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Planejamento Estratégico Público
Planejamento Estratégico Público
Estratégico Público
Roberto Ari Guindani
Paula Izabela Nogueira Bartkiw
© 2013 INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Imagens da capa:
© VLADGRIN/Shutterstock; JelleS/Creative commons; © Dmitriy Shironosov/Shutterstock; visaointerativa/Creative commons; © Robert
Kneschke/Shutterstock; © NAN728/Shutterstock; gracey/morgueFile; dbking/Wikimedia commons; © Robert Proksa/Stock.XCHNG; ©
Yuri Arcurs/Shutterstock; © jeff vergara/Stock.XCHNG; © Andresr/Shutterstock.
CDD 350
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Planejamento Estratégico Público
Apresentação
6
Visão geral sobre Capítulo
Cenários Organizacionais
A cada dia, percebemos que há uma mudança no cenário
mundial, seja ele econômico, organizacional e/ou político.
Países considerados sólidos e estáveis estão passando por
1
dificuldades financeiras, revendo e renovando suas políticas
públicas e enfrentando pressões sociais em busca do
desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Essa nova conjuntura econômica na qual os mercados estão
inseridos faz com que os governos e as organizações passem
a adotar formas diferenciadas de conduzir os negócios no
caso das organizações privadas, e meios alternativos de gerir e
atender a sociedade no caso do setor público.
Isso faz com que surjam novos produtos e serviços
diferenciados todos os dias, assim o que hoje é novo, amanhã
pode ser considerado obsoleto.
Você já parou para pensar como os produtos e serviços
vêm mudando nos últimos anos?
Observe a figura abaixo, os computadores como sofreram
transformações: tamanho, formato, cor, espessura, etc., e, da mesma
forma, aconteceu com muitos outros artigos de nosso cotidiano.
Evolução da Tecnologia
Fonte: http://teclonogiasmyblog.blogspot.com.br/2011/02/
evolucao-dos-computadores.html
8
Apresente três produtos que surgiram, nessas
áreas, no último ano:
E então, foi fácil lembrar produtos e serviços que surgiram nos últimos
anos nessas áreas?
Com certeza, você deve ter pensado nos recentes modelos de carros,
telefones celulares, tablets, ipod, entre outros. Algumas pessoas assimilaram
essa evolução rapidamente, isso significa que elas estão atentas às mudanças
que vêm ocorrendo no mercado. Mas, para a maioria é difícil perceber
mudanças, pois ficam presas às tarefas do dia a dia e não observam o que
vêm acontecendo em relação aos produtos e/ou serviços oferecidos.
Visualize na figura Produtos e Serviços que Surgiram nos Últimos Anos
a evolução de alguns segmentos de produtos e serviços, exemplos dessas
alterações.
Boletim de
Celular com
Câmera de ré Tv LED 3D acidente de
TV digital
trânsito integrado
10
Boletim de Acidentes de Trânsito Eletrônico Unificado – Bateu
Fonte: www.bateu.pr.gov.br
Outro exemplo é a implantação da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica
(NFS-e) pela Prefeitura Municipal de Cuiabá-MT e outros 350 municípios
brasileiros, por meio da Secretaria Municipal de Finanças. Com esse novo
procedimento, a Prefeitura superou algumas barreiras relacionadas ao
atendimento aos cidadãos e melhorou a eficiência na arrecadação tributária
no município.
A NFS-e é o resultado de um trabalho de modernização da Prefeitura
de Cuiabá, com o objetivo precípuo de dar mais eficiência à Arrecadação
Tributária, como também simplificar o atendimento aos prestadores de
serviços. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ-MT, 2012).
12
A economia era um fator instável, com altos juros, inflação exagerada
e descontrolada e com poucas oportunidades de negócios. Todos esses
fatores somados faziam com que os empresários acabassem fazendo as coisas
sempre da mesma maneira.
Negócio Familiar: do Pequeno Empreendimento à Grande Indústria
Fonte: http://www.omelhordobairro.com.br/
aracatuba-santana
Ainda, outro exemplo, são os produtos da área têxtil que vêm da Índia.
De onde vêm essas roupas tão baratas?
Atualmente, fazer um terno sob medida com um alfaiate custa em média
R$ 2.000,00. Um valor alto para a maioria da população. Mas, se você for
a lojas que vendem produtos provenientes da Índia, você pode encontrar
ternos a partir de R$ 99,00.
R$ 2.000 R$ 99,00
14
Internacionalização dos mercados
/ Creativa Commons.
Todos esses exemplos ilustram as mudanças rápidas dos mercados,
fazendo com que as organizações tenham que buscar um diferencial para se
tornarem competitivas4.
Na área pública, não é diferente. Com o auxílio da tecnologia da
informação, principalmente a partir dos anos 1990, os órgãos públicos
começaram a se modernizar em relação aos processos e procedimentos,
visando atender de forma mais rápida, eficiente e transparente os seus
clientes.
Segundo Pereira (2012), existem diferenças sim, pois, para que haja a
modernização dos processos e procedimentos administrativos na área
pública, deve-se pensar nos seguintes itens:
a. Dimensões estratégicas: focar nos programas e ações públicas.
b. Estrutura: redimensionar, para que não haja estrutura excessiva
em alguns setores e escassa em outros.
c. Processos: compreender e entender as regras padronizadas dos
processos e procedimentos públicos.
d. Pessoas: capacitar e qualificar os agentes internos para execução
das atividades.
e. Recursos: agilizar a logística das operações e instalar tecnologia
de informação.
f. Cultura: motivar os funcionários na prática das funções
administrativas.
Síntese
Com o novo cenário mundial, as organizações precisaram se adaptar aos
novos conceitos econômicos, sociais, organizacionais e políticos. A nova
conjuntura econômica fez com que os governos e organizações tivessem
que adotar novas medidas de conduzir os negócios e a sociedade. Esses
efeitos foram causados principalmente pela globalização, e afetaram
significativamente as relações estabelecidas no âmbito da gestão pública.
Neste capítulo, apresentamos as mudanças mercadológicas, entre elas
a diversificação dos produtos que vêm surgindo nos últimos tempos em
nosso dia a dia, e o impacto que essas mudanças vêm causando em nossas
vidas. Notamos que a diversificação de produtos e/ou serviços que nos são
oferecidos resultam, sem que percebermos, em mudanças nos hábitos de
consumo, nos formatos de atendimentos e, principalmente, nas políticas
públicas.
Na área pública, verificamos que a informatização dos processos e
procedimentos, a partir da década de 1990, resultou em maior desenvoltura
nas ações, na tentativa de atender de forma mais rápida, eficiente e
transparente a comunidade.
Planejamento Estratégico Público
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Assista ao vídeo A Visão de Futuro da Produção(Productivity Future
Vision), produzida pela Microsoft Office em 2011, no qual são apresentadas
novas tecnologias e suas influências no dia a dia das pessoas. (Vídeo em inglês)
Link: http://www.youtube.com/watch?v=a6cNdhOKwi0&noredirect=1
Sugerimos a todos que desejam aprender mais sobre esse assunto, que acessem o
site: <http://www.youtube.com/watch?v=73esHdmWC8c>e assistam ao vídeo que
aborda “O Desafio para o Gestor Público do Estado Herdado para o Estado
Necessário”, com o professor Luiz Carlos, do Programa Nacional de Formação em
Administração Pública (PNAP) da Universidade Aberta do Piauí (UAPI).
Acesse a Revista de Administração Pública – RAP, e leia os artigos que
discorrem sobre a Gestão Pública, disponíveis no site:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-7612
&lng=pt&nrm=iso
Acesse o link abaixo e observe como a internet evoluiu desde o seu surgimento
até os dias de hoje.
http://www.makeweb.com.br/makepress/a-evolucao-da-internet/
Bibliografia comentada
Divulgação.
Princípios do Planejamento
Fonte: Elaborado
pelos autores (2012)
Planejamento Administração
Estratégia
Estratégico Estratégica
2.1 Estratégia
O conceito de estratégia é definido por vários autores e
cada um enfatiza o termo sob um enfoque diferente. Vejamos
algumas definições de estratégia.
STEINER (1979) define estratégia como aquilo que pode ser a futuridade
das decisões correntes.
PORTER (1985) define estratégia como a busca de uma posição competitiva
favorável.
ANSOFF(1990) define estratégia como regras e diretrizes para decisões que
orientem o processo de desenvolvimento de uma organização.
ANSOFF e McDONNEL (1993) definem estratégia como um conceito
fugaz e abstrato.
GIMENEZ (2000) define o conceito de estratégia como aquilo que atrai a
atenção e gera controvérsia porque a estratégia é tanto arte quanto ciência.
ZACARELLI (2000) explica que a estratégia é um guia para decisões sobre
interações, compreende ações e reações envolvendo aspectos do negócio e
preparação para obter vantagem nas interações.
WHITTINGTON (2002) descreve que o próprio volume de literatura
sobre o tema demonstra a dificuldade em se lidar com o tema estratégia.
WELH (2005) enfatiza que estratégia significa fazer escolhas claras sobre
como competir.
A partir do quadro anterior, percebe-se que cada autor define o conceito
de estratégia sob uma abordagem distinta, principalmente relacionando-a
aos estudos que desenvolve. O termo estratégia não é algo novo, ele já vem
sendo usado há muito tempo.
Você sabia que estratégia é uma prática de guerra?
Por isso é que se diz que o termo é antigo, pois as guerras sempre existiram.
A palavra tem origem grega e foi muito usada na França no século
XVIII, e logo depois, aos poucos, foi incorporada
também pela política. Sertek, Guindani e
Martins (2011) explicam que o termo
“A maior das habilidades é
vencer os inimigos sem lutar”. “estratégia” (do grego: strategos),
inicialmente, referia-se a uma posição
“A estratégia ideal é: vencer sem lutar,
exercida, depois à habilidade gerida
realizar o máximo fazendo o mínimo”.
Sun Tzu (2006, p. 16). e, em seguida, ao discurso emitido e
defendido, até chegar ao significado de
a força em vencer o inimigo.
Nos princípios de Sun Tzu (2006, p. 16), a
estratégia é vista como o objetivo de conhecer e desenvolver as
habilidades das equipes para evitar o conflito ou torná-lo totalmente
desnecessário.
No livro A Arte da Guerra, de
20
Para Mintzberg e Quinn (2001), uma estratégia bem formulada ajuda
a ordenar e alocar os recursos de uma organização para uma postura
singular e viável, com base em suas competências e deficiências
internas relativas, mudanças antecipadas no ambiente e providências
contingentes realizadas por oponentes inteligentes.
Para entender melhor o que pode ser considerado lucro pelas diversas
formas de organizações, imagine qual é a forma de lucro de uma organização
privada? E de uma organização governamental? E ainda, de uma ONG?
Pois bem, vamos aqui elencar essas três formas:
2 Stakeholder é alguém que tem interesse no que uma organização faz ou tem influência sobre o negócio.
Princípios do planejamento
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2. Princípio da precedência: corresponde a uma função administrativa
que vem antes da outra. O planejamento define o que e como vai
ser feito. Dessa forma, o planejamento se posiciona como de maior
importância no processo da administração estratégica.
3. Princípio das maiores influências: por meio do planejamento pode-
-se prever uma série de impactos, modificações e ritmo como um todo,
ele abrangerá tanto questões tangíveis como intangíveis, internas
quanto externas, presentes quanto futuras. Assim, o planejamento
estratégico provocará transformações nas pessoas (necessidade
de novos aprendizados, capacitações, comportamentos, atitudes,
relacionamentos, etc.), no tipo e uso de tecnologias (concernente à
melhor forma de atender às necessidades dos clientes) e nos sistemas
da organização (procedimentos, instruções, níveis de autoridade,
comunicação, delegação, produção, atendimento, vendas, etc.).
4. Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento
deve visar fazer da melhor forma, no tempo certo, pela pessoa e
recurso certos (eficiência), buscando o máximo de eficácia (resultados
excelentes), de forma progressiva, constante e sustentável (efetividade).
De acordo com Oliveira (2009), a efetividade representa a capacidade
de coordenar, constantemente, tempo, esforços e energias, tendo em
vista o alcance dos resultados globais e a manutenção da organização
no ambiente.
Sobre o que diz a respeito dos princípios específicos, Ackoff (1974)
destaca quatro importantes observações para a elaboração do planejamento:
1. O planejamento deve ser participativo: para que haja resultados
efetivos é necessário que aqueles que estão encarregados da
execução tenham se envolvido com a sua concepção, porque se
assim não for, não haverá comprometimento com a qualidade e a
quantidade dos resultados. Então, o ideal é que as pessoas em cargos
de gestão pensem e montem o planejamento, facilitando o processo
de construção, e buscando envolver representantes dos níveis tático
e operacional da organização.
2. O planejamento deve ser coordenado: deve haver uma liderança
que pense de forma global, pense no modo como cada área envolvida
irá atuar de forma conjunta. O planejamento não deve ser feito de
forma isolada, é fundamental que as diversas áreas da organização
participem, enfatizando suas necessidades e especificidades.
DESCRIÇÃO
1. Previsão Corresponde ao esforço para verificar quais serão os eventos que poderão
ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades.
2. Projeção Corresponde à situação em que o futuro tende a ser igual ao passado, em
sua estrutura básica.
3. Predição Corresponde à situação em que o futuro tende a ser diferente do passado,
mas a organização não tem nenhum controle sobre o seu processo e
desenvolvimento.
4. Resolução Corresponde a aspectos imediatos que procuram tão somente a correção
Planejamento Estratégico Público
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Tendo clareza do que não é planejamento estratégico, é possível
desenvolver agora o que é planejamento estratégico e sua dimensão.
Mintzberg (1995) define planejamento estratégico como sendo o percurso
das ações conscientes, intencionais e deliberadas, com o intuito de cumprir
metas e objetivos previamente estabelecidos pela organização.
Tipos de Planejamento
Fonte: Oliveira (2009)
Estratégico
Tático
Operacional
Administração Estratégica
Planejamento Estratégico Público
Diagnóstico
Planejamento
Formulação Administração
Estratégia
Implementação Estratégica
Controle
Avaliação
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A figura Administração Estratégica apresenta a relação da estratégia, do
planejamento estratégico e suas inter-relações.
Por isso, cabe aqui explicarmos a evolução e o desenvolvimento dos
termos apresentados.
Após as guerras mundiais, ao final da década de 1930 e início da década
de 1940, os países começaram a se reconstruir. Esse novo cenário econômico,
político e social passou a ter características específicas, e o aumento da
competitividade dos mercados foi uma das que se destacou.
Sertek, Guindani e Martins (2011) complementam, explicando que
quando a complexidade do mundo organizacional aumentou, a partir
da década de 1950, a administração estratégica passou a receber atenção
de maior abrangência nos meios acadêmicos e organizacionais, exigindo
um perfil gerencial empreendedor com respostas rápidas e corretas à
ação de concorrentes, com redefinição do papel social e econômico das
organizações e com melhor adequação à nova postura assumida pelos
consumidores.
Síntese
Neste capítulo, aprendemos que o conceito de estratégia surgiu na área
militar e aos poucos foi inserido no mundo político e organizacional.
Enfatizamos, também, que estratégia, segundo Ansoff, pode ser definida
como regras e diretrizes que direcionam as decisões e orientam o processo
de desenvolvimento de uma organização. Em seguida, foi apresentado o
conceito de planejamento e seus princípios.Sendo assim, o desenvolvimento
sistemático de programas de ação, com o objetivo de alcançar objetivos
definidos por meio de análises, avaliações e seleções de necessidades
é definido por Certo e Peter como sendo planejamento. Vimos que o
planejamento estratégico é dividido em três tipos: estratégico, tático e
operacional e, por fim, vimos que o conceito de administração estratégica
está relacionado ao diagnóstico estratégico, planejamento, implementação
da estratégia organizacional e controle estratégico das organizações, sejam
elas públicas e/ou privadas. E para encerrar, evidenciamos as especificidades
e a relação dos elementos trabalhados, definindo que estratégia é o que
fazer, planejamento é como fazer e administração é o gerenciamento de
todas essas ações.
Bibliografia comentada
Divulgação.
Esse livro trata dos princípios que fizeram da Toyota a montadora mais
lucrativa do planeta, mostrando os métodos do sistema revolucionário para
dar competitividade para as organizações.
Divulgação.
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Diagnóstico do planejamento Capítulo
Diagnóstico Estratégico
Fonte: Elaborado
pelos autores (2012)
Pesquisa de
Análise Externa Análise Interna
Mercado
Essas formas de diagnóstico organizacional permitem aos gestores
analisar as organizações nos aspectos externos, nos aspectos internos e nas
relações com os concorrentes.
Na análise externa, observa-se a organização de fora para dentro,
na análise interna, observa-se a organização de dentro para fora e na
pesquisa de mercado, busca-se respostas num cenário competitivo diante
dos concorrentes, procurando criar novas oportunidades de negócios para a
organização.
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Exemplos de Variáveis Incontroláveis
Variável Exemplos
P Política Quem será o próximo presidente?
E Economia Qual a cotação do dólar amanhã?
S Social Controle do crescimento populacional?
T Tecnologia Controle de novas invenções?
A Ambiental1 Controle do crescimento urbano?
C Climático É possível controlar desastres?
Fonte: Elaborado pelos autores (2012)
DESCRIÇÃO EXEMPLOS
Comunicação Divulgação em mídias especializadas das ações realizadas pelo Governo
Preço Cobrança de taxas e impostos
Consumidor Serviço de segurança à comunidade
Distribuição Distribuição de vacinas, como em campanhas de vacinação às crianças
Fornecedor Garantir a qualidade no fornecimento de alimentos às escolas
Intermediários Prestadores de serviços de informática
Incontrolável Controlável
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Rezende (2011) explica que ao analisar a organização deve-se conhecer
o ambiente interno como o ambiente externo, e é necessário fazer um
mapeamento ambiental – os recursos e capacidades que servem de fonte
de vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, relacionando-os
tanto no que se refere às variáveis internas como às variáveis externas. Hitt;
Ireland; Hoskisson (2002) complementam Rezende (2011), explicando que
mapeamento ambiental pode ser entendido também como mapeamento de
competências essenciais da organização.
Vamos explicar esse mapeamento de competências pegando como
referência uma escola pública. A escola é estruturada de forma que cada pessoa
possua sua função pré-determinada, então partimos do princípio de que todos
os alocados em suas respectivas funções possuem habilidades e competências
para exercer tais atividades. Ao colocarmos as pessoas certas nos lugares certos,
essas passarão a executar suas tarefas com entusiasmo e dedicação. Outra
questão é a infraestrutura oferecida: o que se espera ter na escola são salas de
aula adequadas, com mesas, cadeiras, iluminação, pintura, biblioteca com livros
que atendam os alunos, salas de estudos, equipamentos eletrônicos de estudos
como som, tv, multimídia, computadores, entre outros; cantina para os alunos;
laboratórios de informática de química, física e robótica; bem como um
ambiente escolar que possibilite aos professores o desenvolvimento de
atividades extraclasse. Todos os esses fatores, quando reunidos e organizados,
são considerados competências essenciais para que a organização possa
executar sua finalidade.
Salário Mínimo. Outro exemplo, em relação às variáveis
externas e internas do governo é o aumento do
Onsemeliot / Open Clipart
%
StudioFibonacci / Open Clipart
2 A pesquisa qualitativa é utilizada reunindo pequenos grupos que serão entrevistados, geralmente
através de um roteiro pré-definido. As ideias, opiniões e observações serão analisadas e relatadas
através de uma análise qualitativa. Já na pesquisa quantitativa, os dados geralmente são coletados
através de questionários que padronizarão os resultados, gerando números que podem ser
transformados em tabelas e/ou gráficos.
34
Rezende (2011) explica que o processo de se estabelecer formalmente
as análises de mercado pode obedecer a diversas metodologias e diferentes
técnicas. Quando existem muitos competidores, ou concorrentes, podem ser
selecionados os mais relevantes. Quando os competidores ou os concorrentes
não são identificados, os serviços ou produtos substitutos devem ser avaliados.
Recomenda-se que ao final das análises mercadológicas seja feita uma
análise comparativa entre os produtos e/ou serviços.
Utilizando-se, ainda, o exemplo acima, da secretaria de transportes,
o governo do estado pode sugerir que todas as cidades próximas da faixa
litorânea afetadas pelo aumento de visitantes no período em questão,
reúnam-se para discutir o resultado das práticas adotadas e ao final do
encontro sugiram melhorias para os próximos eventos.
Síntese
Este capítulo tratou do diagnóstico do planejamento estratégico no setor
público. Vimos que para a realização desse diagnóstico é necessária a
apreciação de três fatores: análise externa, análise interna e pesquisa de
mercado. A análise externa, também chamada de macroambiente, é composta
pelas variáveis incontroláveis, ou seja, aquelas que não podem ser previstas,
como por exemplo, os fatores políticos.
A análise do ambiente interno ou microambiente é composta por variáveis
que vão influenciar diretamente as organizações. Essas variáveis podem ser
controladas, como por exemplo, os fornecedores.
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Ferramentas estratégicas Capítulo
Ferramentas Organizacionais
© Boguslaw Mazur/Shutterstock
SUCESSO
Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2003,) para ter
competitividade e retornos acima da média, faz-se necessária
a adoção de ferramentas de gestão estratégica que visem
melhorar as fontes de recursos, as capacidades instaladas e
as competências essenciais.
Muitas são as ferramentas disponíveis, porém, é
importante definir qual é a melhor dentre todas, mas como
fazer essa escolha?
O segredo não está em descobrir uma ferramenta, mas
em entender as diferentes ferramentas e saber quando e
como utilizá-las da forma mais adequada. Dentre as várias
ferramentas disponíveis, escolhemosas mais frequentemente
utilizadas -análise SWOT, matriz BCG e análise Ansoff.
4.1 Análise SWOT
A análise SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas no processo
de gestão. A sigla SWOT é um acrônimo das palavras inglesas: Strengths,
Weaknesses, Opportunities e Threats, cujos significados estão apontados no
quadro Análise SWOT.
Análise SWOT
S Strengths Forças
W Weaknesses Fraquezas
O Opportunities Oportunidades
T Threats Ameaças
Oportunidades Ameaças
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O modelo SWOT considera a estratégia de negócios existentes como
a combinação que se faz entre os recursos internos e suas habilidades,
com as oportunidades e riscos existentes no ambiente externo. As boas
estratégias, então, seriam aquelas que explicitariam uma boa combinação
entre esses fatores. (CECCONELLO e AJZENTAL, 2008)
Em outras palavras, pode-se dizer que a Análise SWOT consiste em um
exame do ambiente interno da organização (missão, objetivos, estratégias,
recursos, tendências, etc.), para identificar forças e fraquezas específicas,
e de seu ambiente externo (demográfico, econômico, tecnológico, social,
cultural, legal, forças políticas e naturais), para identificar oportunidades e
ameaças específicas.
EXTERNO
INTERNO
Análise interna
Análise
externa
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Estrutura para Análise SWOT
Matriz BCG
Crescimento de Mercado (%)
Estrela ? Interrogação ?
1 Matriz de dupla entrada significa que há duas variáveis que são avaliadas para se realizar, nesse caso,
a Matriz BCG.
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A - CRESCIMENTO DO MERCADO ALTO X PARTICIPAÇÃO
DO MERCADO ALTO
As estrelas são produtos e/ou serviços com alto crescimento e boa
participação de mercado. A interrogação são os produtos e/ou
serviços com alto crescimento, no entanto com baixa participação
de mercado. O estado da estrela é o melhor cenário para uma
organização e requer um investimento maior, pois é a situação ideal
de alto crescimento e alta participação.
Imagine que a prefeitura de uma cidade pequena atenda 90% das
crianças que precisam de creches. As outras (10%) estão alocadas
na rede privada. Nesse cenário, a prefeitura possui uma grande
participação no mercado de creches. Estima-se que o número
de crianças nessa cidade crescerá nos próximos anos em função
da vinda de novos moradores. Em resposta a essa estimativa, a
prefeitura já está construindo mais duas creches para atender a
esse aumento da demanda.
B - CRESCIMENTO DO MERCADO ALTO X PARTICIPAÇÃO
DO MERCADO BAIXO
No estado da interrogação, é importante aumentar a participação
de mercado, pois há uma demanda alta com baixo retorno, é o ponto
em que o crescimento do mercado é alto, mas a participação é baixa.
Agora imagine a situação contrária no exemplo anterior. O número
de creches aumenta e o número de moradores diminui nos próximos
anos e o número de crianças por família também. A prefeitura terá
uma participação alta em creches para um público reduzido ano
após ano.
C - CRESCIMENTO DO MERCADO BAIXO X PARTICIPAÇÃO
DO MERCADO ALTO
O estado vaca leiteira requer um baixo investimento, pois é onde há
alta participação com baixo crescimento.
Pense, a prefeitura dessa mesma cidade oferece treinamento
especializado para os moradores que desejam trabalhar nas
organizações estabelecidas ali. Porém, o número de treinamento
é alto para o número de vagas, que vêm caindo gradativamente.
Então, sugere-se que a prefeitura aumente o grau de capacidade
dos participantes ou incentive o aumento de postos de trabalhos
às organizações estabelecidas, objetivando aumentar o número de
participantes.
44
novos produtos e/ou serviços, chegando até a se tornar estrelas.
Geralmente possuem taxa de crescimento alto gerando mais
capital financeiro para organização.
Estrelas exigem grandes investimentos para manter a sua alta
taxa de crescimento, pois possuem faturamentos altos, devido a
sua alta participação de mercado. Uma estrela pode se tornar uma
vaca leiteira quando o mercado diminuir a sua taxa de crescimento.
Interrogação são produtos que crescem rapidamente e requerem
grande investimento, por isso deve-se analisar se vale ou não a
pena investir neles para aumentar a participação de mercado. Uma
interrogação pode ganhar participação de mercado e se tornar uma
estrela, ou se tornar uma vaca leiteira se o crescimento diminuir.
Matriz Ansoff
A matriz de Ansoff tem como característica avaliar e determinar a
oportunidade de crescimento das unidades de negócio, observando que
as estratégias terão um impacto alto nas ações tomadas, mas quando
bem estudadas e elaboradas, será o fator determinante para um sucesso
imediato.
As decisões estratégicas, segundo Ansoff (1990), preocupam-se
especificamente com a seleção do composto de produtos a serem
produzidos e dos mercados nos quais atuam. Nesse contexto, Sertek,
Guindani e Martins explicam que o vetor de crescimento especifica a
direção dos negócios futuros e apresenta quatro alternativas:
• A penetração de mercado explora mercados onde já existem
produtos.
• O desenvolvimento de mercados busca inserir produtos (atuais)
em novos mercados.
• O desenvolvimento de produtos procura explorar os mercados
existentes com novos produtos.
• A diversificação explora novos mercados com novos produtos.
Segundo Ansoff (1990), há um elo comum evidente entre as três
primeiras alternativas, representado pelo conjunto de potencialidades de
marketing, pela tecnologia do produto, ou ambos. Já na diversificação,
o elo comum é menos evidente e certamente mais fraco.
Bibliografia comentada
Divulgação.
46
Divulgação. HITT, Michael A., IRELAND,R. Duane, HOSKISSON, Roberto E.
Administração Estratégica: Competitividade e Globalização;
tradução de José Carlos Barbosa dos Santos e Luiz Antonio Pedroso
Rafael. São Paulo: Pioneira Thompson Learnig, 2002.
5.1
Etapas e fatores importantes da
criação do planejamento estratégico público
Especificamente no setor público, o planejamento deverá ser elaborado
com base nas informações do plano de governo, e nos fatores internos
(saúde, tecnológico, segurança, educação, etc.), e nos fatores externos
(economia nacional e global, setor industrial, corporativo, sociedade, etc.),
que influenciam positivamente ou negativamente o setor.
O plano de governo serve como base para direcionar a criação do
planejamento estratégico, desenvolvido de acordo com as prioridades e
realidade local para o funcionamento da gestão municipal, estadual e federal.
50
Para complementar as informações da fase inicial, a fim de determinar as
ações e objetivos fundamentais que farão parte das etapas do planejamento,
será necessário seguir os cinco passos ilustrados no quadro abaixo.
1. 2. 3. Definir as metas
Determinar de forma Diagnóstico
clara os objetivos O caminho a ser percorrido
Identificar os principais
O que se pretende atingir a problemas a serem Quantificar as informações do
longo prazo solucionados objetivo a ser alcançado
4. 5.
Analisar e definir meios de
Elaborar as ações –
estratégias controle das estratégias
Desenvolver o acompanhamento
Caminho a ser percorrido para e gestão das metodologias e
que se alcance os objetivos ferramentas implantadas
Burocracia
Domínio Público / pixabay.com;
che / Creative Commons.
52
de menor duração. Resumindo, utilizaremos períodos de longo prazo, médio
prazo e curto prazo. No plano de governo, as prioridades serão aplicadas
dentro do prazo do mandato do governante que, compreende o período de
quatro anos. O plano plurianual (PPA), por exemplo, que está detalhado no
item 5.3 deste capítulo, pode ser desenvolvido para execução das ações e metas
da administração pública em médio prazo.
54
d. No planejamento estratégico a organização poderá equilibrar, de
forma clara e definida, o caminho a ser percorrido num período
de longo prazo.
Segundo Matus, esse planejamento situacional funcionará como um
sistema responsável por dar diretrizes para:
a. tomar decisão e participar de forma efetiva do plano;
b. possibilitar a alteração de metas e objetivos durante a execução,
pois a intervenção do governo não é permanente. Poderá ser
alterada ao longo do período de acordo com o tipo de situações e
mudanças que se apresentarem no ambiente;
c. transformar o planejamento em realidade, permitindo a atuação
dos envolvidos, administrando conflitos existentes para atingir
interesses e objetivos comuns, tornando o planejamento e as
ações inseparáveis.
Nesta proposta desenvolvida por Matus (1993), cada função deverá ser
considerada fundamental para obter maior desempenho. O PES considera
que as variáveis ou influências poderão se alterar ao longo do tempo, assim,
é fundamental existir a possibilidade de realizar alterações relacionadas às
metas e ações do plano.
Projeto de
governo
Fonte: desenvolvido com
base em Matus (1993).
Capacidade
Governabilidade do governo
56
definido um conjunto de ações para atacar as causas dos problemas,
discutir a eficácia de cada ação. Podemos citar os planos de governo
com foco nas metas de expansão e inclusão social na educação.
3. Momento estratégico: identifica diversas interações entre os atores
e as oportunidades, definindo os agentes envolvidos e a elaboração
de uma matriz de afinidade e motivações, os recursos críticos para
viabilizar o plano e a realização da avaliação estratégica, ainda,
quantas e quais serão as pessoas envolvidas em cada uma das etapas
do planejamento e a elaboração das ações e que competências serão
exigidas para realização das atividades.
4. Momento tático-operacional: neste momento, o plano se converte em
ação, tornando-se indispensável realizar o monitoramento constante
das ações e resultados obtidos nas etapas iniciais. Desenvolver e
aplicar modelos de relatórios gerenciais, modelos de avaliação para
analisar os resultados.
Para diminuir conflitos e erros durante o desenvolvimento e implantação
do planejamento estratégico situacional será necessário estabelecer uma
análise, controle e revisão de todo o plano, seguindo as informações e dados
fornecidos. Nessa diretriz, as três pontas da pirâmide estão em contato,
interagindo, realizando um relacionamento entre as bases, permitindo a
união de interesses comuns.
Podemos citar um dos grandes problemas enfrentados em qualquer
governo, a divisão de políticas públicas, ou seja, a aplicação de políticas
diferentes, desenvolvidas sem nenhum acompanhamento gerencial,
permitindo que muitas pessoas tomem diferentes decisões, ocorrendo erros
no resultado das atividades.
O PES possibilita identificar objetivos, governar de forma transparente,
priorizar as ações identificando a reação dos diversos fatores e agentes que
interagem e interferem na implantação de acordo com sua real capacidade
de execução.
58
Periodicidade do Ciclo Orçamentário em Relação ao Mandato Executivo
Fonte: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1998/decreto-
2829-29-outubro-1998-343368-norma-pe.html>. Adaptado.
60
O desenvolvimento do plano plurianual possui como base informações
dos programas de governo e documentos dos órgãos estaduais com o
objetivo de demonstrar a situação socioeconômica de cada um, servindo
como instrumento de avaliação e gestão das ações do governo. Os programas
são elaborados por ações detalhadas em atividades e projetos.
1 Lei orçamentária - A lei orçamentária anual (LOA) estima as receitas que o governo espera arrecadar
durante o ano e fixa os gastos a serem realizados com tais recursos. A proposta da LOA compreende
os três tipos distintos de orçamentos da União. O orçamento fiscal, orçamento de seguridade social
e orçamento de investimento das organizações estatais.
1.
Mais informações sobre os planos plurianuais do Brasil podem ser
visualizados e acompanhados através do site do Ministério do Planejamento,
Orçamentos e Gestão, http://www.planejamento.gov.br.
2. Mais informações sobre planejamento situacional como estudo de caso
aplicado ao Turismo Regional. Elaboração do Plano Estratégico de
Desenvolvimento do Turismo Regional. Disponível em: http://www.
ibam.org.br/media/arquivos/estudos/elaboracaoplanoestrategico_
turismo.pdf
Planejamento Estratégico Público
62
Bibliografia comentada
Divulgação.
Processos de formulação
Sem escolher um método apropriado é inviável fazer a formulação da
estratégia. O método é mais importante do que a meta a ser atingida, como
comenta Falconi (2012). De nada adianta ter uma meta bem definida sem
saber como viabilizá-la para atingir os resultados.
A flexibilidade é a palavra-chave aos processos de formulação da
estratégia, pois vários fatores e condições podem ser alteradas ao longo do
tempo. Reafirmando, os gestores públicos devem estar atentos aos fatores
externos e internos que podem redirecionar os passos propostos.
A escolha do método mais adequado para a implantação da estratégia
necessita da análise de todas as características e especificidades de cada
Planejamento Estratégico Público
66
No conceito de Mintzberg (2001):
a estratégia muda e evolui com o passar do tempo de acordo com
as decisões de futuro tomadas por seus administradores;
as decisões são motivadas por problemas impostos por seus
gestores ou administradores e outras resultam na busca de novas
alternativas e oportunidades;
as decisões não são previstas nem programadas antecipada-
mente, são tomadas à medida que os problemas e as oportuni-
dades aparecem, baseadas por valor de importância, sendo difícil
integrar diferentes decisões de forma compreensiva;
por existirem diferentes demandas e situações, os administradores
se tornam incapazes de desenvolver com profundidade algumas
análises e questões estratégicas, por tomarem algumas decisões
sem muita precisão;
o administrador sempre está dividido e envolvido em diversas
tarefas, não possuindo tempo disponível para identificar e
aproveitar as oportunidades e ao mesmo tempo resolver problemas.
Por essa razão, adquire uma visão estratégica mais realista.
No conceito de Ansoff (1993), no processo de formulação da estratégia, a
ação não é imediata, a organização precisa lidar com dois tipos de problemas.
Problema 1- Escolher e tomar a decisão certa para seu crescimento
futuro.
Problema 2 - Mobilizar as energias de grande número de pessoas
para a nova direção escolhida.
Como os
produtos
Define os Define as
e serviços Estratégia de
objetivos da estratégias
conquistam operações
organização de marketing
pedidos
(1995)
Planejamento Estratégico Público
(vendem)
68
As Três Etapas para a Formulação
da Estratégia segundo Christensen
Criar mapas
que descrevam
como cada grupo
contribuirá
para atingir a
estratégia
70
envolvimento com o material, toque pessoal, maestria de detalhe, senso
de harmonia e integração. Precisam estar em campo, em contato pessoal,
não passar muito tempo no escritório analisando relatórios, envolvidos no
aprendizado das respostas recebidas. Embora a visão individual não seja
importante, outros fatores precisam ser analisados para definir a estratégia.
2.
Diagnóstico estratégico Formulação das
do ambiente estratégias
definir as forças e fraquezas, ações ou atividades devem
ameaças e oportunidades, garantir a transparência das
dando subsídios para as ações e atos, tratando todos
decisões e ações atingirem os igualmente, e tudo com
Controle estratégico
3. Avaliação estratégica
em conjunto com a média gerência,
através do pensamento sistêmico.
Realizar reunião com os gerentes
desenvolver mapas, planos da linha operacional para que
incorporem seu estilo de decisão
que descrevam como cada visando satisfazer as necessidades
4.
grupo contribuirá para atingir a coletivas, por meio de uma
estratégia. gestão participativa.
A ferramenta 5W2H
A ferramenta 5W2H é um plano de ação que auxilia diretamente no
processo de implantação da estratégia, sendo utilizada na formulação tanto
no setor privado quanto público. Este plano de ação visa definir claramente
as atividades a serem executadas pela equipe com a maior clareza possível,
sendo um mapa de atividades e ordem de execução, eliminando por completo
as dúvidas que possam surgir.
Este plano de ação5W2H origina-se de cinco palavras em inglês iniciadas
com a letra W e duas iniciadas com a letra H. Essas palavras geram a base
de construção dessa ferramenta. Utilizada para planejar a implementação
de uma solução, sendo elaborado em resposta às questões a seguir. Essas
palavras em inglês são:What, Why, Where, When, Who, How, How Much que
respectivamente traduzidas para o português são: O que, Por quê, Onde,
Quando, Quem, Como, Quanto.
72
3. Where – Onde será feito?
Responder onde a ação será executada, em qual setor, departamento,
ambiente.
WHAT
HOW WHY
MUCH
CICLO DA
FERRAMENTA
Fonte: os autores (2012)
5W2H
HOW WHERE
WHO WHEN
1 Brainstorm: tem sua origem criada por Osborn, em 1938. Em inglês quer dizer tempestade cerebral.
É uma técnica utilizada para estimular a geração de ideias em grupo que envolve a contribuição
Planejamento Estratégico Público
74
A Ferramenta 5W2H e o Setor Público
O que será Por que Onde Quando Por quem Como será Quanto
feito? será feito? será será será feito? custará
feito? feito? feito? fazer?
Why?
Por quê?
What?
How much?
O que?
Quanto?
Who?
Nível Operacional
Nível Estratégico
Quem?
Nível Gerencial
When?
Quando?
Where?
Onde?
Fonte: Meireles (2001).
How?
Como?
76
De forma direta, o sucesso da implantação é manter a equipe focada nas
ações, iniciando-as no prazo estabelecido, sendo persistente e flexível. Outro
fator de sucesso é a flexibilidade diante dos problemas que podem ocorrer
em todas as etapas do planejamento. Identificados os problemas, o gestor
deverá ampliar o controle e gerenciar conforme a cultura organizacional.
Todos os integrantes da equipe, de todos os níveis da organização, devem
estar envolvidos no processo de elaboração, formulação e de implementação
da estratégica, o gestor administrar com competência a implantação,
mantendo a equipe sempre motivada no trabalho.
O grande desafio da implantação do planejamento está em atingir
os resultados esperados em menor tempo e com orçamento e recursos
humanos reduzidos. Geralmente as dificuldades encontradas na implantação
da estratégia são:
Falta de eficiência para identificar com clareza as ações necessárias
para atingir o objetivo, assim como opção por estratégias
desatualizadas ao contexto atual.
Falha de planejamento dos recursos a serem utilizados - falta de
recursos materiais e/ou humanos para execução da ação, erro no
cálculo do tempo previsto para a execução, etc.
Síntese
Neste capítulo aprendemos como iniciar um planejamento, desde sua
formulação até sua implementação. Conhecemos um modelo de planejamento
importante para desenvolver um plano de ação - a ferramenta 5W2H, que
simplifica o desenvolvimento e execução das ações internas e externas da
organização, priorizando as necessidades emergenciais e imprevistos que
podem ocorrer durante a formulação e execução estratégica. Neste contexto, a
implementação do planejamento estratégico deve ser baseado em três conceitos
principais - eficiência, eficácia e efetividade. Criamos uma técnica exclusiva
para realizar a implementação de ações estratégicas para o setor público que
envolve as etapas do Diagnóstico Estratégico do Ambiente, Formulação das
Estratégias, Controle Estratégico e Avaliação Estratégica.
A formulação e implementação da estratégia servirão como base para
auxiliar a organização no cumprimento de seus objetivos e a atingir um
resultado satisfatório, permitindo que o gestor tenha segurança ao tomar as
decisões necessárias para o sucesso do planejamento estratégico. Portanto,
para alcançar esse sucesso e resultados esperados é necessário que todos os
envolvidos estejam comprometidos e realizem uma gestão participativa.
Bibliografia comentada
Divulgação.
no setor público
80
Ainda como afirma Linton (1981), a cultura é, portanto, formada
por conjunto de mecanismos e uma mistura entre culturas diversas
que compõem a cultura da organização e interferem diretamente na
gestão organizacional.
Em função dessas diferenças nem todo grupo poderá ser considerado uma
equipe de trabalho. A união da equipe supera o desenvolvimento individual
quando existem tarefas que exigem aptidões múltiplas. Estas características
geram uma competitividade coletiva, motivando todos os integrantes a
atingirem os resultados.
Grupo X Equipe
Grupo Equipe
Fonte: http://armazendeideias.wordpress.com/2011/03/23/
equipe-renascer-trabalho-equipe-x-grupo-2/
Planejamento Estratégico Público
82
Agora que já sabemos claramente a diferença entre grupo e equipe
vamos imaginar como se caracteriza o nosso ambiente de trabalho. É um
grupo ou uma equipe?
Para estabelecer uma mudança na atual administração burocrática,
centralizadora e muitas vezes contrária às mudanças na organização e
nas formas de desempenhar as atividades e processos internos, é preciso
transformar essa administração em uma gestão focada em uma visão de
futuro totalmente empreendedora, aberta à inovações e que requer novas
competências de seus dirigentes e gestores públicos, com conhecimentos
apurados de administração.
Tipos de liderança
Os líderes possuem algumas características em comum na atuação e
desempenho das funções que os diferenciam dos demais indivíduos. Os tipos
de liderança podem ser positivas ou negativas:
Autocrática ou autoritária: a característica é a imposição. O líder impõe
as decisões aos subordinados que não possuem liberdade para dar opiniões.
Essa característica cria insatisfação e falta de motivação das pessoas.
Liberal: o líder não toma atitudes, os subordinados se tornam donos da
situação. Os liderados possuem total liberdade para dar opiniões e sugestões.
Essa característica cria insatisfação nas pessoas.
Democrática: o líder atua com características da liderança autocrática
e liberal. Os subordinados recebem opções de escolha para a execução
das atividades dos objetivos que devem ser alcançados. Os assuntos são
discutidos com os subordinados, que apresentam sugestões para o líder
tomar as melhores decisões.
Capítulo 7 – Gestão estratégica no setor público 85
No setor público o líder possui a responsabilidade de manter a
instituição pública em pleno funcionamento e ao mesmo tempo satisfazer as
necessidades da população, e aí temos, frequentemente, líderes que não estão
preparados para esses atributos. Por essa razão, faz-se necessário elaborar
programas de desenvolvimento pessoal focados no desenvolvimento e na
capacitação das competências necessárias para assumir um cargo de gestão.
Como exemplo, no governo do presidente Luis Inácio da Silva foi instituído,
através da política nacional de gestão de pessoas, juntamente com a Secretaria
de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, o perfil de atuação
do novo gestor público, que inclui em suas competências a capacidade de
motivar e obter compromisso de pessoas e equipes, análise e gerenciamento
de conflitos, implantação e gerenciamento de mudanças, planejamento e
pensamento estratégico, gerenciamento de recursos financeiros, legislação
de recursos humanos, liderança, conhecimento da administração pública
gerencial e delegação de responsabilidades e cobrança de resultados.
Síntese
Neste capítulo, aprendemos que a gestão pública deve ser desenvolvida com
base em sua cultura organizacional. Ela representa a conduta dos indivíduos,
normas e ideias transmitidas dentro da organização. Cada organização possui
a sua cultura, algumas possuem relações de ideais de conservação, tradição e
domínio. O setor público é constituído de valores, características vindas de
um contexto histórico trazidos do período colonial que influenciam o poder
até os dias de hoje. Podemos dizer que a cultura poderá ser administrada
ou mudada de acordo com seus valores e princípios sem perder totalmente
sua característica e objetivos principais. A cultura, sendo parte desta cultura
organizacional que está presente na organização, seja ela pública ou privada,
é constituída por seus fundadores e por novos colaboradores e novos líderes,
caracterizando a sua visão corporativa, ou seja, a sua personalidade. Vimos que o
administrador público precisa ter três tipos básicos de competências gerenciais
classificadas em competência técnica, humana e conceitual. O líder possui a
responsabilidade de manter a instituição pública em pleno funcionamento e
ao mesmo tempo satisfazer as necessidades da população, e, neste ponto, temos
Planejamento Estratégico Público
líderes que não estão totalmente preparados para este desempenho de função.
Os líderes possuem características individuais que podem ser seguidas para
obter maior empenho de sua equipe, porém eles mesmos devem se dedicar ao
desenvolvimento de algumas competências mencionadas acima para exercer
suas atividades e administrar os recursos públicos com maior eficiência. Enfim,
sem o envolvimento das pessoas qualquer organização dificilmente alcançará o
sucesso na gestão do planejamento estratégico.
86
1. Para saber mais sobre os assuntos discutidos neste capítulo, leia os artigos
propostos no Portal Empreender para Todos. Lá, você encontrará conteúdos
sobre as funções administrativas e liderança. Disponível em:
http://www.empreenderparatodos.com.br/
Bibliografia comentada
Divulgação.
avaliação estratégica
A – Relatórios gerenciais
Os relatórios gerenciais são muito importantes
para as organizações, sejam elas públicas ou privadas,
pois retratam os resultados obtidos nas execuções
das atividades.Existem diversos tipos, porém cada
organização implantará aquela que apresente a forma de
visualização das informações que mais satisfaça o gestor.
B – Orçamentos
D uas características bem distintas caracterizam os orçamentos
nos respectivos setores: nas organizações privadas o orçamento é
facultativo, já nas organizações públicas, ele é obrigatório.
Nas organizações privadas, os orçamentos são facultativos, servindo,
muitas vezes, apenas como uma forma simplificada de planejamento e
controle. Assim, não há a obrigatoriedade da realização do mesmo.
Nas organizações públicas, os orçamentos são obrigatórios e devem
ser utilizados como uma ferramenta de alinhamento entre as esferas
públicas. Abrangem os interesses de opinião pública, ou seja, interesses
da sociedade que devem orientar as ações do governo.
Segundo os autores Matias e Pereira (2012), o papel do Estado como
indutor do desenvolvimento econômico, tendo como propósito a
promoção do bem comum, determina o emprego do planejamento de
forma a possibilitar a formulação de programas para prever e aparelhar-
-se a fim de atender às futuras necessidades do país.
90
Previsão Arrecadação Recolhimento
(1.o Estágio) (2.o Estágio) (3.o Estágio)
C – Balanced Scorecard
Kaplan e Norton (1997) definem Balanced Scorecard como um
instrumento que mede o desempenho organizacional em quatro
perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizagem/
crescimento, permitindo que a organização acompanhe o desempenho
financeiro, monitore e ajuste a estratégia.
Para Herrero Filho (2005), é o Balanced Scorecard que traduz a missão
e a visão das organizações num conjunto abrangente de medidas de
desempenho, que serve de base para um sistema de medição e gestão
estratégica. O Balanced Scorecard possibilita identificar em quais
atividades críticas as organizações estão gerando valor, aqui chamado
de perspectivas aos acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores,
servidores e comunidade.
No setor público, a ferramenta do Balanced Scorecard possibilita
identificar atividades críticas relacionadas aos agentes que envolvem a
gestão pública federal, estadual e municipal com o objetivo de atender
da melhor forma às necessidades da população. Esses agentes são: a
sociedade, prefeitos, governadores, o setor corporativo comercial e
industrial e servidores públicos em geral.
Perspectivas do BSC
Processos Aprendizagem
Internos e Crescimento
A – Perspectiva financeira
Niven (2005) explica que as perspectivas financeiras dizem respeito à
execução da estratégia relacionada aos indicadores clássicos, métrica que
fornece informações úteis sobre o grau de qualidade ou produtividade de
determinados processos para a tomada de decisão.Nessa perspectiva, busca-
-se identificar que passos financeiros são necessários para garantir a execução
das estratégias organizacionais.Em uma organização privada, por exemplo,
é a quantidade de vendas por funcionário, lucratividade do setor, adição de
valor econômico, entre outros.
No setor público, essa perspectiva financeira está relacionada ao
indicador monetário de recebimento e pagamento. Essas informações
Planejamento Estratégico Público
92
B – Perspectiva cliente
É a proposta de valor, os benefícios que você escolherá para orientar
os objetivos e medidas selecionadas para essas perspectivas dos quatro
indicadores desenvolvidos pelo BSC. Deve-se buscar o público-alvo e qual
a proposta de valor a servi-lo. Como exemplo, podemos citar o aumento das
taxas de retenção dos clientes, índice de satisfação dos clientes, aumento da
fidelidade dos clientes, etc.
No setor público, o foco principal dessa perspectiva são a população, os índices
de crescimento, a renda, a faixa etária, o nível de escolaridade, etc.- programas
e projetos de governo para atender uma determinada parcela da população.
Temos como exemplo o Prouni - Programa Universidade para Todos,
desenvolvido pelo Ministério da Educação, idealizado pelo governo federal
em 2004, que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de
educação superior privadas, nos cursos de graduação e sequenciais de formação
específica a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. Outro exemplo
é o PMCMV - Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, que
beneficia famílias com renda mensal de até R$5.000,00.
94
O envolvimento no processo decisório vai além da simples comunicação.
Envolver significa consultar as pessoas, individualmente ou em grupo, sobre
a solução de problemas, no nível do local de trabalho.
Definidos os objetivos e ações implementadas do planejamento
estratégico, é necessária a avaliação e o acompanhamento, para identificar a
evolução dos resultados nas ações ou projetos específicos.
96
Processos de Gestão de Competência e Desempenho
Identificação e
Seleção e
Definição da desenvolvimento
visão de futuro de competências
Definição de
externas
indicadores de
desempenho
Diagnóstico das
competências
Acompanhamento e
avaliação
Ciclo de Avaliação
Fonte: os autores (2012)
Acompanhamento Correção e
Autoavaliação
e controle melhoria
Reinício do ciclo
Síntese
Neste capítulo, aprendemos que para realizar os controles estratégicos das
organizações públicas ou privadas, é necessária a utilização de relatórios
gerenciais que transmitam com confiabilidade os resultados das atividades
executadas. Para obtenção de melhor aproveitamento no desenvolvimento,
elaboração, formulação e execução do planejamento estratégico situacional
proposto neste livro, foram apresentados neste capítulo, os relatórios
gerenciais, os orçamentos na área pública e o Balanced Scorecard que compõe o
gerenciamento estratégico. O BSC é um instrumento que mede o desempenho
organizacional em quatro perspectivas: financeira, clientes, processos internos
e aprendizagem/crescimento, permitindo que a organização acompanhe o
desempenho financeiro, monitore e ajuste a estratégia. Na avaliação estratégica,
mostramos a importância de sua aplicabilidade no acompanhamento e
avaliação estratégica na organização, como forma de tomada de decisão e
correção das ações futuras. A gestão pública federal, estadual e municipal tem
como objetivo de atender da melhor forma as necessidades da população, e a
ferramenta do Balanced Scorecard possibilita identificar as atividades críticas
relacionadas aos agentes - sociedade, prefeitos, governadores, presidente, setor
corporativo comercial e industrial e servidores públicos em geral.
Portanto, é essencial que o gestor público identifique as falhas e realize as
correções a partir de dados e índices de melhoria que devem ser revistos durante
e após o processo de implementação de uma ferramenta de planejamento. Essas
correções são identificadas e apresentadas em ciclo constituído das etapas de
autoavaliação, acompanhamento e controle, correção e melhoria das ações do
planejamento estratégico.
Bibliografia comentada
Divulgação.
100
Considerações finais
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