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Projeto Água Para Todos no

Município de Cruzeiro do Sul,


Acre
A. Definição e Caracterização do Público Alvo da Proposta

No Município de Cruzeiro do Sul grande parte da população rural não


possui acesso a fontes seguras de abastecimento de água, apesar dos
mananciais alimentados pelo alto índice de precipitação pluviométrica
característico da região. Essa realidade é consequência do descarte
indiscriminado de resíduos originados nas atividades locais desenvolvidas, que
podem provocar a poluição e contaminação dos mananciais superficiais,
freáticos ou subterrâneos, ou seja, das nascentes, rios, igarapés e águas
provenientes de poços amazônicos ou tubulares.
Esta proposta visa promover a universalização do acesso a água potável
às famílias pertencentes às áreas rurais, em situação de vulnerabilidade social,
de forma a possibilitar o desenvolvimento humano e a segurança alimentar e
nutricional por meio da utilização, consumo e produção agrícola realizados com
água que apresente características de acordo com os padrões de potabilidade
estabelecidos por legislação vigente.
Serão beneficiadas xxx famílias, sendo estas compostas por
aproximadamente xxxx pessoas, entre extrativistas e indígenas, caracterizadas
pelas más condições e qualidade de vida local, com dificuldade de acesso à
água existente nos polos agroflorestais e nas referidas comunidades indígenas,
conforme detalhamento a seguir:

a. POLOS AGROFLORESTAIS (extrativistas) com 375 famílias a serem


atendidas, sendo:
1) Município de Cruzeiro do Sul com 44 famílias assim distribuídas:
i) Comunidade Nova Era: 32 famílias
ii) Rio Croa: 12 famílias (que serão atendidas de forma coletiva);
iii) Ramal 3: xx famílias

Os polos agroflorestais são formados, basicamente, por famílias que


utilizam a terra para subsistência, através do cultivo de hortaliças, frutas e da
criação de pequenos animais para consumo próprio e comercialização do
excedente produzido. Dessa forma, a utilização de água com qualidade é de
fundamental importância para a melhoria de vida e para o desenvolvimento
dessas famílias.
Já o acesso para a comunidade Nova Era, em Cruzeiro do Sul, somente
é possível por estrada no período de seca, e por barco no período chuvoso.

Adequabilidade da Tecnologia Social Proposta

No município, apesar da relativa abundância de água, a maior parte das


famílias em situação de extrema pobreza residentes na zona rural possui um
acesso restrito e precário à água, estando em situação crítica de insegurança
hídrica.
Serão realizadas visitas técnicas e reuniões com as comunidades da
zona rural e por meio destas ficou evidenciado que a água consumida era
proveniente de captação em nascentes, poços do tipo amazonas ou tubulares
com profundidade de até 40 metros; variando conforme as características
específicas de cada local, conforme relatório em anexo, onde ficou destacado:

a) Efetividade:
A tecnologia social proposta pelo Estado do Acre, garantirá o acesso à
água potável para consumo humano e para a irrigação da produção de
subsistência.
O atendimento a essa população será realizado por meio da
implementação de tecnologia, infraestrutura e equipamentos para reforma,
otimização ou implantação de sistemas para captação, reservação e
tratamento simplificado de água proveniente de poços do tipo amazonas ou
tubulares com profundidades variadas.
Para garantir a eficiência, eficácia e efetividade do sistema a ser
implantado, será realizada previamente uma avaliação dos que já estão em uso
pelas comunidades, caso haja condições estruturais de reforma ou otimização,
esta será a opção utilizada. Caso o sistema em uso não apresente condições
de reforma, o que é esperado para a maioria das situações existentes, então
será implantado um poço tubular ou cacimba, sistema de desinfecção da água
captada e reservação individual, por família, ou coletiva, para atendimento de
mais de uma família.
b) Baixo custo:
Estudos e avaliações dos sistemas existentes e das opções locais
disponíveis foram realizados e serão práticas constantes neste projeto com o
objetivo de garantir a implantação de um sistema com técnica, que promova a
universalização do acesso à água de qualidade, com menor custo de
implantação.
A proposta demonstra, conforme pode ser observado no orçamento
detalhado, que a relação custo-benefício da tecnologia boa, pois o custo
apresentado é considerado baixo quando comparado com a alternativa
convencional de captação, adução, tratamento, reservação e distribuição da
água, que alcança um valor bem mais alto.
Para a elaboração da proposta, foi priorizada a utilização de materiais e
serviços que apresentassem facilidade de acesso, de execução/implantação,
operação e manutenção do sistema. Também estão sendo avaliadas a
formação de parcerias em ações diversas para a garantia da sustentabilidade
na implementação da proposta. Tais parcerias serão realizadas com órgãos
como a FUNASA, na etapa de seleção de tecnologia mais simplificada para o
tratamento da água com simples desinfecção, assim como na operação e
manutenção de todo sistema de produção de água proposto.
Outras potenciais parcerias para a realização de ações complementares,
porém necessárias implantação desta proposta, são com órgãos como a
FUNAI, para acesso às aldeias indígenas; com a Universidade Federal do
Acre – UFAC, por meio da disponibilização do laboratório para a realização das
análises físico-químicas e bacteriológicas da água a ser consumida; com a
SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente; IMAC – Instituto do Meio
Ambeinte do ACRE; com a CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos
Minerais – Serviços Geológicos do Brasil do Ministérios de Minas e Energia,
etc.

c) Adequabilidade às condições da região:

A tecnologia proposta é a mais adequada à realidade do Estado do Acre,


estando apropriada às suas características climáticas, geológicas e físicas,
assim como às condições socioeconômicas e culturais, pois a Região
Amazônica possui um grande potencial aquífero expressado pelos rios,
igarapés e nascentes d’água. Razão esta que esclarece a maior viabilidade
para a implantação de sistemas para a captação de águas subsuperficiais e
subterrâneas neste Estado.
A captação da água de chuva conforme difundida na região do semiárido
torna-se uma alternativa pouco atrativa em decorrência das características
regionais já citadas, além da diminuição drástica na incidência de chuvas
durante o Verão Amazônico.
Considerando o ponto de vista dos custos de implantação, a
sustentabilidade do sistema proposto pelo Estado do Acre, é expressa pela
facilidade de locomoção dos equipamentos para construção dos sistemas de
captação, tratamento e distribuição de água às famílias beneficiadas.
O sistema proposto foi concebido de forma a possibilitar a facilidade e
praticidade na gestão e operação do mesmo pelas famílias beneficiadas, de
forma econômica e ambientalmente sustentável, ficando a cargo dos órgãos
envolvidos e parceiros, as ações de apoio periódico, como limpezas dos poços,
análises mais completas da água e outras julgadas necessárias.
As condições de gestão e da manutenção do sistema pelas famílias
ocorrerão nos polos agroflorestais e indígenas por meios de capacitação
oferecida pelo projeto e em parcerias com as organizações sociais de cada
localidade.
2. APRESENTAÇÃO

2.1 Contextualização

O Estado é formado por 22 municípios (Figura 1), tendo como capital Rio
Branco. Seu território é dividido em cinco Regionais de Desenvolvimento,
tomando como referencial as principais bacias hidrográficas dos rios Acre,
Purus, Tarauacá/Envira e Juruá.

Figura 1: Divisão territorial do Estado do Acre por Regionais de Desenvolvimento.


Fonte: Acre em Números 2011.

De acordo com o Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística - IBGE, a população acreana tem 733.559 habitantes.
Sua taxa de urbanização é de 72,56%. A distribuição da população no território
não é homogênea, em apenas 27% dos municípios concentra-se 74% dos
residentes do Estado, a saber: (i) Rio Branco - 45,8%; (ii) Cruzeiro do Sul -
10,7%; (iii) Sena Madureira - 5,2%; (iv) Tarauacá - 4,9%; Feijó - 4,4%; e, (v)
Brasiléia - 2,9%.
A área territorial é de aproximadamente 164.221 km², que representa
4,26% da Amazônia Brasileira e 1,92% do território nacional (IBGE,
ITERACRE, 2006). Localiza-se no extremo sudoeste da Amazônia brasileira,
fazendo fronteira com o Departamento de Pando (Bolívia) e de Madre de Dios
(Peru), e com os estados do Amazonas e Rondônia (Brasil).
O clima é caracterizado por altas temperaturas e elevados índices
pluviométricos. Os meses menos chuvosos são maio, junho, julho, agosto,
setembro e outubro. A principal característica da pluviosidade no Estado é a
diminuição progressiva da intensidade do período seco no sentido Sudeste-
Noroeste. Os totais pluviométricos anuais variam entre 1.600 mm e 2.750 mm
anuais (ZEE/AC, 2010).
Na última década, o Governo do Acre, vem trabalhando na
potencialidade regional do Estado, desenvolvendo ações para fortalecer as
cadeias produtivas locais, aumentar a escala da produção, induzir a
industrialização e ampliar a infraestrutura das cidades. Formatando um Modelo
de Gestão Pública próprio, alçado na sustentabilidade, que propiciou avanços
significativos no combate a extrema pobreza e na inclusão social das
comunidades isoladas do Estado.
Mesmo assim, muitos desafios ainda precisam ser superados, como
será demonstrado na descrição da situação-problema.

2.2 Pobreza Rural e Urbana


A pobreza no Estado apresenta um grau de severidade maior na zona
rural do que na zona urbana. Dentre as pessoas que moram nas cidades 9,3%
são extremamente pobres, enquanto na zona rural esse percentual é de 41,7%,
isto é, a cada dez moradores da zona rural, quatro vivem em extrema pobreza.

Gráfico 4. Proporção de Pessoas em Extrema Pobreza na Zona Rural e Urbana


por Regional do Estado do Acre.
Fonte: IBGE, Universo preliminar do Censo Demográfico 2010. Elaboração SAI.

O Gráfico 4 mostra que Tarauacá-Envira é a regional onde quase dois


terços dos moradores rurais vivem com uma renda familiar per capita inferior a
R$ 70 mensais, enquanto que no meio urbano a proporção de pessoas abaixo
dessa linha é de 16,7%. Nas regionais Purus e Juruá este grau de severidade
também se manifesta, com a proporção de moradores rurais extremamente
pobres de, respectivamente, 52,6% e 49,0%.
Com exceção de Rio Branco e Plácido de Castro, em todos os demais
municípios a participação da área rural é superior a urbana, chegando a mais
de 80% nos municípios de Rodrigues Alves, Capixaba, Porto Acre, Santa Rosa
do Purus, Marechal Thaumaturgo e Jordão. Em Rio Branco, verifica-se que a
maior proporção de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza está
concentrada na zona urbana, com 79% de participação (Gráfico 5).

Gráfico 5: Distribuição da população extremamente pobre do Acre e de seus


municípios em Zona Rural e Urbana, 2010.
63% 37%
Jo 89% 11%
Marechal Thaumat... 87% 13%
Santa Rosa do P... 85% 15%
Porto ... 85% 15%
Capi... 83% 17%
Rodrigues A... 82% 18%
F 79% 21%
Bu 79% 21%
Assis Br... 77% 23%
Porto Wa... 76% 24%
Acrelâ... 76% 24%
Tara... 76% 24%
Sena Madur... 66% 34%
Xa 64% 36%
Mâncio ... 63% 37%
Manoel Ur... 62% 38%
Brasi... 62% 38%
Cruzeiro do... 60% 40%
Senador Guio... 55% 45%
Epitaciolâ... 55% 45%
Plácido de Ca... 44% 56%
Rio Br... 21% 79%
Rural Urbano

Fonte: IBGE, Universo preliminar do Censo Demográfico 2010. Elaboração SAI.

2.3 Perfil da População em Situação de Extrema Pobreza no Acre

Na Região Norte, as características fisiográficas e climáticas diferem de


maneira significativa daquelas observadas na região do semiárido brasileiro.
De qualquer forma, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2010,
apresentados pelo IBGE, o que se observa na Região Norte é que também
existe grande contingente de famílias em situação de extrema pobreza
localizadas no meio rural e sem acesso à rede pública, número que se
aproxima dos 250 mil domicílios.
O Censo Demográfico 2010 (IBGE) identificou, dentre a população
acreana, um contingente de 133.410 pessoas que possui uma renda familiar
per capita inferior a R$ 70 mensais, ou em condições de extrema pobreza. Esta
parcela da sociedade possui o seguinte perfil:
 58% estão concentradas nas Regionais do Baixo Acre e Juruá;
 63% moram na zona rural;
 A proporção de extremamente pobres na zona rural (41,7%) e mais de
quatro vezes
 43% dos domicílios não estão ligados a rede geral de distribuição de
água;
 44,5 % dos domicílios não possuem energia elétrica.
 16.097 moram na zona rural em situação de extrema pobreza e dessas
pessoas 7.323 possuem acesso precário a água.

Portanto, apesar da relativa abundância de água, a maior parte das


famílias em situação de extrema pobreza e localizadas na zona rural possui um
acesso precário à água, estando em situação crítica de insegurança hídrica,
principalmente em decorrência da localização às margens de rios, igarapés,
várzeas ou em comunidades difusas.

3. JUSTIFICATIVA

A ação proposta tem como pressuposto disponibilizar às famílias água


de qualidade tanto para o consumo humano, irrigação da produção e
abastecimento dos bebedouros na criação dos pequenos animais. Para definir
as ações a serem implementadas foram realizadas mobilização efetiva e
pactuadas com as comunidades as melhores alternativas, possibilitando o
acesso à água de qualidade, tendo em vista a melhoria do nível de segurança
alimentar e nutricional.
A execução dessa ação possui duas etapas: a mobilização social (que
inclui o envolvimento dos beneficiários em capacitações específicas, como
gestão da água e manutenção do equipamento) e a construção das tecnologias
alternativas de acesso a água.
Para implementação das ações de execução do projeto, o Departamento
Estadual de Pavimentação e Saneamento - DEPASA realizará a assistência
técnica na construção da tecnologia a ser implantada na região acreana, bem
como acompanhara à gestão do projeto e desenvolvimento das atividades de
monitoramento.
O DEPASA possui uma estrutura administrativa e equipe técnica
responsável em âmbito estadual pelo planejamento e pela execução das metas
contratadas. Tal estrutura, e os custos inerentes a ela, como logística de
transporte e despesas de custeio fixo e variável, estão inseridos na
contrapartida do projeto para a implementação da ação.
A execução do projeto contará com o trabalho de mobilização social,
orientação e capacitação dos beneficiários em gestão da água e manutenção
da tecnologia. A capacitação das famílias em gestão da água será realizada
em parceria com os técnicos do DEPASA e FUNASA sobre gestão, manejo e
tratamento da água para consumo humano. Essas capacitações serão
realizadas com os beneficiários.
O projeto contará com o envolvimento de associações de produtores
rurais e organizações comunitários pelo conhecimento da realidade local das
famílias a serem beneficiadas, contribuindo para maior celeridade na execução
do projeto.
Assim, a proposta do Estado do Acre contempla a implementação de
tecnologias testadas nas comunidades beneficiadas pelo projeto, com baixo
custo de instalação e de comprovada eficiência, sendo capaz de ofertar água
em quantidade e qualidade suficiente para a garantia da segurança alimentar e
nutricional das famílias beneficiadas. Além disso, a solução de abastecimento
de água apresentada na proposta respeita as condições socioeconômicas,
culturais e as características climáticas e geológicas da região a ser atendida.

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo geral

Promover a universalização do acesso à água em áreas rurais para o


consumo humano e para a produção agrícola, visando ao pleno
desenvolvimento humano e à segurança alimentar e nutricional de famílias em
situação de vulnerabilidade social no Estado do Acre.

4.2 Objetivos específicos

 Garantir segurança alimentar e nutricional às famílias beneficiadas;


 Propiciar o acesso descentralizado, melhorando as condições de
captação e armazenamento da água para consumo humano, irrigação
da produção e criação de pequenos animais;
 Valorizar as experiências de inovação tecnológica desenvolvida e já
aplicadas na região;
 Melhorar a qualidade de vida das famílias rurais do Estado do Acre,
especialmente crianças, mulheres e idosos, a partir da promoção à
saúde das famílias beneficiadas

5. METODOLOGIA, ESTRATÉGIAS E COMPONENTES DA PROPOSTA

a. Estratégias

A ação será executada pelo Departamento Estadual de Pavimentação e


Saneamento – DEPASA que realizará a implementação das metas de
mobilização social (que inclui o envolvimento dos beneficiários em
capacitações específicas, como gestão da água e manutenção do
equipamento) em parceria com as organizações comunitárias beneficiadas com
o Projeto Água Para Todos; e a construção das tecnologias alternativas de
acesso a água que contará com a parceria da Fundação Nacional de Saúde –
FUNASA no processo de análise e tratamento da água e com a Fundação
Nacional do Índio – FUNAI na execução das ações em territórios indígenas.

5.2. Componentes da proposta


A proposta possui três componentes:
i) processo de seleção e cadastramento das famílias a serem
beneficiadas;
ii) capacitação dos beneficiários em gestão da água e manutenção do
sistema; e
iii) implementação das tecnologias sociais e controle social.

5.2.1. Seleção das famílias a serem beneficiadas


Nesta fase de identificação o DEPASA e as organizações sociais
beneficiadas com o projeto serão a porta de entrada para
mobilização/identificação do público alvo. Levou-se em consideração para
seleção das comunidades, àquelas que possuem infraestrutura energética para
funcionamento do sistema de captação e distribuição de água. Assim todas as
comunidades que serão atendidas com esse projeto já foram contempladas
com o programa luz para todos.
Com relação as Terras Indígenas, além do programa luz para todos, as
comunidades também foram beneficiadas com o Programa Nacional de
Habitação Rural, e as comunidades foram selecionadas por serem
consideradas as mais impactadas em função da construção e asfaltamento da
rodovia federal BR 364.

5.2.2. Capacitações
A capacitação para os beneficiários será em gestão da água e
manutenção dos equipamentos. Para isso, as capacitações que serão
oferecidas abordarão o direito à água na perspectiva da cidadania e terão
como instrutores o Técnicos do DEPASA e FUNASA.

5.2.3. Implementação das tecnologias


A captação dos recursos hídricos deverá ser feita em aquíferos
subterrâneos por meio de poços com profundidade de até 40 metros.
A perfuração dos poços será feita em pontos próximos das residências,
quando possível, visando reduzir as extensões de rede a serem implantadas,
garantindo maior eficiência e facilidade na operação.
Destacando que para tratamento da água, serão utilizados sistemas de
desinfecção através de clorador por pastilhas.
Para os sistemas a serem implantados em localidade indígena serão
utilizados reservatórios elevados, de PVC com volume de 2000 Litros,
instalados em estrutura de madeira a uma altura aproximada de 6,00m, que
distribuirão a água por gravidade para reservatórios apoiados de 500 litros para
usos individuais (por família).
Na implantação dos polos agroflorestais será utilizada a captação por
meio de poços tubulares individuais e por poços do tipo Amazonas com
reservatórios de 500 litros.
Na região de inclusão dos poços, estima-se que aproximadamente 37
deles tenham boas condições de funcionamento, sendo necessário somente
reformas e substituição ou instalação de bombas para o funcionamento de
forma eficiente.
Ainda com o objetivo de diminuir o custo de alguns dos materiais e
insumos necessários para a implementação do sistema, como bombas, caixas
d´água, clorador e tubos será buscada a possibilidade de realização de compra
dos mesmos na modalidade de licitação por Pregão, reduzindo o custo dos
referidos materiais será possível o aumento na meta inicial proposta.
A empresa vencedora do Certame ficará obrigada a realizar Teste de
Percolação e sondagens no local onde será realizada a obra, condição para
que seja emitida a Ordem de Serviço para execução do Objeto deste Processo.

6. METAS

 Identificar e selecionar 544 Famílias nos Polos Agroflorestais e


Comunidades Indígenas;
 Capacitar 10 Comunidades na zona rural em gestão da água, operação
e manutenção da tecnologia a ser implantada;
 Implantar 544 tecnologias para produção de água por meio de poços,
adaptadas a realidade da região;
 Reforma de 37 poços existentes , entre amazonas e individuais;
 Construção de 187 sistemas individuais com poços amazonas (diâmetro
de 1,20m)
 Construção de 139 sistemas individuais com poços tubulares (diâmetro
de 150 mm)
 Construção de 07 sistemas coletivos com poços tubulares para 03
famílias cada sistema (diâmetro de 150 mm)
 Construção de 10 sistemas coletivos com poços tubulares para 04
famílias cada sistema (diâmetro de 150 mm)
 Construção de 24 sistemas coletivos com poços tubulares para 05
famílias cada sistema (diâmetro de 150 mm)
 Implantar cronograma de acompanhamento e monitoramento do sistema

Observação:
O custo referente ao consumo de energia gerado após a implantação dos
sistemas de captação, tratamento e reservação de água, para as famílilas
beneficiadas será de:
- Até R$ 4,00 (quatro reais) para os sistemas individuais,
- Até R$ 15,00 (quinze reais) para cada sistema coletivo; valor este dividido
pelo número de famílias beneficiadas pelo respectivo sistema.
7. ORÇAMENTO

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE


DEPARTAMENTO ESTADUAL DE PAVIMENTAÇÃO E SANEAMENTO - DEPASA
OBRA: SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA INDIVIDUAL - PERFURAÇÃO DE POÇO BDI: 23,31%

LOCAL: PÓLOS AGROFLORESTAIS Data: set/2012

DATA BASE: set/2012


INDICADOR FÍSICO ORÇAMENTO
META FASE ESPECIFICAÇÃO
UNIDADE QUANTIDADE UNIDADE TOTAL
1 IDENTIFICAR E SELECIONAR FAMÍLIAS NOS PÓLOS AGROFLORESTAIS E COMUNIDADES INDÍGENAS 17.352,00

1.1 Diárias un 80,00 189,90 15.192,00

1.2 Combustível l 800,00 2,70 2.160,00

2 CAPACITAÇÃO, EM GESTÃO DA ÁGUA E MANUTENÇÃO DA TECNOLOGIA, EM COMUNIDADES NA ZONA RURAL 32.544,00

2.1 Diárias un 160,00 189,90 30.384,00

2.2 Combustível l 800,00 2,70 2.160,00

3 IMPLANTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE ACESSO A ÁGUA POTÁVEL ADAPTADAS A CADA REGIÃO 2.708.059,99

3.1 AQUISICAO E ASSENTAMENTO PLACA DE OBRA EM CHAPA DE ACO GALVANIZADO (2x2)m un 30,00 961,36 28.840,80

3.2 REFORMA DE POÇOS EXISTENTES (AMAZONAS E/OU INDIVIDUAS) un 37,00 2.857,04 105.710,48

3.3 CONSTRUÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL COM POÇO AMAZONAS - h=6,5m; Ø=1,20m un 187,00 6.169,41 1.153.679,67

3.4 CONSTRUÇÃO DE SISTEMA INDIVIDUAL COM POÇO TUBULAR - h=16,00m; Ø=150mm un 139,00 6.664,06 926.304,34

3.5 CONSTRUÇÃO DE SISTEMA COLETIVO COM POÇO TUBULAR PARA 3 FAMÍLIAS - h=16,00m; Ø=150mm un 7,00 10.519,06 73.633,42

3.6 CONSTRUÇÃO DE SISTEMA COLETIVO COM POÇO TUBULAR PARA 4 FAMÍLIAS - h=16,00m; Ø=150mm un 10,00 11.690,52 116.905,20

3.7 CONSTRUÇÃO DE SISTEMA COLETIVO COM POÇO TUBULAR PARA 5 FAMÍLIAS - h=16,00m; Ø=150mm un 24,00 12.624,42 302.986,08

4 ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO 149.148,00

4.1 Diárias un 720,00 189,90 136.728,00

4.2 Combustível l 4.600,00 2,70 12.420,00

TOTAL GERAL >>> 2.907.103,99

8. ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

O acompanhamento e monitoramento do projeto será realizado pelo


órgão executor (DEPASA) e pelos parceiros diretamente envolvidos (FUNASA
e FUNAI), sendo comprovado mediante apresentação de relatório detalhando
as ações executadas pelos técnicos, juntamente com lista de presença e
registro fotográfico.

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