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processos
Cada empresa é uma grande coleção de processos que têm como objetivo entregar valor
aos seus clientes. Uma maneira de entender como estes processos interagem entre si e
geram valor é através da cadeia de valor, diagrama que mostra como a empresa está
organizada para entregar valor e gerar vantagem competitiva. Acompanhe o texto e
entenda o que é a cadeia de valor, quais elementos fazem parte dela, para que serve e
muito mais!
O que é cadeia de valor?
A cadeia de valor é uma ferramenta para gerenciar processos criada por Michael Porter,
em 1985. Ela revela todas as atividades que a organização faz para gerar valor aos
clientes e indica os elos entre elas. Ao fortalecer as ligações entre essas atividades é
possível criar uma vantagem competitiva para a organização, a qual favorece o
crescimento da empresa e consequentemente de seus lucros.
É preciso entender que cada empresa possui uma proposta de valor, ou seja, as
vantagens que os produtos e serviços daquela empresa tem em relação à concorrência,
os problemas que ela visa resolver para seus clientes e como ela se diferencia das
demais. Esse é o valor percebido pelo cliente.
Uma forma de entender mais precisamente o que é cadeia de valor é analisando o
significado de cada palavra:
Cadeia: Uma série de elos ligados, como uma corrente.
Valor: Percepção dos clientes sobre os produtos ou serviços de uma
organização, principalmente no que se refere ao custo-benefício.
Assim, podemos entender que a cadeia de valor é uma série de processos
interligados (elos) que são necessários para viabilizar uma percepção positiva dos
clientes a respeito dos produtos/serviços (valor) de uma organização.
O que faz parte da cadeia de valor
Margem
Nesta seção se encontra o resultado esperado pela empresa (a maioria das empresas
privadas visam margem/lucratividade). Ela se encontra à direita da cadeia de valor e
representa a diferença entre o valor percebido pelo cliente e o custo total de produção do
produto/serviço. Assim, a margem está diretamente ligada à lucratividade da empresa.
Depois de algumas décadas, modernizamos a estrutura da cadeia de valor de modo que
ela abrigasse os três de tipos de processos aceitos atualmente: gestão, primários (core) e
apoio. Confira como se organiza a cadeia de valor modernizada:
Na versão modernizada da cadeia de valor, ganham destaque os processos de gestão,
que também possuem relevância na geração de valor para o cliente. Além disso, é
importante ressaltar que na cadeia de valor modernizada os processos não são mais
separados por departamentos, mas organizados como processos ponta a ponta.
Separamos um exemplo fictício de cadeia de valor da Pizza do Zé para você
entender melhor:
Temos um webinar que fala mais sobre a cadeia de valor como ferramenta no
planejamento estratégico. Clique na imagem abaixo e assista gratuitamente!
Se você está lendo este post, é certo que tem um computador diante de você, ou um
dispositivo móvel, como um tablet ou smartphone.
E, com certeza, por algum motivo você escolheu esse modelo específico de computador
(vamos ficar só nos computadores, ok?), dessa determinada marca.
Você notou que ele atendia às suas necessidades, resolvia um problema que você queria
solucionar.
Em outras palavras: você enxergou um valor nesse produto, viu nele algo de valioso.
Valioso o suficiente para pagar a quantia monetária pedida em troca desse computador.
Isto é: o preço era justo em relação ao valor que você percebeu no computador.
Mas você já pensou em toda jornada que os componentes e matérias primas que
constituem esse produto fizeram até chegar em suas mãos?
A cadeia de valor
Pense bem: cada filamento de cobre presente em algum componente de seu computador
“nasceu”, provavelmente, como uma pedra de minério bruto em uma mina do Chile. E
deve ter dado algumas voltas ao mundo, passando por diversos processos de transporte,
beneficiamento, produção e montagem, trafegando por uma meia dúzia de países, antes
de chegar às suas mãos!
E quantos componentes têm esse computador? E cada um deles passou por jornadas
semelhantes!
É é exatamente essa magia realizada por todas as empresas envolvidas nesse processo –
para conseguir entregar mais valor, com o menor custo e sem perder a qualidade
desejada pelo cliente – que se chama cadeia de valor.
A soma da cadeia de valor de cada empresa (da mineradora àquela que monta todas as
peças e entrega o computador para você) se chama sistema de valor.
Tudo isso foi idealizado por um professor de Harvard, chamado Michael E. Porter. Por
isso, a cadeia de valor também é chamada de cadeia de valor de Porter.
Neste post, você vai entender em detalhes o que é a cadeia de valor de Porter, exemplos
de cadeia de valor de uma empresa e como fazer a gestão de processos usando a cadeia
de valor.
Leia também em nosso blog: Organização por processos: a melhor forma de gerar valor
para o cliente e para o negócio!
Depois de passar essas matérias primas por uma série de processos, ela entrega um lápis
para o consumidor.
Se esse consumidor recebesse a madeira, o grafite e as tintas suficientes para fazer esse
mesmo lápis, não veria nenhum valor nisso
Mas essa empresa soube criar uma cadeia de valor (uma sequência de atividades) para
transformar essas entradas (madeira, grafite e tinta) em uma saída valiosa para o
consumidor (o lápis). Algo útil e que atende a uma necessidade ou resolve um problema
dele.
Para isso, foram usados diversos processos. Tanto diretamente ligados à confecção do
lápis (como transformar às tábuas de madeira em pequenos cilindros e as peças de
grafite em bastonetes), como outras, de apoio, por exemplo: a gestão do negócio, o
planejamento, gerenciamento dos recursos humanos, pesquisa etc.
Fonte: Portal GPP
Você notou que no lado direito do esquema de cadeia de valor existe uma seta de saída
com a palavra margens?
Entenda:
A cadeia de valor gera custos (atividades primárias) e despesas (atividades de
apoio).
Gera também valor para o cliente final.
Se esse valor gerado for suficiente para o consumidor ou cliente pagar um montante
monetário superior aos custos e despesas da cadeia de valor, a empresa terá lucro.
Daí a importância de se saber fazer a gestão da cadeia de valor para que ela tenha os
menores custos e despesas e, ao mesmo tempo, gere o máximo valor para o cliente.
Para entender como fazer isso, você precisa conhecer outro conceito criado por Porter:
as 3 estratégias competitivas empresariais genéricas .
Estratégia de diferenciação
A empresa procura satisfazer uma necessidade altamente valorizada por seus clientes de
forma superior aos concorrentes. Ela procura ser a melhor supridora dessa necessidade
para o mercado. Assim, se diferencia da concorrência e pode cobrar um preço premium
pelo alto valor entregue aos clientes. Porém, tende a ter altos custos.
Liderança em custos
Essa estratégia competitiva é usada por empresas que contam com alguma vantagem
competitiva em seus processos produtivos que lhes permite ter custos menores. Dessa
forma, pode vender mais barato. No entanto, é muito difícil se diferenciar da
concorrência e produzir com qualidade praticando o foco em custos. Por isso, seus
produtos não são diferenciados e suas margens costumam ser baixas.
Foco
Digamos que sua empresa decidiu ser líder em custos de seu segmento.
Para isso, ela pode usar técnicas de BPM, fazer a análise da cadeia de valor e descobrir
quais são os processos-chave de seu negócio que precisam ter custos reduzidos.
Nesse caso, ele precisa analisar esse processo de negócio em busca de gargalos,
desperdícios, atrasos ou handoffs mal realizados (quando há troca de responsabilidades
durante o fluxo de tarefas e as informações não fluem adequadamente para que tudo
prossiga como planejado).
Em seguida, mais uma vez com a ajuda dos envolvidos no processo, buscam-se
maneiras de torná-lo mais e ágil e eficiente.
Em caso positivo, as mudanças são mantidas. Aquelas que parecem não funcionar como
planejado, são alvo de um novo processo de melhoria. Daí o nome melhoria contínua,
pois ela nunca deve parar de ser realizada.
Esse trabalho de melhoria de processos para torná-los mais fluídos e eficientes também
é conhecido como streamline workflow.
Mas isso não significa que atividades de apoio não possam ajudar a entregar valor ao
cliente ou ao consumidor. E esse é o caso de um processo de recrutamento e seleção.
Um bom processo de seleção é vital para uma empresa que quer trabalhar com
eficiência operacional e alta qualidade.
Evidentemente, se você puder diminuir essas despesas com um processo mais eficiente,
sua cadeia de valor se beneficiará disso.
O processo interno responsável por reembolsar despesas com viagens, almoços e outras
atividades típicas de vendedores ou outros colaboradores que se deslocam a trabalho por
qualquer motivo, é um bom exemplo.
Assim, se for realizada com mais eficiência, trará menos gastos para a empresa.
Você pode ter acesso gratuitamente a diagramas de processo prontos para usar e adaptar
como quiser em nossa biblioteca de processos.
Para melhorar a qualidade da entrega do trabalho oferecido, ele precisa ser modelado e
automatizado, seguindo os passos da melhoria contínua que apresentamos acima.
Veja um exemplo de diagrama de processo de melhoria contínua já otimizado pelo
HEFLO:
Talvez alguns imaginem que help desk seja uma atividade de apoio. Na verdade,
atividades relacionadas diretamente com a satisfação dos clientes são primárias, como
as atividades de marketing, de vendas e de pós-vendas, que é o caso do help desk.
Um help desk ágil, que usa menos tempo em cada chamada para atender os clientes com
qualidade, pode diminuir significativamente alguns custos para a empresa.
Para isso, alguns processos-chave da cadeia de valor são escolhidos para serem
melhorados e otimizados com ajuda de técnicas de BPM, como a melhoria contínua.
Esse trabalho de otimização diminuirá custos e/ou trará mais qualidade ao produto ou
serviço final. E essas são as duas formas de entregar mais valor percebido ao cliente,
conforme a estratégia competitiva escolhida.
Assim, com menores custos e mais qualidade (valor percebido pelo cliente), a margem
da cadeia de valor aumenta. Isso permite que a estratégia escolhida seja vitoriosa e leve
a empresa a superar seus concorrentes no mercado.
Além da cadeia de valor e das estratégias competitivas genéricas, Porter também criou
mais uma ferramenta importante para a gestão empresarial: a análise das 5 forças
competitivas, ou as chamadas 5 forças de Porter.
Para que tudo isso fique mais claro para você, criamos estes infográficos com essas 3
importantes contribuições de Porte para a gestão empresarial em uma única imagem,
aproveite: