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Sumário
Introdução e Apresentação ........................................................................ 2
Os conceitos por trás de uma regressão..................................................... 4
Freud ...................................................................................................... 4
Memórias Falsas..................................................................................... 4
Dessensibilização e Reframing ................................................................... 6
Reframing............................................................................................... 7
Dessensibilização.................................................................................... 7
Afinal, o que é uma regressão? .................................................................. 7
Cuidados na Regressão............................................................................... 8
R2C - Regressão a Causa (regressão por emoção) ...................................... 9
Como fazer a R2C? ................................................................................. 9
1) Lugar seguro ............................................................................... 9
2) Aliciar o sentimento: ................................................................. 10
3) Perguntas quando acessar o evento: ........................................ 11
4) Ressignificando o evento: ......................................................... 11
5) Acessando os ECS:..................................................................... 12
6) Trabalhe TODAS as emoções associadas ................................... 13
7) Ponte ao futuro......................................................................... 13
Conclusões Finais ..................................................................................... 14
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Introdução e Apresentação
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5- Você consegue criar uma comunicação assertiva para seu público
alvo, falo mais disto no curso de Marketing para terapeutas.
Bom, acho que agora podemos começar com o conteúdo e esperamos de
verdade que possa lhe ajudar. Caso tenha mais dúvidas, você pode fazer
contato clicando abaixo:
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Os conceitos por trás de uma regressão
Freud
• Causalidade psíquica:
Memórias Falsas
Pode ser surpreendente quando ouvimos isso pela primeira vez, mas todas
as nossas memórias são falsas. Toda vez que lembramos de algo, estamos
reimprimindo uma memória em cima de outra, e podem ter alterações de
uma para outra. Vou dar um exemplo para vocês entenderem melhor.
Certo dia eu estava em Americana onde ia dar uma entrevista para um
programa de televisão. Não é uma cidade a qual eu estou familiarizado, mas
estava com um amigo meu, paramos o carro numa rua perto do local e
andamos a pé. Na volta, a gente foi para determinada rua, começamos a
andar e não encontrávamos o carro. Ambos, tanto eu quanto ele,
começamos a falar, “mas eu lembro daquele prédio ali, eu lembro daquele
carro estacionando aqui.” Nossa mente começou a criar falsas memórias
para justificar a sensação de que o carro realmente estava lá. E não estava,
estávamos na rua errada.
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A nossa mente sempre busca preencher essas lacunas, então quando você
for fazer uma regressão, é extremamente importante que deixe claro para
o paciente que as memórias não necessariamente são reais.
A boa notícia para nós terapeutas é que, se é real ou não, não importa, a
questão é que existe uma carga emocional ali a ser resolvida.
A nossa mente funciona através de metáforas, então aquilo que aparece é
a representação que a mente tem de acordo com aquele problema.
A maneira que você conduz a regressão é extremamente importante para
evitar a criação de memórias falsas, essa condução vamos falar mais para
frente.
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que o suficiente para te proteger e possivelmente você seria atropelado. A
sua amigdala baseado em tudo que você já aprendeu e condicionou sabe
que existe um risco de vida ali se você for atropelado, então ela passa na
frente do pensamento e faz você reagir instintivamente, que é a reação de
luta ou fuga.
Os animais têm essa reação também, quando um animal percebe que está
correndo perigo, ele tem a reação de lutar ou fugir.
Quando passamos por um trauma muito pesado, como um acidente de
carro, por exemplo, muitas pessoas entram em estado de choque, que é
exatamente essa reação de proteção.
Nossa mente busca sempre nos proteger, mas nem sempre ela faz isso da
maneira correta. Uma pessoa que passou por traumas na infância, bullying,
toda vez que se expressava era criticada, os pais falavam que ela era inútil
etc., desenvolve um aprendizado.
Ela adulta, aprendeu que vai fazer tudo errado, que não é uma boa
companhia. Com isso, ela começa a ficar deprimida, cansada, se isola em
casa, fica na cama. Tudo isso acontece porque a mente dela entende que
mantê-la longe de pessoas a protege, está agindo em sua defesa, e isso
acontece exatamente por conta das experiências que ela teve ao longo da
vida.
Isso é o que chamamos de Modelo Cognitivo, um pensamento gera um
sentimento que gera um comportamento.
Dessensibilização e Reframing
Para entender como funciona uma regressão e porque ela é tão efetiva, é
importante que você entenda esses 2 conceitos.
Dessensibilização tem total ligação com habituação. Por exemplo, se eu der
um grito agora, vocês vão se assustar, pois não estavam preparados para
aquilo. Depois do primeiro grito, o sistema se acostuma. Essa reação
instintiva de luta ou fuga não passa pelo pensamento. A ideia da
dessensibilização é acostumar a pessoa a persistir no aversivo. O córtex não
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tem a participação, é uma reação da amigdala cerebral, o córtex só pensa e
age depois.
Reframing,
Também conhecido como reenquadramento, é você conseguir olhar para
os mesmos fatos sob uma nova perspectiva. Essa mudança acontece a partir
do pensamento (córtex), e a regressão trabalha diretamente nisso.
Quando começamos a regredir para eventos traumáticos, temos como
objetivo ressignificar o acontecimento para que o sujeito passe a ver aquilo
de uma nova forma, aonde aquele sentimento perde o peso. A partir do
momento que isso acontece, e a criança ali, por exemplo, se acalma, ocorre
a dessensibilização, criando uma nova rota, ensinando um cérebro um novo
caminho.
Dessensibilização
Pode ocorrer de duas formas. A primeira delas é a dessensibilização
sistemática, onde você vai aproximando a pessoa aos poucos ao estímulo
aversivo e ela vai se acostumando com aquilo. Geralmente vamos dando
“muletas” para a pessoa ir se acostumando com aquele estímulo aversivo
aos poucos, para depois ir tirando elas. A segunda forma é o que chamamos
de Fluby, ou enchente. É quando existe tanto estímulo aversivo que o
cérebro não consegue processar, então ignora.
A regressão é uma união desses conceitos, pois através dela conseguimos
dessensibilização e reenquadrar os eventos ao ponto de o cérebro poder
desenvolver novas redes neurais mais “saudáveis” para o sujeito.
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Quando visitamos o passado e resolvemos situações que estavam em
aberto, a mente passa a ter mais facilidade de criar novas redes neurais,
desenvolvendo assim novos hábitos e comportamentos.
Tenho inúmeras histórias para contar de pacientes aos quais passaram por
regressões e tiveram grandes mudanças de vida.
É uma técnica muito poderosa, mas que deve ser conduzida com extremo
tato e cuidado. O segredo para uma boa regressão é a habilidade do
terapeuta em saber conduzir.
Cuidados na Regressão
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momentos certos de agir caso a situação esteja fora de controle. Por isso é
importante a instalação do local seguro, que vamos falar mais para frente.
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que na visão dela, só seria atingido após a morte, e isso aguçou aquela
vontade de se matar. Refiz a rotina de local seguro com sugestões mais
especificas e tratei toda essa questão. O caso teve um ótimo desfecho e a
pessoa ficou muito bem. Ficou uma grande lição ai que repasso a vocês, da
importância de vocês fazerem uma leitura completa do paciente e saber
como direcionar algumas situações para que o efeito seja realmente como
o esperado.
Exemplo de roteiro de Lugar Seguro: “Você vai perceber agora que existe
uma porta a sua frente, muito bonita, talvez a porta mais bonita que você
já viu na vida. Não abra ainda, atrás dessa porta tem um lugar muito
especial. Um local onde nada pode te fazer mal, completamente blindado
de emoções negativas. Um local que faz você ver o lado bom de viver, a
paixão pela vida. Pode ser que quando você entrar lá você esteja sozinho ou
com pessoas que você ama. Somente sentimentos bons conseguem acessar
esse local. Independente de como você estiver se sentindo, sempre que
entrar nesse local, você vai se sentir tranquilo, em paz e bem. Quanto mais
tempo você permanece ali, mais intenso esse sentimento fica. Abra essa
porta, e conheça o seu paraíso, o seu local seguro.”
Âncora o Local Seguro: Quando a pessoa já tiver ficado ali um tempo, crie
uma âncora para a pessoa acessar aquele local, dessa forma. “A partir de
agora, independentemente de onde a gente estiver no processo, SEMPRE
que eu falar as palavras LUGAR SEGURO, você acessa IMEDIATAMENTE esse
local.”
Isso vai fazer com que se a pessoa estiver tendo uma reação muito forte,
você possa utilizar dessa âncora para levá-la para o local seguro e acalmá-
la.
2) Aliciar o sentimento:
Vamos supor que estamos tratando uma fobia de barata. Peça para o
sujeito se lembrar do que sente quando vê uma barata. Assim que ele trazer
a situação, potencialize o sentimento através de sugestões diretas, fazendo
o sentimento aumentar cada vez mais, tomar conta do corpo dele, e então,
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se concentrando totalmente nesse sentimento, ir para a primeira vez que
ele sentiu aquilo. “ Vou fazer uma contagem até 10, e no 10 vamos voltar
para a primeira vez que você sentiu esse exato sentimento. 1... o sentimento
vai ficando mais forte, 2.. mais forte.. 3.. voltando no tempo... 4.. para a
primeira vez que você sentiu isso.. 5... 6 voltando... 7.. mais forte... 8... para
a primeira vez que sentiu isso... 9 ... 10.”
Verifique se é realmente o primeiro evento. “Se existir algum evento antes
desse, nós vamos nele agora”. Se não existir nada, pode voltar para o outro
evento.
4) Ressignificando o evento:
A principal maneira de você ressignificar os eventos traumáticos é fazer
com que a pessoa com a idade atual, que tem muito mais vivência e
experiência de vida, converse com sua versão mais jovem, dando conselhos
e fazendo com que o sentimento ruim desapareça.
Quanto mais você permitir que seu cliente encontre sozinho as respostas,
melhor. Eu busco sempre influenciar o mínimo possível nesse momento de
ressignificação, é como se eu estivesse dando uma lanterna para ele
enxergar em um ambiente escuro.
Claro que existem casos que ele pode pedir o seu aconselhamento, aí você
pode contribuir baseado na leitura que fez do caso, mas tente sempre dar
para ele as ferramentas para que ele possa buscar as soluções.
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Quando inicio esse processo, sempre pergunto numa escala de 0 a 10, a
força do sentimento que estava naquele momento.
Vamos voltar ao exemplo de uma pessoa com fobia de baratas, estava
nesse ECI com 5 anos, na cozinha com a mãe, uma barata passou e a mãe
gritou, assustando a criança.
Você pode também interagir com a criança. “Quando eu toco na sua mão
eu começo a falar diretamente com essa criança, ela quem me responde”.
Terapeuta: “Olá tudo bem? O que está acontecendo?”
Criança de 5 anos: “Estou com medo, passou uma barata ali e minha
mãe gritou e me assustou”
Terapeuta: “Entendi... eu trouxe uma pessoa aqui muito especial que
pode te ajudar com essa sensação, posso chamar ela?”
Criança de 5 anos: “Pode sim!”
Terapeuta: “Falo agora com você, na idade atual, você está vendo o
que aconteceu, que essa criança está assustada com a situação e
precisa da sua ajuda... com toda sua experiência atual, tudo que já
viveu, você poderia acolher e ajudar essa criança?
Paciente: “Posso sim”
Terapeuta: “Então converse com ela, assim que você terminar você
me avisa”.
Aqui você espera o tempo que a pessoa precisar.
Paciente: “Terminei, ele está bem”?
Terapeuta: “Aquele sentimento de medo que era um 9, quanto que
está agora?
Paciente: “Zerou”.
Terapeuta: “Muito bem, eu toco na sua mão e falo com a criança de
5 anos agora, e aí, como você está?”
Criança de 5 anos: “Estou bem melhor, minha mãe quem se assustou
mas eu sou corajoso e não tenho medo de barata, tenho que passar
força pra ela”
Terapeuta: “Ótimo.”
5) Acessando os ECS:
Depois de resolver o ECI, passe por todos os eventos seguintes para fazer o
mesmo processo, fazendo uma varredura completa. O processo é o mesmo,
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você pode por exemplo sugestionar que vai contar até 5, e se tiver mais
algum evento com aquele sentimento associado, você vai acessá-lo. Acesse,
faça o processo de ressignificação e siga em frente.
7) Ponte ao futuro
Depois que você fez toda a varredura, chegou a hora de testar se o
problema está resolvido. Seguindo o exemplo da fobia de barata, faça uma
ponte ao futuro, fazendo a pessoa estar em um ambiente com baratas e
veja como será a reação dela.
Sempre importante entender a diferença entre medo e fobia. O medo é
protetor e a fobia é limitadora. A pessoa não precisa amar baratas, mas
precisa conseguir conviver e não se limitar se estiver em um ambiente que
tenha uma barata, por exemplo.
Veja como a pessoa se sente ao enfrentar o medo, se ela estiver bem,
ancore o sentimento para que ela possa sempre se lembrar de que esse
problema está resolvido.
Se você perceber que ela ainda não está 100%, é porque alguma coisa
passou, algum sentimento, então investigue mais para resolver as arestas
que faltam, para depois novamente fazer outra ponte ao futuro.
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Conclusões Finais
Uau, ficamos felizes que chegou até aqui!
Parabéns!
Se este foi um dos primeiros contatos seu com tema HIPNOSE, talvez possa
ter ficado um pouco “perdido”, não tem problema, até porque a ideia aqui
não é ENSINAR hipnose, mas discutir sobre a Regressão. Temos cursos
focados em ensinar do ZERO a hipnose.
A regressão é uma técnica extremamente poderosa e deve ser usado com
muito cuidado. Para quem está começando, busque tratar coisas mais
simples como algumas fobias.
A técnica é importante, mas o mais importante é você saber conduzir o
paciente, e isso vem com estudo e prática.
Não fique apenas na teoria. A média das pessoas que aprende uma técnica
nova e coloca em prática é de apenas 5%. Faça parte desses 5%, coloque
tudo que você aprendeu na PRÁTICA, estude, aprenda, faça e realize seus
objetivos!
Não existe maneira melhor de aprender do que fazendo, e se hoje tenho a
experiência é porque eu percorri um longo caminho de estudos tanto na
teoria quanto na prática. A vivência clínica te traz MUITO conhecimento.
FAÇA PARTE DOS 5% QUE DE DIFERENCIAM NA VIDA
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