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Resumo História do Constitucionalismo

As transformações que ocorreram durante o período Moderno em âmbitos


sociais, intelectuais e políticos impulsionaram ainda mais a necessidade de
regulamentação do poder e criação de um Estado Nacional. Importante citar o
papel do Racionalismo, corrente de conhecimento que valoriza o uso do logos
como resposta aos anseios do ser humano livre e racional, que esteve
presente desde os Gregos e se vigorou no período Iluminista, difundido
fortemente por pensadores iluministas como Descartes e Locke
Dessa forma, a razão passou a mediar as relações, principalmente no quesito
político-religioso, já que anteriormente o poder era fortemente influenciado pela
religião. Por conseguinte, com o movimento, ela perdeu seu status e iniciou-se
o processo de secularização, o qual ainda continua presente. Além disso, o
movimento de separação também foi abordado dentro da própria Igreja.
Ainda em relação a cisão do poder da Igreja, divide-se os tipos Iluministas em
primevo (filósofos, como Descartes e Isaac Newton, que objetivavam adaptar
a Igreja aos novos avanços e concepções científicas) e radicais (pensadores
que buscavam a primazia da razão e difundiam suais ideias na sociedade de
um modo geral). Esta última corrente influenciou as universidades, promoveu a
laicização de aspectos culturais e o envolvimento dos cidadãos no âmbito
político-social.
Esse ambiente de anseio pela democracia, ao capitalismo à urbanização, a
desestabilização dos senhores feudais foi favorável a eclosão do
Constitucionalismo Moderno, prosseguido da Constituição formal.
O surgimento do Constitucionalismo Moderno foi produto de três concepções: o
individualismo, como valorização do individuo em contraposição ao “todo” ou
“grupo” e da divisão estamental. Além disso, a valorização dos direitos naturais
e o homem como mediador das suas relações.
Em segundo lugar, o contratualismo como expressão da vontade humana em
detrimento do poder divino do rei, teve seu início com os Estados absolutistas
juntamente aos ideais iluministas. Os homens nascem em seu estado de
natureza totalmente livres, mas por necessidade de regulamentação se
submetem ao Estado, oferecendo seus direitos, para que ele os assegure e
também uma boa vida em sociedade. Em síntese, a Constituição é
representação do contrato firmado entre individuo e Estado.
Por último, a expansão do direito positivo na política, buscando a
constitucionalidade das leis e o limite ao exercício do poder político pelos
alicerces jurídicos, visto que anteriormente o rei produzia as leis mas não se
submetia a elas e obtinha toda a força política sobre a sociedade como um
déspota ou tirano. Esta visão foi superada com o Constitucionalismo,
estabelecendo concordância ao princípio da legalidade.

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