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Enchentes e Inundações

Origem e Prevenção

Alunos: Gabriel Henrique Mohnschmidt Hoffmann, Samuel de Lima da Silva


Hidrologia – 7° Semestre - Engenharia Civil
Professor Guilherme Amaral de Moraes
Introdução

• Importância da água. Expansão da cidade de São Paulo/SP em torno do Rio Tietê

• Falta de planejamento na
relação sociedade e ambiente.
• Os impactos negativos.
• Prevenção.

Fonte: Google Earth


Revisão Bibliográfica

• Inundação: é o transbordamento Inundação ocorrida no condado de Merced, Califórnia-EUA (jan/2023)

das águas de um curso d’água.


• Repentinas, lentas ou de
planícies.
• Cíclicas e sazonais.

Fonte: www.theguardian.com
Revisão Bibliográfica

• Enchente: são definidas como Rio Cachoeira na cidade de Itabuna-Bahia (2022)

sendo o aumento do nível


d’água no canal de
escoamento devido ao
aumento da vazão,
alcançando a cota máxima do
canal, porém, sem
transbordar.
Fonte: oglobo.com
Revisão Bibliográfica

• Alagamento: é o acúmulo Alagamento prejudicando o tráfego de veículos

temporário de águas em
determinados locais por
ineficiência do sistema de
drenagem.

Fonte: Prefeitura de Londrina/PR


Revisão Bibliográfica
Ilustração Explicativa sobre Enchente, inundação e alagamento.

Fonte: www.semasa.sp.gov.br
Revisão Bibliográfica

• Enxurrada: é um escoamento Chuva forte causa enxurradas em Barretos, SP

superficial com alta energia de


transporte, podendo ou não
estar relacionada a áreas
dominadas por processos
fluviais.

Fonte: g1.globo.com
Causas

• Enchentes: tem sua origem no aumento dos picos de cheias, devido


ao maior volume do escoamento superficial direto.
O grande problema é que muitas construções são feitas nestas
áreas que pertencem ao leito maior.
• Inundações: o escoamento através canais se acelera, fazendo com
que o volume de água que chega ao sistema de drenagem se torne
superior à capacidade de escoamento dele, quando comparada a
situação inicial das superfícies permeáveis, dando origem às
inundações.
Causas
Descarte irregular de resíduos

Outro fator que causa


as enchentes ou inundações
é de modo geral a poluição.

Fonte: Blog Limpa Fossa


Consequências
Pessoas verificando os danos após enchente em Osasco-SP

• As consequências tanto para


enchentes quanto para inundações
podem ser as mesmas.
• De acordo com Cançado(2009) os
danos podem ser divididos em:
• Diretos
• Indiretos
Ou ainda em:
• Tangíveis: danos com possibilidade Fonte: Milton Jung (2009)
de mensuração monetária
Consequências
Tabela 1 - Principais danos tangíveis decorrentes de inundações em áreas urbanas
Danos Diretos Danos Indiretos

Danos físicos aos domicílios: construção e Custos de limpeza, alojamento e medicamentos. Realocação do tempo e dos gastos na
conteúdo das residências. reconstrução. Perda de renda.

Danos físicos ao comércio e serviços: Lucros cessantes, perda de informações e base de dados. Custos adicionais de criação de
construção e conteúdo (mobiliário, novas rotinas operacionais pelas empresas. Efeitos multiplicadores dos danos nos setores
estoques, mercadorias em exposição etc.) econômicos interconectados.

Danos físicos aos equipamentos e plantas Interrupção da produção, perda de produção, receita e, quando for o caso, de exportação.
industriais. Efeitos multiplicadores dos danos nos setores econômicos interconectados.

Danos físicos à infraestrutura Perturbações, paralisações e congestionamento nos serviços, custos adicionais de transporte.

Fonte: Elaboração própria baseada em Machado (2005) e Green, Parker & Tunstall (2000), apud Cançado (2009)
Consequências
Pessoas sendo resgatadas em inundação em Kerala/Índia (2018)

• Intangíveis: danos que referem-


se a bens de inviável precificação
como por exemplo a vida
humana, de bens de valor
histórico ou de objetos com valor
sentimental

Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Consequências
Tabela 2 - Principais danos intangíveis decorrentes de inundações em áreas urbanas
Danos Diretos Danos Indiretos

Ferimentos e perda de vida humana. Estados psicológicos de stress e ansiedade.

Doenças pelo contato com a água, como resfriados e Danos de longo prazo à saúde.
infecções.

Perda de objetos de valor sentimental. Falta de motivação para o trabalho.

Perda de patrimônio histórico ou cultural. Inconvenientes de interrupção e perturbações nas atividades econômicas, meios de
transporte e comunicação.

Perda de animais de estimação Perturbação no cotidiano dos moradores.

Fonte: Elaboração própria baseada em Machado (2005) e Green, Parker & Tunstall (2000), apud Cançado (2009)
Exemplo: Rio de Janeiro/Brasil (2011)
Tragédia na região serrana do Rio de Janeiro (2011)

• Ocorrido na região
Serrana do Rio de
Janeiro, em 11 e 12 de
janeiro de 2011, devido
às fortes chuvas que
causaram enchentes e
deslizamentos, foi
considerado a maior
catástrofe climática e
geotécnica do Brasil. Fonte: G1 Globo
Exemplo: Rio de Janeiro/Brasil (2011)
Grande destruiçõa na região serrana do Rio de Janeiro (2011)

• Causou:
- 947 mortes com 300
desaparecimentos;
- Mais de 50.000
desabrigados;
- Afetando cerca de
1.000.000 de
pessoas.

Fonte: Vladimir Platonow


Exemplo: Rio de Janeiro/Brasil (2011)

Caracterização das Bacias da Região


Tabela 3 - Análise das bacias de 6ª ordem da área mais afetada
Bacia Hidrográfica Perímetro Área Decli. Decli. Cota Máx. Cota Mín. Quant. de Densidade de
(km) (km²) Méd. Máx. Altitude Altitude Canais Canais (Comp.
(graus) (graus) (m) (m) Canais/Área da
Bacia)
Piabanha 141 514 24,45 71,82 2.253 437 839 1,34 km/km²

Rio Preto 188 1066 22,69 71,01 2.292 437 2.787 1,80 km/km²

Rio Grande 194 996 21,78 69,97 2.281 400 2.839 1,82 km/km²

Rio Macaé 118 306 25,12 71,88 1.842 419 1.081 2,05 km/km²

Fonte: Elaboração própria baseado em Dourado, Arraes e Silva (2012)


Exemplo: Rio de Janeiro/Brasil (2011)

Tabela 4 - Análise pluviométrica de estações da região de Nova Friburgo.


Estação Acumulado de Jan (11/01/2011) Precipitação entre 11/01 e 12/01 Pico máximo entre 11/01 e 12/01 Acumulado de Jan (12/01)

Ypu 114,4 mm 222,8 mm 61,8 mm/h 329,2 mm

Sítio Santa Paula - 240 mm 50 mm/h 573,6 mm

Olaria - 241,8 mm 54,8 mm/h 311 mm

Nova Friburgo - 182 mm 400 mm/h 480 mm

Fonte: Elaboração própria baseado em Dourado, Arraes e Silva (2012)


Exemplo: Europa Central (2021)
O rio Ahr invadiu suas margens na vila de Insul, Alemanha (2021)

• Ocorrido em partes da
Alemanha, Bélgica e Holanda,
especificamente nos
planaltos das montanhas
Eifel-Ardennes.
• Na Alemanha, os efeitos
concentraram-se nas bacias
hidrográficas dos rios Ahr,
Erft, Inde e Rur, com os mais
severos danos ocorrendo no
vale Ahr.
Fonte: The New York Times
Exemplo: Europa Central (2021)

• Mais de 180 pessoas Um homem caminha em direção a casas destruídas em Schuld, Alemanha (2021)

perderam a vida.
• E mais de 750 pessoas foram
feridas.
• Milhares foram afetados
economicamente.

Fonte: The New York Times


Exemplo: Europa Central (2021)
Chuvas na Europa no dia 14 de julho de 2021 (24hrs)

• Mais de 182 mm caíram em


72 horas em algumas áreas
entre os dias 12 e 15 de julho
de 2021, de acordo com o
Deutscher Wetterdienst - o
serviço meteorológico
alemão.
• A cidade de Cologne,
registrou mais de 153 mm de
chuva em 14 de julho.
• Diante de tantas inundações que ocorreram e ainda ocorrem pelo
mundo, levantamos a questão: quais nações e suas populações são
as mais vulneráveis ​ao risco de inundações no mundo?

• Utilizando de dados obtidos em um estudo recente publicado na


Nature, o gráfico a seguir mapeia o risco de inundação ao redor do
mundo, destacando os riscos potenciais de inundações internas e
costeiras.
Prevenção
Área de preservação permanente (APP)

• Algumas formas de prevenção de


enchentes e inundações:
• Construção de sistemas de
drenagem eficientes;
• Fiscalização e desocupação de
áreas de risco;
• Criação de reservas florestais
nas margens dos rios;

Fonte: Atlas Digital das Águas de Minas


Prevenção
Desassoreamento no Rio Tietê

• Redução da poluição e geração


de lixo;
• Planejamento urbano
adequado;
• Aplicação de obras de
engenharia como: barragens e
diques;
• Desassoreamento do leito dos
rios.
Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br
Prevenção

• Há também a substituição dos pisos impermeáveis por pisos


permeáveis
Concregrama ou Piso Grama Placas Cimentícias Permeáveis

Fonte: projetobatente.com.br
Conclusão

• Há soluções viáveis para o problema!


• Existe um descaso por parte da população?
• O que impede?
Referências
AMORIM, Sônia. BUSCH, Amarílis. A TRAGÉDIA DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO EM 2011:
PROCURANDO RESPOSTAS. Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Brasil, p. 20.

ARRAES, Thiago Coutinho. SILVA, Mariana Fernandes e. O MEGADESASTRE DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE
JANEIRO – AS CAUSAS DO EVENTO, OS MECANISMOS DOS MOVIMENTOS DE MASSA E A DISTRIBUIÇÃO
ESPACIAL DOS INVESTIMENTOS DE RECONSTRUÇÃO NO PÓS-DESASTRE. Anuário do Instituto de Geociências
- UFRJ ISSN 0101-9759 e-ISSN 1982-3908 - Vol. 35 - 2 / 2012 p. 43-54.

BAHIA. Superintendência de Proteção e Defesa Civil. INUNDAÇÃO E ALAGAMENTO – O QUE FAZER? Disponível
em http://www.defesacivil.ba.gov.br/?page_id=218, Acesso em: 30 de março de 2023.

CANÇADO, Vanessa Lucena. CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS DAS INUNDAÇÕES E VULNERABILIDADE:


DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO NOS DOMICÍLIOS E NA
CIDADE. 2009. UFMG, Tese de Doutorado, Belo Horizonte. xxiii, 394 f., enc.: il.

GREEN, C.H.; PARKER D.J.; TUNSTALL, S.M. ASSESSMENT OF FLOOD CONTROL AND MANAGEMENT
OPTIONS. Thematic Review IV.4. Cape Town: WORLD COMMISSION ON DAMS (WCD), nov. 2000, 183 p.
Referências
HADDAD, E.A., TEIXEIRA, E. ECONOMIC IMPACTS OF NATURAL DISASTERS IN MEGACITIES: THE CASE
OF FLOODS IN SÃO PAULO, BRAZIL. TD Nereus, 04-2013, São Paulo, 2013.

LICCO, Eduardo Antonio; DOWEL, Silvia Ferreira Mac. ALAGAMENTOS, ENCHENTES ENXURRADAS E
INUNDAÇÕES: DIGRESSÕES SOBRE SEUS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS E GOVERNANÇA. Revista de
Iniciação Científica, Tecnológica e Artística: Edição Temática em Sustentabilidade, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 160-174, dez. 2015.

MEDEIROS, Vanesca Sartorelli. BARROS, Mario Thadeu Leme de Barros. ANÁLISE DE EVENTOS CRÍTICOS DE
PRECIPITAÇÃO OCORRIDOS NA REGIÃO SERRANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOS DIAS 11 e 12 DE
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OLIVEIRA, Regina Célia de. A PROBLEMÁTICA DAS ENCHENTES E O PLANEJAMENTO URBANO. Rio Claro/SP,
24(2): 65-73, agosto 1999. UNESP.

PENA, Rodolfo F. Alves. "Enchentes"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/enchentes.htm.


Acesso em 15 de abril de 2023.

REIS, Patrícia Antunes dos. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS VULNERÁVEIS AS ENCHENTES E INUNDAÇÕES EM


ÁREAS URBANAS ATRAVÉS DE MODELOS TOPOGRÁFICOS E HIDRÁULICOS. Universidade Federal de
Uberlândia. FECIV. Uberlândia/SP, junho de 2015.
Referências
TUCCI, C. E. M. DRENAGEM URBANA. Porto Alegre: Editora da Universidade - UFRGS, p. 15 -37, 1995.

TUCCI, C. E. M.; BERTONI, J. C. (Org.). INUNDAÇÕES URBANAS NA AMÉRICA DO SUL. Porto Alegre. Associação
Brasileira de Recursos Hídricos. 2003.

TUCCI, C. E. M.; MENDES, C. A. AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE BACIA HIDROGRÁFICA. 2006.


MMA. 302 p. ISBN 85-7738-047-5
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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