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13/04/2020

Professora Cristiane Dupret

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

NATUREZA JURÍDICA

Causa de exclusão da tipicidade, ou seja, seu


reconhecimento resulta na atipicidade do fato.

Embora haja subsunção do fato à norma (tipicidade


formal), resta prejudicada a tipicidade material (ofensa
relevante ao bem jurídico tutelado), uma vez que
inexiste lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado.

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REQUISITOS

Requisitos objetivos: a) mínima ofensividade da


conduta; b) ausência de periculosidade social da ação;
c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
e d) inexpressividade da lesão jurídica (RHC
118.972/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, rel. p/ acórdão
Min. Cármem Lúcia, 2ª Turma, j. 03.06.2014).

Os requisitos serão analisados de forma casuística. É


possível que, em um delito patrimonial envolvendo bem
de valor inexpressivo, haja tipicidade material.

Conduta
minimamente
ofensiva

Reduzido grau de
reprovabilidade do
comportamento
REQUISITOS
Ausência de risco
pessoal /
priculosidade

Inexpressividade
da lesão jurídica
causada

Informativo 622 STJ: No caso em análise, teria a


paciente, segundo a denúncia, subtraído um cofrinho
contendo R$ 4,80 (quatro reais e oitenta centavos) da
Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer -
AVCC, induzindo seu filho de apenas 09 anos a pegar o
objeto e colocá-lo na sua bolsa. Nesse contexto,
verifica-se o princípio da insignificância não se
aplica ao caso, porquanto, as características dos
fatos revelam reprovabilidade suficiente para a
consumação do delito, embora o ínfimo valor da
coisa subtraída. O referido princípio se aplica a fatos
dotados de mínima ofensividade, desprovidos de
periculosidade socialde reduzido grau de reprovabilidade
do comportamento e que a lesão jurídica provocada seja
inexpressiva. (STF, HC n. 84.412-0/SP).

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Observa-se, assim, que não há falar em mínima


ofensividade e nem reduzido grau de reprovabilidade
do comportamento, porquanto foi subtraído o bem
com o induzimento do próprio filho menor da ora
paciente a pegá-lo e, lamentavelmente, contra uma
instituição sem fins lucrativos que dá amparo a
crianças com câncer. Ainda que irrelevante a lesão
pecuniária provocada, porque inexpressivo o valor do
bem, a repulsa social do comportamento é evidente.
Viável, por conseguinte, o reconhecimento da
tipicidade conglobante do comportamento irrogado.”

Furto privilegiado x valor


insignificante do bem subtraído
FURTO PRIVILEGIADO
Até um salário mínimo.
VALOR INSIGNIFICANTE DO BEM SUBTRAÍDO
Não há valor fixado, entretanto, deverá ser menor do
que um salário mínimo.
Se a coisa for de pequeno valor e o condenado for
primário, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela O juiz pode absolver o réu por falta de tipicidade
de detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou aplicar material.
somente a pena de multa.

Crimes cometidos no âmbito da violência


doméstica: inaplicável.

Súmula 589 STJ: “É inaplicável o princípio da


insignificância nos crimes ou contravenções penais
praticados contra a mulher no âmbito das relações
domésticas.”

Atos infracionais? STF e STJ entendem que é cabível.

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Outros enunciados do STJ que envolvem a


aplicação do princípio da insignificância:

Súmula 599 - O princípio da insignificância é


inaplicável aos crimes contra a Administração
Pública.

Súmula 606 - É inaplicável o princípio da


insignificância na exploração clandestina de
internet via rádio. Súmula 606 do STJ: “Não se
aplica o princípio da insignificância aos casos de
transmissão clandestina de sinal de internet via
radiofrequência que caracterizam o fato típico
previsto no artigo 183 da lei 9.472/97

No caso do crime de descaminho, os nossos


Tribunais superiores entendem que o referido
princípio pode ser aplicado até o valor de R$
20.000,00.

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Pedro Paulo, primário e de bons antecedentes, foi


denunciado pelo crime de descaminho (Art. 334,
caput, do Código Penal), pelo transporte de
mercadorias procedentes do Paraguai e
desacompanhadas de documentação
comprobatória de sua importação regular, no
valor de R$ 3.500,00, conforme atestam o Auto
de Infração e o Termo de Apreensão e Guarda
Fiscal, bem como o Laudo de Exame
Merceológico, elaborado pelo Instituo Nacional de
Criminalística.

Em defesa de Pedro Paulo, segundo


entendimento dos Tribunais Superiores, é
possível alegar a aplicação do

A) Princípio da proporcionalidade.
B) Princípio da culpabilidade.
C) Princípio da adequação social.
D) Princípio da insignificância ou bagatela.

Gabarito: D

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Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV -


2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VIII -
Primeira Fase
Em relação ao princípio da insignificância,
assinale a afirmativa correta.
A) O princípio da insignificância funciona como
causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do
agente, embora típica e ilícita, não é culpável.

B) A mínima ofensividade da conduta, a ausência


de periculosidade social da ação, o reduzido grau
de reprovabilidade do comportamento e a
inexpressividade da lesão jurídica constituem,
para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de
ordem objetiva autorizadores da aplicação do
princípio da insignificância.

C) A jurisprudência predominante dos tribunais


superiores é acorde em admitir a aplicação do
princípio da insignificância em crimes praticados
com emprego de violência ou grave ameaça à
pessoa (a exemplo do roubo).
D) O princípio da insignificância funciona como
causa de diminuição de pena.

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Gabarito: B

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

O direito penal só deve ser aplicado quando


estritamente necessário, ficando sua intervenção
condicionada ao fracasso das demais esferas de
controle.

Ou seja, deve ser a ultima ratio.

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Previsão no ordenamento jurídico do princípio da


legalidade:

Art. 1º do CP: não há crime sem lei anterior que o


defina, nem pena sem prévia cominação legal.

No mesmo sentido, o art. 5º, XXXIX, CF.

Atenção: em que pese o Código Penal e a


Constituição Federal tenham utilizado a palavra
“crime”, o princípio da legalidade também se
aplica às contravenções penais. É possível,
inclusive, fortificar tal argumento com o que
dispõe o Decreto-lei nº 3.688/41, que afirma que
se aplicam às contravenções penais as regras
gerais do Código Penal.

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A lei que dispõe sobre Direito Penal, precisa ser


uma lei:

• Escrita
• Estrita
• Prévia
• Certa

Lei prévia

Lei em sentido
Lei certa
estrito

Lei escrita

Lei prévia: a incriminação só pode alcançar


condutas posteriores à lei.
Lei certa: é necessário observar a taxatividade
da lei penal. Entretanto, não se poder perder de
vista que, em determinados casos, é dificultoso
ao legislador exercer a atividade de prever todas
as formas de afetação de um bem jurídico. Neste
sentido, indubitavelmente, haverá situações em
que a atividade de alcance do real sentido da
conduta realizada caberá ao intérprete.

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Lei em sentido estrito: A criação de tipo penal


somente deverá ocorrer por lei stricto sensu, não
abrangendo, por exemplo, medidas provisórias.
Também não é possível sustentar o costume
como fonte primária do Direito Penal.

ATENÇÃO: O princípio da irretroatividade


maléfica é decorrência lógica do princípio da
legalidade.

Art. 5º, CF:


(...)
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu;

Exemplo: A Lei nº 13.654/18 alterou o Código


Penal, notadamente quanto aos crimes de furto
qualificado e de roubo quando envolvam
explosivos e do crime de roubo praticado com
emprego de arma de fogo ou que resulte lesão
corporal grave.

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À época, com a modificação efetuada no §2º do


artigo 157 do Código Penal, o emprego de arma
branca (aquela que possui uma ponta ou gume,
como uma faca) para o crime de roubo deixou de
configurar uma majorante, subsistindo a
possibilidade de aumento de pena quanto aos
agentes que tivessem utilizado arma de fogo para
a prática delituosa.

A lei maléfica, por sua vez, é estática: somente


pode ser aplicada a fatos praticados a partir de
sua vigência, jamais retroagindo para atingir fatos
pretéritos.

Exemplo: A Lei nº 13.654/18 acrescentou ao


Código Penal as modalidades de furto e roubo
praticados com o emprego de explosivo. É o
clássico exemplo do agente que furta ou rouba
caixa eletrônico com o emprego de instrumentos
capazes de causar explosão. Em que pese a
reprovabilidade de tal conduta, tais causas de
aumento somente puderam ser imputadas
àqueles que praticassem a referida conduta após
a entrada em vigor da lei.

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ATENÇÃO: É em decorrência do princípio da


legalidade, que não se admite analogia in malam
partem em Direito Penal.

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV -


2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV -
Primeira Fase

O Presidente da República, diante da nova onda


de protestos, decide, por meio de medida
provisória, criar um novo tipo penal para coibir os
atos de vandalismo. A medida provisória foi
convertida em lei, sem impugnações.

Com base nos dados fornecidos, assinale a


opção correta.

A) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na


criação de tipos penais por meio de medida
provisória, quando convertida em lei.

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B) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na


criação de tipos penais por meio de medida
provisória, pois houve avaliação prévia do
Congresso Nacional.
C) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois
não é possível a criação de tipos penais por meio
de medida provisória.
D) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois
não cabe ao Presidente da República a iniciativa
de lei em matéria penal.

Gabarito: C

PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE
OU LEGALIDADE

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Possui como funções proibir a incriminação de:


• Condutas internas
• Características pessoais
• Condutas moralmente reprováveis
• Condutas que não ultrapassam a esfera do
autor
Em resumo: não há infração penal quando a
conduta não tiver oferecido, no mínimo, perigo de
lesão ao bem jurídico.

PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE

Proíbe a responsabilidade penal objetiva.

Desta forma, para que alguém pratique um crime,


torna-se necessária a atuação com dolo ou culpa.

Via de regra, o crime será doloso. No entanto,


caso haja expressa previsão legal, o crime poderá
ser culposo.

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Art. 18, CP (...) Parágrafo único - Salvo os casos


expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.

Cuidado para não confundir o conceito de


culpabilidade do art. 59 do Código Penal, utilizado
na primeira fase da dosimetria da pena, com o
princípio da culpabilidade!
Culpabilidade do art. 59 do Código Penal: é uma
das circunstâncias judiciais analisadas na
primeira fase da dosimetria da pena, e consiste
na reprovabilidade da conduta perante a
sociedade.

De igual maneira, também destoa da


culpabilidade como substrato do crime, segundo o
seu conceito analítico, que se divide em:
imputabilidade, potencial consciência da ilicitude
do fato e inexigibilidade de conduta diversa

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PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Voltado primordialmente ao legislador, como


forma de criminalizar ou de descriminalizar
condutas, com base na aceitação ou não pela
sociedade.

Conforme tal princípio: “não pode ser considerado


criminoso o comportamento humano que, embora
tipificado em lei, não afrontar o sentimento social
da Justiça”.

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Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV -


2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI -
Primeira Fase - Reaplicação
Acerca dos princípios que limitam e informam o
Direito Penal, assinale a afirmativa correta.

A) O princípio da insignificância diz respeito aos


comportamentos aceitos no meio social.

B) A conduta da mãe que autoriza determinada


enfermeira da maternidade a furar a orelha de
sua filha recém-nascida não configura crime de
lesão corporal por conta do princípio da
adequação social.
C) O princípio da legalidade não se aplica às
medidas de segurança, que não possuem
natureza de pena, tanto que somente quanto a
elas se refere o art. 1º do Código Penal.

D) O princípio da lesividade impõe que a


responsabilidade penal seja exclusivamente
subjetiva, ou seja, a conduta penalmente
relevante deve ter sido praticada com consciência
e vontade ou, ao menos, com a inobservância de
um dever objetivo de cuidado.

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Gabarito: B

PRINCÍPIO DA
HUMANIDADE DAS PENAS

Segundo o art. 5º (...) XLVII da CF, não haverá


penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,
nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

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O princípio da humanidade defende a


inconstitucionalidade da criação de tipos penais
ou cominação de penas que possam violar a
incolumidade física ou moral de alguém. É
expressão da dignidade da pessoa humana,
consagrada como fundamento da República
Federativa do Brasil no art. 1º, III da CRFB.

Atua tanto na esfera legislativa, impedindo


sanções penais com caráter degradante, bem
como na aplicação concreta da pena pelo
magistrado e em sua execução.
Vejamos ainda o artigo 5º, XLIX - é assegurado
aos presos o respeito à integridade física e moral;

Legislativo:
sanções penais
proporcionais

Aplicação da
Humanidade pena em
concreto pelo juiz

Execução da
pena

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PRINCÍPIO DA
INTRANSCENDÊNCIA DA PENA

O princípio da intranscendência da pena também


é chamado de princípio da personalidade,
individualidade ou pessoalidade da pena, mas
não se confunde com o princípio da
individualização da pena.

Pelo princípio da intranscendência, a pena não


pode passar da pessoa do condenado.

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Assim, o justo é fixar a pena de maneira


individualizada, seguindo-se os parâmetros
legais, mas estabelecendo a cada um o que lhe é
devido. É o que prevê o art. 5.º, XLVI, da
Constituição.
Convém destacar existirem três momentos para a
individualização:
a) individualização legislativa: cabe ao legislador,
quando cria um novo tipo

penal incriminador, estabelecer o mínimo e o


máximo, em abstrato, previstos para a pena;
b) individualização judiciária: compete ao julgador,
na sentença condenatória, concretizar a pena, de
acordo com as várias circunstâncias previstas em
lei;
c) individualização executória: a pena aplicada,
quando em cumprimento, sofre variações,
conforme o desenvolvimento do sentenciado; é

possível reduzi-la (remição, indulto etc.), alterar o


regime (progressão ou regressão), entre outros
fatores.’’

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A intransmissibilidade da pena traduz postulado


de ordem constitucional. A sanção penal não
passará da pessoa do delinquente. Vulnera o
princípio da incontagiabilidade da pena a decisão
judicial que permite ao condenado fazer-se
substituir, por terceiro absolutamente estranho ao
ilícito penal, na prestação de serviços à
comunidade. [HC 68.309, rel. min. Celso de
Mello, j. 27-11-1990, 1ª T, DJ de 8-3-1991.]

Atenção: a pena de multa, embora seja


considerada dívida civil para fins de cobrança,
não pode alcançar os herdeiros do condenado!
O que poderá, então, alcançar os herdeiros do
condenado? A obrigação civil de reparar o dano
originário da prática da infração penal. Entretanto,
tal obrigação somente irá se transferir aos
herdeiros nos limites do patrimônio transferido
pelo sentenciado falecido.

MULTA OBRIGAÇÃO CIVIL DE REPARAR O DANO


Embora seja considerada dívida civil para fins Pode alcançar os herdeiros do condenado nos
de cobrança, não poderá alcançar os herdeiros limites do patrimônio transferido a título de
do condenado herança
Pagamento da pena de multa: Efeito genérico da condenação:

Art. 51. Transitada em julgado a sentença Art. 91 - São efeitos da condenação:


condenatória, a multa será executada perante
o juiz da execução penal e será considerada I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano
dívida de valor, aplicáveis as normas relativas causado pelo crime;
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no
que concerne às causas interruptivas e
suspensivas da prescrição. (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Atenção: com a redação dada pelo “Pacote Exemplos de previsão de responsabilidade civil
Anticrime”, a legitimidade para a cobrança da no Código Civil por ilícitos da seara penal:
pena de multa é do Ministério Público,
notadamente pois o artigo afirma de forma
expressa que sua execução ocorrerá perante o Crimes contra a honra: Art. 953. A indenização
juiz da execução penal. por injúria, difamação ou calúnia consistirá na
reparação do dano que delas resulte ao
ofendido.

Homicídio: Art. 948. No caso de homicídio, a


indenização consiste, sem excluir outras
reparações: I - no pagamento das despesas com
o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da
família; II - na prestação de alimentos às pessoas
a quem o morto os devia, levando-se em conta a
duração provável da vida da vítima.

. Cárcere privado: Art. 954. A indenização por


ofensa à liberdade pessoal consistirá no
pagamento das perdas e danos que
sobrevierem ao ofendido, e se este não puder
provar prejuízo, tem aplicação o disposto no
parágrafo único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da


liberdade pessoal:

I - o cárcere privado;

QUESTIONAMENTO ELABORATIVO:

01 – Quais são os requisitos e qual a


consequência da aplicação do Princípio da
insignificância?
02 – A mera cogitação de um crime pode ser
punida pelo Direito Penal?
03 – A pena de multa pode ser executada contra
herdeiro do condenado?

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04 – Qual princípio fundamentou a


descriminalização do adultério? E do crime de
sedução?
05 – Qual é o motivo principiológico para que o
CP limite o efetivo cumprimento da pena a 40
anos?
06 – A teoria da actio libera in causa obedece ao
princípio da culpabilidade?

07 – Qual é a diferença entre tipo penal em


branco e tipo penal aberto?
08 – Caso uma determinada lei criminalize uma
conduta no dia 10 de maio de 2020, sendo
publicada em 11 de maio de 2020, sem período
de vacatio legis, ela poderá ser aplicada a uma
conduta praticada no próprio dia 10 de maio?

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