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GRSS

Soldagem Subaquática

João Guilherme Ferreira


GRSS
Soldagem Subaquática INTRODUÇÃO

Soldagem Subaquática (UWW) é a


soldagem realizada diretamente no
ambiente aquático.

Pode ser divida em soldagem sub-


aquática úmida e soldagem sub-
aquática seca.
GRSS TIPOS DE SOLDAGEM
Soldagem Subaquática

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA ÚMIDA

Neste processo, tanto a peça de


trabalho como o soldador estão
localizados dentro da água, não sendo
realizada nenhuma preparação para
separar os materiais a serem soldados
da água.
GRSS TIPOS DE SOLDAGEM

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA SECA


Soldagem Subaquática

Ocorre com a utilização de algum dispositivo que isola a


região da solda, e em alguns casos o soldador, do ambiente
aquático. É classificada conforme o tipo de isolamento:

-Soldagem Seca Localizada

-Soldagem em Caixa Seca

-Câmara de Soldagem

-Soldagem em Habitat

-Soldagem hiperbárica a seco


GRSS
Soldagem Subaquática Vantagens do Processo a Seco

-Possibilidade de utilização de processos SMAW,


GMAW,FCAW ou GTAW.

-Maior facilidade para tratamentos térmicos

-Velocidade de resfriamento não é diferente da


soldagem ao ar atmosférico

- O soldador/mergulhador e o gás de proteção da


solda não são afetados pelo ambiente aquático
GRSS Desvantagens do Processo a Seco

-O número, geometria e tamanho dos membros


Soldagem Subaquática

estruturais adjacentes a área de trabalho;

-Ocasiões em que a instalação de uma câmara de


soldagem seca pode comprometer a integridade da
estrutura.

-O tempo e o custo para realizar um reparo


utilizando-se uma câmara seca é significativamente
maior do que utilizando-se o processo úmido.
Fabricação, instalação, transporte, remoção.

- Segurança dos soldadores quando trabalhando em


condições hiperbáricas.
GRSS
Soldagem Subaquática Vantagens do Processo Úmido

-Maior versatilidade para o emprego da solda

-Maior facilidade para reparos emergenciais

-Simplicidade do equipamento utilizado

- Menor custo de execução e menor tempo se


comparado com processos a seco
GRSS Desvantagens do Processo Úmido

-Propriedades mecânicas inferiores à soldagem a


Soldagem Subaquática

seco, devido ao maior indice de porosidades e maior


dureza da ZTA.

- Dificuldade para soldagem de aços de alto


carbono equivalente

- Dificuldade operacional devido à correntes


marinhas, inclusive ocasionando problemas na
proteção do arco elétrico.

- A falta de visibilidade, principalmente em rios,


dificulta a realização dos trabalhos
GRSS
Soldagem Subaquática Profundidade requerida

A máxima profundidade em que procedimentos de


soldagem úmida foram qualificados de acordo com
os requerimentos da especificação AWS D3.6-93
para soldas classe B é de 100 m.

O material base foi o aço ASTM A 36 com um


carbono equivalente de 0,347, com eletrodos de
soldagem E6013 recobertos.
GRSS Processos de soldagem utilizados
Soldagem Subaquática

UWW SECA:

- ELETRODO REVESTIDO (SMAW)

- TIG (GTAW)

- ARAME TUBULAR (FCAW)

- GMAW
GRSS Processos de soldagem utilizados

UWW ÚMIDA:
Soldagem Subaquática

- ELETRODO REVESTIDO

- ARAME TUBULAR

-SOLDAGEM POR FRICÇÃO

-STUD WELDING

-WATER SHIELDED GAS METAL ARC (WSGMA):


GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Transferência de calor
Soldagem Subaquática

Soldagem ao ar

Soldagem subaquática
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Como conseqüência, do aumento da taxa


Soldagem Subaquática
de transferência de calor, acontecerá
predomínio de estruturas bainiticas e
martensiticas, tornando o material com
elevada dureza
GRSS
Soldagem Subaquática METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Outro mecanismo que acentua as trocas térmicas

na soldagem subaquática molhada, são as bolhas

desprendidas de vapor, que carregam uma grande

quantidade de calor do metal base, sendo que a

vazão volumétrica do vapor é diretamente

proporcional ao fluxo de aporte de calor do arco.


GRSS
Soldagem Subaquática METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Bolhas de vapor
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Solidificação da poça de fusão


Soldagem Subaquática

Devido à velocidade de solidificação, a poça de


fusão tem formato de gota, favorecido o
crescimento de grãos colunares e paralelos, que
convergem à linha de centro. Os grão são
grosseiros e susceptíveis a trincamentos a
quente.
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Comportamento do oxigênio
Soldagem Subaquática

Com a alta energia no arco elétrico e a


presença de água, ocorre a dissociação da
molécula da água em oxigênio e hidrogênio

Formação de poros, inclusões


Perda de desoxidantes (Mn, Si)
Fissuração por hidrogênio
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

A influencia do Oxigênio e Hidrogênio na soldagem


Soldagem Subaquática

sub-aquática

Concentrações máximas típicas de Oxigênio


e Hidrogênio em soldagens subaquáticas
molhadas
Elemento Subaquática

O [ppm] 2000 [1] [1] Eletrodo oxidante


(S&I set 2003 pg111)

H difusível 90 [2] [2] Eletrodo rutílico


[ml/100g] (S&I set 2003 pg105)
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Comportamento do oxigênio
Soldagem Subaquática

90 ft
Teor de oxigênio no metal de solda em função da
profundidade [Ibarra, Grubs e Olson, 1988]
GRSS METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Efeitos do Oxigênio no Manganês e no Silício


Soldagem Subaquática

Conseqüências
Reduz a
temperabilidade

Deixa frágil a
microestrutura

Baixa a tenacidade e
resistência a tração
Variação dos teores de Mn e Si no metal
de solda em função da profundidade
[Ibarra, Olson e Grubbs]
GRSS
Soldagem Subaquática METALURGIA DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Influência do Hidrogênio

A combinação de martensita altamente tensionada


e hidrogênio pode levar a formação de trincas no
cordão de solda.
Outro problema ocasionado são as porosidades
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio
Problemas - Fissuração por hidrogênio
Soldagem Subaquática

Relação entre o índice de


trincamento e o H difusível
[Nóbrega, 1981]
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio
Problemas - Fissuração por hidrogênio
Soldagem Subaquática

Microestrutura
característica da
ZAC (aço CE 0,56%)
apresentando
estrutura de
martensita e trincas
de hidrogênio. 100x
[Leão, Santos e Vaz,
2003]

Dureza média na ZAC:


646 Hv100g
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio

Problemas - Fissuração por hidrogênio


Soldagem Subaquática

Prevenção:

- Utilização de eletrodos austeníticos

- Passe de revenimento

- Tratamento térmico pós-soldagem


GRSS
Soldagem Subaquática Elementos inerentes - Hidrogênio

Utilização de eletrodos austeníticos

Eletrodos ferríticos:
rejeição de hidrogênio
para a ZAC

Eletrodos austeníticos:
maior solubilidade de
hidrogênio que a ZAC
GRSS
Soldagem Subaquática Elementos inerentes - Hidrogênio

Utilização de eletrodos austeníticos

Escolher um eletrodo com


o mesmo coeficiente de
expansão térmica

(metais com grande


quantidades de Níquel)
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio
Utilização de eletrodos austeníticos
Soldagem Subaquática

Problemas:

Sensibilidade a profundidade
(pressão): aumento excessivo
de porosidade (30m)

Alto aporte térmico


necessário para produzir
soldas aceitáveis
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio
Passe de revenimento
Soldagem Subaquática

-Técnica usada para diminuir a ZTA, e o nível


de hidrogênio concentrado;

-E feita através do revenimento da ZTA da


solda anterior através da nova solda
estrategicamente posicionada;

-E necessário controlar o tempo entre uma


solda e outra, a distancia do chanfro e a
quantidade de calor inserida pelo passa
subseqüente.
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio
Passe de revenimento
Soldagem Subaquática
GRSS Elementos inerentes - Hidrogênio

Tratamento térmico pós-soldagem


Soldagem Subaquática

Durezas média
(Hv100g) na ZAC em
função da velocidade
de deslocamento da
C.E. = 0,56% chama de pós-
aquecimento [Leão,
Santos, Vaz, 2003]

C.E. = 0,32%
Utilização de chama de
acetileno
GRSS
Soldagem Subaquática Elementos inerentes - Hidrogênio

Tratamento térmico pós-soldagem

Durezas média
(Hv100g) na ZAC em
função da velocidade
de deslocamento da
chama de pós-
aquecimento
[Leão, Santos, Vaz, 2003]

Resultados:
Durezas menores que 325 Hv

Limitações:
Baixa produtividade e
profundidade (chama de
acetileno)
GRSS
Soldagem Subaquática Bibliografia

- Material didático do curso de Metalurgia


Avançada da Soldagem – UFMG ( Prof.
Alexandre Bracarense
- Consultas na Internet

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