12 AULA - Técnicas e Execução de Obras em Alvenaria Estrutural

AULA 12
TÉCNICAS E EXECUÇÃO DE
OBRAS EM ALVENARIA
ESTRUTURAL
Prof. Franco Augusto Alberti
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
PUCRS
TÉCNICAS E EXECUÇÃO DE OBRAS EM ALV. EST.
TUDO COMEÇA PELOS PROJETOS!

ARQUITETURA; PPCI;
ESTRUTURA; OUTROS;
INSTALAÇÕES; COMPATIBILIZAR!
TODOS PROJETOS EM
COMPATIBILIDADE? ✖
+ Racionalização;
✔ + Execução;
+ Qualidade;
- Interferências;
INICIAR A EXECUÇÃO! - Erros;
Prof. Franco Augusto Alberti | PUCRS

NORMAS ESPECÍFICAS

OUTRO CUIDADO ANTES DE INICIAR!

EQUIPES DE TRABALHO BEM TREINADAS:
Devem estar familiarizadas e capacitadas com o sistema construtivo da
alvenaria estrutural.
Apresentar as diferenças e cuidados em relação a obras de concreto
armado, a fim de que percebam uma maior responsabilidade com este
modelo de estrutura;
Demonstrar a importância
dos procedimentos
executivos serem
rigorosamente atendidos;
Ter um profissional
capacitado para a
fiscalização da obra
(RELATÓRIO DA EXECUÇÃO)

OBJETIVOS:
PADRONIZAR OS PARÂMETROS EXECUTIVOS DURANTE A PRODUÇÃO:
- Medidas, Limites;
- Processos executivos, ACEITAÇÃO DA EXECUÇÃO
- Detalhes executivos de projeto;
CONTROLE DAS CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DA OBRA :

- Recebimento;
- Acondicionamento;
ACEITAÇÃO DA EXECUÇÃO
- Caracterização;
- Rendimento;

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS
Influenciam diretamente na qualidade e agilidade na produção da
alvenaria;
Garantir a tolerância das medidas esperadas para a obra:
o Espessura das juntas
argamassadas (assentamento e
vertical);
o Nivelamento das fiadas;
o Esquadro, alinhamento e
planicidade das paredes;
o Evitar o desperdício de material;

ESCANTILÃO
o É um equipamento indispensável
para a produção de paredes
estruturais de alvenaria. Tem
como objetivo, promover a
correta elevação das paredes
garantindo controle do prumo e
do nível.
o O escantilão tem um formato de
tripé e é instalado nos cantos,
encontros, das alvenarias

MASSEIRA
o Recipiente de plástico, metálico
ou de madeira utilizado para
homogeneizar e armazenar a
argamassa utilizada no
assentamento das alvenarias.
o A masseira pode vir
acompanhada de carrinho
facilitando o transporte da
argamassa e a praticidade de
utilização do material, tendo em
vista que o carrinho deixa o
recipiente a uma altura mais
confortável para trabalho.

NÍVEL ALEMÃO
o É utilizado para tomadas de nível
na laje, no mapeamento de piso
para determinar o nivelamento
dos escantilhões e nas tomadas
de níveis de peitoris de janelas,
blocos e cintas de fundações,
fiadas de alvenaria e formas de
vigas.
o O funcionamento consiste em
elevar a altura do reservatório de
água até o nível desejado. Da base
do reservatório sai a mangueira
tradicional de nível, podendo ser
manuseado com facilidade por
apenas um profissional.

BALDE PARA GRAUTE
o Recipiente específico de
armazenamento para posterior
deposição de grautes em blocos
canaletas horizontais e pontos
verticais grauteados.
o Dá maior facilidade ao operário
no espalhamento do material. O
recipiente conta com uma série
de alavancas para facilitar
manuseio durante a aplicação
do produto na alvenaria.

GABARITO PARA VÃOS DE
PORTAS E JANELAS
o Utilizado para dar as dimensões
precisas para os vãos de portas
e janelas, facilitando a
posterior instalação destes
equipamentos.
o O gabarito é ajustável às
diferentes medidas de
aberturas, podendo variar tanto
na altura como na largura. É
utilizado para alvenaria
estrutural como para alvenaria
de vedação.

CAVALETE/ANDAIME
o Equipamento de apoio, serve
como bancada para diversas
tarefas no manuseio dos
blocos e equipamentos.
o Também tem função de
andaime, para que o operário
possa alcançar os níveis mais
elevados das paredes durante
sua produção.

PRODUÇÃO DA ALVENARIA
Composta por dois processos:
1. MARCAÇÃO:
Trata da construção
da primeira fiada.
+
2. ELEVAÇÃO:
Construção das
demais fiadas.

PRODUÇÃO DA ALVENARIA: MARCAÇÃO

LIBERAÇÃO DO PAVIMENTO PARA A ALVENARIA
o Pavimento com laje ou
contrapiso de concreto
acabado (curado);
o Dutos de instalações que
subirão pela alvenaria e
outros equipamentos,
devidamente posicionados;
o Arranques de armaduras
conforme indicados no
projeto estrutural locados
em suas posições corretas
(futuros pontos de graute).


MEDIDAS E ESQUADRO
o Verificação das medidas e

do pavimento, utilizando a
planta de primeira fiada;
o Verificação do esquadro da
obra;
o A tolerância das medidas
em relação ao esquadro é
de 5mm para cada 10m.


POSICIONAMENTO DE BLOCOS ESTRATÉGICOS
o Estão referenciadas através
de eixos, fornecem a posição
exata em planta de cada
bloco estratégico;
o Indicam a distância destes
blocos em relação a uma
origem;


POSICIONAMENTO DE BLOCOS ESTRATÉGICOS
o Os blocos estratégicos
são aqueles que estão
posicionados no encontro
entre paredes e aberturas
de portas;
o São os primeiros a serem
posicionados.
o Servem de referência
para o restante dos
blocos que compõem a
parede;


REFERÊNCIA DE NÍVEL
o Com a utilização de um nível,
determina-se o ponto mais alto do
pavimento sobre o piso. Neste
ponto assenta-se um bloco inteiro;
o A parte superior desse bloco agora
passa a ser o ponto de nível zero
(Referência de Nível, RN).
o Dessa forma nivela-se a primeira
faiada de todas as paredes. A
tolerância na variação dos níveis
em relação ao nível referenciado
não deve ultrapassar 10mm.


REFERÊNCIA DE NÍVEL


POSICIONAMENTO DOS ESCANTILHÕES
o Após finalizado colocação dos
restantes dos blocos da
primeira fiada.
o Deve-se posicionar os
escantilhões coincidindo o
nível da primeira fiada junto
com a primeira marca do
equipamento;
o Dar sequência ao processo de
elevação das alvenarias.

Processo de marcação pronto – 1a Fiada Executada

PRODUÇÃO DA ALVENARIA: ELEVAÇÃO

o Consiste na execução da
segunda e demais fiadas
da alvenaria;
o Dependendo do grau de
detalhamento da alvenaria
não há necessidade de
planta de modulação da
segunda fiada. Eventuais
dúvidas de modulação
podem ser obtidas
diretamente no detalhe
das elevações de cada
parede;


Dois controles de medidas são essenciais para o correto processo de
elevação das parede:
o Prumo (Alinhamento vertical)
o Nível (Alinhamento horizontal)





o Os blocos devem ser assentados ainda enquanto a argamassa estiver
trabalhável no estado plástico, evitando-se ao máximo a necessidade
de movimentação após assentamento;
o O preenchimento da argamassa de assentamento nas faces dos
blocos deve se dar conforme indicado pelo projetista, a fim de
reproduzir a correta resistência estrutural considerada no cálculo da
parede.


BISNAGA DE CONFEITEIRO
o Facilidade de aplicação da
argamassa sobre as juntas de
assentamento.
o Permite o controle rigoroso da

quantidade de material
utilizado na aplicação;


PALETA
o Ferramenta para aplicação
horizontal da argamassa
(sentido longitudinal do bloco);
o Para aplicação da argamassa
no sentido transversal,
necessário utilizar colher de
pedreiro;
o Controle não tão preciso da
quantidade de material
aplicado;


COLHER MEIA-CANA
o Realiza a mesma função
da bisnaga de confeiteiro
e da paleta;
o Controle exato do volume

e das medidas da
argamassa aplicada
sobre os blocos;


EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES
o A execução das instalações

compreende na colocação dos
dutos e equipamentos, previstos
nos projeto elétrico,
hidrossanitário, ar condicionado e
outros projetos, que apresentam
interação com as paredes
estruturais.
o De uma forma geral as tubulações
devem ”caminhar” dentro das
paredes, no sentido vertical.




o No caso de haver a necessidade de o As tubulações horizontais devem
deslocar tubulações horizontalmente, estar embutidas na laje de forro ou
devem ser previstos blocos especiais do piso, e então subirem ou
para esta função; descerem verticalmente pelas
alvenarias;


o Para pontos de água, de luz,

tomadas e interruptores
permite-se a utilização de
blocos especiais. Facilitando
a pré-instalação antes do
assentamento do bloco.
o É expressamente proibido
quebrar a alvenaria
estrutural após a sua
elevação!





EXECUÇÃO DE VERGAS E CONTRAVERGAS
o Sempre que houverem
aberturas presentes na
alvenaria, as tensões que
trafegam entorno destes
locais serão perturbadas.
o Estas perturbações estão

diretamente ligadas ao
tamanho das aberturas,
desta forma influenciando no
desempenho das paredes.






o Portanto, nos casos de
aberturas, executam—se
vergas e contravergas a fim
de absorverem e
reuniformizarem estas
alterações nas tensões;
o Utiliza-se a aplicação de
grautes e armaduras em
vigas canaletas ou elementos
pré-moldados
o O apoio destes elementos
nas paredes, deve ser de no
mínimo 30cm.


EXECUÇÃO DOS PONTOS DE GRAUTES
o Os pontos de graute são
artifícios utilizados para
dar maior rigidez ao
sistema estrutural ou
reforçarem pontos mais
solicitados no interior das
paredes (Na Tração e na
Compressão);
o Para início dos pontos de
graute devem estar
previstos arranques das
armaduras na laje ou das
paredes inferiores.


o Os pontos de graute são comumente o Também podem ser utilizados para
utilizados para reforçar a amarração reforçar as laterais de aberturas,
dos encontros externos do sistema como portas e janelas.
estrutural;


o O furo vertical que for grauteado,
deve estar limpo, úmido e livre
de interferências como por
exemplo rebarbas internas da
argamassa. A fim de que não se
perca seção transversal de
graute e de aderência com a
armadura;
o O fundo dos pontos de graute
também devem estar limpos,
livre de sujeiras e poeira. Para
isso são realizada aberturas a
fim de se remover a sujeira.

o Dimensões mínimas recomendadas
para pontos de grautes são: 50 x 70
mm;
o Devem ser executados, no mínimo
após 24h do assentamento dos
blocos;
o A altura máxima para lançamento
do graute nos furos é de 2,8m;
Porém recomenda-se executar em
duas etapas. O ideal, é que a
execução do graute seja feita até
meia altura da parede de alvenaria,
com posterior continuidade.



o O adensamento do graute no
furo, deve ser feito junto com o
lançamento do material;
o Não é permitido a utilização da
ferragem no interior do furo
para realizar o adensamento
(compactação do graute);
o Para isso deve ser utilizada
uma haste de 10 a 15mm de
diâmetro, com comprimento
suficiente para atingir o fundo
do furo preenchido.




EXECUÇÃO DAS CINTAS DE AMARRAÇÃO
o São os elementos estruturais
das paredes executados no
sentido horizontal,
posicionados no interior das
alvenarias ou na última fiada,
então chamados de
respaldos.
o Os respaldos, tem a função de
transmitir a cargas das lajes
para a alvenaria de forma
mais uniforme e também
solidarizar o conjunto de
paredes do pavimento.


o As cintas são executadas
com blocos canaletas,
canaleta compensadoras ou
blocos J, dependendo do
acabamento que se
pretende deixar no encontro
da laje com a alvenaria;
o As cintas são grauteadas e
armadas.
o A amarração de uma
parede a outra se da pela
armadura horizontal da
cinta, recomendando-se um
transpasse de 60 cm entre
os ferros das cintas.




EXECUÇÃO DAS LAJES DE COBERTURAS
o Lajes de cobertura estão
em constante trabalho
(movimento) devido a
maior amplitude de
variações térmicas
sofridas nestes elementos;
o A fim de se evitar fissuras
devido à estas
movimentações térmicas
nas alvenarias em contato
com as lajes de cobertura,
algumas medidas devem
ser tomadas.


o Isolar a última laje da parede de
apoio, utilizando elementos que
permitam a movimentação na
interface com a parede, como por
exemplo: manta asfáltica,
borrachas apropriadas, neoprenes,
etc.
o Divisão das lajes em partes
menores, a fim de diminuir as
deformações;
o Instalação de beiral na cobertura;
o Proteção térmica da laje
o Ventilação interna do telhado.


Platibanda
Isolamento térmico

OBRIGADO

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