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TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América: a questão do outro. 2ª. ed.

, São Paulo:
Martins Fontes, 1993 (1ª. edição, em francês: 1982), Parte II – Conquistar: “As razões da
vitória”; “Montezuma e os signos”

II Conquista

As razões da vitória

 A civilização mexicana é, para o autor, a mais espetacular das Américas p. (49pdf)


 Apesar de estares em seu próprio solo e terem muitos homens, os mexicanos foram
derrotados por Cortez
 Os escritos de Colombo não devem ser considerados completamente verdadeiros,
cabe ao historiador interpreta-los para além do escrito (Minha visão)
 De acordo com Todorov, mesmo que o autor se engane ou coloque informações
falsas, seu texto não é menos significativo do que quando diz a verdade p. (50pdf)
 Em 1519 Cortez chegou à costa mexicana, embarcou para Vera Cruz, adentrou até a
Cidade do México se passando por enviado do rei da Espanha, prendeu o líder dos
mexicas (astecas) Montezuma, lutou contra um representante de Cuba, sitiou a cidade
do México e conquistou a área
 De acordo com Todorov, Montezuma não queria uma guerra, por isso se rendeu
pacificamente aos espanhóis p. (51pdf)
 Após o assassinato de Montezuma, Cortez se aproveita das discordâncias internas dos
mexicas para assumir o poder p.(53pdf)
 Os tlaxcaltecas se aliaram à Cortez e foram beneficiados pela coroa espanhola
 Todorov declara que os astecas conquistaram os povos indígenas que viviam ao redor,
logo estes viam Cortez como um libertador
 A visão de Todorov é que os mexicas já agiam como os espanhóis, cobrando
impostos, violentando mulheres, subjugando populações p. (54pdf)
 Cortez efetiva pequenas mudanças na religião dos mexicas, para ter mais legitimidade
para assumir o trono p. (55pdf)
 Um outro aspecto que facilitou a conquista para Cortez foi a superioridade
tecnológica das armas, como também as doenças que trouxeram e mataram os
indígenas p. (56pdf)

Montezuma e os signos
 Os astecas consideraram que os deuses estavam mudos ou mortos, em razão da
derrota do seu povo p. (58pdf)
 Os mexicas detinham um calendário religioso de treze meses e vinte dias, cada dia
possuía um significado. Ou seja, saber a data de nascimento de alguém era saber seu
destino
 Os presságios são entendidos como sobrenaturais, o acaso não existe p. (59pdf)
 O adivinho profissional utilizava de técnicas habituais (água, grãos de milho, fios de
algodão, etc.) para determinar os questionamentos da população, como se um doente
vai sarar ou não
 Tudo é previsto, a ordem impera nessa sociedade, tudo aquilo que é verbo irá
acontecer, para algo ocorrer deve ser previamente escrito p. (60pdf)
 Na sociedade asteca, todos os adultos próximos são responsáveis pelas atitudes das
crianças, que devem ser bastante disciplinadas p. (61pdf)
 A ordem social é o que realmente importa, a submissão do grupo é mais relevante que
o individual
 A hierarquia entre as camadas populacionais era imprescindível, cada pessoa somente
deveria falar, usar roupas, viver em casas, entre outros, que pertencessem a sua casta
p. (62pdf)
 O futuro do indivíduo é determinado pelo passado coletivo, relevado para este ao
decorrer da vida, já escrita por outros fatores
 Montezuma ordenou que todos as costas fossem vigiadas, após seus espiões
detectarem, a chegada de novas pessoas p. (63pdf)
 De acordo com a lei mexica, um rei nunca deve aparecer em público e o súdito que o
olhar deve ser morto p. (65pdf)
 Montezuma ordenou que todos os que todos os velhos e velhas fossem presos, ao
somente ter presságios ruins em relação aos espanhóis, o que acarretou na falta de
informação disponível para o rei
 A coleta de informação, essencial para os astecas, não ocorreu com relação aos
espanhóis, pois estes não os compreendiam p. (66pdf)
 Entre os povos ameríndios, há uma uniformidade as previsões de chegada dos
estrangeiros pelos presságios
 As profecias são de suma importância para a organização social, mais vale uma
profecia do diabo que nenhuma profecia p. (68pdf)
 Aqueles que não sabem falar a sua própria língua são considerados mudos p. (69pdf)
 Os indígenas astecas acreditam que vieram de dois povos: os Nahuatlaca, que falam
bem e os Chichimeca, primitivos p. (70pdf)
 A oratória era essencial para a vida cotidiana, existiam duas escolas, uma para
guerreiros e outra para sacerdotes, juízes e dignatários reais, chamada calmecac
 Os sacerdotes tinham por função ensinar as ciências, indicar as doenças e como cura-
las, pregar nas festividades, celebrar os sacrifícios e administrar os sacramentos p.
(71pdf)
 A sociedade era regida pela concepção oral, as leis, normas e valores eram
transmitidos de geração para geração p. (72pdf)
 Os incas não possuem escrita, os astecas detêm os pictogramas, os maias dispõem da
escrita fonética p. (73pdf)
 A referência ao passado é essencial para a mentalidade asteca p. (74pdf)
 A verdade está vinculada a estabilidade, a resposta certa é a tradicional p. (76pdf)
 O passado e o futuro são a mesma coisa, pois o tempo é cíclico
 As profecias vêm da concepção de igualdade entre passado e futuro p. (77pdf)
 Montezuma utilizou de desenhos antigos para “prever” a chegada dos estrangeiros, o
que foi fabricado a posteriori p. (78pdf)
 Montezuma demonstrou sua fraqueza ao oferecer presentes aos espanhóis para que
fossem embora, o que fez com que sua própria população duvidasse do seu poder p.
(80pdf)
 Os líderes eram facilmente reconhecidos por Cortez, visto que estes utilizavam
vestimentas chamativas e diferentes dos demais p. (81pdf)
 A mentira é relacionada ao cristianismo pelos indígenas
 Os papeis de gênero são bem definidos na sociedade, as mulheres são geradoras p.
(82pdf)
 O objetivo da guerra não era matar e sim fazer prisioneiros, existia uma hora certa e
um local correto para guerrear p. (83pdf)
 O rei de Michoacan "deixou” que os espanhóis matassem os astecas da Cidade do
México, por considerarem os estrangeiros deuses p. (85pdf)
 A conquista não foi por meio da guerra direta, o mero uso das armas assustou os
dirigentes, que se renderam p. (87pdf)

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