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de Abreu
AGENDA 21 COMPERJ
Grupo Gestor:
Petrobras Gilberto Maldonado Puig
Ministério do Meio Karla Monteiro Matos (2007 a junho de 2010)
Ambiente Geraldo Abreu (a partir de julho de 2010)
Secretaria de Estado do Carlos Frederico Castelo Branco
Ambiente (RJ)
Equipe:
Coordenação Geral: Ricardo Frosini de Barros Ferraz
Coordenação Técnica: Patricia Kranz
Redação: Arilda Teixeira
Janete Abrahão
Kátia Valéria Pereira Gonzaga
Patricia Kranz
Thiago Ferreira de Albuquerque
Pesquisa: Mônica Deluqui e Ruth Saldanha
Revisão de conteúdo: Ruth Saldanha
Revisão: Bruno Piotto e Fani Knoploch
Leitura crítica: Cláudia Pfeiffer
Edição de texto: Vania Mezzonato / Via Texto
Colaboração: Ana Paula Costa
Bruno Piotto
Hebert Lima
Liane Raposo de Almeida Reis
Luiz Nascimento
Nathália Araújo e Silva
Fomento dos Fóruns: Ana Paula Costa
Colaboração: Leandro Quintão
Paulo Brahim
Roberto Rocco
Projeto Gráfi co: Grevy Conti Designers
Seleção e Tratamento de Maria Clara de Moraes
Imagens:
Fotos: Gerson Vieira Lima, Jorge Ronald, Luana
Azevedo, Roberto Rocco, Rodrigo Garcia
Alvim, Susanne Reimann / Banco de Imagens
Petrobras: André Valentim, Beto Paes Leme,
Bruno Veiga, Geraldo Falcão, Ismar Ingber,
Rogério Reis
Impressão Gráfica Minister
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MEMBROS DO FÓRUM DE CASIMIRO DE ABREU
João Medeiros Neto - Câmara Municipal Gerson Vieira Lima - Associação Casimirense das Pessoas
Portadoras de Deficiência (Acapord)
José Henrique da Silva - Assessoria de Desenvolvimento
Econômico Janete da Silva Coutinho - Associação de Moradores de
Mataruna
Marco Antonio Faria Lobo – Instituto de Previdência dos
Servidores do Município de Casimiro de Abreu (IPREV) Jorge Carmo de Mello – Associação de Moradores de
Barra de São João
Oduvaldo Oliveira - Emater
Marco Fernandes Cinquini - 96° Gr upo de Escoteiros
Segundo setor Poeta Casimiro de Abreu
Alexandre Viana - Sindicato Rural
Antonio Marcelino Petrucci - São Pio X Agropecuária
Ltda
Cláudio Rodrigues Peres - OASIS
José Alberto Craveiro - MICROJAC
Paulo César Jorge – PJ Center
Renata Franco – RF Motopeças
Sonia Regina Stutz Pinto - Associação Comercial, Indus-
trial de Casimiro de Abreu (Acinca)
Terceiro setor
Aline Bockorny - Associação Mico-Leão-Dourado
Arnaldo Ferreira Linhares - AMACASIMIRO
Gleice Máira Fernandes Alves – ONG GEMA
Irene Alves Mello - Associação Comercial, Industrial de
Casimiro de Abreu (Acinca)
Luiz Antonio Brandão - Associação Amigos do Museu de
Arte Popular (AAMAP)
6
Um dos principais empreendimentos da história da Petrobras, o Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj) deverá entrar em operação em 2013. Situado em Itaboraí,
vai transformar o perfil socioeconômico de sua região de inf luência.
Esse esforço só foi possível devido à ampla participação de toda a sociedade. Assim,
agradecemos a todas as instituições, empresas, associações e cidadãos que, voluntaria-
mente, dedicaram seu tempo e esforços ao fortalecimento da cidadania em seus municí-
pios em busca de um modelo de desenvolvimento que leve qualidade de vida para todos.
Esperamos que a Agenda 21, fruto de trabalho intenso e amplo compromisso, contribua
para a construção de um futuro de paz e prosperidade para esta e as próximas gerações.
Transformá-la em realidade é uma tarefa de todos.
Governamos nosso município sintonizados com essa proposta desafiadora de gestão pública voltada
para a sustentabilidade. Governar promovendo a sustentabilidade é preparar o município para que as
gerações atuais e futuras desfrutem de um ambiente saudável.
Gostaria de manifestar meus sinceros agradecimentos à equipe que construiu nossa Agenda 21 Local,
pelo empenho e dedicação, demonstrando elevado espírito de cidadania, responsabilidade e comprome-
timento com o interesse público em nosso município.
Conclamamos todos os casimirenses a participar da Agenda 21 Local, que não é uma solução em si, mas
uma metodologia que proporciona melhores condições de abordagem e encaminhamento das questões
básicas, necessárias ao desenvolvimento e à sustentabilidade do município.
Hoje, Casimiro de Abreu conta com sua Agenda 21 como um instrumento de apoio aos Poderes Consti-
tuídos para a formulação de políticas públicas, voltadas para habitação, transporte, saneamento básico,
educação, saúde, esporte e lazer, recursos naturais, econômicos, cultura e turismo, entre outros. Fruto
do trabalho de abnegados munícipes, que, ao longo desse período, dedicaram horas de suas vidas à ela-
boração de nossa Agenda. Pois todos os que de alguma forma participaram desse projeto, demonstraram
sua preocupação com um futuro bem melhor para as próximas gerações de casimirenses.
O COMPERJ 16
Agendas 21 locais na região 16
Premissas 17
Organização da sociedade 17
Metodologia 18
Desafios e Lições Aprendidas 22
ORDEM AMBIENTAL 35
Recursos Naturais 36
Recursos Hídricos 42
Biodiversidade 46
Mudanças Climáticas 50
ORDEM FÍSICA 55
Habitação 56
Saneamento 62
Mobilidade e Transporte 69
Segurança 72
ORDEM SOCIAL 77
Educação 78
Educação Ambiental 82
Cultura 84
Saúde 87
Grupos Principais 91
Padrões de Consumo 96
Esporte e Lazer 98
PARTICIPANTES 152
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E A AGENDA 21
A sustentabilidade não tem a ver apenas com a biologia,
a economia e a ecologia, tem a ver com a relação que
mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza.
(Moacir Gadotti)
13
para a necessidade de políticas de integração entre questões ambientais,
“A Agenda 21 tem sociais e econômicas.
muita importância na vida Em seus 40 capítulos, o documento detalha as ações esperadas dos governos
das pessoas de Casimiro. Foi que se comprometeram com a Agenda 21 e os papéis que cabem a empresá-
o único documento que entrou rios, sindicatos, cientistas, professores, povos indígenas, mulheres, jovens e
crianças na construção de um novo modelo de desenvolvimento para o mundo.
para a história do município
conseguindo reunir os vários
setores de forma igualitária A Agenda 21 local
e discutir os problemas
da nossa sociedade.” Mais de dois terços das declarações da Agenda 21 adotadas pelos governos
nacionais participantes da Rio-92 não podem ser cumpridos sem a cooperação
e o compromisso dos governos locais. Em todo o documento há uma forte
ênfase na “ação local” e na administração descentralizada.
A construção das Agendas 21 Locais se dá por meio dos Fóruns de Agenda 21,
espaços de diálogo onde representantes de diversos setores da sociedade se
reúnem regularmente para acompanhar a construção das Agendas 21 Locais
e a viabilização dos Planos Locais de Desenvolvimento Sustentável.
14
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MM A), a Agenda 21 Local é o
processo de planejamento participativo de determinado território que en-
volve a implantação de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e
sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local
de Desenvolvimento Sustentável (PLDS), que estrutura as prioridades locais
por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são
também definidas as responsabilidades do governo e dos demais setores
da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses
projetos e ações.
A Agenda 21 no Brasil
O processo de elaboração da Agenda 21 brasileira se deu entre 1996 e 2002,
e foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável
(CPDS). Durante esse período, cerca de 40 mil pessoas em todo o País foram
ouvidas, em um processo que valorizava a participação cidadã e democrática.
Ética – demanda que se reconheça que o que está em jogo é a vida no planeta
e a própria espécie humana;
Assim como nos demais países, a Agenda 21 brasileira não pode ser cumprida
sem a cooperação e o compromisso dos governos locais.
15
O COMPERJ
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais
empreendimentos da Petrobras no setor petroquímico, está sendo construído
no município de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro.
16
O objetivo do projeto é criar e fomentar processos de Agenda 21 Locais, con-
tribuindo para o desenvolvimento sustentável em toda a região e melhorando
a qualidade de vida de seus habitantes, hoje e no futuro.
Premissas
O projeto Agenda 21 Comperj adota as premissas de construção de Agenda
21 preconizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA):
Abordagem multissetorial e sistêmica, que envolve as dimensões econô-
mica, social e ambiental;
Sustentabilidade progressiva e ampliada, ou seja, construção de consensos
e parcerias a partir da realidade atual para o futuro desejado;
Planejamento estratégico participativo: a Agenda 21 não pode ser um
documento de governo, mas um projeto de toda a sociedade;
Envolvimento constante dos atores no estabelecimento de parcerias, aberto
à participação e ao engajamento de pessoas, instituições e organizações
da sociedade;
Processo tão importante quanto o produto;
Consensos para superação de entraves do atual processo de desenvolvi-
mento.
Organização da sociedade
O projeto Agenda 21 Comperj substituiu a divisão paritária da malha social
entre governo e sociedade civil, comumente adotada, pela divisão em quatro
17
setores – público, privado, sociedade civil organizada e a comunidade – no
“Todas as intuito de identificar mais detalhadamente as demandas locais, fortalecendo
preocupações foram a representação dos diversos segmentos.
Metodologia
A metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj é constituída de cinco etapas:
1) Mobilização da Sociedade;
2) Construção Coletiva;
3) Consolidação Municipal;
18
Ao final das cinco etapas, as Agendas 21 Comperj compõem um mosaico
do contexto regional e oferecem uma visão privilegiada do cenário no qual
o Complexo Petroquímico será instalado, indicando as potencialidades que
podem ser aproveitadas em benefício de todos, fortalecendo a cidadania e a
organização social.
1 Os Vetores Qualitativos foram elaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construção do desenvolvimento
sustentável em empresas. Esta ferramenta defi niu uma escala que possibilitou identifi car o estágio no qual o município se
encontrava em relação a cada um dos 40 capítulos da Agenda 21, ajudando os participantes a relacioná-los com a realidade
local e a planejar aonde gostariam de chegar.
19
ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Consolidação Municipal Duas ofi cinas com os Na região:
Novembro de 2008 a representantes dos 30 oficinas de 20 horas cada.
quatro setores de cada
Junho de 2009 Em cada município:
município para:
• Integrar os setores, • Consenso acerca
orientando-os para das preocupações e
um objetivo comum: o potencialidades municipais
desenvolvimento sustentável e estágios dos vetores
do município; identificados;
“A maior
expectativa é de poder
participar das políticas
públicas locais para fomentar
o desenvolvimento sustentável
do município.”
20
ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Formalização dos Duas ofi cinas em cada Na região:
Fóruns Locais município para: • 28 oficinas e diversas visitas
Julho a Dezembro de 2009 • Orientar os Fóruns para sua técnicas realizadas;
organização, estruturação
• Portal na internet para
e formalização através de
relacionamento e divulgação
projeto de lei ou decreto;
do projeto lançado.
• Desenvolver o Regimento
Em cada município:
Interno;
• Decreto ou projeto de lei
• Aprimorar a vocação e a criando o Fórum da Agenda MMA/SEA/ Coordenação
visão de futuro municipal; 21 Local aprovado; Petrobras estratégica e
• Realizar a análise técnica (Grupo executiva
• Regimento interno do Fórum
das propostas de ação. Gestor)
elaborado;
• Fórum organizado com estruturas Ipanema, Iser, Responsabilidade
de coordenação, secretaria Roda Viva, operacional e
executiva e grupos de trabalho; ASA metodológica
• Primeira versão do Plano
Local de Desenvolvimento
Sustentável finalizada;
• Segunda versão da vocação
e da visão de futuro municipal
desenvolvida;
• Propostas de ação
analisadas tecnicamente.
Finalização das Consultoria e serviços Na região:
Agendas para: • 28 oficinas e diversos
Janeiro de 2010 a Junho • Pesquisar dados estatísticos encontros e reuniões locais e
de 2011 e informações técnicas; regionais realizados;
• Levantar e produzir material visual; • Comitê Regional da Agenda
• Redigir, editar, revisar, 21 Comperj estruturado para
diagramar e imprimir as Agendas. apoiar os Fóruns e planejar
e facilitar ações regionais ou
Duas ofi cinas em cada intermunicipais.
município, para:
Em cada município:
• Validar os textos de MMA/SEA/ Coordenação
diagnósticos; • Fórum de Agenda 21 Local Petrobras estratégica e
em funcionamento; (Grupo executiva
• Atualizar e validar as
propostas de ação. • Agenda 21 Local publicada Gestor)
e lançada;
Cinco encontros de Consultores Responsabilidade
coordenação dos Fóruns • Site do Fórum Local em
contratados técnica e
de Agenda 21 Locais funcionamento;
operacional
para:
• Vídeo da Agenda 21 local
• Promover a integração e produzido.
fomentar o apoio mútuo entre
os Fóruns locais.
Encontros, reuniões locais e
contato permanente para:
• Fortalecer a integração do
Fórum com o poder público local;
• Desenvolver e fomentar o
Fórum Local.
21
DESAFIOS E LIÇÕES APRENDIDAS
Processos participativos são sempre muito complexos. A ordem de grandeza
deste projeto – 15 municípios envolvidos e mais de 8 mil participantes di-
retos – se por um lado o tornava mais estimulante, por outro aumentava os
desafios para o sucesso da iniciativa.
Outra questão foi o equilíbrio delicado entre usar a mesma metodologia para
todos os municípios e fazer as adaptações necessárias às diferentes reali-
dades encontradas. Quanto mais o processo evoluía, mais as diferenças se
acentuavam. Mesmo assim, foi possível alcançar um resultado que ref lete
as peculiaridades de cada município e o grau de maturidade de cada grupo
mantendo uma estrutura semelhante e apoiando a todos da mesma forma.
22
é representatividade e tempo para que esta se desenvolva. O debate sobre o
Regimento Interno foi um momento rico e determinante para a sustentabili-
dade dos Fóruns. Assim, foi encaminhado sem pressa, com foco nos valores
que cada grupo desejava adotar e por meio do desenvolvimento de critérios
para a tomada de decisão.
A criação de um portal com um site para cada município, com notícias atuali-
zadas, divulgação de oportunidades, editais e boas práticas, biblioteca, vídeos
e ferramentas de interatividade, como o chat, traz inúmeras possibilidades
de comunicação, funcionando como uma vitrine do projeto e uma janela dos
Fóruns para o mundo.
23
qualidade de vida e a justiça social, sem perder de vista os limites impostos
pelo planeta e tendo um futuro sustentável como horizonte comum.
24
O MUNICÍPIO DE CASIMIRO DE ABREU
Na cidade, a pressão imobiliária – com loteamentos em áreas urbanas e no P roduto I nte r no Br uto ( PI B) –
perímetro urbano – aumenta o risco de ocupação desordenada e afeta também Indicador que mede a produção de
as atividades agrícolas. Há grande preocupação em fixar o homem no campo um território, segundo três grupos
e combater o uso indiscriminado de agrotóxicos. principais: agropecuária (agricul-
tura, extrativa vegetal e pecuária);
O PIB de Casimiro destaca-se pela contribuição dos royalties do petróleo, sendo indústria (extrativa mineral, trans-
o PIB per capita superior ao do Estado (R$ 19.193) e ao do Brasil (R$ 13.843). O formação, ser viços industriais de
pouco dinamismo municipal é refletido pelo índice negativo de novos postos de utilidade pública e construção civil);
trabalho criados e pela alta concentração da atividade econômica. A taxa de de- e ser viços (comércio, transpor te,
semprego é baixa (7,6%) e o município possui poucas pequenas e médias empresas. comunicação e serviços da adminis-
tração pública, entre outros).
Em estudo realizado com quatro cadeias produtivas 3, destaca-se, em Casimiro
de Abreu, a de construção (48,22%).
25
Um pouco da história de Casimiro de Abreu
Os primeiros habitantes da região foram os índios da nação Goitacás, que
tinham suas reservas divididas pelo Rio São João. Eram exímios nadadores e
pescavam tubarões – o que pode ser confirmado pelo nome dado pelos índios
ao Rio São João: Peruíbe, que quer dizer rio de tubarões. Esse mesmo rio, por
sua barra tranquila, provavelmente serviu bem aos interesses portugueses
na exploração do pau-brasil. Na criação da aldeia velha de Ipuca, os índios
Guarulhos foram trazidos para a região.
26
Processo de construção da Agenda 21 Local
Em 9 de maio de 2007, a Caravana Comperj da Petrobras visitou Casimiro
de Abreu para divulgar o empreendimento e as ações de relacionamento
propostas para a região, convidando lideranças a participar do processo de
construção da Agenda 21 Local.
Foram realizados mais três encontros por setor, nos quais os participantes
definiram as ações necessárias para prevenir ou mitigar as questões identi-
ficadas como preocupações e para aproveitar, da melhor forma possível, as
potencialidades levantadas. Na última dessas reuniões, cada setor indicou
27
cinco representantes e dois suplentes para compor o Fórum da Agenda 21 de
Casimiro de Abreu, totalizando 28 componentes.
Em 2010, após uma análise dos resultados alcançados, iniciou-se uma nova
Primeira reunião dos coordenadores dos
rodada de oficinas para aprimorar o trabalho. Em Casimiro de Abreu foram
Fóruns da Agenda 21 Comperj
realizadas três reuniões para revisão do trabalho, apresentação do site e
acompanhamento, com o objetivo de ajudar na formação de parcerias e apoiar
a elaboração de ações de comunicação. Durante todo o período, o Fórum do
município se manteve mobilizado e sem conf litos.
28
AGENDA 21 DE CASIMIRO DE ABREU
29
Estão elencadas também, e evidenciadas por fontes em itálico, as preocupações dos
moradores e as potencialidades do município, conforme percebidas e apontadas
por consenso pelos participantes do processo.
Estágios da tabela:
1 – Quase nada foi feito
2 – Já existem ações encaminhadas
3 – Já há alguns resultados
4 – Estamos satisfeitos
30
Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
1 Preâmbulo
3 Combater a pobreza
9 Proteger a atmosfera
11 Combater o desflorestamento
31
Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
21 Gerenciar de forma ambientalmente responsável os resíduos
sólidos
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Vocação e Visão de Casimiro de Abreu
Uma visão sem ação não passa de um sonho. “A Agenda
Ação sem visão é só um passatempo. 21 Comperj é um bom
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo.
(Joel Baker – vídeo: A Visão do Futuro)
espaço para as discussões
sobre as mudanças que
A Vocação é o conjunto de competências, recursos e produtividade local de
um município (em todos os sentidos: econômico, ambiental, artístico-cultural,
enfrentaremos com uma
turístico, educacional). visão de futuro para
A Visão de Futuro define o que se espera do município e deve representar
o nosso município.”
de forma clara e abrangente o que se deseja alcançar. Agrega as pessoas e as
inspira e motiva a fazer as melhores escolhas nos momentos de decisão e a
enfrentar com perseverança a espera pelos resultados.
Vocação
Turismo (cultural, histórico, gastronômico, geológico, agroecológico,
ecológico, de pesca e de negócios)
Recursos hídricos abundantes
Agronegócios e agricultura familiar articulados de forma não conf litante
Artesanato
Visão de futuro
Ser referência em qualidade de ensino no nível técnico e superior
Ser um polo industrial com definição de Zonas Especiais de Negócios (ZEN)
Ter um aeroporto, de uso público, adequado à nova realidade econômica
Prover saneamento com qualidade ambiental em todo o município
Ter soluções de acesso facilitado à cidade sem o uso de viaduto (passagem
subterrânea na BR-101 para carros e pedestres)
Crescer continuamente de forma sustentável em todos os distritos
33
1 Ordem Ambiental
RECURSOS NATURAIS
Chamamos de recursos naturais tudo o que obtemos da natureza com os ob-
jetivos de desenvolvimento, sobrevivência e conforto da sociedade. São clas-
sificados como “renováveis” quando, mesmo explorados por algum tempo em
determinado lugar, continuam disponíveis, e como “não renováveis” quando
inevitavelmente se esgotam.
A vida humana depende dos recursos naturais – terra, água, florestas, recursos
marinhos e costeiros – e de suas múltiplas funções. Tanto os seres humanos
quanto os demais seres vivos, agora e no futuro, têm direito a um meio am-
Morro de São João
biente saudável, que forneça os meios necessários a uma vida digna. Para isto,
é preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os serviços ambientais em
quantidade e qualidade apropriadas.
36
Gráfico 1: Proporção do uso do solo
876,5 ha 463,6 ha
1,90% 1%
37
O desmatamento avança sobre trechos pequenos e médios de mata que já estão
Extração de areia – Para a extra- isolados entre si, reduzindo as chances de conectá-los a fragmentos de vege-
ção de areia é preciso obter licen- tação mais extensos e, portanto, ecologicamente viáveis. Mesmo estas áreas
ça do Instituto Brasileiro do Meio
florestadas mais extensas também já estão sendo afetadas pelo desmatamento.
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e do Instituto Nas áreas de encosta existe a preocupação com a exploração desordenada do
Estadual do Ambiente (Inea), e au- solo, principalmente a extração ilegal de areia para construção, atividade que
torização do Departamento Nacional favorece o assoreamento dos rios. Dentre as preocupações apontadas pelo
de Produção Mineral. A falta de
Fórum da Agenda 21 de Casimiro de Abreu, a conservação de alguns am-
licença ou o exercício da atividade
bientes naturais merece destaque. Isso aparece, por exemplo, quando o grupo
em desacordo com a licença conce-
demonstra preocupação com o assoreamento e a degradação dos manguezais,
dida implicam pena de detenção de
que já se encontram avançados em algumas áreas.
seis meses a um ano, além de multa.
Assoreamento – Deposição de sedi- Por outro lado, existem iniciativas e condições para a realização de projetos de
mentos (areia, detritos etc.) origina- repovoamento de rios, agrofl orestas e agricultura orgânica, visando à utiliza-
dos de processos erosivos, transpor- ção econômica sustentável dos recursos naturais. As parcerias com o Ibama, o
tados pela chuva ou pelo vento para Instituto Chico Mendes (ICMBio), o Inea e a AMLD são bastante significativas
os cursos d’água e fundos de vale. para desenvolver ações estratégicas na área do meio ambiente. Entretanto,
Provoca a redução da profundidade percebe-se ainda a falta de meios adequados e recursos humanos para imple-
e da correnteza dos rios, dificul-
mentar uma política efi ciente de fi scalização e controle dos recursos naturais.
tando a navegação e diminuindo a
massa de água superficial.
38
Mapa 2: Uso e cobertura do solo no município
de Casimiro de Abreu e arredores
39
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Proteção dos recursos naturais Fiscalização
a partir de incentivos à criação 6 Cobrar maior fiscalização nas Unidades de Conser vação,
Áreas de Preser vação Ambiental e Áreas de Preser vação
de Unidades de Conservação Permanente.
Comunicação
1 Divulgar o mapeamento dos corredores ecológicos e das
• Políticas públicas para a
ações de conservação realizadas na região. administração eficiente
2 Divulgar as eventuais fontes de financiamento disponíveis dos recursos terrestres
para criação de RPPNs e respectivos planos de manejo.
Estudos técnicos
Planejamento 1 Realizar estudos técnicos que promovam a gestão e a ex-
3 Criar RPPNs, sobretudo ao redor das Unidades de Conservação. ploração sustentável das jazidas minerais.
4 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local Gestão pública
para discutir a promoção de um modelo de Desenvolvimento
Territorial em Bases Conservacionistas (DTBC). 2 Criar critérios técnicos e a fiscalização para o uso susten-
tável das jazidas minerais, por meio de estudos geológicos.
5 Implantar reservas extrativistas em todo o município.
3 Elaborar um plano de emergência que se estenda a todas as
Articulação localidades do município.
6 Articular junto ao poder público e à sociedade a ampliação 4 Criar um Conselho Representativo, evitando que haja de-
do número de Unidades de Conservação no município (sejam gradação dos recursos terrestres.
públicas ou RPPNs).
Planejamento
• Utilização dos recursos naturais 5 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local
que estude o manejo sustentável dos recursos terrestres.
de forma sustentável
Comunicação • Elaboração de um plano
1 Divulgar os recursos naturais do município. de ação estratégico para
2 Dar maior visibilidade ao manejo de culturas em torno dos as áreas degradadas
manguezais, com a produção de ostras e a valorização de
caranguejos e guaiamuns. Elaboração de programas
1 Elaborar programas de Educação Ambiental, tendo como
Planejamento
público-alvo os proprietários rurais.
3 Promover ações educativas para a preservação do patrimô-
2 Realizar projetos que promovam a recuperação de áreas
nio ambiental, incentivando práticas sustentáveis, através
degradadas.
de programas de Educação Ambiental em associações, sin-
dicatos, cooperativas, entre outros. 3 Elaborar projetos de mapeamento e monitoramento das
Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Áreas de Preservação
Elaboração de programas e projetos Permanente (APP).
4 Realizar Programas Ecológicos de Longa Duração (Peld) e
Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad).
Planejamento
4 Investir em tecnologias para o monitoramento ambiental,
Gestão pública mediante parcerias com instituições de pesquisa e a inicia-
5 Estabelecer regulamentações e padrões para o controle do tiva privada.
uso de herbicidas nas plantações. 5 Implantar Sistemas Agrof lorestais (SAFs), visando aumentar
a produção agrícola de forma sustentável.
40
6 Cobrar maior atuação e articulação do Batalhão Florestal 13 Desenvolver o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE).
(municipal e estadual), ICMBio e Inea no combate aos des-
matamentos. Comunicação
7 Ampliar as competências do Batalhão Florestal Municipal 14 Informar os proprietários r urais sobre a necessidade de
para atuar como Brigada de Incêndio. realizar a averbação de reserva legal.
41
RECURSOS HÍDRICOS
A água é essencial à vida no planeta. Embora seja um recurso renovável, seu
consumo excessivo, aliado ao desperdício e à poluição, vem causando um
déficit global, em grande parte invisível. Cada ser humano consome direta
ou indiretamente quatro litros de água por dia, enquanto o volume de água
necessário para produzir nosso alimento diário é de pelo menos 2 mil litros.
Isso explica por que aproximadamente 70% da água consumida no mundo vão
para a irrigação (outros 20% são usados na indústria e 10% nas residências).
42
Casimiro de Abreu é reconhecido pela abundância de recursos hídricos
disponíveis. A bacia hidrográfica do Rio São João está inserida na região de Corredor ecológico ou de biodi-
versidade – É o nome dado à faixa
baixadas litorâneas, compreendendo uma área de drenagem de aproximada-
de vegetação que liga grandes frag-
mente 2.160 km 2 , dos quais 352 km² no município. Em termos percentuais,
mentos f lorestais ou unidades de
76% do território municipal está inserido nessa bacia hidrográfica e o restante
conservação, separados pela ativi-
divide-se entre as bacias do Rio Macaé e Rio das Ostras. dade humana (estradas, agricultura,
cla rei ras aber tas pela at iv idade
O Rio São João é o principal curso d’água dessa bacia hidrográfica, nascendo
madeireira etc.), proporcionando à
em Cachoeiras de Macacu e atravessando o município de Silva Jardim e o
fauna o livre trânsito entre as áreas
distrito-sede de Casimiro de Abreu, indo desaguar em Barra de São João.
protegidas e, consequentemente, a
Apesar de caudaloso, possui águas mornas, de tonalidade parda – caracte-
troca genética entre as espécies.
rística que se modifica junto à sua foz por efeito das marés e dos ventos. É uma das principais estratégias
utilizadas na conservação da biodi-
Mapa 3: Localização da bacia hidrográfica do Rio São João versidade de determinado local.
43
Bacia hidrográfica – Área drenada
por um rio principal e seus afl uen-
te s , i nc lu i ndo na scente s , suba-
fluentes etc. É a unidade territorial
de planejamento e gerenciamento
das águas.
44
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão consciente dos 9 Buscar mais informações sobre a atuação e os resultados do
Consórcio Intermunicipal Lagos de São João.
recursos hídricos 10 Informar a população sobre a importância de preservar os
recursos hídricos.
Gestão pública
1 Implantar a reforma administrativa, que permitirá à Se-
cretaria Municipal de Meio Ambiente a efetiva gestão dos
• Políticas públicas para a
recursos hídricos. valorização da água
2 Cobrar da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a gestão
Elaboração de programas
dos recursos hídricos, de acordo com a Política Nacional de
Recursos Hídricos. 1 Elaborar um programa de educação ambiental voltado para as
populações ribeirinhas e proprietários de áreas de nascentes.
Planejamento
2 Elaborar um programa de fiscalização das áreas de nascen-
3 Apresentar projetos que possam utilizar os recursos do tes.
Fundo gerido pelo Comitê de Bacias Lagos São João.
3 Elaborar programas de educação ambiental que promovam
4 Captar recursos disponibilizados por fundos e entidades, a valorização dos recursos hídricos, bem como possíveis
nacionais e internacionais, através da elaboração e apre- alternativas para a geração de renda.
sentação de projetos.
Gestão pública
5 Aplicar o manejo sustentável do uso da água, evidenciando
a necessidade de manutenção da qualidade dos mananciais. 4 Cobrar o cumprimento da Política Nacional de Recursos
Hídricos.
Articulação
5 Realizar periodicamente dragagem no leito dos rios.
6 Buscar parcerias junto a universidades e empresas privadas
que visem à elaboração de projetos na área de gestão de
recursos hídricos, para serem apresentados ao Comitê de
Possíveis parceiros
Bacias Lagos São João. Consórcio Intermunicipal Lagos São João • ICMBio • ONGs
• Secretarias municipais (de Educação e de Meio Ambiente e
7 Promover a articulação entre o Comitê Intermunicipal das
Desenvolvimento Sustentável) • Universidades.
Bacias Hidrográficas do São João e o Comitê da Bacia Hidro-
gráfica dos Rios Macaé e das Ostras, visando à elaboração
de projetos que promovam a gestão integrada dos recursos Possíveis fontes de financiamento
hídricos da região.
CNPq • CT-Hidro • Faperj • Finep • Consórcio Intermunicipal
Comunicação Lagos São João • FNMA • Fundação SOS Mata Atlântica • WWF.
45
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade é a base do equilíbrio ecológico do planeta. Sua conser-
vação deve se concentrar na manutenção das espécies em seus ecossistemas
naturais, por meio do aumento e da implantação efetiva das áreas protegidas,
que asseguram a manutenção da diversidade biológica, a sobrevivência das
espécies ameaçadas de extinção e as funções ecológicas dos ecossistemas.
46
Mapa 4: Áreas prioritárias para a
preservação da biodiversidade
O grupo percebe que uma das maiores dificuldades relacionadas a este tema
está associada à falta de conhecimento da diversidade biológica, bem como de Endêmico – Característica de espé-
seus ecossistemas associados, devido à carência de estudos técnicos. Apesar cies que só ocorrem em determinado
da existência de órgãos ambientais no município, a fiscalização ainda é local ou região.
insuficiente, em virtude da falta de compromisso das autoridades compe-
tentes com a sustentabilidade e a biodiversidade. Em alguns casos, este fato
torna-se mais evidente devido à ausência de alternativas econômicas para
a manutenção da biodiversidade.
Com o passar dos anos, a exploração dos recursos naturais tem causado
sérios danos ao meio ambiente, resultando na extinção local de espécies.
Segundo os participantes, a pesca predatória nas praias e ao longo do Rio
São João e a caça e captura de animais silvestres, parte da cultura local, são
as atividades que mais comprometem a biodiversidade local.
47
Os peixes nativos que habitavam os rios da bacia pertenciam a 89 espécies,
sendo 62 exclusivamente de água doce e 27 marinhos, que frequentavam o
baixo curso – o que indica que o Rio São João foi um ecossistema com alta
biodiversidade, pois abriga 32% das 273 espécies de águas interiores f lumi-
nenses até aqui registradas.
48
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Desenvolvimento sustentável para 9 Cobrar do Consórcio Intermunicipal Lagos São João a im-
plementação do projeto de construção de escadas de peixes
a proteção da biodiversidade e crustáceos nas comportas da barragem Juturnaíba, no
Rio São João.
Articulação
Gestão pública
1 Estabelecer parcerias que promovam a realização de projetos
voltados para o levantamento da fauna e f lora locais e seus 10 Desenvolver técnicas e políticas públicas para a preserva-
ecossistemas. ção da diversidade biológica (espécies endêmicas, nativas
e migratórias).
2 Estabelecer parcerias visando à realização de Programas
Ecológicos de Longa Duração (Peld) para monitorar as es- 11 Formular políticas públicas que incentivem o manejo sus-
pécies ameaçadas de extinção. tentável da biodiversidade local.
12 Ampliar o corpo técnico dos órgãos fiscalizadores, mediante
Comunicação a convocação dos aprovados no último concurso.
3 Divulgar os resultados dos estudos de levantamento de fauna
e f lora realizados no município. Fiscalização
4 Promover cursos, visitas, palestras, entre outros, visando 13 Criar uma forma de fiscalização mais rigorosa, com punição
à divulgação de informações para a comunidade sobre a na forma de serviços prestados.
diversidade biológica local. 14 Cobrar maior fiscalização por parte dos órgãos competentes
5 Utilizar instrumentos de controle e comunicação com órgãos na aplicação das leis ambientais.
públicos para inibir ações predatórias do meio ambiente, 15 Criar um serviço de “disque-denúncia ambiental”.
usando a própria população como fiscal.
49
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O aumento da concentração dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera
contribui para a retenção de calor na Terra, provoca a elevação da tempera-
tura média do planeta e é a principal causa das mudanças climáticas. Isso se
deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural
e carvão mineral), ao desmatamento, às queimadas e aos incêndios f lorestais.
50
Outra iniciativa que pode ser utilizada no município consiste no apoio à
conversão dos automóveis para a utilização do gás natural, proveniente do
Gasoduto Cabiúnas – Reduc (Gasduc III) – e projetos de biodiesel, para ônibus e
caminhões. Caberá às autoridades competentes incentivar a realização dessas
atividades, com o apoio de especialistas da área ambiental.
51
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Soluções inovadoras para o Articulação
combate ao aquecimento global 6 Articular junto a universidades e instituições de pesquisa
o estudo de viabilidade para a produção de biodiesel e Uni-
Elaboração de programas e projetos dades de Processamento.
52
53
2 Ordem Física
HABITAÇÃO
A Agenda 21, em seu capítulo 7, afi rma que o acesso à habitação segura e sau-
dável é essencial para o bem-estar físico, psicológico, social e econômico das
pessoas e que o objetivo dos assentamentos humanos é melhorar as condições de
vida e de trabalho de todos, especialmente dos pobres, em áreas urbanas e rurais.
Essa menção especial aos mais pobres se deve ao fato de que estes tendem a estar
nas áreas ecologicamente mais frágeis ou nas periferias das grandes cidades.
Moradores instalados em assentamentos precários estão mais sujeitos a proble-
mas como falta de saneamento e de serviços públicos adequados e a desastres
naturais, como inundações e deslizamentos de terra.
56
No ano 2006, segundo a mesma pesquisa, o município apresentava apenas
um assentamento urbano precário, situado no distrito de Barra de São João, A s s e nt a me nt o s pr e c á r io s – 1)
denominado “Comunidade do Arroz” – um quadro que não se alterou em 2008. Favelas, vilas, mocambos 2) Lotea-
mentos irregulares e moradores de
Mas, no mesmo período, a área ocupada por este assentamento aumentou 25%,
baixa renda 3) Cortiços 4) Conjuntos
enquanto no Conleste o incremento da área ocupada para o mesmo fim foi de
habitacionais degradados (Ministé-
18,31%. A área urbanizada de Casimiro de Abreu não aumentou, enquanto
rio das Cidades).
no Conleste foi observado um crescimento de 27,23%.
7540000
do Impacto do COMPERJ
¯
Areal
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio
(ODMs) nos Municípios
Teresópolis
Nova Friburgo do CONLESTE
ODM 7
7520000
7520000
META 11
!
!
!!
Localização dos
!
!
!
assentamentos precários,
CASIMIRO DE ABREU em relação à área urbana,
CACHOEIRAS DE MACACU nos municípios do Conleste
!
!
!
Ano Base 2008
7500000
7500000
GUAPIMIRIM !
SILVA JARDIM !
MAGÉ !
Legenda
as
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!
!
Assentamentos precários
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Cabo Frio
Áreas urbanas
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COMPERJ
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RIO BONITO
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Município sem informação
ITABORAÍ
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7480000
7480000
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Araruama Rodovias
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! TANGUÁ
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! São Pedro da Aldeia
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SÃO GONÇALO
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Equipe: Urbanismo
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! Saquarema
pela Equipe de Geociências
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NITERÓI
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MARICÁ
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7460000
7460000
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Arraial do Cabo
Escala 1:600.000
!
!
! !! !
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!
Oceano Atlântico
Km
0 2,5 5 10 15 20
57
Os participantes do Fórum afirmaram que falta infraestrutura adequada
(viária e transporte público, Internet e telefonia, queda de energia diária
e necessidade de aumento da potência instalada), especialmente em toda a
região serrana de Casimiro de Abreu.
Planos municipais
de habitação 0,07%
Urbanização de
88%
assentamentos precários
0 20 40 60 80 100
58
Tabela 1: Investimentos do programa na área de habitação
59
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promoção da integração municipal Elaboração de programas e projetos
5 Criar um programa voltado para a regularização da titula-
Infraestrutura ridade das terras distribuídas.
1 Construir uma estrada-parque municipal, ligando o distrito- 6 Desenvolver programas e projetos que consolidem a per-
sede ao distrito de Barra de São João. manência dos assentados nos lotes r urais (capacitação,
assistência técnica, maquinário, entre outros).
• Estratégias para o Gestão pública
planejamento do território 7 Controlar as invasões de terra.
Gestão pública
1 Contemplar o zoneamento do uso do solo na revisão do
• Promoção do desenvolvimento
Plano Diretor, à luz dos novos empreendimentos previstos habitacional
para a região.
Planejamento
Planejamento
1 Dimensionar e disponibilizar áreas para atender à demanda
2 Elaborar planos de manejo nas Unidades de Conser vação de desenvolvimento habitacional.
existentes.
3 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local
Capacitação
para acompanhar a revisão e implementação do Plano Di- 2 Realizar cursos de capacitação para que os profissionais
retor, acionando o Ministério Público quando possível. elaborem bons projetos, específicos para cada área.
Estudos técnicos
4 Inventar iar recursos municipais para a implantação de
• Ações sustentáveis para uso
projetos que atendam ao crescimento da população, a médio e ocupação do solo
e longo prazos.
Gestão pública
• Ações estratégicas para 1 Elaborar plano de habitação para atender ao aumento ace-
lerado da população devido aos novos empreendimentos.
a regularização de 2 Regulamentar a expansão e o desenvolvimento da cidade
assentamentos rurais considerando as questões ambientais e as necessidades de
infraestrutura.
Planejamento 3 Condicionar o desenvolvimento de novos empreendimentos
1 Recadastrar as propriedades rurais. imobiliários ao Plano de Zoneamento Urbano e à instalação
2 Regularizar os assentamentos irregulares já estabelecidos, de infraestrutura adequada.
prevenindo impactos sobre os recursos naturais. Estudos técnicos
3 Solicitar ao Incra, à Emater e à Secretaria Municipal de 4 Realizar estudos técnicos que promovam o planejamento do
Agricultura e Pesca o acompanhamento e a assistência uso e ocupação do solo.
técnica aos assentados da reforma agrária.
Fiscalização
Articulação
5 Fiscalizar as obras em andamento, verificando se foram
4 Estabelecer parcerias (Caixa, sindicatos, cartórios, órgãos fi s- aprovadas pela Prefeitura Municipal.
calizadores) para ajudar os proprietários a regularizarem seus
títulos de propriedade, permitindo transações imobiliárias. 6 Intensifi car a fi scalização no município, fazendo cumprir
todas as exigências do Código de Obras e Posturas Municipais.
60
Comunicação Estudos técnicos
7 Realizar debates públicos sobre a política municipal de 7 Elaborar estudos técnicos para determinar os potenciais ener-
habitação. géticos alternativos no município (solar, biomassa, eólico).
8 Informar a população sobre questões relativas ao desenvol- Infraestrutura
vimento urbano.
8 Melhorar a iluminação pública em todos os distritos do
município.
• Estratégias para a instalação 9 Ampliar o sistema telefônico.
de infraestrutura 10 Ampliar o acesso à Internet de alta velocidade (inclusão digital).
Articulação 11 Melhorar o serviço de correios.
1 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local 12 Criar posto de saúde, dos correios e biblioteca no espaço da
destinado a desenvolver estratégias para promover o acesso Escola Celina Macharet (Serra do Macharet).
a ser viços de infraestrutura na educação e saúde para os
moradores do município. Possíveis parceiros
2 Articular junto à prefeitura e às secretarias municipais a
Ampla • Câmara Municipal • DER • Emater • FGV • Sistema
possibilidade de desenvolver ações prioritárias para a me-
Firjan • Instituições religiosas • Incra • Instituições de Defesa
lhoria dos serviços básicos de água e energia.
dos Direitos das Pessoas com Deficiência • Inea • Ministério
Comunicação da Reforma Agrária • Ministério das Comunicações • MP •
Prefeitura Municipal • Sebrae • Secretarias municipais (de
3 Realizar um seminário municipal para discutir e divulgar os Assistência Social, Educação, Habitação, Planejamento, Admi-
resultados da pesquisa feita pela UFF sobre a infraestrutura nistração, Agricultura e Pesca, Desenvolvimento Econômico,
básica para o município. Meio Ambiente, Obras e Saúde) • Universidades.
Planejamento
4 Solicitar à Ampla um plano de dimensionamento das ne- Possíveis fontes de financiamento
cessidades de energia do município, por região. Banco do Brasil • BNDES • CEF • Comissão Europeia • Cona-
5 Encaminhar solicitação à Ampla para melhorar seus equi- de • CT-Transporte • CT-Energ • CT-Infra • Fecam • Finep •
pamentos e serviços. Fundescab • LOA • Ministério das Cidades • Ministério das
Minas e Energia.
6 Solicitar à Ampla o aumento da oferta de energia da capa-
cidade instalada.
61
SANEAMENTO
Saneamento ambiental é o conjunto de práticas voltadas para a conservação
e a melhoria das condições do meio ambiente em benefício da saúde. Envolve
abastecimento de água, esgoto sanitário, coleta de resíduos sólidos, drenagem
urbana e controle de doenças transmissíveis.
Esgoto sanitário
Em Casimiro de Abreu, de acordo com a pesquisa ONU-Habitat/UFF, o
serviço de esgotamento sanitário registrou um aumento de 12,68% no número
de domicílios particulares permanentes urbanos atendidos, abrangendo, em
2008, 45,37% do total de domicílios do município – o que caracteriza uma
situação mais favorável que a taxa da região, que foi de 22,33%.
62
Mapa 6: Percentual de domicílios permanentes urbanos com
acesso à rede geral de esgoto nos municípios do Conleste
680000 700000 720000 740000 760000 780000 800000 A Observação Internacional
7540000
7540000
do Impacto do COMPERJ
¯
Areal
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio
Teresópolis
(ODMs) nos Municípios
Nova Friburgo
do CONLESTE
ODM 7
7520000
7520000
META 10 - Indicador A
Percentual de domicilios
CASIMIRO DE ABREU particulares permanentes urbanos
CACHOEIRAS DE MACACU com acesso à rede geral de esgoto
nos municípios do CONLESTE
7500000
7500000
GUAPIMIRIM SILVA JARDIM Ano Base 2009
MAGÉ
as Legenda
Cabo Frio 0,00 - 30,00 %
30,01 - 50,00 %
50,01 - 75,00 %
RIO BONITO
ITABORAÍ
7480000
7480000
Araruama 75,01 - 100,00 %
TANGUÁ
São Pedro da Aldeia Sem informação
SÃO GONÇALO Rodovias
Iguaba Grande
Saquarema
Fonte: Equipe de Urbanismo
NITERÓI Equipe: Urbanismo
MARICÁ
7460000
7460000
Arraial do Cabo
Escala 1:600.000
Projeção Universal Transverso
de Mercator
Fuso 23 - Datum SAD-69
Oceano Atlântico
0 2,5 5 10 15 20
Km
4º Rio Dourado, atendido pelo Saae, com rede de águas pluviais ligadas ao
rio em quase 100%.
63
Apesar de haver um Plano Municipal de Saneamento Básico voltado para a
sede do município, falta implementá-lo. Também suprir a falta de rede cole-
tora de esgoto para separação da rede fluvial e de Estações de Tratamento de
Esgoto (ETEs).
Abastecimento de água
Em Casimiro de Abreu, o número de domicílios particulares permanentes
urbanos com acesso ao abastecimento de água aumentou 17,28% entre 2006
e 2008, chegando a 69,49% - acima, portanto, da média do Conleste, que é
de 45,57%, segundo pesquisa ONU-Habitat/UFF.
64
3 – Obra iniciada:
Duplicação de adutora que interliga a caixa de quebra de pressão à ETA
de Casimiro de Abreu.
7540000
do Impacto do COMPERJ
¯
Areal
sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio
Teresópolis
(ODMs) nos Municípios
Nova Friburgo
do CONLESTE
ODM 7
7520000
7520000
META 10 - Indicador A
Percentual de domicilios
CASIMIRO DE ABREU particulares permanentes urbanos
CACHOEIRAS DE MACACU com acesso à rede geral de água
nos municípios do CONLESTE
7500000
7500000
GUAPIMIRIM SILVA JARDIM Ano Base 2009
MAGÉ
as Legenda
Cabo Frio 0,00 - 30,00 %
30,01 - 50,00 %
50,01 - 75,00 %
RIO BONITO
ITABORAÍ
7480000
7480000
Araruama 75,01 - 100,00 %
TANGUÁ
São Pedro da Aldeia Sem informação
SÃO GONÇALO Rodovias
Iguaba Grande
Saquarema
Fonte: Equipe de Urbanismo
NITERÓI Equipe: Urbanismo
MARICÁ
7460000
7460000
Arraial do Cabo
Escala 1:600.000
Projeção Universal Transverso
de Mercator
Fuso 23 - Datum SAD-69
Oceano Atlântico
0 2,5 5 10 15 20
Km
Resíduos sólidos
Em Casimiro de Abreu, o volume de resíduos sólidos produzido, segundo
informações da Prefeitura, é de 36.000 kg/dia, destinados a um aterro no
município de Santa Maria Madalena. Com apoio do governo estadual, o mu-
nicípio está estudando, junto com Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia, a
implantação de um aterro sanitário em São Pedro da Aldeia.
65
A coleta realizada por uma empresa terceirizada é regular no meio urbano, mas
Aterros – Existem três formas de falta capilaridade à mesma, pois o trabalho é irregular no meio rural. De acordo
disposição de resíduos em aterros: com o relatório do Lima–UFRJ, em 2005 a coleta alcançava 90,7% do município.
os ater ros sa nitá rios, que rece-
bem os resíduos de origem urbana O serviço é executado de forma inadequada ( faltam equipamentos de proteção
(domésticos, comerciais, públicos, individual) e, como não é feita a separação e reciclagem do lixo, não há apro-
hospitalares etc.); os industriais veitamento dos resíduos recolhidos, que vão misturados para outro município.
(somente para resíduos considerados
perigosos); e os aterros controlados O grupo tem esperança de que a futura implementação de uma unidade mo-
para lixo residencial urbano, onde delo de triagem de lixo resolva parte destes problemas e sugeriu a fabricação
os resíduos são depositados e rece- de vassouras a partir de garrafas PET. Outra sugestão apresentada foi a im-
bem uma camada de terra por cima. plantação de projeto de reciclagem do Polietileno de Alta Densidade (Pead)
Na impossibilidade de reciclar o para fabricação de utensílios de madeira plástica (bancos, pontes, tampas
lixo por compostagem acelerada ou para bueiros) como forma de dar aproveitamento econômico e sustentável
a céu aberto, as normas sanitárias
aos resíduos do município.
e ambientais recomendam a adoção
de aterro sanitário e não controlado.
66
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Soluções para a distribuição Fiscalização
de água potável no município 9 Monitorar e div ulgar sistematicamente a qualidade dos
corpos d’água e as condições de balneabilidade das praias.
Planejamento Comunicação
1 Fortalecer o núcleo de defesa sanitária do município. 10 Divulgar a implantação do cadastro técnico das atividades
2 Ampliar a captação de água, de forma sustentável, com a poluidoras ou potencialmente poluidoras e a regulariza-
construção e gestão adequada de mais um reservatório. ção destas.
3 Captar água da chuva e reutilizar águas servidas. 11 Realizar palestras, fóruns de discussão e seminários com
ênfase no tema saneamento no Programa de Educação Am-
4 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local
biental do município.
para rever, junto com especialistas e colaboradores, a in-
fraestrutura da rede local, para que haja manobra da rede 12 Informar a comunidade sobre a destinação correta do esgoto.
de água em Barra de São João.
67
Infraestrutura Comunicação
7 Criar uma usina de rejeitos zero, em regime experimental. 6 Desenvolver um trabalho permanente de educação ambiental,
8 Assegurar que os trabalhadores da limpeza urbana usem envolvendo os meios de comunicação de massa, para sensi-
todos os equipamentos exigidos por lei. bilizar a população para mudança de hábitos, destacando a
importância dos três ‘Rs’ (reduzir, reutilizar e reciclar).
9 Instalar recipientes de coleta de lixo em quantidade sufi-
ciente em todos os distritos. 7 Envolver a população no processo de separação do lixo
reciclável, a começar pelas escolas.
Comunicação
10 Promover campanhas permanentes de limpeza das ruas e Possíveis parceiros
destinação adequada dos resíduos sólidos. Câmara Municipal • Cedae • Empresários • FGV • Fundação
Cultural Casimiro de Abreu • Inea • Ministério das Cidades
• Estratégias para promover a • ONGs • Pet robras • Prefeit u ra Municipa l • Prefeit u ras
coleta seletiva e a reciclagem municipais da região • Saae • Secretaria de Estado de Ad-
ministração • Secretarias municipais (de Obras, Educação,
Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Saúde e Pla-
Elaboração de programas
nejamento) • UFF • UFRJ.
1 Elaborar programas de coleta seletiva e reciclagem de resí-
duos sólidos.
Possíveis fontes de financiamento
Planejamento BNDES • CT-Energ • Fecam • Finep • Governo do Estado • Inea
2 Recolher os materiais recicláveis, na cidade e na serra. • Instituições Internacionais • LOA • Ministério das Cidades •
Ministério das Minas e Energia • Ministério do Meio Ambiente
3 Criar cooperativas de reciclagem.
• Petrobras • Prefeitura Municipal • Prefeituras municipais
Infraestrutura da região.
4 Assegurar um caminhão de coleta específico para materiais
recicláveis.
Estudos técnicos
5 Realizar estudos para o aproveitamento econômico dos resídu-
os recicláveis (transformação de PET e outros, e compostagem).
68
MOBILIDADE E TRANSPORTE
Praticamente todos os aspectos da vida moderna estão ligados a sistemas
de transporte que permitem o deslocamento de pessoas, matérias-primas
e mercadorias. Nosso ambiente, economia e bem-estar social dependem de
transportes limpos, eficientes e acessíveis a todos. No entanto, os meios de
transporte disponíveis são insustentáveis e ameaçam a qualidade de vida e
a saúde da população e do planeta.
69
Casimiro de Abreu, por estar ao lado da BR-101, é servido por inúmeros
ônibus intermunicipais e estaduais. Mas os participantes destacaram a pre-
cariedade do transporte coletivo, que fica evidente quando se constata que há
uma rodoviária no 1º distrito, mas o município só conta com uma linha direta
com o Rio de Janeiro. Os ônibus que passam pela cidade seguem para outros
municípios. O distrito de Barra de São João não possui terminal rodoviário
e os ônibus que servem aquela região são os mesmos que vão para Macaé.
Quase todo o município é atendido por transporte, com exceção do bairro Quilombo.
70
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Soluções para promover o 8 Melhorar a estrada Serra-Mar e a fiscalização de seu uso,
de acordo com as especificações de sua construção (controle
transporte acessível a todos do excesso de carga).
9 Assegurar a melhoria e a manutenção permanente das es-
Gestão pública tradas secundárias e vicinais.
1 Rever a política de concessão de transportes públicos, vi- 10 Utilizar o transporte fluvial entre os rios São João e Indaiaçu.
sando à adequação da oferta de transportes às necessidades
da população (qualidade dos serviços em geral). Comunicação
2 Regulamentar o transporte ‘alternativo’, definindo rotas e 11 Promover, através de meios de comunicação, a educação
estabelecendo as mesmas obrigações exigidas das empresas ciclística da população.
de ônibus.
3 Promover competição pela prestação de serviços de trans- Possíveis parceiros
porte para ligar a sede a outras localidades (Sana, Serra,
Câmara Municipal • Sistema Firjan • Inea • Ministério da
Barra de São João, Búzios, Rio das Ostras).
Educação • Ministério dos Transpor tes • ONGs • Prefeitu-
4 Criar incentivos fiscais para promover a utilização de com- ra Municipal • Sebrae • Secretaria Estadual de Educação •
bustíveis menos poluentes. Secretaria Estadual de Transporte • Secretaria Municipal de
Administração • Universidades.
Fiscalização
5 Fiscalizar o funcionamento do sistema de transporte, cum-
prindo as normas cabíveis (ambientais e atendimento às
Possíveis fontes de financiamento
pessoas com deficiência). BNDES • CEF • CT-Energ • CT-Transporte • DER • Finep •
Governo Estadual • Ministério das Cidades • Ministério das
Infraestrutura Minas e Energia • Prefeitura Municipal.
6 Criar ciclofaixas e bicicletários.
7 Adequar a rodoviária à demanda futura, promovendo o uso
de práticas de construção e gestão sustentável.
71
SEGURANÇA
Justiça e paz são aspirações humanas legítimas. Sua falta representa uma
perda para a qualidade de vida. Segurança é um tema que transcende as
ações policiais e judiciais de repressão e contenção da violência armada e
prevenção de mortes.
O município faz parte da Aisp 32 e conta com o 32º Batalhão da Polícia Mi-
litar, com a 121ª Delegacia Policial e com Guarda Municipal, cuja atuação é
voltada para a fiscalização do trânsito e respeito às leis vigentes. A Guarda
Municipal também colabora, quando solicitada, com tarefas atribuídas à
Defesa Civil, na ocorrência de calamidades públicas ou grandes sinistros e
em auxílio às polícias Militar e Federal e ao Corpo de Bombeiros.
72
quando comparados ao mesmo mês do ano anterior: 17,6% nas incidências
de homicídio, 24,4% de roubo de veículo, 15,7% de roubo de rua, 31,5% de
roubo em coletivo, 13,4% de roubo de aparelho celular e 13,9% de roubo a
transeunte. Já o crime de latrocínio apresentou um aumento de 46,2% (de 13
para 19). Não obtivemos dados desagregados para Casimiro de Abreu.
60
52,74
50,48
50 43,99 Casimiro de Abreu
46,58
40 Conleste
39,26 29,84
30 35,16 Estado do Rio
19,58 19,31 de Janeiro
20
10
2000/2002 2003/2005 2006
73
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Medidas para o fortalecimento Estudos técnicos
da segurança pública 2 Mapear a origem dos moradores de rua e as causas de seu
desabrigo.
Gestão pública Infraestrutura
1 Criar um conselho municipal de segurança. 3 Criar um posto de atendimento 24 horas para a população
2 Estabelecer uma política de combate aos pequenos delitos. de rua.
3 Revisar os convênios entre o poder municipal e o poder 4 Criar casas de abrigo, para atender adultos e idosos em
estadual, solicitando maior ar ticulação e o aumento de situação de risco.
efetivo da Polícia Militar.
Planejamento
Infraestrutura 5 Realizar cadastro em rede das pessoas que estão nos abrigos,
4 Ampliar e qualificar os quadros da Guarda Municipal. com atualização permanente.
5 Criar uma subdelegacia em Barra de São João. Elaboração de projetos
Planejamento 6 Desenvolver projetos de reintegração social e resgate da
dignidade humana.
6 Fechar bares e similares mais cedo.
7 Criar programas de prevenção ao uso de álcool e drogas.
Possíveis parceiros
Comunicação Câmara Municipal • FGV • Guarda Municipal • Instituições
8 Informar aos cidadãos a impor tância de registrarem as religiosas • ISP • Ministério da Justiça • ONGs • Petrobras •
ocorrências. Polícia Civil • Policia Militar • Prefeitura Municipal • Secre-
taria Municipal de Assistência Social • UFF • UFRJ
• Ações para a diminuição Possíveis fontes de financiamento
da população de rua
BNDES • Comissão Europeia • Ministério da Justiça • Petrobras
Gestão pública • Prefeitura Municipal
1 Estabelecer políticas de assistência social para prevenir o
aumento da população de rua.
74
75
3 Ordem Social
EDUCAÇÃO
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), a educação, em todas as suas formas, molda o mundo
de amanhã, instrumentalizando indivíduos com habilidades, perspectivas,
conhecimento e valores necessários para se viver e trabalhar.
78
Gráfico 4: Número de matrículas efetuadas
Í nd ice de Dese nvolv i me nto d a
Educação Básica (Ideb) – Mede a
Total Municipal Total Estadual Total Privado qualidade da educação numa escala
8.000 que vai de zero a dez. É calculado
7.000 6.228 5.988 5.954
5.754 5.958 5.877 5.878 6.021 com base na taxa de rendimento
6.000 5.229 5.139
4.530 escolar (aprovação e evasão), no
5.000 4.074
3.753 3.727 3.528 3.612 3.570 desempenho dos alunos no Sistema
4.000 3.201 3.172 3.305
Nacional de Avaliação da Educação
3.000
1.435 1.508 1.528 1.451 1.562 1.566 Básica (Saeb) e na Prova Brasi l.
2.000 897 918 961 1.156
Quanto maior for a nota da institui-
1.000
ção no teste e quanto menos repe-
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 tências e desistências ela registrar,
melhor será sua classificação. A par-
Fonte: Confederação Nacional dos Municípios (2010) tir deste instrumento, o Ministério
da Educação traçou metas de desem-
As crianças de 0 a 3 anos são atendidas nas cinco creches municipais, que penho bianuais para cada escola e
não oferecem vagas suficientes, e em uma das escolas privadas de Educação cada rede até 2022. Em 2008, todos
Infantil existentes no município. Esse é um desafio a ser considerado. os 5.563 municípios brasileiros ade-
riram ao compromisso.
Com a atração de mais pessoas para a cidade há uma natural demanda por
vagas. O grupo teme que seja insufi ciente o número de escolas e creches, bem
como suas infraestruturas.
Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais 4,2 4,9 4,8 4,3 4,6 5,0 5,3 5,6 5,9 6,1 6,4
Anos finais 3,4 3,5 3,7 3,4 3,6 3,8 4,2 4,6 4,9 5,1 5,4
Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar
79
O mesmo ocorre no atendimento ao Ensino Médio, que precisa ser ampliado
e aperfeiçoado, pois, segundo dados da mesma pesquisa, a taxa de distorção
idade/ano escolar é ainda mais elevada se comparada à do Ensino Fundamen-
tal, revelando retenções em todos os anos desse nível de ensino.
Segundo o grupo, faltam escolas nos bairros novos e na área rural, no entanto,
há transporte escolar para crianças e jovens de localidades afastadas (zona rural).
O censo escolar de 2006 indicava que 17 crianças e jovens com alguma defici-
ência foram integrados ao Ensino Fundamental regular e 47 foram atendidos
em salas especiais, também nesse nível escolar. O município informa que o
sistema de ensino organiza atendimento para que alunos que apresentam
necessidades especiais frequentem preferencialmente turmas regulares,
complementadas com atendimento educacional especializado e oficinas com
diversas atividades pedagógicas. Os representantes do Fórum ressaltaram
a necessidade de qualificação dos profissionais de educação no trato com
pessoas com necessidades especiais.
80
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de reestruturação da Educação 2 Cobrar o encaminhamento de núcleos da Escola Agrícola
para outros distritos do município.
Fundamental de Casimiro de Abreu 3 Atrair universidades para a cidade de acordo com a demanda
necessária.
Infraestrutura
4 Dar status de escola técnica à Escola Agr ícola da Sede
1 Melhorar a infraestrutura física das escolas em todos os para formação profissional adequada dos agricultores do
distritos do município. município.
Gestão pública Articulação
2 Incluir os professores da rede municipal de ensino na atu- 5 Estabelecer convênios com o poder público estadual e fede-
alização de profissionais de ensino. ral para criar campi universitários públicos que atendam à
3 Fortalecer a atuação do Conselho Municipal de Educação. demanda regional.
4 Criar o Conselho Comunitário Municipal. 6 Formalizar um convênio com a Escola Técnica de Enferma-
gem (Escola Batista) para facilitar o acesso dos alunos de
Comunicação baixa renda.
5 Divulgar as ações do Conselho Municipal de Educação.
Estudos técnicos
Fiscalização 7 Realizar o levantamento regional dos cursos superiores
6 Solicitar ao Conselho Municipal de Educação que fiscalize existentes (particulares e públicos) na área de inf luência do
efetivamente a aplicação das verbas de Educação e divulgue Comperj, para identificar a oferta e avaliar as necessidades
anualmente a prestação de contas de suas atividades. do município.
7 Regularizar e fi scalizar o transporte escolar (terceirizado pela Infraestrutura
Prefeitura) para que haja uma prática adequada e segura.
8 Regularizar o serviço de transporte universitário, através
Elaboração de programas e projetos do aumento e manutenção da frota e da diversificação de
horários (diurno e noturno), inclusive nos fins de semana.
8 Elaborar projetos para captação de recursos, através de
parcerias público-privadas para a ampliação da rede edu-
cacional nas áreas rurais e nos bairros novos. Possíveis parceiros
9 Criar um programa educacional para que as crianças e os Associações • Cooperativas • ONGs • Secretarias municipais (de
jovens tenham formação sólida em atividades extracurri- Educação e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável)
culares, como esporte, lazer e cultura. • Sindicatos • Universidades.
Planejamento
Possíveis fontes de financiamento
10 Implantar no município o programa Escola Aberta.
Coca–Cola Company • Embaixada da A lemanha • Fecam •
Finep • Fundação Educar • Fundação Ford • LOA • Ministério
• Plano de estruturação do da Educação • Shell • Unesco.
Ensino Técnico e Superior
de Casimiro de Abreu
Planejamento
1 Identificar a demanda profissional do Comperj e redes de
serviços associadas, para atrair cursos profissionalizantes
e escolas técnicas para o município.
81
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trata-se de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade cons-
troem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltados para a conservação do meio ambiente e dos bens de uso comum,
essenciais à qualidade de vida e sua sustentabilidade.
82
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Programa municipal de Elaboração de projetos
educação ambiental 5 Elaborar projetos de Educação A mbiental, apoiados em
recursos do Consórcio Intermunicipal Lagos São João.
Capacitação Gestão pública
1 Capacitar os professores sobre os temas: desenvolvimento 6 Elaborar políticas públicas que envolvam as escolas que
sustentável e educação ambiental. atuam no município na educação ambiental.
2 Realizar a capacitação de agentes escolares ambientais. 7 Ampliar os programas de educação ambiental em todo o
Comunicação município.
83
CULTURA
Segundo a Unesco, a diversidade cultural, produto de milhares de anos de histó-
Desigualdades no acesso à produ-
ria e fruto da contribuição coletiva de todos os povos, é o principal patrimônio
ção cultural:
da humanidade. As civilizações e suas culturas também resultam da localiza-
Entretenimento – Apenas 13% dos ção geográfica e das condições de vida que cada uma oferece, o que se traduz
brasileiros vão ao cinema alguma na riqueza e diversidade de formas de viver e sobreviver da espécie humana.
vez no ano; 92% nunca frequentaram
museus; 93,4% jamais visitaram uma A cultura representa as formas de organização de um povo, seus costumes
exposição de arte; 78% nunca assis- e tradições, que são transmitidos de geração a geração, como uma memória
tiram a um espetáculo de dança, em- coletiva, formando sua identidade e, muitas vezes, mantendo-a intacta, apesar
bora 28,8% saiam para dançar. Mais das mudanças pelas quais o mundo passa.
de 90% dos municípios não possuem
salas de cinema, teatro, museus e A identidade cultural é uma das mais importantes riquezas de um povo, pois
espaços culturais multiuso. representa um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos,
historicamente compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados
Livros e bibliotecas – O brasileiro
valores entre os membros de uma sociedade. Trata-se de um conceito de ta-
lê, em média, 1,8 livro per capita/
manha complexidade, que pode ser manifestado de várias formas e envolver
ano (contra 2,4 na Colômbia e 7 na
França, por exemplo); 73% dos li-
situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
vros estão concentrados nas mãos de A diversidade cultural é um dos pilares da identidade brasileira e fator de
apenas 16% da população. O preço
sustentabilidade do desenvolvimento do País. O maior desafio nesta área é
médio do livro de leitura corrente é
enfrentar a pressão que o desenvolvimento exerce sobre as estruturas tradi-
de R$ 25,00, elevadíssimo quando
cionais – sejam físicas, como sítios arqueológicos ou patrimônios históricos,
comparado com a renda do brasi-
sejam imateriais, como conhecimentos e práticas das populações.
leiro nas classes C/D/E. Dos cerca
de 600 municípios brasileiros que
nunca receberam uma biblioteca,
405 f icam no Nordeste, e apenas
Em Casimiro de Abreu, embora dados do site da prefeitura indiquem
dois no Sudeste. que os primeiros habitantes do município foram os índios Saruçus, da na-
ção Goitacás, faltam informações históricas sobre a ocupação de populações
Acesso à internet – 82% dos brasilei-
tradicionais no município. Esses conhecimentos são importantes para que
ros não possuem computador em casa;
ocorra a preservação da identidade da cultura local.
destes, 70% não têm acesso à internet
(nem no trabalho, nem na escola). No município existem várias comunidades tradicionais, como os quilombolas,
Profissionais da cultura – 56,7% os índios e os pescadores, mas ainda falta uma política que garanta o resgate
da população ocupada na área de destas culturas, bem como a dos imigrantes.
cultura não têm carteira assinada
Casimiro de Abreu possui atrativos culturais para turistas, mas para os seus
ou trabalham por conta própria.
moradores os projetos sociais e culturais são insufi cientes. Faltam equipamen-
tos culturais em todos os distritos – cinemas, teatros, bibliotecas. Também foi
(Fonte: http://www.unesco.org/ sugerido que as escolas existentes de artes manuais, pintura, música e dança
pt/brasilia/culture/access-to- deveriam funcionar em prédio próprio da municipalidade, o que não ocorre.
culture/#c37219).
Ainda que restritos, existem projetos de desenvolvimento social e cultural, den-
tre eles o “Chama Cultural”, organizado pelo Núcleo de Apoio ao Profi ssional
da Educação (Nape), vinculado à Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura
de Casimiro de Abreu. O “Arte em Fibra” é um programa de geração de renda
84
em que são ensinadas técnicas de artesanato com a fibra de bananeira para a
confecção de bolsas, bonés, porta-CDs etc. Os produtos são comercializados
nos quiosques da prefeitura, no Espaço Arte Natural (Casa do Artesanato) e em
feiras, e no “Projeto Renovar” – dirigido a pessoas da terceira idade. Também há
programas oferecidos pelas escolas de dança e música, mantidas pela Fundação
Cultural de Casimiro de Abreu, que oferecem cursos gratuitos à população.
O município possui vários espaços culturais, tais como: Associação Livre dos
Agricultores das Águas de São João; seis bibliotecas públicas; Casa de Cultura Igreja de São João Batista em Barra de
Estação Casimiro de Abreu; Centro de Convivência da Terceira Idade (Cecon); São João
Escola de Dança Barra de S. João; Sala Popular de Cinema Humberto Mauro e o
Museu da Serra. O Museu Estadual Casa de Casimiro de Abreu foi municipalizado.
Outras iniciativas públicas nessa área são: o concurso literário, que já está na
XI edição; o encontro afro-brasileiro; o “Passa na praça que o livro é de graça”,
uma iniciativa para estimular a leitura; o festival de crustáceos e frutos do mar
de Barra de São João (no centro gastronômico cultural Casa Beira Rio, onde
fica o espaço cultural Chico Tabibuia); e a Feira de Artesanato Popular (Fapo).
Algumas ONGs e outros atores sociais têm buscado parcerias para desenvolver
projetos culturais no município. Uma parceria que vem dando certo é a dos
Pontos de Cultura no Estado do Rio de Janeiro. Em Casimiro, o projeto selecio-
nado para receber incentivos fi nanceiros em 2010 pelo programa foi o “Era uma
vez... vozes do São João”, do Grupo de Educação para o Meio Ambiente (Gema).
85
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de resgate cultural 2 Desenvolver um levantamento atualizado de informações
que permitam o fortalecimento dos roteiros de turismo e
do município do conteúdo sobre história e cultura locais nas escolas.
86
SAÚDE
A Agenda 21 brasileira afirma em seu objetivo 7 – “Promover a saúde e evitar
a doença, democratizando o SUS” – que a origem ambiental de diversas do-
enças é bem conhecida e que o ambiente natural e as condições de trabalho,
moradia, higiene e salubridade, tanto quanto a alimentação e a segurança,
afetam a saúde, podendo prejudicá-la ou, ao contrário, prolongar a vida.
87
O Hospital Municipal é o único hospital
público do município Outra importante questão que afeta a qualidade dos ser viços de saúde no
município é a falta de capacitação em proteção e promoção das condições
da saúde humana.
88
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Ações para viabilizar as políticas de Articulação
saúde pública em todos os distritos 2 Formar parcerias com as associações de moradores para
coletar estas informações.
Gestão pública
1 Cobrar do Conselho Municipal de Saúde a universalidade, • Ações estratégicas para a criação
integralidade e equidade nas ações de saúde em todo o de um radar epidemiológico
município.
Gestão pública
Planejamento
1 Viabilizar, junto ao Depar tamento de Saúde Coletiva e
2 Promover a participação das associações, em conjunto com Vigilância Epidemiológica, a visita do agente endêmico a
o poder público, nas reuniões do Conselho de Saúde, com todas as residências pelo menos uma vez por mês.
maior divulgação das mesmas.
3 Promover maior atuação da comunidade, em parceria com Fiscalização
os governos municipal e estadual. 2 Fiscalizar os agentes sanitários nos lixões.
4 Criar mecanismos para dar transparência à aplicação dos Infraestrutura
recursos financeiros utilizados na saúde.
3 Construir uma usina de tratamento de lixo.
• Estratégias para a melhoria da 4 Aumentar a frota para a visita dos profissionais da Estraté-
gia Saúde da Família e da Vigilância Sanitária às residências
qualidade dos serviços de saúde de todo o município.
Infraestrutura Comunicação
1 Ampliar o espaço físico e o quadro funcional do Centro de 5 Informar a população para que não haja acúmulo de água
Referência em Especialidades Médicas. em situações que favoreçam a multiplicação de vetores.
2 Criar uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nos hos- 6 Criar mecanismos técnicos e de comunicação para facilitar
pitais locais. a notificação de casos de doenças incluídas na lista de no-
3 Melhorar as ambulâncias que operam no município. tificação compulsória.
89
• Promoção do controle de zoonoses Elaboração de programas e projetos
5 Elaborar programas de esterilização gratuita para cães e gatos.
Planejamento
1 Promover a visita dos agentes de endemias a todos os locais Possíveis parceiros
infestados por caramujos africanos.
BNDES • Câmara Municipal • Conselho Municipal de Saúde •
Comunicação MP • ONU • ONGs • Secretaria Municipal de Saúde • Sindicatos
• Suipa • Universidades.
2 Realizar campanhas educativas para toda a população du-
rante todo o ano sobre o caramujo africano e os problemas
causados por ele. Possíveis fontes de financiamento
3 Ampliar os canais de comunicação com os órgãos responsáveis BNDES • Conselho Municipal de Saúde • Empresas ligadas ao
para que animais de qualquer espécie soltos na rua sejam Comperj • Fundação Ângela Borba • LOA • Ministério da Saúde
retirados (principalmente cavalos, cães, gatos e vacas). • ONGs • Petrobras.
Infraestrutura
4 Criar um local para abrigar os animais recolhidos, com
promoção de campanhas de adoção.
90
GRUPOS PRINCIPAIS
A Agenda 21 Global define como grupos principais as mulheres, crianças e jovens,
povos indígenas, ONGs, autoridades locais, trabalhadores e seus sindicatos, comer-
ciantes e industriários, a comunidade científica e tecnológica, agricultores e empresá-
rios. É desses grupos que o documento cobra comprometimento e participação para a
implementação dos objetivos, políticas e mecanismos de ação previstos em seu texto.
Sendo um processo democrático e promotor da cidadania, a construção da Projetos sociais oferecem cursos
Agenda 21 Local não pode deixar de considerar as necessidades e interesses profi ssionalizantes para mulheres
de outros grupos, como afrodescendentes, ciganos, idosos, pessoas com de-
ficiência, homossexuais, travestis e outras minorias.
A Agenda 21 brasileira vai além e destaca como uma de suas prioridades a neces-
sidade de diminuir as desigualdades sociais no País para garantir as condições
mínimas de cidadania a todos os brasileiros, enfatizando a importância de pro-
teger os segmentos mais vulneráveis da população: mulheres, negros e jovens.
É na Seção III, dedicada ao fortalecimento do papel dos grupos principais, que a Agenda
21 Global propõe o desenvolvimento de processos de consulta às populações locais
para alcançar consenso sobre uma “Agenda 21 Local” para a comunidade. No Capítulo
28, recomenda que os países estimulem todas as suas autoridades locais a ouvirem
cidadãos e organizações cívicas, comunitárias, empresariais e industriais locais para
obter as informações necessárias para formular as melhores estratégias, aumentando a
consciência em relação ao desenvolvimento sustentável. Para a legitimidade e sucesso
deste processo, é fundamental a inclusão de representantes de todos os grupos sociais.
91
As ações voltadas para os idosos são poucas, mas eles dispõem de um Centro
de Convivência da Terceira Idade (Cecon).
100 87,8%
81,7%
76,6%
80
57,0%
60
40
20
0
Casimiro de Abreu Conleste Rio de Janeiro Brasil
92
Foi aberta a possibilidade de criação de um Conselho Municipal da Mulher,
para a participação organizada das mulheres nas representações municipais.
Alguns importantes programas e projetos ambientais e educativos oferecidos
para esse público são: Renovar; Terceira Idade e Novo Amanhecer.
93
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Ações de apoio ao idoso 2 Promover a educação continuada para os profissionais que
trabalham com jovens nos projetos da Fundação para a
Infância e Adolescência (FIA).
Infraestrutura
1 Construir um centro de apoio ao idoso que atenda a demanda Planejamento
de todo o município. 3 Dar prioridade aos assuntos voltados ao suporte dos jovens,
com fomento ao emprego e desenvolvimento cultural no
• Políticas públicas para as mulheres município.
4 Ampliar o atendimento dos programas existentes para todo
Capacitação o município.
1 Capacitar as mulheres em várias áreas de atuação, visando 5 Ampliar os programas de esporte para todo o município.
prepará-las para o mercado de trabalho.
6 Formar jovens com consciência política.
Planejamento 7 Envolver crianças em fóruns infantojuvenis.
2 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda Local para
8 Informar as famílias da sua responsabilidade com os jovens
elaborar e apresentar às autoridades competentes a proposta
no resgate dos valores morais.
de criação do Conselho Municipal da Mulher.
3 Cobrar que os projetos voltados para o bem-estar da mulher Elaboração de programas e projetos
sejam atuantes em todos os distritos do município. 9 Elaborar projetos nas escolas municipais voltados para áreas
4 Criar um núcleo especial de atendimento à mulher dentro experimentais de plantio de orgânicos, cuja produção seria
da delegacia legal, com profissionais femininas para pres- aproveitada nas merendas escolares.
tar atendimento (orientar sobre a necessidade de criar uma
Gestão pública
delegacia especial para o atendimento das mulheres).
10 Assegurar o ensino em horário integral nas escolas.
Infraestrutura
5 Criar casas de abrigo para mulheres vítimas de violência. • Promoção das pessoas
6 Criar um centro de referência para o atendimento à mulher. com deficiência
Gestão pública Planejamento
7 Criar um Conselho Municipal da Mulher.
1. Informar a sociedade sobre as necessidades das instituições
8 Criar uma secretaria especial de políticas para a mulher. de atendimento a pessoas com deficiência para que colabo-
rem na busca de recursos para as mesmas.
• Participação da mulher nos Gestão pública
espaços de tomada de decisões 2 Captar recursos para projetos voltados para os portadores
de necessidades especiais.
Planejamento
3 Fortalecer os centros de reabilitação que desenvolvam as
1 Promover maior participação das mulheres nas representa- capacidades de pessoas com deficiência.
ções municipais.
Capacitação
• Ações de combate às drogas 4 Capacitar os prof issionais da área da saúde, visando ao
melhor atendimento aos portadores de deficiência (braille
Capacitação e libras).
1 Capacitar os grupos de voluntários para atuar junto aos
jovens, conscientizando-os sobre os perigos de abuso de
álcool e drogas, DST/Aids e gravidez precoce.
94
• Estratégias para o fortalecimento 3
4
Criar sindicatos patronais e de trabalhadores por classe.
Organizar os trabalhadores nos sindicatos de sua categoria
das ONGs no município
5 Revitalizar o sindicato dos trabalhadores rurais.
Articulação 6 Articular com os sindicatos a sua participação nos conselhos
1 Integrar o poder público e as associações e ONGs para que municipais, nas áreas a que estão afetos.
ambos os parceiros prestem contas em relatórios periódicos.
Elaboração de projetos
Capacitação 7 Elaborar projetos voltados para o fortalecimento dos sindi-
2 Realizar cursos de capacitação para ONGs captarem recursos. catos existentes (ex.: patronal, rural, comércio, educação
estadual – Sepe, entre outros).
Planejamento
Comunicação
3 Identificar as ONGs com perfil socioambiental sustentável.
8 Informar os trabalhadores sobre os seus direitos.
4 Promover a elaboração de projetos sustentáveis, por inter-
médio das ONGs.
Possíveis parceiros
5 Dar visibilidade ao projeto institucional das organizações
locais. Apae • Emater • Empresas ligadas ao Comperj • Sistema Fir-
jan • Fundação Ângela Borba • Fundação Pestalozzi • ONGs •
6 Fortalecer as organizações sérias.
Petrobras • Prefeitura • Sebrae • Câmara Municipal.
2 Fortalecer os sindicatos.
95
PADRÕES DE CONSUMO
A pobreza e a degradação ambiental estão estreitamente relacionadas. Enquanto
a primeira tem como resultado determinados tipos de pressão ambiental, segundo
a Agenda 21, as principais causas da deterioração ininterrupta do meio ambiente
mundial são os padrões insustentáveis de consumo e produção, especialmente
nos países industrializados. Motivo de séria preocupação, tais padrões de con-
sumo e produção provocam o agravamento da pobreza e dos desequilíbrios.
96
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Ações estratégicas para o Articulação
consumo consciente 5 Promover parcerias para a substituição de sacolas plásticas
por bolsas de lona ou palha que possam ser reutilizadas.
Elaboração de programas e projetos
1 Criar programas de conscientização de economia de água e • Programa de defesa do consumidor
melhor manejo da mesma.
Articulação
2 Elaborar projetos voltados à redução do consumo de energia
6 Articular a vinda de um posto de atendimento do Procon
na cidade.
para o município.
Comunicação
3 Realizar campanhas (eventos, palestras, seminários, entre Possíveis parceiros
outros), visando à sensibilização da população para o con- Acinca • AMLD • MP • Secretaria Municipal de Meio Ambiente
sumo consciente. e Desenvolvimento Sustentável.
Infraestrutura
4 Instalar sistemas para aproveitamento da energia solar nas
Possíveis fontes de financiamento
residências do município. Fecam • LOA • Shell • Unesco.
97
ESPORTE E LAZER
O conceito de qualidade de vida, embora subjetivo, independentemente da
nação, cultura ou época, relaciona-se a bem-estar psicológico, boas condições
físicas, integração social e funcionalidade.
98
Rios de Casimiro de Abreu atraem praticantes de canoagem
99
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de incentivo às Articulação
práticas desportivas 4 Articular a criação de campeonatos interescolares.
5 Articular parcerias para atrair patrocinadores para o grupo
Gestão pública de ciclistas de Casimiro de Abreu.
1 Ampliar os programas esportivos existentes (Viva Vôlei,
Cecom) para todos os distritos do município. Possíveis parceiros
Infraestrutura ONGs • Universidades.
2 Criar infraestr utura física para a prática de esportes e la-
zer para toda a população (praças, quadras poliesportivas, Possíveis fontes de financiamento
entre outros). Coca–Cola Company• Embaixada da Alemanha • Embaixada do
3 Construir um Centro de Esporte e Lazer que inclua atividades Canadá • Fundação Educar • Ministério de Saúde • Secretaria
como artes marciais, capoeira, natação, futsal, handebol, Municipal de Saúde • Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil.
entre outras.
100
101
4 Ordem Econômica
GERAÇÃO DE TRABALHO,
RENDA E INCLUSÃO SOCIAL
As mudanças climáticas e seus impactos, e a degradação do meio ambiente
Princípios dos empreendimentos em geral, têm implicações significativas para o desenvolvimento econômico e
sustentáveis
– Empenham-se em processos de
produção humanos, dignos e intrin-
secamente satisfatórios;
de trabalho seguras e respeito aos direitos dos trabalhadores.
–
ção ambiental, reduzindo os impactos da atividade econômica, quanto o
Criam objetos duráveis e de uti- desafio social representado por 1,3 bilhão de pessoas no mundo em situação
lidade em longo prazo, cujo uso ou de pobreza. Eles podem beneficiar trabalhadores com diferentes níveis de
disposição fi nal não prejudicarão as qualificação e são encontrados em uma ampla gama de setores da economia,
futuras gerações; tais como os de fornecimento de energia, reciclagem, agrícola, construção
104
Gráfico 6: Número de estabelecimentos
Royalties – Uma das compensações
por setor, conforme tamanho
fi nanceiras relacionadas às ativi-
dades de ex ploração e produção
600 548 de petróleo e gás nat ural que as
companhias petrolíferas pagam aos
500 estados e municípios produtores. A
394
Micro legislação prevê regras diferentes
400
para a distribuição dos royalties
300 Pequena em função da localização do campo
166 Média produtor, se em terra ou no mar.
200
61 Grande
100 20
4 0 0 3 1 0 13 4 1 3 4
0
Agropecuária Indústria Comércio Serviços
Entre 2002 e 2007, o setor de serviços foi o principal responsável pela geração
da renda do município. Em 2002 e 2004, respondeu por quase 60% e, em 2007,
por 80% – Gráfico 7. A indústria, por sua vez, manteve sua posição relativa
de 40% do PIB em 2002 e 2004, mas caiu para 20% em 2007. A administração
pública, que representa uma parcela do setor de serviços, perdeu participação
relativa na economia, respondendo por menos de 10% em 2007. A participação
da agropecuária permaneceu pequena (menos de 1%).
79,29
80
70 58,24 56,30
60
2002
0
Agropecuária Indústria Serviços Administração
Pública
105
A população total estimada em 2007 era de 27.086 habitantes, sendo que
82,8% residiam na área urbana e 17,2%, na área rural6 . A maior parcela dessa
população – Gráfico 8 – tem idade acima de 15 anos.
27,99%
30
25
17,57% 17,01%
20
15
10,27%
8,60% 9,25% 9,24%
10
0
0a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 49 50 anos +
anos anos anos anos anos anos
106
Gráfico 9: Taxa de variação de emprego com carteira
assinada por setor de atividade de 2001 a 2008
800
700 608,56
600
500
400
300
93,84 124,55
200
34,68 47,06 13,70
100 -6,33 -95,08
0
-100
Adm. Agropec. Const. Ind. Extr. Ind. Serv. Ind. Serviços Comércio
Pública Civil Mineral Transf. Ut. Púb.
107
Mapa 9: Densidade de pobreza no Estado do Rio de Janeiro
108
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Formação profissionalizante para 2 Instalar, no município, indústrias e empresas for tes, que
tenham compromisso e responsabilidade com o f ut uro
inserção no mercado de trabalho da população.
Infraestrutura Planejamento
2 Instalar escolas técnicas profissionalizantes – patrocinadas 4 Integrar a popu lação carente e desqua lif icada à at iv i-
– por meio de convênios com Senai, Sesi, Cefet, Sistema dade produt iva.
Firjan, Sesc, Dieese (construção civil, turismo sustentável,
Comunicação
hotelaria, eletrônica, entre outros).
5 Div ulgar as possibilidades de trabalho nos diversos se-
Capacitação tores econômicos.
3 Ampliar a oferta de capacitação gratuita em línguas estrangeiras.
4 Capacitar a mão de obra local para ocupar cargos e trabalhar Possíveis parceiros
na construção e operação do Comperj. Assessoria de Comunicação da Prefeitura • Assessoria de De-
5 Oferecer cursos especializados que atendam à demanda de senvolvimento Econômico • Acinca • Câmara Municipal • Cefet
empregos do Centro de Oportunidades do Estado (localizado • Centro de Oportunidades • Dieese • Sistema Firjan • MEC •
no município). Secretarias municipais (de Ação Social, Agricultura, Turismo
e Cultura) • Senai • Sesc • Sesi.
109
AGRICULTURA
A Agenda 21, em seu Capítulo 32, afirma que a agricultura ocupa um terço
da superfície da Terra e constitui a atividade central de grande parte da
população mundial. Segundo o documento, as atividades agrícolas ocorrem
em contato estreito com a natureza – a que agregam valor com a produção
de recursos renováveis –, ao mesmo tempo em que a tornam vulnerável à
exploração excessiva e ao manejo inadequado.
110
Os participantes afirmaram também que, apesar de haver projetos voltados ao
pequeno agricultor, falta divulgação e ampliação dos projetos agrofl orestais A g r o e c olo g i a – A bordagem da
visando à diversifi cação e ao aumento da renda familiar – produtores fami- agricultura que se baseia nas di-
nâmicas da natureza e propõe mu-
liares; faltam projetos que visem ao fortalecimento do papel dos agricultores
danças profundas nos sistemas e nas
para o desenvolvimento sustentável. Do mesmo modo, falta incentivo à pro-
formas de produção. Sua fi losofi a
dução orgânica e agrofl orestal e não há apoio logístico adequado. Segundo
é produzir de acordo com as leis e
eles, a falta de orientação aos agricultores estaria levando ao uso de práticas processos que regem os ecossiste-
agrícolas inadequadas à topografi a da Serra. mas. Reúne conceitos das ciências
naturais e das ciências sociais em
O grupo considera que o município vem desenvolvendo boas políticas de in-
práticas dedicadas ao estudo das
centivo agrícola; que há apoio técnico ao agricultor e que houve aumento da
relações produtivas entre o homem
produtividade com emprego de insumos agrícolas.
e a natureza, visando sempre à sus-
Mas lembrou que a ausência de políticas que evitem o êxodo rural e de políti- tentabilidade ecológica, econômica,
social, cultural, política e à ética. A
cas de fortalecimento de culturas agrícolas contrasta com a presença de uma
agroecologia trata também da biodi-
grande massa de agricultores para fi xar na terra. E destacou a diminuição das
versidade, da agricultura orgânica,
áreas de agricultura e a ociosidade de áreas agrícolas existentes.
da agrofloresta, da permacultura e
A banana em cacho e a mandioca foram os principais produtos agrícolas da agroenergia, entre outros temas.
das lavouras do município em 2008, com uma produção de 2.445 e 2.420
toneladas, respectivamente. As áreas plantadas chegaram a 163 hectares, no
caso da banana, com rendimento médio de 15.000 kg/ha; e a 220 hectares
de mandioca, com 11.000 kg/ha. O município cultiva ainda cana-de-açúcar
(700 t), coco-da-bahia (250 mil frutos), feijão em grãos (50 t), laranja (600
t), limão (50 t) e milho em grãos (116 t).
111
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Bases para política pública agrícola • Mecanismos de produção e
Gestão pública geração de renda na agricultura
1 Elaborar políticas para a promoção da agricultura susten- Infraestrutura
tável no município.
1 Ampliar o apoio da prefeitura com maquinário, sementes,
2 Fortalecer as políticas agrícolas (ex.: reformular a Emater). insumos e assistência técnica aos produtores rurais.
3 Criar um Fundo Municipal para financiar as associações de 2 Ampliar o apoio técnico para obter produção suficiente para
produtores. abrir novos espaços com a venda dos produtos.
Comunicação Planejamento
4 Informar sobre a importância da representatividade dos 3 Estabelecer linha de crédito para incentivo de produção
agricultores nos órgãos competentes (ex.: Conselho, Fórum, (ex.: Fundescab).
Sindicato Rural).
4 A mpliar, apoiar e incentivar a agricultura familiar e a
Planejamento produção orgânica e agrof lorestal por meio de financia-
mentos públicos, visando à diversificação, ao aumento da
5 Revitalizar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
quantidade de produtores familiares e da renda familiar, e
6 Desenvolver mecanismos que permitam adicionar diferen- à fixação das pessoas no campo.
cial e valor agregado aos produtos locais: doces, compotas,
5 Criar mecanismos que incentivem o jovem a produzir e per-
geleias, queijos, bananas, entre outros.
manecer no campo (acesso à tecnologia, empreendedorismo,
7 Criar hortas comunitárias. escolas agrícolas, lazer, cultura).
8 Viabilizar o ensino técnico-agrícola no município (aprovei-
tando a escola que já existe ou criando uma nova). • Promoção do manejo
9 Desenvolver ações e arranjos produtivos no município. agrícola sustentável
Articulação Planejamento
10 Promover o intercâmbio do setor agropecuário com a Em-
1 Integrar ações de manejo agrícola com o meio ambiente.
brapa e Pesagro.
Elaboração de projetos
Estudos técnicos
2 Elaborar projetos que visem ao fortalecimento do papel dos
11 Mapear a área agr icultável das propr iedades e fazer o
agricultores para o desenvolvimento sustentável.
zoneamento.
12 Mapear as práticas agrícolas inadequadas à topografia de serra.
13 Identificar a vocação agrícola do município (agricultura,
• Ações para o incremento
pecuária, peixes ornamentais, cogumelos, apicultura, cria-
da produção de orgânicos
ção de borboletas, beneficiamento da banana e do leite), e agroecológicos
buscando parcerias com o Sebrae e universidades.
14 Identificar áreas propícias para a instalação de hortos florestais. Planejamento
15 Implantar sistemas agroflorestais no município. 1 Identificar agricultores interessados no cultivo de produtos
orgânicos.
2 Realizar pesquisas científicas para aprimoramento da pro-
dução e comercialização.
3 Promover a especialização para a produção orgânica a
partir de sua cadeia produtiva (ex.: produtor especializado
em insumos).
112
4 Promover a agricultura orgânica local por meio da compra
da produção (Secretaria Municipal de Agricultura) para uso • Mecanismos para o aumento da
em equipamentos públicos (escolas e hospital). produção de ervas medicinais
5 Criar um selo de certificação para os produtos orgânicos.
Articulação
6 Incluir as propriedades produtoras e os produtos agrícolas
(principalmente os orgânicos) no circuito de turismo ecológico. 1 Realizar parcerias com os pequenos produtores para produ-
ção de ervas medicinais.
Articulação
Planejamento
7 Formar parcerias junto a órgãos técnicos (Emater e Embrapa)
para assistência na produção de orgânicos. 2 Utilizar a medicina alternativa como saber tradicional, de
uso conhecido e testado.
8 Dinamizar um grupo de articulação de agroecologia - já
existente - com participação nas redes estadual e nacional. 3 Resgatar a história e os conhecimentos tradicionais da área
da horta medicinal do Dr. Fischer.
• Ações para o escoamento 4 Aprimorar a produção das espécies locais existentes para
uso medicinal.
da produção 5 Cultivar espécies fitoterápicas em áreas propícias.
Estudos técnicos
1 Realizar estudos para identif icar e implantar formas de • Desenvolvimento de capacidades
estabilizar a produção do município. na agricultura familiar
Infraestrutura Capacitação
2 Cr iar um mercado do produtor para venda de produtos 1 Promover a qualificação de produtores agrícolas familiares
agrícolas (principalmente orgânicos), tendo os próprios nas práticas de rotação de culturas e cultivos orgânicos.
produtores rurais como parceiros, com sistema de comer-
cialização eficaz, ágil e moderno. 2 Orientar os produtores agrícolas da região serrana (cada
topografia, uma prática diversa).
3 Criar quiosques para a venda dos produtos rurais (da Serra)
na estrada Serra Mar e analisar a viabilidade de padronizá- 3 Realizar cursos técnicos, em diversas áreas, para que os
los para todo o município. agricultores estejam inseridos no mercado (visando evitar
o êxodo rural).
Planejamento 4 Realizar cursos para ensinar a utilizar a compostagem na
4 Identificar o mercado consumidor, com o objetivo de criar produção orgânica (doação de composteiras por instituições
corredores de escoamento da produção. competentes).
5 Dinamizar a feira de agricultura familiar com produtos 5 Realizar cursos de empreendedorismo, tendo em vista a
locais e com certificação orgânica. produção rural.
6 Buscar informações que superem as dificuldades das licitações 6 Qualificar os agricultores e interessados para implementa-
e concorrências para ampliar o programa de compra de pro- ção da agroindústria.
dutos locais da prefeitura e incluir peixes, leite, entre outros. 7 Capacitar os agricultores para a organização e gestão de
7 Cobrar o acesso a financiamento de meios de transporte, a cooperativas.
juros subsidiados e longo prazo para pagamento, para pos-
sibilitar o escoamento da produção nas áreas produtoras.
• Mecanismos de comunicação
Articulação estratégica para a
8 Fortalecer a parceria com a prefeitura que já compra hor- agricultura familiar
tifrutis dos produtores locais.
9 For talecer a parceria já existente entre a prefeitura e a Comunicação
Cooperativa Agropecuária de Casimiro de Abreu (conti- 1 Criar informativos para divulgar projetos agrof lorestais
nuação do apoio da prefeitura em relação ao transporte e (implicações legais e resultados financeiros) e demais pro-
comercialização para cooperativa). jetos agrícolas no município (pequenos e grandes).
2 Divulgar a Medida Provisória 455, de 28 de janeiro de 2009,
que obriga os entes federativos a comprar, pelo menos, 30%
da demanda de merenda com os produtores locais.
113
3 Criar informativos que expliquem os mecanismos e ferra- Elaboração de projetos
mentas que facilitam a vida do produtor rural (ex.: impor-
tância do cooperativismo e suas vantagens, passos para 7 Desenvolver projetos para criação artificial e reprodução
entrar em licitações e concorrências, entre outros). natural de mexilhão e de peixes.
Comunicação
• Bases para o desenvolvimento de 8 Difundir o programa desenvolvido pela Petrobras de criação
política pública para a pesca de recifes artificiais (que vem sendo desenvolvido em outros
municípios para impedir arrastão).
Gestão pública
Fiscalização
1 Elaborar políticas públicas que promovam a geração de mais
empregos a partir da pesca marítima sustentável (artesanal 9 Cobrar a fiscalização ambiental, com maior rigidez ao infra-
e industrial). tor (ex.: em locais estratégicos de reprodução de cardumes).
114
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Em seu Capítulo 30, a Agenda 21 reconhece que a prosperidade constante, obje-
tivo fundamental do processo de desenvolvimento, resulta principalmente das
atividades do comércio e da indústria. Mas alerta que o setor econômico deve
reconhecer a gestão do meio ambiente como uma de suas mais altas prioridades.
Não é possível ter uma economia ou uma sociedade saudável num mundo com
tanta pobreza e degradação ambiental. O desenvolvimento econômico não pode
parar, mas precisa mudar de rumo para se tornar menos destrutivo.
115
Eles chamaram a atenção também para a falta de uma integração maior entre
comércio, indústria e prefeitura – ainda que o comércio e a indústria sempre
participem das atividades socioeconômicas, quando requisitados. Foi ainda
citado pelo grupo o desenvolvimento socioeconômico possibilitado pelas ati-
vidades do Sebrae e da Associação Comercial de Casimiro de Abreu (Acinca).
116
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Bases para o fortalecimento 14 Criar uma comissão entre as secretarias municipais para
avaliar e decidir sobre as empresas que pretendem instalar-
do comércio e indústria se no município.
15 Conceder incentivos fiscais para atrair novos empreendi-
Gestão pública mentos.
1 Reduzir a informalidade no setor (ex.: falta de alvará de
funcionamento). Fiscalização
16 Fiscalizar, de forma adequada, a aplicação da legislação
Estudos técnicos fiscal, trabalhista e ambiental existente para o comércio e
2 Identificar junto à Petrobras quais indústrias, comércio e servi- a indústria, inclusive no setor de petróleo e gás.
ços devem se instalar no entorno do Comperj e detectar o perfi l
empresarial mais desejável para os interesses do município.
• Ações para o fortalecimento
3 Desenvolver ações estratégicas para atrair indústr ias e
prestação de serviços, agronegócios e hotelaria, empresas
do artesanato local
offshore (proximidade do centro de petróleo e gás de Macaé)
Planejamento
e empresas limpas que atuem em tecnologia de ponta.
1 Dinamizar e ampliar a atuação do projeto “Gente de Fibra”
Planejamento (atualmente restrito ao distrito-sede).
4 Reunir a classe para saber suas demandas. 2 Promover a produção artesanal a partir da exploração da
5 Identificar e integrar as possíveis parcerias (setores e entes fibra da bananeira (empregando mão de obra local).
públicos). 3 Assegurar o funcionamento de lojas de artesanato nos finais
6 Monitorar a empregabilidade local. de semana.
7 Buscar contrapartidas com empresas que se instalarão na 4 Utilizar material reciclado e reaproveitável para a produção
região para fortalecer o desenvolvimento de ações estraté- artesanal.
gicas promovidas pelo Fórum da Agenda 21 Local. 5 Fortalecer as cooperativas de artesãos existentes e criar
8 Criar um grupo de trabalho no Fórum da Agenda 21 Local novas para o beneficiamento de recursos naturais, como a
para discutir a certificação das empresas não poluidoras. fibra de bananeira (produtos ecologicamente sustentáveis).
6 Promover a comercialização dos artigos artesanais.
Articulação
9 Promover a participação em programas que incentivem o Capacitação
desenvolvimento sustentável. 7 Qualificar a produção de artesanato (diferencial, qualidade
e valor agregado), em parceria com o Sebrae.
Capacitação
10 Realizar o recrutamento e treinamento de pessoal a partir Comunicação
da demanda das empresas. 8 Informar sobre a importância do empreendedorismo nas
11 Estabelecer parceria com o Prominp, visando empregar os escolas.
moradores do município. 9 Realizar campanhas que promovam o empreendedorismo
no município e a participação da população nessa questão.
Gestão pública
10 Divulgar melhor as consultorias disponíveis na Acinca e no
12 Apoiar as indústrias locais para a obtenção da ISO 14.001.
Sebrae.
13 Adequar a legislação complementar para que atenda às
11 Divulgar o projeto “Gente de Fibra” e a importância da gera-
necessidades de expansão.
ção de trabalho e renda baseados em programas sustentáveis.
117
• Estratégias para o fortalecimento Comunicação
das capacidades 5 Promover informação para a regularização das empresas.
118
TURISMO
O turismo está entre as atividades econômicas que mais dependem da con-
servação e valorização do meio ambiente natural e construído, especialmente
para os destinos cujo destaque são os atrativos relacionados à cultura e às
belezas naturais. É considerado sustentável quando consegue alcançar os
resultados econômicos desejados respeitando o meio ambiente e o desenvol-
vimento das comunidades locais.
119
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Mecanismos para infraestrutura mountain bike, trilhas, canoagem, arborismo, asa-delta,
pescaria de vara, observação de pássaros.
básica para o turismo
Capacitação
Estudos técnicos 7 Formar os jovens do município para o trabalho com o meio
1 Mapear o potencial turístico do município. ambiente (guias turísticos locais).
Planejamento Comunicação
2 Criar uma câmara técnica de ecoturismo na Agenda 21 Local 8 Informar a população do município sobre as potencialidades
para fomentar intercâmbios com os demais municípios da turísticas (para fortalecer o turismo).
Área de Inf luência do Comperj. 9 Divulgar as atrações do município, estimulando e valori-
3 Criar um plano de desenvolvimento do turismo em todo o zando a sua visitação.
município, com apoio do Sebrae. 10 Divulgar a primeira trilha ecológica para pessoas com defi-
ciência na Reserva Biológica União (com sinais em braille,
Infraestrutura rampas de acesso a cadeirantes, freios especializados para
4 Revitalizar o centro histórico de Barra de São João e incentivar acompanhamento e equipamentos para deficientes visuais).
que este padrão arquitetônico seja seguido por todo o distrito.
5 Cobrar infraestrutura adequada para turismo rural susten- • Desenvolvimento de pontos
tável (vias de acesso, telefonia, pousadas, entre outros).
turísticos entre a serra e o mar
Comunicação
Articulação
6 Divulgar a gastronomia local.
1 Realizar parcerias com a Associação Mico-Leão-Dourado
• Fortalecimento de vantagens 2
(AMDL) para fortalecer o ecoturismo na região.
Rea lizar em parcer ias com o Senac/Senai cu r sos para
comparativas para o setor turístico qualificar a mão de obra local para o turismo (ex.: Gestão,
Hotelaria, Gastronomia, guias de turismo).
Planejamento
1 Promover o fortalecimento dos atrativos turísticos (roteiros, Infraestrutura
circuitos e trilhas) já em funcionamento e propor novos. 3 Criar pontos turísticos na serra e no litoral.
2 Preparar o município para o turismo receptivo (ex.: vulcão, Planejamento
Poço do Pai João, mirante, entre outros), dinamizando o
turismo cultural, histórico, de eventos, ecológico, rural, de 4 Fomentar a pesca esportiva no Rio São João (entre a bar-
negócios, religioso e de aventuras. ragem e a foz) e na região serrana onde for possível.
5 Promover o dimensionamento correto (regional) dos equi-
Infraestrutura pamentos de comércio para atender o turismo de praia.
3 Criar uma central de reservas.
Capacitação
4 Criar um meio de transporte específico ( jardineira) para
agregar valor à visitação turística. 6 Capacitar jovens como guias-mirins para incentivar a cadeia
produtiva de turismo.
Estudo técnico
5 Estudar a capacidade de suporte das trilhas para a prática
de atividades turísticas.
• Promoção do turismo sustentável
Planejamento
Articulação
1 Promover o Ecoturismo internacional.
6 Estabelecer parcerias para desenvolver atividades como
eventos espor tivos ecológicos, cavalgada, caminhadas, 2 Criar uma estratégia de impacto para lançar Casimiro de
Abreu no cenário turístico internacional.
120
3 Desenvolver mecanismos de projeção das potencialidades Articulação
de ecoturismo da região.
11 Criar parceria com a Embratur de modo a estimular negócios
4 Fortalecer os segmentos de mercado turístico que atuam no que integrem os recursos naturais, a paisagem e a população
município (garantindo responsabilidade ambiental, desen- tradicional de modo sustentável.
volvimento sustentável e manutenção da qualidade de vida).
5 Estruturar equipes de forma multidisciplinar para concei- Possíveis parceiros
tuar projetos, formas de ação e monitoramento do uso do
território para fins turísticos. Abav • Câmara Brasileira de Turismo • CBratur • Clube do Jipe
• Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados
Infraestrutura • Consórcio Intermunicipal Lagos São João • Fazendeiros da
6 Criar um centro de especialização técnica em “turismo região • Femerj • Sistema Firjan • MTur • Movimento de Tri-
e empreendedorismo” para qualificar os proprietários de lheiros locais • Sebrae • Secretaria Municipal de Meio Ambiente
hotéis e pousadas. e Desenvolvimento Sustentável • Senac • Setor Empresarial •
Turisrio • TV Alto Litoral.
7 Criar um centro de referência para recepção de turistas, com
roteiros, propagandas e informações (semanais/mensais)
sobre as atividades oferecidas no município.
Possíveis fontes de financiamento
Finep • Ministério das Cidades • Ministério do Turismo • PAC
Comunicação • Sebrae • Senac • Turisrio.
8 Criar um plano de marketing para o turismo.
9 Investir em campanhas de propaganda para divulgar a cidade.
Gestão pública
10 Implantar políticas de atração de agências turísticas para
a localidade.
121
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
As atividades industriais, agroindustriais, hospitalares, de transpor tes,
ser viços de saúde, comerciais e domiciliares produzem grandes volumes
de resíduos sólidos sob a forma de plásticos, metais, papéis, vidros, pneus,
entulhos, lixo eletrônico, substâncias químicas e alimentos. Para piorar este
quadro, a maioria dos municípios não conta com mecanismos de gerencia-
mento integrado desses resíduos.
1 – Perigosos – Apresentam riscos Tabela 5: Relação entre origem e classes de resíduos e responsáveis por seu
à saúde pública e ao meio ambiente, descarte
exigindo tratamento e disposição es-
peciais; Origem Possíveis Classes Responsável
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/
classes_dos_residuos.html
122
A atividade econômica produz resíduos ao longo de sua realização, o que
passou a chamar mais atenção à medida que se consolida a responsabilidade
socioambiental das organizações e cidadãos. Tratar e dar uma destinação se-
gura para os resíduos do processo produtivo é questão crucial para a agenda
do desenvolvimento sustentável.
Eles afirmaram ser ineficaz o controle da poluição causada pelo uso indevido
e abusivo de agrotóxicos (defensivos agrícolas e herbicidas) na lavoura e
pecuária, acarretando a contaminação dos mananciais e do subsolo, agre-
dindo a fauna e a f lora.
Outro tipo de resíduo mencionado pelo grupo foi o lixo tecnológico, como os
computadores e suas peças. Eles informaram que já foi dado início à coleta
de pilhas e baterias de celulares.
123
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Ações para conter o despejo Planejamento
de resíduos tóxicos 2 Promover a separação do lixo hospitalar, para que haja a
reciclagem do plástico do soro.
Fiscalização 3 Envolver as indústr ias e lojas (locais de compra de ce-
1 Cobrar maior fiscalização na aplicação de agrotóxicos nas lulares e pilhas) no controle e recolhimento de resíduos
lavouras e pastos (controle ineficaz da poluição causada, tecnológicos (computadores e suas peças), de acordo com
acarretando a contaminação dos mananciais e do subsolo, a legislação vigente.
agredindo a fauna e a f lora). Elaboração de programas
2 Cobrar maior fiscalização da venda ilegal de agrotóxicos. 4 Elaborar um programa de assistência a acidentes com resí-
Gestão pública duos perigosos (propor à concessionária da rodovia local).
124
Possíveis parceiros Rurais • Sindicato dos Trabalhadores Rurais • Universidades •
Vigilância Sanitária.
Abes • Acinca • Associação de Moradores • Cnen • Conama •
Corpo de Bombeiros • Defesa Civil • DNOS • Emater • Embra- Possíveis fontes de financiamento
pa • MDA • Mapa • Ministérios (da Saúde, das Cidades e do
Meio Ambiente) • Petrobras • Polícia Rodoviária • SEA • Inea Concessionária Autopista Fluminense • BNDES • Cnen • Em-
• Sebrae • Secretarias municipais (de Agricultura, Turismo, presas ligadas ao Comperj • Fecam • FNMA • MDA • Mapa •
Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus- Ministério das Cidades • Petrobras.
tentável, Saúde, Promoção Social, Agricultura e Pesca, Turismo
e Eventos e de Indústria e Comércio) • Sindicato dos Produtores
125
5 Meios
de Implementação
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Segundo a Agenda 21, o desafio relacionado a este tema é utilizar o conhe-
cimento científico e tecnológico em busca de soluções inovadoras em prol
do desenvolvimento sustentável. E um dos papéis da ciência é oferecer in-
formações que permitam desenvolver políticas adequadas à gestão cautelosa
do meio ambiente e ao desenvolvimento da humanidade.
A fim de alcançar esses objetivos são necessárias ações para melhorar, atua-
lizar e ampliar, ao longo do tempo e de forma permanente, as bases de dados
científicos existentes. Isto exige o fortalecimento das instituições de pes-
quisas, o estímulo aos cientistas e a ampliação das fontes de financiamento,
além de uma aproximação das instituições científicas e tecnológicas e dos
cientistas com a população.
128
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Incentivos às pesquisas Fiscalização
científicas e tecnológicas 2 Acompanhar a aplicação de lei federal que dispõe sobre a
transferência obrigatória de conhecimentos obtidos a partir
Gestão pública de pesquisas no município e que priorizem o desenvolvi-
mento sustentável.
1 Elaborar políticas públicas adequadas para a educação tec-
nológica. Planejamento
2 Elaborar políticas públicas de incentivo à ciência e à tec- 3 Fomentar as ações, já existentes no município, que visam
nologia, por meio de bolsas de estudos para estudantes do ao desenvolvimento sustentável.
Ensino Médio. 4 Identificar e apoiar os projetos de ciência e tecnologia que
3 Implementar o Programa de Incentivo a Pesquisas Técnicas estejam em andamento no município.
e Científicas em todas as escolas do município. 5 Buscar captação de recursos para promover o desenvolvi-
Infraestrutura mento sustentável do município.
129
Possíveis parceiros Possíveis fontes de financiamento
Assessoria de Comunicação da Prefeitura • AMLD • Cefet • Embrapa • Empresas ligadas ao Comperj • Finep • FNMA • Ieca
Coppe / UFRJ • Faetec • Petrobras • Prefeitura Municipal • • Petrobras • Fundação SOS Mata Atlântica.
Procuradoria Geral do Município • ReBio Poço das Antas •
ReBio União • Sebrae • Secretarias estaduais (de Ciência e
Tecnologia e de Educação) • Secretarias municipais (de Bem-
Estar Social, Comunicação, Educação, Planejamento e de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) • Universidades.
130
RECURSOS FINANCEIROS
O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 Global exige um fluxo substancial
de recursos fi nanceiros, sobretudo para os países em desenvolvimento, que
ainda necessitam resolver questões estruturais para que sejam construídas as
bases de um desenvolvimento sustentável.
131
Os participantes enfatizaram a preocupação com a necessidade de emprego cor-
ICMS-Verde – A legislação tradi- reto dos recursos arrecadados e com a falta de divulgação e transparência das
cional do Imposto sobre Circulação verbas internacionais porventura recebidas por algumas instituições públicas e/
de Mercadorias e Ser viços (ICMS)
ou privadas no município (ex.: prestação de contas sobre os recursos aplicados).
prevê que 25% dos recursos arre-
cadados pelo governo estadual do Afirmaram ainda que é preciso seriedade na adoção de políticas e programas
Rio de Janeiro sejam repassados de desenvolvimento sustentável e que é urgente resolver a ausência de infor-
às prefeituras, segundo cr itér ios mações organizadas sobre o assunto. Também sentem falta de capacitação
como número de habitantes e área
dos atores envolvidos e de integração entre todos os setores no processo da
ter r itor ia l. Com a aprovação da
Agenda 21 para facilitar a obtenção de financiamentos – já que o município
Lei do ICMS-Verde, o componente
tem capacidade monetária para investimento em projetos afi ns.
ecológico foi incor porado a essa
distribuição, tornando-se um dos Em 2009, Casimiro de Abreu fez jus a um repasse de R$ 54 milhões em royal-
seis índices estabelecidos para o ties do petróleo, segundo o site da prefeitura – o que representa 50% da receita
cálculo do imposto. Dependendo do
total da cidade. Segundo a prefeitura, a verba é investida em infraestrutura
tipo de política que adotar em favor
e serviços continuados.
do meio ambiente, o município terá
direito a maior repasse do imposto. Outra fonte de recursos disponíveis para Casimiro de Abreu é o ICMS Ecológi-
O índice de repasse do ICMS-Verde co, cuja estimativa para o município, em 2010, é de R$ 1.694.089, distribuídos
é composto da seguinte forma: 45%
entre os seguintes parâmetros: mananciais de abastecimento (R$ 283.884),
para áreas conservadas (Unidades
destino final de lixo (R$ 491.006) e Unidades de Conservação (R$ 919.200).
de Conser vação, reser vas par t i-
culares e áreas de proteção per- As receitas municipais totalizaram R$ 140,60 milhões em 2008, enquanto as
manentes); 30% para qualidade da despesas totais foram de R$ 136,13 milhões, representando um aumento de
água; e 25% para a administração 101% na receita entre 2003 e 2008, e de 91% nas despesas no mesmo período.
dos resíduos sólidos. As prefeituras
A Tabela 4 a seguir traz alguns dos indicadores do Tribunal de Contas do
que criarem suas próprias Unidades
Estado (TCE) referentes a Casimiro de Abreu em 2008.
de Conservação terão direito a 20%
dos 45% destinados à manutenção
de á r ea s proteg ida s. Os í nd ice s
para a premiação dos municípios
são elaborados pela Fundação Cide
(Centro de Informações de Dados do
Rio de Janeiro).
132
Tabela 4: Descrição dos índices econômicos
do município de Casimiro de Abreu
0,84
0,9 0,85 0,83
0,8 0,80
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2003 2004 2005 2006 2007 2008
133
Gráfico 12: Autonomia fi nanceira Gráfico 15: Investimentos per capita (R$)
0,07 800
690,81
0,059 700
0,06
600
0,05 500
0,040 0,039
400 350,07
0,04 0,034 0,037
0,030 300 251,77
0,03 228,24 300,47
157,07
200
0,02 100
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2003 2004 2005 2006 2007 2008
0,08 16 14,85%
0,073
0,07 13
0,060
0,06 0,056 10 8,72%
0,050 7,42%
Gráfico 14: Carga tributária per capita (R$) Gráfico 17: Liquidez corrente
1,88
250 2,0
1,56
200 1,5
166,30 1,11
50 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2003 2004 2005 2006 2007 2008
134
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estratégias de captação de recursos Gestão pública
para o Fórum da Agenda 21 Local 2 Criar um conselho fiscal de aplicação dos royalties.
3 Criar um Fundo para que produtores de água na serra man-
Planejamento tenham suas áreas f lorestadas.
1 Criar uma comissão para buscar os canais pertinentes de
aporte de recursos financeiros. • Transparência na gestão
2 Buscar conhecimentos das leis vigentes que disponibilizem dos recursos financeiros
recursos financeiros para o Fórum Local da Agenda 21.
Planejamento
Gestão pública
1 Organizar reuniões, por intermédio de Conselhos ou de
3 Elaborar um Projeto de Lei criando o Fundo Municipal da Câmaras de Trabalho, para expor as informações corretas
Agenda 21. sobre as aplicações dos recursos arrecadados.
4 Dotar de função remunerada o cargo de secretário do Fórum
da Agenda 21 Local. Comunicação
2 Disponibilizar no site do município a prestação de contas
Articulação mensal.
5 Estabelecer parcerias com organizações credenciadas para 3 Elaborar um plano de div ulgação para socialização das
elaboração de projetos com finalidades específicas para a informações disponíveis no site.
Agenda 21 Local.
Gestão pública
• Elaboração de um plano para 4 Criar uma ouvidoria, com ligação gratuita.
captação de recursos internacionais
Possíveis parceiros
Articulação Câmara Municipal • Corregedoria Municipal • ONGs • Petrobras
1 Estabelecer parcerias com organizações especializadas em ob- • Prefeitura Municipal • Procuradoria Geral do Município •
ter informações sobre acesso a fi nanciamentos internacionais. Secretarias municipais (de Fazenda e de Meio Ambiente e De-
2 Ar ticular com o poder público municipal a obtenção de senvolvimento Sustentável)
recursos internacionais.
Possíveis fontes de financiamento
Fiscalização
FNMA • Empresas ligadas ao Comperj • LOA
3 Fiscalizar os recursos financeiros captados.
• Estratégias para a
utilização dos royalties
Planejamento
1 Buscar informações sobre a legislação de aplicação dos
royalties.
135
MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A participação, essencial em um processo de Agenda 21 Local, tem a função
de aproximar o cidadão da gestão e das políticas públicas. Dessa maneira,
ele conquista espaço, garante a elaboração de um planejamento que ref lita
as necessidades locais e acompanha sua implantação.
Um entrave identificado pelo grupo foi a falta de acesso aos diferentes meios de
comunicação fora do distrito-sede. Outra dimensão dessa desigualdade é a falta de
divulgação em todos os distritos do que acontece no município de Casimiro de Abreu.
136
Porém, destacaram que há acesso à informação através da Internet e de outros
meios de comunicação no distrito-sede do município, onde se encontra o Cen-
tro de Internet Comunitária, projeto desenvolvido pelo Centro de Tecnologia
da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), como
parte do programa de inclusão digital do governo f luminense. O programa
implanta laboratórios de informática que oferecem treinamentos gratuitos de
alfabetização digital, acesso à Internet em banda larga e diversos serviços
de governo eletrônico.
137
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Elaboração de projetos de • Gestão das informações nas
democratização da informação secretarias municipais
Infraestrutura Planejamento
1 Solicitar a constante atualização do site do município. 1 Acompanhar o desenvolvimento das ações promovidas pelas
secretarias municipais.
Comunicação
2 Acompanhar a aplicação das informações disponibilizadas
2 Divulgar o site que contém os indicadores do município. no site do município.
3 Melhorar o funcionamento e articulação da Assessoria de
Comunicação Municipal. Possíveis parceiros
Elaboração de projetos Associações de moradores • Câmara Municipal • CNM • Con-
4 Elaborar um projeto para promover a coleta de informações dos leste • Empresas ligadas ao Comperj • Escolas • FGV • Firjan
acontecimentos do município, seguida de ampla divulgação. • Ibam • IBGE • MP • OAB • ONGs • Prefeitura Municipal •
Sebrae • Senac • Senai • TCE-RJ • Universidades
Estudos técnicos
5 Elaborar estudo de georreferenciamento da região. Possíveis fontes de financiamento
ABC • Banco do Brasil • BVS&A • Caixa Econômica Federal
• Empresas ligadas ao Comperj • Finep • Fundação Roberto
Marinho • LOA
138
GESTÃO AMBIENTAL
Nos últimos anos, os municípios brasileiros vêm assumindo um papel cada vez
A gestão envolve:
mais efetivo na gestão das políticas públicas, dentre elas a política ambiental.
Desde 1981, a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81) define o papel
– Escolha inteligente dos serviços
públicos oferecidos à comunidade;
–
do poder local dentro do Sistema Nacional do Meio Ambiente. A Constituição
Federal de 1988, por sua vez, transformou o município em ente autônomo da Edição de leis e normas claras,
federação e lhe facultou o poder de legislar suplementarmente sobre a política simples e abrangentes de defesa
ambiental local;
–
ambiental, em especial sobre questões de interesse local.
Aplicação das leis, penalizando
Gestão é o ato de administrar, ou seja, usar um conjunto de princípios, nor- quem causa algum tipo de dano
mas e funções para obter os resultados desejados. A gestão ambiental de um ambiental;
território deve cuidar para que este não se deteriore, conservando as carac-
terísticas que se deseja e aprimorando aquelas que necessitam de melhoria. – For mação de consciência am-
biental;
Para isto, é preciso conscientizar e capacitar administradores e funcionários
para que possam desempenhar seu papel, suas responsabilidades e atribuições. – Geração de informações que deem
suporte às decisões;
Uma gestão participativa, como pede a Agenda 21, entende que poder local
não é apenas a Prefeitura, mas o conjunto de poderes instituídos, a sociedade
– Democratização das instituições,
para que permitam e estimulem a
participação de cidadãos e cidadãs;
civil organizada, outras esferas sociais, o poder público estadual e federal e
as relações que estabelecem entre si. Uma boa gestão ambiental depende do
– Planejamento do desenvolvimento
sustentável local;
bom funcionamento deste conjunto e tem como atribuições cuidar das áreas
importantes para o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida dos cidadãos.
– Implementação das políticas ne-
cessárias para realizá-lo.
Fonte: Programa Nacional de
Em Casimiro de Abreu, os participantes do processo da Agenda 21 Capacitação – volume 1 - MMA
apontaram potencialidades e fragilidades do Sistema de Gestão Ambiental
Local, abordando as dimensões administrativa, legal e de participação social.
139
participantes destacaram a não utilização pelo município de qualquer arranjo
institucional internacional que possa colaborar na gestão ambiental local.
Também relataram a inexistência de mecanismos jurídicos internacionais
conhecidos no município, que normatizem as parcerias internacionais.
140
Os participantes entendem que o Plano Diretor aprovado carece de uma revi-
são pela população, ou seja, de um processo de participação mais ampliado Plano Diretor – Lei municipal que
da sociedade local. E entendem que há a necessidade de implementação desse estabelece diretrizes para a ade-
quada ocupação do município. É o
instrumento de planejamento da cidade.
instrumento básico da política de
Apesar da existência de Guarda Ambiental municipal, eles consideraram desenvolv imento municipal. Sua
que faltam fiscais ambientais, o que acarreta negligência da fiscalização pr incipal f inalidade é or ientar o
ambiental e insuficiência de ações e medidas eficazes de controle para a poder público e a iniciativa privada
no que se refere à construção dos
preservação do meio ambiente.
espaços urbano e rural, e à oferta
De forma geral, foi destacada a preocupação da comunidade com a mani- dos serviços públicos essenciais, vi-
pulação política para interesses próprios e com o não compromisso com as sando assegurar melhores condições
políticas públicas ligadas à gestão ambiental. de vida à população.
141
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento do Fórum • Proposta de revisão do Código
da Agenda 21 Local Ambiental Municipal
Planejamento Gestão pública
1 Fortalecer o processo de construção da Agenda 21 Local, me- 1 Revisar e regulamentar o Código Ambiental Municipal, com
diante o apoio de entidades do Primeiro e Segundo Setores. audiência pública.
2 Estimular o desenvolvimento de Agendas 21 Escolares. Comunicação
3 Realizar reunião com a presença do prefeito, convidando 2 Divulgar o Código Ambiental no site do município e demais
o poder público e apresentando “o processo de evolução da veículos de comunicação locais.
construção da Agenda 21 do município”.
3 Elaborar uma cartilha do Código Ambiental com linguagem
4 Realizar um Encontro Internacional da Agenda 21. de fácil acesso para ser distribuída para toda a população e
Comunicação estabelecimentos comerciais.
142
Planejamento 2 Acompanhar o funcionamento dos conselhos municipais e
suas ações.
3 Acompanhar a implementação das ações do Plano Diretor,
após a revisão. Capacitação
Comunicação 3 Realizar programas contínuos de capacitação para os con-
selheiros municipais.
4 Elaborar um plano de divulgação mais dinâmico do Plano
Diretor, com uma linguagem de fácil compreensão.
• Planos de ações para o
• Acompanhamento da gestão pública licenciamento ambiental municipal
Gestão pública Comunicação
1 Cobrar maior clareza na gestão pública. 1 Elaborar uma cartilha voltada para a orientação dos cida-
dãos e empresas sobre processos de licenciamento e outros.
2 Criar e implementar o Plano de Cargos e Salários.
2 Distribuir estrategicamente as cartilhas.
Capacitação
3 Realizar cursos de qualificação para o quadro administrativo.
Gestão pública
3 Condicionar a concessão de licenças ambientais à recupe-
Articulação ração de APPs e averbação da Reserva Legal.
4 Integrar, permanentemente, os representantes do poder
público e os conselhos municipais. • Elaboração de um plano estratégico
Comunicação de envolvimento da sociedade
5 Divulgar as atividades da Comissão de Trabalho e Renda civil nas questões ambientais
existente no município, atraindo a participação da popula-
ção em geral. Planejamento
1 Valorizar a participação cidadã no planejamento local, in-
• Participação do segundo setor cluindo a participação nas tomadas de decisões relacionadas
nas questões socioambientais aos impactos (sociais, econômicos e ambientais) que virão
com o Comperj.
Gestão pública Elaboração de projetos
1 Adequar o cumprimento das compensações ambientais, de 2 Elaborar projetos que envolvam crianças e jovens em fóruns
acordo com a legislação. infantojuvenis para discutir a questão ambiental.
Planejamento Comunicação
2 Realizar um levantamento das empresas instaladas no mu- 3 Divulgar, para a população, as políticas de meio ambiente,
nicípio. por meio da Assessoria de Comunicação.
3 Identif icar as empresas com potencial de causar danos 4 Realizar seminários, encontros e conferências sobre políti-
ambientais. cas públicas e participativas.
4 Identificar as empresas que já possuem comprometimento 5 Elaborar uma cartilha sobre políticas públicas e distribuí-la
com as questões ambientais. para a sociedade civil.
5 Criar um “selo verde”.
Capacitação
• Acompanhamento do funcionamento 6. Realizar capacitação política e educação cidadã para quebrar
a cadeia de poder local.
dos conselhos municipais
Planejamento
1 Promover melhor organização e at uação dos conselhos
municipais.
143
Possíveis parceiros e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) • Sindicato
Rural • Sociedade Civil • Universidades • WWF.
Acinca • Assessoria de Comunicação da Prefeitura • Assessoria
de Desenvolvimento Econômico do Município • Batalhão Flo- Possíveis fontes de financiamento
restal Estadual • Câmara Municipal • Conselhos municipais •
Escritórios de advocacia especializados em Direito Internacional Banco do Brasil • Bird • CIID • Finep • FNMA • Banco Itaú
• Ibama • Inea • Ministérios (das Relações Exteriores e do Meio • LOA • Empresas ligadas ao Comperj • Fundo Municipal de
Ambiente) • MP • OAB • ONGs • Prefeitura Municipal • Procu- Meio Ambiente • ICMS.
radoria Geral do Município • Sebrae • Secretarias municipais
(de Planejamento, Administração, Bem-Estar Social, Educação
144
AÇÕES DA PETROBRAS NA REGIÃO
Com base na avaliação de todas as questões levantadas e discutidas com os
representantes da Agenda 21 dos municípios localizados na área de inf luência
do Comperj, a Petrobras desenvolveu diversos planos e programas para a re-
gião, tanto de medidas compensatórias quanto de responsabilidade ambiental
e social, para minimizar eventuais impactos causados pelo empreendimento.
Programas ambientais
Monitoramento dos corpos hídricos superficiais e sedimentos
145
Monitoramento de manguezais da APA de Guapimirim e Esec da Guanabara
146
Programas sociais
Educação Ambiental
Comunicação social
Integração do Comperj
147
Capacitação de fornecedores e ser viços locais para gestão de resíduos
sólidos e insumos para obras
Acompanhamento epidemiológico
Atitude sustentável
148
GLOSSÁRIO / SIGLAS
Abav – Associação Brasileira de Agências de Viagens CIID – Centro Internacional de Investigações para o
Desenvolvimento
Abes – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
e Ambiental CIIE – Centro de Integração Empresa Escola
Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais COB – Comitê Olímpico Brasileiro
Apherj – Associação dos Produtores Codin – Coordenadoria da Defesa dos Interesses Difusos
Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro e Coletivos
Asdi – Agência de Cooperação Internacional para Commads – Conselho Municipal de Meio Ambiente
o Desenvolvimento e Desenvolvimento Sustentável
Bird – Banco Internacional para Reconstrução Conade – Conselho Nacional das Pessoas com
e Desenvolvimento Deficiência
BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico Social Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente
BVS&A – Bolsa de Valores Sociais e Ambientais Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra
de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior Coren – Conselho Regional de Enfermagem
149
Detran – Departamento de Trânsito do Estado Firjan – Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro
Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Frida – Fundo Regional para a Inovação Digital
Estudos Socioeconômicos na América Latina e Caribe
Fenape – Federação Nacional de Apoio aos Pequenos Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico
Empreendimentos e Artístico Nacional
150
PDA – Programa de Desenvolvimento Ambiental TurisRio – Companhia de Turismo do Estado
do Rio de Janeiro
Pesagro – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado
do Rio de Janeiro Uenf – Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro
Pibic – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica Uerj – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
151
LISTA DE PARTICIPANTES
Alex da Silva Neves - Câmara Municipal Dilcelena da Silva Oliveira - Secretaria Municipal de
Educação
A lfredo Rosa Mangifest - Prefeitura Municipal de
Casimiro de Abreu Dyrcymary Barbosa do Nascimento - Secretaria Mu-
nicipal de Saúde
Aluisio Ribeiro Coutinho - Prefeitura Municipal de
Casimiro de Abreu Ednéa Pinto Sarzedas - Secretaria Municipal de Saúde
Ana Cláudia Diniz - Prefeitura Municipal de Casimiro Eliane Benjamin Paes - Secretaria Municipal de Pla-
de Abreu nejamento
André Luiz Lopes Pereira - Fundação Cultural Casi- Emilse Costa - Secretaria Municipal de Meio Ambiente
miro de Abreu e Desenvolvimento Sustentável
Antônio Ricardo R C. - Secretaria Municipal de Habi- Erica Esteves Dames Passos Neves - Gabinete do Pre-
tação feito
Antônio Sérgio M. Fachas - Secretaria Municipal de Expedito da Silva Esteves - Secretaria Municipal de
Fazenda Agricultura e Pesca
Alessandra Rodrigues - Serviço Autônomo de Água e Gilberto S. Aguiar - Secretaria Municipal de Saúde
Esgoto Heloiza Rosa Macabu - Secretaria Municipal de Saúde
Bárbara da Motta Gil - Prefeitura Municipal de Casi- Hervan Silva - Prefeitura Municipal de Casimiro de
miro de Abreu Abreu
Bárbara G. Schneider - Secretaria Municipal de As- Ibson Carvalho Damos - Secretaria Municipal da Ha-
sistência Social bitação
Camila Pires de Souza – Assessoria de Desenvolvi- Joarez Carlos Sardenberg - Prefeitura Municipal de
mento Econômico Casimiro de Abreu
Carlos Alberto Muniz - Inea Jorge Antonio Silva - Secretaria Municipal de Meio
Carlos Henrique Farias Peçanha - Secretaria Municipal Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
de Turismo José Alexandre A. Francisco - Prefeitura Municipal
Claudia Rejane F. de Souza - Fundação Cultural Casi- de Casimiro de Abreu
miro de Abreu (FCCA) José Antonio Bockorny - Câmara Municipal
Claudio de Mendonça Ribeiro - Secretaria Municipal José Francisco Branco - Secretaria Municipal de Agri-
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável cultura e Pesca
Cíntia Luchiari - Secretaria Municipal de Meio Am- José Henrique da Silva
biente e Desenvolvimento Sustentável Leila Márcia Barbosa de Souza - Secretaria Municipal
Cristine Brandão Moraes - Secretaria Municipal de de Assistência Social
Controle Interno
152
Lucia Helena de Oliveira Simões - Secretaria Municipal Segundo Setor
de Educação Adriana Sodré Teixeira - Adriana Festas
Luciane de S. Barbosa - Secretaria Municipal de Edu- A lba Maria Moreira da Silva - Fazenda São Judas
cação Tadeu
Luiz Adilson Bom – Ser viço Autônomo de Água e .. Alexandre Viana - Sindicato Rural
Esgoto
Anderson Machareth de Freitas
Luiz Gomes Ferreira Jr.
André Luiz Pinto Coelho - Bazar Menta-Rio
Luiz Sardenberg
Antônio Cavalcante
Marco Antonio Faria Lobo - Instituto de Previdência
dos Ser vidores do Município de Casimiro de Abreu Antônio Marcelino Petrucci Rangel - São Pio X Agro-
(Iprev) pecuária Ltda
Maria Cristina de Lima - Secretaria Municipal de Carlos Alberto S. Cardoso - Cardoso Áries Gráfica
Habitação Carlos Antônio de Souza Leite - Tefac
Maria da Gloria Gomes Passos - Secretaria Municipal Carlos César Oliveira - HEF do Brasil
de Educação Carlos Mothé - Mothé Inox
Maria Elizabeth S. Silveira - Secretaria Municipal de Cid Rezende
Planejamento
Claudio Peres - Oasis
Marilene Accurso - Secretaria Municipal de Obras
Damião Rommano - Revolution Produtora de eventos
Neuza Maria C. A - Secretaria Municipal da Fazenda
Diller Aragão - Amojap
Pedro Habibe Pereira - Secretaria Municipal de Meio
Elcio da Silva Lyrio - E.S. Lyrio Engenharia Civil
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Eli Gusmão da Silva
Renata Gomes de Souza - Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Eliane A. S. Marinho - GMF Tornearia
Rodrigo Bacellar Mello - Ibama Eliezer Crispim Pinto - Eli e Leo Comércio
Sonia R. S. Cardoso – Fundação Cultural de Casimiro Fernando Augusto de Barros - Auto Posto Barra
de Abreu Gildo Santos Gomes
Sula Cunha dos Passos - Secretaria Municipal de Meio Gilmar Luiz Mucelin - Posto Mucelim
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Gilson dos Santos Gomes - Fazenda Macharet
Teresa Cristina Alves Chedid - Secretaria Municipal
Henrique Freires - I. Silva Marques Serviços Constru-
de Trabalho e Emprego
ção Civil
Theresa Christina L. Cesário - Secretaria Municipal
Izaias Silva Marques -
de Assistência Social
Jardel Marinho da Rosa
João Francisco Franco - Hotel Faz Mirante do Poeta
Joaquim Ferreira Garcia - Garcol Ind. e Com.
153
Joaquim Marinho Filho - GMF Tornearia Aline Bockorny - Associação Mico-Leão-Dourado
José Alberto Craveiro - Microtac Comp. e Inform. Alzira de Souza Marins
José Carlos Gomes - E.S. Lyrio Engenharia Civil Ana Maria Costa Muniz
José Fernando da Silva Cardoso - R. F. Estofados Armando Alberto Hidenijj
José Henrique da Silva Arnaldo Linhares
José Jorge da Silva Dias - J M Cosméticos Cátia Penha de Marins - Fundação Municipal de Saúde
José Marcos - E. V. Estofados Cristiane Feliciano Teixeira
José Roberto Figueiredo Guimarães - RPPN Fazenda Edson Ferreira dos Santos
Bom Retiro Gleice Máira Fernandes – Grupo de Educação para o
Josué de Moura dos Santos Meio Ambiente
Lúcio Borges de Freitas - Fábrica de Gelo São Gabriel Irene Alves de Mello - Associação Comercial, Indus-
Luiz Nelson Faria Cardoso - RPPN Fazenda Bom Retiro trial de Casimiro de Abreu (Acinca)
Raul Gaspar Franco - Associação Comercial, Industrial Mara Rogéria Nogueira Vieira - Fundação Cultural
de Casimiro de Abreu (Acinca) 3ª idade
Rosana Miquilini Cardoso Maria de Fátima F. Alves - Casas dos Velinhos Luíz
Laurentino
Romy Proença - Paradinha da Serra
Pedro dos Santos Pinto – Ação Livre dos Aquicultores
Sônia Regina Stutz Pinto - Associação Comercial,
das Águas do São João
Industrial de Casimiro de Abreu (Acinca)
Sinval Lima – Ação Livre dos Aquicultores das Águas
Valder Rosa dos Reis - V.R. dos Reis Bazar
do São João
Wellington Mendes de Abreu - Escritório Contábil
Susanne M. Reimann – Associação Organizacional
Lopes Abreu
Amigos da Natureza
Wilson Francisco de Souza - Fazenda Ipiabas
Vanessa Boucinha
Wilson Marinho dos Santos - P.M. Santos Construção
Comunidade
Terceiro Setor Adileia de Almeida Marinho
Adriana Sadi Teixeira - Associação Mataruna
Adriano B. Fonseca
154
Alex Lopes Coelho Eliane Henriques Veloso
Aline Leite Nunes Erik Duarte Macharet
Ana Maria F. Jardim Ernesto Menano Fernandes - Casa dos Velhinhos
Anderson Macharet Freitas Estevão Marcos da Silva - Associação de Moradores
Angelo de Souza Jorano - Associação de Moradores do Bairro Industrial
do Bairro Industrial Eveli Emilio Bock - Associação dos Trabalhadores
Anthlaciana Machado Marinho Macharet Rurais Sebastião
155
José Luciano da Silva Patricia Barros de Lima de Mello
Josiane Afonso de Oliveira Pedro Habibe Pereira
Laert dos Santos Moura - Associação de Moradores do Raul Ferreira de Oliveira - Associação de Moradores
Bairro de Santa Ely e Extensão do Bairro Santa Ely
Leonardo da Silva Pinto - Associação Casimirense das Renato de Oliveira Vieira
Pessoas Portadoras de Deficiência Rita de Cássia Machado de Freitas
Luiz Carlos Maciel Rodrigo Alves de Mello
Luiz Nelson Faria Cardoso Rodrigo Pereira da Silva
Luiza Sergio Gomes Rosana Shinkawa - 96° Gr upo de Escoteiros Poeta
Lumán Shinkawa Martire Casimiro de Abreu
Maira Panza Ramalho Rosangela Maximiano Afonso
Manoel Marcio Macharet Rosemar Soarez
Mara Rogéria – Igreja Católica Rosemeire de Oliveira
Marcele Machado de Freitas Silvia Soares Canella Novellino
Marcelo Machado dos Santos Simone Mota dos Santos
Marciel Macharet Sival silva Lima
Marco Cinquini Paiva Fernandes - 96° Grupo de Es- Sylvio Nascimento Junior
coteiros Poeta Casimiro de Abreu Tenório Laurindo
Marcos Roberto Ribeiro Teixeira - Associação de Mo- Thais Gomes Ferreira de Mello
radores do Loteamento Village do Poeta
Vera Lúcia Macharet Demberg
Marcus Reis de Queiroz
Veronica Souza
Maria de Lourde Macharet Berçot
Wallace da Silva Coutinho
Maria Elena Machareth dos Santos
Vera Lucia Marins Macabu
Maria Lucia de Jesus
Maria Luiza F. Branco - Associação Casimirense para
a Integração dos Cegos
Maria Madalena Souza
Mario Dimas Acosta Lima
Marlene Rocha Menezes
Meire Marcia Macharet
Merian Valdenira Macharet
Osmar Freire de Sequeira
Osvaldo Coelho
Ozimar Gomes Barreto
Pasquale Martire
156
PROJETO AGENDA 21 COMPERJ –
CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS
Petrobras
Instituto Ipanema
157
ISER
Rodaviva
158
ASA
Consultorias:
Consultorias:
159
160
161
fevereiro 2011
www.agenda21casimirodeabreu.com.br