Hipnoterapia Infantil Gastão

Espaço Trauma
Espaço Trauma SP BrasOia -Espaço Ttail,ma BsB Beio Horizonte

Zenaide Dias Silvia CrisÍiiidÇ.GuiradÓ Rua Helena Antipoff 490
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Hipnoteiapia Infantil
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"Pensar por imagens ..• é

mais próximo dos
processos inconscientes
',-- -
do que pensar por
palavras. "
Sigmund Freud
-
. '
Lisboa - Portugal
Faculdade de Medicina de
Espaço Trauma Araraquara
José Antonio Franciscatto
Espaço Trauma Curitiba
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,
Hipnose fstratlgico
r---
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ESPAÇO TRAlA.MA
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GASTÃO RIBEIRO
"I
PROJETO TRAUMA INFANTIL
Hipnoterapia Infantil
'.
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PROJETO TRAUMA INFANTIL
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índice analítico
ROTEIRO DE INDUçAo HIPNÓTICA 37
CAPiTULO 1 -SINTOMAS História e Preparação do Cliente 38
",
Transtornos de Ansiedade 1 Absorçãof Ratificação/Dissociação 39
Enurese e Encoprese 5 Eliclação 41
Depressão InfantU 6
Trauma Infantil 7 CAPiTULO 6
Somatlzaç6es/Crlanças Hospitalizadas 9 O USO DA HIPNOSE COM CRIANÇAS 43

Gaguelra e Tiques 10 O Trabalho Simbólico 43
Problemas Alérgicos 11 Técnicas Protetoras 44
TDAH 12 Técnicas de Hipnose 46
Técnicas de Hipnose Clássica 49
CAPITULO 2-
Terapeuta de Crianças 14 CAPiTULO 7
Pr4;»Jeçãoe IntroJeção 16 TÉCNICAS DE CURA 52
O -Brincar em Wlnnlcott 17 Técnicas 55
Apadrlnhamento 18 A Criança com câncer 57
CAPITULO 3- CAPiTULO 8
Diagnóstico sob medida 23 O Ajuste de Habilidade. 59
Ganchos e Anz61s 25 Técnicas 60
Utilização 26
Pequeno Dicionário de Imagens 27 CAPiTULO 9
Hipnose Modema 67
CAPiTULO 4- TécniCas 69
A Htpnose 29
Constetaçlo Hlpn6tlca 32 CAPiTULO 10
Nivels de Tran •• 35 Teoria da Técnica 71
Slncronlzaçlo 36
CAPiTULO 5
HIPNOTERAPIA INFANTIL
A CRIANÇA E SEUS SINTOMAS

Este curso visa relatar anos de experiência na prática clínica com crianças, alguns
impasses que me levaram as modificações do processo de atendimento destas. Este curso visa
demonstrar a introdução da Hipnose àpsicoterapia de crianças.
Uma criança que é ehcaminhada a uma psicoterapia esta presa a aquele ponto em que a
linguagem termina e o comportamento continua a falar. Ela presentifica o seu prõprio sintoma
associado ao conflito familiar, co,!/ugal cam,glado ou aceito pelos pais. Muitas vezes são porta-
vozes da patologia familiar.
Quando falamos de psicoterapia de crianças, estamos lidando com idéias: de
desenvolvimento iifantil, de psicopatologia, técnicas de atendimento, idéias teóricas diversificadas.
Tais idéias e conceitos causam na prática uma série de impasses. Como se tratar um sintoma
difuso que, embora presente na criança como paciente identificado, é também sintoma familiar ou
do casal. Muitas veZf!s a teoria da técnica, paradoxalmente aprisiona opsicoterapeuta.
Até alguns anos atrás a psicoterapia infantil eram realizadas com atendimentos da
criança associado a uma orientação dos pais. Neste tipo de abordagem o psicoterapeuta assume
um papel de onde pode opinar sobre a vida dos outros, tentando desfazer o impossível, isto é, um
sintoma que esta gritando e a trama familiar.
Esta abordagem usada até hqje esbarra numa série impasses: a resistência dos pais de
associar o sintoma dos filhos as suas dificuldades pessoais (sintoma familiar); a morosidade do
tratamento em função do aprisionamento teórico; a utilização de aspectos teóricos antigos que não
se atualiZflram.
A partir destas constatações comecei a introdu:{jr novas formas de atendimentos, isto é, a
introdu:{jr novas ferramentas como Hipnose, T apping e os novos paradigmas em psicoterapia.
O curso de Hipnoterapia Iifantil busca trazer aos profissionais que trabalham com
crianças as mais novas abordagens de psicoterapia breve. Este curso visa potencializar o trabalho
terapêutico com crianças. Com técnicas novas, que utiliZflm novos conceitos, que integram os novos
conhecimentos e estratégias.
Os Sintomas
A criança que chega ao consultório traz uma demanda e um sintoma que necessitam ser
atendido. Quase sempre tem uma queixa mesmo que não s~ja real. Muitas vezes são os
familiares, amigos, professores os primeiros a suspeitar que a criança precisa de cuidados.
/'\
Entre os elementos a serem observados incluem-se os comportamentos, as condições
ambientais e existenciais adversas, os problemas nas relações sociais e na escola, as alterações do
sono, da alimentação, a expressão exagerada das emoções, as dificuldades em lidar com questões
cotidianas, alterações da atenção e da adaptação, etc.
/
Ic
HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO
Iremos relatar aqui osprincipais sintomas que aparecem no consultório àforma de

abordá-tos.
Transtornos de Ansiedade
Existe uma variável gama de sintomas que podem ser classificados como transtorno de
Ansiedade. Pois a ansiedade efator gerador dos sintomas obseruâieis. Entre elespodemos citar
as Fobias, Ansiedade Generalizada entre outros.
A ansiedade para as crianças, assim como para os adultos, é um sentimento
desagradável derivado de uma ameaça potencial ou real. As crianças não conseguem identificar
que existe algo errado, e expressam isto através das alteraçõesde comportamento.
A maneira básica de éiferenciar uma ansiedade normal da patológica épela intensidade
e duração da resposta de ansiedade ao estímulo. As respostas normais são passageiras e sua
intensidade varia de acordo com a gravidade das ameaças;já a respostapatológica a criança está
permanentemente alterada ou quando ocorre um estímulo realmente provocador de ansiedade a
resposta da criança é exagerada. Mais intensa do que ocorrepara outras crianças da mesma
faixa etâria e condiçõessociais.
Tanto nas crianças como nos adolescentesessestranstornos apresentamjlutuações, isto é,
há épocasem que melhoram e épocas em quepioram.
Ansiedade Generalizada As crianças com transtorno de ansiedade generalizado apresentam

medo excessivo,preocupações exageradas ou irracionais a respeito
de várias situações. Estão constantemente tensas e dão à impressão
de que qualquer coisapode deixá-Ias apreensiva. Estas crianças estão semprepreocupadas com o
-"- julgamento dos outros em relação ao seu próprio desempenho e precisam que estejas«
constantemente reforçando a corfiança nelas. Têm dificuldade de relaxar, apresentam queixas
somáticas sem causas definidas e sintomas corporais como palideiJ sudorese, aceleração da
respiração, tensão muscular e estão sempre atentas a tudo em redor sempre vigiando o que pode
vir a representar uma ameaça ouperigo.
Crianças com esseproblema podem, por exemplo, pedir constantemente para que seus
responsáveis verifzquem com uma freqüência acima da necessária se o que fizeram está certo,
mostram-se muito sensíveis aos comentários negativos, encontra-se o tempo todo apreensivas com a
possibilidade de algo não estar bem.
Essas crianças acabam gerando problemas porque criam tensão no ambiente, irritam
quem está próximo e acabam perdendo a paciência. O começo desseproblema é gradual, sendo
difícillocalizá-lo na maioria das vezes.
Muitas vezes na origem da Ansiedade Generalizada existe uma pressão externa maior
do que a criança pode suportar. Esta pressão pode ter a sua origem em pais que cobram
excessivamente, Bul[ying, uma escola inadequada para o perfil da criança, entre outras. O
primeiro passo é ter uma boa noção do fenômeno da ansiedade, em seguida do estresse. Toda
ansiedade tem início quando o indivíduo toma contacto com um agressorpsicossocial. Ora, então
oproblema da ansiedadepatológica sópode ser devido à:
1. O estressor é maior que a capacidade de adaptação da criança;
2
'-o
2. O estressor persiste por muito tempo e esgota a capacidade da criança se adaptar;
r-\ 3. A sensibilidade da criança está temporariamente muito acentuada, a ponto de transformar
fatos corriqueirosemfatos estressantes;
4. A criança tem um traço de personalidade capaz de superestimar fatos cotidianos como se
fossem fatos estressantes;
5. Uma combinação de mais de um dessesfatores.
A Ansiedade de Separação na criança se manifesta como uma

Ansiedade de Separação preocupação irrealista e aflitiva quanto a um possível dano às
opessoas diretamente relacionadas a ela. Fi um sintoma que
costuma aparecerpor volta dos 5 anos de idade e muito freqüente no consultório.
Ansiedade de Separação é normal que crianças em idade pré-escolar ou que ainda estão
aprendendo a andar mostrem algum grau de ansiedade de separação em relação a quem estão
ligadas (pais ou responsáveis).
As crianças com Ansiedade de Separação são incapazes de permanecer em sotinhas,
exibem um comportamento adesivo à pessoa referência, (normalmente a mãe), costumam andar
juntos como uma sombra atrás dospais, não só fora do lar como até por toda a pr6Pria casa e
sofrem muito diante da possibilidade deficarem separadas.
É consideradoum transtorno quando:
1. Há uma persistente relutância em ir à escolapor: medo deficar longe dos pais. Quer
dormirpróximo ou com ospais, ou não querer dormir antes dospais;
2. Tem um medo inapropriado deficar sotinho em casa;
3. Tem pesadelos sobre separação dos pais (a criança separar-se dos pais), pesadelos em
crianças são indicativos defatores estressantespara elas;
4. Tem queixas físicas como náuseas, dores de estômago ou de cabeça, vômitos nos
momentos relacionados à separação dos pais como na hora de ir ao colégioou sair de
casa;
5. Manifesta ansiedade excessiva como choro, acessosde raiva, apatia ou retraimento social
após ter sido obrigada afica longe dospais como no retorno a aulas;
6. Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar, apresentam manifestações
somáticas de ansiedade como dor abdominal, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Crianças
maiorespodem apresentarpalpitações, tonteiras, sensação de desmaio.
Fobias É um dos sintomas mais comuns no consultório. É um grupo de

transtornos nos qual uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou
essencialmente por situações nitidamente determinadas que não
apresentem atualmente nenhum perigo real Estas situações são, por esse motivo, evitadas ou
suportadas com temor.
As preocupações da criançapodem estar centradas sobre sintomas individuais tais como
palpitações ou uma impressão de desmaio, e freqüentemente se associam com medo de morrer,
perda do autocontrole ou deficar louco. A simples evocaçãode uma situaçãofóbica desencadeia
em geral ansiedade antecipatória.
,-
As fobias se dijerenciam dos medos normais pela intensidade e persistência do

comportamento defuga, sempre que o estímulo fóbico é apresentado. Trás de alguma forma um
pr'!Juízo na adaptação individuaL Na itifância os estímulos mais comuns sãopeq/tenos animais,
escuridão, altura e barulhos altos, sendo q/te vários outros podem existir dependendo de cada
caso. Diante do estímulo fóbico a criança procura correr para perto dos pais ou alguém que
ofereçaproteção. O estímulo pode desencadear choro, imobilidade, agitação e até uma crise de
pânico.
Fobia Simples e
Processual Fobia Simples
A característica essencial da Fobia Simples é o medo persistente e irracional, associado ao des'!Jo

intenso de evitar um objeto. ou situação. As Fobias Simples também chamadas defobias
espec[ficas são as mais comun;; medo de animais (cachorro, barata, ratos, etc.), Claustrofobia
(medo de espaçosfechados) e a Acrofobia (medo de altura). Ela é uma fonte signijicante de
sofrimento e a pessoa normalmente reconheceque o seu medo é irracional.
As principais caracteristicas são: medo extremo diante do estímulo fóbico; sintomas
idênticos aos do ataque de pânico; confirmação pela pessoa fóbica de que da existência de
situações espec[ficasque estimulam o aparecimento de sintomas.
Fobia Processual
A dijerença básica entre Fobia Simples e Processual é que a segunda seforma como um
processo, no qual a criança restringe suas atividades normais na medida em que o medo e afuga
o dominam. Freqüentemente estas crianças insistem para que um membro dafamília ou amigo os
acompanhe todas as vezes que se encontram diante de uma situaçãofóbica. '
As características essenciaispara diagnóstico de Fobia Processual são: a criançapossui
grande medo evitando ficar so=<fnha;faz restriçõescrescentesa suas atividades diárias podendo ser
dominadas pelo medo; desconforto signijicante ao reconhecerque seu medo é excessivo; e não haver
nenhuma outra desordem mental e em especial TEPT.
Etiologia O medo enquanto processo é sempre, em última análise, uma forma de evitar
responsabilidades, pois quem sofre de Fobia não age por si só trancado em rituais e fugas
incessantes. Apesar da contínua recusa em lidar com uma forma ativa de vida, os fóbicos são
acusados de uma responsabilidade que entra pela porta de trás, os seus próprios sentimentos de
culpa. São atormentados mesmo tendo consciênciade que seu medo excede a realidade.
Em todas as fobias é necessário que a psicoterapia alcance as questões infantis. Ao
tratar fobias é necessário trabalhar duas coisas: a Desordem de Ansiedade e os deslocamentos de
medos itifantis. As fobias estão ligadas afatos e sentimentos itifantis deslocadospara o obieto ou
situações especficas. Por traz de toda fobia existe uma Cena Nuclear que são os elementos ou a
cena com a qual o cliente estruturou um tipo de reposta defensiva, que lhe foi útil no momento,
mas o aprisionou no passado, isto é, cristalizou e criou as suas dijiculdades atuais. Estas cenas
podem estar escondidas atrás de memórias encobridoras, mas quando aparecem são seguidaspor
.Ab-reações. Portanto no tratamento de Fobias é necessário encontrar as suas raízes em
deslocamentos de materiais recalcados.
4
r>.
--../
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r>.
r>.
~
r>
Enurese
('
A enurese é a falta do controle de urina e implicam em uma deficiência no controle de
,~
-<;
esfincteres iesical, em uma idade em que a maioria das criançasjá tem esse domínio. Assim, são
"- consideradas enuréticas as crianças acima de cinco e quatro anos respectivamente, que ainda não
r>.
urinam nos locais destinados à eliminação.
f' A enurese é definida como a perda urinária involuntária durante o sono em crianças
r>. acima de 5 anos de vida. Atinge 15% a 20% das crianças nesta idade. A forma mais comum é
a enurese noturna mono sintomático, onde não existem sintomas diurnos que indiquem disfunção
f\
miccionaL Isto é, a criança não tem urgênciapara urinar, micções interrompidas ou incontinência
,--,
diurna. A enurese é considerada primária quando nunca houve um período sem urinar na cama
r+-; maior que 6 meses. A enure;.e secundária ocorre quando há a presença de uma situação de
estresse como causa da enurese (nascimento de um irmão, divórcio, morte de um familiar).
'" Atualmente, sabe-se que a enurese noturna é hereditária. A herança é autossômica
~
dominante. Caso ambos os pais forem enuréticos o risco para os filhos é de 77%, enquanto
r=. .~~
somente um pai for enurético o risco se reduz para 45%. Desta forma, a etiologia da enurese é
~V
r, caracterizada por uma interação entrefatores genéticos e ambientais.
~ ~~ Para uma criançapermanecer sem urinar durante o sono envolvefunções que não agem
r>.
~
'i1 durante o dia. Uma delas é a redução da produção de urina noturna para não exceder a
capacidade da bexiga urinária; e/ou a inibição e relaxamento eficiente do músculo detrusor da
bexiga. É necessário que a criança seia despertada pela bexiga cheia, e que alternativamente o
I'- reflexo de micção seia inibido para que a criança tenha tempo de acordar e dirigir-se ao banheiro
r--«
antes que a micção aconteça.
'-- É necessário descartar fatores orgânicos antes da intervenção psicoterápica. Um dos
~ fatores a serem investigados é se há a presença de algum trauma ou situações de estresse associado
A à enurese. Trabalhar também a questão do hábito, da repetição.
r=-; A persistência do sintoma na criança pode levar aos sentimentos de culpa, ansiedade,
perda de co'!fiança e, conseqüentemente, comprometimento da auto-estima .
.f\
r>.
Encoprese
f\
A encoprese é a falta de controle das fezes que implicam deficiência no controle de

" eifíncteres anal, em uma idade em que a maioria das criançasjá tem esse domínio. Assim, são
~
consideradas encopréticas as crianças acima de cinco e quatro anos respectivamente, que ainda não
-r>;
urinam ou não defecam nos locais destinados à eliminação.
f\ Estes distúrbios de defecçãosão problemas freqüente em crianças e de difícil tratamento.
r=.
O termo "encoprese" (que vem do grego "kopros" = deposição)foi usado por primeira vezpara
descrever a incontinência fecal de origem psicológica e não propriamente orgânica, mais tarde, o
r>.
termo encopresefoi expandido para referir se a ambos os tipos de incontinência.
r">; Assim, embora não exista um consenso a respeito de uma definição comum a nível
A internacional, atualmente o termo encoprese significa uma emissão repetida de fezes de forma
involuntária ou intencional em lugares inapropriados, em uma criança de quatro anos ou mais
r\
(ou nível equivalente de desenvolvimento).
'" .
Na Encoprese também chamada de constipaçãofuncional temos dois tipos: o escapefecal
/, que é definido como um escape depequena quantidade defezes, que ocorredeforma involuntária.
r=;
"
rr-;
5
r=.
.f\
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/>.
r>.
f'
'-\
o escapefecal pode também ser secundário com a retençãofecal, alteraçõesfísicas (ma!formações

congênitas, transtornos neurológicos, defeitospós-cirúrgicos) devem ser investigados.
É necessário descartar fatores orgânicos antes da interoenção psicoterápica. Um dos
fatores a serem investigados é se há a presença de algum trauma ou situações de estresseassociados
à Encoprese. Trabalhar também a questão do hábito, da repetição.
Obseroações clinicas mostram que os casos de Encoprese se devem a pais muito rígidos
ou trauma, normalmente abusos sexuais. As persistências do sintoma na criançapodem levar a
sentimentos de culpa, ansiedade, perda de confiança e, conseqüentemente, comprometimento da
auto-estima.
Deprressao
- Infantil
Muitos fatores pode';' levar uma criança à depressão. Os problemas co,!jugais, os
problemas financeiros, a cobrança exagerada por parte dos pais e da sociedade em relação ao
desenvolvimento da criança. A falta de contato da criança com os pais em função de suas
responsabilidades profissionais e necessidades de sobrevivência, o que impede que hcya um vínculo
ajetivo positivo, são fatores que contribuem para o aumento da possibilidade das crianças
desenvolverem transtornos, sendo a depressão itifantil um deles, e que afeta diretamente o
desenvolvimento psicossocial e acadêmico da criança.
A Depressão é um transtorno de humor que se caracteriza basicamente por tristeza e
anedonia, associados a transtornos de sono, de alimentação e somáticos (como cifaléia, tonturas,
taquicardia, sudorese, diminuição de libido etc.). Na criança, mais freqüente que a tnsteza é a
irritabilidade, mau humor e a anedonia, que é a falta de prazer com as atividades habituais,
como brincar, sair com os amigos,jogar videogame, ver TV etc.
A Depressão itifantil é caracterizada pela presença dos seguintes sinais e sintomas, os
quais podem se apresentar de forma mascarada: baixo desempenho escolar, pouca capacidade
para se divertir (anedonia}, sonolência ou insônia, mudança no padrão alimentar, fadiga
excessiva, queixas físicas, irritabilidade, sentimentos de culpa, sentimentos de desualia,
sentimentos depressitos, ideação e atos suicidas, choro, ajeto deprimido, faces depressiuas,
hiperatividade ou hipoatividade.
Além disso, podemos destacar outros fatores que causam a Depressão: a morte de um
dos pais, dos avós ou de um ente querido muito próximo, maus tratos dentro da família; filho
indesejado, filho somente de um dospais; alcoolismo, entre outros.
.-.. É muito importante, tanto para o médico quanto para o psicólogo, procurar sempre
.-.. conhecer a dinâmica familiar em toda a sua extensão no sentido de buscar a causa da Depressão
Itifantil na criança e a partir dela fazer uma interoenção direta. Em algumas situações os pais
devem, também, ser orientados a uma terapia familiar.
A Depressão Infantil também tem caráter reatiuo, isto é, a forma como a criança
encontrou a perda de algo que amava ou a um trauma psíquico. A depressão reatzoa poderá ser
breve ouprolongada, podendo estar acompanhada de ansiedade.
6
HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTA O RIBEIRO
Trauma
Para o DSM IV a característica essencial do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é
o desenvolvimento de sintomas característicosapós a exposição a um extremo estressor traumático,
envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real ou ameaçador que envolve morte, sério
ferimento ou outra ameaça à própria integridadefísica; ter testemunhado um evento que envolve
morte, ferimentos ou ameaça à integridadefísica de outra pessoa; ou o conhecimento sobre morte
violenta ou inesperada, ferimento sério ou ameaça de morte ouferimento experimentado por um
membro dafamília ou outra pessoa em estreita associação com o indivíduo.
Mas Trauma em grego significa ferida. Robert Scaer em 2001 introduzju um novo
conceito, o conceitode Barreiras. As pessoas a partir de suas experiências da vida passam a criar
barreiras e limites deproteção ~ segurança. Um trauma é uma situação que rompe essas barreiras
e limites que faz com que a pessoa paralise no tempo e no espaço. Excede todos os limites de
segurança e suporte.
Os sintomas do Transtorno de Estresse Pos-traumático formam um processo em espiral
que acionam os mecanismos biológicosmais primitivos que faz parte da nossa herança evolutiva.
A reação do O1;ganismopara sobreviver a uma ameaça, é: FUGIR. LUTAR OU
CONGELAR
Quando as respostas defuga ou luta são impedidas, a imagem do eventofica congelada,
criando uma grande cotifusão nas pessoas, impedido-as de ter uma vida normal
Os sintomas traumáticos não são causados pelo acontecimento desencadeador em si
mesmo. Eles vêm do resíduo congeladode ener;giaque nãofoi resolvido e descarregado;esse resíduo
permanece preso no sistema nervoso ondepode causar danos corporais e emocionais.
Os sintomas em longoprazo são debilitantes efreqüentemente bizarros e se desenvolvem
quando nãopodemos completar oprocesso de entrar, atravessar e sair da "imobilidade" ou do
estado de "congelamento".
O trauma deixa Traços Mnemônicos que são como marcas, sempre que é reoioidocom
intensidade provoca retraumatizações. O tifetofica preso dentro das marcas, quanto mais
profunda marca mais o tifetofica aprisionado.
Trauma e
Dissociação A Dissociação foi um termo criadopor Janet nofinal do século XIX para descreverum estado
mental onde ocorre um rompimento de consciência. Durante a Dissociaçãa o individuo
experimenta distorções de memória, afeto, percepção ou senso de identidade. É comum ocorrer
durante a Dissociação alterações de percepções, como: sensações somáticas, tempo, períodos de
amnésia, irrealidade e despersonalização. Em estados clínicos mais graves ocorrem sintomas de
conversão, estado de fuga e desordem de personalidade múltipla (Desordem Dissociativa de
Identidade).
A Dissociação ocorre quando a ansiedade se torna tão esmagadora que certos aspectos
da personalidade se tornam dissociada ou se dividem um do outro. As manifestações de
dissociação servempara proteger o individuo do conflito que produz a ansiedade. A Dissociação é
um mecanismo deproteção psicológica ao medo e a ansiedade.
Trauma e Dor A Dissociação também pode aparecer como sintomas somáticos e dor. A dor servepara abrifar a
ansiedade esmagadora do trauma. Ela esta geralmente associada à parte ou região macbucada do
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corpo, especialmente a uma das extremidades ligadas ao evento traumático sendo que
anormalidades também podem aparecer napostura.
Na dor crônica causada por traumas, vemos que a postura inconsciente dopaciente não
reflete tão somente a dor, mas também a experiência do evento traumático que produtiu a dor.
Muitos dessespacientes manifestam "achadosfisiológicos" que os rotulam comopacientes de dor
crônica,fibromialgia por seus médicos.
i"'"
Traumas e TOe A Dissociação também pode aparecer como rituais e comportamentos obsessivos, isto é, as pessoas
começam a plandar rigidamente cada hora de seu dia efazendo uma organização metódica em
suas vidas, afim de evitar a intrusão da ansiedade do IEPT.
Traumas e TDAH A Dissociação pode provocar uma série de problemas nas funções de processamento cognitivo e
mental. A Dissociação provoêtJ uma disfunção na atenção concentrada, as pessoas perdem a
habilidade em acessar novas informações, negligenciam e ignoram detalhes importantes das
itiformações. Os sintomas parecem com o TDAH, pois cifetam a memória de curto prazo e
atenção. Adultos vítimas de trauma têm sido recentemente diagnosticados como tendo DDA
adulto (Distúrbio de Déficit de Atenção), mas geradospor efeitos da Dissociação.
Traumas e Medo Os estudos atuais de Neurofisiologia mostram que a amígdala do hipocampo tem uma função
Traumático "emocional", agem independentemente do neocõrtex: Ele pressupõe que algumas reações
emocionais e memórias podem ser formadas sem a participação da consciência cognitiva do
neocôrtex: Quando as pessoas estão sobreforte estresse elas secretam hormônios endógenos de
estresse que reforçam a consolidação da memória traumática. Ele pressupõe que a secreção
massiva de neuro-hormônios, no momento do trauma, desempenha um papel na potenciação das
memórias traumáticas quepodem reaparecerao longo da vida.
E este passado, carregado de forte teor emodonal, tem uma itifluência nas memórias
impressas para controlar nosso funcionamento presente e nossas relações atuais, tornando as
pessoas mal adaptáveis. Os Sintomas de Medo Traumático em crianças IEPT aparecem
embora esta ou afamília pessoas não consigamfazer nenhuma relação com a cena traumática em
função da dissociação.
Traumas e Muitas das doenças de causas desconhecidasque estão ligadas diretamente ao estressetraumático.
Doenças Físicas As síndromes de espasmos musculares suaves/ou ulceração do sistema gastro-intestinal estão
associadas com exposição ao estressecrônicona maioria dos casos.
Um trauma pode causar cardio-espasmo no esôfago, refluxo gastroesofaga4 úlcera
péptica, colite ulcerativa e síndrome do intestino irritável.
A cistite está associada com úlceras dolorosas na bexiga e sintomas de desernegiamotora
na bexiga, também de causa desconhecida.Enxaqueca clássica é claro, é um exemplo prototípico
de manifestações uasculares de desregulação cíclica autônoma e tem sido ligada a trauma do
passado.
Além disso, muitas doenças crônicas têm a sua origem em um trauma. O câncer e
doenças do coração estão associados às estatísticas de IEPT. O trauma é acumulativo e pode
r contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas seletivas, como também, contribuir para o
progresso dessas doenças.
8
Transtornos Somáticos
As emoções naturais efisiológicas aparecem em todas as crianças e tem um importante
substrato biológico. Hoje em dia há dados stdicientes para podermos qftrmar que as emoções
positivas potencializam a saúde, enquanto as emoções negativas tendem a comprometê-Ia.
Quando uma criança experimenta altos níveis de ansiedade, durante tempo prolongado,
seu bem estar psicológico se encontra seriamente prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se
alterar por excesso de solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu
organismo. Níveis altos de ansiedade podem aumentar os níveis da ativação fisiológica global,
provocando alterações do sistema nervoso autônomo, mudanças no sistema imune, etc.
Os transtornos psicossomáticos ou psicofisiológicos, como algumas dores de cabeça, das
costas, algumas arritmias car.díacas, certos tipos de hipertensão arterial, algumas moléstias
digestivas, entre tantas outras doenças, podem ser produtidas por uma excessiva ativação das
respostas fisiológicas do órgão ou sistema que sofre a lesão ou disjunção (cardiovascular,
respiratório, etc.). Seria uma espécie de disjunção do órgão ou do sistema orgânicopor trabalhar
em excessopor muito tempo.
Os Sintomas Somáticos são quadros onde existe a queixa, mas não se encontra
alterações orgânicas. Uma ampla variedade de transtornos psicofisiológicospode estar associada à
ansiedade: entre eles os transtornos cardiovasculares; digestivos; as cefaléias; a asma; transtornos
dermatológicos; os transtornos da alimentação; debilidade do sistema imune etc.
As classificações tradicionais dos transtornos psicofisiológicos descrevem as seguintes doenças
relacionadas com variáveispsicológicas:
• Transtornos cardiovasculares - hipertensão arterial, arritmias.
• Transtornos respiratórios - asma brônquica, sindrome de hiperventilação, rinite alérgica.
• Transtornos endócrinos - hiper ou hipotiroidismo, alterações das glândulas paratireõides,
hipoglicemia, diabetes;
• Transtornos gastrintestinais - transtornos esofágicos,dispepsia, úlcerapéptica, síndrome
do cólon irritável, colite ulcerosa, Doença de Crohn.
• Transtornos dermatológicos -prurido, biper-bidrose, urticária, dermatite atópica,
alopecia areata, psoriase, herpes, vitiligo;
• Dor crônica - Iombalgias, cefaléias.
• Reumatologia - artrite reumatóide;
/----
• Transtornos imunológicos -Iúpus, depressão imunológica inespecfica.
A Criança HospitarIZada
A Hospitalização de uma criança é um momento de crise, determinado pela doença e a
hospitalização. Esta a criança muitas vezes se sente abandonada pela ausência da mãe ausência
ou da família e várias são as conseqüências: ansiedade e angústia; insegurança; agressividade;
transtornos emocionais; transtornos do sono; transtornos da linguagem;perda depeso; depressão;
regressão;atraso no desenvolvimento.
A Hospitalização e o ambiente hospitalar é sentido pela criança como uma situação
nova e, portanto, desconhecida. Muitas vezes ela nem é informada sobre o que esta acontecendo
r>
9
com ela e estas omissões deixam as crianças mais ansiosas, angustiadas e nervosas; dificultando
assim, sua recuperação.
Ela é obrigada a conviver sem saber com o ambiente onde esta se encontra. Para ela é
estranho e desconhecidooljetos da pediatria, como eletrocardiógrcifo,equipo de soro, aparelho de
RAIO-X, respiradores, etc.. O efeito do ambiente pode ser desastroso sobre a saúde de uma
cnança.
Outro fator de estressepara esta criança são os ruídos, pois numa pediatria é impossível
evitar o choro,gritos e barulho, inclusive de equipamentos. Estes ruídospodem provocar alterações
importantes nafreqüência cardíaca, ritmo de sono, etc.
Existem crianças que permanecem internadas sem a presença constante da mãe ou do
pai, este quadro pode levar a um estado depressivoe a uma desistência de vida, cercade 11% das
crianças hospitalizadas têm depressãoe outras 20% apresentam sintomas da doença.
Sintomas como estres;ê, ansiedade, depressão e traumas devem ser avaliados com maior
cuidado em crianças hospitalizadas.
Gagueira
A gagueira era entendida como um fenômeno de natureza psicológica que não tinha
tratamento. Manifestava-se na infância e acompanhava o indivíduo até a morte. Sendo um dos
sintomas mais difíceis de tratar em consultório, mas Gagueira tem qjuda. Quanto mais precoce o
tratamento, melhor serão os resultados.
Vamos começar entendendo a gagueira, esta pode ser uma reação episódica ao estresse.
A pessoa gagueja porque está sob tensão, falando em público ou enfrentando uma situação de
perigo, por exemplo. Seu corpo está envolvido na ação como um todo: ela transpira, treme, tem
taquicardia. Não é um simples problema defala. A diferença crucial é que esse tipo de gagueira
decresceou cessa, à medida que o estresse vai desaparecendo.
Gagueira começa a ser um problema quando afala é interrompida, ocorrem excitações e
bloqueios em todas as situações de comunicação, inclusive na leitura, no telefone e etc..
A gagueira é uma desordem que se manifesta preferentemente na primeira infância,
alguns indivíduos acabavam criando mecanismos que os qjudavam a vencer a dificuldade ou
permaneciam gagospela vida toda.
Estudos realizados através de várias técnicas de captação de neuroimagens têm mostrado
que a gagueira tem uma base neurológica que está associada com algumas anomalias nos
mecanismos neurais do controle do ato motor da fala nas áreas responsáveis pela fala e
linguagem.
Falhas na ativação normal do lóbulo temporal do hemisfério esquerdo durante a fala,
dificultam a organização do planejamento dos sons da fala que é processado nas regiõespré-
motoras do cérebro.Já se sabe quais são as várias áreas dos cérebrosdos que gagu~jam que têm
funcionamentos diferentes do que seria esperado. O que ainda se desconheceé por que ocorrem
estas alterações.
A diftculdade é então como tratar. O maior problema é que acredito que a gagueira deve
ter uma abordagem multidisciplinar, o trabalho dafonoaudiologia associado à psicoterapia.
/',.
10
Os TIqUeS
Cerca de 10% das crianças em idade escolar têm transtornos de tiques, segundo estudo
da Academia Americana de Psiquiatria da Iifância e Adolescência. Os Tiques estão
freqüentemente associados ao estresse e costumam desaparecercom o tempo, sem a necessidadede
tratamento.
Os tiques são movimentos ou vocalizações que ocorrem subitamente, de forma
involuntária, ou seja, a criança não tem controle. Eles geralmente são desencadeados em
momentos de estresse, como em épocas deprovas.
Os tiques costumam desaparecerem dois ou três meses. Mas quando a criança sofre de
recriminaçãopor parte dos familiares, professores e amigos tendem a se cronijicar com sérios
prquízos para sua auto-estima..
O Tique deve ser diferenciado da S índrome de Tourette onde a criança tem tiques
motores epelo menos um tique vocal em alguma fase do transtorno. A S índrome de Tourette é
uma desordem neurológica ou neuroquímica caracterieada por tiques involuntários, reações
. r---.. rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizaçõesque ocorrem repetidamente da mesma
maneira. Estas crianças são vítimas de humilhações e se isolam. Eles também podem ter
problemas de atenção, concentraçãoou desenvolver obsessõese compulsões. Diferente dos demais
transtornos de tique, a incidência da síndrome de Tourette é de um casopara cada cinco mil
crianças. Os meninos são três vezes mais acometidospelo problema do que as meninas.
Os Tiques devem ser diferenciadosentre motores e vocais:
• Tiques motores - Normalmente são representadospor contraçõesrepetitivas e rápidas de
grttpamentos musculares comopiscar os olhos, encolheros ombros, espasmos depescoço e
''fazer careta". Formas mais grave de transtornos de tiques incluem apresença de tiques
motores complexos, quando um número maior de grupamentos musculares está
envolvido.
Nesses casos, atos de cheirar objetos, saltar, tocar ou atéfazer gestos obscenos.
• Tiques vocais - são vocalizações rápidas, repetitiuas, involuntárias e recorrentes. São
exemplijicadas por atos de tossir,pigarrear, roncar efungar, estalar lábios, emitir sons
de sucção, soluçar e suspirar. Os tiques vocais também podem ser complexos, com
vocalizações mais elaboradas. Epodem incluir a repetição depalavras, frases ou até o
disparo depalavras obscenasfora de contexto.
As manias e alguns tiques podem fazer parte do quadro de Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC) e, embora esse quadro tenha geralmente início na adolescênciaou começoda
idade adulta, elepode aparecerna iifância deforma tão comum quanto em adultos.
I~ Problemas Alérgicos
Não há mais como negar a interação entre o corpo e a mente. O estado emocional é
capaz de desencadear diversas manifestações orgânicas e, até mesmo, doenças e em especial
processos alérgicos.
Muitas vezes, diante de uma situação deforte estímulo emocional ou do estressedo dia a
dia, mecanismos biológicosdescarregam a tensão no corpo, que se manifesta em um órgão,pele o
que varia de acordo com uma tendência pessoal. Quando o órgão atingido é a pele, algumas
11
doençaspodem ser desencadeadas ou agravadas, entre elas:psoriase, disidrose, vitiligo, dermatite

seborréica,dermatite atópica, lupus e acne.
A alergia é a intolerância do organismopara determinados produtos físicos, químicos ou
biológicos, aos quais o organismo reage de forma exagerada. É uma reação anormal de
irritabilidade, a substâncias aparentemente inocente. Estas substâncias são chamadas alergenos.
Quando alergenos são apreendidos pelo organismo, células brancas do sangue que
produzem anticorpos são atiuadas. Estes anticorpos determinam à liberação deprodutos químicos
(mediadores) potentes como, por exemplo, a histamina, que acabam provocando os sintomas
alérgicostípicos.
A leitura corporal da alergia mostra que esta é a exterioriração da agressividade. É
como se os alérgicos não tivessem limites em seus jogos de poder. Na tirania sobre o meio
ambiente, o alérgicoencontra um belo campo de açãopara concretizar sua agressividadereprimida
",
sem se dar conta da manipulação envolvida.
Quando esta alergia se manifesta na pele a leitura corporal diZ de coriflito de limites
entre os pólos, ao mesmo tempo em que serte de contato entre eles. A pele revela ao mundo
exterior o que sepassa no nosso interior. DiZ da dificuldade de dar e recebero ofeto.
Rachaduras na pele revelam que alguma coisa reprimida deseja ultrapassar asfronteiras
da repressão afim de se tornar visível. A Coceira mostra que alguma coisa está nos arranhando
ou estimulando no âmbito psíquico.
TDAH
A característica básica do Transtorno de Déficit de Atenção à falta depersistência em
atividades que requeiram atenção. Essas crianças tentam fazer várias coisas ao mesmo tempo e
além de não acabarem nada, deixam tudo desorganizado. Este problema incide mais sobre
meninos do que sobre meninas, sendo deteaâoe! em torno dos cinco anos de idade, ou antes, na
maioria das vezes. O diagnósticofica mais fácil depois que a criança entra para a escola,porque
aí a comparação com outras crianças é natural, evidenciando-se o comportamento diferente.
Os três aspectos fundamentais do IDAR são a desatenção, a hiperatividade e a
impulsividade.
• Desatenção - é caracterizadapela dificuldade deprestar atenção a detalhes ou errarpor
descuido em atividades escolares, dificuldade de manter a atenção mesmo nosjogos ou
brincadeiras. Ocorre uma disfunção na atenção concentrada, onde as criançasperdem a
habilidade em acessar novas itiformações, negligenciam e ignoram detalhes importantes
das informações. A criança muitas vezes aparenta não escutar quando lhe dirigem a
palavra, não seguir as instruções dadas e não terminar as tarefas propostas, dificuldade
em organizar-se e evitação de atividades que exijam concentração,perda constantes de
materiais próprios por distrair-se comfacilidade perante estímulos alheios.
• Hiperatividade - diferentemente de inquietação a hiperatividade caracteriza-se pelo
constante mexer-se na cadeira, balançar as mãos e pés constantemente, abandonar a
cadeira quando se esperava que permanecesse sentado, correr, escalar em demasia ou em
situações onde isso seria inapropriado, falar em demasia, dificuldade de envolver-se
silenciosamente em situações ou brincadeiras, dificuldade de permanecer realizando
atividades mesmo que da preferência da criança como as atividades de lazer escolhidas
por ele, dar a impressão de que está "sempre a mil".
12
• Impulsividade - caracteriza-se por dar respostas precipitadamente mesmo antes da

pergunta ter sido completada, meter-se ou interromper as atividades dos outros, ter
dificuldade de esperar a sua vez e propensas a se acidentarem. Não tomam cuidado
consigo mesma nem com os outros, são socialmente desinibidas, sem reservas e
despreocupadas quanto às normas sociais. Podem ser impopulares com outras crianças e
acabam isoladas, sem se importarem aparentemente com isso. Como resultado da falta
dapersistência da atenção se atrasa no colégioe no desenvolvimento da linguagem.
o diagnóstico é estabelecidopela presença das característicasfundamentais tendo iniciado

pelo menos antes dos sete anos de idade e descartada a possibilidade de TEPT.· Pelos critérios
norte americanos são necessários no mínimo seis sintomas para a realização do diagnóstico, mas
esse número está sendo revistop'odendo vir a ser redutfdo para cinco ou quatro sintomas uma vez
que a intensidade depoucos si';;omas muitas vezes é suficientepara causarprf!Juízos à criança. A
organização mundial de saúde não especificaum número de sintomas para fazer o diagnóstico.
Há três tipos classificados de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade:
1. Predomínio de sintomas de atenção;
2. Predomínio de sintomas de hiperatividade / impulsividade;
3. Misto
As crianças com predomínio de impulsividade e hiperatividade costumam ter mais
problemas de socialização com outras crianças,justamente por serem mais agressivas do que as
crianças com os outros dois tipos. O tipo misto apresenta mais a combinação com o transtorno
oposicional desafiador, além de este apresentar maior prguízo global defuncionamento.
Estudos atuais de neuroimagens como os de Barklry (1997), revelam um
comprometimento do lobofrontal e de estruturas subcorticais relacionadas TDAR. Evidenciou-se
em pacientes com TDAR uma simetria anormal do cõrtex préfrontaL Normalmente o cõrtex
préfrontal direito é ligeiramente maior que o esquerdo e nos pacientes em questão haveria uma
redução do cõrtex préjrontal direito. Estas respostas são similares aos TEPT.
Os lobos frontais possuem uma função executiva, compreendendo a capacidade de
iniciar, manter, inibir e desviar a atenção. Gerenciar as informações recebidas, integrar a
experiência atual com a passada, monitorar o comportamento presente, inibir respostas
inadequadas, organizar eplanqar a obtenção de metas futuras é tarefa dos lobosfrontais. Assim
épossível compreender muitas das manifestações de TDAR como resultado de uma deficiência do
desenvolvimento do processo inibitório normal, o que exercepapel importante nafunção executiva
do lobo frontaL Acredita-se também, que a ocorrência do TDAR é um distúrbio genético
(Barkley, 1997).
Cabra! (2003) refere que a maioria dos trabalhos recentes encontra evidências de que se
trata de um distúrbio neurobiológico. Os trabalhos podem ser reunidos em dois grandes grupos,
um que enfatiza o déficit funcional de certos neurotransmissores e outro grupo de estudos que
enfatiza o déficitfuncional do lobofronta4 o cârtex cerebral, mais precisamente. Acredita-se que,
dois dos neurotransmissores conhecidos, estariam envolvidas com o TDAR a dopamina e a
noradrenalina. A favor desta hipótese está o fato de que medicamentos capazes de atenuar os
sintomas do TDAR são feitos das mesmas substâncias que aumentam as quantidades de
dopamina e de noradrenalina disponíveis no cérebro. Em suma, acredita-se que o TDAH é
como uma diifunção executiva do lobo fronta4 sendo que Barkley (2002) refere à falta de
controle inibitório das condutas nestaspessoas.
13
o TERAPEUTA DE CRIANÇAS
Minha descrição equivale a um pedido a todo terapeuta para
",
que permita a manifestação da capacidade que o paciente tem
de brincar, isto é, de ser criativo no trabalho analítico. A
criatividade do paciente pode ser facilmente frustrada por um
terapeuta que saiba demais. Naturalmente, não importa, na
realidade, quanto o terapeuta saiba desde que possa ocultar esse
conhecimento ou abster-se de anunciar o que sabe
(WINNICOIT, 1975,p. 83-84).
Uma das maiores dificuldades que se coloca na psicoterapia de crianças é este lugar de
terapeuta. Muitas e muitas vezes na pratica clínicafiquei corfuso a este respeito, afina! que lugar
era este que nos colocávamos.A sensação que tinha era que às vezes eu apenas brincava nada
mais do que isto, mas apesar disto à criança apresentava melhoras grandes.
Ao trabalhar com crianças tem-se a oportunidade deprevenir problemas mais sérios na
vida adulta. Embora um verdadeiroprograma terapêutico deva incluir ospais, jreqüentemente, é
possível qjudar bastante à criança trabalhando diretamente com a mesma.
Com o passar dos tempos fui percebendo que estes empréstimos que fazemos de nós
mesmos ao brincar com a criança é fundamental ao setting e aos procedimentos terapêuticos.
Vamos agora entender um pouco disto.
Breve Histórico
Para situar a psicoterapia infantil faremos um breve histórico de sua origem.As
primeiras formulações propostas pela psicanálise de Freud, não acreditavam que era possível o
tratamento psicanalítico com crianças,pois para eles a criança não poderia realizar uma relação
transferencial para a pessoa do analista, visto que esta relaçãoera actual com ospais.
Foi a partir dos estudos realizados por Ana Freud e Melaine Klein que a partir da à
introdução de novas propostas técnicas e revisões teóricas que possibilitaram a viabilidade do
tratamento de crianças.
A introdução do uso do brinquedo e da realidade projetiva foi fundamental para que
isto se pudesse dar, uma vez que para seria impossível a uma criança sustentar uma sessão
14
pensamento lacaniano vai chamar a atenção para a necessidadeda presença do pai (ou de um
Outro), que permita à criança sair da relação simbiótica com a mãe para se constituir como
stijeito.
Fora da Psicanálise, podemos citar a escola existencial-humanista de Rogers (terapia
centrada no cliente) que dará impulso à psicoterapia não-analítica com crianças. O termo
Ludoterapia, foi inicialmente empregadopela abordagem Rogeriana com Virginia Axline. Hoje
este é um termo difundido em várias linhas diferentes, o que leva a alguma cotifusão. Devemos
citar também opsicodrama com crianças,gestalt-terapia itifanti4 etc..
A Criança enquanto Paciente

O processo terapêutica,de crianças é baseado no brincar. O uso do brinquedopossibilita
algo agradável à criança, além depermitir a exploração dos aspectospatológicos e a evolução da
saúde emocionaLA psicoterapia infantil faz uso do lúdico, ou seja, se utiliza o brincar infantil
como veículopara a relação terapêutica,fazendo parte do ambiente terapêutico os brinquedos e
Jogos.
Mas é importante ter em mente alguns aspectos que caracterizam a criança enquanto
paciente:
1. A habilidade de usar a imaginação. Em geral é tão boa que a criança, às vezes, não
pode diferenciarafantasia da realidade (por exemplo, o amigo imaginário).
2. A criança não é um adulto em miniatura. Mudanças constantes estão ocorrendo.
Devido a sua limitada experiência de vida, a criança está sempre explorando e aberta a
novas experiências.
3. O papel da criança na constelaçãofamiliar; ela está st!Jeita a muitas irifluências e
expectativas, epode viver emfunção de um rótulo o resto de sua vida.
r=. 4. ''Problemas menores" para nós podem parecer esmagadoramente grandes para ela. É
I
dito que se aproveitampessoas mal intencionadas que abusam crianças.
5. A criançapossui menos mecanismos para lidar com determinadas situações. O sortete
r>,
'J
que caiu na calçadapara quem está na idade de 2 ou 3 anos pode ser uma tragédia e
produ=<frum acesso de raiva devido a uma grandefrustração.
6. A dicotomia de pensar em extremos opostos permanece como uma característica
importante para ser levada em consideração em relação a crianças de todas as idades.
As pessoas e as coisas continuam sendo "boas" ou "más", "brancas" ou ''pretas'' por
muito tempo. As pessoas ou "odeiam" ou "amam".
7. Falta à criança a habilidade deprqjetar-se nofuturo porque elapossui um julgamento
limitado a respeito do tempo.
8. Ela depende dos outrospara controle. Este irá se desenvolverposteriormente.
Projeção
A criança ao brincar deslocapara o exterior os seus medos, angústias e problemas
internos. Esta repetiçãoé um jogo projetivo de elaboração. Desta forma a criança tenta elaborar
os seus conflitos e busca a saúde mentaL
O conceitode Projeção esta na origem de todas aspsicoterapias de crianças.A Projeção
não é um processo consciente.Nós nos encontramos com a Projeção, não asfazemos. Desta forma
15
podemos criar relacionamentos imaginários quejreqüentemente ou quase nunca tem alguma coisa
a ver com o mundo externo. É uma reieitura dos conteúdos internos e inconscientes.
Termo utilizado num sentido muito geral em neurojisiologia e em psicologia para
designar a operaçãopela qual um jato neurológico ou psicológico é deslocado e localizado no
exterior, quer passando do centropara a penferia, quer do s,,!jeitopara o obfeto. Este sentido
compreende acepções bastante diferentes. No sentido propriamente psicanalítico, operaçãopela
qual o s'!Jeito expulsa de si e localiza no outro - pessoa ou coisa - qualidades, sentimentos,
desejos e mesmo 'oijetos' que ele desconheceou recusa ele.
A Projeção é um processo automático onde os conteúdos do próprio inconsciente de uma
pessoa são percebidos por outras. Um processo natural onde uma qualidade, característica ou
talento inconsciente de si próprio épercebido e refletido em uma outra pessoa ou coisa. Para Jung
a Prf!Jeçãosignifica a expuls~o de um conteúdo suijetivo em ;,m objeto, ou seja, um conteúdo
suijetivo se torna alienado do oijeto e é incorporado no objeto. E o oposto da introjeção.
Projeção- e ldentiIi~ - ••
~P!Il
~y~
A expressão projeção muitas vezes é confondida com identificação projetiva.

Historicamente, ambas as expressõesforam usadas por maneiras que parcialmente se sobrepõem
para abrangerfenômenos que não são inteiramente distinguidos.
Freud foi oprimeiro a usar o termo "prf!Jeção"e referia-se a "um abuso do mecanismo
de prf!Jeçãopara fins de defesa" e descreveu como as idéias de determinada pessoa podem ser
atribuídas a alguém mais, criando assim um estado deparanóia.
Há vários sentidos em que o termo "projeção" é utilizado por Freudtpercepção, pnijeção
e expulsão, externalização de conflitos, prf!Jeção e identidade e prf!Jeção de partes do se!f. Para
Klein o termo projeçãofoi empregado tendo muitos significados:prf!Jeção do objeto interno, desvio
dapulsão de morte, externalização de um cotiflito interno eprf!Jeçãodaspartes do se!f.
Para Klein a identificaçãoprojetiva constitui uma visão mais tradicional daprqjeção, na
qual parte do se!! é atribuída a um objeto. Assim, parte do ego - um estado menta4 por
exemplo, tal como uma raiva indesejada, o ódio ou outro sentimento mau - é vista em outra
pessoa e completamente repudiada (negada).
M. Klein contribuiu consideravelmentepara identificar a prf!Jeção do superego durante
sua importante consideração da natureza do brincar e do simbolismo. A externalização para o
mundo externo foi inicialmente envolta em termos da externalização do superego ou partes dele,
pois nesta época, o mundo psicanalítico achava-se preocupado em assimilar a nova teoria de
Freud (1923) do superego.
Bt illcar e Wannicott
Winnicott jaz parte da terceirageração na história da teoria psicanalítica (depois de
Freud e Melaine Klein), já encontrou muitos caminhos abertos, a teve como ir mais adiante.
Winnicott foi pediatra por 40 anos, além de psicanalista, e teve um contato muito prolongado
com um número enorme de crianças que só estavam doentesfisicamente, epodiam ser consideradas
psicologicamente saudáveis.
Para Winnicott o brincar e a criatividade estão na base de toda psicoterapia de crianças.
A criatividade é como estar vivo,pulsando epara ser criativo épreciso brincar. A criatividade e o
16
----;:::::--
brincar abrem uma brechapara a criança ser criativa. Estabelecem uma nova dinâmica, onde a
comunicação sefaz num espaço não oerbal: Ela estabeleceum espaçopotencial, um espaço de
cura.
a brincar, ou a utilização de materiais plásticos ou lúdicos, instaura uma nova ordem
nopadrão de comunicação, diferente dopadrão enrijecido ou doente na qual afamília que começa
oprocesso de análise se encontra.
a brincar ou a utiliif1ção de materiais lúdicos instaura à possibilidade de uma
comunicação diferente, menos doentia, se instale num espaçopotencial, onde pela primeira vez é
compartilhada entre o terapeuta e a criança.
Para Winnicott no setting terapêutico a preocupação não estava voltada em interpretar o
que à brincadeira poderia estar querendo dizer, como se existisse algo a ser descoberto. Pelo
contrário, ele aponta justamente para a sua realização enquanto experiência real e genuína, de
",
criação eprodução co,yunta de sentidos. Distingue deste modo, o substantivo brincadeira do verbo
substantivado "brincar".
Winnicott questiona o "uso" dado pelos psicanalistas ao conceitode brincar, cifirmando
que estes estiveram na maioria das vezes interessados no que poderia ser retirado do conteúdo da
brincadeira do quepropriamente voltar o interesse ao brincar como uma coisa em si.
Winnicott introduz também o conceitoda mãe stificientemente boa.
A mãe suficientemente boa, como afirmei, começa
com uma adaptação quase completa as necessidades
de seu bebê, e, à medida que o tempo passa, adapta
cada vez menos completamente, de modo gradativo,
segundo a crescente capacidade do bebê em lidar com
o fracasso dela. (WINNICOTT, 1975)
a trabalho terapêutico deve seguir a idéia da mãe stificientemente boa. Inicialmente o

terapeuta deve ser stificientemente bom, se adaptar as necessidades de equilíbrio da criança, e,
posteriormente trabalhar os sintomas, as questões pessoais e existenciais. Como a mãe que se
adaptam completamente as necessidades essenciais do bebê, o Apadrinhamento cria um espaço
onde o terapeuta fornece ao cliente aproteção essencialpara quepossa prosseguir sua vida.
a terapeuta suficientemente bom é aquele que se adapta as necessidadesde equilíbrio do
cliente e, posteriormente trabalha os sintomas, as questões pessoais e existenciais.a primeiro
passo é estabelecer um espaço transicional, livre de conflito entre terapeuta e cliente, onde se
ancorarão todos os processos de mudança e, gradativamente, ir se afastando permitindo que o
cliente ganhe cada vez mais autonomia. Portanto, no trabalho terapêutico é essencial para
produifr o sentimento de equilíbrio, de estabilidade, promovendo um espaço transicional que
seruirá de ancorapara todo oprocesso terapêutico.
o Apadrinhamento
a termo Apadrinhamento começou a ser utilizado por Gilligan (1997). A partir da
teoria da Psicoterapia de Relações do Se!f. a Apadrinhamento é a atenção integral e amorosa do
terapeuta, que proporciona a criança entrar em contato com o seu se!! verdadeiro,promovendo a
humanização e um processo natural de mudança. A idéia básica é que o sintoma seria um
distanciamento do se(f, criando umas identidades alternativas, distanciadas do se!! verdadeiro. a
17
Apadrinhamento proporcionaria através desta atenção integral e amorosa o retorno ao se!J, à

identidade original
Na vida não podemos evitar experiências como medo, alegria, mágoas, raiva, tristeza,
invqa, entre outras. Existem crianças que passam à vida fugindo, amaldiçoando estes
sentimentos ou experiências. Aceitá-Ias e trabalhá-Ias é condição essencial de uma boa saúde
mental O trabalho de Apadrinhamento bem feito deverápermitir que as crianças entrem em
contato com estas experiências, que se humanizem.
Uma das premissas básicas do trabalho com crianças é a utilização do
Apadrinhamento, isto e, o conhecimento e sensibilidade do terapeuta em apadrinhar deforma
adequada seu cliente. Portanto é importante que o terapeuta esteja disponível para brincar,
pesquise, utilize técnicas adequadas de entrevista, mas que também s~ja amoroso, atencioso, que
apadrinhe deforma efetivapro1;.0rcionandoum espaçode vida, de benção e de reconhecimento.
Uma palavra, uma ação ou um pensamento pode

reduzir o sofrimento de uma outra pessoa e trazer-lhe
alegria. Uma palavra pode dar conforto e segurança,
destruir dúvidas, ajudar alguém a evitar um erro,
reconciliar um conDito, ou abrir a porta para a
liberação. (HAHN, 1991, p. 78)
As habilidades naturais de Apadrinhamento permitem que normalmente ocorram osprocessos

naturais de mudanças. Para isto é necessárioo treino de algumas habilidades a serem executadas
pelo terapeuta: escutar com profundidade, nomear adequadamente, proporcionar espaços, ser
suficientemente bom, desafiar, proteger, encorajar e abençoar.
Escutar com profundidade

Esta é uma das habilidades básicas de qualquer terapeuta. Escutar comprofundidade
requer uma escuta com uma atenção essencial A atenção essencial é aquela que se encontra
flutuante, interessada nafala oijetiva da criança,porém, atenta àquilo que ele não quer te dizer.
É manter uma escuta disciplinada,porém delicada eprecisa.
É necessário que o terapeuta ao escutar a fala e o brincar da criança, reconheçaessa
fala, mas «deixa ir" em busca de uma falha, de um lapso, de uma identidade complementar, de
uma criançaferida que existe atrás do sintoma. O dest!fio é qjudar a criança a nomear um
problema que normalmente não tem nome, é escutar com uma profundidade respeitosa e, então lhe
trazer a benção e o apadrinhamento para que alcancem as mudanças necessárias.
Em uma escutaprofunda é importante a ligação não verbal com a criança, isto é, um
silêncio receptivo, deixar transparecer a criançaproteção e corifiança,para quepossa se abrirpara
além de si mesmo.
Para Erickson, a neurose provém da falta de habilidade das pessoas em falar

diretamente. O grande desafio é o de nomear o problema da criança mesmo que esse ainda não
18
~-
tenha nome. Uma vivência ou uma experiênciafica em uma faixa de memória somática deforma
bloqueada, gerando mal estar e angústia, até que sfljam nomeadas adequadamente.
Nomear adequadamente uma experiência não é classificá-Ia cientificamente ou mesma
rotulá-Ia, mas sim apreendê-Ia, apadrinhá-Ia com a presença humana de uma forma ética,
respeitosa e essencialmente amorosa.
Muitos dos sintomas ou problemas recorrentesque a criança traz ao consultórioprovêm
de sentimentos não-nomeados e não-reconhecidos. Muita vezes os sintomas aparecem através de
dores, dificuldades escolares, enurese, o corpo denuncia o que a criança não é capaz de expressar.
Apadrinhar é também permitir que sentimentos não nomeados e não reconhecidossejam tocados,
ganhem nome e reconhecimento, gerando calma. É proporcionar recursos para que pessoa não
precise mais recorrera este expediente.
",
Proporcionando espaços
o que chamamos deproporcionar espaços nada mais é que abrir o ângulo de visão das
crianças, para que possam entrar em contato seus recursos, suas habilidades, suas
potencial idades. Abrir um espaço para que a vida humana dentro de cada um de nós possa
existir e se desenvolver.
Muitas vezes as crianças não se mostram capazes de reconhecer,sustentar ou permanecer
em contato com certas experiências que envolvem medo, deseio, raiva entre outras. Estas
experiências aprisionam as crianças em círculos viciosos, ficam soltas gerando angústia. O
Apadrinhamento deveráproporcionar espaçospara que estas experiências se esvazjem, abrindo
outros espaçospara que as partes saudáveis e verdadeiras das crianças cresçam, vivam. Pois todas
as vezes que abrimos espaços a uma experiência ela se modificará.
Proporcionar espaçosé também Redifinir deforma diferente os sintomas. Redefinir é uma
abordagemque visa colocaro sintoma de umaforma diferente.Rcdefinir uma novaperspectiva, colocaro
problema sob uma nova ótica. Rcdifinir também pode ser visto comouma recolocação,isto é, recolocaré
uma técnicapara fornecer uma atitude positiva e alternativa para uma situação sintomática. A
recolocaçãoocorreno nível de atitudes, pois os clientestomam uma série de atitudes diante dos seus
problemas e sintomas.
Redelinir é delinir o problema de forma levemente diferente.
Proteger, Desafiar, Encorajar e Abençoar

Este item do Apadrinhamento é um tratado depsicoterapia. O primeiro passo de uma
psicoterapia éproteger. Deve-se ser receptivo eproteger as crianças em qualquer início terapêutico.
Todas as crianças que se sentem seguras, protegidas e acolhidas baixam a guarda, permitem a
entrada amorosa do outro. É como a mãe suficientemente boa que se adaptam as necessidades
básicas do bebê.
Desafiar e Encorajar são as chaves mestras de qualquer processo terapêutico. Depois
que o terapesta cria o espaço de receptioidade eproteção, deve-se desafiar a criança a enxe'l!,ar que
ela é algo além doproblema ou do sintoma apresentado. Estaremos encorajando as
crianças a perceber que ele está preste a realizar alguma coisa muito importante para ele mesmo.
Estaremos desafiando-o a abrir um espaçopara que os sentimentos, emoções, experiências únicas
19
e verdadeiras se abram dentro dele. Isto tudo realizado por uma pergunta simples, mas
sustentadas pelo silêncio amoroso do terapeuta: A pergunta simples e básica que todos devemos
fazer é: Quem é você? Esta pergunta oijetiva e simples busca contextualitflr a busca do se!!
verdadeiro.
'~ habilidade de sustentar uma pergunta leva a habilidade

de receberuma reposta" (GIUJGAN,1997,p. 149)
Todas as crianças necessitam de reconhecimentona vida, assim como os sentimentos e

experiências também necessitam de reconhecimento.O que chamamos de abençoar, nada mais é
do que o reconhecimentodos sentimentos, das emoções,das experiências vividaspelas crianças que
as levam ao verdadeiro seI[. .$ como se pudéssemos com um simples reconhecimentoapadrinhar
existencialmente uma experiência. O reconhecimentode um sentimento ou de uma experiência
proporciona que ela alcancealgo humano e que abandone o caráter estigmatizado do sintoma.
Princípios básicos do apadrinhamento:

1. Proteção - uma preocupação em manifestar a consideraçãoe o respeitopela criança de
modo a realizar uma aproximação suave e sensioel, permitir tocar os sentimentos da
criança e ser tocadopor ela.
2. Escutar com profundidade - Escutar comprofundidade requer uma escuta com
uma atenção essencial A atenção essencial é aquela que se encontra flutuante,
interessada na fala oijetiva da criançaporém, atenta àquilo que ele não quer te dizer.
É manter uma escuta disciplinada, porém delicada e precisa. É também aceitar a
criança como ela é, isto é, considerar, é acolher a criança da maneira que ela pode e
consegue se manifestar. Aceitar não é concordar com tudo o que a criança fa:v é
simplesmente prestar atenção no que a criança manifesta e seguirmos a nossa própria
curiosidadepara descobrimosas intenções da manifestação da criança.
3. Nomear adequadamente - o grande desafio de psicoterapia é o de nomear o
problema da criança mesmo que esse ainda não tenha nome. Uma vivência ou uma
experiênciafica em uma faixa de memória somática deforma bloqueada, gerando mal
estar e angústia, até que sejam nomeadas adequadamente. Nomear adequadamente
uma experiência não é classificá-Ia cientificamente ou mesma rotulá-Ia, mas sim
apreendê-Ia, apadrinhá-Ia com a presença humana de uma forma ética, respeitosa e
essencialmenteamorosa. Épreciso identificar e refletir sentimentos com uma escuta ativa
e empática, é a livre expressão do terapeuta com a intenção de promover na criança o
autoconhecimento, que lhepermitirá amadurecer cifetivamentee decidirpor ela mesma.
4. Proporcionando espaços - o que chamamos deproporcionar espaços nada mais é
que abrir o ângulo de visão das crianças, para que possam entrar em contato seus
recursos, suas habilidades, suas potencialidades. Abrir um espaçopara que a vida
humana dentro de cada um de nóspossa existir e se desenvolver.Faça isto comprofundo
respeitopela capacidade da criança. Acredite na sabedoria interna da criança. É um
profundo e sincero respeitopela capacidadede escolhas que a criança manifestar em cada
momento. A criança indica o caminho, o terapeuta permite que a criança exerça e se
20
exercite na capacidade de escolher e tomar decisões. O terapeuta acompanha, seja

quando a criança escolhe caminhar na superficialidade e ol?jetividade. Proporcionar
espaços é também Rcdefinir deforma diferente os sintomas. Rcdefinir é uma abordagem
que visa colocar o sintoma de uma forma diferente. Rcdefinir uma nova perspectiva,
colocaroproblema sob uma nova ótica.
5. Proteger - a psicoterapia é um processo contínuo e gradual, o terapeuta deve zelar
pelo ritmo da criança, sem apresá-Io ou retardá-Ia. O primeiro passo de uma
psicoterapia é proteger. Deve-se ser receptivo eproteger as crianças em qualquer início
terapêutico. Todas as crianças que se sentem seguras,protegidas e acolhidas baixam a
guarda, permitem a entrada amorosa do outro. É como a mãe stificientemente boa que
se adaptam as necessidadesbásicas do bebê.
6. Desafiar - Depois .'lue o terapeuta cria o espaço de receptividade e proteção, deve-se
desafiar a criança a enxergar que ela é algo além do problema ou do sintoma
apresentado.
7. Encorajar - encorajando as crianças a perceber que ele está preste a realizar alguma
coisa muito importante para ele mesmo. Estaremos desafiando-o a abrir um espaçopara
que os sentimentos, emoções,experiências únicas e verdadeiras se abram dentro dele. Isto
tudo realizado por uma pergunta simples, mas sustentadas pelo silêncio amoroso do
terapeuta. A pergunta simples e básica que todos devemosfazer é:Quem é você?Esta
pergunta oijetiva e simples busca contextualizar a busca do self verdadeiro.
8. Abençoar - Todas as crianças necessitam de reconhecimento na vida, assim como os
sentimentos e experiências também necessitam de reconhecimento. O que chamamos de
abençoar, nada mais é do que o reconhecimento dos sentimentos, das emoções, das
experiências vividas pelas crianças que as levam ao verdadeiro se!f. É como se
pudéssemos com um simples reconhecimento apadrinhar existencialmente uma
experiência. O reconhecimento de um sentimento ou de uma experiência proporciona que
ela alcancealgo humano e que abandone o caráter estigmatizado do sintoma.
21
DIAGNósnCO FUNCIONAL
Um dosprincipais conceitosdo Pensamento Ericksoniano é a Utilização. Mas Milton
Erickson criou uma forma de procedimentos terapêuticas próPrios que utilizava uma série de
intervenções, entre elas a hipnose, "de uma forma sob medida". A Utilização é um método que
se baseia em uma linguagem simples e defácil acesso ao cliente, onde "utiliza" as itiformações e
recursos do clientepara induzir-uma intervenção ou um transe [ormal. O Diagnóstico Funcional
é fundamental para fazer a utilização com crianças, pois através dele temos uma radiografia
exata de como a criançafunciona e assim fazer as intervenções. Para isto iremos aprender uma
série de conceitospara fazer esta radiografia.
O Pensamento Ericksoniano
Milton H. Erickson, introduziu hipnose naturalista (focada na natureza doproblema),
contando estórias, aplicando técnicas de hipnose e levando o paciente a se libertar dos coriflitos
emocionais,focando basicamente em solução e utilização. Ele fundamenta o uso da hipnose "de
uma forma sob medida". Q método se baseia em uma linguagem simples e defácil acesso ao
cliente, onde "utiliifl" as irformações e recursos do cliente para induzir um transe formal e
facilitar osprocessos de mudança.
A idéia de umapsicoterapia focada na solução de problemas, vem de encontro a uma
idéia atual de Reeducação EmocionaL Todo coriflito (problema) é uma tentativa natural da
busca de cura. Se seguirmos o que oproblema procura e dermos um caminho melhor, mais seguro
e sem coriflitos,com certeza chegaremosa uma solução.
A psicoterapia Ericksoniana é regidapor algunsprincípios básicos, são eles: Utilização
- se prima pela utilização dos conteúdos do cliente; Tratamento Sob Medida - o tratamento é
sempre individualizado; 3Ms e 2Rs - motivar, metciforizar, mover, responsividade e recursos;
Reorientação - orientar para o rumo certo; Comunicação - comunicação com precisão;
Tratamento experiêncial- usando o drama epermitir ao cliente que a terapia seja experiênciada;
Expectativas positivas; Recursos e Eliciação - falar ao cliente sobre soluções;Trabalhar sem a
Teoria; Embrulhar para Presente - Diamante de Erickson; Responsividade - devemos sempre
buscar a responsividade; Orientação de Oijetivos -fazer a hipnose sempre com uma orientação
em mente; Redefinição doproblema - colocaro sintoma de uma forma diferente.
A Hipnose Naturalista é mais que indu~jr um processo formal de transe natural, é
uma modalidade única e especialdefazer terapia sob medida. Milton Erickson individualizou a
psicoterapia, isto é, a terapia é feita para cada cliente. Portanto, o tratamento é sempre
individualizado, isto é, feito sob medida, pois ninguém é igual ao outro.
22
Milton Erickson introduifu os conhecimentos das diferenças no funcionamento dos dois

hemisférios cerebrais para promover mecanismos de dissociação e de mudanças. Utilizava os
conceitos de lateralidade dos hemisférios cerebrais. Erickson, usava essa dicotomia da função
mental cerebral como um padrão para induções formais ao transe que eram encontradas nas suas
induções naturalistas, metafóricas eficavam mais claras quando faifa uso da lingüística pura.
Visava estimular a polaridade do pensamento através da dissociação consciente e
inconsciente com exercícios perbais simples, facilitando a distinção experimental entre operações
identiftcáveis dofuncionamento consciente e inconsciente.
Erickson, usava a dissociação das duas mentes através de estórias e sugestões levando os
clientes a largarem padrões habituais do hemisfério esquerdo e conseguirem saídas adaptativas.
Ele percebeu que esse movimento dissociativo potencializava aprendizagens e saídas adaptativas.
Outra perspectiva era a utilizaf.ão desta como técnica de aprofundamento do transe hipnótico.
Diagnóstico Sob Medida

o conceito de diagnóstico em hipnose naturalista é algo além de uma descrição
psiquiátrica de uma pessoa. Ele é um plano de tratamento e ação. Feito o diagnóstico este
funciona como uma sinalização que nos diZ como atuar efazer sob medida.
O Diagnóstico em ação é uma técnica Ericksoniana de grande q/uda na utilização da
hipnose naturalista. Ele visa buscar os valores do cliente onde o terapeuta orientará o seu plano e
metas de tratamento. Estes critérios diagnósticos deverão fornecer ao terapeuta informações sobre o
cliente e de como ele mantém e constrói o problema. O diagnóstico é usado para determinar à
adequação da terapia e orientar a indução sob medida. Existem duas categorias para esta
avaliação. A primeira é as características Intrapsíquicas e a segunda S ócio-relacionais.
Intra-Psíquicas
Sistemas de Valores
Buscar durante oprocesso de anamnese o que a criança valoriza na vida. Busque aquilo
que a criança valoriza, brinquedos, jogos, esporte, time de futebo4 super heróis, a'!lo da guarda,
Papai Noel, etc..
Grau de Responsividade
Esteja atento em como a criança responde, se é responsivo a sugestões diretas, sefunciona
por analogias, se responde a sugestões indiretas, etc. A maioria das crianças funciona por sugestão
indireta de desafio. Use bastante disto caso a criança assimile este modo.
Grau de Funcionamento
Perceba como é o tipo de atenção da criança, se são mais internas ou externas. Se sua
atenção é localizada ou difusa. Uma pessoa focada olha uma coisa de cada veiJ a pessoa difusa
olha ao redor. Esteja atento aofato de serem lineares ou mosaicos.
Amplificador/ redutor
As criança na relação com mundo assumem papéis redutores ou ampliadores. O
ampliador é aquele que olha um gato e vê uma onça, o redutor olha a onça e vê o gato.
23
,-
HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAo RIBEIRO
Culpa
i -" V o/a como a criança lida com os seus sentimentos de culpa, como se manifesta já
pensando futuramente em como dessensibilizar possíveis Traumas (níveis altos de culpa significam
feridas profundas). Perceba se é intrapunitivo ou extrapunitivo.
Representação do Problema
Os clientes têm uma forma de manifestar os seus problemas, descubra como elesfazem à
percepção e a colocação destes. Esto/a atento à forma como relata o problema, Perceba se é
cativante ou expressivo quanto relata o sintoma, perceba se faz de forma prolixa, lenta ou
redutora.
Comportamentos
Perceba o tipo de hu~or do cliente e esteja atento a comportamentos não verbais. V o/a o
tipo de resistência naforma como ele atua em relaçãoao que deseja cumprir.
Categorias Sócio
Relacionais Lugar familiar
A ordem como às pessoas nascem em uma família determina sua forma de relacionar e conviver
com o mundo. Filhos mais velhos são intelectuais, protetores Última gravação (protetor,
protegido, etc.).
Rural ou urbano
O lugar onde nasceu e viveu a infância, se é rural ou urbano poderá irifluenciar a sua forma de
ver o mundo, as pessoas e suas dificuldades. Estes dados podem ser importantes na hora de usar
----\ uma metéifora, de instalar um recurso de trabalhar um cifeto.
Audacioso ou auto protetor

V o/a como o cliente se manifesta, se é audacioso ou auto protetor (correatrás ou age devagar).
Estressado ou homeostático
Note se é estressado ou homeostático (gosta de riscos ou é mais calmo, busca harmonia). Perceba
se é dominante ou submisso (posiçãosuperior ou inferior).
Sistemasde_
Outro fator importante para uma boa Absorção é o Sistema Representacional, isto é, ao
colhermos e juntarmos iriformações usamos os nossos sentidos e para isto usamos o Sistema
&presentacionaL O Pensar é usar os sentidos internamente. Pensamos vendo imagens, ouvindo,
sentindo (sensações)efalando (diálogo interno).
Ao receber uma informação estamos pensando, isto é, "te-apresentamos" a iriformação
para cognitivamente através dos Sistemas Representacionais. Os Sistemas Representacionais são
usados o tempo todo, mas alguns são mais usados do que outros. As pessoas normalmente têm
preferências em seus Sistemas Representacionais, e osprincipais sistemas são:
24
r'-.
• Sistema cinestésico - é marcado pela primazja das sensações, suas principais

característicassão as sensações de equilíbrio, de toque. Pessoas que tem uma preferência
cinestésica, podem ter interesse em esportes,ginástica, dança etc:
• Sistema visual - é marcado pela utilização de imagens internas, visualização,
"sonhar acordado" e imaginação. Pessoas que tem uma preferência visual têm interesse
em desenhar, decorar interiores, moda, artes visuais, TV,filmes, fotogrcifia etc.
• Sistema auditivo - é usado para ouvir sons internamente e reouvir as vozes de
outras pessoas. Pessoas com uma preferência auditiva, se interessam por línguas,
escrever,música, treinamentos etc.
• Sistema digital (ou auditivo digital) - é marcado essencialmentepelo diálogo interno,
uma maneira de pensar usando palavras e falar consigo mesmo (diálogo interno).
Quando o sistema representacionalfor o digital, a pessoa pensa basicamente conversando
com internamente e tende a ser mais racional e lógico.
• Deve-se sempre diferenciar qual sistema que o cliente mais usa à colher informações do
mundo, este sistema é denominado sistema representacional primário, principal ou
preferenciaL Ao absorver 'a atenção em um processo formal de transe deve-se usar o
sistema representacional primário. As intenenções terapêuticas dependem do canal
representacional que apessoa utiliza com mais freqüência.
Pistas Oculares para Detectar o Canal Representacional
.~ Visual construido Visual Lembrado
Auditivo construído Auditivo lembrado
Cinestésico Digital
Faça as seguintesperguntas:
l. Como é à entrada doprédio em que vocêesta?
2. Faça a imagem de um dinossauro cor de rosa.
3. O que maisjreqüentemente vocêdiZ a si mesmo?
4. Como seria o Hino nacional tocado com uma sanfona?
5. Você se lembra de uma música da sua adolescência?
6. Qual é a sensação de beber um copo de águafria num dia quente de verão?
7. Como seria andar em cima de algodão?
Os Ganchos OU Anzóis
Os Ganchos ou Anzóis sãofundamentais para adequar a terapia oufazer sob medida
e fazer a UtiliZação. Depois de considerar as características diagnósticas e entender o
»<;
funcionamento do cliente, procure os anzóis. Descubra as iscas atrai o cliente, o que valori~,
qual a posição tomada e os sistemas de valores epadrões que se repetem deforma redundante.
25
r>.
Portanto Ganchos ou Anzóis são aspectosque o cliente valoriza, posições que toma com
relação ao sistema. É o padrão no qual o cliente se encontra amarrado, apoiado e que muitas
vezes retro alimenta o sintoma.
Estar atento aos padrões que o clientes estabelecem e reconbed-los rapidamente é
essencial no trabalho terapêutico. A partir daí estabeleça a isca que atrai o cliente e observe que
posição ele toma a partir dela.
Os padrões são as percepçõesque os clientes enxergam do mundo, um clientepessoa que
é interna enxerga o mundo como se fosse bem menor do que realmente é, usa as suas lentes
internas para enxergar tudo e a todos. Estes padrões que se tornam lentespelas quais as pessoas
enxergam o mundo, também se transformam emformas de limitar opções.
'~e seu único instrumento é um martelo, um monte de coisas vão parecer pregos . "
".
Mark Twain
Para observar ospadrões é necessárioobseruar as manifestações comportamentais, isto é,

observar o que se vê e o que não se vê. Observar as ausências, as falhas de pensamento,
sentimentos, condutas, entre outras, Obseruar padrões é perceber aquilo no qual as pessoas se
tornam dependentes as artimanhas que usam para evitar algo. Examinar a partir dos
comportamentos o que está e o que não estápresente.
Principais pontos a se observa nos Anzóis:
• Padrão de linguagem repetitivo - observepalavras idiossincráticas que carregam algum outro
sentido ou met4fora, o tipo de fala (erudita, gírias, formal, etc.), Procure palavras que
utilizam como símbolo oupara exemplificar oproblema.
• Personalidade - aquilo que o cliente deixa transparecer como característica: vago, honesto,
inteligente, etc. Obsen» se toma outras posições em outras relações. Obseroe os valores
pessoais, posições na vida, valores que admira, etc.
• Avaliar o sistemafamiliar e a estrutura social
• Avaliar o estágio do desenvolvimentofamiliar.
• A idade emocional de desenvolvimentoindivíduo;
• A disponibilidade de recursosa serem resgatadosdireta ou indiretamente;
• A flexibilidade e a sensibilidade de cada membro para com o outro nas áreas depercepção,
cognição,intenção,papel comportamental e emoção;
• A função verificáveldo sintoma na vida correntedo cliente oufamília.
A Utilização
Este é um dos princípios básicos do trabalho de Erickson, e significa a utilização dos
conteúdos da criança, do sintoma, deforma diferente, buscando uma percepção mais efetiva. A
idéia básica é que as melhores técnicas são aquelas que derivam da própria criança, não do
terapeuta. Significa usar o que à criança traz para a psicoterapia, criando uma atmosfera
saudáoel; agradável quefacilite o transe.
Devem-se utiliZf1r os conteúdos da criança, isto é, padrão de comportamento e
experiência da criança. Isto implica em aceitar sem julgamentos tudo aquilo que a crianças
apresenta e utilizar emfavor da psicoterapia dela. Para usar o conceito de Utilização, os dados
26
--~
coletados no diagnóstico sob medida são fundamentais, e deverão ser usados das seguintes
maneiras:
1. Utilização da Linguagem - busque a forma de falar da criança, fale em um nível que
ela possa assimilar cognitivamente.
2. As motivações e interesses - utilize o que motiva e interessa a criança. Usando o que
motiva pode-se alavancar o sintoma a partir disso.
3. Crenças, marcos e referências das crianças - trabalhar as crenças, marcos e referências
consistem em aceitá-Ias e reorientar no sentido da cura. São grandes motivadores para
que ocorram as mudanças necessárias.
4. Marcos e referências - é a utilização das idéias e crenças da criança e reorientâ-las. E
usar no sentido da mudança.
5. Comportamentos - fS comportamentos quando bem utilizados são como água para um
moinho. São subsiâios valiosos para absorver e eliciar a terapia. Os terapeutas
cognitivos tentam modificá-los, Erickson (ano), os utilizava, aceitando-os e orientando
no caminhão da cura.
6. Utilização dos sintomas - Erickson era perito em utilizar os sintomas, para facilitar e
atingir os oijetivos terapêuticos. Por exemplo: um cliente que desmaiava repetidamente,
ele promovia desmaios repetitivos até eles se esgotarem, utilizando o próprio sintoma
como mecanismo de mudança.
7. Utiliif1ção da resistência - a idéia é que a resistência representa uma parte do
problema, então porque não utilizá-Ia. Podemos intensificá-Ia, e assim a criança cria
./'\ novos parâmetros favoráveis a uma recuperação.
Portanto, seja o que for que as crianças tragam, utilizem-na. A utilização faz com que fiquemos
atentos ao cliente.
Pequeno Dicionário de Imagens

O Mau Trato é tudo aquilo que ultrapassa apossibilidade emocional de uma criança suportar.
MECÂNICO
É o uso de forfll praticado por pais 011 responsáveis, como o oi!jetivo, evidente ou não, deferir e lesar a aiança ou o adolescente, deixando 011 não
marcas da agressão. O Trauma Mecânico é expresso nos desenhos atrovés das mãos emfacas ou grandes
27
HIPNOTER.APIA INFANTIL GASTÃO. R·'SEIRO
ABANDONO
É <J ato ·dt ,omirsão do nsjJonsá'!f!l pda manca O/I adokH:enb, qflt atesar dt i'1lônnodo e ter c(I.I1diCÕes../n/e"cionoÚ!1en!e
deixo de
prover as necessidades básicas para o seu desenwlvimenio. Esta negligência é observado através do negação de alimentos e ág1la, deixando o
criança morrer de.fome e de sedt. a privação (Q,/ári,a inú11.donl!' {flqJJar:frio),JqJta& CJlidmIPs.b/ÍficQs.
I:.· ..
"
'.
ABUSO SEXUAL
Abuso de poder através do qual uma criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto, ou adolescente mais
velho, sendo induzido ou forçada o práticos de cunbo sexual, com ou sem violência. Algumas formos de abuso sexual: carícias e manipulação dos
órg,ãosgenitais, masturbação, tKJyeurismo, estupro, penetração anal; prostituição infantil, pornografia (exibição de pornografia a uma criança ou
uso de 1Ima criança na produção depornografia).
QUíMICO
Dar bebidos alcoólicas 011 medicamentos para o monça dormir sem incomodar
28
HIPNOTERAPIA INFANTIL ~ GASTAO RIBEIRO
A HIPNOSE
"Aprender a induifr um transe é igual a aprender
'. a aplicar uma injeção. Qualquer um é capaz de
fazê-lo, mas para saber o que esta se aplicando é
necessário o conhecimento médico. E pode-se adoecer
ou matar alguém com uma irg·eção."
Teresa Robles
No século XIX, Dr: Braid ao pesquisar o procedimento de transe denominou-o
Hipnose. O nome foi escolhido advém de Hypnos - deus grego do sono devido à semelhança do
estado de transe com o estado de sonolência.
Ao ouvimosfalar de Hipnose pensa-se em espetáculos ondepessoas poderosas controlam
a mente de outras. Os profissionais de Hipnose são constantemente solicitados a responder sobre a
natureza efunções clínicas da Hipnose.
Para a AP A (American P[JcologicalAssociation) a Hipnose é:
'~ Hipnose é um procedimento durante o qual o pesquisador ou profissional de saúde
sugere que um cliente, paciente ou qualquer indivíduo experimente mudanças de sensações,
percepções,pensamentos ou comportamentos. O contexto de hipnótico égeralmente estabelecidopor
um procedimento de indução. "... '~ Hipnose não é um tipo de terapia, como a psicanálise, ou a
terapia comportamentaL Mas é um procedimento quepode ser usado para facilitar a terapia. "
Irving Kirsh - Contemporary Hypnosis - 1994 - ool. 11 - pg. 142 -162
Hipnose é um termo usado de muitas formas diferentes, portanto não é um conceito
unânime e varia de acordo com a abordagem teórica. Milton Erickson acreditava que a hipnose
era um estado de suscetibilidade ampliada para a sugestão, com isto influenciava as capacidades
sensoriais e motoras, ou seja, o transe é um estado de sugestibilidade intensificado artificialmente,
no qual aparenta ocorrer uma dissociação natural dos elementos conscientes e inconscientes do
psiquismo, conduilndo a soluções deproblemas.
Para Teresa Robles a Hipnose é uma experiência que ocorrenafronteira entre a vigília
e o sono, o transe hipnótico é um estado alternativo de consciência,ondepermanece o contato mais
intenso consigo mesmo do que com o ambiente. Funciona através de sugestão proporcionando
processos saudáveis de mudanças.
Portanto a Hipnose não é uma forma defazer psicoterapia e sim uma ferramenta que
usado deforma corretafacilita osprocessos de mudanças na psicoterapia. É uma ferramenta que
ajuda a oflorar conteúdos inconscientes e estabelecer recursos. É um estado alternativo de
consciência onde o indivíduo sente ou experimenta mudanças de sensações, percepções,
pensamentos ou comportamentos.
29
)
H I P N O T E R A P IA I N F A N T I L - G A S TA O RI BEI RO
A Hipnose Clássica
Por Hipnose Clássica denomina-se os processos de indução utilizados no século XIX,
feitas através métodos tradicionais muito utilizado por hipnotizadores palco. A técnica clássica
utiliza induções formais através de sugestões diretas. A sugestão direta lida claramente com o
problema e as mensagens é transmitida de uma forma clara.
Mas para a utilização da sugestão direta em relação aos problemas e sintomas se faz
necessários níveis profundos de transe em virtude da censura da mente racional A Hipnose
Clássica também faz usos de sugestõespós-hipnóticas, também utilizadas em níveis prtifundos de
transe.
As principais técnicas de Hipnose clássica são: Levitação de Mão; Analgesia; Sinais
Ideomotores; Catalepsia; S U/iestões Diretas. São técnicas úteis para procedimentos médicos e
odontológicos e mesmo nos processos de psicoterapia mostra a sua utilidade especialmente com
crianças e adolescentes.
A Letargia
A letcngia é um conceitohipnótico que significa sonoprofundo eprolongado onde o clientepode
falar sem saber o que diZ (presença de amnésia), esquece o que di;V mas em nenhum momento
abandona este estado de sono.A técnicade Hipnose por Letm;gia, é um c01yuntodeprocessos mecânicos
ejisiológjcos que tem como oijetivo induifr um cliente ao estado de transe letár;gico.
A Hipnose Naturalista
A Hipnose Naturalista é um método criado por Milton Erickson que ao contrário da
Hipnose Clássica, utilizava o transe deforma diferenciadapara cadapessoa, isto é, 'Jeito sob medida':
Erickson partia doprincipio da UtiliZação, usava osproblema e os recursosda pessoa para fazer um
processo formal de transe. Utilizava de linguagem fácil para acessar o cliente, através de sugestões
indiretas ou mesmo diretas na construçãode um transe hipnótico maleável e natural
Porque utilizar a Hipnose

r"\
Como funciona a Hipnose - O primeiro passo. de um

transe é a Absorção. É usada para focalizar e absorver a
atenção do cliente. Durante este procedimento acontece
um relaxamento do Lobo Cerebral esquerdo? responsável
pela racionalidade.
O segundo passo é o transe médio onde ocorrem dois

fenômenos interessantes. O primeiro é desadvuçãodo giro
JivntaI superior esquerdo? o que possibilita o aumento da
capacidade dedutiva -e da resistência. Sendo assim
qualquer infonnação dada durante um transe hipnótico e
assimilada com mais facilidade e potência.
30
o segundo fenômeno é ativação do dos lobos ocdpitais

bílate/rM11ente.Esta ativação proporciona maior
imaginação e aumentando a capacidade de visualizações.
Provocando maior criatividade e potencializando
infonnações. É o melhor transepara usopsicoterapêutico.
o último mvel de transe é o profundo que ocorre com a

ativação do giro anterior do cíngulo à direita. Provocando
maior intemalização e pode resultar em analgesia e
alucinações.
'.
CONCErros IMPORTANTES EM HIPNOSE
Sugestibilidade
S ugestibilidade é a capacidade que as pessoas têm a responder à sugestão. É a propensão
que as pessoas têm para aceitar novas idéias e novas informações.
Durante um transe hipnótico a sugestão poderá ser usada com uma nova iriformação
usada para alterar uma experiência. Utilizar a sugestão durante o transe hipnótico, significa
usar de estratfgias de comunicação para comunicar alguma coisa que o cliente possa entender e
modificar padrões defuncionamento.
Testes de Sensibilidade
Estes testes oo/etivam estabelecer o nível de sugestibilidade das pessoas para a Hipnose.
S ugestibilidade é a capacidade que as pessoas têm a responder à sugestão. É a propensão que as
pessoas têm para aceitar novas idéias e novas informações.
Durante um transe hipnótico a sugestão poderá ser usada com uma nova iriformação
usada para alterar uma experiência. Utilizar a sugestão durante o transe hipnótico significa usar
de estratégias de comunicação para comunicar alguma coisa que o cliente possa entender e
modificar padrões defuncionamento. São eles:
• Saco de aTTOZe balão, ou lara'!ia e melancia;
• Parcifusar de dedos;
• Balanço do barco;
• Queda para tras;
• Mãos entrelaçadas;
• Levitação de braços.
Os Principais Fenômenos e Comandos Hipnóticos
31
A Constelação Hipnótica
A Constelação Hipnótica é o co'!iunto de fenômenos que ocorrem ao cliente quando

entram em transe. São sinais físicos percebidos para orientar o terapeuta durante o transe
hipnótico.
Pedimos ao cliente que fique sentado para que baja a indução e o terapeuta se posiciona
à frente para que possa observar a Constelação Hipnótica, e também evitar que o cliente
adormeça. Principais fenômenos da Constelação Hipnóticos são:
CATALEPSIA
É o mesmo que economia de movimentos, isto é, suspensão parcial ou total dos

movimentos voluntários, onde o cliente conserva a posição original sem movimentos. Observa-se
facilmente no transe, quando o clientefica imóveL
LITERALISMO
É uma tendência do cliente sob hipnose em dar respostas literais. Durante os estados de transe
hipnótico os clientes tendem a darem repostas literais, ou sda, respondem a palavras epedidos de uma
forma litera~ isto é, comofoi pedido. É importante que durante um transe hipnótico se tome cuidado
com aspalavras ditas.
DEMORA EM RESPOSTAS
Os comandos dados durante um transe experimentam uma pequena demora para ação.
Comando mais complicado como levitação de mãos deverá ser aguardada sem ansiedade.
REFLEXOS DE .SALIVAÇAo E DEGLUTIÇAo
O transe hipnótico provoca mudanças no reflexo de deglutição. No transe leve o cliente

saliva mais e engole mais, ao alcançar o transe médio a deglutição e a salivação diminuem.
DIMINUIÇAo DA FREQOENCIA RESPIRATÓRIA, PULSO

E PREssAo SANGOiNEA E MUDANÇA DA CIRCULAÇAO
PERIFÉRICA
E comum durante o transe à diminuição dos reflexos. Ocorre uma vasodilatação pelo
relaxamento muscular e a respiração tende a se ampliar. O relaxamento muscular generalizado
provocado pela hipnose faz com que hqja modificações na circulação periférica, pois relaxa as
artérias e veias provocando vascularização dos pequenos capilares. Mostra-se muito eficaz no
controle de hipertensão.
RELAXAMENTO MUSCULAR
Associado ao transe ocorre um relaxamento muscular, pode-se reparar deforma mais

clara pelos músculos da face, por acontecer um estado de relaxamento generalizado.
32
HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTÃO RIBEIRO
MUDANÇAS DO COMPORTAMENTO OCULAR
Nesta categoria ocorre uma variedade defenômenos, são melhor obseruâteis quando o
transe acontece com os olhos aberto. As principais mudanças são:
1. Mudanças pupilares - dilatação da pupzia.
2. Tremor palpebral- ocorre no transe de olhos fechados e um sinal que o cliente está
entrando em transe. É um fenômeno comum que desaparece com aprofundamento do
transe.
3. Perda defoco - sensação de visão embaçada.
4. Mudanças na freqüência das piscadas - ocorre um aumento na freqüência das piscadas.
5. Olhar vidrado - o olhar se torna vidrado como no estado de sonambulismo.
6. Movimentos REM (:-apid rye moviment) - em estado de transe mais profundo é comum
o movimento dos olhôs de um lado para o outro.
7. Lacrimejamento - é comum que o cliente lacrimr:je durante o estado de transe, que difere
do choro que é caracterizado por lacnmejamento com rubor na face. É uma lubrificação
natural dos olhos.
REDUÇÃO DA ORIENTAÇÃO
Ocorre uma acentuada redução da orientação espacial e dos movimentos (pede-se ao cliente que
toque os olhos e ele leva a mão para outro local).
PERSEVERAÇÃO
Consiste em manter o mesmo movimento, é um fenômeno hipnótico freqüente.

"-., ASSIMETRIA DIREITO/ESQUERDA
Durante o transe hipnótico é comum uma assimetria entre o lado direito e esquerdo do corpo. Isto
poderá ser notado claramente quando o cliente vai modificando a suas contrataras musculares (na
face aparece mais claramente).
FASCICULAÇÃO
São pequenas contrataras musculares involuntárias que ocorrem durante o transe.

AUMENTO DA RESPONSIVIDADE
Os clientes tornam-se mais responsivos quando em transe hipnótico.

AUMENTO DA ATIVIDADE IDEOMOTORA E
IDEOSSENSÓRIA
Movimentos ideomotores são pequenos movimentos ou sinais que sinalizam uma idéia, muito
comuns e utilizáveis nos procedimentos hipnóticos. Atividades ideossensâna são idéias que trazem
uma sensação.
Fenômenos Hipnóticos
Os fenômenos Hipnóticos são percepções e sensações que os clientes vivem durante um
transe hipnótico. Ocorrem quando o cliente está em transe, e aparecem do transe leve ao profundo.
r'" . São eles:
33
CATALEPSIA
/'<;
Estado de transe hipnótico em que o cliente apresenta rigidez muscular chamado de Catalepsia.
Relatado como a sensação de imobilização, estar mais pesado e sem vontade de se mover. Ela
aconteceem todos os níveis de transe.
DISSOCIAÇÃO
É a possibilidade de durante um transe hipnótico dissociar a mente consciente (racional) da

inconsciente. O clientefica absorvido nos aspectos da indução e ao mesmo tempo experiência as
mais variadas sensações epensamentos.
ANALGESIA
Também conhecido comofofmigamento. Ocorre sem dor, como em alguns tipos de anestesia. Pode-
se utilizar em clientes que sentem estefenômeno para fazer pequenas cirurgias.
ANESTESIA
Clientes trazem a sensação de não sentir uma parte do corpo. Este fenômeno é chamado de
anestesia, pois eles além de não sentir aparte do corpo, não sentem dor eperdem a noção daquela
parte. Pode-se utilizar em cliente que sentem estefenômeno para fazer cirurgias.
DISTORÇÃO DO TEMPO
Fenômeno hipnótico que provoca modijicação temporal, onde o tempo interno é sentido de uma
forma diferente do tempo cronológico.
REGRESSÃO DE IDADE
É um fenômeno natural ao transe, o que pode fazer com que as pessoas confundam hipnose com
regressão. Consiste no aparecimento durante o transe de memórias, lembranças, imagens. Podem
aparecer naturalmente ou como uma reviviftcação onde o cliente age oufala como uma criança ou
de acordo com a idade determinada daquele tempo.
PROGRESSÃO DE FUTURO
,
Assim como ocorre a regressãopoderá ocorrer à progressão. Na progressão o cliente se vê no
futuro realizando as mudanças necessárias ou o que desejariafazer.
ALUCINAÇÕES POSITIVAS
É quando vemos algo que na realidade não estapresente ou não aconteceu. Também esta ligado a
alucinaçõespositivas ligadas a percepção sensórias (os cinco sentidos) surgidas durante o transe.
ALUCINAÇÕES NEGATIVAS
É quando não se consegue ver algo que realmente esta presente. Elas ocorrempela retirada de
sensações epercepções (não ouvir uma campainha, telefone tocar, não sentir uma parte do corpo).
AMNÉSIA
Este fenômeno pode acontecer de forma parcial ou total e signijica um estado de esquecimento
transitório e reversível que pode acontecer num transe hipnótico. A amnésia parcial é quando a
34
----------------
pessoa se lembra de partes do transe e acontece normalmente no transe leve ou médio. A amnésia
total acontece no transe profundo ou sonambúlico e ocorre um esquecimento total do que houve
durante o transe. A amnésia também poderá ser provocada oijetivando uma reposta pós-
hipnótica.
HIPERMINÉSIA
É o aumento da capacidade de lembrar. Os clientes lembram-se aguçadamente do material do

r---, ' transe ou de uma situação espec[fica.
ATIVIDADES IDEOMOTORAS E IDEOSSENSÓRIAS
Estão ligadas as capacidades do cliente em responder através de sinais ideomotores (movimentos

ideomotores são pequenos sinais que sinalizam uma idéia, muito comuns e utilizáveis nos
procedimentos hipnóticos) ou laeossensório (são idéias carregadas de uma sensação).
Níveis de Transe
Os níveis de transe que um cliente pode alcançar são: transe leve; transe médio; transe
profundo.
(-
Estado Fase de relaxamento em que a pessoa fala e responde facilmente e não se
Hipnoidal percebe em hipnose.
Transe Leve Primeiro estado de transe e se caracteriza por relaxamento, movimentos de

Pálpebras, sensação de peso, entre outras. É o estado em que se abrem as
emoções e lembranças. É possível uma regressão pardal:
Transe Médio Segundo estado de transe onde ocorre catalepsia mais acentuada, amnesza
parcial, imobilização dos músculos faciais, entre outras. É considerado o mais
adequado para psicoterapia por ter maior eficácia para sugestão. O paciente
acessa fatos do presente e do passado.
Transe Terceiro estado de transe onde os clientes têm a habilidade de permanecer em

Profundo transe mas com os olhos abertos. Pode acontecer regressão, amnésia quase
sempre total, entre outras. E muito usado em procedimentos cirúrgicos por
acontecer anestesia parcial ou total. Fase de relaxamento profundo, na qual o
paciente pode apresentar letargia, catalepsia (estado de rigidez dos músculos, permanecendo o
indivíduo na posição em que foi colocado) e voz vagarosa. Nesse estágio, há anestesia e
receptividade a sugestões diretas. É possível a regressão e as progressões totais e imediatas.
Transe mais profundo, quando a respiração é muito lenta. Há anestesia completa e

Transe a pessoa fica altamente sugestionáveL Pode ocorrer escrita automática e alucinações
Sonambúlico
Positivas ou negativas ou um estado semelhante ao sonambulismo onde ocorre
amnésia total e espontânea, habilidade para abrir os olhos eprofundas alterações da
personalidade.
35
A Linguagem Hipnótica
Os sons sempre foram usados de forma sistemática em rituais, na relação humana, em
lutas orientais, capoeira entre outros. Os tambores ritmados sempre foram usados em rituais em
quase todas as culturas. Eles provocam uma reaçãofisiológica nas pessoas.
A hipnose não é uma canção de ninar, e muito menos uma voZ defada. É de extrema
importância na hipnose o tom de v0i: Uma voZ ritmada é normalmente hipnotizante, como uma
mãe que canta uma cantiga de ninar para que a criança adormeça.
O tom da voZ também iifluencia na relação hipnótica, uma voZ entonada é capaz de
trabalhar os dois hemisflrios cerebrais, se mostra útil para a dissociação mente consciente, mente
inconsciente. Na tentativa de acessar a mente racional durante um transe hipnótico deve-se usar
um tom de voZ mais claro e. metódico. Mas para acessar a mente inconsciente, deve-se usar de
sensibilidade, musicalidade, ou seja usar um tom melódico. Para sugestões pós hipnóticas deve-se
utilizar uma linguagem clara e metódica em tom de ordem.
É importante lembrar que cada cliente reage diferente ao transe hipnótico e suas
variáveis, portanto o tom da voZ deve se adequar para que se adapte sob medida a cada cliente.
Utilizar uma linguagem hipnótica não é apenas modificar o tom de voi; mas sim uma
linguagem que atraia efocalize a atenção do cliente. Comece um processo de indução mesmo antes
do procedimento forma4 focalizando o sintoma, assunto ou meta a ser trabalhado, estamos assim
indiretamente começando um transe hipnótico.
Uma boa linguagem hipnótica deve conter três elementos: ritmo, musical idade e vibração.
O ritmo fãz com que o cérebro modifique o seu padrão defuncionamento e automaticamente passe
do nível beta para o a!fa. A musicalidade é capaz de acessar os dois hemisférios cerebrais. E a
vibração éforma que temos de tocar o cliente com a voZ.
Sincronização
É o estabelecimento de uma sintonia entre o nosso comportamento corporal e verbal com
o comportamento corporal e verbal do cliente que se submete ao transe.
Durante o procedimento de transe hipnótico é fundamental a sincronização entre
terapeuta e o cliente. Sincronize sua respiração com a do cliente pois isto possibilitará uma
interação eficaz e facilitando o relaxamento e a corfiança do cliente, exceto quando o cliente
estiver agitado ou respirando deforma imgular em função de uma vivência emocional.
Acredito que a sincronização sda um dos conceitos mais importantes em hipnose.
Quando entramos em sincronização acessamos a inteligência de primeira ordem, a intuição e com
isto nos tornamos terapeutas mis assertioos, conseguimos uma interoenção mais qfetiva.
36
ROTEIRO BÁSICO DE INDUÇÃO HIPNánCA

".
'O transe é um período durante o qual as limitações
que uma pessoa tem, no que diZ respeito à sua
estrutura comum de riferência e crenças, ficam,
temporariamente, alteradas, de modo que opaciente se
torna receptivoaospadrões, às associaçõese aos moldes
de funcionamento que conduzem à solução de
problemas': Milton Erickson
Esta parte do texto visa mostrar de uma forma simples um roteiro básicopara que
possamos fazer uma indução hipnótica, segundo Ze~ deve-se seguir os passos básicos que serão
esclarecidosa seguir: absorção (focalizar a atenção); ratijicação (feedback ao cliente dosfenâmenos
hipnóticos); e eliciação (momento chavepara promover mudanças).
Principais passos a serem seguidospara um bom transe hipnótico:
1. Rapport : um bom rapport éfundamental. Explique o que é a hipnose, diga ao que
o cliente tem o controle.
2. Certifique-se de que o cliente esteja confortável: o terapeuta e o cliente
devem estar corifortavelmentesentados, defrente um para outro (de 0.75 a 1.25 m. de
distância). A presença física do terapeuta é o principal instrumento de comunicação
como hipnotizador; o cliente deve estar sempre sentado pois isto facilita com que o
terapeutaperceba osftnômenos hipnóticos.
3. Absorção: a absorção é oprocedimento inicial de um transe hipnótico, é usada para
focalizar a atenção do cliente.
4. Ratificação: Ratijicar é dar um feed back , uma corfirmação do estado de transe. A
cotifirmação do estado assegura o desenvolvimento do transe e a estabilidade mental
desejada para se assegurar osprocedimentos de Eliciação.
5. Dissociação : use-a após a Ratijicação para conseguir um aprofundamento
necessáriopara as modijicaçõespretendidas na Eliciação.
37
I r>.
6. Eliciação: a Eliciação é o momento onde ocorre o processo de mudanças, já que o

clientejá se encontra em transe e osfenômenos hipnóticosjá estãopresentes, facilitará o
acessomais fácil ao inconsciente
História e Preparação do Cliente

Inicialmente deve-sedeterminar o uso de Hipnose de acordo com cada cliente. Fazer uma
avaliação clínica, cuidadosa e criteriosa buscando entender as necessidades, facilidades e
dificuldades do cliente,pedindo detalhes sobre sua história de vida, e,pesquisando a existência de
algum problema de saúde atual ou anterior, para um melhorplanejamento do tratamento.
P R O N T I DÃO D O C L I E N TE· o terapeuta precisa obter uma história cuidadosa

e detalhada do cliente,para a~aliar suas necessidadespsicológicas e a conveniênciapara do uso de
Hipnose. É importante lembrar que cada cliente responde à Hipnose deforma diferente, pois
suas necessidades e respostas também são diferentes. Para tomar uma decisão o terapeuta deve
ser sensioel, colher itiformações sobre os clientes, suas experiências e especialmente, sua
sensibilidade para que num transe hipnótico não se depare com surpresas. Nunca se esqueça:
iniciado a Hipnose, oprocessopode continuar mesmofora do consultório.
A técnica de Hipnose pode estimular itiformações e memórias antigas eperturbadoras. O cliente
poderá trazer várias informações, sendo que algumas aparecem deforma dissociada ou carregada
de emoções. O terapeuta, ao utilizar deforma adequada à técnica de Hipnose , processará as
informações mais rapidamente do que em terapias convencionais.
E 5 T A B I L I DA DE· sentimento de segurança ou estabilidade refere-se à capacidade de

experimentar e suportar vulnerabilidades, perdas de controle e sensações físicas inerentes à
memória. Garanta a estabilidade antes de iniciar uma indução hipnótica.Pouca cotifiança ou
vínculo terapêutico instificiente, pode ocorrer alta suscetibilidade ou desconfiança, provocando
desvios ou comportamentos que evitem o material doloroso. Deve haver um cuidado especial com
os clientes que demonstram idéias suicidas, pois uma grande perturbação pode originar um
comportamento suicida.
5 A Ú DE· pesquisar a saúde do paciente. Saúde física, inclui: comprometimentos

neurológicos; gravidez;" problemas respiratórios, cardíacos, geriátricos; crises epilépticas; e
problemas oculares. Problemas neurológicos,podem reduzjr a capacidade de generalização. O
terapeuta deve saber identificar quaisquer efeitos anormais, e interromper o tratamento se os
perceber.
G A N H O S 5 E C U N D A R I O 5 um dos cuidados especiais que devemos ter antes do

-
uso da hipnose é avaliar as possíveis conseqüênciaspositivas, que estão associados à reclamação
ou ao sintoma. Clientes normalmente or:ganizam a sua existência pessoal ao redor da patologia,
e esta possibilidade deve ser esclareada,pelo menos cognitivamente, antes que qualquer mudança
possa ser esperada com o tratamento.
R E L A ç Õ E 5 •Como em qualquer forma de psicoterapia, a hipnose pode irifluenciar não

só nos clientes mas também em suas famílias e amigos.
I r <.
r
1(' HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAo RIBEIRO
N
I
í"
(, Absorção
(""
(, Absorção é o procedimento inicial de um transe hipnótico, é usada para focalizar a
atenção do cliente. Para ocorrerum transe hipnótico que elicieprocessos de mudanças é necessário
que a mente consciente (racional)fique absorvida por uma sensação, sentimento, percepção ou
idéia enquanto a mente inconscienteexperiência algo diferente do estado de vigília.
Depois de absorver a atenção é necessáriopromover uma dissociaçãoquepermitirá que o
cliente viva o estado alterado de consciência.Existem váriasformas e métodos para sefazer à
absorção:
Absorver pela percepção é a utilização de uma oú mais percepção
Absorção peja percepção para absorver a atenção do cliente. Podem-se usar as percepções
_,visuais, auditivas e cenestésicas.
ç Ã o V I SUA L • estapoderá serfeitas de duasformas, com os olhos abertos

P E R CE P
(externo) e os olhosfechados (interna). Com os olhos abertospedir que o cliente se fixe em um
ponto e continuar a indução. De olhosfechados utilizar de visualizações de imagens, lut; lugares
cores.
PERCEPÇÃO AUDITIVA • é a utilização do som ambiente ou música para
absorver a atenção do cliente.
P E R CE P çÃ O CE N E S TÉ S I CA • Cenestesia é um termo que provém do grego
Kolnos, "comum", ''geral'', aísthesis, "sensação" e o ssfixo -ia, que signijica ''impressãogeral"
resultante de um co,!junto de sensaçõesinternas ou orgânicas.A absorção cenestésica utiliza das
sensaçõesfísicas como tônus muscular, calor, temperatura, coiforto para absorver a atenção.
Pode-se também utilizar um pouco de cada destaspercepçõespara induifr o transe, porém deve-se
estar atento e avaliar qual dela sefazpredominante ao s1!feitohipnótico.
Consiste em descrever minuciosamente de uma situação
Absorção pela descrição de (focalizando um ponto), uma sensação (focalizando as percepções)
e idéias de talforma que absorva a atenção do cliente.
detalhes
r\ Este tipo de absorção éfeita através do uso de palavras criando

Absorção através de inúmeras possibilidades, mas deixando implícito que o cliente
entrará em transe. Exemplo : talvez vocêpossa entrar em transe
possibilidades
apenas sentindo a sua respiração; talvez vocêpossa entrar em
transe escutando esta música; ou mesmo escutando ospássaros.
Técnicas de Unguagem usadas na Absorção

Existem várias técnicas de linguagem quepodem ser usadaspara facilitar a Absorção:
Truísmos São verdades incontestáveis que ditas durante o transe qjudam à absorção da atenção. Exemplos
externos: - vocêpode escutar os sons do barulho da rua; - vocêpode sentir a cadeira em que está
sentado; - vocêpoderá perceber cada detalhe do obfeto no qual estará focando, etc. Exemplos
internos - Você pode fechar os olhos e sentir a sua respiração; - vocêpode perceber se alguma
parte do seu corpo esta tensa; - vocêpode perceber se algumaparte do seu corpo esta leve, etc.
39
r>.
7'
!'
,-"
Yes Set É uma técnica que utiliza de três truísmos significativos, com uma qfirmativa que o cliente
r",
entrará em transe. Usa o principio da confusão mental para conseguir uma boa absorção. O
,,--,
cliente vai respondendo sim a cada afirmação, e depois da terceira o terapeuta faz uma
pressuposição que deverá guiá-Io ao estado de transe. O Yes S et poderá ser usado de forma
r' cenestésica, visual ou auditivo. Exemplos: - vocêpode perceber que seu copo esta cotifortavelmente
r' apoiado; - vocêpode perceber que seus braços estão confortavelmente apoiados no sofá; - vocêpode
r'
perceber sua cabeçasuavemente apoiado no sofá; e vocêpoderá aproveitar estepequeno momento e
apoiar os seus pensamentos em... Apesar da quarta qfirmação não ser um truísmo o cliente que
!'-
já vem dizendo sim a três qfirmações segue então o mesmo movimento.
r=>.
,~ NoSet O No Set utiliza o mesmo prindpio do Yes Set, isto é, um co'!Junto de nãos usados da mesma
r....
forma que o co'!Junto de sins"'Este procedimento é extremamente útil com clientes controladoras
ou dominantes. Exemplo: - eu não sei se você vai entrar em agora; - eu não sei se vocêvai entrar
r-»;
em transe daqui a pouco; - eu não sei na verdade o tempo que você demora em entrar em transe; -
f' mas sei que vocêpoderá aproveitar este momento para se sentir suavemente relaxado.
,~/..\
Pressuposição É um padrão de linguagem que supõe algo como sugestão ao cliente. São criadas apartir daquilo
--, que você deseja que o clientefaça, isto é, relaxar, respirar ou imaginar. Exemplo: - eu não sei
r-~ dizer em que momento vocêse sentirá mais relaxado...
r>,
Injunções São mensagens implícitas, indiretas que aprimoram a absorção da atenção, utiliza deprovérbios e
r--
Simbólicas expressões idiomáticas. Exemplo: - abra os seus olhos internos; respire aliviado; escute o som do
r, seu silêncio.
.r--,
Comando Usando de uma forma de linguagem indireta, sugere-se algo em especial, embutido em um
~
Embutido questionamento ou qfirmação. Exemplo: - enquanto você vai suavemente relaxando o seu copo,
r> você vai sepermitindo relaxar a sua mente de uma forma suave.
r"
r' Possibilidades Utilize de todas aspossibihdadespara absoner a atençãodo cliente.Crie detalhes,sensações,imagens,

sentimentos, idéias.Exemplo: - talvez vocêpossa sentir seu braçomaispesado; - talvez vocêpossa sentir
r>.
algumaparte do seu copo mais leve;- talvez vocêpossaperceberseu copo relaxandopor inteiro
~--.,
r>. Citações Uso de relatos ou citações com o ol?;etivo de obter a absorção ou algum fenômeno hipnótico
desejado. Exemplo: eu tinha um cliente que, sempre que eufalava de uma forma macia, fechava
'\
os olhos, respiravaprofundamente e entrava em transe.
~
,~ Causalidade É o uso de pressuposições com advérbios especficos que auxiliam na absorção. Exemplo: - na
r=. Implícita medida em que você respira, talvez você possa permitir que todo o seu copo relaxe
r.-..,
protegidamente.
r>.
Imagens e É a descriçãode imagens,fantasias, paisagens com detalhes usadospara alcançar a absorção.
r-........
, Fantasias
r=:
I-~
r--
,-,
40
r',
r=.
r.
r,
!'-
í'
'""\
,
Ratificação
Depois de uma boa Absorção o segundopasso é a Ratificação. Ratificar é dar um
feedback , uma co!ifirmaçãodo estado de transe. A corfirmação do estado de transe assegura o
desenvolvimento do transe e a estabilidade mental desejadapara se assegurarprocedimentos de
Eliciação.
Ratificar é confirmar aquilo que se obserua do cliente quando este entra em estado de
transe. Para o cliente é uma certeza que esta dando uma boa reposta em sua tentativa de entrar
em transe. Devemos dizer as mudanças fisiológicas que pouco a pouco se obserua no cliente,
aumentando a confiança,faz com que o cliente se aprofunde de uma forma segura e estável no
transe. Ver osprincipais fenômenos hipnóticos no texto Hipnose.
"
Dissociação
Dissociação é a compartimentalização ou a separação da consciência,de tal forma que
uma parte do ego não se liga outros aspectos do ego.A dissociação é um processo mental que
produz falta de conexão nos pensamentos, recordações,sentimentos, ações, ou na sensação de
identidade de uma pessoa. Durante o período de tempo que um cliente está dissociando, as
iiformações não se associam com outras iiformações. Durante uma experiência traumática, um
cliente dissocia, como se apagasse da memória o lugar e circunstâncias do trauma, e isso resulta
em uma fuga mental temporária do medo e da dor do trauma e, em alguns casos ocorre um
buraco de memória acerca desta experiência. Este processopode produ:;jr grandes mudanças na
memória dos clientes que freqüentemente dissocia, e podem trazer a sensação de estarem sem
memória ou não se lembrar dopassado.
A dissociaçãopode ser empregada durante a indução do transe para conseguir maior
aprofundamento. Erickson usava a dissociaçãodas duas mentes através de estórias e sugestões
levando os clientes largassem padrões habituais do hemisfério esquerdo e conseguissem saídas
adaptativas. Erickson percebeu que esse movimento dissociativopotencializava aprendizagens e
saídas adaptativas. Outra perspectiva era a utilização desta como técnica de aprofundamento do
transe hipnótico.
Use-a após a Ratificação para conseguir um aprofundamento necessáriopara as
modificaçõespretendidas na Eliciação.
Eliciação
Depois defeita a Absorção, Ratificação e Dissociação vem a Eliciação. A Eliciação é o
momento onde ocorre os processos de mudanças, pois a pessoa já se encontra em transe e os
fenômenos hipnóticosjá estãopresentes o quefacilitará o acessomais fácil ao inconsciente.
Nesse momento é essencial que o terapeuta pense estrategicamente ejá saiba qual a
I~ técnica usará para favorecer os processos de mudanças. Podemos utilizar de algum fenômeno
uma SH7:t~:rZ'1or:;:;:
hipnótico associado a alguma mudança, utiliif1r de met4foras, criar uma cena dramática, fazer
processos de mudanças.
41
Trabalhando Passo a Passo

Milton Erickson ao utilizar a hipnose criou uma técnica peculiar que se denominou
Pacing. Pacing é dar durante oprocesso de terapia ou indução o passo do tamanho que as pessoas
possam acompanhar. Erickson quando fa;da um comando ou sugestão além daquilo que às
pessoas podiam acompanhar, voltava atrás e começava tudo de novo, com passos pequenos.
Devemos durante o processo formal de indução ou psicoterapia acompanhar passo a
passo às pequenas dicas que as pessoas dão e partir disto fazer o processo sob medida. Devemos
ver o nível de responsividade das pessoas, se respiramos profundamente o cliente já sincronizado
também respirará e isto é um sinal que poderemos dar o próximo passo. Durante a absorção vá
notando o grau de responsividade do cliente a cada comando e criando os passos subseqüentes
para alcançar o seu objetivo.
Ao fazer uma abso;ção passo a passo estaremos gerando corifiança e conforto para o
cliente. Durante oprocedimento passo a passo comunique ao cliente o seu comportamento passado
e atual, possibilitando o sentimento de corifiança epromovendo maior absorção e ratificação
o Uso de Palavras Protetoras

Uma das características principais do trabalho de Teresa Rnbles, é o uso das palavras
protetoras. E estas podem ser colocadas de duas formas:
• Saudavelmente, automaticamente, protegidamente, agradavelmente, etc.
• Brincando, desfrutando, apreendendo, protegendo, etc.
Ao usarmos expressões como "é claro ", protegidamente, saudavelmente nos processos
hipnóticos, cria-se expectativas positivas: "Claro que vocêpode mudari"; "Claro que você pode
melhorar!': As pessoas de uma forma geral sempre respondem positivamente a expectativas
positivas, é como se mostrássemos ao cliente que o enxergamos carregado de positividade. Estas
palavras de estímulo sãofundamentais, pois terapia é ser o outro que provoca melhoras.
o Uso da Respiração como Retorno de Transe

Sempre ao colocar os clientes em transe deve-se retirá-tos com ordens claras. Peça que
voltem e que acordem o corpo e a mente.
Teresa Rnbles O, sempre utiliza um comando de retorno de transe pedindo: ''quando
estiver pronto faça uma respiração profunda e volte despertando seu corpo e sua mente". Assim,
colocamos o comando na mão do cérebro do paciente, mostrando que ele pode ter controle sob si
mesmo.
42
o USO DE HIPNOSE COM CRIANÇAS

f~
". A hipnose é como um tempero de uma carne. Você
gosta de carne, mas carne sem o tempero não tem
graça, você quer o tempero. A hipnose não é uma
canção de ninar, é sim uma maneira de aumentar e
diminuir confesão rumo a uma orientação.
Conseguimos pegar mais moscas com açúcar do que
com vznagre
Zeig
A Hipnose é uma das técnicas mais úteis no trabalho com crianças. A grande
capacidade de imaginar das criançasfaz com que a indução da hipnose pareça um procedimento
bastante simples. É como se bastasse dizer às criançaspara 'Jingir" que está assistindo a seu
programa de televisãopredileto ou sendo o ser o seu super-heróifavorito para se conseguir uma
indução hipnótica. Mas a hipnose com crianças é aproximação que deve ser feita com muito
cuidado e ética.
Colocar uma criança em transe é fácil, mas o que fazer nos processos de eliciação e
mudança é quefaz a grande diferença. Este cursopretende demonstrar como usar aferramenta
hipnose deforma adequada A Hipnose com crianças devem ser usados na recuperaçãorecursos,
na recuperação da liberdade de alma, é como diZ Milton Erickson: não existem pessoas sem
recursos,mas estados mentais sem recursos.
o Trabalho Simbólico
o trabalho Simbólico é uma das grandes ferramentas da hipnose no trabalho
terapêutico.A utilização de símbolos se baseia em Sugestões que é a comunicaçãoou a criaçãode
uma idéia que proporciona uma reação,fugindo ao controle da consciência.A sugestão é algo que
provoca um efeito e associaçõescom outras idéias.
Os Símbolos constituem uma das mais poderosas técnicas disponíveis de mudança, pois
estabelecem uma ligação direta com as emoçõese os padrões mais prrifundos de comportamento.
Na obra Metaphors We I.ive &, Lakoff and Johnson (1980) mencionam que nosso sistema
conceptual é metcifórico,e em Women Fire, and Dangerous Things, Lakoff (1987) cifirma que o
pensamento é corporificado e se desenvolveatravés da percepção, do movimento, e da experiência
43
r>;
f\

r>;
r<.
«<;
física. Antonio Damasio (1999) identificou sistemas de resposta em nível corporal como aspectos
,.""",\ complexos das emoções e, até mesmo, da consciência. Além das estruturas neurais, os estados
r>. emocionais são definidos por mudanças no perfil químico do corpo, mudanças nas visceras, e
mudanças no grau de contração dos músculos do corpo. Damasio acredita que as emoções são
~
partes importante de nossa normalidade homeostática e do mecanismo de sobrevivência.
r>.
Um sintoma é carregado de emoções negativas que são armazenadas no corpo físico, que
»<; devem ser liberadas para que a dessensibilização possa ocorrer. Essas emoções negativas
r>. armazenadas no corpo podem criar numerosos problemas emocionais e podem até favorecer
doenças, paralisações.
»<.
As emoções negativas acumuladas no decorrer da vida são armazenadas não somente
r-; como lembranças, mas também no corpo físico. Essas emoções armazenadas podem tornar-se uma
parte integrante de nossa pers~.nalidade e identidade. Uma vez que essas emoções não representam
"
r>;
à natureza verdadeira do indivíduo, elas podem jreqüentemente bloquear seu sucesso em diversas
áreas da vida. A focalização direta das emoções incorporadas pode criar mudanças nos diferentes
0
contextos.
r=.
r>. Técnicas Protetoras

r>;
Estas técnicas são orientações, roteiros, que devem ser\ utilizadas inicialmente em
r>;
qualquer processo terapêutico. Tem uma função de harmoniZflr, proteger e criar recursos. Elas
r=. funcionam muito bem e, quando usadas sob medida ganham força, efetividade e promovem
í"'- processos saudáveis de mudanças.
»<;
Lugar Seguro
r=;
Esta técnica visa estabelecerjunto ao cliente um espaço interno livre de cotiflito, o que Gzlligan
r'"'--.
chama de ((Santuário Pessoal': Um espaço que foncionará como âncora nos dias de tempestade. Ele
r>. funciona como um espaço transiaonal; entre o interno e o externo que ancora todos osprocedimentos de
-<. mudança. É um procedimento simples de muita utilidade no processo terapêutico (a indução abaixo
consta no CD Lugar Seguro).
r>. }
..---.. Esta técnica visa estabelecer junto ao cliente um espaço interno livre de cotiflito, o que Gilligan 0,
chama de ''Santuário Pessoal': Um espaço que funcionará como âncora nos dias de tempestade .
-r-, Ele funciona como um espaço transicional, entre o interno e o externo que ancora todos os
procedimentos de mudança. É um procedimento simples de muita utilidade no processo
'" terapêutico. Podemos usar, durante este processo, os estímulos bilaterais.
/\
r--,
Feche os olhos... sinta o ar entrando ftioifnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r--.
friozinho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friosinbo.: e saindo quentinho... E, na
r--. medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
r>.
deixando seu corpo relaxar. .. relaxar. .. relaxar. ..
/\
Seu corpo vai ficando molinho, molinbo, vai ficando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
/\ esta molinho, que sua respiração esta bem devargailnha. Deixe que o seu pensamento apenas
r<; cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisa super legaL
r--.
r=.
r--.
44
f\
f\
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r>.
r>;
,...-..,
r---------------.------ ....
---
r>.
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Í'
'.- HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAo RIBEIRO
r>.
,r,
r>.
Quando eu era criança (analogia), tinha um lugar que eugostava deficar, era um lugar lindo
r-, florido, cheia de brinquedos e coisas que eu adorava. E, sempre que euficava triste,fechava os
,----, olhos, e ia para meu lugarfavorito. Não importava em que lugar estava, se na escola,na casa de
é"".
amigos, dos meus avós, eufechava os olhos, e ia para o lugar seguroefavorito e me sentia bem,
me sentiaforte, me sentia tranquilo...
~
r>. Agora, sinta vocêem seu lugar seguro efavorito, em sua imaginação, um lugar que vocêgoste de
i'
estar, goste de brincar, descansar. Sinta-se lá, brincando, é como se vocêestivesseem um desenho
animado. Agora, faça uma respiraçãoprofunda acordando seu corpo e mente voltandopara cá e,
»<;
assim quepuder abra seus olhos.

~
,,",,,
i.
r>. Técnicas de Retenção
'--
/, As Técnicas de Retenção é um recursopara prevenir sensações de intnJsão e matenats
r-r>:
perturbadores. Clientestraumatizados se tornam às vezes destrutivose traZim recordaçõesintrusas que
podem interferircomoprocessodeterapia.
'"
'-
r
Feche os olhos... sinta o ar entrando frio:dnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
fri0ilnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frio:dnho ... e saindo quentinho... E, na
r>.
'. medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
r>. deixando seu corporelaxar. .. relaxar. .. relaxar...
Í'
~
Seu corpo vaificando molinho, molinho, vai ficando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
'-- esta molinho, que sua respiração esta bem devarga:dnha. Deixe que o seu pensamento apenas
r>.
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisa super legal
r=;
-,
0
Agora imagzne um baú bem forte, de madeira... de ferro... o importante é que ele sfljaforte o
<,
stificiente, para que ninguém consiga abri-ia mas também capaz de guardar todos seus
r----
j; sentimentos ruins...tudo aquilo que lhe incomoda...
r>;
~ Sabe aqueles sentimentos ruins, aqueles que lhe incomodam, leve-ospara dentro do Baú. Talvez;
Í'
com uma respiração suavemente... saudavelmente... protegidamente... vocêpossa realizar essa
tarefa tranqüilamente.
(--. -
<;
1'\
<,
Olhe para dentro do seu baú e tenha a certeza de que todos seus sentimentos que lhe incomodam,
r> então lá dentro... que nãofalta nem um... Estão todos lá? Então agora vocêpode fechar seu Baú
r=-:
com tudo que você achar necessário... Se for preciso, passe uma corrente, use cadeados, bata
,. pregos,faça tudo quepuder para que ninguémpossa abri-Ia...
r>:
-,
('" Agora instale em seu Baú uma torneirinha... mas uma tomeinnba mágica... que permite que
<;
r>. vocêcoloque ou retire o que quiser, somente quando vocêquiser...
r>:
Agora tente retirar algum sentimento... talvez um sentimento que não o incomode tanto... apenas
r<.
para corfirmar seuspoderes de colocá-I.o de volta ao Baú. Conseguiu?
0 Se precisar, mesmo que tenha muita vontade, só abra a torneirinha no nossopróximo encontro...
,-
I"
-,
r
<;
r>.
45
r=.
-;~
('-
-,
/'
r---
'<;
~
Agora, jaça uma respiração profunda acordando seu corpo e mente voltando para cá e, assim que
puder abra seus olhos.
Técnicas de Hipnose
Relaxamento Progressivo
Esta é uma das formas mais clássicas de indução que consiste em ancorar oprocesso de indução
hipnótica no relaxamento progressivo do corpo. Este roteiro explicará como jazeras
procedimentos para relaxar, parte por parte, todo o corpo.
Feche os olbos.: sinta o ar-entrando frio:dnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando

jrio:dnho e saindo quentinho ... sinta o ar entrando jrio:dnho ... e saindo quentinho ... E, na
medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
deixando seu corpo relaxar. .. relaxar. .. relaxar ...
Seu corpo vai ficando molinho, molinho, vai ficando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
esta molinho, que sua respiração esta bem devarga:dnha. Deixe que o seu pensamento apenas
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisa super legal.
Agora sinta o seu corpo está relaxado, E vocêpoderá se sentir relaxado e ir pouco a pouco
percebendo, protegidamente, o seu corpo. Você sente os pés ficando molinhos. Agora as suas
pernas vão ficando molinhas, molinhas, relaxando, encostando-se ao sofá e relaxando. E
enquanto o corpo vai ficando molinho, a sua cabeça vai ficando cada vez mais forte epoderosa.
Agora o seu peito vai ficando molinho, as suas costas vai ficando molinha, e vão relaxando
suavemente ...
Enquanto o corpo vai ficando molinho, a cabeça vai ficando poderosa, super poderosa e forte.
Agora, jaça uma respiração profunda acordando seu corpo e mente voltando para cá e, assim que
puder abra seus olhos.
Se necessário utilize uma met4fora relacionada com oproblema.
Nuvens
Certifique-se que a criança não tem medo de altura.
Feche os olhos ... sinta o ar entrando frio:dnho ... e saindo quentinho ... sinta o ar entrando
frio:dnho e saindo quentinho ... sinta o ar entrando jrio:dnho ... e saindo quentinho ... E, na
esta molinho, que sua respiração esta bem devarga:dnha. Deixe que o seu pensamento apenas
46
r"
Í'

'"
"-
r-
r> Agora vamos brincar depassear em uma nuvem. Imagine, sinta epense que esta no alto de uma
.--... pequena montanha, deixando a imaginação voar. De repente, lá nofundo apareceuma pequena
r<;
nuvenilnha, colorida, perceba qual- a cor da nuvem. A nuvenilnha vem se aproximando,
aproximando epara do seu lado. É uma nuvem diferente, tem sinto de segurança,é segura e serue
r--
para passear.
r>.
1\
Suba nela, vocêpoderá se sentir relaxado, e ir pouco a pouco percebendo,protegidamente, o seu
corpo sendo agasalhadopela nuvem. Aperte o cinto de segurança eperceba que você comanda a
»<;
nuven~jnha com a sua mente que é muito poderosa. Se sua mente mandar ela vai lá ao alto) ou
rr>.
bem baixinho. E enquanto isto o seu corpo vai ficando molinho, molinho a sua cabeça vai
r> .
ficando cada vez mais forte eRoderosa.
r=;
Agora, perceba como aforça da sua mente é capaz de dirigir a nuvem para onde vocêquiser: você
Í'
pode ir até a sua casa, até a casa da sua avó, até os parques da Disney, ir aonde você desejar.
r-; Perceba como é bom brincar de nuvens, é como se fosse um desenho animado dentro da sua
..---..., cabeça. Use agora uma met4fora relacionada com o problema. Agora, faça uma respiração
r">
profunda acordando seu corpoe mente voltandopara cá e, assim quepuder abra seus olhos.
"""
1\ Brincadeira Favorita
/- -,
Feche os olhos... sinta o ar entrando frioilnho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
,,~
frioilnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friosinho.: e saindo quentinho... E, na
r">: medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
r>. deixando seu corporelaxar... relaxar... relaxar...
rr-
Seu corpo vaificando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
/-c
esta molinho, que sua respiração esta bem devargailnha. Deixe que o seu pensamento apenas
/'\ cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisa super legaL
,/"'\
~
Agora pense, imagine, sinta a sua brincadeirafavorita, pois todos nós temos uma brincadeira
~ favorita. Pode ser um boneco ou boneca,jogar bola, queimada, uma bicicleta, um carrinho.
Imagine que vocêesta brincando agora com a sua brincadeirafavorita.
'"" Quando agentefaz ou mesmo só imagina a nossa brincadeirafavorita ficamos felizes, tranquilos.
O nosso corpofica forte e a nossa mente também e conseguimosfazer tudo o que queremos na
i
vida.(Use agora se necessário uma metáfora relacionada com o problema)
,-.,.,
Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordandoo corpoe a mente.
~
~
Tela de Cinema
~
r>. Feche os olhos... sinta o ar entrando frioilnho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
1\
frioilnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frioilnho... e saindo quentinho... E, na
Í'
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(' deixando seu corpo relaxar. .. relaxar ... relaxar. ..
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esta molinho, que sua respiração esta bem devar:ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
~ cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisa super legal.
r>.
,1\
Agora pense, imagine, sinta um cinema onde você vai assistir ao filme que mais, gosta com aquele
super herói ou personagem que ama. Você é o dono da imaginação, você comanda tudo. V ifa
»<.
que aquele super-herói tem o mesmo problema que você (se necessário diga o problema)
r--,
no filme. V o/a que ele vai resolvendo facilmente este problema no filme, e você vai aprendendo a
r>
.
resolver o seu problema tambépt.
r--.
Quando a gente só imagina que pode resolver os problemas parece que tudo se resolve eficamos
r"
fêlizes, tranquilos. O nosso corpo fica forte e a nossa mente também e conseguimos fazer tudo o
"" que queremos na vida.(Use agora se necessário uma metáfora relacionada com o
~ problema) Agora faça uma respiração forte e volte para cá acordando o corpo e a mente.
'-
(
r>. VídeoGarne
r>.
Feche os olhos... sinta o ar entrando frio~nho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
frio~nho e saindo quentinho ... sinta o ar entrando frio~nho ... e saindo quentinho ... E, na
I ,
1\ medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
'--
f\ deixando seu corpo relaxar. .. relaxar ... relaxar ...
,,-
r>. :f esta molinho, que sua respiração esta bem devar:ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
~ cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisa super legal.
r--..
'-.- Todos nós temos um jogo de vídeo game que amamos, você também pode ter o seu. Agora pense,
r\
imagine, sinta que você esta na frente de uma televisão jogando o seu jogo favorito com aquele
r>.
super herói ou personagem que ama. Você é o dono da imaginação, você comanda tudo. Você
,----., pode criar um controle só seu, aqui vocêpode tudo.
f'
Luz Azul Dourada
rr-;
Feche os olbos.: sinta o ar entrando fri0ilnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r=.
fri0ilnho e saindo quentinho ... sinta o ar entrando frio~nho ... e saindo quentinho ... E, na
'--
r>.
g medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
r>.
1\
Seu corpo vai ficando molinho, molinho, vai ficando molinbo, molinho. Agora que o seu corpo
"-
'-
esta molinho, que sua respiração esta bem devar:ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
r-: cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisa super legal.
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r>
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48
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1\
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r<;
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Agora pense, sinta, escute, imagine um lugar que tenha natureza, em que existe um céu azul com
r> um sol lindo dourado. Agora perceba que o ar que você respira vai se tornando uma luZ azul
r-- dourada,formada pelo céu azul e sol dourado. Sinta o ar entrando azul dourado e saindo cinza e
sendo levado pelo ar até desaparecer.
'"
~ Perceba que este ar vai entrando e iluminando todo o seu corpo,trazendo relaxamento, segurança
~ e especialmente tranqüilidade. Perceba que está luZ vai se espalhando por todo o seu corpo,
trazendo relaxamento, descanso,enquanto vai limpando tudo que precisa ser limpopara que você
esteja tranqüilo, saudavelmente bem.
r-.
.(Use agora se necessário uma metáfora relacionada com o problema)
-"
Quando achar que já está em um estado de tranqüilidade e relaxamento faça uma respiração
/"-. profunda e voltepara cá, acqrdando por inteiro, acordando o corpoe a mente
"-
Arco íris
".
,----
Feche os olhos... sinta o ar entrando friozinho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
'" friozinho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friosinho.: e saindo quentinho... E, na
r--
r"- deixando seu corpo relaxar... relaxar... relaxar...
-"
Seu corpo vai ficando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
r
esta molinho, que sua respiração esta bem devar;gazinha. Deixe que o seu pensamento apenas
r--
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisa super legaL
»<;
I
r>
Agora pense, sinta, escute, imagine um lindo campo, com um dia lindo, o céu azul sem nuvens, o
sol dourado, a grama verde baixa, pequenos animais passeando, passarinhos cantando, um lugar
r>
~
que trás a sensação de paz e tranqüilidade. E bem lá no final do campo existe um pequeno j
/'.
morro com uma subida bem suave. Você vai caminhando no campo em direção ao pequeno
f' morro, sentindo natureza, sentindo-separte dela.
r>.
Quando chegaaoponto mais alto se depara com uma linda vista. Então percebe que lá nofundo
r>.
vai seformando um pequeno arco-íris. E este arco-íris vem vindo protegidamente em direção a
»<;
você. Vai se aproximando, até chegar bem em cima de você. Você vai sentindo protegidamente o
r- arco-íris, a sua luZ se espalhando por todo o seu corpo. Essa luZ traz uma sensação de paiJ
+-,
tranqüilidade, serenidade. (Use agora se necessário uma metáfora relacionada
com o problema) Quando achar quejá limpou todas as suaspressões ejá está em um estado
r--,
de tranqüilidade e relaxamento faça uma respiraçãoprofunda e volte para cá, acordandopor
'" inteiro, acordando o corpoe a mente.
r>
r>. A Hipnose Clássica com Crianças

r-.
Por Hipnose Clássica denominam-se osprocessos de indução utilizados no século XIX,
r, feitas através métodos tradicionais muito utilizados por hipnotizadores palco. A técnica clássica
r<.
r'
" 49
r>.
'--
r>.
r--.,
"-
r>;
"-
<,
utiliza induções formais através de sugestões diretas. A sugestão direta lida claramente com o
problema e as mensagens é transmitida de uma forma clara.
Mas para a utilização da sugestão direta em relação aos problemas e sintomas sefaz
necessários níveis profundos de transe em virtude da censura da mente racional. A Hipnose
Clássica também faz usos de sugestõespós-hipnóticas, também utilizadas em níveis profundos de
transe. Todas as crianças gostam muito das técnica de Hipnose Clássica e Letargia, pois estas o
permitem mandar o seu corpo, além de desenvolver capacidades e recursos.
A Letar;gia é um sono profundo eprolongado onde o clientepode falar sem saber o que
diZ (estapresente a amnésia), esquece o que di~ mas em nenhum momento abandona este estado
de sono. A Técnica de Hipnose por Letar;gia e'um cor!funto deprocessos mecânicos efisiológicos
para se indu~r um paciente ao estado de transe letár;gico.
Podem ser usadas tt1lPbémpara estabelecer recursos,pois partindo doprincípio que o ser
humano é uma unidade funcional de caráterpsicossomático, isto deverá ser usado para estabelecer
recursos.
As principais técnicas são:
Catalepsia
A catalepsia é um estado de transe onde ocorre a suspensão parcial ou total da sensibilidade ou
dos movimentos voluntários. É um estado de rigidez motora onde o cliente se conserua nas
posições que lhe são dadas ou sugeridas, como se fosse um boneco. É um fenômeno que
normalmente acontece durante as transes terapêuticas, naturalistas ou clássicos, onde
normalmente não acontecempor sugestão.
Podemos estabelecê-Ia também por sugestão, através de induções letár;gicas, clássicas ou
naturalistas.
Levitação de Mãos
A Levitação de Mãos é fenômeno hipnótico ligado a uma reposta ideomotora. As respostas
ideomotoras são pequenos sinais, como levantar um dedo. São movimentos que sinalizam uma
idéia, quando a pessoa além do movimento traz uma sensação este movimento além de ideomotor
é ideossensârio. Estes movimentos estão associados à capacidade do s,!!eito utilizar pequenos
movimentos comoforma de dar uma reposta.
Sinais Ideomotores
Como já disse a reposta ideomotora éfenômeno hipnótico, sãopequenos sinais, como levantar um
dedo. Estes movimentos estão associados à capacidade do s1!jeito utilizar pequenos movimentos
comoforma de dar uma reposta.
As principais técnicas são:
Mãos Magnéticas:
Esta técnica se baseia no Trabalho de Giligan (2003). Diga ao cliente que todos temos
uma ener;gia,uma luZ interna e que vamos contatâ-las. Os principais passos são:
1. Coloque o cliente emposição relaxada e alerta, peça que se concentreem sua ener;gia;
2. Peça que estenda as mãos àfrente;
3. Peça que se concentre na ener;giamagnética das mãos;
4. Peça que sinta a respiração através das mãos, desenvolvendo ainda mais o campo
magnético;
50
5. Diga que na medida em que sente o campo magnético, vai entrando profundamente em
transe.
6. Explore oprocesso hipnótico;
7. Reoriente.
Bolas Mágicas:
Esta técnica utiliza a levitação de mãos instalando recursos. Diga ao cliente que todos temos uma
energia, uma luZ interna e que vamos contatá-las. Os principais passos são:
1. Coloque o cliente emposição relaxada epeça quefeche os olhos. Peça que se concentre
em sua energza;
2. Peça que estenda as ll'ãos àfrente, que na mão esquerda vai sentir como se segurasse
uma bola aiJIl, linda, leve que magicamente empurra a mão para cima;
3. Peça que se concentre na mão direita e que vai sentir como se segurasse uma bolapreta
,pesada, que representa os sentimentos que incomodam e empurra a mão para baixo;
4. Peça que se concentre na energia magnética das mãos, e apenas sinta a energia das duas
bolas;
5. Peça que sinta a respiração indo até as mãos, e vai transformando a energia negativa em
positiva, vaificando azul, linda e leve;
6. Diga que na medida em que sente a energia azul das duas bolas, vai entrando
profundamente em transe.
7. Explore oprocesso hipnótico;
8. Reoriente.
Técnicas Letárgicas
Os adolescentes normalmente mostram muita curiosidade com relação às técnicas Letárgicas. São
induções rápidas epodem ser usadas para motivar, instalar recursos epara osprimeiros passos de
uma indução. Tem uma função bastante eficaz na hipnose médica e odontológica.
51
TÉCNICAS DE CURA
"Pensar por imagens ... é mais próximo dos
'. processos inconscientes do que pensar por
palavras. " 5 igmund Freud
A Hipnose pode ser uma ferramenta extremamente efetiva para qjuda no tratamento de
crianças hospitalizadas ou doentes. O que iremos aprender agora é um pouco do que se chama de
Visualização Criativa ou Imagens Mentais. Estas visualizações ganham em efetividade quando
associadas à Hipnose que é basicamente um estado de biper-concentração.
A Visualização Criativa ou Imagens Mentais é uma espécie de "bomeopatia mental"
onde usamos imagens para estimular respostas nos vários sistemas humanos. Podemos usar o
sistema imunológico, sefor para apoio em tratamentos de doenças, tais como o Dr. 5 imonton faz
com pacientes com câncer, seja no sistema muscular, se for para treinamento de esportistas ou até
no sistema emocional-cognitivo, tal como no treinamento de dessensibilização de fobias, como a
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) utiliza.
A potencia das visualizações variam em grau, de acordo com a intensidade do processo
de concentração e emoção utilizada e, também, alguns "temperos" adicionais que utilizam, tais
como dramatizações, met4foras, seqüências especificas para indução dos estados alterados de
consciência.
A visualização nada mais é um reprocessamento mentaL Se toda a percepção e
pensamentos cifetam o corpo, a mente, o aprendizado em contrapartida a Visualização Criativa
ou Imagens Mentais teriam um efeito antídoto a estas cascatas de efeitos corporais provocado
pelos sentimentos e emoções. A visualização fornece um ftedback de cenas positivas, o que afeta a
memória de longo prazo, modificando a reação às cenas do passado. Na verdade, a visualização é
uma técnica principalmente de aprendiif1gem, ou de reaprendizagem.
Plasticidade Mental
Um conceito importante de entender para uso de Imagens Mentais é o de Plasticidade
Mental. Que é a capacidade humana de modificar fisicamente o cérebro por meio dos pensamentos
que escolhemos ter. Igual aos músculos do corpo, o cérebro desenvolve efortalece os neurônios mais
utilizados.
Portanto quanto mais pensamentos negativos, maior atividade no córtex direito do
cérebro e em conseqüência, maior ansiedade, depressão e hostilidade. Em outras palavras: quanto
mais pensamos em tnsteza mais iifelicidade é gerada. Por outro lado, quanto mais desenvolvemos
52
r>.
I
pensamentos positivos e uma visão amorosa da vida, mais se exercita o córtex esquerdo, elevando
as emoçõesprazerosas e afelicidade.
Quando estamos em Hipnose às ondas cerebraispermanecem intensas, sugerindo que é
possível treinar o cérebro e controlar as emoções, mudando a estrutura da própria mente. A
Hipnose associada a Imagens Mentais pode mudar asfunções cerebraisdeforma duráveL
Um cérebropode ser treinado na idade adulta e com isto modificar a sua organização
interna, ai esta agrande magia das Imagens Mentais. Mas não se trata apenas de decidir ver a
/' ...•.•
vida como um arco íris de um dia para outro, mas sim e trabalhar sistematicamente para
desenvolvemospensamentos positivos e exercitando o córtex esquerdo, elevando as emoções
prazerosas e afelicidade e com isto acessarospoderes de auto cura do copo.
o Paradigma da Auto Cura Emocional

A "medicina integral" ('mind-bo4J medicine''), ou a "nova medicina emocional",
baseia-se em pesquisas nas teorias de Damásio sobre a divisão do cérebro em duas partes: a
cognitiva- relacionada à linguagem- e a emocional- responsávelpelo controle dafisiologia
do copo (ritmo cardíaco,tensão arterial, apetite, sono, libido e sistema imunológico).
A partir desta nova Medicina das Emoções a idéia de que sepode utilizar a hipnose ou
Imagens mentais efocalizar no copo para estimular os mecanismos de digestão dos problemas
emocionaisefísicos.
Quando o copo sofre um corte no dedo, isto provoca uma ferida, em alguns dias ela
estará cicatrizada, e logo nunca saberemos mais ondefoi o corte.No cérebroemocional, temos os
mesmos tipos de mecanismos de adaptação, uma espéciede auto cura emocional, que podem ser
aprendidospor métodos naturais. Os métodos naturais de tratamento utilizam estes processos
naturais de cura.
Todos os organismos procuram manter saúde e equilíbno. Quando o sistema está
funcionando deforma ejica~ a tendência natural do organismo é que as emoçõesintensas cresçam
e então se dissolvam, restabelecendoa calma e o equilíbrio.
Porém, às vezes, a emoção estressante, especialmente a traumática, persiste. Emoções
persistentes consomem a energia que poderíamos usar para ficar bem e desfrutar a vida. Padrões
de resposta automática tornam-sefechados dentro da mente e do copo. Eles se mantêm andando
em círculosincessantes, aparentemente sem escapatória. Sempre com a mesma mensagem, sempre
eliciandoa mesma reação.
A premissa destas novas terapias é que estas cadeias emocionaisficam encrauadas no
sistema de energia mente-copo e neurofisiologicamenteamarradas em memórias subcorticais.
Quando a experiência é ativada através de um gatilho, um sinal ou um som de alguma coisa
remanescente destas memórias subcorticais acionam o retorno da experiência, com todas as
emoçõesdesagradáveiseperturbadoras e com as sensaçõesfiSIológicasassociadas a ela.
Esta energia desequilibrada é fonte de estresse e as novas terapias funcionam
desbloqueando as reaçõesemocionaistravadas promovendo que afluxo de energiaseja restaurado
e o copo retome ao seu estado natural de equilíbriofísico e emocional: Isto é aciona ospoderes de
auto cura do copo.
53
A força das palavras

A palavra é o código do pensamento. Tudo o que pensamos é traduzido em palavras. O
pensar muitas vezes são autoconversas ou diálogos internos. As palavras proferidas ou
pensamentos repetidos adquirem mais força e tende a realizar-se em algum momento. Se além de
proferida a palavra for escrita, mais provável se torna sua concretização. Está na Bíblia que
Deus criou o Universo com o verbo, ou seja, com o pensamento expresso por palavras. Assim,
Deus disse: Fiat lux! E a luZ sefeZ.
r>
Formas-pensamento
Ao se produzirem «pensamentos na mente, geram-se alterações elétricas no cõrtex
cerebral: Isto pode ser obseruado através de obseruação da atividade cerebral enquanto pensamos,
chamado tomogrqfia por emissão de pâsitrons (PET) demonstra quais as áreas que estão em ação
à medida que os pensamentos se sucedem.
A alteração elétrica é o resultado de uma minúscula onda de energia, chamada forma-
pensamento. Cada forma-pensamento éformada para realizar a intenção do pensamento e, nessa
busca, ela sejunta as outras formas-pensamento semelhantes.
Segundo Bruce I. Doyle III, cadaforma-pensamento tem duas medidas: uma freqüência
de vibração, que corresponde a sua intenção, e uma magnitude, que corresponde à quantidade de
desejo associada a ela. A magnitude será tanto maior quanto maior a atenção que se der a ela.
Quando a magnitude é forte e a pessoa expressa verbalmente o pensamento, sua concretização
decorre da ação daflutuação energética sobre as partículas subatômicas, visando transformá-Ia em
realidade.
Pensamentos positivos
Manter o controle dos pensamentos e produzir permanentemente pensamentos de
harmonia e de cura éfundamental em processos de Imaginação Criativa, porque deles decorre o
estado emocional e este se rif!ete no funcionamento das células. A grande maioria dos médicos
alopatas é formada dentro do conceito de que mente e emoções não devem ser levados em
consideração, quando se trata de estados doentios, principalmente de uma doença grave.
Muitas vezes estes pensamentos positivos não produzem o resultado esperado estas
pessoas têm uma crença-raiz negativa, crgopotencial emocional não é suplantado pela atividade
mental do momento. Outro fator importante é uso da palavra não associados aos pensamentos.
A palavra "não" não é processada pelo cérebro, porque só existe na linguagem, não existe na
experiência. Pensar em não nada traz à mente, mas pensar em não ter a doença traz a
representação mental da doença. O que não se quer é o problema, o que se quer é a solução. É
preciso pensar na solução e expressá-Ia verbalmente, porque as palavras têm força criadora.
A Criança Hospitalizada
.J.- yr& : .L "n1'f!JerJb r ()j/){)JIJ/I

54
1e{;~~
r<:
r>
r".
,.--.
r',
transtornos emocionais;transtornos do sono; transtornos da linguagem;perda depeso; depressão;
r=> regressão;atraso no desenvolvimento.
r- A família deve ser qjudada e apoiada para entender os seus sentimentos com relação à
hospitalização da criança (elaborar as circunstâncias relacionadas), de forma que eles possa
r,
efetivamente apoiar a criança. A psicoterapia usando a Hipnose éprioritária neste momento.
r--.
O Trabalho com Hipnose deve usar de Visualização Criativa ou Imagens Mentais com
r>; criançaspara que elas estabeleçam o processo curativo interno. A Hipnose pode ser útil em
,..., mudanças de imagens de ego ou em planos de vida futuros que podem necessitar de um
acompanhamento medicamentoso. A Hipnose deve ser usada para preparar uma criançapara
r-
procedimentos cirúrgicose cifiançara eficácia do tratamento. Se a criança esta hospitalizada isto
pode trazer como conseqüênciaum trauma, a Hipnose associada ao TAT deve ser usada para
f' processar aquele evento. "
r=.
Qualquer período de hospitalização é fisicamente incômodo, isto dificulta o tratamento
compsicoterapia. Os pais devem ser trabalhados para qjudar e apoiar a recuperaçãoemocional
r>.
da criança no hospital e em casa.
""
r- A CURA EGÍPCIA
,,---
»< Esta induçãofoi baseada no trabalho de Dr: Gerald Epstein no livro Imagens que Curam.
f' Feche os olhos... sinta o ar entrando friozinho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r->;
friozinho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frio:{jnho... e saindo quentinho... E, na
r-.
deixando seu corporelaxar... relaxar... relaxar...
r<:
"-
esta molinho, que sua respiraçãoesta bem devargazinha. Deixe que o seu pensamento apenas
r>.
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisasuper legal
r>.
1° Agora pense, imagine, sinta que esta depé no meio de um campo comgrama verde.Levante as
r>;
suas mão!'(jnhaspara o sol dourado e brilhante em um céu azul sem nuvens. Seus braços vão se
r>. tornando bem longos, até o sol O sol vai fazendo em cada um dos dedos da mão pequenos
f'
homenzinhos dourados como o sol
r>.
Estes homen!'(jnhos dourados vão entrando através de seu corpo e jogando luZ na onde esta
rr>; doente. Estes homen!'(jnhosvão levando vassourinhas douradas. Os homen!'(jnhosdourados vão
r>. limpando todo o seu corpo, vão tirando todo o lixo, limpando onde esta doente. Agora que
limparam os homenzinhos dourados vãopassando uma tinta dourada onde este limpopara curar
f'
tudo que precisa ser curado.
r>.
r>.
Os homen!'(jnhosdourados vão agora voltandopara mãos e desaparecendoenquanto os braços vão
voltando ao normal Agora faça uma respiraçãoforte e volte para cá acordando o corpo e a
r>.
mente.
r> o LAGO DA SAÚDE
r=>;
Esta induçãofoi baseada no trabalho de Dr. Gerald Epstein no livro Imagens que Curam.
f'
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"- 55
"
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Feche os olhos... sinta o ar entrando frio~nho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r-- frio~nho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frio~nho... e saindo quentinho... E, na
r>
r<.
r>: Seu corpo vaificando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
r>;
esta molinho, que sua respiraçãoesta bem devar;ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisasuper legal.
r>.
I
Agora pense, imagine, sinta que vocêesta em uma montanha bem alta ao lado de um lago lindo.
Converse com o lago,pois este é um lago de cura. Fale com ele que precisa de qjuda. Entre no
r=-:
lago e sinta como a água é gostosa. A água de cura vai entrando para dentro de você e vai
r>.
limpando tudo. Vai qjudant/r)a curar todo o seu corpo.
r>.
Saia então do lago e agradeça a ele a qjuda. Sinta-se forte, sinta-se capaiJ sinta-se tranqüilo.
r>.
Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordandoo corpoe a mente.
,--.,.
r'"
SEREIA
-=-,
r=-;
Feche os olhos... sinta o ar entrando frio~nho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
~ frio~nho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frio~nho ... e saindo quentinho... E, na
-<.
medida em que vocêsente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
.J deixando seu corporelaxar... relaxar... relaxar...
r--.
r<:
-
~ (b esta molinho, que sua respiraçãoesta bem devar;ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisasuper legal.
r>.
r=-;
Agora pense, imagine, sinta uma sereia com cabelosdourados e o corpoe a cauda azul prateados.
Agora veja a sereiapasseando pelo o seu corpo e indo até onde o corpo esta doente. Ela vai
'" passando bem devagarzjnho pelo o seu corpo e vai tocando com a cauda e o cabelo onde esta
r>. doente. Vai tocando onde esta doente até sarar, sarar tudo. Ela vai qjudando a curar todo o seu
corpo.Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordandoo corpoe a mente.
"
r=;
MÃOS DE LUZ
~
'"' Feche os olhos... sinta o ar entrando frio~nho ... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
" frio~nho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friozinho... e saindo quentinho... E, na
~ (? medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
"
" Seu corpo vaificando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
r>. esta molinho, que sua respiraçãoesta bem devar;ga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
r<; cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia aprender uma coisasuper legal.
r>.
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'" 56
r>.
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r=-;
->,
I
Agora pense, imagine, sinta que duas mãos cheias de lu;:vmãos que curam vão chegandoperto de
você. As mãos vão tocando onde esta doente e vai sarando tudo, sarando tudo. As mãos vão
limpando suavemente todo o lugar que esta doente. Colocando em ordem onde havia desordem e
doença. Sinta-se forte, sinta-se capa;:vsinta-se tranqüilo. Agora faça uma respiraçãoforte e volte
para cá acordando o corpo e a mente.
A Criança com Câncer

Assim como em outras patologias em qual se utiliza o modelo de Hipnose é necessário
buscar lembranças relevantes,fatores presentes e medos dofuturo. A Hipnose deve ser usada em
todas as áreas identijicadas comoproblema. Para isto é necessário obter um histórico detalhado
da criança,pois pode revelarpadrões de auto jlagelo e dijiculdadespara lidar com a raiva. Como
em qualquer doença os ganhos secundáriosProdu;ddos por este tipo depadrão devem ser tratados
inicialmente. O terapeuta deve prestar muita atenção na capacidade da criança em delinear
limites adequados, de falar sobre suas necessidades pessoais e de assumir níveis de
responsabilidades. Algumas crianças podem não permitir esta cyuda, pois estão fisicamente
impossibilitadas para isto. Porém para outras crianças a doença é a única maneira que eles têm
para receber atenção e tratamento, isto em função de um modelo pessoal préformado ou
circunstâncias reais da vida.
O terapeuta deverá ter cuidado ao avaliar osfatores presentes que possam incluir uma
situação de perda, que possa estar gerando os sentimentos de inutilidade e desesperança. É
necessáriotratar o sistema de relaçõespessoais efamiliares com relação à doença.Muitas vezes o
sistema de suporte ao clientefalhe, pois os amigos efamiliares podem ser o cifetadosnegativamente
pela doença. Em alguns casos aspessoasficam tão cifetadas eperturbadas empensar na perda do
cliente e na própria mortalidade que abandonam a criança. São comuns as crianças expressarem
sentimentos de culpa, de incapacidade de dominar a consciênciaperdendo a estabilidade necessária
para o tratamento da doença.
É necessário abordar as dimensõespsicológicas ou oprocesso da doença,pois é vital que
o terapeuta cyude ao cliente a se sentir capaz e dissipando os sentimentos de culpa. Ao discutir
com o cliente a possibilidade de mobilizar recursos internos para cyudar no processo de cura o
terapeuta deverá tomar cuidadopara que ele não se sinta responsávelpela doença. Esta percepção
errôneapode provocar um sentimento que se ele não pode se curar,pois é responsávelpela doença,
sendo isto é devastadorpara o tratamento e deve ser evitado a todo custo.
A criança deverá entender claramente que não é responsávelpela doença,pois ela esta
exposta pela vida afatores e a estressoresque inibem o sistema imunológico. É importante que a
criança sinta que só porque ele esta tentando catalisar a sua própria cura não signijica que seja
culpadopela doença.
Devemos usar a Hipnose para reforçar o sistema imunológico e mobzlizar todos os
recursospara combater os processos de ataque ao sistema imunológico um dos trabalhos que
podem ser usados é o de S imoton e Crieigthon adaptados à situação do Câncer. Simoton sugeriu
que devemos cyudar ao cliente aformar uma imagem mental do sistema imunológico como uma
entidadepoderosa capaz de combater os ataques feitos a ele. Esta atitude mental positiva através
de exercícios de visualização poderá ter um bom efeito na qualidade de vida e na longevidade do
cliente. Os trabalhos do Epstein também são muito bem vindos e devem ser usados no momento
de eliciaçãocom hipnose.
57
• ~
r>.

rr>;
'"
r' A hipnose deverá ser usada para ajudar o cliente a enfrentar antes de tudo, a superar
r>. inimigos difíceis, como o preconceito e a discriminação que o Câncer ainda provoca. Devemos
qjudar o cliente na criação de uma imagem positiva se faz necessário um trabalho de fundo
'" cognitivo. A Hipnose deverá ser usada para trabalhar algumas afirmativas problemáticas que
r>.
possam ter sidofeitas por algum membro da equipe médica sobre o Câncer. Além disso, devemos
r> trabalhar algum dado adicional como o stress dafisionomia do médico aofalar sobre a doença, o
r' olhar deste quepoderá ser associado a uma sentença de morte.
r>:
Os trabalhos com visualização reforçando o sistema imunoiógico deverão serfeitos sob
medida. Podemos utilizar imagens como do coração de Jesus ou uma luZ espiritual de cura.
~
Quando utilizar a Hipnose faça uma aproximação adequada, permitindo ao cliente escolheras
r=;
imagens e cogniçõesque melh~r se adequar a eles. O oijetivo éfornecer uma imagem dinâmica do
r>. sistema imunoiógico sendo rejôrçado e mais atuante. Peça que os exercícios de visualização so/am
r>.
feitos em casa, instruindo para utiliZá-lo pelo menos três vezes ao dia.
O tratamento de Hipnose deve ser considerado completo quando os clientes são capazes
r>
de se imaginar como estando saudável e convivendo com Câncer e quando ele esquadrinha o copo
~ não retela nenhuma sensação negativa. Trabalhar o futuro, as possibilidades novas, uma vida
~ com mais qualidade.
Existe um trabalho novo com técnicas que se chamam de Terapia de Energia e em
r>
especial as técnicas de 1FT Terapia do Campo do Pensamento e TAT T appas Acupresse
r=;
Tecbniques que qjudam muito no controle do sistema imunoiógico. São as que mais tenho usado
r>. no trabalho com estespacientes. Elas fazem uma organização rápida do equilíbrio emocional e
r>. com isto equilibrando o sistema imunoiógico. Se as souber use e ensine o cliente a usar em casa.
r>.
Anestesia de Luva
r>.
Esta técnica é de analgesia, muito utilizada em crianças que tem medo de anestesia e ou por
r>. dentistas e médicos. Podemos também utiliZá-ia para instalar recurso e em especialpara mostrar
r>. como a cabeçaéforte epoderosa.
r>.
Faça um ventinho com a mão sobre o dorso da mão da criança. Sugira que você ira mostrar com
'" a mente pode serforte epoderosa. Peça que ela sinta o ventinho, que elapreste muita atenção no
vento, depois de uns 2 minutos teste a mão com um a!finete ou beliscão, teste a outra mão para
" que a criança vo/a a diferença.
"
r>.
Anestesia com o Dedo
r>.
r>. Assim com a técnica acima esta técnica também é de analgesia, muito utilizada em crianças que
tem medo de anestesia e ou por dentistas e médicos. Podemos também utilizá-la para instalar
r'
recurso epara controle de dor.
r>.
r>. Com o dedo indicador vá passando no lugar a ser anestesiado com o comando de onde o dedo vai
r>.
passando vai dandoformiguinha. Passe o dedo sobre o dorso da mão da criança. Sugira que você
ira mostrar com a mente pode serforte epoderosa que aonde o dedo vaipassando vaificando duro
~.
e comformiguinhas. Peça apenas que ela sinta o dedo, que elapreste muita atenção no dedo e na
r>: mão dura e comformiguinha, depois de uns 2 minutos teste a mão com um a!finete ou beliscão,
r>. teste a outra mão para que a criança vo/a a diferença.
'"
r>
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58
r>.
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,..- HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO
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r>: ~fJ(r
r,-
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I CONSTRUINDO AJUSTES DE HABILIDADE
, Um novo paradigms tem surgido nos últimos tempos em Psicoterapia, a Reeducação
,/-', Emocional. A idéia de uma psicoterapiafocada na Construção de Habilidades e na solução de
,~ problemas, vem de encontro a uma idéia atual de Reeducação Emocional. Todo conflito
,,--.
(problema) é uma tentativa natural da busca de cura. Se seguirmos o que o problema procura e
dermos um caminho melhor, mais seguroe sem cosflitos, com certeza chegaremosa uma solução.
,r~
Na prática clínica, a Hipnose pode ser usada para ensinar novas habilidades,
r> amplificar os recursosexistentes ainda latentes, associaraspessoas a novas idéias eperspectivas e
para outras aplicações semelhantes no "mundo real". Construir e qjustar habilidades são
r'-
amplificações de pensamentos reais, sentimentos, percepções e comportamentos que qfetam
,.---.,
diretamente ofuncionamento do cliente.
I A Hipnose pode ser usada para facilitar experiências imaginativas, mas a essênciada
/", aplicação clínica da Hipnose está em qjudar as pessoas a desenvolver habilidades no "mundo
real" mesmo que isto sejafeito deforma simbólica.
/'"
Ao contrário do que se imagina a hipnose não provoca um papel reativo no cliente, isto
r=-;
é, o cliente é aquele que responde as sugestõespara mudanças na sua experiência suqjetiva. As
\ pessoas em transe apenas prestam atenção ao que é significativo para elas e pro ativamente
\
adaptam as sugestões que melhor se encaixam em suas necessidades.Assim, o cliente de uma
forma inconsciente é ativado pelo processo para pro ativamente escolher se e como utilizar
'"
qualquer sugestão que lhe tenha sido oferecida.
"'\
A Hipnose é um processo interpessoal e ocorre em um contexto social. Fatores
r' intrapessoais são obviamente importantes assim como os interpessoais. Esses envolvem um qjuste
e um reajuste às necessidades, habilidades e respostas do cliente à medida que a terapia se
"",
processa. A Hipnose é descritacomo umafunção da responsividadedo indivíduo.
r>.
./'-,
Controle de Habilidades
...-,
,
Na prática clínica, a Hipnose pode ser usada para ensinar novas habilidades,
amplificar os recursosexistentes ainda latentes, associaras pessoas a novas idéias eperspectivas e
-, para outras aplicações semelhantes no ''mundo real". Construir e qjustar habilidades são
'\ amplificações de pensamentos reais, sentimentos, percepções e comportamentos que qfetam
->. diretamente ofuncionamento do cliente.É trabalhar com o conceitode ReeducaçãoEmocional.
;-0"
Precisamos qjudar a criança a criar as possibilidades de atingir a habilidade certa.
Assim, devemos criar expectativas positivas e saudáveis que normalmente estãoparalisadas ou
'"""
não existem.
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r-,
59
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--,
.\
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r-"
,-..,
/""'\
r,
r'"\
/"'\
É preciso qjudá-las a criar este tipo depensamento positivo ou recuperarum recursoque
,r-, existia, mas desaparece com anos de sintomas repetitiios. A psicoterapia qjuda a aumentar o
~-~ pensamento positivo e com isso temos uma melhora mais ifetiva.
r">;
Um roteiro de induçãopara qjudar a criar um Controle de Habilidades:
r>: 1. Avaliar qual é o recurso ou habilidade que a criança precisa ser criada para o objetioo
r~ terapêutico.
(~
2. Construir um conjunto de respostas, soluçõese habilidades - apresentar uma idéia comfoco no
/ futuro para desenvolverao longo da hipnose.
r";
3. Indução - iniciar oprocesso de indução.
,/" 4. Durante o processo de absorção ir orientando para a idéia de que haverá mudanças, novas
1'---.,.... ..... possibilidades de futuro ... O PASSADO NÃO PREDIZ O FUTURO, NOVAS
IDÉIAS SIM! ",
/>
5. Ressaltar que as ações que a criança pratica hoje, influenciam mais no seu futuro do que
r- aquilo que aconteceuontem.
r~ 6. Na Eliciação colocar os recursospessoais que podem ser usados na direção dos oijetivos
»<
especificosdestapessoa.
1. Reforçar que a criança experimente... as crianças costumam evitar o que é difícil..
,..-...
8. Generalizar recursospara futuras oportunidades
r' 9. Sugestõespós-hipnóticas para integração e assimilação dos recursose habilidades.
,.---, 10. Fechamento do transe
/("'- -v
Campo de Força
r">
Feche os olhos... sinta o ar entrando frio;dnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
('
frio;dnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friosinbo.: e saindo quentinho... E, na
r=,
u\ medida em que você sente o ar entrando e saindo... entrando e saindo... entrando e saindo... vá
deixando seu corporelaxar. .. relaxar. .. relaxar. ..
r>;
~t~"fi
,/\
1~W Seu corpo vaificando molinho, molinho, vai ficando molinho, molinho. Agora que o seu corpo
esta molinho, que sua respiração esta bem devarga;dnha. Deixe que o seu pensamento apenas
" cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisa super legal.
r"."
/'~ Todos nós, eu você as pessoas, temos uma espécie de campo deforça em torno de nós, que nos
protege. Quando a gente esta emperigo o campo deforça reduz;fica mais duro para nosproteger.
,~
r>
Mas quando estamos em casa campo deforça fica grande ai podemos descansar, dormir, brincar
r-r-,
com tranqüilidade.
r',
Quando acontecealguma coisa ruim o campo deforça é invadido,fica cheio de buracos. E o que
(v'
eu quero que vocêfaça hoje, é simples efácil eu quero que aprenda a refazer o seu campo deforça.
r>.
Agora pense, sinta, visualize o seu campo deforça.
r>
Agora olhepara o campo deforça e oeja como ela esta, se esta redu;dda, se ele esta comfuros, ou
r,
quebrado. Agora sinta a sua respiração e imagine a sua respiraçãojunto com a sua mente sábia
,..--- vai rifazendo, reconstruindo saudavelmente o seu campo de força. Vai transformando o seu
~. campo deforça em algo seguroforte, seguro que lheprotege. Ele fica forte, muito forte, ele agora
lheprotege muito. Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordando o corpoe a mente.
~
r>
r-
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r
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~
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'"
Instalação de Recursos
,.-, Recurso é uma imagem interna deforça ou depoder para realizar uma tarefa. Instalar
,-, recursos é uma forma de metciforizar mudanças, é criar uma imagem interna com valor, é mostrar
aspossibilidades de cada um.
r>:
r~
Instalação de Recursos
Seu copo vai ficando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu copo
r- esta molinho, que sua respiração esta bem devargazinha. Deixe que o seu pensamento apenas
r---,
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisasuper legaL
r Todos nós temos guardados lembranças boas da vida. Quem de nós nunca teve um grande dia, um dia
r> brilhante, mesmo a lembrança de um dia em que tudo deu certo. Talvez agora, vocêpossa
------ I~ concentrar-se apenas em um momento destes, apenas um destes momentos. Sinta-se novamente
vivendo este momento, perceba como você conseguiu ser brilhante. Pense quantas vezes quiser neste momento.
(\
r=, Agora perceba que esta lembrança traz sensaçõesgostosas no seu copo, sinta-a aumentando e se
r>. espalhando por todo o seu copo. Quando quiser e desejar faça uma respiraçãoprofunda e volte
para cá acordando o copo e a mente, acordando empaz.
-,
»<. Cicatrizando O Coração
~ Feche os olhos... sinta o ar entrando friozinho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r->; friozjnhó e saindo quentinho... sinta o ar entrando friozinho... e saindo quentinho... E, na
,-,
deixando seu copo relaxar... relaxar... relaxar...
r>.
r>.
Seu copo vaificando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu copo
esta molinho, que sua respiração esta bem devargazjnha. Deixe que o seu pensamento apenas
r>.
cuide deste relaxamento. E deixe nas mãos da sua mente sabia, aprender uma coisa ssper legaL
r<;
r"-,
Quando a gente esta em perigo ou acontecealguma coisa ruim isto é muito chato. Quando isso
aconteceparece o coraçãoda gentefica machucado. Então ficamos tristes, chateados,e opior é que
/\ esta sensaçãoparece que nunca vai acabar. Nos vamos cuidar destes machucados agora.
r>.
r>.
16 Agora pense, sinta, visualize o seu coraçãoe v~ja como ela esta, se esta reduzida, se ele esta com
furos, ou quebrado. Agora sinta a sua respiração e imagine . a sua respiraçãojunto com a sua
/'~
\ mente sábia vai limpando, sarando este coraçãomachucado. Observe que essa mesma respiração
~ vai sarando cada machucadinho do seu coração.É como sefosse um sonho aonde a sua respiração
".---,
vai rapidamente até o seu coração e vai limpando e sarando tudo. Vai transformando o seu
coração em um coraçãoforte, sem machucados. Ele fica forte, muito forte, ele agora lhe protege
/">,
muito. Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordando o copo e a mente.

r>.
-'""'\
Coração de Cristal
r>.
Feche os olhos... sinta o ar entrando friozinho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
r"-, friozjnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friozinho ... e saindo quentinho... E, na
f", i
r-. I
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"'"
deixando seu copo relaxar. .. relaxar. .. relaxar...
Seu copo vai ficando molinho, molinho, vai ficando molinho, molinho. Agora que o seu copo
esta molinho, que sua respiração esta bem devarga:{jnha. Deixe que o seu pensamento apenas
Imagine um lindo campo, com o gramado verdinho, as flores desabrochando, sinta o cheiro das
flores, sinta a brisa batendo em seu rosto... agorapreste atenção nesse barulhinho ... é um pequeno
cómgo de águas cristalinas... escute o barulho da água batendo nas pedrinhas dofundo desse
riacho... este riacho é um riacho,mágico, suas águas sãopoderosas, são águas que curam..Agora
você vai pegar seu ftl;]Çã: ~.,retirá-to do peito, simbolicamente... vai pegar este coraçãopartido,
machucado, que está doendo ecolocâ-lo nessa água que curapara que elepossa cicatrizar... então
pegue esse coração que está limpo... cicatrizado... e levante-o com suas duas mãos em direção ao
céu ...jogando-o para cima..perceba como ele vai subindo até desaparecer...
Mas logo depois ele começaa descer... descercomo se estivessenum para-quedas. ... e na medida em
que vocêpode enxergá-lo, vai percebendo que elepassou por uma linda transformação... ele está
diferente... tem aforma de um cristal... um lindo coraçãode cristal...Pegue este coraçãoe imagine
as pessoas mais importantes, as que só lhefizeram bem.: coloque-as dentro do coraçãode cristal e
recoloque seu coração no peito.; E sempre que tiver saudades, basta olhar para o coração de
cristal que você verá as pessoas lá dentro. Agora, faça uma respiraçãoprofunda acordando seu
copo e mente voltandopara cá e, assim quepuder abra seus olhos.
Coerência Cardíaca
A Coerência Cardíaca foi criada pelo HeartMath Institute. É um recurso que consiste em
desapegar-se das próprias emoções reações mentais e emocionais interiores ou exteriores e em
passar o centro da atenção da mente e das emoçõespara áreafísica ao redor do coraçãoenquanto
se tem como centro uma emoçãopositiva como o amor e o cuidado.
Esta conexão com o coraçãoprovoca mudanças fisiológicas no copo. Ocorre uma harmonia do
ritmo cardíaco, um equilíbrio do sistema nervosaprovocando uma regulação da pressão arterial e
de outras glândulas e órgãos. Esta harmonização permite que os centros depercepção do cérebro
processem as informações com mais eficiénda, permitindo que novas soluções intuitivas alcancem a
mente consciente.
O termo intuição quando se usa a Coerência Cardíaca tem um sentido diferente. A intuição seria
um processo de inteligência e compreensão que transcende os processos lineares e lógicos de
pensamento. É afaculdade do conhecimento direto, como sepor instinto, sem raciocínio consciente.
A intuição seria conhecimentopuro, não-transmitido e inftrencial associado com introvisão aguda
e rápida.
A Coerência Cardíaca tem inúmeras aplicações desde o aumento depotencial criativo ao controle
de ansiedade antecipatória, podendo ser utilizada em várias situações, como o tratamento de
patologias comofobias, traumas, ansiedade generalizada, entre outras.
62
Feche os olhos.: sinta o ar entrando frio~nho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando

frio~nho e saindo quentinho... sinta o ar entrando friozinho... e saindo quentinho... E, na
esta molinho, que sua respiração esta bem devarga~nha. Deixe que o seu pensamento apenas
Tente agora nãopensar em nada e apenaspreste atenção no seu coração.Tente respirarperto do

coração. O coraçãoque fica bem no meio peito. Finja que esta respirando com o coraçãopara
qjudar a concentrarnele.
I~
r- Quando a gente respira com o coração aparece na cabeça da gente um monte de coisas boas.
Aparece uma lembrançagost~'saou engraçadada vida, talvez com alguém que vocêgosta muito,
r um jardim florido com árvoresfrondosas. Aparecem sentimentos bons comofelicidade, alegria,
r-- brincadeiras.
r>
Agora nos vamos conversar com o coração.Perguntepara ele qual é a respostapara aquilo que
r mais lhe chateia. Escute a resposta do seu coração,mas são respostas diferentes, talvez lhe venha
r-... pequenas palavras ou sentimentos como calma, confiança, tranqüilidade. As vezes são imagens,
r>;
sons.... Você esta reaprendendo a escutar o seu coração, e com isto você vai ficando forte e
tranqüilo. Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordando o corpoe a mente.
r-
/\
Metáforas
r>.
r- A Fada das Cores

Oijetivo - Trabalhar com metáforas analógicas.
r>.
Era uma vez três cachorrinhos,que viviam em um lugar muito tranqüilo e bonito. Eles fa~am
,.... tudo que ou outros cachorrinhosfaziam: iam à escola, faziam suas tarefas, desenhavam,
~ brincavam ejogavam. Um dia começou a cair uma chuva muito forte e caiu tanta chuva que
/"'
algumas criançasperderam suas casas, seus brinquedos,perderam muitas coisas.
E por essa razão os cachorrinhosficaram muito tristes, tinham pesadelos, não conseguiam
r-\
dormir, lembravam-se da chuva e do que viveram, tinham medo e raiva, tinham sonhos ruins e
r=. pesadelos.
r- No principio, é normal que se sentissem assim depois de tanta chuva, depois que tanta coisa
aconteceu.Porém já havia passado muito tempo eparecia que o coraçãodestes cachorrinhoshavia
'"
diminuído de tamanho, pois não tinham vontade de rir, estudar, de brincar de se divertir.
,.... Um dia, passeando pela cidade conheceramum cachorrinhoque tinha passado pela mesma chuva
r- e estava tranqüilo. Então lhe perguntaram como havia conseguidofazer isto, o cachorrinho
r=;
tranqüilo respondeu: - que oprimeiro passo foi conversar com a pessoa com quem ele tinha mais
conftança, nos dias que se sentia triste ou com raiva ou mesmo quando tinha pesadelos. Mas disse
/\
algo muito especial' - que depois de conversar muito com as pessoas que ele corifiava, um dia
r' acordou e viu um lindo arco-íris que seformou quando terminou a chuva e saiu o sol, seguiu
r=-; então as coresdo arco íris encontraram a Fada das Cores e que tudo mudou.
»<.
r>.
,
r<.
63
"
r=;
r>;
~
r=:
~
Os três cachorrinhos então decidiram conversar com as pessoas que tinham confiança acerca de
como se sentiam, falaram dos seus medos, da sua raiva, da sua culpa e dos pesadelos. Depois
foram buscar arco-íris e a Fada das Cores, pois eles também queriam se sentir tranqüilos.
Caminharam muito tempo; e quando não agüentaram mais de cansados se encostaram debaixo
de uma árvore grande eforte e dormiram. Ao despertar os cachorrinhos, não acreditavam no que
viram! O arco-íris. Então seguiram as suas cores e sabem o que encontraram uma linda Fada, a
Fada das Cores que protegidamente chegou perto dos cachorrinhos e disse: - Sabe cachorrinhos,
todos nós, quando acontece alguma coisa triste, o coração parece que fica pequeno e a gente fica
triste com raiva, tem pesadelos. E é normal que se sintam assim depois de tanta chuva, depois
que tanta coisa aconteceu. Mais eu sei uma forma do coração ficar normal e tranqüilo a
brincadeira do Tambor.
Então a fada pediu que os c(Jfhoninhos fechassem os olhos e batessem com uma mão no joelho e
com a outra mão também, batessem uma mão e depois à outra, batessem uma mão e depois a
outra e que começassem a prestar atenção no seu coração. E sintam como está saudável
brincadeira de tambor vai protegidamente aumentando o coração, deixando-o normal e tranqüilo.
Pediu então que os cachorrinhos olhassem para dentro do coração eper;guntou o que encontraram.
Eles responderam: tranqüilidade, à vontade de brincar e se divertir.
A Fada então falou: - Que sempre que elesficassem tristes, com raiva, chateados, que fizessem à
brincadeira do Tambor e que tudo protegidamente ficaria tranqüilo. E como por encanto ela
desapareceu junto com o arco-íris, mas os cachorrinhos ficaram tranqüilos e aprenderam que
sempre poderiam fazer a brincadeira do tambor. Cresceram e se tornaram cachorros sábios,
felizes e tranqüilos, mas mesmo depois de grandes continuaram a brincar de Tambor.
Érica e o Coelhinho de Três Patas

Oijetivo - Trabalhar com metáforas analógicas.
Érica era uma menina feli':\; que faifa tudo que uma criança felizfaifa, brincava, ia à escola,
tinha amigos, uma família que cuidava muito bem dela.
Um dia voltando da escola encontrou no meio da rua um coelhinho de três patas, ainda
filhotinho, lar;gado no meio da rua. Ela pensou: - Será que o lar;garam sós porque ele tinha três
patas. - Onde está a mãe dele? 'Per;gunte se alguém sabe por que lar;garam ele?" Morrendo de
dó ela levou coelhinho para casa.
Érica colocou um nome no coelhinho, era Tripé. E ela começou a perceber que embora ele tivesse
três pernas ele era felii; Pois elefaifa tudo que outros coelhinhos faifam, pulava, corria, dava
cambalhotas e apenas com três pernas, ele realmente erafeliZ.
Érica ficava às vezes pensando, como o Tripé conseguia ser feli':\; pois além de ele ter apenas três
pernas, foi abandonado, não tinha mãe, não tinha pai, não tinha uma família. Como um
coelbinbo assim podia serfeliZ? 'Per;gunte se alguém sabe como ele conseguia serfeliZ?"
Mas o Tripé parecia que só pensava nas coisas boas que ele tinha. Parece que em vez de ficar
pensando que a vida havia sido muito ruim, pensava nas coisas boas que ele tinha, na Érica, nos
pulos, nas brincadeiras, ele realmente erafeliZ.
Quando Érica saia na rua com ele, todas as pessoas reparavam que ele só tinha três pernas. Mas
parecia que ele nem ligava, continuava pulando, brincando, sorrindo, ele realmente erafeliZ.
O tempo foi passando e Érica foi crescendo, quando alguma coisa ruim acontecia, ela se lembrava
do Tripé, pensava no lado bom e continuava a sua vida feliZ.
64
As Estrelas
Era uma vez uma menina bem pequena que tinha medo de dormir no escuro, e, especialmente
naquela noite, estava com muito medo. Então, chamou a sua mãe que escutou afilha com muito
carinho. A mãe abriu asjanelas e mostrou para afilha as estrelas no céu. Foi quando sua mãe
lhe contou uma linda estória: Quando Deus criou o mundo, criou o céu, mas o deixou escuro
demais. Deus entãopensou em criar alguma coisa quepudesse brilhar na escuridão infinitamente,
e com isto iluminar a noite para que as criançasficassem felizes. Então, ele criou as estrelas,
estrelas de todas as cores, de todas as espécies, umas maiores, outras menores, todas para
iluminar tudo que precisa ser iluminado. Criou lindas estrelas azuis, outras com brilho dourado,
outras alararfadas e as lindas estrelasprateadas. Deus quando criou as estrelas; queria que elas
iluminassem todos os asteróides e planetas, para que ninguém se incomodasse com a escuridão.
Criou até brigas estrelares de-onde surgiriam novas estrelas. Criou até estrelas enormespara que
r=. estas, pouco a pouco, dessemfilhotes e o céuficasse, para sempre, iluminado. Mas Deus pensou
em tudo, tudinho, criou até um espaço bem grande para que todas as estrelaspudessem morar
sem se encostar.
Deus deu uma mzssao importante para todas as estrelas, ele disse: - Brilhem ...
brilhem... brilhem bem e levem sua luZ a todos os lugares que vocêspuderem. Vocês darão a luZ
a todos os planetas que precisarem de luZ e calor. E assim todas terão brilho stijicientepara
iluminar, sempre, as noites,pois todas as estrelas sempre serão estrelas, e sempre brilharão com a
sua luzpessoal Descubra como vocêbrilha, e seu brilho se tornará maior.
A menininha entendeu a estória, e entendeu que ela também pode ser uma estrela com
luZ própria, e essa luZ sempre estará com ela. E assim, poderia dormir iluminada, tendo um
sono lindo e iluminado.
Normalizar e Despatologizar
Considerar os sintomas da criança como uma questão normal é uma das direções que devemos
tomar empsicoterapia. Traz muito alivio a criançapode observar que o seuproblema não é algo
intratável
Feche os olhos... sinta o ar entrando frioifnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
frioifnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frioifnho... e saindo quentinho... E, na
deixando seu corporelaxar. .. relaxar... relaxar...
esta molinho, que sua respiração esta bem devargaifnha. Deixe que o seu pensamento apenas
Todos nós, eu vocêaspessoas, achamos que o nossoproblema é o maior problema do mundo, mas
não é. Todo mundo tem problemas e todo mundo acha que oproblema dele é o maior do mundo.
Em todas as coisas na vida existem sempre duasformas de olhar, uma boa e uma ruim. A ruim
é quando olhamos para o nosso problema e achamos que ele não tem solução, que sempre vai
continuar assim. E a boa é quando olhamos para o nosso problema e achamos que tem uma
coisa boa, elefaz com que às pessoas olhem mais para a gente, ele é uma forma de tentar
solucionar alguma coisa que esta incomodando. É normal ter problema e devemos tentar
solucionar ele o mais rápidopossível
65
Mas sempre que alguma coisa ruim acontececom a gente devemos comparar o nossoproblema com
o de outras crianças que moram em outros lugares, em outrospaises, (cite um problema real de
I ~
outra criança, como uma criança que não tem pais e moram em uma creche)e ver que o nosso
problema é muito pequeno perto do outros. Agora faça uma respiraçãoforte e volte para cá
acordando o copo e a mente.
Sugestões
As sugestõessão umas dasformas mais úteis na instalação de recursosem psicoterapia. É muito
simples basta fazer uma série de sugestões em série a partir de uma meta estabeiecida. Leve
sempre em conta os limites da criança e que as sugestões estfjam de acordo coma realidade da
criança.
'.
Feche os olhos... sinta o ar entrando frioifnho... e saindo quentinho... sinta o ar entrando
friozjnho e saindo quentinho... sinta o ar entrando frioeinbo.: e saindo quentinho... E, na
deixando seu copo relaxar. .. relaxar. .. relaxar. ..
Seu copo vaificando molinho, molinho, vaificando molinho, molinho. Agora que o seu copo
esta molinho, que sua respiração esta bem devargaifnha. Deixe que o seu pensamento apenas
Todos nós, eu vocêas pessoas, temos coisas muito legais. Mas as coisas ruins oufeias aparecem
mais que as coisas legais. E o que eu quero boje é que vocêv~jaas suas coisas legais.
(Foque noproblema da criança e mostre os seus recursos, no caso de uma dislexia) Perceba que a
sua visão é boa, elapode reconhecermelhor agora todas as letras. E sempre que a gente guarda
uma palavra à mente sabia nunca esquece. É sempre bom relembrar as palavras, as letras,
lembrar de tudo. Pois tudofica guardado na sua mente sabia e quando vocêprecisar a sua mente
sabia vai lembrar. Com isto a sua capacidade de ler e compreender as coisas vai melhorando,
melhorando. Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordando o copo e a mente.
o Controle de Habilidades com PRI

Podemos fazer uma aqui também uma associação de técnicas,usaremos o estímulo de tapping e
faremos apenas a eliciaçãooijetivando o controle de habilidades. Por exemplo:
Comece o T apping e : Quando acontecealguma coisa ruim o campo deforça é invadido,fica cheio
de buracos. E o que eu quero que vocêfaça boje, é simples efácil eu quero que aprenda a refazer
o seu campo deforça. Agora pense, sinta, visualize o seu campo deforça.
Agora olhepara o campo deforça e v~ja como ela esta, se esta reduifda, se ele esta comfuros, ou
quebrado. Agora sinta a sua respiração e imagine a sua respiraçãojunto com a sua mente sábia
vai refazendo, reconstruindo saudavelmente o seu campo de força. Vai transformando o seu
campo deforça em algo seguroforte, seguro que lheprotege. Ele fica forte, muito forte, ele agora
lheprotege muito. Agora faça uma respiraçãoforte e voltepara cá acordando o copo e a mente.
66
I r>;
A HIPNOSE MODERNA
A mente que se abre a uma nova idéiajamais voltará ao
se~ tamanho original. Albert Einstein
A Utilização da Linguagem Terapêutica ou a Hipnose Moderna é um novo conceito

criado no meio hipnótico. A Hipnose Moderna é o transe sem transe, é o uso da ferramenta
hipnose e todas as suas características no processoformal de psicoterapia. E criar um processo
irforma! de transe, através do uso de linguagem hipn6tica, confusão mental, redqznição, não
estabelecendoo transeformaL
Utiliza um nível de transe leve, onde as ferramentas hipnóticas são usadas de forma
criteriosa e estratégicapara alcançar o efeito terapêutico.As ferramentas hipnóticas extremamente
úteis no trabalho com crianças e adolescentesassociadas ajogos de mesa e técnicasprojetiuas.
o Transe Leve
o Transe Leve é o primeiro estado de transe e se caracteriza por: Relaxamento;
Catalepsia dePálpebras; Olhos fechados; Sensação depeso; Catalepsia corporal leue;Respiração
lenta eprofunda; Músculos faciais rígidos;Anestesia de luva; Sugestibilidade para sugestãopós-
hipnóticas.
Na Hipnose Moderna, muitos destes sinais, citados acima, não aparecem, pois
utilizamos processos informais de transe. A linguagem hipnótica é usada para focar atenção e o
tom de vozpara alcançar os oijetivos terapêuticos.
A Linguagem Hipnótica
O tom da voZ também iifluencia na relação hipnótica, uma voZ entonada é capaz de
trabalhar os dois hemiiférios cerebrais, se mostra bem útil para a dissociaçãomente consciente,
mente inconsciente. Quando queremos acessar a mente racional durante um transe hipnótico
devemos usar um tom de voZ mais claro e metódico epara acessar a mente inconsciente, devemos
usar de sensibilidade, musicalidade,portanto, devemos usar um tom melódico.
No nosso cérebro existem padrões de seqüências eletroquímicas que se propagam em certas
freqüências. São elas:
Nível BETA - Freqüências cerebraisapartir dos 14 ciclospor segundo. Corresponde ao estado
de vigília, estando associado ao mundo físico, à ação, aos 5 sentidosfísicos (visão, audição, olfato,
67
r>.
i -
H I P N O T E R A P IA I N F A N T I L - G A S T A O R I B'E I R O
paladar e tacto) e percepção das dimensões espaciais e tempo; Pensa-se que pode atingir um
máximo de 70 hZ.
NívelALFA - Freqüências cerebraisentre os 7e os 14 ciclospor segundo. É o nível consciente
interior, estando associado aospensamentos e intuição ou aos sentidos internos, onde os conceitos
de espaço e tempo deixam de existir. Pode ser alcançada através de relaxamento, meditação,
devaneio (durante o dia) ou durante o sonho (à noite). Na maioria dos casos, o estado de hipnose
aconteceneste nível, o mesmo ocorrendoem certasexperiênciaspsíquicas;
Nível TETA - Freqüências cerebrais entre os 4 e os 7 ciclospor segundo. É um nível de
consciênciainterior mais profundo, podendo ocorrer em situações de sono ou relaxamento mais
profundos e onde parece que as nossas experiências emocionais são registradas.·Utilizado para
anestesias em cirurgia dentária,parto sem dor, etc..
Um dosprincipais objetivos de qualquer indução hipnótica é redu~r o nível da atividade
oufreqüência nos quais essespadrões são gerados. Ao indu~r um transe, diminui-se o ritmo da
voz e sua altura. O ritmo da voz entra em freqüência natural com o cérebroprovocando uma
inibição das atividades cerebrais.
A voZ ritmada provoca o relaxamento inicial do hemisfério esquerdo de cérebro,com isso
ativando as áreas emocionais. Essa ressonância de freqüência conduz o cérebro a baixar sua
atividade de ondas beta (12 a 30 h;V para a atividade das ondas para e ondas A!fas, e
posteriormente teta (de 4 a 8 h~, vista num EEG.
A mudança no nível da atividade do funcionamento do cérebro das ondas beta para
a!fas e teta, atinge todas asfaculdades do cérebroe da mente que dependem ou estão s1(jeitasa
elas. São esses níveis de atividade ou estados globais do cérebroque provocam a visualização,
memória, atenção e vontade. Quando o nível de atividade do cérebro decresce,provoca uma
diminuição no nível de norepinefrina (NE) e aumenta a acetilcolinapossibilitando que as
imagens visuais se tornam mais vívidas e cai a capacidadedeprestar atenção e exercer a vontade.
As mudanças do nível de atividade na base do cérebro,provocam uma mudança de
atenção do externo (exteriorização)para o interno (interiorização).
Portanto os padrões de linguagem hipnóticos devem executar as duas tarefas simultaneamente:
diminuir o ritmo da voZ (reduz o nível da atividade) e direcionara atenção do assunto interior ao
mesmo tempo.
Mas, nunca devemos esquecerque cada cliente reage diferente ao transe hipnótico e suas
variáveis, épreciso adequar o tom da vozpara que ela se adapte sob medidapara cada indivíduo.
A Unguagem Indireta
A Linguagem Indireta se baseia em Sugestões. A Sugestão é a comunicação ou a
criaçãode uma idéia que proporciona uma reação,fugindo ao controleda consciência.A sugestão
é algo queprovoca um eftito e associaçõescom outras idéias.
A sugestão direta é aquela que inclui declaraçõesespecficas, estereotipadas, ex.: "Você
entrará em transe profundo, agora." A sugestão indireta, ao contrário, é ambígua, permitindo
maior amplitude de interpretaçãopessoal: (~ mais cedo ou mais tarde vocêficaram surpreso a
respeito de entrar em transe muito profundo, sendo que vocêpode fazer isto repentinamente ou de
forma suave e gradual". A sugestão indireta deixa lacunas que o clientepreenche com os seus
conteúdospessoais. A sugestão indireta é uma estratégia que qjuda a criar motivação para as
mudanças.
68
1(\
12 HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAo RIBEIRO
c
C
f' A Linguagem Indireta deve ser um método experiência! que indica comofazer de uma
forma diftrente, e podem ser feitas de duas formas, por similaridade ou por analogia.
r Similaridade é utiliZflr se situações que o clientegosta. Por analogia é contar casosparecidos, de
f" uma forma indireta.
(: A analogia é uma comunicaçãoparalela, e quando conversamosde uma forma paralela
C' é muito mais poderoso do que de uma forma direta. A arte é uma prova disto. Quando
perguntamos ao cliente com o que o seu problema parece, estamos criandoferramentas para
("
trabalhar. Existem pessoas que são muito metcifóricas.
c Ao usarmos Linguagem Indireta com metáforas simbólicas dentro de um processo de
r terapia, estamos usando uma técnica avançada, pois se associa a metcifora usando uma
c experiência simbólica.
Utilizar a LinguageQj Indireta é colher o que o cliente traz, usá-lo criando um paralelo
c simbólico. Existem formas indiretas de se colher a história familiar, se você quer saber sobre o
ir irmão do cliente, conte uma história sobre o seu irmão.
I
c
C Técnicas do Uso de Linguagem Terapêutica
(,
Metáforas
C
(\ Uma das marcas do uso da Linguagem Terapêutica é o uso de metciforas como instrumento
terapêutico.A metáfora é um método experiêncial que indica comofazer de uma forma diftrente.
í'
São estórias, analogias com o sentido deguiar as associaçõesinternas do cliente. É uma forma de
sugestão indireta com múltiplas funções e em especialde traçar um paralelo entre oproblema do
clientemostrando uma saída adaptativa.
As metciforas tendem a atuar em nível inconsciente, contornando as resistências da mente
consciente,proporcionando mudanças significativas. Erickson ao falar de mente inconsciente
possivelmente se referia ao hemisfério direito do cérebro(não dominante).
As metciforaspodem serfeitas de duasformas, por similaridade oupor analogia. Similaridade é
utilizar em situações que o clientegosta. Por analogia é contar casosparecidos, de uma forma
indireta. E não cifrontam o clienteproporcionando uma atmosfera menos carregada.
Como construir uma metciforaterapêutica:
1. Pense uma solução diftrentepara oproblema ou sintoma do cliente.
2. Identifique os recursos (forças,habilidades, sucessos,hobies, etc.) a serem utilizados para
isto. Observe as expressões de linguagem utilizadas para ilustrar os recursos.
3. Identifique o tema central, conflitos, polaridades do cliente. Utilize a sua linguagem
metcifórica.
4. Elabore ou adapte uma estória que reproduza o tema central doproblema. Carregue e
construa a estória rumo à imagem de solução. Mostre o personagem alcançando a
solução desejada e aplicando-as em novos contextos.
A metciforapor ser uma técnica não manipulativa, permite ao cliente extrair o seu próprio
significado. Os seus resultados dependem daprofundidade do seu uso. Metciforas superficiais têm
mais probabilidade de ser interpretada e criar resistência, a mais profunda trabalha mais
efetivamente no inconscientesofrendo menos resistência. O que diftrencia uma metciforaprofunda
de uma superficial é o nível de abstração.
69
/"""\
As Metciforas são estórias breves que erifatizam o problema. Pode-se fazê-Ia por analogia,
usando estórias similares, trazendo a solução do problema e criando empatia com a mente
inconsciente.
Portanto o uso de estórias para introduifr lições terapêuticas ao processo é uma forma de
complementar o trabalho hipnótico, pode ser usada como uma forma de retomar as cadeias
associativas e reconectar materiais pouco adaptativos. Fábulas, fantasias, estórias, analogias,
estórias de vida do terapeuta, estórias parecidas com a do cliente são comumente usadas como
metáforas. O uso de metciforas poderá remontar ou alauancar oprocesso.
As Metáforas funcionam como um vírus de computador, mudam o passado emocional e lhe dão
uma nova compreensão. Erickson contava piadas durante o transe, pois tinha ripercepção que a
mente inconsciente poderia curtir as coisas. Freud analisava as piadas, Erickson as utilizava.
"
Utilizando os .Jogos de Mesa como Técnica Hipnótica
A utilização dos jogos de mesa é outra forma interessante de se trabalhar com crianças .. Elas
gostam muito dejogos de mesa, isto poderá ser utilizado como transe hipnótico, porque, em si só,
já provocam dissociação. Depois de começar a jogar, utilizando um tom de voZ e linguagem
hipnótica, devemos propor e buscar construir uma aliança saudáoel.
Enquanto se estabelece o jogo, utilizando linguagem hipnótica iremos utilizar à mesma
estratégias das metciforas para irmos conduifndo uma conversa ou uma estória com o caminho de
solução.
,'-
Técnica do Desenho
Proponha à criança desenhar. Analogicamente, vá montando uma estória semelhante ao
problema dela, mas com outro personagem, utilize drama e dê uma solução adaptativa. Prenda a
atenção da criança, e deixe-a curiosa e dê uma solução adaptativa. Fale, entonadamente, as
partes mais importantes.
E muito simples, vamos montando uma estória através de desenhos, utilizando linguagem
hipnótica e usando da mesma estratégias das metciforas para irmos conduifndo uma conversa e o
desenho com uma estória com o caminho de solução.
o Controle de Habilidade
Podemos fazer uma aqui também uma associação de técnicas, utilizando jogos de mesa ou a
técnica do desenho para fazer o controle de habilidade. Contanto estórias ou usando de analogias
fazemos o controle de habilidades. Por exemplo:
Quando acontece alguma coisa ruim o campo deforça é invadido, fica cheio de buracos. E o que
eu quero que vocêfaça boje, é simples efácil eu quero que aprenda a refazer o seu campo deforça.
Agora pense, sinta, visualize o seu campo deforça.
Agora olhe para o campo deforça e vo/a como ela esta, se esta redusida, se ele esta com furos, ou
quebrado. Agora sinta a sua respiração e imagine a sua respiração junto com a sua mente sábia
vai refazendo, reconstruindo saudavelmente o seu campo de força. Vai transformando o seu
campo de força em algo seguro forte, seguro que lhe protege. Ele fica forte, muito forte, ele agora
lhe protege muito. Agora faça uma respiração forte e volte para cá acordando o copo e a mente.
70
o TRABALHO TERAPÊUTICO
Os textos a seguir são orientaçõesde como trabalhar patologias especificas.Mas como
todas aspatologias, mais que" roteiros sefaz necessáriosalguns cortes,percepçõesque qjudam na
orientação dos casos.
Um processo terapêutico é um encontro de dois sistemas: ofamiliar e o terapêutico, onde
o segundo tenta influenciar oprimeiro a partir doproblema apresentado. Oprincipal oijetivo é
trabalhar ospersonagens quefizeram parte dopassado e que são responsáveispela formação da
identidade do indivíduo.
Ao avaliar uma criança deve-seestar atento a duas perspectivas:
Horizontal - explorar a amplitude do contexto social efamiliar buscando as conexões dos
participantes no sintoma da criança. Procurar um contexto mais amplo, a evolução da criança e
dafamília e suas vulfJerabilidades.
Vertical - explorar a criança e a família historicamente, observando os períodos de transição
entre os ciclos de vida, as evoluções de maturidade pessoais e informar-se sobre eventos críticos e
suas relaçõescom ospadrões familiares.
Tratamento de Fobias
Grupo de transtornos no qual a ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente
por situações nitidamente determinadas que não apresentem atualmente nenhum perigo real.
Estas situações são,por essemotivo, evitadas ou suportadas com temor.
As preocupações do srgeito podem estar centradas sobre sintomas de ansiedade que
sugerem um pânico: tais como palpitações ou uma impressão de desmaio, e freqüentemente se
associam com medo de morrer, perda do autocontrole ou deficar louco. A simples evocaçãode
uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. A ansiedade fóbica
freqüentemente se associa a uma depressão.
Devemos também separar a Fobia Simples da Processual. A característica essencial da
Fobia Simples são os medos persistentes e irracionais, associados ao desejo intenso de evitar um
objeto ou situação. As Fobias Simples às vezes chamadas de fobia especificas são as mais
comuns; medo de animais (cachorro,barata, ratos, etc.), Claustrofobia (medo de espaçosfechados)
e a Acrofobia (medo de altura). Ela é uma fonte significante de sofrimento e a pessoa
normalmente reconheceque o seu medo é irracional. A Fobia Processual tem como característica
principal o medo pronunciado mediante situações, oijetos e lugares, acompanhados da sensação de
medo e terror intenso. A diferença básica entre Fobia Simples e Processual é que a segunda se
forma como um processo, no qual a pessoa restringe suas atividades normais na medida em que o
medo e afuga o dominam.
As Fobias encontram suas raízes em deslocamentos de materiais recalcados. Devemos
também estar atento aos aspectos depressivos escondidos atrás de quadros fóbicos. Mas quase
sempre a fobias se instalam e desenvolvem em pessoas ansiosas. Identifique as diferenças entre
medo traumático dofóbico.
Fobias:
Faça o Diagnóstico Energético
Técnicas de Proteção e Segurança
1. Técnicas de autocontrole - ensine a criança técnicas que ajudarão a
trabalhar o controle de ansiedade com técnicas de autocontrole;
2. Lugar SegurQ;
3. Baú;
4. Arco Íris e Luz Azul Dourada;
5. Campo de força;
6. Técnicas TFT - todas as sessões.
Técnicas Terapêuticas
1. Crie a habilidade de segurança e proteção;
2. Cicatrizando o Coração;
3. Metáforas;
4. Imagem de Solução;
5. Coerência Cardíaca e busque a raiz do sintoma.
Técnicas de Mudar Associações
1. Técnica dos Desenhos;
2. Mãos Magnéticas;
3. Bolas Mágicas.
Caso tenha a formação em PRI
1. Espada Mágica - Monstrão do Medo;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados à fobia;
3. Hoje e amanhã, busque a raiz do sintoma.
Ansiedade Generalizada e Ansiedade de

Separação
o tratamento pode variar conforme o tipo de ansiedade, devemos nos preocupamos em
verificar oporquê esse determinada criança éportador dessa doença. O primeiro passo é ter uma
boa noção doftnômeno da ansiedade, em seguida do estresse. Toda ansiedade tem início quando o
indivíduo toma contacto com um agressorpsicossociaL Ora, então o problema da ansiedade
patológica sópode ser devido à:
1. O.~ é maior que a capacidadede adaptação da criança (trauma);
2. O estressorpersiste por muito tempo e esgota a capacidadeda criança se adaptar;
3. Perceberse a sensibilidade da criança está temporariamente muito acentuada, a ponto de
· " transformar fatos corriqueiros em fatos estressantes; A criança tem um traço de
personalidade capaz de superestimarfatos cotidianos como sefossem fatos estressantes;
72
Pode haver uma combinação de mais de um dessesfatores. Assim sendo, o tratamento deve
agir em duasfrentes a primeira a de diminuir os sintomas mórbidos para a criança readquirir a
indispensável sensação de segurança; e segunda de fortalecer a sensibilidade (cifetividade) da
criançapara ser capaz de suportar melhor o estresseda vida.
Preste atenção e procure resolver seus conflitos íntimos da criança e qjudar as cobranças do
estressorpsicossoci1L
Ansiedade Generalizada:
Faça o Diagnóstico Energético.
trabalhar o controle de ansiedade com técnicas de autocontroJe;
2. Lugar Seguro; ".
('
3. Campo de força e Cicatrizando o Coração;
4. Coerência Cardíaca;
5. Baú;
1. Afaste o gerador de estresse e ansiedade;
2. Crie a habilidade de segurança e controle de ansiedade;
3. Campo de Força;
4. Metáforas;
5. Técnica dos Desenhos.
1. Metáforas - Érica e coelhinho de três patas;
2. Normalizar e Despatologizar.
1. Espada Mágica - Monstrão da Ansiedade;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados à Ansiedade;
Ansiedade de Separação:
trabalhar o controle de ansiedade de separação com técnicas de
autocontroJe;
2. Lugar Seguro;
3 Campo de força;
@) Coração de Cristal;
5. Baú;
2. Repetir o Coração de Cristal;
3. Sugestões;
73
F
->;
/""
~-, HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO
r--,
r------
4. Metáforas -As Estrelas;
",,-,
r 5. Técnica dos Desenhos.
/- Técnicas de Mudar Associações
('~
1. Peça que use a noite o CD do Duende do Sono;
2. Metáforas - Estrelas e Coração de Cristal;
rr-;
3. Nonnalizar e Despatologizar.
f' Caso tenha a fonnação em PRI
1. Espada Mágica - Monstrão do Medo de perder;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a Ansiedade de
Separação;
'.
A Enurese Infantil
.""\
A enurese é definida como a perda urinária involuntária durante o sono em crianças

(" ...•..
acima de 5 anos de vida. A enureseé consideradaprimária quando nunca houve um período sem
,r, urinar na cama maior que 6 meses. A enurese secundária ocorrequando há a presença de uma
~ situação de estresse como causa da enurese (nascimento de um irmão, divórcio, morte de um
familiar).
r',
Atualmente, sabe-se que a enurese noturna é hereditária. A herança é autossômica
;5 1 dominante. Caso ambos os pais forem enuréticos o riscopara os filhos é de 77%, enquanto
r>.
r-, somente um pai for enurético o risco se reduzpara 45%. Desta forma, a etiologia da enurese é
/-
,"""""\
«<;
/~...•...•
~\~i
}
caracterizada por uma interação entre fatores genéticos e ambientais. Quando não houver um
fator hereditário a trate como IEPT.
É necessário que a criança sda despertadapela bexiga cheia, e que alternativamente o
reflexo de micção sda inibido para que a criança tenha tempo de acordar e dirigir-seao banheiro
antes que a micção aconteça.
É necessário descartar fatores orgânicos antes da intervenção Psicoterápica.
,'" O tratamento da enurese noturna na criança em geral inicia-se aos 7 anos de idade e
~,
baseia-se:promover a motivação e excluir osfatores psicossociais;Fornecer informações quanto o
I"~r--, hábito miccional e alimentar; Tarefas educativas; Medicações: desmopressina (ddavp),
'"
antidepressivos tricíclicose anticolinérgicos.
»<,
Enurese:
Caso a Enurese seja causada por um trauma use o mesmo Roteiro de
/~-,
Traumas. Caso seja outra causa use o roteiro a seguir.
~ Faça o Diagnóstico Energético
Tarefas educativas
~
1. As primeiras aproximações devem ser educativas, com orientações,
r'
tarefas e muita infonnação;
r> 2. Formar Hábitos - O risco de Enurese noturna aumenta quando a
r>. criança não esvazia a bexiga por 8horas durante o dia e é exposta a
/, um volume uriaârio elevado à noite;
3. Orientar à criança a urinar a cada 4 horas durante o dia (com horário
r',
marcado);
r>.
/'-
r>
74
""
,'"
~
~
.~
r,\
r>;
4. Pedir que pelo menos duas horas antes de dormir evitasse a

ingestão de água;
5. Ajuda dos Pais - Este tratamento deve ser continuado por 6 a 8
semanas antes de ser considerado ineficaz;
6. Durante a noite um pouco antes da hora habitual em que à criança
urina acordá-Ia e levá-Ia ao banheiro.
1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
4. Instalação de Recursos;
5. Normalizar e Despstologiau:
1. Metáforas o macaquinho que carregava água;
3. Sugestões;
1. Hoje e amanhã, busque resignificar;
3. Mudando o Futuro.
1. Espada Mágica - Monstrão do xixi na cama;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a xixi na cama;
Encoprese
A Encoprese é a falta de controle das fezes que implicam deficiência no controle de
esfíncteres anal, em uma idade em que a maioria das criançasjá tem esse domínio. Assim, são
consideradas encopréticas as crianças acima de quatro anos que ainda não defecam nos locais
destinados à eliminação.
Na Encoprese também chamada de constipaçãofuncional temos dois tipos: o escapefecal
que é definido como um escapedepequena quantidade defezes, que OCOTTe deforma involuntária.
O escapefical pode também ser secundário com a retençãofecal, alteraçõesfísicas (ma!formações
congênitas, transtornos neurológicos,defeitospós-cirúrgicos) devem ser investigados.
É necessário descartar fatores orgânicos antes da intenenção psicoterápica. Um dos
fatores a serem investigados é se há a presença de algum trauma ou situações de estresseassociados
à Encoprese. Trabalhar também a questão do hábito, da repetição. Obseruações clinicas mostram
que os casos de Encoprese se devem a pais muito rígidos ou trauma, normalmente abusos sexuais.
Encoprese:
Caso a Encoprese seja causada por um trauma use o mesmo Roteiro de
Traumas. Caso seja outra causa use o roteiro a seguir.
75
...------------------------

Tarefas educativas
tarefas e muita informação.;
2. Formar Hábitos - Orientar à criança a uma alimentação rica em
fibras para o hábito da evacuação diária;
3. Ajuda dos Pais - no sentido de apoiar e atenuar a sua ansiedade.
1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
5. Normalizar e Despatologizar;
(\
1. Crie a habilidade de confiança e controle de ansiedade;
2. Afaste o gerador de cstresse, ansiedade geralmente gerada por uma
rigidez de um dos pais;
3. Crie a habilidade e segurança da criança com relação a este pai;
1. Espada Mágica - Monstrão do coco;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a coco;
3. Hoje e amanhã, busque resignificar.
A Depressão Infantil
Muitos fatores podem levar uma criança à depressão: Os problemas cor!Jugais,os
problemas financeiros; A cobrança exagerada por parte dos pais e da sociedade em relação ao
desenvolvimento da criança; a falta de contato da criança com os pais em função de suas
, \
responsabilidades profissionais e necessidadesde sobrevivência.
A DI também tem caráter reativo, isto é, aforma como a criança encontrou a perda de
algo que amava ou a um trauma psíquico. A depressão reativapoderá ser breve ouprolongada,
podendo estar acompanhada de ansiedade.
Para um bom Diagnóstico da Depressão Itifantil é necessário de quatro a cinco dos
seguintes sintomas: Humor, conduta ou aparência depressiva; retraimento social, problemas de
sono, queixas oufadiga, hipoatividade, anedonia, baixa auto-estima, dupla patologia, ou seja, a
depressão acompanhada de uma outra patologia como, por exemplo, enurese, fobia escolar,
trocolitomania e outras dificuldades no trabalho escolar, ideação mórbida ou ideação suicida;
Duração dos sinais e sintomas acimapor no mínimo um mês.
Depressão Infantil:
76
, ,.

1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
5. Tarefas Motivacionais: A Fada das Cores; Instalação de recursos;
2. Afaste o gerador de estresse e ansiedade;
3. Crie a habilidadç e segurança da criança com relação a este fator;
4. Técnica do desenho;
5. Luz Azul Dourada;
6. Arco Íris;
7. Metáforas.
1. Mudando o Futuro;
1. Espada Mágica - Monstrão da Tristeza;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a Tristeza;
Os Traumas
Para o DSM IV a característica essencial do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é
o desenvolvimento de sintomas característicosapós a exposição a um extremo estressortraumático,
envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real ou ameaçador que envolve morte.
Rober: S caer em 2001 introduziu um novo conceito, o conceitode Barreiras. As pessoas apartir
de suas experiências da vida passam a criar barreiras e limites de proteção e segurança. Um
trauma é uma situação que rompe essas barreiras e limites quefaz com que a pessoa paralise no
tempo e no espaço. Excede todos os limites de segurança e suporte.
Os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-traumático formam um processo em espiral
que acionam os mecanismos biológicosmais primitivos que fazparte da nossa herança evolutiva.
A reação do organismo para sobreviver a uma ameaça, é: FUGIR. LUTAR OU
CONGELAR
Os eventos traumáticos se classificam de duas formas os eventos Traumáticos Simples e
Múltiplos. O evento traumático simples é definido quando apenas um evento ou uma memória
cria sintomas intrusos. Deve-se pesquisar com detalhes a cena especfica para o reprocessamento e
dessensibilização do evento. O evento Traumático Múltiplo, muitas vezes tem o seu início dos
sintomas seis meses após o incidente Um evento traumático múltiplo se caracteriza por possuir
várias memórias associadas ao trauma (desastres naturais, acidentes sérios de carro, torturas,
etc.).
77
Para tratar um trauma é necessário cuidados iniciais de proteção. A criança deverá se

sentir protegida e afastada do elemento traumático. As informações aospais são essenciais, leve a
eles todas as informações necessárias. Pesquise todos osfatores associados. Reformule o ambiente
da criança, afaste-a dofator traumático. E muita criatividade, use de toda criatividade possível
para alcançar o resultado.
Traumas:
1. Técnicas de proteção - em casos de trauma a conduta inicial é
proteção, proteção, proteção, proteção e proteção;
2. Lugar Seguro;
3. Campo de força;,
4. Baú;
1. Afaste o gerador de traumático;
3. Use de Coerência Cardiaca para dessensibilizar o Trauma;
4. Metáforas - fada das cores;
2. Empreste o CD da Fada das Cores para a criança;
3. Nonnalizar e Despatologizar.
Caso tenha a fonnação em PRI
1. Espada Mágica - faça uma Espada para todos os sintomas
aparentes de trauma (se souber DE faça com os sintomas) e deixe o
Monstrão do Trauma por último;
r>.
2. Hoje e amanhã, use esta técnica para dessensibilizar o trauma se
Espada não fizer o efeito;
4. Caso Trauma seja Sexual é necessário usar o TAT - TAPAS
FLEMING ACUPRESSURE TECHNIQUE para dessensibilizar.
Transtornos Somáticos
As emoções naturais efisiológicas aparecem em todas as crianças e tem um importante
substrato biológico. Hoje em dia há dados suficientes para podermos cifirmar que as emoções
positivas potencializam a saúde, enquanto as emoçõesnegativas tendem a comprometê-Ia.
Quando uma criança experimenta altos níveis de ansiedade, durante tempo prolongado,
seu bem estar psicológico se encontra seriamente prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se
alterar por excesso de solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu
organismo. Níveis altos de ansiedade podem aumentar os níveis da ativação fisiológica global,
"
. provocando alterações do sistema nervoso autônomo, mudanças no sistema imune, etc.
78
"\
r>:
r>. HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIS'EIRO
r>.
'" Os Sintomas Somáticos são quadros onde existe a queixa, mas não se encontra
r>.
alterações orgânicas. Uma ampla variedade de transtornos psicoftsiológicospode estar associada à
r--- ansiedade: entre eles os transtornos cardiovasculares; digestivos; as cefaléias; a asma; transtornos
/,
dermatológicos; os transtornos da alimentação; debilidade do sistema imune etc.
Transtomos Somáticos:
r>
r=>
»r-; 1. Lugar Seguro;
r>
2. Campo de força;
3. Baú;
/'
4. Coerência Cardiaca;
r>.
5. Técnicas TFT -aodes as sessões.
r>. Técnicas Terapêuticas
r=-;
2. Sereia;
" 3. Cura Egipcia;
~ 4. Lago da saúde;
r-- 5. Metáforas.
I' 1. Técnica dos Desenhos;
I'
~ 3. Normalizar e Despatologizar.
rJI ~ "
r->. - Caso tenha a formação em PRI
1. Espada Mágica - Monstrão da Dor ou do sintoma;
r>;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados ao sintoma;
~\
3. Hoje e amanhã, busque resignilica;
~ 4. Em casos de controle de Dor e doenças a técnica que tem se
mostrado mais efetiva é a TAT TAPAS FLEMING
'\
ACUPRESSURE TECHNIQUE.
"\
/\
A Criança Hospitalizada
'\
'\
r=;
r>. transtornos emocionais; transtornos do sono; transtornos da linguagem; perda de peso; depressão;
r>. regressão; atraso no desenvolvimento.
r>.
A Hospitalização e o ambiente hospitalar é sentido pela criança como uma situação
nova e, portanto, desconhecida. Muitas vezes ela nem é isformada sobre o que esta acontecendo,
r>;
estas omissões deixam as crianças mais ansiosas, angustiadas e nertosas; dificultando assim, sua
/, recuperação.
/\
Ela é obrigada a conviver sem saber com o ambiente onde esta se encontra. Para ela é
estranho e desconhecido objetos da pediatria, como eletrocardiógrqfo, equipo de soro, aparelho de
r>.
RAlO-X, respiradores, etc.. O efeito do ambiente pode ser desastroso sobre a saúde de uma
r>.
crzança.
rr>
r>.
r>; 79
r<.
rr>;
r>.
"\
-<;
"\
Outro fator de estressepara esta criança são os ruídos, pois numa pediatria é impossível
evitar o choro,gritos e barulho, inclusive de equipamentos. Estes ruídos podem provocar alterações
importantes nafreqüência cardíaca, ritmo de sono, etc.
Existem crianças que permanecem internadas sem a presença constante da mãe ou do
pai, este quadro pode levar a um estado depressivo e a uma desistência de vida, cerca de 11 % das
crianças hospitalizadas têm depressão e outras 20% apresentam sintomas da doença.
Sintomas como estresse, ansiedade, depressão e traumas devem ser avaliados com maior
cuidado em crianças hospitalizadas.
Crianças Hospitalizadas:
Avalie a patologia ou sintoma vinculada à internação e use os outros
protocolos. ",
1. Lugar Seguro;
3. Baú;
1. Cura Egípcia;
2. Lago da saúde;
3. Mãos de Luz;
4. Sereia;
5. Metáforas.
1. Espada Mágica - Monstrão da Dor ou do sintoma;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados ao sintoma;
3. Hoje e amanhã, busque resigniJicar;
4. Em casos de controle de Dor e doenças a técnica que tem se
mostrado mais efetiva é a TAT TAPAS FLEMING
ACUPRESSURE TECHNIQUE.
Gagueira
Gagueira tem tratamento e quanto mais precoce o tratamento, melhores serão os
resultados. É uma reação episódica ao estresse.A pessoa gaguga porque está sob tensão, falando
em público ou erfrentando uma situação de perigo, por exemplo. Gagueira começa a ser um
problema quando a fala é interrompida, ocorrem excitações e bloqueios em todas as situações de
comunicação, inclusive na leitura, no telefone e etc..
80
A gagueira é uma desordem que se manifesta preftrentemente na primeira infância,

alguns indivíduos acabavam mando mecanismos que os qjudavam a vencer a dificuldade ou
permaneciam gagospela vida toda.
Estudos realizados através de várias técnicas de captação de neuroimagenstêm mostrado
que a gagueira tem uma base neurológica que está associada com algumas anomalias nos
mecanismos neurais do controle do ato motor da fala nas áreas responsáveis pela fala e
linguagem.
A dificuldade é então como tratar. O maior problema é que acreditoque a gagueira deve
ter uma abordagemmultidisciplinar, o trabalho dafonoaudiologia associado àpsicoterapia.
Gagueira:
Tarefas educativas "
tarefas e muita informação;
2. Orientar à criança da importância de acreditar e desejar mudar;
3. Ajuda dos Pais na indicação de outros profissionais de ajuda.
1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
6. Técnicas TFT - O TFT tem sido a técnica mais efetiva no controle
da gagueira use em todas as sessões e ensine a criança a usar fora
do consultório.
2. Sugestões;
3. Mãos Magnéticas - instale recursos;
4. Bolas Mágicas - uma mão a gagueira e a outra a possibilidade de
controle;
7. Arco Íris.
1. Metáforas - Estrelas e Érica e Coelhinho de Três Patas;
1. Espada Mágica - Monstrão da gagueira;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a Gagueira;
81
Os Tiques
Os Tiques estão freqüentemente associados ao estresse e costumam desaparecer com o
tempo, sem a necessidade de tratamento. Os tiques são movimentos ou vocaliZflções que ocorrem
subitamente, de forma involuntária, ou seja, a criança não tem controle. Eles geralmente são
desencadeados em momentos de estresse, como em épocas deprovas.
Os tiques costumam desaparecer em dois ou três meses. Mas quando a criança sofre de
recriminação por parte dos familiares, professores e amigos tendem a se cronificar com sérios
prfljuízos para sua auto-estima.
O Tique deve ser diferenciado da 5 índrome de Tourette onde a criança tem tiques
motores e pelo menos um tique vocal em alguma fase do transtorno. A 5 índrome de Tourette é
uma desordem neurológica 0t1I neuroquímica caracterizada por tiques involuntários, reações
rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma
maneira. Estas crianças são vítimas de humilhações e se isolam. Eles também podem ter
problemas de atenção, concentração ou desenvolver obsessões e compulsões. Diferente dos demais
transtornos de tique, a incidência da síndrome de Tourette é de um caso para cada cinco mil
crianças. Os meninos são três vezes mais acometidos pelo problema do que as meninas.
As manias e alguns tiques podem fazer parte do quadro de Transtorno Obsessivo
Compulsivo (Toq e, embora esse quadro tenha geralmente início na adolescência ou começo da
idade adulta, elepode aparecer na infância deforma tão comum quanto em adultos.
Tiques:
1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
6. Técnicas TFT - O TFT tem sido a técnica mais efetiva no controle
de tiques use em todas as sessões e ensine a criança a usar fora do
consultório.
2. Metáforas -Érica e Coelhinho de Três Patas;
4. Cura Egipcia;
7. Arco Íris.
1. Metáforas;
1. Espada Mágica - Monstrão dos Tiques;
, 82
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados aos Tiques;

Problemas Alérgicos
Muitas vezes, diante de uma situação deforte estímulo emocional ou do estresse do dia a
dia, mecanismos biológicosdescarregam a tensão no corpo, que se manifesta em um órgão ou na
pele e o que proporciona esta variação é uma tendência pessoal ou crençafamiliar. Quando o
r
órgão atingido é a pele, algumas doenças podem ser desencadeados ou agravadas, entre elas:
psoriase, disidrose, vitiligo, dermatite seborréica, dermatite atópica, lupus e acne.
A alergia é a intolerância do organismopara determinados produtos físicos, químicos ou
biológicos, aos quais o orgapismo reage de forma exagerada. É uma reação anormal de
irritabilidade, a substâncias aparentemente inocente. Estas substâncias são chamadas alergenos.
Quando alergenos são apreendidos pelo organismo, células brancas do sangue que
produzem anticorpos são ativadas. Estes anticorpos determinam à liberação deprodutos químicos
r------
(mediadores) potentes como, por exemplo, a histamina, que acabam provocando os sintomas
(\ alérgicostípicos.
Problemas Alérgicos:
1. Lugar Seguro;
2. Campo de força;
3. Baú;
4. Técnicas TFT - todas as sessões. Se você sabe o TAT e ensine a
criança a usá-Ia durante as crises.
2. Luz Azula Dourada;
3. Cura Egipcia;
4. Lago da saúde;
5. Metáforas;
6. Sereia.
1. Espada Mágica - Monstrão da Alergia;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a Alergia;
r-
4. Em casos de alergia a técnica que tem se mostrado mais efetiva é a
TAT - TAPAS FLEMING ACUPRESSURE TECHNIQUE;
83
TOAM
A característica básica do Transtorno de DéJicit de Atenção é àjãlta de persistência em
atividades que requeiram atenção. Essas crianças tentam [arer várias coisas ao mesmo temto e
além de não acabarem nada, deixam tudo desorganizado. Este problema incide mais sobre
meninos do que sobre meninas, sendo detectável em torno dos cinco anos de idade, ou antes, na
maioria das vezes. O diagnóstico jica mais fácil depois que a criança entra para a escola, porque
aí a comtaracão com outras crianças é natural, evidenciando-se o comPortamento diferente.
Os três aspectos fundamentais do mAR são a desatenção, a hiperatividade e a
imPulsividade. O diamâstico é estabelecido pela presença das características fundamentais tendo
iniciado pelo menos antes dos sete anos de idade e descartada a possibilidade de TEPT. Pelos
critérios norte americanos -.são necessários no mínimo seis sintomas para a realiracãa do
diagnóstico, mas esse número está sendo revisto podendo vir a ser redusido para cinco ou quatro
sintomas uma ve:( que a intensidade de Poucos sintomas muitas veres é suficiente para causar
prguízos à criança. A organização mundial de saúde não especifica um número de sintomas para
fa:(er o diaçnôstico.
Há três tipos classificados de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade:
Predomínio de sintomas de atenção; Predominio de sintomas de biteratioidade / imPulsividade;
Misto. As crianças com predomínio de impulsividade e hiperatividade costumam ter mais
problemas de socialiracão com outras crianças, justamente por serem mais agressiuas do que as
crianças com os outros dois tipos. O tipo misto apresenta mais a combinação com o transtorno
otosicional desafiador, além de este abresentar maior prejuÍ:(o J!lobal de funcionamento.
Os trabalhos atuais em neurociências mostram dois grandes grupos, um que etifatiza o
déficit funcional de certos neurotransmissores e outro J!ru1Jo de estudos que enfatha o déficit
funcional do lobo frontal, o córtex cerebral, mais precisamente. Acredita-se que, dos
neurotransmissores conhecidos, estariam envolvidas com o mAR a dotiamina e a
r-. noradrenalina. A favor desta hipótese está o fato de que medicamentos capazes de atenuar os
sintomas do mAR são feitos das mesmas substâncias que aumentam as quantidades de
dopamina e de noradrenalina disponíveis no cérebro.
O tratamento do DDAR envolve o aprendirado de novas habilidades. Elas devem
aprender a estudar em lugares silenciosos e fazer pausas freqüentes. Na sala de aula elas
trabalham melhor em carteiras individuais, do que em mesas coletivas. Freqüentemente um fundo
musical instrumental pode também ser útil Crianças com TDAR necessitam de mais estrutura
e rotina diária que a maioria das pessoas.
TDA/TDAH:
Diferencie os casos de TRPT
Caso haja o diagnóstico de TDAH use o mesmo Roteiro de Traumas. Caso
seja um TODA ou TDAH use o roteiro a seguir.
Treinamento comportamental
1. Programas de comportamento simples com recompensas diárias
podem ser bons para ensinar a prestar atenção por mais tempo e a
se manterem assentadas;
2. Medicamentos: Cerca de 70% das crianças com DDAH
apresentam uma melhora com o uso desses medicamentos. Os
84
efeitos colaterais mais comuns são a perda de apetite e problemas

para dormir;
3. Estruture uma rotina diária.
1. Técnicas de auto controle - ensine a criança técnicas que ajudarão a
trabalhar o controle de ansiedade e da inquietação no estudo;
2. Lugar Seguro;
5. Baú;
Tarefas educativas ",
tarefas e muita informação;
2. Orientar à criança a usar um protocolo de EFT antes de começar a
estudar;
3. Ajuda dos Pais na indicação de outros profissionais de ajuda;
4. Estimulação de Timo pensando em concentração;
5. O Uso do CD Bilateral enquanto estuda.
1. Sugestões;
2. Mãos Magnéticas - instale recursos;
3. Crie a habilidade de autocontrole e para inquietação;
4. Bolas Mágicas;
5. Metáforas - Érica;
1. Metáforas - Érica e coelhinho de três patas;
1. Espada Mágica - Monstrão da Inquietação;
2. Repita a Espada com todos os sintomas ligados a Inquietação;
85

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Somatlzaç6es/Crlanças Hospitalizadas 9 O USO DA HIPNOSE COM CRIANÇAS 43

A CRIANÇA E SEUS SINTOMAS

Iremos relatar aqui osprincipais sintomas que aparecem no consultório àforma de

Ansiedade Generalizada As crianças com transtorno de ansiedade generalizado apresentam

A Ansiedade de Separação na criança se manifesta como uma

Fobias É um dos sintomas mais comuns no consultório. É um grupo de

HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO

As fobias se dijerenciam dos medos normais pela intensidade e persistência do

A característica essencial da Fobia Simples é o medo persistente e irracional, associado ao des'!Jo

A encoprese é a falta de controle das fezes que implicam deficiência no controle de

HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO

o escapefecal pode também ser secundário com a retençãofecal, alteraçõesfísicas (ma!formações

;t'Rj) R ~#V//lrlh1J {}~

IMIJ ~ "PlYTâ» - k~t

doençaspodem ser desencadeadas ou agravadas, entre elas:psoriase, disidrose, vitiligo, dermatite

• Impulsividade - caracteriza-se por dar respostas precipitadamente mesmo antes da

o diagnóstico é estabelecidopela presença das característicasfundamentais tendo iniciado

(WINNICOIT, 1975,p. 83-84).

A Criança enquanto Paciente

A expressão projeção muitas vezes é confondida com identificação projetiva.

HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO

a trabalho terapêutico deve seguir a idéia da mãe stificientemente boa. Inicialmente o

Apadrinhamento proporcionaria através desta atenção integral e amorosa o retorno ao se!J, à

Uma palavra, uma ação ou um pensamento pode

As habilidades naturais de Apadrinhamento permitem que normalmente ocorram osprocessos

Escutar com profundidade

Para Erickson, a neurose provém da falta de habilidade das pessoas em falar

HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAO RIBEIRO

Redelinir é delinir o problema de forma levemente diferente.

Proteger, Desafiar, Encorajar e Abençoar

'~ habilidade de sustentar uma pergunta leva a habilidade

Todas as crianças necessitam de reconhecimentona vida, assim como os sentimentos e

Princípios básicos do apadrinhamento:

exercite na capacidade de escolher e tomar decisões. O terapeuta acompanha, seja

Milton Erickson introduifu os conhecimentos das diferenças no funcionamento dos dois

Diagnóstico Sob Medida

HIPNOTERAPIA INFANTIL - GASTAo RIBEIRO

Audacioso ou auto protetor

• Sistema cinestésico - é marcado pela primazja das sensações, suas principais

Pistas Oculares para Detectar o Canal Representacional

.~ Visual construido Visual Lembrado

Auditivo construído Auditivo lembrado

Para observar ospadrões é necessárioobseruar as manifestações comportamentais, isto é,

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