossa mente funciona por experiências e condicionamentos. Imagina se,
quando um carro passar na sua frente de maneira muito rápida, você
tivesse que pensar “nossa, esse carro está vindo rápido, vou ter que dar um
passo para traz para não me machucar”. Esse pensamento demoraria mais

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que o suficiente para te proteger e possivelmente você seria atropelado. A
sua amigdala baseado em tudo que você já aprendeu e condicionou sabe
que existe um risco de vida ali se você for atropelado, então ela passa na
frente do pensamento e faz você reagir instintivamente, que é a reação de
luta ou fuga.
Os animais têm essa reação também, quando um animal percebe que está
correndo perigo, ele tem a reação de lutar ou fugir.
Quando passamos por um trauma muito pesado, como um acidente de
carro, por exemplo, muitas pessoas entram em estado de choque, que é
exatamente essa reação de proteção.
Nossa mente busca sempre nos proteger, mas nem sempre ela faz isso da
maneira correta. Uma pessoa que passou por traumas na infância, bullying,
toda vez que se expressava era criticada, os pais falavam que ela era inútil
etc., desenvolve um aprendizado.
Ela adulta, aprendeu que vai fazer tudo errado, que não é uma boa
companhia. Com isso, ela começa a ficar deprimida, cansada, se isola em
casa, fica na cama. Tudo isso acontece porque a mente dela entende que
mantê-la longe de pessoas a protege, está agindo em sua defesa, e isso
acontece exatamente por conta das experiências que ela teve ao longo da
vida.
Isso é o que chamamos de Modelo Cognitivo, um pensamento gera um
sentimento que gera um comportamento.

Dessensibilização e Reframing

Para entender como funciona uma regressão e porque ela é tão efetiva, é
importante que você entenda esses 2 conceitos.
Dessensibilização tem total ligação com habituação. Por exemplo, se eu der
um grito agora, vocês vão se assustar, pois não estavam preparados para
aquilo. Depois do primeiro grito, o sistema se acostuma. Essa reação
instintiva de luta ou fuga não passa pelo pensamento. A ideia da
dessensibilização é acostumar a pessoa a persistir no aversivo. O córtex não

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tem a participação, é uma reação da amigdala cerebral, o córtex só pensa e
age depois.

Reframing,
Também conhecido como reenquadramento, é você conseguir olhar para
os mesmos fatos sob uma nova perspectiva. Essa mudança acontece a partir
do pensamento (córtex), e a regressão trabalha diretamente nisso.
Quando começamos a regredir para eventos traumáticos, temos como
objetivo ressignificar o acontecimento para que o sujeito passe a ver aquilo
de uma nova forma, aonde aquele sentimento perde o peso. A partir do
momento que isso acontece, e a criança ali, por exemplo, se acalma, ocorre
a dessensibilização, criando uma nova rota, ensinando um cérebro um novo
caminho.

Dessensibilização
Pode ocorrer de duas formas. A primeira delas é a dessensibilização
sistemática, onde você vai aproximando a pessoa aos poucos ao estímulo
aversivo e ela vai se acostumando com aquilo. Geralmente vamos dando
“muletas” para a pessoa ir se acostumando com aquele estímulo aversivo
aos poucos, para depois ir tirando elas. A segunda forma é o que chamamos
de Fluby, ou enchente. É quando existe tanto estímulo aversivo que o
cérebro não consegue processar, então ignora.
A regressão é uma união desses conceitos, pois através dela conseguimos
dessensibilização e reenquadrar os eventos ao ponto de o cérebro poder
desenvolver novas redes neurais mais “saudáveis” para o sujeito.

Afinal, o que é uma regressão?

Regressão é uma ferramenta que pode ser utilizada na hipnoterapia para


buscar resolver situações do passado que influenciam no presente. Como
já explicado, nossas memórias emocionais determinam como vamos reagir
a determinadas situações.

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Quando visitamos o passado e resolvemos situações que estavam em
aberto, a mente passa a ter mais facilidade de criar novas redes neurais,
desenvolvendo assim novos hábitos e comportamentos.
Tenho inúmeras histórias para contar de pacientes aos quais passaram por
regressões e tiveram grandes mudanças de vida.
É uma técnica muito poderosa, mas que deve ser conduzida com extremo
tato e cuidado. O segredo para uma boa regressão é a habilidade do
terapeuta em saber conduzir.

Cuidados na Regressão

• Evitar fazer regressão em pessoas com problemas cardíacos, grávidas


próximas ao nascimento, pois é muito comum ocorrerem ab-reações as
quais podem causar prejuízos a pessoas nesses quadros.
• Não direcionar a pessoa nas perguntas. Por exemplo, a pessoa está em
uma memória e você deixa subentendido no seu discurso que tem alguém
com ela ali. As vezes não tinha ninguém, e você por conta da maneira que
falou fez a pessoa começar a acreditar que tinha alguém ali, aumentando
os riscos de uma memória falsa.
• Estar preparado para o inesperado. Nunca sabemos o que pode
acontecer, muitas vezes a pessoa pode acessar um trauma extremamente
complicado de ressignificar e você vai ter que ter o tato e paciência para
saber conduzi-la. Quando você abre a caixa de marimbondo, tem que
fechar, então tome o tempo necessário para isso.
• Não estipule tempo para uma sessão de regressão. Essa é uma opinião
pessoal minha. Na regressão a pessoa vai sim sofrer, então por que picotar
a sessão e fazer ela sofrer em etapas? Eu gosto de fazer uma sessão de
regressão de uma vez só, até porque, como citei, você está abrindo uma
caixa de marimbondo, então sua obrigação é também fechá-la da maneira
adequada.
• Saber conduzir AB-REAÇÕES. Isso é comum numa regressão, mas algumas
reações podem ser fortes demais, então é importante que você saiba os

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momentos certos de agir caso a situação esteja fora de controle. Por isso é
importante a instalação do local seguro, que vamos falar mais para frente.

R2C - Regressão a Causa (regressão por emoção)

Essa é uma das técnicas mais conhecidas e famosas. A regressão não se


estabelece no retorno de uma data específica, mas sim em momentos que
estejam atrelados a determinada emoção.
A ideia é buscar pela origem do problema. Como citado anteriormente, a
nossa amigdala cerebral é nossa memória emocional. Se estamos com
algum sentimento ruim no presente, existe um rastro emocional no
passado que pode ser acessado através da regressão, a ideia é visitar todos
os eventos e resolvê-los.
O princípio dessa técnica é acessar o que chamamos de ECI (evento
causador inicial), resolve-lo, e também resolver os ECS (evento causador
subsequente), que juntos ao ECI somatizam os sentimentos presentes.

Como fazer a R2C?


1) Lugar seguro
Esse passo é extremamente importante e vai trazer segurança no processo.
Você nunca vai sugerir como é esse local, o seu paciente vai criar da maneira
que for melhor pra ele, mas o importante é sugestionar que é
completamente seguro, blindado de emoções ruins, e que ele acessa esse
lugar em VIDA. Ressalto a importância disso por conta de uma experiência
que tive, vou citar o caso abaixo.

A importância de citar que é em vida: Tratei uma paciente que estava


tentando o suicídio, não vem ao caso mais detalhes sobre o caso. Mas
apliquei a técnica de local seguro nela e foi muito bom, ela se acalmou e
sentiu-se muito bem. Na sessão seguinte, ela me disse que a vontade de se
matar estava grande, e eu estava curioso pois tínhamos trabalho diversas
questões. Ela mentalizou aquele lugar seguro de uma maneira tão incrível

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que na visão dela, só seria atingido após a morte, e isso aguçou aquela
vontade de se matar. Refiz a rotina de local seguro com sugestões mais
especificas e tratei toda essa questão. O caso teve um ótimo desfecho e a
pessoa ficou muito bem. Ficou uma grande lição ai que repasso a vocês, da
importância de vocês fazerem uma leitura completa do paciente e saber
como direcionar algumas situações para que o efeito seja realmente como
o esperado.

Exemplo de roteiro de Lugar Seguro: “Você vai perceber agora que existe
uma porta a sua frente, muito bonita, talvez a porta mais bonita que você
já viu na vida. Não abra ainda, atrás dessa porta tem um lugar muito
especial. Um local onde nada pode te fazer mal, completamente blindado
de emoções negativas. Um local que faz você ver o lado bom de viver, a
paixão pela vida. Pode ser que quando você entrar lá você esteja sozinho ou
com pessoas que você ama. Somente sentimentos bons conseguem acessar
esse local. Independente de como você estiver se sentindo, sempre que
entrar nesse local, você vai se sentir tranquilo, em paz e bem. Quanto mais
tempo você permanece ali, mais intenso esse sentimento fica. Abra essa
porta, e conheça o seu paraíso, o seu local seguro.”

Âncora o Local Seguro: Quando a pessoa já tiver ficado ali um tempo, crie
uma âncora para a pessoa acessar aquele local, dessa forma. “A partir de
agora, independentemente de onde a gente estiver no processo, SEMPRE
que eu falar as palavras LUGAR SEGURO, você acessa IMEDIATAMENTE esse
local.”
Isso vai fazer com que se a pessoa estiver tendo uma reação muito forte,
você possa utilizar dessa âncora para levá-la para o local seguro e acalmá-
la.

2) Aliciar o sentimento:
Vamos supor que estamos tratando uma fobia de barata. Peça para o
sujeito se lembrar do que sente quando vê uma barata. Assim que ele trazer
a situação, potencialize o sentimento através de sugestões diretas, fazendo
o sentimento aumentar cada vez mais, tomar conta do corpo dele, e então,

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se concentrando totalmente nesse sentimento, ir para a primeira vez que
ele sentiu aquilo. “ Vou fazer uma contagem até 10, e no 10 vamos voltar
para a primeira vez que você sentiu esse exato sentimento. 1... o sentimento
vai ficando mais forte, 2.. mais forte.. 3.. voltando no tempo... 4.. para a
primeira vez que você sentiu isso.. 5... 6 voltando... 7.. mais forte... 8... para
a primeira vez que sentiu isso... 9 ... 10.”
Verifique se é realmente o primeiro evento. “Se existir algum evento antes
desse, nós vamos nele agora”. Se não existir nada, pode voltar para o outro
evento.

3) Perguntas quando acessar o evento:


Já falamos da questão de memorias falsas, então é importante quando a
pessoa acessar o evento que suas perguntas não a direcionem a criar coisas
que não existem.
• Lugar aberto o fechado? Que local é esse?
• Você está sozinho ou acompanhado?
• O que você estava fazendo?
• Qual a sua idade?
• O que você está sentindo?
• Você está dentro ou fora da cena? (Associado ou dissociado)

4) Ressignificando o evento:
A principal maneira de você ressignificar os eventos traumáticos é fazer
com que a pessoa com a idade atual, que tem muito mais vivência e
experiência de vida, converse com sua versão mais jovem, dando conselhos
e fazendo com que o sentimento ruim desapareça.
Quanto mais você permitir que seu cliente encontre sozinho as respostas,
melhor. Eu busco sempre influenciar o mínimo possível nesse momento de
ressignificação, é como se eu estivesse dando uma lanterna para ele
enxergar em um ambiente escuro.
Claro que existem casos que ele pode pedir o seu aconselhamento, aí você
pode contribuir baseado na leitura que fez do caso, mas tente sempre dar
para ele as ferramentas para que ele possa buscar as soluções.

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Quando inicio esse processo, sempre pergunto numa escala de 0 a 10, a
força do sentimento que estava naquele momento.
Vamos voltar ao exemplo de uma pessoa com fobia de baratas, estava
nesse ECI com 5 anos, na cozinha com a mãe, uma barata passou e a mãe
gritou, assustando a criança.
Você pode também interagir com a criança. “Quando eu toco na sua mão
eu começo a falar diretamente com essa criança, ela quem me responde”.
Terapeuta: “Olá tudo bem? O que está acontecendo?”
Criança de 5 anos: “Estou com medo, passou uma barata ali e minha
mãe gritou e me assustou”
Terapeuta: “Entendi... eu trouxe uma pessoa aqui muito especial que
pode te ajudar com essa sensação, posso chamar ela?”
Criança de 5 anos: “Pode sim!”
Terapeuta: “Falo agora com você, na idade atual, você está vendo o
que aconteceu, que essa criança está assustada com a situação e
precisa da sua ajuda... com toda sua experiência atual, tudo que já
viveu, você poderia acolher e ajudar essa criança?
Paciente: “Posso sim”
Terapeuta: “Então converse com ela, assim que você terminar você
me avisa”.
Aqui você espera o tempo que a pessoa precisar.
Paciente: “Terminei, ele está bem”?
Terapeuta: “Aquele sentimento de medo que era um 9, quanto que
está agora?
Paciente: “Zerou”.
Terapeuta: “Muito bem, eu toco na sua mão e falo com a criança de
5 anos agora, e aí, como você está?”
Criança de 5 anos: “Estou bem melhor, minha mãe quem se assustou
mas eu sou corajoso e não tenho medo de barata, tenho que passar
força pra ela”
Terapeuta: “Ótimo.”

5) Acessando os ECS:
Depois de resolver o ECI, passe por todos os eventos seguintes para fazer o
mesmo processo, fazendo uma varredura completa. O processo é o mesmo,

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você pode por exemplo sugestionar que vai contar até 5, e se tiver mais
algum evento com aquele sentimento associado, você vai acessá-lo. Acesse,
faça o processo de ressignificação e siga em frente.

6) Trabalhe TODAS as emoções associadas


É muito comum que exista um sentimento que predomina, mas que
também existam outros sentimentos ao redor que, depois de resolvido o
principal, mostram relevância. Tenha certeza de que você trabalhou todos
os sentimentos associados ao problema.

7) Ponte ao futuro
Depois que você fez toda a varredura, chegou a hora de testar se o
problema está resolvido. Seguindo o exemplo da fobia de barata, faça uma
ponte ao futuro, fazendo a pessoa estar em um ambiente com baratas e
veja como será a reação dela.
Sempre importante entender a diferença entre medo e fobia. O medo é
protetor e a fobia é limitadora. A pessoa não precisa amar baratas, mas
precisa conseguir conviver e não se limitar se estiver em um ambiente que
tenha uma barata, por exemplo.
Veja como a pessoa se sente ao enfrentar o medo, se ela estiver bem,
ancore o sentimento para que ela possa sempre se lembrar de que esse
problema está resolvido.
Se você perceber que ela ainda não está 100%, é porque alguma coisa
passou, algum sentimento, então investigue mais para resolver as arestas
que faltam, para depois novamente fazer outra ponte ao futuro.

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Conclusões Finais
Uau, ficamos felizes que chegou até aqui!

Parabéns!
Se este foi um dos primeiros contatos seu com tema HIPNOSE, talvez possa
ter ficado um pouco “perdido”, não tem problema, até porque a ideia aqui
não é ENSINAR hipnose, mas discutir sobre a Regressão. Temos cursos
focados em ensinar do ZERO a hipnose.
A regressão é uma técnica extremamente poderosa e deve ser usado com
muito cuidado. Para quem está começando, busque tratar coisas mais
simples como algumas fobias.
A técnica é importante, mas o mais importante é você saber conduzir o
paciente, e isso vem com estudo e prática.
Não fique apenas na teoria. A média das pessoas que aprende uma técnica
nova e coloca em prática é de apenas 5%. Faça parte desses 5%, coloque
tudo que você aprendeu na PRÁTICA, estude, aprenda, faça e realize seus
objetivos!
Não existe maneira melhor de aprender do que fazendo, e se hoje tenho a
experiência é porque eu percorri um longo caminho de estudos tanto na
teoria quanto na prática. A vivência clínica te traz MUITO conhecimento.
FAÇA PARTE DOS 5% QUE DE DIFERENCIAM NA VIDA

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Um grande abraço hipnótico
Renan Moura & Erick Rolf
Porta da Mente

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