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•Fundamentos
Soldagem a Arco Submerso
•Equipamentos
•Consumíveis
•Técnica operatória
•Aplicações Industriais
Fundamentos
Definição
A soldagem a arco submerso (Submerged
Arc Welding-SAW) é um processo que
Soldagem a Arco Submerso
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Soldagem a Arco Submerso Fundamentos
Fundamentos
A adição de metal é feita com o próprio eletrodo,
que tem forma de fio ou fita e é alimentado por um
dispositivo mecânico, podendo ser suplementada por
outros eletrodos ou materiais contidos no fluxo de
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soldagem.
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Fundamentos
O metal fundido e solidificado forma o cordão de
solda e a parte fundida do fluxo forma uma escória
que sobrenada a poça de fusão e se solidifica à
medida que o arco se afasta, formando uma camada
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Fundamentos
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Fundamentos
Taxas de deposição possíveis com diferentes processos
e técnicas de soldagem:
Soldagem a Arco Submerso
Taxa de
Processo de soldagem
deposição
SMAW 0,5 a 3,0
GMAW 1,0 a 8,0
FCAW 2,0 a 12,0
SAW (1 arame) 3,0 a 20,0
SAW (2 arames) 12,0 a 40,0
(Taxas aproximadas, ciclo de trabalho de 100%)
Fundamentos
A soldagem SAW é um processo estável e suave, que
gera poucos fumos de soldagem e quase nenhum
respingo, e resulta em cordões com acabamento
uniforme e com uma transição suave entre o metal
de solda e o metal de base.
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Fundamentos
A soldagem a arco submerso pode ser usada para
fazer soldas em juntas de topo, de filete e
sobrepostas. Soldas satisfatórias podem ser feitas
em declive com ângulos de até 15° com a horizontal.
Soldagem a Arco Submerso
Equipamentos
O equipamento básico para a soldagem a arco
submerso consiste de uma fonte de energia, tocha de
soldagem, alimentador de arame, sistema de controle,
dispositivo para alimentação do fluxo e cabos
elétricos.
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Soldagem a Arco Submerso Soldagem a Arco Submerso
Equipamentos
Equipamentos
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Equipamentos
A tocha de soldagem consiste do bico de contato
deslizante, de cobre, de um sistema para fixação do
cabo de saída da fonte e de um suporte isolante. Os
bicos de contato devem ser adequados para cada
diâmetro de arame que vai ser usado.
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Equipamentos
Sistemas para recuperação aspiram o fluxo não
fundido durante a operação e o devolvem ao porta-
fluxo e podem ter sistemas para manter o aquecimento
deste fluxo durante a operação.
O sistema de controle permite o ajuste dos diversos
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Equipamentos
Pode ainda suportar outros dispositivos, como os
trilhadores de junta.
soldagem.
Variações do processo
• soldagem com arames múltiplos (até 6): na técnica
“tander-arc” os arames formam arcos distintos e na
técnica “twin-arc” dois arames finos são alimentados
simultaneamente, formando um único arco elétrico;
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Variações do processo
Consumíveis
Os consumíveis usados na soldagem a arco submerso
são os eletrodos e os fluxos de soldagem.
Os eletrodos podem ser arames sólidos, tubulares ou
fitas e são fornecidos na forma de carretéis ou
bobinas, em diferentes dimensões e quantidades.
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Consumíveis
Quanto ao processo de fabricação, os fluxos podem
ser fundidos e aglomerados. Os fluxos mais utilizados
são os aglomerados.
Os fluxos fundidos são produzidos pela fusão da
mistura de seus componentes em fornos elétricos e
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Consumíveis
Na fabricação de fluxos aglomerados os ingredientes
são pulverizados, misturados a seco e aglomerados com
silicato de potássio, de sódio ou uma mistura dos dois.
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Consumíveis
Os fluxos aglomerados podem ter composição química
muito mais variada que fluxos fundidos e são de menor
custo. Este é o tipo de fluxo mais usado no Brasil.
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Consumíveis
Quanto as características químicas, os fluxos podem
ser classificados como básicos, ácidos ou neutros. As
propriedades do metal depositado são influenciadas
pela basicidade do fluxo. Vários “índices de basicidade
(B)” foram desenvolvidos com o objetivo de quantificar
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estes efeitos:
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Consumíveis
Consumíveis
Os fluxos também são classificados quanto a sua
influência sobre a composição química do metal
depositado e podem ser ativos, neutros ou ligados.
Fluxos neutros são aqueles que praticamente não
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Consumíveis
Exemplo de influência da corrente e tensão de
soldagem na transferência de Cr e Mo de um fluxo
ativo na soldagem com eletrodo de aço não ligado.
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Consumíveis
Limite de Alongamento
Classificação Limite de resistência escoamento em
MPa (ksi) mínimo 0,2% 51 mm
MPa (ksi) (%)
F43XX (F6XX) – EXXX (*) 430-560 (60-80) 330 (48) 22
F48XX (F7XX) -EXX-XX(*) 480-660 (70-95) 400 (58) 22
F55XX (F8XX) -EXX-XX 550-700 (80-100) 470 (68) 20
F62XX (F9XX) -EXX-XX 620-760 (90-110) 540 (78) 17
F69XX (F10XX) -EXX-XX 690-830 (100-120) 610 (88) 16
F76XX (F11XX) -EXX-XX 760-900 (110-130) 680 (98) 15
F83XX (F12XX) -EXX-XX 830-970 (120-140) 740 (108) 14
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Soldagem a Arco Submerso Consumíveis
Consumíveis
Os arames são especificados com base em sua
composição química, em três tipos: de baixo (L), médio
(M) e alto (H) teor de manganês.
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Consumíveis
As propriedades reais do metal depositado com uma
dada combinação eletrodo-fluxo dependem do
procedimento de soldagem específico usado na
operação.
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Técnica Operatória
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Técnica Operatória
Técnica Operatória
As principais variáveis operacionais na soldagem por
arco submerso, em ordem aproximada de importância,
são:
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Técnica Operatória
A corrente é a variável mais importante pois influi
diretamente na taxa de fusão do eletrodo na taxa de
deposição, na penetração, no reforço e na diluição.
Correntes muito elevadas resultam em cordões com
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Técnica Operatória
A tensão influi diretamente no comprimento do arco,
na largura do cordão e no consumo de fluxo e
inversamente na penetração e no reforço. Ela tem
pouco efeito sobre a taxa de deposição. A tensão do
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Técnica Operatória
O diâmetro do eletrodo afeta a geometria do cordão e
a taxa de deposição, para uma corrente fixa. Para um
valor fixo de corrente, a largura do cordão aumenta e
a penetração e a taxa de deposição tendem a cair com
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o aumento do diâmetro
Técnica Operatória
Faixa de corrente para arames de aço de
diferentes diâmetros
Diâmetro do arame Corrente de soldagem
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(mm) (A)
1,6 100 a 300
2,0 200 a 500
2,4 300 a 600
3,2 300 a 800
4,0 400 a 900
4,8 500 a 1200
5,6 600 a 1300
6,4 600 a 1600
8,0 1000 a 2500
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Técnica Operatória
entre 20 e 40 mm.
A largura e a altura da camada de fluxo influenciam a
aparência da solda e o arco de soldagem. Camada de
fluxo muito espessa resulta em solda com aparência
pastosa e áspera. Os gases gerados não podem escapar
imediatamente, e a superfície da solda fica irregular.
Com uma camada de fluxo muito estreita, o arco não
ficará inteiramente submerso no fluxo ocorrendo
clarões (“flashing”) e respingos. A solda terá uma
aparência ruim e poderá ficar porosa.
Técnica Operatória
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Aplicações Industriais
A soldagem a arco submerso é usada em uma larga
faixa de aplicações industriais.
Aplicações Industriais
A soldagem a arco submerso é muito utilizada também
na manutenção e recuperação das peças metálicas e na
recuperação de cilindros de laminação e de rolos de
lingotamento contínuo, cones de altos-fornos, material
rodante e outras superfícies desgastadas em geral.
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