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Soldagem com Arco Submerso

•Fundamentos
Soldagem a Arco Submerso

•Equipamentos
•Consumíveis
•Técnica operatória
•Aplicações Industriais

Fundamentos

Definição
A soldagem a arco submerso (Submerged
Arc Welding-SAW) é um processo que
Soldagem a Arco Submerso

produz a coalescência entre metais pelo


aquecimento destes com um arco elétrico
estabelecido entre um eletrodo metálico
revestido e a peça que está sendo soldada
sob uma camada de um material granulado
fusível, chamado fluxo, que é colocado sobre
a região de solda, protegendo-o da
contaminação pela atmosfera.

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Soldagem a Arco Submerso Fundamentos

Fundamentos
A adição de metal é feita com o próprio eletrodo,
que tem forma de fio ou fita e é alimentado por um
dispositivo mecânico, podendo ser suplementada por
outros eletrodos ou materiais contidos no fluxo de
Soldagem a Arco Submerso

soldagem.

A operação é normalmente mecanizada, embora


possa também ser modo semi-automática.

Uma vez aberto o arco, eletrodo e fluxo são


alimentados continuamente enquanto a tocha é
deslocada. O calor gerado pelo arco funde o
eletrodo e parte da camada de fluxo e do metal de
base, formando a poça de fusão.

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Fundamentos
O metal fundido e solidificado forma o cordão de
solda e a parte fundida do fluxo forma uma escória
que sobrenada a poça de fusão e se solidifica à
medida que o arco se afasta, formando uma camada
Soldagem a Arco Submerso

protetora que evita a contaminação do cordão e


reduz sua velocidade de resfriamento.

A parte não fundida do fluxo pode ser reciclada em


novas operações, desde que não esteja contaminada.

Como o arco não é visível, não há necessidade de uso


de dispositivos de proteção contra a radiação
emitida pelo arco. Esta característica, contudo,
dificulta a operação semi-automática.

Fundamentos

Os eletrodos para soldagem a arco submerso têm


diâmetro geralmente entre 2,4 e 6 mm.
Soldagem a Arco Submerso

Alta densidade de corrente, numa ampla faixa, de


forma que o processo é usado para espessuras a
partir de 3,0mm, com elevada taxa de deposição.

Variações do processo: mais de um eletrodo e adição


de pó metálico ao fluxo permitem elevar ainda mais a
taxa de deposição.

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Fundamentos
Taxas de deposição possíveis com diferentes processos
e técnicas de soldagem:
Soldagem a Arco Submerso

Taxa de
Processo de soldagem
deposição
SMAW 0,5 a 3,0
GMAW 1,0 a 8,0
FCAW 2,0 a 12,0
SAW (1 arame) 3,0 a 20,0
SAW (2 arames) 12,0 a 40,0
(Taxas aproximadas, ciclo de trabalho de 100%)

Fundamentos
A soldagem SAW é um processo estável e suave, que
gera poucos fumos de soldagem e quase nenhum
respingo, e resulta em cordões com acabamento
uniforme e com uma transição suave entre o metal
de solda e o metal de base.
Soldagem a Arco Submerso

A principal limitação da soldagem SAW: usado


apenas nas posições plana e horizontal (alta
intensidade de corrente ! volume grande da poça
de fusão, o metal líquido tende a escorrer para fora
da junta). Além disso, o fluxo é constituído por um
material granular.
Dispositivos especiais podem ser usados para
permitir a soldagem de topo na posição horizontal. A
soldagem circunferencial pode ser feita usando-se
viradores.

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Fundamentos
A soldagem a arco submerso pode ser usada para
fazer soldas em juntas de topo, de filete e
sobrepostas. Soldas satisfatórias podem ser feitas
em declive com ângulos de até 15° com a horizontal.
Soldagem a Arco Submerso

A utilização de uma combinação adequada entre


metal de adição, fluxo e técnica permite a soldagem
tanto para união quanto enchimento e revestimento
de peças metálicas.

No Brasil, devido à disponibilidade de fluxos e


eletrodos, o processo tem sido usado em aços-
carbono, aços de baixa liga, aços inoxidáveis e alguns
tipos de revestimento.

Equipamentos
O equipamento básico para a soldagem a arco
submerso consiste de uma fonte de energia, tocha de
soldagem, alimentador de arame, sistema de controle,
dispositivo para alimentação do fluxo e cabos
elétricos.
Soldagem a Arco Submerso

Alguns destes elementos estão montados num único


conjunto chamado de cabeçote de soldagem, usado
particularmente na soldagem mecanizada.

Outros dispositivos podem ser usados para


deslocamento da tocha de soldagem ou da peça;
sistemas óticos ou eletrônicos são úteis no controle do
posicionamento da tocha em relação à junta durante a
soldagem (trilhadores de junta) e sistemas para
reciclagem de fluxo podem simplificar a operação.

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Soldagem a Arco Submerso Soldagem a Arco Submerso

Equipamentos
Equipamentos

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Equipamentos
A tocha de soldagem consiste do bico de contato
deslizante, de cobre, de um sistema para fixação do
cabo de saída da fonte e de um suporte isolante. Os
bicos de contato devem ser adequados para cada
diâmetro de arame que vai ser usado.
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O alimentador de arame consiste de um suporte para a


bobina de eletrodo, um motor com controlador de
velocidade de giro e um conjunto de roletes de
alimentação. A velocidade de alimentação usualmente
varia entre 8 e 235 mm/s.

O alimentador de fluxo é composto por um porta-


fluxo, mangueira condutora e um bocal de saída
(concêntrico com a tocha de soldagem ou colocado à
frente desta). Em geral o fluxo é alimentado por
gravidade.

Equipamentos
Sistemas para recuperação aspiram o fluxo não
fundido durante a operação e o devolvem ao porta-
fluxo e podem ter sistemas para manter o aquecimento
deste fluxo durante a operação.
O sistema de controle permite o ajuste dos diversos
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parâmetros de soldagem, como velocidade de


alimentação de arame, velocidade de deslocamento e a
tensão de soldagem.
Os cabos servem para conduzir a corrente de
soldagem e devem ter um diâmetro compatível com a
corrente a ser usada.
O cabeçote de soldagem mecanizada geralmente
consiste de uma “tartaruga”com velocidade ajustável,
que se desloca por um trilho colocado sobre a peça ou
um outro suporte e sustenta os alimentadores de
arame, de fluxo e a tocha de soldagem

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Equipamentos
Pode ainda suportar outros dispositivos, como os
trilhadores de junta.

Quando se usa este equipamento, o cabeçote possui


também movimento na direção transversal ao eixo de
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soldagem.

Em alguns casos, o cabeçote pode ficar parado


enquanto a peça é movimentada por posicionadores ou
viradores, como, por exemplo, na soldagem
circunferencial de tubos.

A velocidade máxima de soldagem é da ordem de 45


mm/s. O cabeçote de soldagem pode também ser
suportado por um manipulador com movimentos
lineares nos três eixos.

Variações do processo
• soldagem com arames múltiplos (até 6): na técnica
“tander-arc” os arames formam arcos distintos e na
técnica “twin-arc” dois arames finos são alimentados
simultaneamente, formando um único arco elétrico;
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• soldagem com elevado “stickout” que permite


aumentar a taxa de deposição para um determinado
nível de corrente;

• soldagem em chanfro estreito (“narrow-gap”), que


utiliza cabeçotes especiais na soldagem de peças
espessas com pequena abertura de raiz e ângulo de
chanfro entre 5o e 10o, (economia de material menores
energias de soldagem);

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Variações do processo

• soldagem com eletrodo


em forma de fita
(espessura da ordem de
0,5mm e largura de 15 a
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90 mm) para produzir


cordões largos e com
baixa diluição, bastante
adequados para operações
de revestimento e

• soldagem com adição de


pó metálico ao fluxo, que
aumenta a taxa de
deposição (enchimento de
chanfros).

Consumíveis
Os consumíveis usados na soldagem a arco submerso
são os eletrodos e os fluxos de soldagem.
Os eletrodos podem ser arames sólidos, tubulares ou
fitas e são fornecidos na forma de carretéis ou
bobinas, em diferentes dimensões e quantidades.
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Os fluxos são compostos por uma mistura de óxidos e


outros minerais, podendo ainda conter ferro-ligas e
têm diversas funções na operação: estabilizar o arco,
fornecer elementos de liga para o metal de solda,
proteger o arco e o metal aquecido da contaminação
pela atmosfera, minimizar as impurezas no metal de
solda, formar escória com determinadas propriedades
físicas e químicas (que podem influenciar o aspecto e o
formato do cordão de solda, sua destacabilidade, a
ocorrência de mordeduras, etc).

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Consumíveis
Quanto ao processo de fabricação, os fluxos podem
ser fundidos e aglomerados. Os fluxos mais utilizados
são os aglomerados.
Os fluxos fundidos são produzidos pela fusão da
mistura de seus componentes em fornos elétricos e
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depois e resfriados em água ou coquilha, resultando


num produto com uma aparência cristalina, que é
secado, britado, moído, peneirado e finalmente
embalado.
Apresentam boa homogeneidade química, não são
higroscópicos e têm manuseio e armazenagem
simplificados. São facilmente reciclados, sem mudança
significativa na granulometria ou composição, mas é
difícil adicionar desoxidantes e ferro-ligas durante
sua fabricação, sem segregação ou altas perdas. Assim
a faixa de composições dos fluxos fundidos é limitada.

Consumíveis
Na fabricação de fluxos aglomerados os ingredientes
são pulverizados, misturados a seco e aglomerados com
silicato de potássio, de sódio ou uma mistura dos dois.

Depois a mistura úmida é pelotizada e cozida a uma


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temperatura geralmente entre 600 e 950oC. O


material obtido é moído, peneirado e embalado.

Neste tipo de fluxo é fácil a adição de desoxidantes e


elementos de liga, ele pode ser usado em camadas mais
grossas e é fácil de ser identificado pela cor.
Higroscópico, gera alguma fumaça quando fundido e
pode sofrer mudanças na composição devido à
segregação ou remoção de partículas.

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Consumíveis
Os fluxos aglomerados podem ter composição química
muito mais variada que fluxos fundidos e são de menor
custo. Este é o tipo de fluxo mais usado no Brasil.
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O tamanho e a distribuição das partículas do fluxo são


importantes porque influenciam sua alimentação e
recuperação, além do nível de corrente e o formato do
cordão de solda. À medida que a corrente aumenta, a
quantidade de partículas de tamanho médio deve
decrescer e a quantidade das pequenas deve crescer,
para fluxos fundidos. Se a corrente é muito alta para
um determinado tamanho de partícula, o arco pode
ficar instável e deixar as extremidades do cordão
irregulares e desiguais.

Consumíveis
Quanto as características químicas, os fluxos podem
ser classificados como básicos, ácidos ou neutros. As
propriedades do metal depositado são influenciadas
pela basicidade do fluxo. Vários “índices de basicidade
(B)” foram desenvolvidos com o objetivo de quantificar
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estes efeitos:

CaO + CaF2 + MgO + K2O + Na2O + ½(MnO + FeO)


B = ----------------------------------------------------------------------,
SiO2 + ½ (Al2O3 + TiO2 + ZrO2)

CaO, MgO, etc., são as percentagens em peso dos


diferentes componentes do fluxo.

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Consumíveis

Se este índice for maior que 1 o fluxo é quimicamente


básico, se for menor que 1 o fluxo é ácido, se for
próximo a 1 ele tende a ser quimicamente neutro.
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Fluxos de maior basicidade tendem a reduzir os teores


de oxigênio, enxofre e fósforo do metal depositado,
melhorando assim as propriedades mecânicas, em
particular a resistência à fratura frágil. Fluxos ácidos
tendem a produzir metal depositado com teores de
oxigênio, fósforo e enxofre mais altos.

Consumíveis
Os fluxos também são classificados quanto a sua
influência sobre a composição química do metal
depositado e podem ser ativos, neutros ou ligados.
Fluxos neutros são aqueles que praticamente não
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influenciam na composição química do metal


depositado.
Fluxos ativos incorporam elementos de liga como o Mn
e Si na solda
Fluxos ligados adicionam outros elementos, além do Si
e Mn, ao metal depositado. A soldagem com este tipo
de fluxo deve ser cuidadosamente controlada, já que
variações nos parâmetros, particularmente na tensão,
influenciam a transferência de elementos de liga para
a solda e, portanto, a sua composição química.

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Consumíveis
Exemplo de influência da corrente e tensão de
soldagem na transferência de Cr e Mo de um fluxo
ativo na soldagem com eletrodo de aço não ligado.
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Corrente Tensão Composição da solda (% peso)


(A) (V) Cr Mo
500 26 2,3 0,41
500 29 2,9 0,49
500 32 3,5 0,59
400 27 2,5 0,43
600 27 2,0 0,33

Consumíveis

Propriedades mecânicas do metal depositado.


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Limite de Alongamento
Classificação Limite de resistência escoamento em
MPa (ksi) mínimo 0,2% 51 mm
MPa (ksi) (%)
F43XX (F6XX) – EXXX (*) 430-560 (60-80) 330 (48) 22
F48XX (F7XX) -EXX-XX(*) 480-660 (70-95) 400 (58) 22
F55XX (F8XX) -EXX-XX 550-700 (80-100) 470 (68) 20
F62XX (F9XX) -EXX-XX 620-760 (90-110) 540 (78) 17
F69XX (F10XX) -EXX-XX 690-830 (100-120) 610 (88) 16
F76XX (F11XX) -EXX-XX 760-900 (110-130) 680 (98) 15
F83XX (F12XX) -EXX-XX 830-970 (120-140) 740 (108) 14

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Soldagem a Arco Submerso Consumíveis

Consumíveis
Os arames são especificados com base em sua
composição química, em três tipos: de baixo (L), médio
(M) e alto (H) teor de manganês.
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Dentro de cada grupo, os arames podem ter diferentes


teores de carbono e teores de silício baixo ou alto (K).
De uma forma geral, os arames com maiores teores de
carbono, manganês e silício favorecem a deposição de
cordões com maior resistência e dureza
O silício aumenta a fluidez da poça de fusão,
melhorando o formato de cordões depositados com
alta velocidade de soldagem e aumentando a
resistência à porosidade.

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Consumíveis
As propriedades reais do metal depositado com uma
dada combinação eletrodo-fluxo dependem do
procedimento de soldagem específico usado na
operação.
Soldagem a Arco Submerso

Por outro lado, existe um número relativamente grande


de consumíveis disponíveis comercialmente, muitos
desenvolvidos para situações especiais, e que não
foram enquadrados nas especificações usuais.
A seleção final de uma combinação eletrodo-fluxo
geralmente é feita com base na soldagem de corpos de
prova de qualificação, segundo uma determinada
norma, e na avaliação ou medida das propriedades de
interesse da solda desejada.

Técnica Operatória

Além das variações já citadas, outras técnicas podem


ser usadas para aumentar ainda mais a velocidade de
soldagem ou de enchimento da junta:
Soldagem a Arco Submerso

• adições de arames sólidos e tubulares frios podem


produzir aumentos na taxa de deposição de até 73%,
mas com penetração mais baixa.

• adições de arame quente são muito mais eficientes


do que arames frios e a taxa de deposição pode ser
aumentada de 50% a 100% sem prejuízo das
propriedades do metal de solda. O processo requer
equipamento adicional e maior atenção do operador.

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Técnica Operatória

Adição de pó metálico ao fluxo pode aumentar as taxas


de deposição em até 70% mas diminui a penetração e a
diluição. Os pós podem ser adicionados à frente da
Soldagem a Arco Submerso

poça de fusão ou diretamente nela. A adição de pó não


requer energia adicional, não deteriora a resistência
do metal de solda nem aumenta riscos de fissuração.

O uso de técnicas especiais para aumento na taxa de


deposição deve ser acompanhado de outros cuidados
especiais, como: projeto e preparação da junta,
seqüência de soldagem e fixação das peças adequadas.

Técnica Operatória
As principais variáveis operacionais na soldagem por
arco submerso, em ordem aproximada de importância,
são:
Soldagem a Arco Submerso

• valor e tipo de corrente,


• tipo de fluxo e distribuição das partículas,
• tensão,
• velocidade de soldagem,
• diâmetro do eletrodo,
• extensão do eletrodo,
• tipo de eletrodo e
• largura e profundidade da camada de fluxo.

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Técnica Operatória
A corrente é a variável mais importante pois influi
diretamente na taxa de fusão do eletrodo na taxa de
deposição, na penetração, no reforço e na diluição.
Correntes muito elevadas resultam em cordões com
Soldagem a Arco Submerso

elevada razão penetração/largura, favorecendo a


fissuração a quente, reforço excessivo e formação de
mordeduras.
Correntes muito baixas promovem penetração ou fusão
incompletas.
O tipo de corrente mais usado é a CC+ (maior
penetração). CC- aumenta a taxa de fusão. CA
apresenta resultados intermediários e minimiza a
ocorrência de sopro magnético, particularmente na
soldagem com arames múltiplos.

Técnica Operatória
A tensão influi diretamente no comprimento do arco,
na largura do cordão e no consumo de fluxo e
inversamente na penetração e no reforço. Ela tem
pouco efeito sobre a taxa de deposição. A tensão do
Soldagem a Arco Submerso

arco pode ter forte influência na composição química e


nas propriedades de soldas feitas com fluxo ativo.
Tensão excessivamente alta aumenta a dificuldade
para remoção de escória.

As dimensões transversais do cordão de solda são


inversamente proporcionais à velocidade de soldagem,
isto é, largura, penetração e reforço tendem a diminuir
com o aumento da velocidade. Velocidade muito alta
promove a ocorrência de mordedura, porosidade e
cordão irregular.

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Técnica Operatória
O diâmetro do eletrodo afeta a geometria do cordão e
a taxa de deposição, para uma corrente fixa. Para um
valor fixo de corrente, a largura do cordão aumenta e
a penetração e a taxa de deposição tendem a cair com
Soldagem a Arco Submerso

o aumento do diâmetro

A estabilidade do arco e a facilidade de abertura


deste também diminuem para eletrodos de maior
diâmetro.

Como ocorre em outros processos, para cada diâmetro


de eletrodo existe uma faixa de valores de corrente
recomendada. Maior produtividade é obtida no limite
superior das faixas

Técnica Operatória
Faixa de corrente para arames de aço de
diferentes diâmetros
Diâmetro do arame Corrente de soldagem
Soldagem a Arco Submerso

(mm) (A)
1,6 100 a 300
2,0 200 a 500
2,4 300 a 600
3,2 300 a 800
4,0 400 a 900
4,8 500 a 1200
5,6 600 a 1300
6,4 600 a 1600
8,0 1000 a 2500

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Técnica Operatória

A extensão do eletrodo (comprimento energizado do


arame) tem o mesmo efeito já citado em outros
processos de soldagem. Em geral, usam-se valores
Soldagem a Arco Submerso

entre 20 e 40 mm.
A largura e a altura da camada de fluxo influenciam a
aparência da solda e o arco de soldagem. Camada de
fluxo muito espessa resulta em solda com aparência
pastosa e áspera. Os gases gerados não podem escapar
imediatamente, e a superfície da solda fica irregular.
Com uma camada de fluxo muito estreita, o arco não
ficará inteiramente submerso no fluxo ocorrendo
clarões (“flashing”) e respingos. A solda terá uma
aparência ruim e poderá ficar porosa.

Técnica Operatória

A espessura ótima da camada de fluxo deve ser


estabelecida na prática, em função das outras
condições da soldagem, acrescentando lentamente o
fluxo até o arco ficar completamente submerso e não
Soldagem a Arco Submerso

mais se observam o clarão do arco.

A inclinação da peça ou da tocha durante a soldagem


podem afetar o formato do cordão de solda. A maioria
das soldas são feitas na posição plana. Entretanto,
algumas vezes é necessário ou desejável soldar com a
peça levemente inclinada para que a tocha avance em
declive ou aclive.

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Aplicações Industriais
A soldagem a arco submerso é usada em uma larga
faixa de aplicações industriais.

Soldas de alta qualidade, altas taxas de deposição,


grande penetração e adaptação à automação tornam o
Soldagem a Arco Submerso

processo adequado para a fabricação em larga escala,


encontrando grande aplicação em estaleiros,
caldeirarias de médio e grande porte, mineradoras,
siderúrgicas, fábricas de perfis e estruturas
metálicas.

SAW vem sendo usada na fabricação de vasos de


pressão, navios, vagões, tubos com costura e no
revestimento ou recuperação de peças com
propriedades especiais como elevada resistência ao
desgaste abrasivo e tenacidade, entre outras.

Aplicações Industriais
A soldagem a arco submerso é muito utilizada também
na manutenção e recuperação das peças metálicas e na
recuperação de cilindros de laminação e de rolos de
lingotamento contínuo, cones de altos-fornos, material
rodante e outras superfícies desgastadas em geral.
Soldagem a Arco Submerso

O processo é usado para soldar peças com espessura a


partir de 1,5 mm até chapas com 300mm de espessura,
porém não é aplicável para todos os metais e ligas. Ele
é largamente usado em aços carbono, aços estruturais
de baixa liga e aços inoxidáveis e ainda alguns aços
estruturais de alta resistência, aços de alto carbono e
ligas de níquel.
As composições de ligas que podem ser soldadas por
SAW têm se expandido com a crescente
disponibilidade de eletrodos e fluxos.

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