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DOMINGUES, Ivan. O intelectual público, a ética republicana e a fratura do éthos da


ciência. Scientiae Studia, v. 9, n. 3, p. 463-85, 2011.

Isis Valentina Inacia Borges1

No artigo intitulado “O intelectual público, a ética republicana e a fratura do


éthos da ciência”, Ivan Domingues discorre a partir do aparecimento do intelectual
público(frança) com vistas humanistas ligada a ética republicana e seu alongamento nos
fazeres da ciência ao construir sua ética. Se observa o desaparecimento da figura de um
intelectual público e os papeis de boss/business no atual fazer científico. A priore o autor
constrói o surgimento, papel, ápice e decadência do intelectual público. Os
questionamentos vão no sentido de uma nova construção do intelectual moderno a partir
dos moldes franceses e estadunidenses.

Nos moldes americanos, se constrói o cientista como um tipo singular, a ética e


a natureza do trabalho intelectual dignos de atenção pública. Para o autor, no Brasil
atual, as camadas em que este intelectual público suprimiu dentro e fora dos meios
científicos. Os intelectuais Fritz Ringer (2000) e Tony Judt (2007), são considerados por
Ivan como boas fontes para se tratar sobre o intelectual do ocidente. No cerne do artigo
há também, a problematização em torno do aparecimento do intelectual e do seu fazer
na atualidade. Segundo o texto a França construiu a ideia do intelectual como figura
política e que propõe novas construções sociais.

Sendo assim, o intelectual adentrando o meio político passa a adentrar também o


ambiente público, assim na França e outros países, como no Brasil. Levado através de
uma perspetiva mais radical e com governantes em descrédito resultando na maior
revolução intelectual e voraz, a Revolução Francesa. Nesse recorte Histórico, se encerra
a figura do intelectual total engajado para dar lugar ao novo intelectual singular,
ocupando o ambiente público sem engajamento político e com opiniões técnicas
questionadas. A partir da conceituação do termo enjeux, podemos perceber que pode
incluir ou excluir, comparando o viés político e suas interlocuções com as
personalidades e o mundo acadêmico. Pode-se observar também que o intelectual

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Discente do Mestrado em Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, disciplina de
Metodologia da pesquisa. E-mail: d201220082@uftm.edu.br
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público moderno dentro do seu campo de trabalho explorando virtudes no campo moral,
ético, de humanidade, etc. Nessa perspetiva, os tipos de intelectuais, o autor diferencia as
duas fases da ciência como prática social para extração do éthos, evidenciando a ligação
entre a ciência tradicional e a ética republicana, a quebra do éthos da ciência acadêmica, a
priori interligar o éthos da ciência e reconstruir o intelectual público.
Decorrente dessas mudanças o intelectual público percorre outro caminho, sobre forte
influência agora estadunidense em sua experiência contemporânea. Sendo assim abordado
primeiramente por Robert Merton ponderando o éthos, da ciência acadêmica que se
adequa ao mercado industrial á qual se refere John Ziman. Ao compreender de o fato que
cientista e a ciência se assimilam mas também que podem ser retratados de formar
adversas em suas concepções.

No texto da globalização o fator científico que identifica a ciência básica deve ser
restituído de maneira a contrapor os moldes proporcionado pela ciência taylorista, n
Nessa fase o artigo caminha para a compreensão e da conjugação da ciência pós
acadêmica impulsionada pela modernização industrial com berço na acadêmica. Sendo
assim rreestrturando um novo formato de ciência acadêmica passando integrar a vida
social para meio de estudos científicos, desta forma levando para o pesquisador a
responsabilidade resultantes de seus pensamentos.

Desta forma há uma problemática com a ciência pós acadêmica se preconiza em


estabelecer a relevância para qual funcionalidade está sendo empregada de fato, visto que
a sua priori tem sido esquematizada para contribuir apenas aos modos operantes do
produtivismo. A conjuntura ainda cria sobretudo no Brasil má disparidade de alcance dos
intelectuais que infelizmente são discutidos apenas em suas áreas de estudos não
realizando uma interdisciplinaridade científica.

Por tanto se pode encarar a forma como se é tratado os trabalhos acadêmicos e suas “
inteligências “ disciplinar na construção científica da ética e da moralidade, cabe aos
novos intelectuais romper com essa estrutura social e cultural para a adequação e
transformação da ciência prática e teórica.

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