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"INTRODUÇÃO

A soldagem e o corte subaquáticos são processos únicos, por serem realizados

em ambiente submerso. Recentemente, tem havido um interesse crescente nos

processos de soldagem subaquática, devido aos requerimentos de construção e

reparo associados com a exploração, perfuração e recuperação de óleo e gás

natural. Os procedimentos de soldagem e corte subaquáticos existem para

praticamente qualquer tarefa requerida. Enquanto algumas técnicas atualmente

utilizadas são complexas e custosas de serem implementadas, a capacidade de

se obter juntas soldadas com as propriedades mecânicas apropriadas e a

realização de operações de corte submerso, no local de trabalho, oferece aos

engenheiros oceânicos uma ferramenta de extrema importância.

As restrições passadas associadas ao corte e a soldagem subaquática,

relacionadas principalmente com a baixa qualidade das juntas soldadas e a

repetibilidade questionável, tem sido superadas devido ao grande interesse

existente em trabalhos no mar por parte da indústria do petróleo. Atualmente, a

capacidade de se obter juntas soldadas com as características desejadas bem


como a disponibilidade de métodos e técnicas de inspeção apropriadas, tornam

as operações de união e soldagem subaquática opções viáveis. Exemplos de

trabalhos de recuperação em estruturas offshore podem ser vistos na Figura 1 (a)"

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"

2 CLASSES DE SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Ao mesmo tempo em que novas aplicações para a soldagem subaquática são

descobertas, novos processos são desenvolvidos e os processos existentes são

adaptados, de forma a atender a necessidades específicas. Não é possível

fornecer uma descrição exaustiva de todos os processos em uso. Entretanto, os

processos de soldagem subaquática podem ser divididos nas seguintes classes

genéricas:

2.1 Soldagem Úmida

Neste processo, tanto a peça de trabalho como o soldador estão localizados na

água, não sendo realizada nenhuma preparação para separar os materiais a


serem soldados da água. O soldador/mergulhador utiliza eletrodos com

recobrimentos a prova d’água e porta eletrodos, pistolas e tochas especialmente

projetadas ou modificadas para serem utilizados na soldagem subaquática. Para

a obtenção de juntas soldadas de alta qualidade, pode ser necessária a utilização

de compartimentos cheios de gás para proteger os eletrodos ou fluxo quanto a

absorção de água antes de sua utilização.

2.2 Soldagem Seca Localizada

O volume contendo o arco e a região a ser soldada, no todo ou em parte, é

separado da água por meio de um pequeno envoltório cheio de gás, a pressão

ambiente, com aberturas para permitir o acesso. Esta câmara proporciona uma

região protegida entre a peça de trabalho e o ambiente úmido e possui espaço

suficiente para o eletrodo ou a tocha de soldagem.

2.3 Soldagem em Caixa Seca

A soldagem é realizada em uma câmara preenchida com um gás, grande o

bastante para acomodar a área de trabalho e a cabeça e aparte superior do corpo

do soldador/mergulhador, vestido em um traje de mergulho completo. Esta


montagem remove a água de uma região bem maior que no caso anterior.

2.4 Câmara de Soldagem

A soldagem é realizada em uma câmara, a pressão de 1 atm, que é montada ao

redor do local onde devem der realizados os trabalhos. Nestas condições a

soldagem praticamente não é afetada pelas propriedades da água ou pelos

efeitos da profundidade.

2.5 Soldagem em Habitat

A água é deslocada de uma grande câmara, por meio da injeção de um gás em

seu interior. A área de solda é completamente isolada da água, mas se encontra

na pressão do local correspondente a altura da coluna de água. Os soldadores "

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2 CLASSES DE SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Ao mesmo tempo em que novas aplicações para a soldagem subaquática são

descobertas, novos processos são desenvolvidos e os processos existentes são


adaptados, de forma a atender a necessidades específicas. Não é possível

fornecer uma descrição exaustiva de todos os processos em uso. Entretanto, os

processos de soldagem subaquática podem ser divididos nas seguintes classes

genéricas:

2.1 Soldagem Úmida

Neste processo, tanto a peça de trabalho como o soldador estão localizados na

água, não sendo realizada nenhuma preparação para separar os materiais a

serem soldados da água. O soldador/mergulhador utiliza eletrodos com

recobrimentos a prova d’água e porta eletrodos, pistolas e tochas especialmente

projetadas ou modificadas para serem utilizados na soldagem subaquática. Para

a obtenção de juntas soldadas de alta qualidade, pode ser necessária a utilização

de compartimentos cheios de gás para proteger os eletrodos ou fluxo quanto a

absorção de água antes de sua utilização.

2.2 Soldagem Seca Localizada

O volume contendo o arco e a região a ser soldada, no todo ou em parte, é

separado da água por meio de um pequeno envoltório cheio de gás, a pressão


ambiente, com aberturas para permitir o acesso. Esta câmara proporciona uma

região protegida entre a peça de trabalho e o ambiente úmido e possui espaço

suficiente para o eletrodo ou a tocha de soldagem.

2.3 Soldagem em Caixa Seca

A soldagem é realizada em uma câmara preenchida com um gás, grande o

bastante para acomodar a área de trabalho e a cabeça e aparte superior do corpo

do soldador/mergulhador, vestido em um traje de mergulho completo. Esta

montagem remove a água de uma região bem maior que no caso anterior.

2.4 Câmara de Soldagem

A soldagem é realizada em uma câmara, a pressão de 1 atm, que é montada ao

redor do local onde devem der realizados os trabalhos. Nestas condições a

soldagem praticamente não é afetada pelas propriedades da água ou pelos

efeitos da profundidade.

2.5 Soldagem em Habitat

A água é deslocada de uma grande câmara, por meio da injeção de um gás em

seu interior. A área de solda é completamente isolada da água, mas se encontra


na pressão do local correspondente a altura da coluna de água. Os soldadores "

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"não utilizam trajes de mergulho nesta câmara e existe espaço suficiente para a

realização dos preparativos para a soldagem e posicionamento de equipamentos.

Embora estas classificações representem as maiores aproximações de soldagem

subaquática, elas não são definitivas. Entretanto, elas podem ilustrar a

capacidade presente em se variar a interação do soldador/mergulhador e a solda,

desde a completa imersão durante a soldagem úmida até o total isolamento do

ambiente durante os processos de câmara.

Virtualmente todos os processos de soldagem tem sido experimentados

submersos em laboratório ou em condições naturais.. Consequentemente, a

tecnologia de soldagem submersa tem sido beneficiada com a desenvolvimento

de técnicas. A maior parte destes desenvolvimentos consistem de modificações

nos procedimentos familiares que auxiliam a isolar o processo de soldagem da


água circundante. Entretanto, a maior parte das aplicações de soldagem

submersa são feitas com procedimentos convencionais que são otimizados pela

cuidadosa escolha do eletrodo e tem como objetivo reduzir os efeitos adversos do

ambiente.

A soldagem submersa em ambiente seco, tal como o proporcionado por um

“habitat’ ou uma câmara de soldagem, usualmente é feita utilizando-se os

processos GMAW, GTAW e PAW. Os processos GMAW e FCAW são os mais

comumente utilizados para a soldagem em caixa seca ou localizada seca. A

soldagem úmida é normalmente realizada com o processo de eletrodo revestido

(SMAW). A seleção de eletrodos apropriados para o metal base e a proteção dos

eletrodos com relação a absorção de água antes e durante a soldagem são

elementos fundamentais para o sucesso da solda. Todas as posições e soldagem

multipasses podem ser feitas com todos estes processos se adaptações

apropriadas forem realizadas para trabalhos submersos.

3 SOLDAGEM HIPERBÁRICA A SECO

A soldagem subaquática em ambiente seco é possível pelo envolvimento da área


a ser soldada com uma barreira física, denominada câmara de soldagem, que

possibilita a retirada da água do seu interior. A câmara de soldagem é projetada

para ser montada junto aos elementos estruturais que se deseja soldar, conforme

mostrado na Figura 2 (a) e (b)"

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"A câmara é normalmente construída em aço mas qualquer outro material

adequado pode ser utilizado. O tamanho e a configuração da câmara é

determinado pelas dimensões e pela geometria da área que deve ser envolvida

para a soldagem, bem como pelo número de soldadores que devem trabalhar ao

mesmo tempo.

A água é deslocada do interior da câmara pela injeção de ar ou de uma mistura

de gases adequada, dependendo da profundidade da água e da pressão no local

de trabalho. A flutuação da câmara é compensada com a utilização de lastros,

conexões mecânicas na estrutura ou ambos.

As variáveis essenciais que são inerentes a soldagem subaquática hiperbárica a


seco resultam do ambiente, profundidade e pressão. O ambiente de trabalho

dentro da câmara de soldagem restringe os movimentos do soldador e algumas

vezes mantém o soldador na melhor posição para visualizar a junta soldada e

realizar a soldagem. Além disto, o soldador está sempre próximo da fonte de calor

e do equipamento para tratamento térmico. As condições de ambiente e

profundidade afetam adversamente a logística a as comunicações e aumentam os

riscos com a segurança. Uma câmara típica pode ser observada na Figura 3."

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"Os problemas ambientais dos mergulhadores podem ser minimizados com a

utilização de bons equipamentos, planejamento adequado e suporte para

mergulho. A pressão hiperbárica é a variável essencial predominante e afeta

adversamente a soldagem subaquática de duas formas: afetando a estabilidade

do arco e a transferência de metal e afetando a composição do metal de solda

depositado.

Sob condições hiperbáricas, o aumento na condutividade térmica dos gases


provoca uma constrição no arco e uma elevação da queda de potencial através

da coluna do arco. A constrição do arco elétrico e o conseqüente aumento na

densidade de energia promovem mudanças substanciais no comportamento do

anodo e catodo, que acentua a instabilidade do arco.

Com o aumento na pressão, o silício e o manganês depositados no metal de

solda são substancialmente reduzidos. Comparações entre soldas realizadas em

profundidades de 305 m e com soldas realizadas na superfície mostram que,

naquelas profundidades, o conteúdo de manganês decresce em cerca de 30% e o

teor de carbono praticamente triplica. Para o mesmo metal de solda, o teor de

oxigênio aumenta de 300 ppm para 750 ppm. Para soldas realizadas a 76 m, o

teor de silício decresce cerca de 10% comparando-se com soldas realizadas na

superfície. As variações são mostradas na Figura 4"

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Leia mais no Scribd: https://www.scribd.com/doc/217414342"Os problemas ambientais dos


mergulhadores podem ser minimizados com a

utilização de bons equipamentos, planejamento adequado e suporte para


mergulho. A pressão hiperbárica é a variável essencial predominante e afeta

adversamente a soldagem subaquática de duas formas: afetando a estabilidade

do arco e a transferência de metal e afetando a composição do metal de solda

depositado.

Sob condições hiperbáricas, o aumento na condutividade térmica dos gases

provoca uma constrição no arco e uma elevação da queda de potencial através

da coluna do arco. A constrição do arco elétrico e o conseqüente aumento na

densidade de energia promovem mudanças substanciais no comportamento do

anodo e catodo, que acentua a instabilidade do arco.

Com o aumento na pressão, o silício e o manganês depositados no metal de

solda são substancialmente reduzidos. Comparações entre soldas realizadas em

profundidades de 305 m e com soldas realizadas na superfície mostram que,

naquelas profundidades, o conteúdo de manganês decresce em cerca de 30% e o

teor de carbono praticamente triplica. Para o mesmo metal de solda, o teor de

oxigênio aumenta de 300 ppm para 750 ppm. Para soldas realizadas a 76 m, o

teor de silício decresce cerca de 10% comparando-se com soldas realizadas na


superfície. As variações são mostradas na Figura 4"

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"Figura 4 – Resultados da análise química da solda em função da

profundidade da coluna d’água para um eletrodo de baixo hidrogênio.

Outro fato observado em soldas hiperbáricas secas realizadas desde a superfície

até uma profundidade de 300 m, além das mudanças na composição química do

metal de solda, é uma redução na tenacidade, determinada a partir de ensaios

Charpy realizados a 10° C, conforme mostra a Figura 5"

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"Figura 5 – Redução na tenacidade em função da profundidade.

A diminuição na tenacidade tem sido relacionada ao aumento do teor de oxigênio

no metal de solda. As variações de carbono e manganês podem causar

mudanças significativas na temperabilidade do metal de solda."

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"3.1 Tratamento térmico

Devido aos níveis extremamente altos de umidade nas câmaras de soldagem

subaquática, todos os procedimentos de soldagem devem incluir um pré-

aquecimento e a manutenção de temperaturas entre passes apropriadas. As

faixas de temperaturas são determinadas pela composição e espessura do metal

base, a energia do arco (heat input) e o potencial de hidrogênio do processo de

soldagem. Fontes de energia para tratamento térmico, o isolamento e a

instrumentação, utilizados para a soldagem subaquática seca, são

essencialmente os mesmos que os utilizados para a soldagem na superfície.

3.2 Processos de soldagem a seco

Os processos de soldagem mais comumente utilizados para a soldagem

subaquática a seco são: GTAW, SMAW e FCAW. O processo GMAW é

normalmente utilizado para os passes de raiz, devido a estabilidade do arco sob

condições hiperbáricas e a facilidade de manuseio. Adicionalmente, o controle


independente sobre a fonte de calor e a taxa de alimentação do arame de adição

torna o processo ideal para o enchimento de aberturas de tamanhos variáveis na

raiz. Os outros processos são normalmente utilizados para o enchimento de

soldas com chanfro ou para soldas de filete, devido as altas taxas de deposição.

3.2.1 Processo de Soldagem com Eletrodo Revestido

O processo de soldagem com eletrodo revestido é o mais utilizado para reparos

estruturais e é geralmente usado para o enchimento e o passe de cobertura de

soldas em dutos, após a utilização do processo GTAW para o passe na raiz. Os

eletrodos comercialmente disponíveis são comumente utilizados até

profundidades de cerca de 90 m. Eletrodos com formulação especial tem sido

utilizados para maiores profundidades. Este processo oferece como vantagens: a

necessidade de um equipamento relativamente simples; a maior parte dos

soldadores são experientes na utilização deste processo. As desvantagens deste

processo incluem as precauções necessárias para manter os eletrodos secos

durante o percurso para a câmara de soldagem e o fato de que a câmara deve

ser equipada com um forno para eletrodos. A estabilidade do arco e a fluidez do


metal de solda são afetados adversamente pelo aumento da pressão e uma

fluidez excessiva torna difícil a deposição em passes de raiz, em juntas de raiz

aberta. Por esta razão, o processo GTAW é geralmente utilizado para o passe de

raiz e o processo SMAW para o enchimento e passe de cobertura.

3.2.2 Processo GTAW

Comparado aos processos de eletrodo revestido e arame tubular, o processo

GTAW é o menos sensível as condições de pressão e profundidade. Os requisitos

de equipamento são pouco maiores do que para o processo de eletrodo revestido,

com a composição e as taxas de fluxo do gás de proteção exercendo um

importante papel na estabilidade do arco. O processo GTAW é especialmente "

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"adequado para a realização remota de solda por pontos sem a utilização de metal

de adição.

3.2.3 Processo de Soldagem por Arame Tubular

O processo FCAW requer consideravelmente mais equipamentos do que os


processos por eletrodo revestido e GTAW. Arames comercialmente disponíveis

tem sido utilizados com bons resultados em reparos estruturais, em profundidades

de até de 61 m. Arames com formulação especial tem estendido a utilização deste

processo para profundidades de até 305 m. Uma das vantagens do processo,

principalmente para o reparo estrutural em aços de alta resistência espessos, é a

alta taxa de deposição e o alto aporte térmico. O arame é armazenado em uma

unidade de alimentação com compensação de pressão para evitar o efeito da

umidade do ambiente da câmara de soldagem e a soldagem é contínua.

4 SOLDAGEM ÚMIDA

A soldagem subaquática úmida é realizada por um soldador/mergulhador não

existindo nenhuma barreira entre a água e a região de solda, conforme pode ser

observado na Figura 6.

Figura 6 – Reparo em estruturas offshore utilizando a soldagem subaquática

úmida.

O arco e o metal de solda são isolados do ambiente aquático por um envoltório

gasoso ou por bolhas compostas de gases produzidos pela decomposição do


revestimento do eletrodo ou pelo fluxo do eletrodo tubular, mais o oxigênio e o

hidrogênio dissociados da água.

O soldador utiliza um traje de mergulho adequado com fornecimento de ar

autônomo ou fornecimento da superfície. O traje pode ainda incluir dispositivos de "

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"aquecimento ou refrigeração, em função das condições de temperatura existentes

no local de trabalho. O capacete utilizado incorpora lentes para soldagem e o

soldador /mergulhador utiliza luvas de borracha para evitar o choque elétrico.

4.1 Variáveis Essenciais

As variáveis da soldagem subaquática úmida devem ser consideradas em adição

às variáveis essenciais associadas com a soldagem com eletrodo revestido e

eletrodo tubular acima da água. Os fatores que afetam adversamente a soldagem

subaquática úmida incluem:

a) A pressão hiperbárica acentua a instabilidade do arco pela constrição do arco e

aumento na densidade de energia;


b) A possibilidade do sopro magnético é aumentada;

c) O aumento na pressão provoca perda de manganês e silício e um aumento nas

quantidades de carbono e oxigênio no metal de solda;

d) A dissociação da água promove a absorção de hidrogênio pelo metal de

solda;

e) O ambiente, ou seja, o grande volume de água ao redor da região de solda

promove uma elevada taxa de resfriamento no material.

Outra variável existente na soldagem subaquática úmida, está relacionada com a

bolha gasosa que desloca a água da região do arco e da solda. O volume da

bolha de proteção e a densidade dos gases variam substancialmente com a

profundidade e pressão. Em pequenas profundidades o volume de gases gerado

pela decomposição do revestimento do eletrodo

Com os eletrodos normalmente utilizados na soldagem úmida, a flutuação no

volume da bolha torna-se muito rápida em águas rasas, em profundidades

menores do que 3 metros e, especialmente na soldagem sobrecabeça, afeta

adversamente o processo de soldagem. Dois fenômenos contribuem para as


mudanças no volume dos gases gerados pelo processo de soldagem em

diferentes profundidades. Como exemplo, da profundidade de 10 metros para a

superfície, o volume de gases gerado pela decomposição do revestimento do

eletrodo dobra de acordo com a lei de Boyle. Além disto, o volume de vapor

d’água na bolha aumenta, porque a temperatura de ebulição da água próximo a

superfície é de 100º C, enquanto que a 10 metros de profundidade é de 121º C.

Desta forma, a quantidade excessiva de gases acelera a flutuação no tamanho da

bolha. Do mesmo modo, bolhas com quantidades excessivas de gases criam

turbulência na região de solda. Estes fatores associados tornam difícil a

realização da soldagem úmida na posição sobrecabeça a profundidades menores

do que 3 metros.

A solução para a soldagem a baixas profundidades envolve a reformulação dos

revestimentos para a soldagem subaquática e alterações no projeto das juntas e "

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das condições de temperatura existentes
no local de trabalho. O capacete utilizado incorpora lentes para soldagem e o

soldador /mergulhador utiliza luvas de borracha para evitar o choque elétrico.

4.1 Variáveis Essenciais

As variáveis da soldagem subaquática úmida devem ser consideradas em adição

às variáveis essenciais associadas com a soldagem com eletrodo revestido e

eletrodo tubular acima da água. Os fatores que afetam adversamente a soldagem

subaquática úmida incluem:

a) A pressão hiperbárica acentua a instabilidade do arco pela constrição do arco e

aumento na densidade de energia;

b) A possibilidade do sopro magnético é aumentada;

c) O aumento na pressão provoca perda de manganês e silício e um aumento nas

quantidades de carbono e oxigênio no metal de solda;

d) A dissociação da água promove a absorção de hidrogênio pelo metal de

solda;

e) O ambiente, ou seja, o grande volume de água ao redor da região de solda

promove uma elevada taxa de resfriamento no material.


Outra variável existente na soldagem subaquática úmida, está relacionada com a

bolha gasosa que desloca a água da região do arco e da solda. O volume da

bolha de proteção e a densidade dos gases variam substancialmente com a

profundidade e pressão. Em pequenas profundidades o volume de gases gerado

pela decomposição do revestimento do eletrodo

Com os eletrodos normalmente utilizados na soldagem úmida, a flutuação no

volume da bolha torna-se muito rápida em águas rasas, em profundidades

menores do que 3 metros e, especialmente na soldagem sobrecabeça, afeta

adversamente o processo de soldagem. Dois fenômenos contribuem para as

mudanças no volume dos gases gerados pelo processo de soldagem em

diferentes profundidades. Como exemplo, da profundidade de 10 metros para a

superfície, o volume de gases gerado pela decomposição do revestimento do

eletrodo dobra de acordo com a lei de Boyle. Além disto, o volume de vapor

d’água na bolha aumenta, porque a temperatura de ebulição da água próximo a

superfície é de 100º C, enquanto que a 10 metros de profundidade é de 121º C.

Desta forma, a quantidade excessiva de gases acelera a flutuação no tamanho da


bolha. Do mesmo modo, bolhas com quantidades excessivas de gases criam

turbulência na região de solda. Estes fatores associados tornam difícil a

realização da soldagem úmida na posição sobrecabeça a profundidades menores

do que 3 metros.

A solução para a soldagem a baixas profundidades envolve a reformulação dos

revestimentos para a soldagem subaquática e alterações no projeto das juntas e "

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"seções. Para maiores profundidades, o aumento na pressão provoca uma

diminuição no tamanho da bolha, diminuindo a capacidade de proteção do arco e

da região de solda. A solução ideal para resolver este problema pode ser a

utilização de eletrodos com revestimentos formulados para serem utilizados em

diferentes faixas de profundidade. Por um lado o aumento na pressão hidrostática

exerce efeitos adversos na soldagem subaquática úmida, por outro lado existe um

outro efeito. A temperatura de ebulição da água aumenta com o aumento da

pressão e, se esta água superaquecida é fisicamente confinada na região de


soldagem, ela pode ser utilizada para ajudar a manter a temperatura entre

passes. O ponto de ebulição da água para diferentes profundidades é

apresentado na tabela I.

Tabela I - Ponto de ebulição da água para diferentes profundidades – água

do mar.

Profundidade Temperatura de Ebulição

ft m ºF ºC

0 0 212 100

33 10 250 121

165 50 320 160

330 100 370 188

1000 305 460 238

Das várias variáveis essenciais associadas com a soldagem úmida de aços

carbono e de baixa liga, o fator predominante é a rápida taxa de resfriamento.

Soldas úmidas feitas com eletrodos de baixo carbono em materiais com carbono

equivalente (CE) maior do que 0,40, estão sujeitos a trincas induzidas pelo
hidrogênio na ZAC. A restrição durante a soldagem também parece ser um fator

determinante para a formação de trincas induzidas pelo hidrogênio.

Soldas de componentes de aço inoxidável austenítico realizadas utilizando-se

eletrodos de aço inoxidável austenítico apresentam características similares às

realizadas ao ar, devido a não formação de martensita. Entretanto deve-se tomar

cuidado com o resfriamento, para que não ocorra a sensitização na ZAC, que é o

principal fator para a ocorrência de trincas intergranulares de corrosão sob tensão

em componentes de centrais nucleares. Bons resultados também são

conseguidos utilizando-se eletrodos contendo níquel na soldagem úmida de aços

inoxidáveis austeníticos a pequenas profundidades.

Soldas úmidas realizadas com metais de enchimento com alto teor de níquel em

materiais com carbono equivalente até 0,696 não apresentaram trincas na ZAC e

apresentaram a dutilidade e a resistência ao impacto melhores do que soldas

úmidas executadas em aço carbono com metal de enchimento ferrítico ou de aço

inoxidável. Um problema apresentado na utilização destes materiais é que o

níquel apresenta uma alta sensibilidade à profundidade, fazendo com que


procedimentos de soldagem para soldas úmidas classe A, em chanfro ou filete,

em todas as posições, tenham sido qualificados para profundidades de somente "

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"4.2 Processos de Soldagem Subaquática

4.2.1 Eletrodo Revestido

A versatilidade e a eficiência do processo de soldagem por eletrodo revestido

torna este processo, na maioria das vezes, preferível em relação aos outros

processos utilizados na soldagem subaquática úmida. A simplicidade do processo

torna possível ao soldador se deslocar rapidamente para o local de trabalho para

um reparo de emergência levando apenas os eletrodos de soldagem, porta

eletrodos e o conjunto/suporte de lentes para soldagem.. No local de trabalho, o

soldador/mergulhador pode utilizar um traje de mergulho convencional e qualquer

fonte de força de soldagem DC. Adicionalmente, o sucesso na qualificação de

soldadores e de procedimentos de soldagem com este processo, tem contribuído

para a qualidade das juntas soldadas obtidas, critério chave na seleção do


processo.

A maior parte das empresas que realizam serviços de soldagem subaquática

utiliza eletrodos de soldagem comercialmente disponíveis. Desde 1970,

entretanto, algumas destas empresas utilizam eletrodos com formulação própria.

Independentemente do eletrodo utilizado em soldagem subaquática, ele deve ser

feito a prova d’água. A maneira como os eletrodos são transportados da

superfície da água ao local de trabalho e o tempo que eles permanecem no local

sem serem utilizados são variáveis essenciais dos procedimentos de soldagem

subaquática. Propriamente processados e transportados, os eletrodos utilizados

para qualificar procedimentos de soldagem úmida a profundidades de até 100 m

permanecem livres de umidade por mais de 24 horas. Os eletrodos utilizados

mais freqüentemente para a soldagem subaquática são classificados pela AWS

como E6013 e E7014. Os eletrodos E6013 possuem um revestimento com alto

teor de titânio e potássio e tendem a apresentar melhor soldabilidade e uma

melhor aparência do cordão. Os eletrodos E 7014, com revestimento de pó de

ferro e titânio tem uma alta taxa de deposição.


A soldagem subaquática com eletrodos revestidos é realizada em maior escala do

que fora d’água. A amperagem, velocidade de soldagem e ângulo do eletrodo

dependem da posição de soldagem, se o cordão de solda está sendo depositado

na raiz, para enchimento ou para cobertura. Normalmente é utilizada corrente

contínua com polaridade direta (eletrodo negativo). Entretanto a polaridade

reversa produz melhores resultados (menos porosidade) em determinadas

situações, como em alguns locais específicos. Existem regiões, como o mar do

norte, onde o uso da polaridade reversa (eletrodo positivo) apresenta resultados

significativamente melhores do que com a utilização de polaridade direta.

Em adição a grande quantidade de eletrodos ferríticos consumidos durante a

soldagem úmida de estruturas submersas, uma significativa quantidade de

trabalhos tem sido realizada em aço inoxidável, em centrais nucleares, onde

eletrodos de aço inoxidável foram utilizados para o reparo de componentes do

circuito primário. Os eletrodos utilizados incluem E308, E308L, E309 e E316. As

soldas úmidas realizadas com eletrodos de aço inoxidável em aço inoxidável tem

sido qualificadas de acordo com os requerimentos de ANSI/AWS D3.6-93 Classe


O/ASME Seção IX."

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"Uma variação do processo convencional de soldagem por eletrodo revestido é a

soldagem subaquática molhada por contato com eletrodo revestido (SSMCER).

Neste processo, o consumível é posicionado ao longo do chanfro ou filete,

revestido com um material isolante e mantido na posição por meio de um material

pesado com a forma adequada. O contato elétrico é realizado através de um porta

eletrodo fixado a uma das extremidades do eletrodo. O arco elétrico é iniciado por

um curto circuito na extremidade oposta e desloca-se automaticamente até que o

eletrodo seja completamente consumido. O processo é apresentado na Figura 7."

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"Figura 7 – Processo de soldagem por contato com eletrodo revestido.

A soldagem por contato pode ser utilizada em locais de difícil acesso, onde a
soldagem por eletrodo revestido convencional não possa ser utilizada, não

necessitando de uma grande habilidade do operador que, praticamente, atua no

posicionamento do eletrodo, para iniciar o arco e retirada da escória. Alguns

exemplos de soldas obtidas por este processo se encontram na Figura 8."

De "SOLDAGEM SUBAQUÁTICA" em .

Leia mais no Scribd: https://www.scribd.com/doc/217414342"Figura 7 – Processo de soldagem por


contato com eletrodo revestido.

A soldagem por contato pode ser utilizada em locais de difícil acesso, onde a

soldagem por eletrodo revestido convencional não possa ser utilizada, não

necessitando de uma grande habilidade do operador que, praticamente, atua no

posicionamento do eletrodo, para iniciar o arco e retirada da escória. Alguns

exemplos de soldas obtidas por este processo se encontram na Figura 8."

De "SOLDAGEM SUBAQUÁTICA" em .

Leia mais no Scribd: https://www.scribd.com/doc/217414342

"Figura 8 – Exemplos de soldas obtidas pelo processo SSMCER.

4.2.2 Soldagem com Eletrodo Tubular


A soldagem com arame tubular e outros processos automáticos de soldagem tem

sido investigados nos Estados Unidos e regiões do Mar do Norte como processos

com potencial para a soldagem subaquática molhada. Entretanto, este processo

não compete com o processo por eletrodo revestido, devido a excessiva

porosidade, deficiência para atingir os padrões de aceitação visuais e problemas

com os dispositivos de alimentação de arame.

Desenvolvimentos recentes em materiais de fluxo contendo níquel tem

proporcionado uma melhoria na soldabilidade úmida e fluxos com formulação livre

de halogêneos, especificamente preparados para soldagem úmida. A presença de

halogêneos afeta de maneira adversa a resistência à corrosão de aços

inoxidáveis, promovendo o aparecimento de trincas originárias de processos de

corrosão.

5 COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS SECO E ÚMIDO

5.1 Vantagens do Processo a Seco

a) Com procedimentos e soldadores qualificados, a soldagem hiperbárica a seco

pode ser utilizada para unir materiais através dos processos SMAW, GMAW,
FCAW ou GTAW.

b) Equipamentos e processos de tratamento térmico podem ser usados para

pré-aquecer, manter temperatura entre passes e pós-aquecer.

c) A água é excluída da área de solda de forma que a taxa de resfriamento não

é maior do que para as soldas realizadas na superfície, exceto quando o He02

é utilizado como gás de enchimento da câmara de soldagem.

d) O soldador/mergulhador e o gás de proteção da solda não são afetados pela

presença de correntes marítimas e ondas.

5.2 Desvantagens do Processo a Seco

a) Duas situações impedem a instalação de uma câmara ou habitação para

soldagem a seco:

ß O número, geometria e tamanho dos membros estruturais adjacentes a área

de trabalho;

ß Ocasiões em que a instalação de uma câmara de soldagem seca pode

comprometer a integridade da estrutura"

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"b) O tempo e o custo para realizar um reparo utilizando-se uma câmara seca é

significativamente maior do que utilizando-se o processo úmido. Fabricação,

instalação, transporte, remoção.

c) Segurança dos soldadores quando trabalhando em condições hiperbáricas.

5.3 Vantagens do Processo Úmido

a) A soldagem úmida pode ser feita em locais onde seria fisicamente impossível

evacuar a água da área a ser soldada.

b) Para situações de emergência pessoal, equipamento, ferramentas e

consumíveis estão sempre em estoque e podem ser mobilizados sem atraso;

c) Não há a necessidade da utilização de equipamentos maiores ou mais

pesados do que uma fonte de força.

d) Projetos utilizando soldagem úmida são completados em um tempo menor e a

um custo menor do que se fossem realizados a seco.

5.4 Desvantagens do Processo Úmido


a) Algumas das propriedades das soldas úmidas são inferiores às das soldas

realizadas em ambiente seco; porosidade acentuada, menor dutilidade, maior

dureza na ZAC, causados pela alta taxa de resfriamento induzida pelo meio

aquoso existente ao redor da região soldada;

b) Aços com alto carbono equivalente são sujeitos a trincas induzidas pelo

hidrogênio e a um endurecimento da ZAC;

c) Correntes existentes nos mares tornam difícil o trabalho dos

soldadores/mergulhadores e tem efeitos adversos nas bolhas gasosas que

protegem a região do arco e a solda;

d) A falta de visibilidade, principalmente em rios, dificulta a realização dos

trabalhos.

6 EQUIPAMENTO BÁSICO

6.1 Soldagem Seca

ß Câmara de Soldagem Seca/Habitat

ß Equipamentos e ferramentas para a instalação da câmara na estrutura

ß Sistema de transferência de eletrodos de soldagem


ß Compartimento seco para armazenamento de eletrodos

ß Forno para armazenamento de eletrodos de soldagem

ß Eletrodos de soldagem

ß Isolantes térmicos"

"ß Cabos flexíveis para suporte de vida e comunicações

ß Roupas e luvas protetoras a prova de fogo

ß Máscara de soldagem ou suporte com as lentes de soldagem

ß Analisadores de gás

ß Equipamento de pré-aquecimento com termopares

ß Iluminação para o soldador/mergulhador

ß Câmera de televisão

6.2 Soldagem Úmida

ß Porta eletrodo

ß Sistema de transferência de eletrodos de soldagem

ß Suporte com as lentes de soldagem

ß Eletrodos de soldagem a prova d’água


6.3 Soldagem Seca e Úmida

ß Fonte de energia para a soldagem – 300 a 600 A CC

ß Chave de faca unipolar – 400 A

ß Medidores de tensão e corrente

ß Cabos de soldagem, 2/0 a 4/0 com grampo de terra

ß Ferramentas para trabalhos submersos

ß Ferramentas e componentes para manutenção e reparo de equipamentos,

cabos, etc.

7 SEGURANÇA

7.1 Soldagem Hiperbárica Seca

A soldagem hiperbárica seca é realizada em uma câmara que limita os

movimentos do soldador e o mantém muito próximo do local de solda e dos

equipamentos para tratamento térmico. As precauções na realização da soldagem

subaquática seca compreendem todas aquelas referentes a soldagem acima da

superfície, realizada em locais úmidos e com espaço restrito, mais os cuidados

adicionais em função dos perigos associados ao mergulho, alta pressão,


dificuldades de acesso à câmara e a logística envolvida."

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"A pressão parcial do oxigênio no gás utilizado para expulsar e manter a água fora

do espaço da câmara é de extrema importância para o soldador. O ar pode ser

utilizado até uma profundidade de 27 m. Abaixo disto o gás deve ser adequado ao

suporte de vida (respiração) e não deve ser capaz de possibilitar a combustão

rápida de materiais inflamáveis. Normalmente são utilizadas misturas de hélio e

oxigênio (HeO2) com a monitoração da pressão parcial de O2.

Os principais cuidados a serem tomados nos trabalhos em câmara seca são:

ß Monitorar e controlar os níveis de oxigênio no interior da câmara.

ß Materiais que possam desprender fumos tóxicos ou irritantes não podem ser

introduzidos na câmara (tintas, solventes).


ß Quando o ar é o gás utilizado no interior da câmara, esta deve ser

continuamente ventilada para evitar o acúmulo de gases e fumos oriundos da

soldagem.

• uso de equipamentos alimentados por fontes CA devem ser mantidos no

mínimo necessário.

ß Utilização de trajes apropriados para evitar choques e o calor excessivo

originário da soldagem.

7.2 Soldagem Úmida

Durante a utilização de fontes CC na soldagem subaquática, as seguintes

precauções e procedimentos devem ser seguidos para minimizar a possibilidade

de ocorrência de choque elétrico e facilitar o trabalho do soldador:

• traje de mergulho deve estar em boas condições. As luvas devem ser de

borracha e não devem apresentar furos ou rachaduras. Em instalações

nucleares a roupa deve ser completamente estanque, de forma a prevenir

contaminação com materiais radioativos.

• traje deve ser equipado com um suporte para as lentes de soldagem, de forma
a proporcionar uma visão clara da região de trabalho e, ao mesmo tempo,

proteger convenientemente os olhos durante a soldagem.

• Deve haver uma comunicação sem problemas entre o soldador/mergulhador e

o pessoal de superfície responsável por acionar a corrente elétrica para a

soldagem.

Por outro lado, os processos elétricos de corte e de soldagem produzem misturas

explosivas de oxigênio e hidrogênio. a mistura gasosa de oxigênio e hidrogênio

produzida durante o processo de soldagem é inflamável. Sob condições de

pressão suficientes, bolhas destas misturas quando acumuladas em quantidades

maiores, podem se tornar explosivas. O combustível (hidrogênio) e o oxigênio

estão presentes e, para ignição, centelhas podem ser conduzidas para regiões

com acúmulo desta mistura e provocar acidentes. Os seguintes cuidados devem

ser tomados"

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"Caso a soldagem esteja sendo feita em um espaço confinado, ou em


componentes estruturais com formato que facilite o confinamento das bolhas,

deve-se utilizar alguma forma/dispositivo para evitar o acúmulo de gás,

especialmente para profundidades maiores do que 20 m.

Quando a soldagem úmida estiver sendo feita em uma instalação hiperbárica, as

bolhas de gás devem ser constantemente eliminadas, de forma a impedir o seu

acúmulo.

8 LIMITAÇÃES DE PROFUNDIDADE

A profundidade em que os processos de corte e soldagem subaquática podem ser

utilizados é uma preocupação constante. Muitos processos tem sido testados em

laboratório e em aplicações de campo com sucesso variável. Destes, um largo

número é disponível, que possibilita as operações de soldagem e de corte

subaquáticos em virtualmente qualquer profundidade que mergulhadores possam

atingir. Os procedimentos de soldagem e corte subaquático que envolvem gases

são limitados pela liquefação e pela decomposição causada pela alta pressão e

baixas temperaturas. Os processos a arco são limitados pela energia requerida

para produzir arcos de comprimento substancial. Entretanto, algumas formas de


soldagem e corte submerso podem ser utilizados com sucesso em todas as

profundidades atualmente atingidas por mergulhadores.

A máxima profundidade em que procedimentos de soldagem úmida foram

qualificados de acordo com os requerimentos da especificação AWS D3.6-93 para

soldas classe B é de 100 m. O material base foi o aço ASTM A 36 com um

carbono equivalente de 0,347, com eletrodos de soldagem E6013 recobertos.

9 EFEITOS AMBIENTAIS EM SOLDAS SUBAQUÁTICAS

Um dos mais importantes efeitos encontrados durante a realização de soldagem

subaquática é o aumento na taxa de resfriamento experimentada quando a peça

de trabalho é exposta ao ambiente aquoso.

Embora seja uma prática comum considerar soldas realizadas ao ar como

estruturas fundidas, quando na consideração de suas propriedades, soldas

subaquáticas expostas possuem propriedades similares a materiais temperados e

fundidos.

Durante a soldagem, martensita altamente tensionada pode ser formada devido

ao contato direto com a água. O resfriamento rápido às vezes leva a formação de


porosidade e de inclusões de escória. Estas descontinuidades resultam do

limitado tempo disponível para as bolhas de gás e partículas de escória atingirem

a superfície da solda, antes que a solidificação esteja completa. "

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"O hidrogênio está geralmente presente na soldagem subaquática como um

produto da dissociação da água no arco elétrico. A água pode vir de exposição

direta, como na soldagem aberta ou úmida, ou dos efeitos da umidade em todos

os outros processos. A combinação de martensita altamente tensionada e

hidrogênio pode levar a formação de trincas no cordão de solda. Aços de média e

alta dureza são mais suscetíveis à fragilização por hidrogênio, embora regiões

martensíticas em aços de baixo carbono soldados por este processo também

possam ser afetadas adversamente. Outra imperfeições relacionadas ao

hidrogênio incluem o aparecimento de pequenas fissuras (flakes) na superfície de

fratura que são paralelas à direção da tensão máxima. Trincas retardadas

também podem ocorrer.


A quantidade de hidrogênio absorvida necessária para causar danos sérios ao

material é difícil de ser determinada. Há um acordo na literatura de que não existe

uma correlação simples. A fragilização por hidrogênio é função do tipo de aço,

tratamento térmico, propriedades físicas e das condições de soldagem existentes.

Entretanto, condições de resfriamento rápido ou concentrações de hidrogênio

potencialmente altas devem ser evitadas, ao se selecionar um procedimento para

soldagem aberta. Se os cuidados adequados são tomados, a soldagem aberta ou

qualquer outro tipo de soldagem subaquática podem ser usados para produzir

soldas de qualidade.

Processos que envolvem a utilização de câmaras de proteção parcial ou total

também requerem considerações especiais com relação às condições de

processo, tais como a eliminação de gases gerados pelo revestimento ou outros,

umidade e mudanças no processo de solidificação devido aos efeitos

hiperbáricos. Portanto, as propriedades físicas e mecânicas das soldas

subaquáticas são afetadas pela capacidade de resfriamento do meio, composição

química da água, efeitos da pressão e o potencial para absorção de gases a partir


do gás de proteção.

10 EFEITOS DO AMBIENTE NOS PROCESSOS DE SODLAGME

SUBAQUÁTICA

Os processos de soldagem subaquáticos são afetados pelo ambiente aquoso de

duas maneiras significantes. Primeiro, os processos a arco tendem a apresentar

arcos mais suaves na água do mar do que em água fresca. Isto é atribuído à

influência estabilizadora dos íons dos sais na água do mar, que são produzidos

pela dissociação da água no arco. Estes portadores de carga extras,

proporcionam uma estabilidade no arco maior do que quando os mesmos arcos

são operados em água fresca. Entretanto, esta é a menor conseqüência da

soldagem em água do mar e nenhum processo de soldagem é afetado

drasticamente pela diferença na operação em água do mar ou água fresca.

Em segundo lugar, a profundidade ou a pressão tem um efeito significativo nos

processos de soldagem subaquática. Toda a soldagem subaquática é realizada

usando arcos, que são constritos pela pressão hidrostática e pela tremenda

capacidade de resfriamento de grandes volumes de água. Isto resulta em


temperaturas do arco maiores do que as alcançadas na superfície, um aumento "

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Leia mais no Scribd: https://www.scribd.com/doc/217414342"O hidrogênio está geralmente presente


na soldagem subaquática como um

produto da dissociação da água no arco elétrico. A água pode vir de exposição

direta, como na soldagem aberta ou úmida, ou dos efeitos da umidade em todos

os outros processos. A combinação de martensita altamente tensionada e

hidrogênio pode levar a formação de trincas no cordão de solda. Aços de média e

alta dureza são mais suscetíveis à fragilização por hidrogênio, embora regiões

martensíticas em aços de baixo carbono soldados por este processo também

possam ser afetadas adversamente. Outra imperfeições relacionadas ao

hidrogênio incluem o aparecimento de pequenas fissuras (flakes) na superfície de

fratura que são paralelas à direção da tensão máxima. Trincas retardadas

também podem ocorrer.

A quantidade de hidrogênio absorvida necessária para causar danos sérios ao

material é difícil de ser determinada. Há um acordo na literatura de que não existe


uma correlação simples. A fragilização por hidrogênio é função do tipo de aço,

tratamento térmico, propriedades físicas e das condições de soldagem existentes.

Entretanto, condições de resfriamento rápido ou concentrações de hidrogênio

potencialmente altas devem ser evitadas, ao se selecionar um procedimento para

soldagem aberta. Se os cuidados adequados são tomados, a soldagem aberta ou

qualquer outro tipo de soldagem subaquática podem ser usados para produzir

soldas de qualidade.

Processos que envolvem a utilização de câmaras de proteção parcial ou total

também requerem considerações especiais com relação às condições de

processo, tais como a eliminação de gases gerados pelo revestimento ou outros,

umidade e mudanças no processo de solidificação devido aos efeitos

hiperbáricos. Portanto, as propriedades físicas e mecânicas das soldas

subaquáticas são afetadas pela capacidade de resfriamento do meio, composição

química da água, efeitos da pressão e o potencial para absorção de gases a partir

do gás de proteção.

10 EFEITOS DO AMBIENTE NOS PROCESSOS DE SODLAGME


SUBAQUÁTICA

Os processos de soldagem subaquáticos são afetados pelo ambiente aquoso de

duas maneiras significantes. Primeiro, os processos a arco tendem a apresentar

arcos mais suaves na água do mar do que em água fresca. Isto é atribuído à

influência estabilizadora dos íons dos sais na água do mar, que são produzidos

pela dissociação da água no arco. Estes portadores de carga extras,

proporcionam uma estabilidade no arco maior do que quando os mesmos arcos

são operados em água fresca. Entretanto, esta é a menor conseqüência da

soldagem em água do mar e nenhum processo de soldagem é afetado

drasticamente pela diferença na operação em água do mar ou água fresca.

Em segundo lugar, a profundidade ou a pressão tem um efeito significativo nos

processos de soldagem subaquática. Toda a soldagem subaquática é realizada

usando arcos, que são constritos pela pressão hidrostática e pela tremenda

capacidade de resfriamento de grandes volumes de água. Isto resulta em

temperaturas do arco maiores do que as alcançadas na superfície, um aumento "

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"na penetração e uma transferência de metal mais rápida. Isto também resulta em

um aumento nos requerimentos da corrente para trabalhos subaquáticos.

Entretanto há um desacordo na literatura no valor do incremento em tensão ou

corrente requeridos para sustentar um dado processo de soldagem. O efeito da

pressão também pode levar à decomposição de alguns gases e a liquefação de

outros.

11 ESPECIFICAÇÕES PARA SOLDAGME SUBAQUÁTICA

ANSI/AWS D3.6 – Specification for Underwater Welding

A especificação ANSI/AWS D3.6 – Specification for Underwater Welding, define

quatro tipos de soldas:

ß Soldas subaquáticas do tipo A - para aplicações estruturais, feitas de acordo

com um procedimento de soldagem qualificado.

ß Soldas subaquáticas do tipo B - para aplicações estruturais limitadas,

realizadas com um procedimento de soldagem qualificado.


ß Soldas subaquáticas do tipo C - para aplicações em serviços onde a qualidade

estrutural não é crítica. Devem ser livres de trincas e feitas de acordo com um

procedimento de soldagem qualificado.

ß Soldas subaquáticas do tipo O

12 INSPEÇÕES SUBAQUÁTICAS

As estruturas e componentes subaquáticos estão sujeitos a influência de esforços

como tração, compressão, torção e flexão, originários da própria estrutura, ondas,

marés e tempestades e aos fenômenos de corrosão associados ao ambiente

marinho. Os métodos e técnicas de ensaios não destrutivos utilizados para

inspeção subaquática são derivados dos métodos convencionais de END, com as

devidas adaptações para serem utilizados em inspeções subaquáticas.

12.1 Métodos de Inspeção

Os métodos e técnicas de ensaios não destrutivos utilizados, com as adaptações

necessárias, são basicamente:

ß Radiografia

ß Partículas Magnéticas
ß Ultra-Som"

"ß Líquido Penetrante

ß Correntes Parasitas

ß Fuga

ß Emissão Acústica

ß Visual

As inspeções subaquáticas são normalmente divididas em:

ß Inspeções de Fabricação: os componentes são normalmente fabricados em

terra e as inspeções são realizadas utilizando-se os métodos convencionais de

END, sem a necessidade de adaptações. Após a montagem no local de

trabalho, as inspeções são realizadas com as devidas adaptações,

necessárias para a realização dos ensaios.

ß Inspeções em Serviço: os componentes são inspecionados periodicamente, de

forma a possibilitar a detecção e o dimensionamento de descontinuidades que

possam comprometer a sua integridade, originárias das condições de serviço

destas estruturas/componentes, como as tensões de trabalho e o ambiente


quimicamente agressivo.

12.2 Qualificação de Pessoal

Da mesma maneira que para as inspeções realizadas na superfície, as inspeções

por meio de END devem ser realizadas por pessoal qualificado, de acordo com as

recomendações/ requerimentos da ASNT (American Society for Nondestructive

Testing), sendo definidos os níveis I, II e III para qualificação de pessoal de

acordo com o escopo das atividades.

12.3 Inspeção subaquática Remota

São as inspeções realizadas com o auxílio de dispositivos robotizados. Os

métodos de END utilizados permanecem basicamente os mesmos utilizados em

inspeções manuais. As alterações necessárias são exclusivamente para permitir o

manuseio/posicionamento dos sensores/transdutores utilizados nos ensaios pelos

dispositivos robotizados. Embora a inspeção seja realizada remotamente, os

resultados dos END devem ser interpretados e avaliados por um inspetor de END

qualificado e certificado."

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"13 APLICAÇÕES

13.1 Reparo de Estruturas Offshore

Reparo de danos provocados pela corrosão e fadiga, substituição de

componentes estruturais danificados durante a instalação ou por acidentes como

a colisão de barcos.

13.2 Tubulações Submersas

Reparo e/ou substituição de seções de tubulações submersas.

13.3 Reparos em Instalações Portuárias

Reparo de danos originários de corrosão, colisão, substituição de componentes

estruturais.

13.4 Usinas Nucleares

Reparos em componentes do circuito primário do reator.


13.5 Usinas Hidroelétricas

Reparos e substituição de componentes em comportas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN WELDING SOCIETY – ANSI/AWS D3.6-89 - Specification for

Underwater Welding – 1989.

AMERICAN WELDING SOCIETY. Welding Handbook – Materials and

Applications, Part 1, Eighth Edition, V. 3, p.487-489, 1996.

AMERICAN SOCIETY FOR METALS. Welding, Brazing and Soldering –

Underwater Welding and Cutting, V. 6, p.921-924, 1996.

G.M., RICARDO, G.M., IVAN, Soldagem Subaquática Molhada por Contato com

Eletrodo Revestido, Soldagem e Inspeção, Ano 5, nº 5, p10-16, 1999"

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