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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Inundações: causas, impactos, medidas de mitigação e adaptação

Gito Gabriel

Nampula, 20 de Março de 2024


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Inundações: causas, impactos, medidas de mitigação e adaptação

Gito Gabriel

Trabalho de Campo de carácter avaliativo submetido ao Curso de Gestão


Ambiental/Departamento de Economia e Gestão.

Nampula, 20 de Março de 2024

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Indice

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Introdução

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1. CONCEITO DE INUNDAÇÕES

Conforme explica Zêzere et al. (2006, cit. Por Caomba, 2018) As inundações
são fenómenos hidrológicos extremos e de frequência variável que consistem na
submersão de uma área usualmente emersa. Ocorrem quando um determinado volume
de água ultrapassa os limites naturais de encaixe, ou das áreas de retenção, e invade as
áreas ao longo das costas dos oceanos e dos mares, ou ao longo das margens dos rios
e dos lagos, frequentemente ocupadas por atividades humanas.

Enquanto isso, Lourenço (2007, cit. Por Caomba, 2018) refere-se igualmente a
inundações como o transbordo de águas para o exterior dos locais que normalmente as
comportam, nomeadamente, os leitos normais, a linha de costa, as cavidades e galerias
subterrâneas e os coletores de águas pluviais.

1.1.Tipos de Inundações

Quanto a classificação das inundações, elas podem ser tipificadas em função da


sua evolução, do regime dos leitos e com base nas suas causas. Olhando para a função
da evolução, as inundações podem ser lentas, quando têm origem nas chuvas
prolongadas que resultam no aumento gradual de corpos de água, ou podem ser
rápidas, ou súbitas, quando têm origem em chuvas intensas que resultam no aumento
rápido de corpos de água (Castro et al., 2003, cit. Por Caomba, 2018). Em função do
regime dos leitos, as inundações podem ser torrenciais, quando derivam do aumento
do volume das águas dos rios e dos lagos, em consequência da ocorrência de chuvas
intensas, ciclones, marés altas, ou do colapso de represas, ou podem constituir
alagamentos, quando resultam da saturação do solo.

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Conforme afirma Caomba (2018), proveniência do volume de água que origina
o transbordo e alagamento das planícies adjacentes, ou seja, a génese da inundação é o
critério mais usual de classificação das inundações, para a grande maioria dos autores.
Com base neste critério, Lourenço (2007, cit. Por Caomba, 2018) classifica as
inundações em fluviais, marinhas, cársicas e em inundações rápidas urbanas. Com
base na sua génese, Ramos (2013a, cit. Por Caomba, 2018) classifica as inundações
em quatro tipos: inundações fluviais, inundações de depressões topográficas,
inundações costeiras e inundações urbanas.

Tipo Causa
Inundação fluvial Climática, climática e marítima, geológica e
geomorfológica, hidrogeomorfológica e antrópica.
Inundações de depressões Subida do lençol freático, retenção da água da
topográficas precipitação e cheias.
Inundação costeira Subida eustática do nível do mar, tsunami ou
maremotos.
Inundação urbana Chuva intensa com sobrecarga dos sistemas de
drenagem artificiais, subida do lençol freático e
cheias.

Fonte: Ramos (2013a, cit. Por Caomba, 2018)

1.2. Causa das inundações

De acordo com Abreu (2013, cit. Por Machava, 2021), as inundações urbanas
são decorrentes do processo de urbanização, onde chegam a causar a perda de vidas
humanas e a degradação do meio ambiente. MICOA (2005, cit. Por Machava, 2021)
defende que na maioria das cidades Moçambicanas, as inundações são causadas por
um conjunto de factores, como a precipitação intensa localizada, actividades dos
ciclones tropicais e a deficiente gestão das barragens quer no território nacional e nos
países vizinhos.

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Enquanto isso, Morcerf (2014, cit. Por Machava, 2021) refere que a ocorrência
das inundações nas zonas urbanas esta associada a quatro factores essenciais :
impermeabilização do solo, deposição do lixo nas valas de drenagens, construções
desordenadas e a ineficiência do sistema de drenagem de águas pluviais.

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Referências bibliográficas

Caomba, David. P.A (2018). Ocupações informais do solo urbano em Moçambique.


Analise dos factores de motivação e do risco de ocupação das planícies de inundações
na cidade de Lichinga. Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Minho,
Brasil.

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