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VOCÊ É INVERTIDO

O Óbvio que Ninguém Vê


ANTHONIO MAGALHÃES

VOCÊ É INVERTIDO
O Óbvio que Ninguém Vê

1ª Edição – 2013

Este livro foi registrado no Ministério da Cultura – Fundação


Biblioteca Nacional sob o registro: 39-003844_1 /6.

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autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar”. Artigo 5° da Constituição).

Copyright © 2013 by Anthonio Magalhães

Ilustrações: Milca Severo

Organização: Thaís Vidal

4
www.loucosestelaresassumidos.com.br

5
Este simples livro é dedicado a todos os corações que anseiam
a liberdade do confinamento que atualmente vivem.

6
A Reversão é Azul e por isso eu agradeço a todos que fizeram
parte e coloriram o meu coração.
Anthonio Magalhães

7
Thaís e Milca, eu agradeço por suas participações neste
trabalho.

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Sumário

Capítulo 1 - Combinando Esta Leitura ................................... 12


Capítulo 2 - Apontamentos Claros de Funcionamento ........... 20
Capítulo 3 - As Inteligências Independentes em Você ........... 26
Capítulo 4 - Aprenda a "APREENDER". Apreenda. .............. 32
Capítulo 5 - Os Extremos da Ignorância ................................. 39
Capítulo 6 - O Silêncio............................................................ 43
Capítulo 7 - As Referências .................................................... 46
Capítulo 8 - O Estado de Medo Permanente ........................... 49
Capítulo 9 - O Amor Humano................................................. 52
Capítulo 10 - As Emoções ...................................................... 54
Capítulo 11 - O Instante Presente e os Tempos Verbais ......... 57
Capítulo 12 - O Funcionamento Exterior ................................ 59
Capítulo 13 - A Vontade de Bem ............................................ 63
Capítulo 14 - A Estupidez Intelectual (proibição e
conhecimento) ......................................................................... 65
Capítulo 15 - Ria de Si ............................................................ 68
Capítulo 16 - A Vida Que Me Conduz - Espontaneidade e
Fluidez ..................................................................................... 70

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Prefácio

Este pequeno livro é preciso e objetivo. O mesmo não


tem longos e cansativos desenvolvimentos de assuntos ou
temas. Neste livro, os pontos evidentes serão mostrados para
que cada um, à sua maneira, em seu tempo, constate sozinho.
Os capítulos são curtos, pois o desenvolvimento de um
tema predominante num capítulo, devido ao funcionamento do
humano, consequentemente traz temas que necessitam ser
pontuados com outro capítulo.
Sem enrolação, direto nos exemplos reais e
incontestáveis desta humanidade, com poucas páginas, é
simples se reconhecer. Embora a princípio não pareça, a
linguagem usada é bem humorada para que “choques” não
doam tanto. O autor usa um humor sutil e ácido, mas sempre se
inclui como o primeiro a passar pelo que é exposto, inclusive
as brincadeiras.
Todo indivíduo que se propõe a ler qualquer coisa, se o
mesmo começar a leitura armado de conceitos e pré-análises,
por esta forma antecipada de se limitar, muito pouco será
alcançado do conteúdo escrito. Se não houver abertura, não
adianta perder o seu tempo.
O autor não tem a menor pretensão de convencer com o
que é compartilhado. Cada um faz o que quiser. E cada um que
decida por si. E este autor não pretende se colocar como
referência literária, ou melhor, longe disso, pois o autor não se
enquadra em qualquer forma de funcionamento desta

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humanidade. Esqueçam-no e atenham-se ao conteúdo para
apreender ou descartar.

“O que importa é o som da trombeta, e não quem a


toca.”

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Capítulo 1 - Combinando Esta Leitura

Por que eu vejo o que você não vê?


E a minha pergunta não significa que você também tem
de ver como eu vejo. Mas você pode, se quiser, experimentar a
troca de olhar. Pois somente assim você poderá, de fato, ver
onde está, reconhecer como funciona, e, acima de tudo,
remover as cortinas do teatro que você encena diariamente.
Embora você jamais tenha desconfiado, você é mais um
personagem manipulado.
Tratarei você de uma forma generalizada, com a intenção
de que “você” represente a massa que se diz pensante, ou seja,
como a grande maioria das pessoas trata um grande número de
assuntos. Então, quando eu digo "você", eu me refiro ao modus
operandi da maioria absoluta desta humanidade.
Não há da minha parte a menor intenção de projeção
superior ou inferior, de melhor ou pior, de certo ou errado, ou
seja, de qualquer forma de comparação, mas sim de mostrar um
novo olhar, apenas outro.
E para reforçar o que eu disse, quando eu disser "você",
eu me refiro à massa em seu modus operandi.
Por que você só funciona de acordo com as suas
conveniências?
Eu explico: Digamos que você esteja olhando para uma
parede. Você olha a parede e a sua visão informa ao seu
cérebro a cor da parede, se a cor lhe agrada ou não, se está bem

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pintada ou não, se ela deve ser derrubada ou não, se ela pode
receber alguma decoração ou não, etc. Assim você funciona. O
tempo todo você analisa de acordo com o seu gosto ou
interesses, ou seja, a sua conveniência.
Lembre-se: A parede é muda, não tem vida e não lhe fez
nada.
E assim você é com os outros da sua espécie. Assim você
é com seus relacionamentos. Assim você é com a sua vida e
seus pormenores. Assim você é com aqueles que você diz que
são os seus entes mais queridos. Assim você é com aqueles que
você diz que são verdadeiros amigos. E assim você é com
aquele que diz amar do fundo do seu coração.
Mas a partir do momento em que todos os mencionados
nas linhas acima não estiverem de acordo com o que você quer,
ou seja, quando eles não são favoráveis às suas conveniências...
tenha certeza de que para cada caso, para cada situação, você se
dará todas as justificativas – as mais nobres, as mais
dramáticas, as mais necessárias e até as mais trágicas – mas
você, de acordo com as suas conveniências, fará o que só você
"acha melhor" para todos, mas principalmente para você.
Será que temos alguém sincero e honesto a ponto de
admitir que funciona assim? Porque, se você, neste momento
estiver justificando e calculando que em algumas situações
você se reconhece e em outras não, pode acreditar: você é um
perigo para você mesmo. Acredite.
Diga muito prazer à sua personalidade, é ela que se
apresenta a você neste exato momento. Então, será que você
pelo menos agora percebe o óbvio de que jamais se deu conta?
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Você (não se esqueça que este “você” é a maioria) jamais
desconfiou que a sua "persona" monta em você e faz o que
quer. Você sempre achou que teve ou ainda tem o controle
sobre ela, e ela adora que você pense deste jeito. Falando
assim, até parece que eu quero sugerir que há um monstro
dentro de você.
Pare.
Você diria: Pense.
Não, não pense, pois é a persona quem pensa, embora
você leia e ouça o que ela pensa e faz. Mas não é você,
acredite.
Se ela é um monstro, se há algo dentro de você sobre o
qual você não tem controle, e se você se assustou quando ela o
fez pensar que eu te disse absurdos... espere, calma, continue
lendo e descubra por si. Constate sozinho.
Sigamos em frente.
Os mais inteligentes, os mais pensantes, os mais
fantásticos intelectuais, cultuam, acreditam, elogiam e “a-do-
ram” dizer que têm "personalidade". Uns dizem que a sua é
forte, outros que a sua é isso ou aquilo. Mas eu digo a você: é
tudo uma merda só.
Calma, cabeção, "muita hora nessa calma". Não eu, mas
você vai constatar que eu não exagero. Gostou do "cabeção"?
A sua persona te fez levar um susto na hora que leu "cabeção",
e analiticamente a sua persona pensou se continuaria me lendo
ou não. E neste momento a decisão é só sua. E também, neste

14
exato momento, a "maledeta" te sugere: Livre-se deste
conteúdo.
Mas a sua essência está começando a despertar. E esse
despertar é uma coisa que você não consegue definir. E por que
você não consegue definir, explicar ou sequer entender o que
está sentindo neste momento? Porque a sua persona, ou seja, o
seu modus operandi jamais permitiu isso. E também porque
você nunca, até então, foi chamado em sua essência, ou
melhor, sequer alguém já lhe disse que o que você é em
verdade, está sufocado, abafado, vedado e escondido pela sua
persona, pois a sua persona é o seu modus operandi, o seu
modo de ser, de viver.
Então vamos recapitular: "você" representa a massa - a
massa funciona através da "personalidade" - e carinhosamente
eu chamo a sua persona de "cabeção". Você sabe por que eu fiz
essa breve recapitulação do óbvio? Porque o cabeção faz
questão de complicar o que é simples. Mas acima de tudo, o
cabeção sempre tenta fazer com que você reaja às coisas que o
ameaçam. E nesse caso as reações do cabeção são justamente
para que você sinta-se ofendido com a minha forma de escrever
e falar com você.
Mas isso é o que ele pensa, pois eu já o desvelei para
você e sei que ele já está na alça da sua mira.
Eis ressurgindo das cinzas....
Quem, quem???
A sua Essência, realmente quem você é em verdade.
E aí?
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Tá gostando de se conhecer?
Para mim, eu estou falando o óbvio, mas para você há, de
fato, uma descoberta. Eu sei, eu sei que soa estranho e parece
até uma piada: você se descobrir. Mas é exatamente isso.
Relembremos que no modus operandi dos cabeções é
bastante interessante e, para a maioria, um processo gostoso de
vivenciar, quando ocorre uma aproximação entre duas pessoas,
seguida de descobertas mútuas. Para a grande maioria, sempre
no início tudo é muito encantador. É aquela baboseira
superficial de curto prazo de validade que todos bem conhecem
e sabem o quanto é efêmero, mas “a-do-ram”, como bons sem-
vergonhas.
Sim, sim, então por que não viver isso entre a sua
persona e sua essência? Uma coisa eu te garanto: sexo seguro
sem preservativos, nem a necessidade de métodos
anticoncepcionais.
Brincadeiras à parte, embora seja uma realidade, o maior
propósito é que você consiga que a “maledeta” que está
montada em você tenha a sua posição invertida, ou seja, é a sua
essência quem tem que montar na persona, caso contrário ela
faz o que quiser com você. Mas lembre-se: ela sempre finge
deixar você no comando, porque ela sempre faz os cabeções de
otários. Para quem duvida disso, lembre-se de duas palavrinhas
mágicas: “consequências” e “arrependimentos”.
E aí, você ainda vai insistir que está no comando? É
claro, há muitas outras “palavrinhas” que calariam as
insistências de alguns. O que eu quis dizer é que quando você
não percebe o que a persona faz, as consequências dos fatos
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surgem e a sua falta de atenção sobre os seus atos, querendo ou
não, admitindo ou não, promove arrependimentos. Mas isso
fica por conta de cada um.
Vamos ao que interessa: Som na caixa DJ, coloque uma
música de fundo para embalar o clima para a persona cabeçuda
“re-conhecer” a sua essência.
Eu não falo do significado vulgar da palavra “essência”,
pois o que os cabeções definem como essência nada tem a ver,
em verdade, com o que você é. Vou me atrever a dizer que
você é esta essência de toda eternidade. Neste livrinho eu não
vou dizer o significado de "toda eternidade", pois a sua persona
não vai alcançar por não ser algo que se entenda
intelectualmente. Isso se vive. E ainda que eu tentasse, seria o
mesmo que um hipopótamo tentando conversar com uma girafa
através de seus meios convencionais emitindo sons.
O DJ manda a música: eu quero me embolar nos seus
cabelos, abraçar seu corpo inteiro, morrer de amor, de amor
me perder...
Socoooooorro, que música é essa DJ? Argh, eca, tá
demitido, some daqui persona maledeta. Isso não é justo com a
persona e a essência de um careca, pelamordedeus...
cruzcredo... credocruz.
Agora com o DJ demitido, vamos ao que interessa: você
se conhecer.
Segura a onda aí, afobadinho, não adianta esfregar as
mãozinhas e achar que vai reconhecer a sua essência como
num passe de mágica. Nem se eu escrevesse milhões de linhas

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com um alto poder de sedução e você tornasse isso uma crença.
Jamais, sem chances.
Pra começar, você tem que conhecer a sua persona, o que
ela faz, como ela funciona e tudo mais.
Olha aí, é ela neste momento torcendo o seu nariz e
resmungando que isso vai demorar e dar trabalho. E isso é tudo
o que ela quer que você acredite.
Mas antes de começarmos, eu preciso lhe ser bem claro:
A sua essência se estabelece. Sim, ela se estabelece e nada
mais. Ou seja, não há ações intencionais, técnicas, embates ou
atalhos. Ela É, simplesmente É. Comparemos o que eu acabei
de dizer com o Sol. Ele brilha, mas é a Terra quem gira. E
quando a Terra está numa posição em que ele venha a você,
independentemente do tempo com nuvens, de você estar num
lugar fechado ou em qualquer outra situação, ele sempre está
brilhando, palavra-chave importante: irradiando (guarde-a).
Se o tempo está com nuvens ou chovendo, o Sol está
brilhando acima das nuvens. Se você está num ambiente
fechado, o Sol está disponível do lado de fora. Então, o que eu
quero te dizer, é que o Sol É, ele sempre esteve onde está e
sempre virá a você quando fatores exteriores não impedirem.
E tudo isso se aplica à sua essência, ela É e ponto final.
Ela sempre esteve dentro de você. Você É de toda eternidade.
E quando eu digo “você”, lembre-se, eu falo da massa, da
maioria da sua espécie. Então não se surpreenda que a sua
essência seja a mesma, sem tirar nem por, em todos os
sentidos, a mesma essência daquele que você considera um

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maníaco, um assassino, um bandido ou qualquer outra noção
de ser desprezível aos olhos da sua humanidade.
Segura essa que eu quero ver?
Engole, sem choro, pois isso é inquestionável.

19
Capítulo 2 - Apontamentos Claros de Funcionamento

Ainda no processo de desnudarmos a sua "maledeta",


vamos continuar deixando-a de bunda de fora. E realmente é
chocante um indivíduo de 30, 40 ou 50 anos em diante,
descobrir que dentro dele há um monstrinho que faz o que quer
e o faz funcionar de maneira invertida, ou seja, completamente
oposta à sua essência.
Vamos a alguns exemplos cotidianos que mostram
claramente as inversões: quando você sente alguma raiva,
repulsa ou decepção por alguém, você tende a sentir e dizer
coisas sobre o indivíduo. Por exemplo: O fulano me magoou. A
maledeta coloca a culpa no fulano, ou seja, a maledeta justifica
que o fulano lhe trouxe a mágoa. Mas cá entre nós, sejamos
honestos: quem fica magoado com alguém ou algo, só fica
porque a mágoa está dentro dele mesmo, ou melhor, ninguém
insere a mágoa dentro de você. Mas se você é vulnerável aos
apelos promovidos pela sua persona, é evidente que você irá
senti-los e culpar alguém ou algo exterior.
Um outro exemplo: Um indivíduo que diz combater o
racismo. A sua persona jamais o permitirá admitir que ele
alimenta o racismo e se comporta como aqueles, ou as
situações que ele diz combater. E não importa agora tratarmos
da solução disso, que é muito simples, e não é agora, porque
neste momento o racismo é um mero exemplo.
O racismo está dentro daquele que o combate, e isso
independentemente do comportamento vitimista daqueles que
pensam que combatem. O que tem que ser reconhecido é que
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se você não gosta, odeia, combate, reage, ataca, se opõe ou
sente-se incomodado, é porque aquilo que promove a sua
reação está dentro de você. E a parte mais difícil é você
reconhecer que isso é "normal e nobre" aos olhos da maledeta e
de quase toda humanidade deste planeta. E que você, desde que
este mundo é mundo, funciona de maneira invertida, ou seja,
combatendo e reagindo. O mesmo acontece com todos os
meios educativos e formas de relacionamentos. E combater e
reagir na verdade ALIMENTA, fortalece e evidencia o que
justamente pode e deve ser ignorado. Lembre-se que eu disse
que há uma solução muito simples (mas neste momento a
maledeta está criando um drama gigante para complicar o
óbvio).
Quem odeia algo ou alguém é porque tem o ódio dentro
de si. E ninguém pode negar, pois ele é manifestado quando o
indivíduo diz que odeia. Isso é tão óbvio e tão claro, pois o
ódio sai da boca de quem o manifesta, ou seja, de dentro do
indivíduo. E da mesma forma se dá com os combates de causas
sociais. Todas, sem exceção. Estes são apenas alguns
exemplos.
Calma, eu sei que neste momento você está se
recuperando de uma imensa descarga elétrica por constatar que
além do seu monstrinho chamado maledeta, você constatou que
ao redor de você há muitos monstrinhos dentro de pessoas que
se dizem boas, caridosas, simpáticas, etc.
Sim, eles também estão invertidos. Vamos ampliar a
realidade relembrando uma citação que está no início desta
leitura: "Então quando eu digo "você", eu me refiro ao modus
operandi da maioria absoluta desta humanidade."
21
Este é o motivo do choque, e claro, a maledeta é burra,
sobretudo previsível, pois ela vai analisar para que você veja a
sua conclusão: Num planeta de mais de 7 bilhões de humanos,
por que somente você e pouquíssimos estariam “certos” e toda
a massa estaria “errada”?
Pegar pesado através de chantagens é uma prática
comum da maledeta, ela às vezes se disfarça do que é
conhecido como "consciência". E todos os apelos,
questionamentos, dúvidas, receios e, principalmente, a arma
chamada "medo", tudo isso a maledeta usa disfarçada de
consciência.
E é por tudo isso deixar rastros e ser simples de observar
que eu a chamo de burra e previsível.
Agora voltando a falar do choque de realidade, entre
muitas coisas ele promove o que podemos chamar de remoção
das cortinas do teatro. E chamemos este teatro de "vida
invertida".
Bem, logo no início, juntos, pudemos constatar que a
persona faz você funcionar permanentemente de forma
analítica, ou melhor, de forma conveniente aos seus interesses.
E o "você", mais uma vez lembramos que se trata do modus
operandi da humanidade. Agora, observe que todos funcionam
da mesma maneira, e este funcionamento de julgamentos e
escolhas do que é sempre melhor para você, querendo ou não, é
um funcionamento egoísta. Será que agora você entende
porque este mundo é um caos? Que enquanto você
(humanidade) funcionar assim, haverá lutas, causas miseráveis,
diferenças em todos os sentidos, certo e errado, bom e mau,
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bem e mal, feio e bonito e todas as formas de comparações que
levam ao que podemos chamar de funcionamento de dualidade.
O funcionamento de dualidade promove guerras. O
funcionamento de dualidade promove dor, sofrimento e
miséria. Mas também promove festas e alegrias efêmeras. A
maledeta adora as variantes efêmeras, e ela fez alguns
"bobinhos" – que vocês consideram filósofos ou referências de
pensadores e intelectuais – dizer, e vocês concordam, que a
vida é linda e maravilhosa por seus altos e baixos, pois é assim
que se aprende. Cá entre nós: aprende a ser um estúpido cada
vez mais invertido.
Desde que você começa a ser educado numa instituição
escolar, dizem para você que pensar é nobre, é maravilhoso, é
uma forma de tornar-se inteligente. E quem disse isso? Uma
cambada de invertidos que sequer desconfiam que são suas
personas que afirmam isso. E como já falei por aqui, tudo é tão
simples, é tão claro, mas a sua persona jamais te deixou ver.
Vamos a mais dois pequenos e simples exemplos:
Vocês valorizam o desenvolvimento da mente.
Eca!
A palavrinha é: "mente".
Então conjuguemos um verbo bastante conhecido:
eu - minto
tu - mentes
ele - mente

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Cambada de mentirosos! Desenvolva a sua mente ou
desenvolva a sua mentira? E quem usa a sua mente (mentira)?
A sua persona "mente" constantemente, é claro.
O outro exemplo é quase um sinônimo, mas acontece a
mesma farsa. Eu falo do: "mental".
O que é o mental? Ele é a mentira da alma, e neste caso
é a persona disfarçada fingindo-se linda e pura, pois ela
engana-o dizendo que a sua alma é essa ilusão.
Você viu como é fácil mostrar o seu funcionamento
invertido? Este mesmo funcionamento que é ensinado nas
instituições educativas, e o mesmo que você recebe no seio da
sua família. Mas o pior é o funcionamento exigido por uma
humanidade que se diz moderna e inteligente.
Dê-me intelectuais e filósofos que eu te mostro idiotas.
Ouvindo-os ou lendo-os, qualquer um que chegou até
este ponto desta leitura já enxerga com muita clareza os
absurdos invertidos semeados e tomados como ideal para uma
humanidade. E o que eles são? Personas maledetas
desenvolvidas no seio da burrice e da estupidez. Pobres
invertidos.
Repito a frase: "Dê-me intelectuais e filósofos que eu te
mostro idiotas”.
Esta afirmação está ao alcance de qualquer um que
reconhecer o seu próprio funcionamento até o presente
momento. Isso não é um privilégio, isso é tão simples, tão
óbvio, pois está para todos que removem as cortinas do teatro.
E não adianta me ler mil vezes, decorar e concordar com tudo
24
limitado à teoria. Cada um tem que remover as suas cortinas.
Cada um tem que viver a descoberta da sua persona, da sua
maledeta. Sem isso, nada feito.

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Capítulo 3 - As Inteligências Independentes em Você

Então eu devo combater a minha personalidade? Não,


jamais. Lembre-se que tudo que é combatido é reforçado,
evidenciado. Então eu devo exterminá-la de alguma forma?
Não, enquanto você estiver vivo ela sempre existirá, pois ela é
uma parte que anima o seu corpo físico. Tomando um
automóvel como exemplo para compararmos, eu diria que ela é
uma peça que tem uma função importante, mas não é a peça
principal. Ela é uma parte da engrenagem das marchas de um
automóvel (você). Mas na inversão do funcionamento de
vocês, colocaram a engrenagem tentando fazer o trabalho do
motor, o conjunto de peças mais importante de um automóvel.
E o motor, neste exemplo, é o que em verdade? A sua essência.
Eu tenho outro exemplo bastante pertinente e bem real.
Este exemplo será com um computador. Um computador tem
uma peça muito importante chamada HD (hard disk - disco
rígido) também conhecido como memória secundária. O HD é
a peça que armazena os arquivos e informações contidos e
inseridos no computador. Neste exemplo, comparemos o HD
com o cérebro humano. Mas também sabemos que a peça mais
importante de um computador é o processador. O nome já
explica que é o processador que processa tudo. Agora, para esta
comparação, vocês têm apenas que reconhecer, pelo menos
neste momento, depois desenvolveremos sobre isso, que há no
centro do peito do humano, uma peça chamada de coração do
coração, também conhecida de Centro do humano (é lá onde
está a sua essência). Embora fisicamente ela não seja vista

26
pelos olhos humanos, ela existe e está lá. Então, neste exemplo,
reconheçam o processador como o Centro (forma reduzida de
chamar o coração do coração).

A inversão feita no humano através da maledeta persona,


faz com que todas as formas educativas e desenvolvimentos
27
científicos concordem que a peça principal, ou seja, o
processador do humano, seja o cérebro. Mas também dizem
que o cérebro, além de processar, também armazena as
informações. E como no exemplo do automóvel, isso é querer
que o carro funcione com a embreagem em sua posição
original e outra embreagem no lugar do motor. Ou seja, o
cérebro está na posição do processador e ele é a apenas um
armazenador com um bom sistema de encaminhamentos
(nervos) de informação e armazenamentos.
E onde fica a tão apagada e oprimida essência que
falamos anteriormente? No seu Centro, no coração do seu
coração. E é ela que tem que ser usada para você processar
verdadeiramente a sua vida, pois você está funcionando com
uma peça que jamais será um processador. O seu "computador"
está tentando funcionar com um HD no lugar do processador.
E confirmem tudo isso vendo como são as pessoas, o que
é esta humanidade, o que é este mundo e o estado deteriorado
deste planeta, pois os humanos poluem o ar que respiram, a
água que bebem e se banham, a terra que lhes alimenta e lhes
fornece todas as matérias-primas para fabricar todas as coisas
existentes neste mundo.
De novo: "Dê-me intelectuais e filósofos que eu te
mostro idiotas”.
A frase acima ainda te choca?
Independentemente do que estamos dividindo aqui nestas
linhas, a realidade desta humanidade não pode ser negada, pois
cada detalhe dito é comprovado por todos e jamais visto, até
então, como "anormal". O que esta humanidade é não dá para
28
ser escondido, disfarçado ou ignorado. E você, querendo ou
não, não pode negar ou se esconder. Há milhões de exemplos e
este volume não é um exagero, ele é a pura e dura realidade de
uma humanidade invertida que se diz moderna e inteligente.
E não adianta concordar e continuar funcionando
invertido, pois neste momento a sua maledeta está começando
a aceitar, mas como sempre, ela jamais se inclui na
humanidade atroz. Portanto, se eu disser que há
0,00000000001% de pessoas que não contribuíram para a
demência incivilizada promovida por esta humanidade, não
tenha dúvida de que todos que leem estas palavras, sem
exceção, diriam que fazem parte deste ínfimo e "inventado"
percentual.
E mais uma vez relembrando o que eu disse logo no
segundo parágrafo do capítulo 1: "Tratarei você de uma forma
generalizada com a intenção de que você represente a massa
que se diz pensante, ou seja, como a grande maioria das
pessoas trata um grande número de assuntos. Então, quando
eu digo "você", eu me refiro ao modus operandi da maioria
absoluta desta humanidade”.
Eu disse "maioria absoluta", isto não é justo com a
realidade nua e crua. Mas como o passado morre quando você
não é refém dele...
O que realmente tem sentido para você, antes de querer
ver com clareza as idiotices dos intelectuais e dos filósofos, é
você admitir e "re-conhecer" a própria estupidez, ou melhor,
reconhecer a sua inversão nos mínimos detalhes. E quando eu
falo que tudo nesta humanidade é invertido, a priori você vai
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achar um exagero, mas não é. Pois quando você começar a
funcionar em prol da sua REVERSÃO, você constatará a
inversão em tudo e nos mínimos detalhes. Mas não sonhe que
em breve, para onde você olhar você verá as inversões. Você,
antes de tudo, tem que reconhecer a própria inversão. E,
indiscutivelmente, você tem que permitir a própria
REVERSÃO. E este processo da sua reversão não se dá com
intenções, técnicas ou alguma forma de tratamento (a palavra
"tratamento" é um gancho perfeito para tirar muito dinheiro de
desesperados, se eu fosse um invertido). O processo da sua
reversão só começa a se dar depois de alguns pontos que se
tornam o que podemos chamar: "LUCIDEZ". Esta forma de
lucidez pode ter uma comparação muito distante da
"conscientização". A conscientização está associada ao
cérebro, à mente e à consciência, e estas são peças de
funcionamento manco, capenga. Pois a "LUCIDEZ" que eu
falo só se dá através do Centro, da "apreensão" (palavra muito
importante) através do coração do coração. Esta tomada de
lucidez nada tem a ver com a lucidez através da consciência. E
não adianta eu explicar uma mudança de funcionamento que só
pode ser vivida, só pode ser sentida.
As palavras não alcançam o que você pode viver
funcionando através do seu Centro. Habitue-se a esta realidade,
pois as palavras não podem definir o que não é comum neste
planeta, o que não existe. Pois mesmo os raros que fizeram a
sua reversão, nenhum deles se atreve a usar alguma referência
deste mundo, por mais culto que ele seja, para tentar explicar o
que significa viver a sua reversão, ou seja, controlar a sua
persona e ser e viver a sua essência.

30
Todo o processo é muito simples, mas demanda muita
força e muita coragem, pois lembre-se que não importa a sua
idade ou condição socioeconômica, pois cada um, para onde
você olhar, tudo, tudo sem exceção, está voltado para mantê-lo
cada vez mais aprofundado na inversão. Eu gosto de dizer que
o humano quando nasce (ele pensa que nasce e que isso é uma
vida), ele já começa "vivendo" enterrado de cabeça para baixo.
E quanto mais ele "busca", e não importa o quê, mais ele se
enterra. Eu disse e vou insistir: "Não importa o que o
humano busque ou pratique".
E neste momento as maledetas se contorceram com o
parágrafo acima. Mas como eu já disse antes: para onde você
olhar, há comprovações que todos, sem exceção, nascem
enterrados de cabeça para baixo. E não me cabe provar isso.
Mas te cabe, mais cedo ou mais tarde, aceitar e começar,
sozinho, a enxergar tudo isso. E este recomeço é a sua reversão
em andamento.

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Capítulo 4 - Aprenda a "APREENDER". Apreenda.

Os dicionários dizem que há dois sentidos para o verbo


"APREENDER".
1- tomar posse ou capturar.
2- captar ou assimilar
O sentido do "apreender" que vou falar é o mais
aproximado de captar, assimilar. Mesmo assim, nada tem a ver
essencialmente.
Apreender é um modo de funcionamento que não existe
nesta humanidade. Vocês se lembram do exemplo que usei da
parede?
Vou repeti-lo aqui:
"Por que você só funciona de acordo com as suas
conveniências?
Eu explico: Digamos que você esteja olhando para uma
parede. Você olha a parede e a sua visão informa ao seu
cérebro a cor da parede, se a cor lhe agrada ou não, se está
bem pintada ou não, se ela deve ser derrubada ou não, se ela
pode receber alguma decoração ou não, etc. Assim você
funciona. O tempo todo você analisa de acordo com o seu
gosto ou interesses, ou seja, a sua conveniência.
Lembre-se: A parede é muda, não tem vida e não lhe fez
nada".

32
Apreender, usando o exemplo da parede, é apenas
constatar a parede e nada mais. Eu disse: nada mais. Aquela
parede É e ponto final. Nada se fala, nada se comenta, nada é
dito nem em pensamento, aliás, principalmente em
pensamento, nada deve ser expressado. EU FALEI: NADA!
O funcionamento analítico integral, pois todos os
humanos funcionam assim (aos poucos vocês vão constatando
que realmente estão enterrados de cabeça para baixo), como no
exemplo da parede, para tudo que você olha (visão para o
cérebro-HD metido a motor), você analisa numa fração de
segundo e decide: gosto ou não gosto, feio ou bonito, bom ou
ruim, caro ou barato, me interessa ou não me interessa,
divertido ou sem graça, etc.
E como eu também já disse: este seu funcionamento é
para tudo e todos. Pois a decisão final, em primeiro plano, é
por pensamento e está de acordo com as suas conveniências, ou
melhor, seus interesses. E numa escala global com mais de 7
bilhões de invertidos egoístas, o resultado é esta humanidade
incivilizada que se diz moderna e inteligente.
E mais uma vez: "Dê-me intelectuais e filósofos que eu
te mostro idiotas”.
Agora, que tal você tentar experimentar
"APREENDER"?
Não é fácil.
Jamais se APREENDE usando as peças erradas. Pensar,
se conscientizar, mentalizar, imaginar, analisar, avaliar,
projetar, sonhar, deduzir, supor, julgar, raciocinar e todas as

33
formas de uso do cérebro, NENHUMA permite APREENDER
verdadeiramente.
A peça usada para APREENDER não fala, não pensa,
não avalia, não raciocina, ou seja, ela não funciona, de maneira
alguma, como o cérebro humano. Ela simplesmente processa.
E APREENDER é colocar para dentro e nada mais. Não se
apreende escolhendo o que vai ou não colocar para dentro, isto
seria uma escolha analítica e conveniente, e este processo só se
dá através da mente, do cérebro. O Centro apenas processa. O
Centro aceita todas as informações. O processamento das
mesmas não se dá por sua intenção mental, jamais. Ele se dá
por uma inteligência parecida com a de alguns órgãos do seu
corpo. Na verdade ele também é um órgão, mas ainda não
visível por olhos invertidos.
Você controla o seu aparelho respiratório com o
processamento do ar que inala?
Você controla o processamento do seu aparelho
digestivo?
Estes órgãos são inteligentes e não dependem da
inteligência cerebral ou do seu mental. E da mesma maneira
acontece com o seu Centro. Os órgãos do seu corpo sempre
fazem o melhor. E por que o Centro também não faria? Então,
apreenda e ele fará tudo perfeitamente.
Lembre-se que a maledeta te faz acreditar que você
comanda o seu cérebro e suas funções de distribuição nervosa e
armazenamento (memória). Mas para variar, ela te engana. E
lembre-se também que o cérebro é o órgão-peça usado no local

34
errado, com função errada e que contribui para o seu
funcionamento invertido.
Por isso eu insisto: experimente APREENDER! Pois
apreender é permitir que tudo flua sem a sua desastrosa
interferência.
Te disseram que pensar é preciso, é importante, é
desenvolvedor, é tudo de melhor para o seu crescimento como
pessoa e intelectual. Aqueles que insistem nisso é porque eles
pensam. E se pensam...
Resultado = humanidade atual + mundo depredado.
Eu sei que neste ponto da leitura, algumas personas estão
avaliando e questionando:
1- Há uma humanidade moderna da qual eu faço parte e
estamos “evoluindo” dia após dia.
2- Quem é esse indivíduo que insiste em dizer que toda
humanidade está invertida, e tudo que esta humanidade vive há
mais de 2 milênios é equivocado e está no sentido contrário?
3- Esta humanidade teve e ainda tem pensadores,
filósofos, intelectuais, mestres, líderes políticos, artistas,
neófitos, gênios e muito mais. Agora aparece um indivíduo
qualquer criticando tudo e todos.
Falou a sua persona em "re-ação", e tenho certeza que
você concordou com tudo.
Então, se você tiver forças sobre as "chantagens da
persona" nas linhas anteriores, continuemos.

35
O que eu trago é apenas o resultado deste mundo e seu
funcionamento. Eu não insisto numa teoria que é embasada por
deduções e suposições. Teoria é a base da ciência desta
humanidade. E o que é teoria? Suposição, dedução, "achismo",
imaginação. Numa outra hora eu desconstruo todos os meios
que tem teorias como pilares. Agora eu estou falando do que
esta humanidade é em verdade e como ela é e está. E isso,
nenhuma análise ou avaliação de qualquer humano pode negar.
Tratemos disso e ninguém pode fugir. Pois é comum no
funcionamento humano, devido ao seu modus operandi, fugir
da realidade apontando um motivo qualquer. Toda guerra
começa assim.
E ainda desafiando o silêncio das personas, eu continuo
falando à vontade, pois a humanidade é o resultado e a prova
real de tudo o que falo.

E vale lembrar que este que escreveu estas linhas nada


quer, nada lhe tem a pedir. Mas lhe convida a constatar, por
você mesmo, sozinho, tudo o que estamos dividindo. E a
começar por você se enxergar, admitir o próprio
funcionamento e dar uma simples olhadinha ao seu redor.
Somente isso já é suficiente para você silenciar a sua persona e
continuar constatando que você, neste modus estupiduz
operandi, está sim, enterrado de cabeça para baixo. E quanto
mais você se movimenta tentando sair através de qualquer
busca exterior, neste mundo e como ele é, mais você cava para
baixo e se enterra. Você e este mundo são os maiores
resultados inquestionáveis. Não sou eu que digo meramente,

36
você e este mundo são o óbvio que eu vejo e muitos, agora,
também veem.
E APREENDER é realmente um deleite quando o
mesmo é vivido Verdadeiramente. Aqueles que vivem isso, ou
seja, não estão concordando em teoria, mas estão vivendo esta
realidade, nunca mais voltam ao funcionamento padrão desta
humanidade invertida.
Eu te convido a dar uma rápida lambidinha no gigantesco
iceberg chamado "APREENDER": ainda usando o exemplo da
"parede", eu disse: "Quando se apreende, nada se fala, nada
se comenta, nada é dito nem em pensamento, aliás,
principalmente em pensamento nada deve ser expressado. EU
FALEI: NADA!"
Então, baseados nos mínimos exemplos expostos em
nada manifestar em qualquer hipótese, e aqui acrescento os
elogios, pois grave bem isso: "os elogios são os julgamentos
através da sua conveniência". Ou seja, típico de uma persona
interesseira. O que lhe parece nobre em elogiar alguém ou algo,
é a clara manifestação da sua estupidez.
Continuando a nada manifestar, como o exemplo da
parede, se todos funcionassem assim num outro mundo, todos
esses jamais saberiam o que significa: desrespeito,
desconfiança, ofensa, crítica, diferenças sociais, racismo,
egoísmo, guerra, etc.
Agora deu para você perceber os resultados que uma
pequena mudança de funcionamento promove? Ali naquele
pequeno exemplo temos a solução para 99% dos problemas
deste mundo, e aquilo era só uma “lambidinha”. Mas desde que
37
100% da humanidade reconheça como funciona, pois
apreender é o primeiro passo, DEPOIS, somente depois de
você reconhecer que a persona, o cérebro, a mente, o
pensamento e toda forma de funcionamento deste mundo
promovem a inversão de cada um e toda a humanidade.
E realmente é tão óbvio que eu até canto: Dê-me
intelectuais e filósofos que eu te mostro idiotas.

38
Capítulo 5 - Os Extremos da Ignorância

Depois de mais um choque de realidade do capítulo


anterior, e quando digo "choque" é porque tudo é
inquestionável pelo que é esta humanidade, o que sobra agora?
Os apelos da persona por sua limitada forma de funcionamento.
Este conjunto de apelos é mais um padrão de
comportamento humano. Eu o chamo de burrice da persona.
Quando eu digo, por exemplo, que combater alguma coisa,
digamos o racismo, é reforçá-la cada vez mais, eu não quis
dizer que você deva aderir ao extremo oposto. Há entre os
extremos um entremeio com milhões de opções disponíveis.
Mas a maledeta persona sempre promove o funcionamento
burro do extremo oposto. Usemos outro exemplo, e este é bem
óbvio: Eu digo para você (massa da humanidade) que a
democracia é uma merda. Que ela é um sistema ultrapassado
de mais de 2.600 anos e vocês, limitados, veem esse lixo como
o mais moderno e único possível. Não queiram saber o que eu
posso dizer sobre a "demoBARGANHAcracia". Voltando à
forma ultrapassada de 2.600 anos vista como moderna e
eficiente, os limitadinhos usam como argumento justamente os
extremos quando dizem: “deus me livre o comunismo, o
totalitarismo, os ditadores; o socialismo faliu, a "demo" é a
forma mais moderna de representatividade dos eleitores...” e
blá blá blás que ajudam a cavar cada vez mais fundo em favor
da inversão.
E como eu já disse, a persona promove a falta de
memória e a estupidez, pois os limitadinhos nem se atreveram
39
a pensar nos entremeios de milhões de opções entre a
"demoINVERSOcracia" e as “coisitas” que eles abominam.
Eis um outro exemplo de limitação do humano por usar o HD
(cérebro) como processador (Centro).
E aí, você quer mais? Ainda é preciso mais?
Lembre-se: democracia, racismo e outros muitos
exemplos usados entre nós, são meros exemplos de
funcionamento real desta humanidade. Qualquer destes
exemplos não merecem a menor atenção. Aliás, NENHUMA.
Apreender em verdade faz com que eles morram, desapareçam
definitivamente. E apreender em Verdade é nada manifestar ou
pensar.
É divertido compartilhar, trazer exemplos e
"indiretamente" mostrar as soluções. Mas estas soluções jamais
podem ser, intencionalmente, aplicadas. Jamais podem ser
combatidas ou evidenciadas de alguma maneira. Mas o seu
funcionamento, em Verdade, é que pode promover o que este
mundo jamais viu.
Uma leitura jamais será uma solução, digamos, a sua
solução. O que eu lhe digo também jamais será. O que você
concorde em teoria muito menos será; aliás, a teoria só ilude,
afasta, engana. Mas você, individualmente, somente você pode
alcançar a sua REVERSÃO. Somente você, sozinho.
Nenhum mestre, nenhum neófito, nenhum intelectual,
nenhum pensador, nenhum filósofo, nenhum santo, nenhuma
entidade, nenhum tipo de líder, nenhum guru, nenhum deus e
nenhum ser pode fazer o que SÓ VOCÊ pode fazer por SI.

40
Vamos "inventar" uma regrinha entre nós: esta é a "regra
da vergonha na cara".
É mais do que justo você, sozinho, fazer o que você quer
para si.
É mais do que justo, também, você apreender que a
expressão "autoajuda" é, em verdade, a "autodependência" que
o acomoda na estupidez.
Tem alguém encolhida aí?
Você, sim, é você mesmo, você que me lê. Experimente
dar um passinho para o lado e observe a sua persona
encolhidinha, com carinha de medo. Continue observando-a.
Neste momento ela faz carinha de sofrimento, de
boazinha, de que é parte de você e mais um arsenal de
chantagens emocionais. Mas lembre-se que é ela quem está
sempre montada em suas costas fazendo o que quer de você,
sobretudo abafando a sua essência e te mantendo invertido. Ela
encena os maiores dramas, ela promove os mais dolorosos
sofrimentos, ela apela aos seus "sentimentos" (maior
vulnerabilidade humana. Cuidado com os extremos). Esta
encolhidinha aí é o seu monstro, o verdadeiro motivo da sua
inversão, que faz com que você cave cada vez mais fundo. Mas
lembre-se, não a combata, não adianta tentar matá-la: ela finge,
mas nunca morre. Mas insista em continuar olhando-a
encolhidinha. Você sabe quem ela é, sabe o que ela faz, e agora
sabe um pouco como ela funciona. E é por isso que ela está
acuada. E é por isso, também, que ela se mostra frágil e
sofredora. Apenas se mostra.

41
Lembre-se daqueles filmes em que o herói passa o filme
inteiro lutando contra o monstro. E na cena final ele bate tanto
no monstro, esfaqueia, atira, rasga, destrói, e finalmente vence,
pois o monstro desfalece aparentemente morto e finalmente
destruído. Eu disse "aparentemente", pois quando o herói limpa
as mãos como missão cumprida e dá as costas ao monstro, o
maledeto se levanta e ataca o herói pelas costas, mostrando-se
invencível. E é exatamente assim que ocorre com a sua
persona.
Ela jamais vai morrer, pois ela é parte de você. Ela só
morre quando o seu corpinho encerra o seu prazo de validade.
Então o que fazer? Faça o mesmo que ela faz com a sua
essência, ou seja, reverta o que foi invertido. A persona passa a
ser sufocada e a essência é quem comanda. Mas lembre-se, isso
jamais se dará por sua intenção ou vontade, isso só se dá
APREENDENDO. E a sua maledeta persona deve ser sempre
observada em cada ação sua, pois foi esta observação Lúcida
que a desnudou para que você a visse encolhidinha. E isso,
esclarecido, evidenciado e jamais esquecido, sempre a colocará
em seu devido lugar. E com ela em seu devido lugar é que a
sua essência poderá montar na maledeta.
Não pense que a sua persona ficará abafada numa espécie
de cela. Você fará muito bom uso dela até chegar a um ponto
que ela também vai gostar. Mas lembre-se do monstro quando
o herói dá as costas para ele. Pois assim tem que ser enquanto
você estiver preso neste corpinho limitante a somente cinco
sentidos, ou seja, vivo.

42
Capítulo 6 - O Silêncio

Uma vez eu disse para mim: "O Silêncio mental permite


que você ouça todas as suas respostas”.
O que eu me disse?
Eu me disse que nem a mente, nem os pensamentos, nem
a voz, nem as palavras, inclusive as dos outros, são capazes de
responder o que somente o meu Silêncio pode me mostrar e
dar.
O Silêncio tratado aqui se refere à sua Paz em Verdade,
eu não me refiro a barulhos externos. Este Silêncio é o estado
de Paz quando você cala a sua persona, quando você não é
mais refém do modus estupiduz operandi.
Fazer o Silêncio, e quando falo em Silêncio é literal, não
é meditar. Não é abafar os seus pensamentos meramente. Não é
um exercício.
Fazer Silêncio é o resultado natural de APREENDER. É
este funcionamento que lhe dá uma Paz que esta humanidade
não tem a menor ideia do que seja. É claro que as personas,
neste momento, estão apelando aos "extremos" sugerindo que
esta "Paz" é sem graça ou algo auto-isolador. Muito pelo
contrário, esta Paz Unifica e reverte, "re-liga".
Mas este capítulo não é para mostrar (vender) os
benefícios do Silêncio que lhe oferece a Verdadeira Paz. Cada
um que alcance isso sozinho.
Tem coisa melhor?
43
Agora, quando há pouco eu disse que o Silêncio nada
tinha a ver, por exemplo, com a meditação, eu não disse que
meditar era algo ruim. Pois a persona que normalmente apela
aos extremos, faria com que o limitadinho atribuísse a mim o
que eu NÃO falei ou sugeri naquela citação.
Mas aqui, agora outra citação, eu te pergunto: para que
serve meditar quando se está invertido?
Eu me divirto enlouquecendo a maledeta, pois é só ela
quem reage. Então aproveite e observe neste momento quem
manda em você.
E como eu já disse: ela é burra. Mas não pense que você
se tornará "inteligente". Não, apenas não deixe que a burrinha
te conduza mais. E isso não quer dizer que você se tornou
inteligente.
Mais uma vez: cuidado com os extremos, pois há milhões
de opções neste entremeio.
Agora vamos a outro "choque", este é bem desconstrutor:
escolher um dos milhões de entremeios, ou qualquer dos
extremos, é sim, um funcionamento da persona. Simplesmente
APREENDA tudo.
E quem Verdadeiramente apreende?
É aquele que filtra e seleciona ou aquele que coloca tudo
para dentro? Este processamento só se dá pelo seu Centro. E
isto ocorre sem qualquer interferência sua, inclusive da sua
essência, pois ela é o Silêncio em Verdade e Paz. Ela jamais
tem algo a dizer, pois ela É tudo e o todo, sem tirar nem pôr. E
quem diz que fala algo do fundo do coração, quem é? É a
44
maledeta persona disfarçada de pureza e amor. E pureza e
amor, em Verdade, não têm qualquer necessidade de
manifestação, e não existem nesta humanidade invertida.
É claro que neste momento a maledeta está sugerindo que
é impossível falar, se divertir ou participar de algo através do
Verdadeiro Silêncio mental. Ela sugere isso porque você
jamais viveu esse silêncio, mas quem apreende sabe muito bem
o que é isso. E você quer saber? Então vá viver isso, pois só
vivendo é que se constata a Verdade.
Eu repito: eu não estou tentando "vender-lhe" a Paz e a
Felicidade. Aliás, eu me lembrei de uma citação de uma grande
e querida "amiga": "A felicidade nesta humanidade é apenas
um espaço de tempo entre duas desgraças”.
Esta frase é uma grande Verdade, que a realidade desta
humanidade confirma a todo instante, coletiva e
individualmente.
E fica aqui este registro e o meu eterno agradecimento
por esta lembrança. E acrescento: ninguém jamais será feliz
numa humanidade invertida. Um egoísta pode até dizer que é
feliz, mas cá entre nós, ele não é feliz, ele é um egoísta.
Lembrei-me: este capítulo tem como título: "O Silêncio".
Mas quanto mais Silêncio, mais Silêncio. Por isso tenho pouco
a falar e muito Silêncio a oferecer, alcançado por
APREENDER.
Experimente o que só você pode sentir. E depois disso
você nada terá a falar, mas Vibrará em Alegria pela Paz
alcançada sem nada querer dizer ou manifestar: eis o Silêncio.

45
Capítulo 7 - As Referências

É importante falarmos sobre as “referências”. Neste caso,


eu falo do padrão do funcionamento do humano para todas as
situações que ele usa o cérebro e a mente. Para onde ele olha
ou para qualquer coisa que se apresente de alguma maneira, ou
se ele já conhece (por seu modus estupiduz operandi) o que
surge, então ele vai sempre analisar para julgar e logo em
seguida escolher (este processo se dá numa fração de segundo)
se lhe interessa e como poderá tirar algum proveito. E não
importa o quê. O humano funciona assim para tudo, todos e em
todos os sentidos. É o seu padrão egoísta e invertido, pois
quando todos funcionam assim, isso se torna... “normal”.
Agora, quando algo novo surge, ou seja, algo que ele
nem desconfia o que é, imediatamente, através das formas
visuais, as análises procuram “referências” dentro do seu
conhecimento de vida como humano até o presente momento.
Se for um objeto e o mesmo for oval, o limitadinho vai associar
a ovos. Se for algo que ele possa identificar como uma sombra
que se movimenta, ele vai fazer associações com
assombrações. Pois é num momento destes que as análises
comparativas pelas referências do mais intelectual, culto e
fantástico humano, promovem as deduções e suposições
baseadas no que ele tem como referência.
E o que acontece quando ele não consegue fazer qualquer
comparação ou associação, pois é algo que jamais foi visto
neste mundo? E por mais que seu conhecimento intelectual seja
vasto, e mesmo assim ele não consiga referenciar, o
46
funcionamento humano, também numa fração de segundo,
analisa, deduz ou supõe, nada consegue e... ele sente medo.
Embora ele não identifique por si o estado de medo que se
estabelece, as suas justificativas sobre aquele desconhecido que
se apresentou, confirmam a sua ignorância sobre o seu próprio
funcionamento.
E sobre o estado de medo eu falarei no próximo capítulo.

47
Vamos a um pequeno exemplo muito comum:
Coloquemos um grupo de humanos numa sala e os deixemos
bastante à vontade conversando entre si. Num determinado
momento, promovemos um barulho, e não importa o tipo de
som, com um volume suficiente para que eles ouçam. A priori,
eles vão tentar responder-se em pensamento do que se trata o
tal barulho. Não conseguindo identificar que som é e o seu
motivo, eles começam suas análises e suposições. Todo este
processo mental é muito rápido. Em seguida, depois de
mentalmente não conseguir uma resposta para si, eles
perguntam aos mais próximos se também estão ouvindo o
“estranho” som. Neste momento, todos já funcionaram da
mesma maneira. O que ocorre a partir de agora é a união do
modus estupiduz operandi, e as suposições caminham para as
especulações até uma ou mais escolhas. Escolhas?
Sim, escolha de algo para juntos sentirem o medo.
Este curto capítulo é encerrado aqui, pois a falta de
referências conduz ao estado de medo. E tudo isso se dá devido
ao modus estupiduz operandi do humano, pois esta necessidade
de associar, identificar, referenciar, analisar e julgar pelos seus
conhecimentos, quando fracassado faz com que o medo se
estabeleça.

48
Capítulo 8 - O Estado de Medo Permanente

O humano tem medo daquilo que ele não é capaz de


reconhecer ou identificar.
Vamos fazer uma comparação muito simples, com um
exemplo de um adulto e de uma criança: no mesmo exemplo
usado no capítulo anterior em que humanos (adultos)
encontravam-se numa sala e ouviram um som desconhecido.
Agora troquemos os adultos por crianças e as deixemos
na mesma situação. Se as crianças estão brincando, elas vão
ouvir o som, podem tentar identificá-lo, individual e
coletivamente, mas elas não têm referências de vida suficientes
para promover suposições e especulações e chegar ao estado de
medo. As crianças, embora conscientes do som, continuam
fazendo o que já estavam.
Este processo de continuar fazendo, entre as crianças, é
tão rápido quanto o processo de medo que se estabelece entre
os adultos.
E qual a diferença, neste caso, entre crianças e adultos?
De 0 a 14 anos são crianças. A diferença é que, quanto
menor a idade, menos “deseducado”, “poluído”,
“influenciado”, “menos modus estupiduz operandi”. Então,
entre nós, chamemos estes funcionamentos humanos de
“crenças”. E estas crenças nada têm a ver com as formas
limitadas e vulgares de associações espirituais ou religiões.

49
O medo, no humano, sempre se estabelece através da
ignorância. É claro que os “inteligentes” não admitem suas
limitações. E quando isso ocorre, mais limitado ele se torna.
O medo nada mais é do que a vulnerabilidade que o
próprio modus estupiduz operandi cria.
E em momento algum eu me referi ao instante de pavor
de uma situação que ameace o humano de alguma forma. É
este o medo que o humano está acostumado a reconhecer. O
famoso medo promovido por situações violentas, perigosas ou
qualquer coisa que ameace a sua vida ou seus interesses. Não,
não é este medo, que é real, que eu falo. Eu falo do medo que o
funcionamento invertido não permite que o humano o
reconheça, mas faça-o, o tempo todo, funcionar
preventivamente sem identificar o verdadeiro estado de medo.
O que é o apego?
O apego é um estado de medo. É o medo de perder algo
que você muito quer manter.
Eu poderia usar centenas de exemplos que demonstram
claramente que são consequências do estado de medo, mas eu
vou simplificar com apenas mais um: o amor. É o amor que o
humano nomeia como o maior e melhor sentimento que pode
haver.
Este amor nada mais é do que a possessividade
promovida pelo medo de não ter o sonho coletivo ideal de
viver feliz para sempre. Disseram ao humano (uma inversão),
que ele precisa de alguém ao seu lado para ser feliz. E essa
enganação desenvolve nele um ideal de ter, de possuir alguém.

50
É claro que o humano ilustra tudo isso com inversões
aparentemente nobres, desde a idade média. Culturalmente,
este “amor de medo” foi blindado, mas tão blindado, que os
óbvios absurdos são vistos como coisas “normais de amor”.
Agora, o estado de medo dá lugar ao amor humano.
Vamos a este tema no próximo capítulo.

51
Capítulo 9 - O Amor Humano

O fulano ama a sicrana, por exemplo. Mas quando a


sicrana faz algo em desacordo com os “interesses amorosos”
do fulano, o famoso amor eterno humano faz o quê?
Puf! Desaparece num piscar de olhos.
Exemplos não faltam para cada um que aqui lê.
— Oh Rometa, eu te amo tanto!
— Sim, meu amado Julieu, eu sinto o seu amor!
Olha isso?
São dois egoístas, pois morrer de amor... só de
mentirinha, viu maledeta Rometa?
Há um Amor, com “A” maiúsculo mesmo, que só pode
ser vivido (jamais explicado) com a sua reversão. Quem está
invertido jamais terá a menor noção do Amor. As palavras não
alcançam o que é impossível explicar. Este Amor só se vive. E
não adianta eu mostrá-lo como algo maravilhoso, mesmo que
eu tenha sucesso com as palavras, pois eu ficaria muito aquém
da realidade. Mas há também algo impossível: o humano
invertido não alcança 0,0000001% do sentido do Amor.
O amor humano tem várias subdivisões de interesses, por
exemplo: o amor por objetos, amor de amizade, amor familiar,
amor sexual, amor de desejos e prazeres, amor de vícios, amor
pela profissão, amor por idolatria, amor próprio, amor de
caridade, amor espiritual, amor ao próximo (desde que ele seja

52
como o declarante idealiza), e muitos outros exemplos que o
humano declara como amor.
E o que todas essas formas de amor são? Interesses e
apegos disfarçados de amor. E mais uma vez eu repito: não
adianta eu comparar ao Amor com “A” maiúsculo se um
invertido não alcança e, também, não é algo possível de
explicar. O Amor só se vive. E viver este Amor só é possível
com a sua REVERSÃO.
Um indivíduo revertido não sente amor, ele É Amor. O
Amor não se idealiza, conquista ou é desenvolvido. Ele É em
cada um que funciona por seu Centro. E ele não tem diferenças
ou subdivisões.
E para encerrar o que não se fala, apenas vive-se, o Amor
não promove o que os humanos adoram e acham nobre:
emoções.

53
Capítulo 10 - As Emoções

Emoções, que merda, hein!


A inversão, como sempre, faz com que algo deplorável
seja visto como nobre e importante. E este é o caso das
“emoções humanas”: he he he (risadinha com voz anasalada),
são tantas inversões.
As emoções são a maior VULNERABILIDADE do
humano. Parece exagero, não é? Alguns, neste momento, estão
com as personas fazendo-os questionar e a pensar que eu
acabei de afirmar um absurdo. Absurdo mesmo é não
reconhecer o que a persona acabou de fazer.
Somente com o que eu acabei de falar, isso já seria
suficiente para aqueles que se abriram, a reconhecer o próprio
modus estupiduz operandi e, sozinhos, alcançarem porque as
emoções deixam os humanos extremamente vulneráveis. Se o
indivíduo resistente se permitir 10 segundos de honestidade
para consigo, neste curto tempo ele alcançará que tudo, sem
exceção, tudo, tudo neste planeta apela às emoções.
Olha os extremos aí, gente! Podem parar, maledetas
personas que, neste momento, fazem com que seus bobinhos
pensem: “Então eu tenho que ser frio, indiferente a tudo e a
todos, e me tornar um humano insensível?”
É exatamente assim que as personas promovem as “re-
ações” das mulinhas que elas montam. E foi por isso que eu
alertei sobre os extremos.

54
Um indivíduo que alcança a sua reversão, ri, chora, se
diverte, ouve, ajuda, é firme e tudo mais, tanto quanto o
indivíduo invertido. A diferença está justamente em não ser
refém das chantagens emocionais. Porque as emoções só
servem para chantagear. E mais uma vez isso não é um
exagero, basta observar cada fato, cada caso.
Há também a emoção interior, e esta não surge de uma
chantagem gerada através das emoções ou qualquer
circunstância exterior. A emoção interior é fruto,
principalmente, da ignorância do indivíduo com fatos e
culturas externas, ou pela sua ignorância em não perceber o seu
modus estupiduz operandi.
“Dê-me os pais das “psiquices” que eu te mostro,
também, idiotas”.
Para poucos neste momento: Se desde que você nasceu te
ensinaram que defecar na sua mão para em seguida você comer
te faz bem e o torna inteligente, eu te pergunto: Como você
poderá discordar, se tudo e todos concordam que essa prática
marrom é eficiente?
Os invertidos jamais desconfiaram que estão invertidos.
E é esta não desconfiança que permite a “prática marrom” ser
desenvolvida como ciência e se tornar uma verdade absoluta.
As “psiquices”, apenas uma palavra que mencionei na
frase, não merecem atenção. Foi apenas um pequeno exemplo
dentre muitas inversões que poderiam ser usados. Não se
combate ou se bate de frente com uma inversão. A única opção
real é você promover a sua reversão independentemente de
causa ou motivo específico.
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Vocês estão vendo? Basta levantar um tema para que,
com poucas frases, seja constatada a inversão. Então quando eu
disse que tudo é invertido, eu não exagerei. Pois quando você
tira a cortina do teatro e começa a olhar com honestidade para
tudo ao seu redor, você só vê inversões. E isso não é um
funcionamento que você impõe ou ele se dá por sua vontade,
isso só se dá quando você verdadeiramente se abre e é honesto
consigo. Pois quem ainda não conseguiu, o máximo que quero
lhe dizer é: pare de se enganar.
E neste momento, qualquer justificativa, mesmo em
pensamento, mesmo a aparentemente mais nobre e verdadeira,
só é, sem choro nem vela: uma auto-enganação.

56
Capítulo 11 - O Instante Presente e os Tempos Verbais

A inversão no humano consegue, facilmente, fazer com


que ele viva fora de sua realidade. Eu não falei
metaforicamente, eu falei da realidade. O funcionamento dos
invertidos faz deles prisioneiros do passado e reféns do medo
de um futuro qualquer.
Preste bem atenção: Hoje, o passado não existe. Hoje, o
futuro também não existe. E o que é real? O presente, o
instante presente. Nada antes, nada depois. Tudo é agora.
O humano vive em estado permanente de medo por causa
do seu passado.
O humano também vive em estado permanente de medo
por causa do que “pode ocorrer” no futuro. Ou seja, ele se “pré-
ocupa” com o que não existe no agora e sequer poderá existir.
E esses medos estão diretamente ligados às formas de amor
humanas.
Observe em você e naqueles que você tem convívio, os
tempos verbais que habitualmente são usados para dizer
qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. A maior incidência é o
Futuro do Pretérito.
Sim, o tempo verbal: FUTURO (não existe) DO
PRETÉRITO = PASSADO (não existe), e ainda acrescento a
péssima formação daqueles que tornaram o Gerundismo
(aqueles que “vão estar lendo” estas palavras) uma forma
habitual de tentar se comunicar.

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Observe-se funcionar no Futuro do Pretérito, pois quando
você fala, você traduz com palavras a sua forma de
funcionamento. Por exemplo: “Eu adoraria falar no presente.”
Não estou exagerando, 99,9% funcionam assim. E o que
significa funcionar fora do instante presente? Significa viver a
ilusão, viver fora da realidade, pois o indivíduo cede ao
passado que literalmente já passou, não existe mais, e projeta o
futuro, algo que pode, ou não, acontecer. E como a realidade só
é o presente, viver projetando é fugir da realidade, da verdade,
do agora. É somente no presente que se dá um passo após o
outro.
O que eu apresentei não é mera teoria, é a realidade de
quase a totalidade desta humanidade. Não é simples mudar um
funcionamento para o qual você foi educado desde que se
entende por gente. Mas tente, a começar por observar seus
tempos verbais ao se expressar. Eu te garanto que é um bom
começo o uso do tempo verbal: Presente do Indicativo.
Experimente.
O passado está morto e o futuro não existe.
Precisa mais?

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Capítulo 12 - O Funcionamento Exterior

O título deste capítulo é o tema em que o humano é tão


limitado, tão cego, tão atrasado e, tão, tão, tão incivilizado que,
mesmo que eu seja detalhista e extremamente claro para as
crianças entenderem com facilidade, sim, eu falei crianças, o
humano adulto dificilmente alcança o básico óbvio ululante,
com justa redundância.
A persona, neste momento, faz com que seu refém tenha
um “chilique” (ataque de frescura). Pois esse indivíduo, para
ela, abusado, muito está desconstruindo, mostrando com
facilidade o funcionamento humano, e que até então era
considerado “normal”.
Eu acredito que desde o início desta leitura vários
chiliques já ocorreram em alguns. E, claro, estou já dando um
exemplo de funcionamento exterior. O humano jamais se
observa, pois é de seu modus estupiduz operandi sempre
justificar seja lá o que for. E quem justifica, inclusive para si, é
porque está em processo amplo de hipocrisia.
O modo de funcionamento exterior nem sempre é
relacionado às coisas negativas ou ditas pejorativas. Às que são
positivas na visão do indivíduo, são decorrentes, também, do
funcionamento exterior. O humano é o que é, ou seja, invertido
com uma persona montada nele, porque ele nunca tem culpa.
Mas até mesmo quando ele assume alguma culpa sempre há
uma justificativa, convincente ou não. Isso não faz a menor
diferença.

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Tudo ao redor do indivíduo motivou isso ou aquilo para
justificar alguma coisa. E com isso eu não estou insistindo que
o humano tem que se culpar, muito pelo contrário, o que digo é
que quanto mais se justifica, mais se declara uma culpa, sendo
culpado ou não de fato.
Um exemplo abrangente é um humano dizer que tem
horror às guerras. Mas como pode alguém dizer que não gosta
de guerras se ele tem participação e responsabilidade nisso? O
modus estupiduz operandi faz com que o humano negue,
veementemente, que ele nada tem de vínculo ou
responsabilidade com o que ocorre do outro lado do planeta. Se
ele pensa assim, 99,9999999% são exatamente como ele.
Ei, cabeção! Eu não estou exagerando.
O funcionamento exterior tem muitos sinônimos, mas um
deles é muito evidente: o “ego-ísmo” (o ego é irmão gêmeo da
persona maledeta).
É este funcionamento que divide as pessoas por raças,
por divisas ou nações, por classe econômica, por culturas (essa
é vista como nobre, mas é uma das piores), por interesses
disfarçados de afinidades, por esportes e competições, por
tradições e todas as bostas que os humanos julgam nobres e
belas. Mas tem uma divisão com a qual eu vou promover
reações exteriores devido ao que, para muitos, pode ser um
grande choque. Eu falo da família, sim, a instituição mais bela
segundo os humanos. E eu insisto nisso porque é a primeira
forma de segregação humana. Lembre-se quando você diz:
“A minha família em primeiro lugar.”

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“Os membros da minha família primeiro.”
“Meus parentes queridos.”
“Primeiro a minha família, sempre.”
Eu escreveria centenas ou até milhares de frases
segregadoras, claras, que a instituição família promove. Mas eu
sei que há muitos, agora, se contorcendo, tentando resistir ao
que é óbvio. Eu recomendo você parar de ler por alguns
minutos até digerir o que você acabou de ler.
Segura os extremos novamente. Eu não escrevi que a
família é algo tenebroso. Eu escrevi que o funcionamento
humano através do que ele entende por família, segrega e é um
claro funcionamento egoísta. Eu não GENERALIZEI alguma
afirmação sobre as famílias. Embora o percentual de famílias
que não segregam em todos os sentidos, seja ínfimo (este álibi
foi oferecido às personas dos hipócritas e sem-vergonhas).
E quem for honesto, pode trocar a palavra “família” por
“amizade”. A realidade é a mesma.
Amor é Amor, simplesmente Amor!
Por mais claro que seja, através dos exemplos humanos e
como é esta humanidade, dificilmente, e justamente pelo seu
funcionamento exterior, o humano vai admitir que ele tem
alguma relação com o conteúdo e exemplos expostos. E é por
isso que eu insisto que sem a sua honestidade para consigo,
fazer esta leitura vai promover, principalmente se o indivíduo
insiste em permanecer invertido, muita, muita dor e
constrangimento, pois sua persona vai pegar pesado até eles se

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reunirem e concordarem em massa que o modus estupiduz
operandi é mais fácil de viver.

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Capítulo 13 - A Vontade de Bem

Imagine um câncer resistente à maioria absoluta das


drogas!
Este câncer chama-se: Vontade de Bem.
O que é o “bem” para você, de acordo com o que você
julga o “bem”, nem sempre é o bem para o outro. Fazer o bem
é interferir onde você não foi chamado. Mesmo que o
beneficiado concorde com você, ainda assim é, em quase todos
os casos, uma invasão alheia. Geralmente, os “beneficiados”
são tão ignorantes quanto. Uma pequena ação de bem, mesmo
aparentemente inexpressiva, pode promover muitas desgraças,
que são ignoradas pelo sentimento da “vontade de bem”.
Neste momento as personas que gostam de se mostrar
“boazinhas”, em reação estão querendo me atribuir que eles
não devem mais fazer o “bem”. Alguns limitadamente vão
dizer que eu quero que eles sejam malvadinhos. Os limitados
aos extremos funcionam assim mesmo.
É muito comum encontrar num grupo de humanos uma
hipócrita “alma caridosa” que sempre engole sapos, que tem
mania de perdão (outra farsa), que está sempre tentando
“ajudar” àqueles que insistem na estupidez. Bem, quando eu
digo: “insistem na estupidez”, está claro que o abusado usa e
abusa da vontade de bem alheia e não respeita os demais do
grupo. E por causa do chato com a sua “vontade de bem”, todo
um grupo é prejudicado a cada vontade de bem do hipócrita
metido a persona boazinha. Abro aqui uma pequena

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observação, quando eu disse: “mania de perdão (outra farsa)”,
eu quero afirmar que: SÓ PERDOA, QUEM ANTES
CULPOU.
Precisa mais? Se ainda precisar, recomece esta leitura ou
desista.
É a vontade de bem que motiva as caridades. São as
caridades que sustentam a miséria.
Agora, se a persona do limitadinho se atrever a dizer que
eu escrevo para incentivar que as pessoas deem as costas para
as outras, de uma maneira um pouco diferente eu digo:
“Dê-me limitadinhos que eu lhes mostro os mesmos
idiotas que os maiores intelectuais desta humanidade.”
Eu não sou o máximo, eu apenas consegui a minha
reversão, pois já fui tudo que escrevi até agora. Eu fui um
limitadinho que adorava dizer: “fazer o bem sem olhar a
quem”.
Que “bem” é esse? O “bem” da autoenganação, porque
uma citação desta conforta a persona, somente a maledeta.
Você, que está sendo honesto consigo, já reparou que os
capítulos estão cada vez menores. O que isso significa?
Significa que as palavras são cada vez menos necessárias pelo
motivo de você enxergar, cada vez mais, as inversões ao seu
redor. E, consequentemente, nem um tema eu precisarei mais
escrever, pois o seu dia a dia te mostrará todos.

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Capítulo 14 - A Estupidez Intelectual (proibição e
conhecimento)

Como pode alguém reclamar ou querer combater uma


coisa usando a mesma forma que o leva a reclamar?
Leia: “É proibido proibir”.
Entenda: “É uma frase que declara uma imensa
burrice”.
Outra:
Leia: “Lute contra o racismo”.
Entenda: “Reforce e mantenha o racismo em evidência”.
E eu em minha reversão? O racismo é um eterno teatro
que nunca terá fim enquanto não for ignorado e naturalmente
esquecido. Mesmo que isso dure centenas de anos, pois
enquanto houver datas e memórias, haverá o culto ao que só
existe nos indivíduos invertidos. E como faço questão em
atenção aos limitadinhos, este foi apenas um exemplo que pode
ser usado em muitas causas sociais. É tudo um teatro de
invertidos.
Enquanto houver o “bem” haverá o “mal”.
Enquanto houver o “certo” haverá o “errado”.
Enquanto houver a “caridade” haverá a “miséria”.
E assim funciona o teatro da inversão. Os fantoches são
manipulados e sequer desconfiam. Eles até gostam, tamanha a
ignorância em jamais ter percebido algo. E quando falo que a
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ignorância é gigantesca, ainda há aqueles que reclamam por eu
falar do óbvio exposto. É como se eles dissessem assim: “Eu
adoro ser um idiota invertido, e sou tão invertido que faço
questão de não gostar e de reclamar de quem mostra o meu
modus estupiduz operandi”.

Eu vou falar só um pouquinho sobre o que os


limitadinhos chamam: conhecimento, sabedoria.
Mas eu me acabo de rir quando ouço alguém dizer que é
especializado ou é especialista em algo. E quando eu ouço isso,
a minha tradução interna diz: fulano é um limitado a algo, ele
se limitou a alguma coisa ou um trabalho. Enquanto muitos
valorizam a limitação do indivíduo, eu apenas acho engraçado.
O conhecimento na concepção humana é o que ele julga
de mais valor. Mas o que acontece quando um indivíduo
descobre que dezenas de anos de sua vida foram dedicados ao
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aprimoramento do modus estupiduz operandi? E o pior é
quando ele constata que realmente tudo é invertido, e que viver
uma vida inteira de inversão só o conduziu ao sofrimento,
ignorância e crenças de resistências para mantê-lo na estupidez.
Não é fácil. Mas difícil mesmo é manter-se invertido
diante das suas próprias constatações de toda uma vida
invertida.
Quem lambe a pontinha do iceberg chamado
REVERSÃO jamais volta atrás.
O conhecimento é o entupimento do indivíduo. Quanto menos
crenças, mais livre da inversão você é. Repito: quando digo
“crenças”, falo daquilo que você concorda, que você entende
que é bom e que você acredita. Em momento algum eu associei
às crendices ditas espirituais.
Afaste de mim este veneno (frase presente para os
invertidos).

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Capítulo 15 - Ria de Si

E como eu falei no capítulo anterior:


“Mas o que acontece quando um indivíduo descobre que
dezenas de anos de sua vida foram dedicados ao
aprimoramento do modus estupiduz operandi? E o pior é
quando ele constata que realmente tudo é invertido, e que viver
uma vida inteira de inversão só o conduziu ao sofrimento,
ignorância e crenças de resistências para mantê-lo na
estupidez.
Não é fácil. Mas difícil mesmo é manter-se invertido
diante das suas próprias constatações de toda uma vida
invertida”.
Você acha que eu chorei ou esperneei quando me vi
invertido cavando para baixo? Ou que eu fui fraco e me
abriguei na auto-covardia disfarçada de “doença moderna” me
isolando do mundo exterior?
NÃO!
Eu ri de mim, eu ri de tudo, eu me vi na comédia teatral.
Eu rasguei as cortinas me acabando de rir de mim mesmo. O
drama na inversão é uma piada para os revertidos.
E eu ri, ri e ri de mim e de tudo.
Mas há quem prefira chorar. E qual o sentido do choro,
do sofrimento?
No meu caso, o único choro foi de tanto rir.

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Não há mais possibilidade de funcionamento exterior
para apontar ou culpar algo ou alguém. E de que adianta
reclamar, lamentar ou culpar?
Nada, não adianta nada.
E rir não significa uma fuga, e sim uma dura realidade
que pode ser desconstruída com a Alegria de rir de si.
Hoje, enquanto escrevo estas linhas, eu me lembro de que
o que passei morreu e não existe mais. E isto é mais um motivo
para eu rir de Alegria. Passou e morreu, lembrei-me para
ilustrar esta conversa, mas faço questão de rir do que não existe
mais.
Aproveite e ria também quando te chamei de persona,
que ela é maledeta. Ria também quando eu te chamei de
cabeção, de limitadinho, etc.
Eu não me referi à sua essência, e sim ao seu modo de
funcionamento, à sua inversão.
E sorria, que ainda é pouco.
E todos estes adjetivos eu também fui.
Tudo aqui neste livro não foi dito por dedução ou mera
teoria, tudo foi vivido e convivido.

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Capítulo 16 - A Vida Que Me Conduz - Espontaneidade e
Fluidez

Finalmente eu vou responder uma lógica pergunta: Como


é viver revertido? Infelizmente não dá pra dizer que esta
humanidade alguma vez não esteve invertida.
É melhor e tem mais sentido dizer que, uma vez
alcançada a sua reversão, você volta a ser o que é de toda a sua
eternidade.
Desculpe, mas toda vez que uso termos que são comuns
em assuntos espirituais usados por essa humanidade, faz-se
necessário repetir que tudo que escrevi neste livrinho, e todos
os termos e expressões usados, nada tem qualquer associação
com qualquer forma de espiritualidade. E esta postura nada tem
de favorável, e nada tem de contra a qualquer forma de
espiritualidade. O que é duo ou tem lado, só serve para os
invertidos.
A persona faz com que o limitadinho pense que é ele que
comanda os seus pensamentos e a sua vida. Tem uma piada
chamada “livre arbítrio” (sem associações) que é o “green
card” para o aprofundamento na própria estupidez. A cada
pensamento que o indivíduo se sente senhor de si, o mesmo
deve ser lembrado a cada necessidade de se desculpar ou
admitir os erros cometidos.
Qualquer um pode usar a própria vida como exemplo e
me responder: quando foi que algo deu certo exatamente como
você planejou?

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Uma humanidade invertida, na qual tudo também é
invertido, pode possibilitar algum planejamento? Impossível!
Agora, há, de fato, uma realidade muito difícil por mais
que você já tenha constatado a sua inversão: não interferir no
que a vida lhe oferece. Eu não falei de acomodação. Eu falei
de acolher um presente chamado: Espontaneidade e Fluidez.
Pode demorar um pouco, mas quando você deixar que a
vida te conduza, nada mais te faltará, nada mais, de forma
alguma, lhe atrapalhará. Pois mesmo que algo se apresente em
sua vida, qualquer intervenção é a persona quem sugere. E se
você permitir essa intervenção, você estraga o que a vida quer
lhe proporcionar, mesmo que leve anos para se desenrolar, ou
melhor, ser construído sem que a maledeta de alguma forma
atrapalhe.
Confie.
Aguarde.
Acolha.
Viva.
Sempre apreendendo.
A vida segue como o curso de um rio, mas se a maledeta
interfere, e lembre-se que ela vai sugerir a “vontade de bem”,
não tenha dúvida, você vai se desviar do que a vida tem para
você.
Reconheça a Espontaneidade e Fluidez como a
inteligência de um órgão do seu corpo que independe de você
com suas intenções. Ele sempre vai fazer o melhor, pois ele

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não tem a “astúcia” da inversão que se chama persona
maledeta.
Eu posso elaborar mais, mostrar muito mais te seduzindo
com muita facilidade, mas não é isso que tem sentido, aliás,
qualquer coisa que tenha escrito aqui NÃO deve ser aceita por
concordância teórica.
Experimente e sinta.
Viva e desfrute, chega de ilusão e suposições.
Constate a sua inversão olhando para si.
Reconheça o seu funcionamento.
Ria de si.
Reverta-te.
Saia do teatro definitivamente. Do palco, bastidores ou
plateia.
O teatro vai desaparecer completamente.
A constatação das inversões permite ignorar muitos
outros temas, pois todos, sem exceção, são invertidos também.
E não me venha com aquele papo de mundo melhor, isso
é ilusão.
Eu paro por aqui.
Eu vou sair por aí e quem sabe um dia a gente se
encontra, para, juntos, rirmos de nós mesmos.
Eu quero!
Além!
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Ops, voltei.
A frase: "Dê-me intelectuais e filósofos que eu te
mostro idiotas”.
Não me dê mais não, agora ela é sua, pode ficar com
todos eles.
Fui!

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CONVITE:

As pessoas que desenvolveram este livrinho têm a


mesma vibração por sempre “apreender”. Este é o estado de ser
delas. Este estado de ser de quem “apreende” tudo na íntegra as
levou às suas REVERSÕES, ou seja, elas foram muito além de
suas vontades de não mais continuarem invertidas. Além destas
pessoas, hoje revertidas, há um site com muitos de mesma
vibração e outros em seus processos de reversão.
Neste site há outras obras, textos, crônicas, produtos e
algumas interatividades entre os L.E.A. – Loucos Estelares
Assumidos. Esta denominação nasceu do bom humor dos
revertidos que não se enquadram mais num mundo invertido.
Você está convidado a visitar o nosso site:
www.loucosestelaresassumidos.com.br
Nosso e-mail: autores.lea@gmail.com
facebook:
http://www.facebook.com/LoucosEstelaresAssumidos

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