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Ligações Soldadas

Gabriel Henrique Mohnschmidt Hoffmann


João Henrique Antunes de Oliveira
Samuel de Lima da Silva
INTRODUÇÃO

Os métodos de união de metais podem ser categorizados em duas principais abordagens: aquelas
que se fundamentam na aplicação de forças mecânicas macroscópicas entre as partes a serem unidas e
aquelas que se baseiam em forças microscópicas.

a) parafusagem e a rebitagem;
b) soldagem, a brasagem e a colagem.
INTRODUÇÃO

A solda oferece a vantagem significativa de


simplificar as uniões. No entanto, requerem:

a) mão de obra qualificada;


b) condições controladas de execução;
c) inspeção rigorosa.

Dependendo do processo de fabricação, pode-se ter


a quase totalidade das ligações de fábrica como sendo
soldadas, ficando as ligações parafusadas para ligações de
campo.
SOLDA

Conforme Pfeil (p. 99, 2021), a soldagem é um processo


que une materiais pela coalescência, que ocorre através da
fusão das partes adjacentes.

Segundo Andrade (p. 56, 2016), “o processo mais


comum de soldagem em estruturas de aço é a solda por arco
voltaico. Nesse processo, o calor necessário para a fusão do
material é obtido pela formação de um arco voltaico entre um
eletrodo e as partes a serem unidas, denominadas de metal
base”.
TIPOS DE SOLDA

Há basicamente 3 tipos de solda:

a) entalhe (solda de chanfro): este tipo é


subdividido em “penetração total” e
“penetração parcial”;
b) filete (cordão);
c) tampão: em furos ou rasgos.
TIPOS DE SOLDA

a) entalhe (solda de chanfro): este tipo é subdividido em “penetração total” e “penetração parcial”;
TIPOS DE SOLDA

b) filete (cordão);
TIPOS DE SOLDA

c) tampão: em furos ou rasgos.


SIMBOLOGIA
TIPOS DE SOLDA

I) Solda contínua
TIPOS DE SOLDA

II) Solda intermitente


TIPOS DE SOLDA

III) Solda pontilhada.


TIPOS DE SOLDA

1) Plana;
TIPOS DE SOLDA

2) Horizontal;
TIPOS DE SOLDA

3) Vertical;
TIPOS DE SOLDA

4) Sobrecabeça;
QUALIDADE

De acordo com Pinheiro (p. 116, 2005), para garantir a qualidade das soldas, é essencial contratar
soldadores com qualificação adequada, utilizar eletrodos de alta qualidade, selecionar materiais com alta
capacidade de soldagem e implementar inspeção das soldas por meio de técnicas como raio-X e ultrassom.
TIPOS DE ELETRODOS

Segundo Carazzo (2015), os eletrodos consistem


em materiais essencialmente compostos de carbono e
manganês, contudo, para cada variedade de aço a ser
soldado, existe uma categoria específica de eletrodo.

Em eletrodos revestidos, esses materiais


compõem o núcleo, conhecido como alma, o
revestimento varia de acordo com o núcleo, podendo
ser constituído de elementos orgânicos, minerais ou
gases.
TIPOS DE ELETRODOS

Os eletrodos com revestimento são designados, segundo a ASTM, por expressões do tipo E70XY, em que:

E = eletrodo;

70 = resistência à ruptura fw da solda, em ksi;

X = número que se refere à posição de soldagem satisfatória (1 – qualquer posição; 2 –


somente posição horizontal);

Y = número que indica tipo de corrente e de revestimento do eletrodo.


TIPOS DE ELETRODOS
SOLDABILIDADE DE AÇOS ESTRUTURAIS

Segundo Pfeil (p. 101, 2021), a capacidade de soldagem dos aços indica a facilidade ou dificuldade
em alcançar uma solda resistente e livre de rachaduras. Devido à crescente importância da soldagem nas
últimas décadas, as formulações químicas dos aços são constantemente desenvolvidas para garantir a
soldabilidade dos produtos finais.

Os aços-carbono até 0,25 % C são soldáveis sem cuidados especiais. Para teores de carbono
superiores a 0,30 %, em geral, faz-se necessário um preaquecimento e um resfriamento lento, pois as
soldas sem esse tratamento apresentam ductilidade muito pequena.
Processos de Soldagem
PROCESSOS DE SOLDAGEM

● A soldabilidade de um aço é um indicador da facilidade de execução de uma junta.


● Nem todos os aços são adequados para a soldagem

Processo de Soldagem Sigla


Soldagem com eletrodo revestido ou SMAW
“Shielded Metal Arc Welding”
Soldagem com proteção gasosa ou GMAW
“Gas Metal Arc Welding”
Soldagem com fluxo no núcleo ou FCAW
“Flux Cored Arc Welding
Soldagem a arco submerso ou SAW
“Submerged Arc Welding”
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo


“SMAW”
● É considerado o mais antigo e o mais
versátil.
● Une os metais pelo aquecimento entre um
eletrodo revestido, chamado de
consumível, e o metal base.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo “SMAW”


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo “SMAW”


● O metal fica protegido por gases produzidos a partir da decomposição do revestimento e formam uma
escória.
● A operação ocorre de maneira manual.
● O equipamento de soldagem é composto por:
○ uma fonte de energia,
○ cabos de ligação,
○ um porta-eletrodo (alicate),
○ conector de terra (garra) e o
○ eletrodo em si.
● O eletrodo é formado por uma vareta de metal, contendo um revestimento não metálico.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo “SMAW”

Vantagens e limitações
Vantagens e limitações
Equipamento simples, portátil e barato.
Facilidade para atingir áreas de acesso
Não necessita fluxos ou gases restrito.
externos.
Aplicação difícil para materiais
Pouco sensível à presença de correntes reativos.
de ar.
Produtividade relativamente baixa.
Processo extremamente versátil em
termos de Exige limpeza após cada passe de
materiais soldáveis. soldagem.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo “SMAW”

Aplicações

Soldagem de produção, manutenção e em


montagens no campo.
Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga.

Soldagem de ferro fundido.

Soldagem de alumínio, níquel e suas ligas.


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com eletrodo revestido ou Processo “SMAW”


● Tem sido utilizado na manutenção de estruturas submersas;
● Qualidade da solda depende do soldador;
● Mão de obra exige tempo e gastos com treinamento.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”


● MIG (Metal Inert Gas), onde a proteção é realizada
principalmente com a utilização de gases inertes como
Hélio ou Argônio;
● MAG (Metal Active Gas), que tem a proteção realizada
com gases ativos como o Dióxido de Carbono, Oxigênio
e Nitrogênio.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”


Vantagens e limitações
Vantagens e limitações
Processo exige, em geral, menos habilidade do
Processo com eletrodo contínuo.
soldador que a soldagem SMAW.
Permite soldagem em qualquer posição.
Processo de ajuste mais difícil e sensível que o
processo SMAW.
Elevada taxa de deposição de metal.
Equipamento relativamente caro e complexo.
Elevada penetração.
Pode apresentar dificuldade para soldar juntas de
Pode, em princípio, soldar diferentes ligas acesso restrito.
metálicas.
Proteção do arco é sensível a correntes de ar.
Exige pouca limpeza após soldagem.
Pode gerar elevada quantidade de respingos.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”

Aplicações

Soldagem de ligas ferrosas e não ferrosas.


Soldagem de carrocerias e estruturas de
veículos.
Soldagem de tubulações, etc.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com proteção gasosa ou Processo “GMAW”


● A habilidade exigida do soldador no processo MIG/MAG é menor.
● Principais variáveis do processo MIG/MAG são:
○ tensão,
○ corrente,
○ polaridade do arco de soldagem,
○ velocidade de deslocamento,
○ vazão do gás protetor,
○ diâmetro e comprimento do eletrodo.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com fluxo no núcleo ou Processo “FCAW”


● O eletrodo é tubular e apresenta fluxo no seu interior;
● Duas variações: soldagem auto-protegida, onde o fluxo
interno fornece toda a proteção necessária na região
do arco, e soldagem com proteção gasosa, na qual a
proteção é fornecida por um gás.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com fluxo no núcleo ou Processo “FCAW”

Vantagens e limitações

Elevada produtividade e eficiência.


Aplicações
Soldagem em todas as posições.
Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga.
Custo relativamente baixo. Soldagem de fabricação e de manutenção.

Produz soldas de boa qualidade e aparência.


Soldagem de partes de veículos.
Equipamento relativamente caro.
Soldagem de montagem no campo.
Pode gerar elevada quantidade de fumos.
Necessita limpeza após soldagem.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem com fluxo no núcleo ou Processo “FCAW”


● Segundo Modenesi, Marques e Santos (2009) a
soldagem com arames tubulares vem sendo usada:
○ nas indústrias naval e nuclear,
○ na construção de plataformas marítimas para
exploração de petróleo,
○ na fabricação de componentes e estruturas de
aços carbono, de baixa liga e de aços inoxidáveis.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”


● O arco e o eletrodo são protegidos por uma camada
chamada de fluxo granular fusível, depositado sobre a
peça soldada.
● O eletrodo é usado como metal de adição, sem haver
aplicação de pressão.
● É utilizado em soldas planas.
● Devido à proteção do fluxo, a proteção dos olhos não é
necessária.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”

Vantagens e limitações
Vantagens e limitações
Alta velocidade de soldagem e elevada
Elevada produtividade.
taxa de deposição.
Soldagem limitada às posições plana e
Produz soldas uniformes e de bom
filete horizontal.
acabamento superficial.
Aporte térmico elevado pode
Ausência de respingos e fumos.
prejudicar propriedades da junta em
alguns casos.
Dispensa proteção contra radiação
uma vez que o arco não é visível. Necessidade de retirada de escória
entre passes.
Facilmente mecanizado.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”

Aplicações

Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga.


Soldagem de níquel e suas ligas.

Soldagem de membros estruturais e tubos de


grande diâmetro.
Soldagem em fabricação de peças pesadas de
aço.
Soldagem de recobrimentos, manutenção e
reparo.
PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”


PROCESSOS DE SOLDAGEM

Soldagem a arco submerso ou Processo “SAW”


● É usada em uma variedade de aplicações industriais:

○ estaleiros,

○ caldeiras de médio e grande porte,

○ mineradoras,

○ siderúrgicas,

○ fábricas de perfis e estruturas metálicas, entre outros.

● Sendo aplicado na fabricação de vasos de pressão, navios e barcos, vagões, tubos, e no


revestimento ou recuperação de peças.

PROCESSOS DE SOLDAGEM

Compatibilidade entre os metais de soldagem

Aço SMAW GMAW SAW FCAW

Aço patinável de média E 7018 W ER 8018 SG F 71T8 Ni1


e alta resistência F 7AO-EW
E 7018 G E 80T1 W

ASTM A36 E 7018 ER 70 S6


F 7AO-EL12

ASTM A572 grau 50 E 7018 ER 70 S6 F 7AO- E 70T-1


EM12K E 71T-1
ER 70 S3 E 70T-4

ASTM A570 grau 40 E 7018 / E ER 70 S6


6013 F 7AO-EL12
ER 70 S3
Tecnologias de Execução
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem a laser ou “LBW”


● Ocorre pela fusão localizada da junta através de
seu bombardeamento por feixe de luz
concentrada, de alta intensidade, capaz de fundir o
material da junta no ponto de incidência, causando
um furo, que penetra no metal de base.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem a laser ou “LBW”


TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem a laser ou “LBW”


● As variáveis na soldagem a Laser são:
○ energia do feixe,
○ distância focal,
○ velocidade de soldagem,
○ refletividade das peças e a duração do pulso, para o caso de Laser pulsado.
● A soldagem não precisa da adição de material, somente se usada na união de peças de grande
espessura, para compensar algum afundamento da poça de fusão.
● Usado na indústria metal-mecânica para operações de corte, soldagem e gravação de peças
metálicas, principalmente em aplicações que se necessita grande precisão.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem com feixe de elétrons


● Um feixe de elétrons produz cordões de solda estreitos, com grande penetração e distribuição de
calor bastante concentrada, permitindo soldar facilmente diferentes metais e ligas.
● Como vantagens, segundo (Modenesi, Marques, Bracarense, 2009) estão:
○ menor energia de soldagem em relação aos processos convencionais,
○ transferência localizada de energia,
○ alta velocidade de soldagem,
○ controle preciso dos parâmetros de soldagem e da geometria do cordão
○ e soldagem em locais de difícil acesso através da deflexão magnética do feixe.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem com feixe de elétrons


● Como desvantagem está seu alto custo operacional. E a
necessidade de se ter um operador bem qualificado e treinado
para a realização da soldagem.
● Equipamentos:
○ canhão eletrônico,
○ fonte de energia e câmara de vácuo, todos protegidos
contra vazamento de Raio X,
○ bombas para produção de vácuo,
○ lentes eletromagnéticas de focalização
○ e sistemas para movimentação das peças durante a
soldagem.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Soldagem com feixe de elétrons


● Principais variáveis são:
○ a potência do feixe, que depende da corrente e do potencial acelerador no canhão de
elétrons,
○ da capacidade de focalização e
○ da câmara de operação.
● Boa parte dos metais pode ser soldada com feixe de elétrons, esse processo tem sido usado com
frequência na união de aços de alta liga, metais mais reativos, metais refratários, aços inoxidáveis,
entre outros.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Automação da soldagem
● A classificação dos processos ocorre quanto ao tipo de operação, que são as atividades necessárias
para a confecção de uma solda. Podemos citar:
○ abertura e manutenção do arco;
○ alimentação do material de adição;
○ controle do calor cedido e da penetração;
○ deslocamento da tocha ao longo da junta com uma velocidade determinada;
○ procura e seguimento da junta;
○ direcionamento da tocha e do arco;
○ mudanças e compensações para variações na preparação ao longo da junta.
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Automação da soldagem
● Executar uma montagem simples ou uma família de montagens similares (automação fixa); ou
consegue ser flexível para ser alterado rapidamente, e assim, executar uma operação similar sobre
componentes ou montagens diferentes (automação flexível).
● O equipamento mais empregado nas indústrias para a automação da soldagem é o robô industrial.
● Compõem um conjunto de elos conectados e articulados:
○ o primeiro elo é vinculado a uma base fixa e,
○ o último tem a ferramenta (tocha de soldagem).
TECNOLOGIAS DE EXECUÇÃO

Automação da soldagem
Normativas
Normativas

● Tem como objetivo a prevenção de acidentes que poderiam


resultar em morte de pessoas, perdas materiais e contaminação
do meio ambiente.
● A aplicação das normas resulta em:
○ produção mais uniforme,
○ redução da variabilidade de produtos e procedimentos,
○ melhor controle de qualidade,
○ maior rastreabilidade,
○ possibilidade de correção de falhas.
Normativas

● A realização de soldas inadequadas de certos tipos de estruturas


ou equipamentos, como, navios, pontes, oleodutos, componentes
automotivos e vasos de pressão, pode causar sérios acidentes.
● Exemplos de códigos e normas referentes à soldagem:
○ ASME Boiler and Pressure Vessel Code (vasos de pressão);
○ API STD 1104, Standard for Welding Pipelines and Related
Facilities (tubulações e dutos na área de petróleo);
○ AWS D1.1. Structural Welding Code (estruturas soldadas
de aço carbono e de baixa liga);
○ DNVÍ Rules for Design, Construction and Inspecion of
Offshore Structures (estruturas marítimas de aço)
Normativas
Normativas

Norma Código Data


Chanfro de solda manual para construção naval - Tipo NBR7239 03/1982
Consumíveis em soldagem NBR10516 10/1988
Critérios para a qualificação e certificação de inspetores de NBR14842 07/2003
soldagem
Eletrodos de aço carbono e fluxos para a soldagem a arco NBR10617 01/1989
submerso
Inspeção radiográfica em soldas na estrutura do casco de NBR9360 05/1986
embarcações
Junta soldada em componentes metálicos de uso aeroespacial NBR12275 06/1991
Mangueiras para solda a gás NBR5900 1974
Qualificação de procedimentos de soldagem pelo processo NBR10663 04/1989
eletrodo revestido para oleodutos e gasodutos
Normativas

Norma Código Data


Qualificação em soldagem NBR10474 09/1988
Símbolos gráficos de solda para construção naval e ferroviário NBR7165 02/1982
Solda branda NBR5883 10/1982
Soldagem - Números e nomes de processos NBR13043 09/1993
Soldas em partes estruturais do casco de embarcações - Ensaio NBR10685 06/1989
por ultrassom
Terminologia de soldagem elétrica NBR5874 1972
Varetas e arames de ligas de alumínio para soldagem e NBR9111 11/1985
brasagem, de aplicação aeronáutica
Elementos construtivos do
projeto
Soldas de Filetes Soldas de filete são simplificadas como
triângulos retângulos para facilitar cálculos.

A representação dos filetes é feita pelos


comprimentos dos lados.

Conceitos:

● garganta é a espessura desfavorável;


● perna é o menor lado do filete;
● raiz é a interseção das faces de fusão.

Fórmula para cálculo da área de filete com lados


iguais:

tl=0,7bl
Soldas de Filetes

Recomendação de espessuras maiores para soldas feitas pelo processo de arco submerso pois são mais
confiáveis.

Determinação do comprimento efetivo (l) da solda abrange todo comprimento, a exceção ocorre em filetes
longitudinais de peças sob esforço axial, onde o comprimento efetivo (l=L):

Utilização de soldas longas (L>100b) para promover não uniformidade na distribuição de tensões.
Soldas de Filetes É importante dimensões mínimas adequadas
dos filetes de solda para evitar o resfriamento
abrupto.
Espessura da chapa mais fina em Perna do filete (bmin)
mm
Determinação das dimensões máximas dos
até 6,3 3 mm lados dos filetes é determinada pela espessura

3,3 - 12,5 5 mm mais fina.

12,5 - 19 6 mm

> 19 8 mm
Soldas de Filetes Tamanho mínimo das soldas de filete projetadas
para qualquer carga de cálculo.

Precauções nas terminações de filetes de solda,


especialmente próximas a bordas tracionadas.

Um exemplo disso é quando se recomenda que a


solda comece a uma pequena distância da borda
do transpasse
Soldas de Entalhe Soldas de Entalhe conectam placas alinhadas no
mesmo plano.
As soldas de entalhe podem ser utilizadas
também em juntas “T” e em juntas de canto.
Penetração Total é o preenchimento completo
do espaço entre as peças. A espessura efetiva da
solda é determinada pela menor espessura da
seção do metal-base.
Penetração Parcial é quando há preenchimento
incompleto. a determinação da espessura
efetiva dependendo do ângulo do entalhe e do
tipo de chanfro.
Soldas de Entalhe Uniões de topo de chapas de espessuras
diferentes, recomenda-se chanfro para evitar
Espessura da chapa mais fina em Garganta de solda com penetração concentrações de tensão.
mm parcial te mín(mm)
Uniões de chapas com larguras diferentes faz-se
até 6,3 3
uso de curva de transição para prevenir
6,3 - 12,5 5 concentrações de tensão.
Espessuras mínimas construtivas das gargantas
12,5 - 19 6
de solda com penetração parcial para garantir
1 9 - 37,5 8
fusão do metal-base.
37,5 - 57 10 Soldas de entalhe com penetração parcial não
são adequadas para ligações de peças sob
57 - 152 13
flexão.
Acima de 152 16
Soldas de Tampão Objetivo: Preencher furos ou rasgos para evitar
flambagem ou separação das partes unidas e
unir componentes de barras de seção composta.
Resistência: Determinada pelo menor valor
entre os estados limites últimos aplicáveis às
soldas de filete.
Soldas de Tampão

Regras Dimensionais:
● Furos e rasgos não podem ser menores que a espessura da parte que os contêm mais 8mm, nem maiores
que 2,25 vezes essa espessura.
● Distância entre soldas em furos deve ser no mínimo 4 vezes o diâmetro do furo.
● Comprimento dos rasgos não pode ultrapassar 10 vezes a espessura da solda.
● Extremos dos rasgos devem ser arredondados, com raio não inferior à espessura da parte.
● Espaçamento entre linhas de centro dos rasgos deve ser pelo menos 4 vezes a largura do rasgo.
● Distância entre centros dos rasgos na mesma linha longitudinal deve ser 2 vezes o comprimento dos
rasgos.
Dimensionamento de
ligações soldadas
A determinação da resistência de soldas é realizada considerando dois estados limites finais como
referência.

● ruptura da solda na seção efetiva;


● ruptura do metal base na face de fusão.

A resistência da solda nunca deve exceder a resistência do metal base na união, independentemente da
situação.
Soldas de Filete
Soldas de Filete
Soldas de Filete
Metal de solda fw (MPa)

classe 6 ou 60 (AWS) 415

classe 7 ou 70 (AWS) 485

classe 8 ou 80 550
Soldas de Entalhe

Em comparação com as soldas de filete, as soldas de entalhe são mais econômicas e eficazes, pois
requerem menos material e não precisam de componentes adicionais, como as cobrejuntas.

Elas também oferecem maior resistência a tensões cíclicas e impactos, tornando-as ideais para elementos
sujeitos a movimentos dinâmicos.
Soldas de Entalhe -
penetração parcial

A resistência calculada para cisalhamento


paralelo ao eixo da solda é determinada
pelo menor valor entre os dois estados
limites últimos aplicáveis
Soldas de Entalhe -
penetração parcial

Já a resistência de cálculo em soldas de


penetração parcial para tração ou
compressão
Soldas de Entalhe -
penetração parcial
Soldas de Entalhe -
penetração total

A resistência de cálculo para o metal base é


determinada pela soma vetorial do
cisalhamento na face de fusão
Soldas de Entalhe -
penetração total
Exemplo
Uma placa de aço 12mm, sujeita à tração axial de
40kN,está ligada a uma outra placa 12mm
formando um perfil T,por meio de solda.
Dimensionar a solda usando eletrodo E60 e aço
ASTM A36. Compare com o resultado se a solda
for de entalhe
Exemplo
Uma placa de aço 12mm, sujeita à tração axial de
40kN,está ligada a uma outra placa 12mm
formando um perfil T,por meio de solda.
Dimensionar a solda usando eletrodo E60 e aço
ASTM A36. Compare com o resultado se a solda
for de entalhe

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