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A Luz Da Morte

Autor: Frederico Menezes


Editora: ILUMINAR
Ano: 2017

Vencer a profunda identificação que temos com a matéria não tem sido fácil. As
arraigadas paixões físicas, a prisão da grade sensorial exercem uma hipnose intensa
sobre o ser humano.
Ascender a um outro patamar de experiências espirituais é um movimento
desafiador e Exige superação onde o contributo da dor é fator importante a fim de
que libertemo-nos da letargia espiritual e possamos enxergar a vida sobre uma ótica
mais vasta.
Sinceramente, necessitamos das desilusões das coisas do mundo, ainda que
para o imã aprisionador da alma, que é a matéria, perca paulatinamente seu vigor e
domínio sobre nós. Outro recurso libertador é a averiguação mental sobre os
diversos níveis de manifestação da vida em universos de frequência vibratória
diversas daquela que caracteriza experiência na carne.
Página: 05

A ciência com os seus avanços extraordinários, seus potentes aparelhos, seus


instrumentos de alta tecnologia, tem vasculhado a vida, a natureza, e aprofundado
seu o conhecimento, ampliando seus horizontes e detectando a “inexistência” da
matéria, segundo a física quântica, como energia condensada.
Página: 13 à 14

Sim, podemos afirmar que o momento da morte é extremamente solitário no


que diz respeito ao seu aspecto emocional. Ocorra a desencarnação num acidente
coletivo ou no leito de um hospital, a experiência é inefável, individual, própria.
Estaremos com nosco mesmo, com nossa realidade mais profunda.
Psicologicamente, somos nós em contato com toda a carga que conquistamos de
ordem intelectual, espiritual e emocional.
Página: 19

O amor, ainda que fiquemos em silêncio ao lado do moribundo, é força


colossal, recurso da alma e a leitura do pensamento ocorre naturalmente.
Página: 21

Não tenhamos dúvidas: nossos entes queridos, ainda que em coma, recebem as
impressões dos nossos sentimentos e emoções e, às vezes, com uma clarividência
impressionante, uma lucidez encantadora.
Tenho algumas experiências pessoais que me favoreceram com essa convicção.
Certa feita, acompanhávamos o desenlace do tio de um grande amigo meu, vitimado
pela AIDS. Ali estava agonizante no aconchego dos familiares, pedira para viver
últimos momentos em casa, não desejava expirar no quarto frio de um hospital.
Queria humanidade. Ele era uma criatura culta, sensível, humaníssimo. Os familiares
carinhosamente o trouxeram para casa. A época, não existia as drogas da atualidade
e, portanto, a síndrome agira avassaladoramente. Pude ver o quanto o afeto dos
familiares o deixou tranquilo, um tanto sereno. É muito importante para o
moribundo saber-se amado, querido e respeitado.
Percebi que a hora extrema havia chegado. Por fim, o amigo deixa de respirar.
Banhara-se de rigidez cadavérica. Tudo encaminhava-se para o funeral. Ao
aproximar-se da sala onde estava agora colocado o corpo, percebi que o “suposto"
desencarnado ainda estava ligado ao corpo, sem divisá-lo claramente. Guardei a
forte impressão do fato. Meu grande amigo, seu sobrinho, aproximou-se certa hora e
ao pousar sua mão sobre o tórax do desencarnante este reagiu, soltando um longo
suspiro. Ante o susto imenso de todos, corri e afastei as mão do sobrinho e vi que
logo após, o desenlace se concretizava. Expliquei, então, ao amigo, oque se passara.
A energia vitalizante dele, com o fluido animal em plena carga e o sentimento de
perda que ele carregava fez com que o moribundo aparentemente cadaverizado
retornasse ao corpo, de inopino. Foi um “sugador". Aspirou o espirito que estava
prestes a partir. Claro que isto não funciona sempre assim. Não se pode precisar as
condições para que isso ocorra. São forças ainda não devidamente conhecidas que
estão em jogo num momento como esse. O homem na terra ainda pouco sabe a
respeito das potências da alma e das manifestações das inúmeras formas de energia
que envolvem e vibram em torno e por dentro de cada um de nós.
Quem está desencarnado está mergulhado em seu universo pessoal, de
maneira emocionalmente solitaria mais interagindo com as forcas mentais
circundantes, assim, são importantíssimos para que eles se sintam bem, tranquilos e
possam ter um desligamento mais aprazível.
Pagina: 22 à 23

O caso de Lígia, um coração especial, carinhoso espirito que me estreitava ao


peito como um filho e realmente a amo e sinto como uma mãe ainda hoje, foi de
uma riqueza de aprendizado encantador.
Lígia uma senhora de 76 anos, cheia de vida, linda na largueza de sua alma,
apaixonada pela visa e pelas coisas da alma. Os filhos criados, viúva se votara para o
espiritismo e desejava amar. Era uma alma que carregava a festa nos olhos e no
coração. Problemas nas artérias, ameaças na área cardíacas, ponte de safena,
angioplastia. Depois nova complicação, novos exames. O organismo, cansado pelo
tempo e pela agressão das moléstias, não resiste. Entra no estado de coma. A partir
dai, teve inicio uma das mais belas experiências que minhas faculdades psíquicas me
proporcionaram. Além de percebê-la acima do corpo na UTI, recebi informações do
espíritos a respeito de cada momento que ela vivia. Por exemplo, se comentava que
aquele quadro poderia demorar dias, talvez meses. O mundo invisivel afirmava que
seria relativamente rápido, não seria nem de media duração. O clima de certa
serenidade dos familiares proporcionava ao guias espirituais assistir a estimada Lígia,
como mim permitia lucidez de percepção, oque poderia ser afetado caso existisse um
ambiente turbulento, desesperado, criado pelos seus familiares.
Emocionado, “vi" que o DT. Jorge, esposo da amada enferma, fazia parte da
equipe espiritual responsável por recebê-la no limiar da nova dimensão. Presente
irmãos, avós, amigos, prestando auxílio. No semblante desses seres invisíveis uma
tranquilidade e, até, uma expressão de felicidade, como parentes ansiosos de
receber um coração querido que chegasse a uma longa viagem. Apenas o esposo, DT.
Jorge, demonstrava alguma preocupação.
Poderíamos dizer Que existia um “comitê de recepção” à nossa irmã Lígia. Meu
coração era um imenso campo de gratidão.
Por volta das 15:00 horas, Frederick Lobaick, médico desencarnado, mim diz
que os últimos laços de ligação de Lígia com o corpo iriam começar a ser desatados
após às 17:00 horas. Às 17:20 h, recebo um telefonema do hospital em que umas das
filhas de Lígia informava o inicio da falência dos órgãos, segundo constatavam os
médicos. Tudo conforme havia dito o mundo espiritual.
Durante todo o transe, em nenhum momento Lígia apresentava qualquer
expressão de angústia, me refiro, naturalmente, ao espírito, ao ser de energia que
sobrevive ao corpo e que flutuava suavemente sobre o organismo físico. Além disso,
a presença de outros espíritos que apresentavam ares tranquilos, com-quanto a hora
delicada, emprestava àquele momento de expectativa para os familiares aspectos
luminosos, de plena segurança, apoio e certeza profunda de que estamos todos
sobre cuidados expressivos. O momento da morte, segundo observei, é de plena
assistência e atenção e nada possui da imagem lúgubre que os homens se
acostumaram a conviver. Posso dizer que atestei, tanto nessa experiências, quanto
em outras, oque milhares de depoentes no mundo inteiro tem afirmado: A morte
possui uma doçura implícita e é de fato, uma passagem para nossa efetiva realidade,
um retorno a natureza da alma, um momento de aproximação mais intima de Deus.
Página: 27 à 30

Remonto, agora, acerca de 20 anos atrás. Nesta presente edição, são passados
37 anos da desenlace de minha mãe (2017)
Minha mãe em estado de coma no Hospital Samaritano no município do cabo
de Santo Agostinho PE. Dois dias em que ela se encontrava naquele estado. Havia
feito, cerca de 30 dias antes, uma cirurgia de vesícula. O quadro complicou-se de
forma tal que não permitiu a recuperação de sua saúde. Por um problema no
momento da cirurgia, quando fora esquecido um pedaço de gaze em seu abdômen,
ela sentia muitas dores e febre. Voltou à sala cirúrgica quando constatou-se o
problema. A esta altura após tomar tanto soro glicosado, fora vitimada com o
surgimento da diabetes. A ferida não cicatrizava.
A infecção espalhou-se por todo o organismo, levando-a ao coma. Por volta das
quatro e quarenta e cinco da manhã de uma terça-feira de maio, eu me encontrava
no apartamento do hospital, sozinho, lendo um livro, acompanhado aquele coração
amado naquele trânsito doloroso. A convicção de que somos imortais me auxiliava
bastante naquele momento. De repente, minha atenção voltou-se para porta de
entrada do apartamento. A princípio divisei apenas dois vultos um tanto
transparentes, sem enxergar uma forma específica. Depois, eles ficaram mais nítidos
à minha percepção psíquica e tive uma das mais belas emoções de minha vida:
aqueles seres vinheram efetuar o desligamento final de minha mãe em relação ao
seu corpo. Um dos espíritos olhou para mim, sorriu, voltou-se ao objetivo da visita e
iniciaram movimentos que eu entendia representar delicada operação para o
desenlace. Eu estava paralisado. Na verdade era a primeira vez que este fato me
ocorria, estava lívido e profundamente emocionado, quando observei com mais
detalhes os dois saírem carregando-as nos braços e imediatamente a fisionomia do
corpo cadaverizado ganhou uma feição tranquila, amena. Não houve nada de
aterrador naquela cena. Era um momento de morte e, no entanto, o ambiente
guardava aspectos de elevação e serenidade. Posso afirmar que, embora a emoção, a
candura da sena, a singeleza do momento emprestava à circunstância um leve toque
de poesia e beleza.
Para mim, ficava patente que minha mãe morrera para o mundo e tivera um
outro nascimento, para uma vida mais ampla, amorosa, compassiva, demonstrando
com maior fidelidade o amor de Deus para com tudo e todos nós. O instante da
morte, encarado por esse prisma, nos comprova isso.
Página: 34 à 35

Os estudos concernentes a reencarnação demonstram que, além de não existir


aniquilamento, guardamos nossas individualidade, ainda que vivendo com nomes e
corpos diferentes nas várias existências na terra. O subconsciente guarda no vão da
memória profunda todas as experiências por mais remotas que sejam. As regressões
hipnóticas confirmar o fato quando inúmeros pacientes regridem a existências
milenares, antes só período civilizatório conhecido, inclusive. Nada se perde. As
experiências estão ali, no espírito, melhor dizendo, aqui, conosco, formando o ser
pleno do amanhã.
Página: 41

Gostaria, ainda, de ressaltar outros dois fatos extremamente interessantes,


relacionado com o desenlace do meu pai.
Homem conceituado na cidade, responsável pelo cartório local e gosando de
boa reputação, recebera o convite e aceitara disputar as eleições para prefeito do
município, no mesmo ano de sua morte (1988). Um amigo da família, ao cair da
tarde, aguardava o delicioso café habitualmente servido em nossa residência,
perguntara ao meu pai como ia a campanha e este, muito empolgado, discorria
sobre os apoios que vinham recebendo. Muitos populares afirmavam que voltariam
nele, estava bem posicionado nas pesquisas. Faltavam alguns meses para as eleições
mas ele já estava empenhado na campanha. Quando maior era o entusiasmo
acontece o inesperado que fez o amigo, o candidato SR. Antonino e a mim , ficamos
atônitos. A xícara que estava próximo ao meu pai, sem café, vazia portanto, ergueu-
se uns três centímetro da mesa e espatifou-se por completo. Todos vimos. O amigo
ficou tonto, meu pai idem. Como vinha em plena atividade no âmbito espírita, algo
me dizia que aquilo não seria um incidente fortuito, mas não associei a um possível
desenlace de meu pai.
Mais adiante, um amigo espiritual, utilizando minhas faculdades mediúnicas,
orientava meu irmão sobre um determinado problema. O meu pai resolveu fazer
uma pergunta que não achamos conveniente (e não é) ao benfeitor referente ao seu
futuro na campanha politica. O companheiro do mundo espiritual olhou em sua
direção, sorriu até de forma enigmática e só fez dizer. “o teu caminho é outro, não
este". Não imaginávamos que dai a poucos dias o meu pai morreria como narrei
anteriormente.
Página: 48 à 49

Preferi, no entanto, trazer um caso próximo a mim, oriundo da boca da própria


criatura a narrativa e sentido, de perto, como a luz da morte tornou mais feliz o
depoente. O testemunho posso garantir, partiu de uma pessoa integra que, por sinal,
pelos detalhes da narrativa, não teria qualquer motivo de declarar o que me
declarou. Irmã Iva oi madre Iva, fundadora do abrigo São Francisco de Assis,
pertencente a Igreja Católica Apostólica Romana.
Infelizmente, ela já não se encontrava mais entre nós, posso narrar a
experiência na certeza de que poderá ser muito proveitosa a todos nós.
Iva, há muito, apresentava a saúde abalada. Deficiência cardíaca, pulmonar e
renal. Nada fácil a situação. Tinha ao lado do seu leito, no abrigo que dirigia, um tubo
de oxigênio face às graves crises respiratórias de que era vítima. Ocasionalmente,
chegava a ser internada.
Certa feita o quadro piorava. Os médicos tentaram todos os recursos. Deram-
na como perdida. Colocaram o crucifixo em seu peito durante quadro comatoso. Dias
depois, a madre Iva retorna e surpreende os médicos com uma recuperação
inesperada. Não se esperava mais seu retorno a vida física.
Alguns dias após o seu restabelecimento, visito-a no abrigo como
costumeiramente. Ela me recepciona de maneira extremamente efetuosa, como de
hábito em seu procedimento. E narra-me sua experiência marcante : “Fred, eu voutei
para contar a vocês como é o outro lado, no céu, nesses dias em que me deram como
morta eu me vi longe do hospital, vim até o abrigo e via as irmãs orando por mim.
Depois, entrei num túnel e ao final dele cheguei a um jardim brilhante, muito belo.
Havia árvores, flores, pássaros com cores lindas. Nesse lugar reencontrei alguns
“velhinhos" que haviam passado pelo nosso abrigo só que eles estavam
rejuvenescidos mas eu “sabia que eram eles”; vieram, sorridentes, abraçar-me,
beijar-me as mãos e externaram como estavam felizes. Depois desse encontro
maravilhoso, alguém veio (segurando ela, um personagem ligado a igreja católica) e
disse-me que minha tarefa não estava concluída. Eu precisava voltar. E assim
ocorreu. Lá em “cima" é muito bonito e não tenho qualquer receio de quando chegar
a hora de partir em definitivo.”
Página: 55 à 57

O magníficos autor da legenda dos séculos estava convicto da imortalidade e


veracidade dos fenômenos espíritas a que se dedicava. Para ele, um grande consolo.
Perdera Leopoldina, sua filha querida e a dor da saudade era um punhal dilacerante.
Não se pense que o fato da dor pela morte da filha fez com que a mente lúcida e
crítica de Hugo se entregasse às possibilidade da fraude. Além do médium utilizado
ser sua amiga, o poeta não abdicou da análise fria, da postura analítica. Realizou
testes com aqueles “seres invisíveis” que se serviam de uma mesa para responder-
lhe se forma graciosa e, muitas vezes, em versos de rara beleza poética, às
indagações mais profundas. Só então Leopoldina se fez sentir mais diretamente. O
pensamento poderoso do grande Hugo alçou vôo para além do mundo físico.
As experiência do escritor lhe mostraram como os espíritos (assim se denomina
a força intrusa) participavam de suas vidas. Conheciam aspectos íntimos.
Demonstravam que estavam invisíveis mas presentes. Essa a certeza que ficou. Sua
Leopoldina estava longe da percepção visual, porem, permanecia em contato com o
seu coração e pele, em condição vibratória superior.
As pessoas sensitivas percebem presença não visualizada em muitos
momentos. Uma “visão” interior, porém, lhes envolve o pensamento da certeza de
estarem sendo observados por alguém. As inúmeras comunicações psicografadas
pelo extraordinário médico de Uberaba. Chico Xavier, estão recheadas, muitas delas,
de Expressões que demonstram que os “mortos" amados “viam” fatos ocorridos com
seus parentes “vivos" a algumas horas ou dias antes daquela comunicação
mediúnica. Em nossos singelos trabalhos também já tivemos a oportunidade de
presenciar algo dessa natureza: Os espíritos revelando coisas, fatos ocorridos com
certas pessoas como se estivessem ali, presenciando as circunstâncias, invisíveis,
mas, presentes.
Página: 61 à 62

Em linhas gerais obedecendo a variantes próprias dos méritos pelo lado


espiritual, as seguintes etapas:
a) Ruptura dos laços fluídos a partir do plexo solar, localizado na região
gástrica. Quando os espíritos benfeitores cortam esses laços de
energia, os membros inferiores começam a esfriar, havendo uma
paralisia das pernas.
b) Ruptura na zona cardíaca – Esta é uma etapa em que sobrevém
alterações no batimento cardíaco, com desequilibrio em seu ritmo, até
que ele cessa o seu funcionamento.
c) Ruptura no plexo coronário – Localizado no alto da cabeça, essa é a
zona da percepção das energias mais espiritualizadas da criatura.
Quando este último laço é desfeito ai o espírito libera-se por completo
da corte.
O tempo entre cada etapa depende de inúmeros fatores, tais como grau de
ligação da criatura com a matéria, estado de enfraquecimento orgânico, etc.
Recomendamos, para mais completa abordagem do leitor, que leia toda a obra do
espírito. André Luiz, psicografada por Chico Xavier e publicada pela FEB,
particularmente o livro missionários da luz.
Bom, nos referimos, de maneira bem simples, aliás, excessivamente simples, às
etapas da desencarnação para um espírito em condições morais medianas e em
circunstâncias normais. Fatores como condição íntima,, sensualidade exacerbada, e
gênero da morte contribuem para uma maior ou menor condição de perturbação.
Afinal, cada ser respira e desencarna mergulhado na atmosfera espiritual que cria
para si, em sua realidade interior. O gênero morte é fator importante no tocante às
dificuldades para o desenlace.
Um desastre de automóvel, uma morte por assassinato, uma explosão, são
situações em que o indivíduo se vê expulso da casa corporal de uma maneira tão
célere que causa uma perturbação tanto prolongada, dependendo da situação
emocional e moral de cada ser, muitos por total desconhecimento das leis espirituais
e sua realidade, por nada saber sobre períspirito (corpo espiritual), se vê qual era no
campo das formas físicas sem se aperceber que fora expulso do corpo. Observa que
continua com um “organismo" e crê ter escapado do acidente. Há casos em que o
indivíduo procura viver como se estivesse na carne e se frustra, inquieta-se, ao tentar
falar com as pessoas do seu ciclo de convivência na terra, mas estes não lhe
atendem, como se ele fosse um “fantasma”. Existem situações lamentáveis quanto a
esse problema circundando os homens que ainda encontram-se na carne. Daí a
grande importância do espiritismo e da necessidade de procurarmos conhecer estas
verdades e nela meditarmos, preparando-nos mentalmente para facilitar nossa
futura experiência de trepasse. Sei o quanto muitos não gostam nem de tocar nesse
assunto, porém...
O apego demasiado à matéria dificulta o desenlace do espírito. A energia vital
que proporciona a “vida” dos órgãos físicos quando do desenlace, permanece uma
porção no cadáver até ocorrer sua dissolução mas, uma percentagem menor pode ir
agregar-se ao corpo espiritual que reveste o ser, inclusive após a morte. Se a criatura
for ligada profundamente matéria, mentalmente subjugada ao mundo mundo
sensório, o porcentual se energia vital, animal, que se agrega ao corpo espiritual será
significativo e isto criará algumas dificuldades para readaptação do desencarnante a
vida livre do espírito e até mesmo criando dolorosos obstáculos para sua

desvinculação para com a vida física. O espírito sentirá todas as necessidades de


natureza física por um tempo mais ou menos longo além deste fato favorecer a uma
maior densidade so corpo espiritual, impedindo que ele possa ascender para
dimensões mais sutis da realidade invisível. Podemos afirmar que este é um dos
fatores que “prende” o espírito aos ambientes terrenos, gerando perturbação para si
e, muitas vezes para os entes queridos que choram Sua morte, o ódio...
Página: 65 à 68

A ótica apresentada pelo espíritismo é a aquela que reconforta exatamente por


(e comprovar) que os vínculos efetivos e referencial dos valores que conhecemos,
permanecem. A existência prossegue, após o desenlace físico, como uma sequência
da vida física, numa edição melhorada.
Após a mote, não entramos num mundo bizarro, completamente exótico ou
abstrato. Encontramos objetos e formas de manifestações da vida bem semelhante
ao que temos no mundo material. Nos identificamos conosco mesmos ao
percebermos que basicamente continuamos os mesmos, embora com características
no corpo espiritual, mais ou menos aperfeiçoados. Sim, temos um corpo após a
morte em tudo semelhante a este. O ser após o túmulo não é algo vago, uma
fumaça. Ele é (ou contínua a ser) o que é, com razão, consciência, sentidos, vida. O
fato de nos defrontarmos com casas, hospitais, parques, flores, vestimentas,
permanecendo nós mesmos e ainda, em geral, cercados por outros espíritos que
conhecemos na terra como parentes, amigos, irmãos, etc, bem representa
previdência divina, evitando maiores estragos ao - recém desencarnado, auxiliando
no reajuste psicológico e emocional da criatura. Naturalmente, após o período da
readaptação, em que nos reacostumamos a vida livre do espírito e reaprendemos a
pensar despojados da maior cota das referencias da vida física podemos atingir
aspectos da vida espiritual que diferencia-se da existência na terra.
Página: 79 à 80
O sistema imunológico da criatura se fortalece quando ema se volta para os
valores positivos. O contrário, distúrbios, inclusive na saúde, por enfraquecimento
imunológico. Optar por atitudes puramente competitivas, estressa o ser, favorece a
estados depressivos e aos conflitos mais profundos, gerando inseguranças, dramas
de consciência e, em consequência, temor à morte. Isto tudo destrói a auto estima e
a sensação de fracasso na vida desestrutura o espírito, desencadeando, muitas
vezes, sem consequência dele mesmo, estado mórbido de merecedor de punição,
castigos, etc, num ciclo doloroso.
Página: 93 à 94

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