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PACOTE PARA ANALISTA LEGISLATIVO (EXCETO PROCESSO

LEGISLATIVO E COMUNICAÇÃO SOCIAL) DO SENADO FEDERAL –


EXERCÍCIOS COMENTADOS DAS MATÉRIAS COMUNS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Verbo (Flexão e Emprego de Tempos e Modos)

Iniciarei a aula de hoje tratando do verbo. É a classe de palavras


mais rica em flexões: tempo, modo, número, pessoa e voz. Além dessas
categorias, há o aspecto verbal, ou seja, o ponto de vista do qual o locutor
considera a ação expressa pelo verbo. Pode ele considerá-la concluída
(observada no seu término, no seu resultado) ou não concluída (observada na
sua duração, na sua repetição).
Começo com uma simples questão para testá-lo. À medida que
outros exercícios de provas anteriores surgirem, a explicação será estendida.

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um


programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa
conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela
direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis
(B) cinco
(C) quatro
(D) três

(E) dois

Comentário – Que tal? Acertou? Se sim, meus parabéns! Caso contrário,


confira quais são os verbos existentes no trecho acima:
1 – “há”;
2 – “se contraponha”;
3 – “aplicado”;
4 – “foi”;
5 – “aplaudido”.

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Resposta – B

Isso foi só um teste. A seguir existem outras questões mais


capciosas.

2. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DO ICMS/2006) O que você quer?

Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e para o


futuro do pretérito do indicativo, obtém-se:

(A) O que vós quererias?


(B) O que vós quiserdes?
(C) O que vós queríeis?
(D) O que vós quereríeis?
(E) O que vós querereis?

Comentário – O foco aqui é na conjugação do verbo querer, que vai se


flexionar na segunda pessoa do plural (vós) do futuro do pretérito do
indicativo: eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós
quereríeis, eles quereriam.
Nas demais opções, temos:
– letra A: segunda pessoa do singular do futuro de pretérito:
tu quererias (conforme visto acima);
– letra B: segunda pessoa do plural do futuro do subjuntivo
(quando eu quiser, quando tu quiseres, quando ele quiser,
quando nós quisermos, quando vós quiserdes, quando eles
quiserem);
– letra C: segunda pessoa do plural do pretérito imperfeito do
indicativo (eu queria, tu querias, ele queria, nós queríamos,
vós queríeis, eles queriam);

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– letra E: segunda pessoa do plural do futuro do presente (eu


quererei, tu quererás, ele quererá, nós quereremos, vós
querereis, eles quererão)
Resposta – D

3. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Assinale a alternativa em que


a alteração da estrutura “de as gerações presentes virem a exauri-los”
provocou correta mudança da forma do verbo vir.

(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a


exauri-los
(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a
exauri-los
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a
exauri-los
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a
exauri-los
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a
exauri-los

Comentário – O verbo vir foi corretamente conjugado na terceira pessoa do


plural do presente do subjuntivo (que eu venha, que tu venhas, que ele venha,
que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham). A conjunção “que”,
combinada com a ideia hipotética da declaração, impõe-nos essa flexão de
tempo e modo para que seja mantida a coerência textual.
Alternativa B: “vissem” corresponde à terceira pessoa do
plural do pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo ver (se eu visse, se tu
visses, se ele visse, se nós víssemos, se vós vísseis, se eles vissem).
Alternativa C: “vierem” representa a terceira pessoa do plural
do futuro do subjuntivo do verbo vir (quando eu vier, quando tu vieres,

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quando ele vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles
vierem), flexão que prejudica a correção da frase e a coerência textual.
Alternativa D: “viriam” é a conjugação do verbo vir na terceira
pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo (eu viria, tu virias, ele
viria, nós viríamos, vós viríeis, eles viriam); a relação entre as ideias não
suporta o emprego de um verbo indicativo de fato pretérito.
Alternativa E: “vinham” é a flexão do verbo vir na terceira
pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo (eu vinha, tu vinhas, ele
vinha, nós vínhamos, vós vínheis, eles vinham); novamente, a tentativa de
empregar uma forma verbal tradutora de ideia passada prejudica os aspectos
gramaticais e semânticos da frase.
Resposta – A

4. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Apesar das injeções maciças de liquidez


efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão
severa de dinheiro nos mercados.”

Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no


trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.

(A) tivera visto


(B) tinha visto
(C) viu
(D) via
(E) tem visto

Comentário – A forma verbal “vira” é a conjugação do verbo ver na terceira


pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito (simples): eu vira, tu viras,
ele vira, nós víramos, vós víreis, eles viram. A forma “tinha visto” também é
pretérito mais-que-perfeito (composto), formada pelo verbo ter no pretérito

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imperfeito + verbo principal no particípio. Logo, há equivalência entre as duas


formas.
Alternativa A: cuidado! Volte ao item 2 da “ATENÇÃO!” e
perceba que aqui o examinador tentou enganar você com uma falsa formação
do pretérito mais-que-perfeito composto. Eu disse imediatamente acima que
essa conjugação é formada com o verbo ter (ou haver) conjugado no pretérito
imperfeito.
Alternativa C: o verbo ver foi conjugado no pretérito perfeito
do indicativo.
Alternativa D: o verbo foi flexionado no pretérito imperfeito do
indicativo.
Alternativa E: tem-se o verbo ver conjugado no pretérito
perfeito composto do indicativo (presente do verbo ter + particípio do verbo
principal), que indica fato ocorrido com frequência ultimamente.
Resposta – B

5. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉC. LEG.- ADMINISTRAÇÃO/2008) “A política de


Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais
necessidades.”

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.


II. No período há somente um verbo em forma nominal.

Assinale:

(A) se as duas afirmativas estiverem corretas.


(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente a afirmativa I estiver correta.
(D) se a afirmativa II estiver correta.

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Comentário – Item I: sim, a forma “tem evoluído” é a flexão do verbo evoluir


no pretérito perfeito composto. Observe que o verbo auxiliar (“tem”) está
conjugado no presente.
Item II: não, pois o verbo evoluir, no tempo composto,
apresenta-se no particípio regular; o verbo encontrar está empregado no
infinitivo.
Resposta – C

6. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público


brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de
possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes
chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.


(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.
(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.
(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.
(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

Comentário – Eis abaixo as formas verbais:


– “tem ouvido”: pretérito perfeito (composto) do indicativo; e
– “chamam”: presente do indicativo.
Resposta – E

7. (FGV/PREF. DE CAMPINAS/COORDENADOR PEDAGÓGICO/2008) “A


palavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.”

Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo


destacado no trecho acima.
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(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos

Comentário – Alternativa A: terceira pessoa do plural do presente do


indicativo do verbo provir (eu provenho, tu provéns, ele provém, nós
provimos, vós provindes, eles provêm). Flexão correta (você perceberá que
este verbo é derivado de vir).
Alternativa B: terceira pessoa do singular do pretérito
perfeito do indicativo do verbo provir (eu provim, tu provieste, ele proveio, nós
proviemos, vós proviestes, eles provieram). Flexão correta.
Alternativa C: como exemplifiquei acima, provieste
corresponde à segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.
Flexão correta.
Alternativa D: a forma “provisse” não existe. Ou se diz
previsse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo prever: se eu previsse,
se tu previsses, se ele previsse, se nós prevíssemos, se vós prevísseis, se
eles previssem), ou proviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo
provir: se eu proviesse, se tu proviesses, se ele proviesse, se nós
proviéssemos, se vós proviésseis, se eles proviessem). Flexão errada.
Alternativa E: conforme indicado no comentário da
alternativa A, “provimos” corresponde à primeira pessoa do plural do presente
do indicativo do verbo provir. Flexão correta.
Resposta – D

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8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade


supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado
corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma


verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.


(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.
(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.
(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será
certa.
(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma
científico.

Comentário – O verbo aludido é supor, conjugado como o verbo propor: eu


suponho, tu supões, ele supõe, nós supomos, vós supondes, eles supõem
(presente do indicativo).
Alternativa A: “impunham” representa a terceira pessoa do
plural do pretérito imperfeito do indicativo do verbo impor (eu impunha, tu
impunhas, ele impunha, nós impúnhamos, vós impúnheis, eles impunham).
Flexão correta.
Alternativa B: “interveio”, cujo paradigma é o verbo vir, é a
flexão do verbo intervir na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo (eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós
interviestes, eles intervieram). Flexão correta.
Alternativa C: “quereria” é a terceira pessoa do singular do
futuro do pretérito do indicativo do verbo querer (eu quereria, tu quererias, ele
quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam). Flexão correta.
Alternativa D: no futuro do subjuntivo, o verbo dispor(-se),
que segue a conjugação do verbo propor, deve ser assim flexionado: quando

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eu dispuser, quando tu dispuseres, quando ele dispuser, quando nós


dispusermos, quando vós dispuserdes, quando eles dispuserem. Flexão
incorreta.
Alternativa E: “atentemos”, que segue o verbo cantar, é a
segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo atentar (que eu
atente, que tu atentes, que ele atente, que nós atentemos, que vós atenteis,
que eles atentem). Flexão correta.
Resposta – D

9. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na


Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de


ordem gramatical, por

(A) devem haver


(B) deve existir
(C) houveram
(D) deverão haver
(E) poderão existir

Comentário – O verbo existir é pessoal; quando surge como verbo principal


de uma locução, é o seu auxiliar que se flexiona em número e pessoa para
concordar com o sujeito: “poderão existir” (verbo auxiliar + verbo principal).
O verbo haver pode ser usado com sentido de existir, mas
com flexão própria. Ele é impessoal e se mantém na terceira pessoa do
singular (...houve legislações...). Quando surge como verbo principal de uma
locução, transfere sua impessoalidade para seu auxiliar e o obriga a se manter
na terceira pessoa do singular (...deve haver...).
Resposta – E

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10. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe"


para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.
(B) Adivinhai.
(C) Adivinheis.
(D) Adivinhei.
(E) Adivinde.

Comentário – A formar verbal “Adivinhe” está conjugada na terceira pessoa


do singular do imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo.
Passando para a segunda pessoa do plural (vós), devemos recorrer ao
presente do indicativo e retirar o S: vós adivinhais > adivinhai vós.
Resposta – B

11. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade


seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para


indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.


(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.

Comentário – O verbo ser foi flexionado no futuro do pretérito do


indicativo, o que reforça o caráter hipotético da declaração.
Resposta – C

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Pronomes (Emprego, Formas de Tratamento e Colocação)

Na última parte da aula, o assunto a ser tratado é pronomes:


classificação, emprego e colocação. Eis uma breve exposição sobre a
classificação deles.

Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o


Pronome acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu
significado. Existem seis classes de pronomes:

Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no


plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala;

3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas (do

caso reto). Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as (do caso
pessoal
oblíquo átono). Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco

(do caso oblíquo tônico). Também são pessoais os pronomes de

tratamento: você, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa


excelência, etc.

Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de


algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos,
possessivo
nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas,
seu, sua, seus, suas.

Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,


situando-os no tempo e no espaço.
demonstrativo 1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

relativo É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante

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em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião

que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que,

quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual,


os quais, as quais.

Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou


exprimindo quantidade indeterminada. Exemplos: Quem

espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e


indefinido
número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum,
nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, todo, tudo, nada,
algo etc.

É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta:


interrogativo
que, quem, qual, quanto.

12. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “Atinge toda a


região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a
efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o
impedirá de receber aquilo que lhe é devido.”

No trecho acima há:

(A) oito pronomes.


(B) sete pronomes.
(C) seis pronomes.
(D) cinco pronomes.
(E) quatro pronomes.

Comentário – Vamos identificar cada pronome:


1 - “toda”: pronome indefinido;
2 – “si”: pronome pessoal do caso oblíquo tônico;

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3 – “o”: pronome pessoal do caso oblíquo átono;


4 – “aquilo”: pronome demonstrativo;
5 – “que”: pronome relativo;
6 – “lhe”: pronome pessoal do caso oblíquo átono.
Resposta – C

13. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – adaptada) Voto consciente é


aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas
histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são
coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:

Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

Comentário – A afirmativa está correta. Os pronomes substantivos, que


substituem o substantivo (numa linguagem mais clara: que não vêm ao lado
do substantivo), são: “aquele” (demonstrativo) e “que” (relativo). Os
pronomes adjetivos, que vêm ao lado do substantivo, são: “suas” (possessivo;
ao lado do substantivo “histórias”) e “seus” (possessivo; ao lado do
substantivo “partidos”).
Resposta – Item certo.

14. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a


seguir.

Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos


norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros,
acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições.

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Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos


trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela
norma gramatical.

(A) Causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas.


(B) Causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.
(C) Causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.
(D) Causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.
(E) Causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.

Comentário – O verbo causar possui dois complementos: “admiração e


espanto” (objeto direto) e “aos brasileiros” (objeto indireto). O primeiro pode
ser substituído pelo pronome oblíquo átono os (a forma los só se justifica
diante de verbos terminados por R, S ou Z: causar + os = causá-los); o
segundo, por lhes. O examinador optou por repetir o primeiro complemento
(objeto direto) e substituir o segundo (objeto indireto): “Causa-lhes admiração
e espanto”.
Em seguida, temos que analisar o regime do verbo ver. Ele é
transitivo direto, exige complemento sem preposição (objeto direto), que foi
representado pela expressão “as próprias instituições”. Esse complemento
pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono as, que assume a forma las
porque o verbo termina em R: ver + as = vê-las.
Resposta – E

15. (FGV/POTIGAS/CONTADOR/2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte


de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender
interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e negociar
parcerias.

O pronome destacado no trecho acima exerce função:

(A) anafórica.
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(B) dêitica.
(C) epanafórica.
(D) catafórica.
(E) díctica.

Comentário – Como o pronome “isto” antecipa o que será dito, sua função é
catafórica.
Função dêitica (ou díctica, tanto faz) é aquela que faz
referência exofórica1 (traz algo de fora para dentro do texto), sendo
responsável por situar algo no tempo ou no espaço. Exemplo: Esse rapaz é
meu amigo. Eu estou falando de que rapaz? Do que está próximo a mim ou de
outra pessoa, ou do que está em outro lugar? Além disso, há diferenças no
emprego de esse, este e aquele. Repare:

- Esta é minha mãe. (ela está proximo a mim)


- Essa é minha mãe. (ela está próxima à pessoa com quem
falo)
- Aquela é minha mãe. (agora ela está distante de nós dois)

Como você pode notar, a referência espacial indicada pelos


pronomes em cada uma das frases é diferente.
Outro exemplo comum ocorre com o uso de advérbios:

Hoje estou escrevendo esta aula.

Você precisa agora saber em que dia o locutor


pronunciou/escreveu essa frase para situar no tempo a correta referência do
advérbio “Hoje”.
E o que é função epanafórica? Na verdade não temos uma
função propriamente dita, mas sim uma figura de linguagem que se constitui
na repetição de palavras, semelhante à anáfora. Esse tipo de figura pode
surgir com outros nomes: epanadiplose, epanalepse, epanastrofe, epânodo (é

1
Ao contrário, a função endofórica faz referência a termos que estão dentro do próprio texto.
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mole ou quer mais?!). Todas são tipos de repetição de palavras, quer no início,
quer no fim das frases.
Resposta – D

16. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) No trecho “O avanço deste não


acarreta necessariamente impacto positivo daquela”, os pronomes
demonstrativos exercem, respectivamente, função:

(A) anafórica e catafórica.


(B) catafórica e catafórica.
(C) anafórica e anafórica.
(D) catafórica e anafórica.
(E) dêitica e dêitica.

Comentário – Bem, depois da explicação anterior, ficou fácil assinalar a


alternativa correta, não é mesmo? Os pronomes “este” e “aquele” retomam o
que foi dito anteriormente. O demonstrativo “este” se refere ao que foi
mencionado primeiro; “aquele” retoma o que foi dito por último. Portanto os
dois cumprem funções anafóricas.
Resposta – C

17. (FGV/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2008) “Mas a co-relação de forças não


lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos
bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em
que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e
ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

(A) catafórico e catafórico.


(B) anafórico e anafórico.
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(C) dêitico e dêitico.


(D) anafórico e catafórico.
(E) catafórico e anafórico.

Comentário – De novo! O demonstrativo “essa” faz referência a ideia de


estagnação declarada no segmento anterior. Semelhantemente, o pronome
“isso” também retoma uma ideia anterior: “o retorno dos acordos bilaterais ou
regionais”. Ambos, portanto, têm valor anafórico.
Resposta – B

18. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) A energia nuclear pode ser


empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada,
apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale
por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual
utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado
bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a


alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:

(A) ela.
(B) lhe.
(C) si.
(D) sua.
(E) que.

Comentário – De fato, o pronome relativo “que” é o único que não retoma a


expressão “energia nuclear”. Ele substitui a expressão “fins humanos”, seu
antecedente.
Resposta – E

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19. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) Essa é uma forma


de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto
dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.
(L.54-57)

A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a


afirmativa a seguir:

O pronome Essa tem valor anafórico.

Comentário – Para responder corretamente à questão, basta você ler também


o período anterior ao que foi apresentado pela banca examinadora:

É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira


só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para
aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de
toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

Pronto, assim ficou melhor, não é mesmo? Notoriamente, o


pronome “Essa” retoma a ideia contida no período “É importante desmistificar
a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade”, configurando mais
um caso de coesão anafórica.
Resposta – Item certo.

20. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) O Fundo Partidário


será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias
do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões
são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à
arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a
razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos
partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de
campanha. (L.1-10)

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PACOTE PARA ANALISTA LEGISLATIVO (EXCETO PROCESSO
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A respeito do trecho acima, analise a afirmativa a seguir:

No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.

Comentário – Eu imagino que este tipo de questão já está manjado, não é


verdade? Mas toda esta repetição serve para ressaltar o quanto é frequente
nas provas da FGV a exploração dos pronomes demonstrativos como
elementos de coesão, sobretudo os processos anafóricos e catafóricos.
O pronome “Isso”, no segundo período do texto, de fato
retoma a ideia contida no primeiro período.
Resposta – Item certo.

21. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) De acordo com a norma padrão,


o pronome relativo está corretamente empregado na seguinte alternativa:

(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.
(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.
(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.
(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.
(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.

Comentário – Devo chamar a sua atenção o uso de preposição para reger o


pronome relativo. Ela será usada de acordo com a regência do verbo (ou
nome) que surge após o relativo.
Alternativa A: ele jamais teria escrito o artigo sem o quê?
Sem as ideias de alguns autores. O pronome relativo “cujas” estabelece a
relação de dependência entre “alguns autores” (termo antecedente) e “ideias”
(termo conseqüente).
Alternativa B: um povo se identifica com o quê? Com as
características. Eis, então, a construção correta: As características com que
um povo se identifica devem ser preservadas;

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PACOTE PARA ANALISTA LEGISLATIVO (EXCETO PROCESSO
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Alternativa C: o erro aqui não tem a ver com a ausência da


preposição, mas sim com o emprego do artigo “a” após o relativo “cuja”. Como
já foi explicado, isso é proibido!
Alternativa D: quem tem conhecimento tem conhecimento de
algo. Onde foi parar a preposição de exigida pelo nome “conhecimento”? Eis a
correção: Eis os melhores poemas nacionalistas dos quais se tem
conhecimento.
Alternativa E: além da má ordenação dos termos, que
prejudica a coerência da frase, o enunciado tem um “o” a mais. Note a
diferença: Aqueles são os escritores cujos romances traduzidos foram
lançados.
Resposta – A

22. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Em “exauri-los” e “poder-se-


á”, construiu-se corretamente a junção do pronome à forma verbal
Assinale a alternativa em que isso não ocorreu.

(A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos


(B) permitireis + os = permiti-los-eis
(C) fizestes + lhes = fizeste-lhes
(D) encontraram + os = encontraram-nos
(E) aprenderás + as = aprendê-las-·ás

Comentário – Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos


átonos a verbos?
– me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:
a) associados a verbos terminados em –r, -s ou –z, e à palavra
eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas
lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram
prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

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b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am,


-em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na,
nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça.
/ Põe-no aqui.
c) associados a verbos conjugados no futuro do presente do
indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo, os
pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados logo após
o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras
anteriores: cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei =
dar-lhe-ei.

Conclui-se, assim, que a forma correta é fizestes-lhes (sem a


necessidade de eliminar o S final do verbo).
Resposta – C

23. (FGV/SAD-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2010) A alternativa que contraria


a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é:

(A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de


segurança pública.
(B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.
(C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.
(D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.
(E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.

Comentário – Alternativa A: correta, pois o pronome relativo “os quais” atrai


o pronome oblíquo “se”. É um caso de próclise obrigatória.
Alternativa B: correta, pois com verbos no futuro do presente
ou futuro do pretérito, o pronome deve figurar no “meio” deles. É um caso de
mesóclise.

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Alternativa C: o advérbio “não” atrai o pronome “se” (próclise


obrigatória), que não pode se empregado depois do verbo (ênclise).
Alternativa D: no meio de uma locução, o pronome pode surgir
depois do auxiliar com ou sem hífen, ou depois do principal com hífen
(ênclise).
Alternativa E: aqui, preferiu-se a ênclise do verbo principal da
locução “vai enviar” e colocou-se o pronome “lhe” depois dele.
Resposta – C

Fique agora com alguns exercícios da FCC que o ajudarão a


entender o assunto estudado aqui.

24. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Verifica-se correta


transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

i. os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm


continuado em minha biblioteca.
ii. podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem
ser acessados.
iii. dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.
iv. se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.
v. Gravei (...) obras primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras
primas.

Comentário – Alternativa A: não houve mudança de voz, mas sim de tempo


verbal: do presente do indicativo para o pretérito perfeito composto do
indicativo.
Alternativa B: aqui está o gabarito. O objeto direto “os
mesmos conteúdos” assumiu a função de sujeito-paciente. A locução verbal
“podemos acessar” abrigou o verbo auxiliar “ser” por causa da formação da

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voz passiva analítica ou verbal. Note que ele assume a forma do verbo
principal da voz ativa (“acessar”, infinitivo).
Alternativa C: a passagem alude ao segmento “Um congresso
recente, em Veneza, dedicou-se à questão”. Em outras palavras, “Um
congresso recente, em Veneza, foi dedicado à questão”. Nas duas formas, o
verbo está na voz passiva (sintética e analítica, respectivamente). Na
transformação posposta pela banca examinadora, continua a voz passiva,
agora com as seguintes mudanças: de “à questão” para “a ela”; de “dedicado”
para “dedicada”.
Alternativa D: note que a voz passiva continua, apenas deixou
de ser sintética ou pronominal para ser verbal ou analítica.
Alternativa E: apesar de constituir uma voz passiva, a segunda
sentença não respeita o tempo verbal de “Gravei” (pretérito perfeito do
indicativo). A conjugação corresponde ao pretérito mais-que-perfeito
composto.
Resposta – B

25. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Transpondo para a


voz passiva a construção Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, a
forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.


(B) seria admitida.
(C) teria admitido.
(D) fora admitida.
(E) haveria de admitir.

Comentário – Em que tempo e modo está o verbo na voz ativa? Futuro do


pretérito simples do indicativo. Então, na voz passiva (verbal ou analítica),
ele ficará no particípio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumirá o tempo e o

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modo dele. Na alternativa A, o verbo ser está conjugado no futuro do pretérito


composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretérito simples do
indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi
conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa D, o
verbo auxiliar está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Na
alternativa E, a locução verbal caracteriza voz ativa (note que o verbo
principal, “admitir”, não está no particípio, mas sim no infinitivo).
Resposta – B

26. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite


transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.


(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.
(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.
(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

Comentário – A voz passiva é formada, a rigor, a partir de um verbo


transitivo direto. É na segunda alternativa que encontramos essa condição, ao
nos depararmos com o verbo “incluir” (verbo principal da locução verbal
“poderá incluir”). Veja a transformação: “O retorno do ensino religioso poderá
ser incluído pela Concordata”.
Nas letras A, D e E, os verbos são de ligação, o que impede a
transposição para a voz passiva.
E o que dizer da opção C? O verbo haver, no sentido de existir,
não possui sujeito e é transitivo direto. O termo “estatísticas controvertidas
sobre esse poder eclesiástico” é seu objeto direto. Considerando que o objeto
direto torna-se sujeito do verbo na transposição de voz ativa para voz passiva

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e que o verbo haver não tem sujeito (é impessoal), impossível se torna a


transposição requerida pela banca examinadora.
Resposta – B

27. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) Está correta a flexão de todas


as formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano
simbólico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergência de seus interesses.
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato
competitivo um país beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio
na História com a famosa frase.

Comentário – Alternativa A: o verbo advir deriva do verbo vir e deve ser


conjugado como ele. Para que seja mantida a correlação verbal com a forma
“tem”, é preciso que o primeiro verbo seja conjugado na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo: “Tudo o que advém (...) tem...”.
Alternativa B: está em cena agora o verbo convir, que
também é conjugado como o verbo vir. Na terceira pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo, deve ser assim conjugado: “O poder civil e a
esfera religiosa [eles] nem sempre convieram...”.
Alternativa C: o verbo abster (como manter, deter, conter
etc.) deriva do verbo ter e segue o modelo dele. Na terceira pessoa do plural
do pretérito perfeito do indicativo, dever ser conjugado da seguinte forma:
“...nações e igrejas [elas] se abstiveram...”

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Alternativa D: como o sentido aqui é originar-se, o verbo


adequado é o provir, que também é conjugado conforme o verbo vir. Na
terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, a forma correta
é: “A pergunta de Stalin [ela] proveio...”.
Alternativa E: atente para o fato de que o verbo conter (que
foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo) deriva de ter, conforme está
dito no comentário da letra C.
Resposta – E

28. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego


das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a
frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que


achaste.
(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que
achastes.
(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de
manifestantes e depois digai-nos o que acharam.
(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes
e depois dizei-nos o que achásseis.
(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos
o que acharam.

Comentário – A tabela a seguir é muito útil. Ela serve como uma revisão da
formação do imperativo.

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Presente do
Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Indicativo

eu cant-o eu cant-e
tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu
ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você
nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós
vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós
eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

Alternativa B: “Ide” = segunda pessoa do plural (vós) do


imperativo afirmativo do verbo ir; “juntem” = terceira pessoa do plural
(eles/vocês) do imperativo afirmativo do verbo jantar; “dize” = segunda
pessoa do plural (vós) do imperativo afirmativo do verbo dizer; “achastes” =
segunda pessoa do plural (vós) do pretérito perfeito do verbo achar. Não foi
respeitada a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a
correção: “Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois me dizei o
que achastes”.
Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o
pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correção:
“Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e
depois nos digam o que acharam”.
Alternativa D: novamente, o fio condutor será o pronome de
tratamento: “Queremos que Suas Excelências juntem-se àquele grupo de
manifestantes e depois nos digam o que acharam”.
Alternativa E: “Senhores, vão juntar-se àquele grupo de
manifestantes e depois nos digam o que acharam”.
Resposta – A

29. (FCC/TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2011)

...nem por isso deixa de cultuar Delacroix...


Cézanne admira a maestria plástica de Rubens...
...já encontramos a chave do enigma cézanneano.
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A substituição dos elementos grifados nas frases acima pelos pronomes


correspondentes, com os necessários ajustes, terá como resultado,
respectivamente:

(A) nem por isso deixa de cultuar-lhe / Cézanne a admira / já a encontramos.


(B) nem por isso deixa de cultuá-lo / Cézanne lhe admira / já lhe
encontramos.
(C) nem por isso deixa de lhe cultuar / Cézanne a admira / já
encontramos-na.
(D) nem por isso deixa de a cultuar / Cézanne lhe admira / já lhe
encontramos.
(E) nem por isso deixa de cultuá-lo / Cézanne a admira / já a encontramos.

Comentário – O verbo “cultuar” é transitivo direto, o que significa que o


pronome oblíquo “lhe” não pode ser o complemento dele (lhe funciona como
objeto indireto). Estão fora as letras A e C.
Semelhantemente, o verbo “admira” também é transitivo
direto e não admite o pronome “lhe”. Estão fora as letras B e D.
Correta está a última opção. Lembre-se de que os verbos
terminados em R, S e Z perdem essas letras e os pronomes oblíquos O e A
recebem a letra L: “cultuá-lo”. O verbo “encontramos” também é transitivo
direto, por isso o pronome oblíquo “a” está bem empregado. O detalhe é que o
advérbio de tempo “já” atrai o pronome, fazendo-o figurar em posição
proclítica.
Resposta – E

30. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego


das formas de tratamento, está correta a seguinte construção:

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(A) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem
honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso
profundo reconhecimento.
(B) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa
disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma
semana.
(C) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.
(D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.
(E) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis
a nos oferecer.

Comentário – Alternativa B: pronome de tratamento leva o verbo e os demais


pronomes a ele relacionados para a terceira pessoa. Em vez de “incumbiste”
(segunda pessoa do singular), use incumbiu; no lugar de “vossa disposição”,
use sua disposição.
Alternativa C: ao falar da pessoa, e não com a pessoa, use a
forma Sua Senhoria, e não “Vossa Senhoria”.
Alternativa D: em vez de “sejais” (segunda pessoa do plural),
escreva seja. Altere “vossa atenção” para sua atenção.
Alternativa E: “preferires” corresponde à segunda pessoa do
singular. O correto é preferir. No lugar de “tereis” (segunda pessoa do plural),
utilize terá.
Resposta – A

Por hoje é só. Se tiver dúvidas, use o fórum.


Fique com Deus e até a próxima aula.

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Pontos Importantes da Matéria

¾ Considerações sobre voz passiva

O aluno aprendeu a lição. (ativa)


Sujeito VTD OD
Agente

A lição foi aprendida pelo aluno . (passiva verbal)


Sujeito VA + VP Ag. da
Paciente Passiva

Pron.
Aprenderam a lição. (ativa) Apassivador

A lição foi aprendida. (verbal) Aprendeu-se a lição. (pronom.)


Sujeito VA + VP VTD + SE Sujeito
Paciente Paciente

¾ Considerações sobre voz ativa


Ficou-se feliz com o resultado.
VL + SE
• Voz ativa
Vive-se bem neste lugar.
VI + SE • Sujeito indeterminado

Precisa-se de professores. • “Se” = índ. de indet.


do sujeito
VTI + SE
Ama-se a Deus.
VTD + SE + Prep.

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¾ Considerações sobre os modos verbais

INDICATIVO Î associado a ações que consideramos de


ocorrência certa, real: Vou hoje. / Saíram cedo.

SUBJUNTIVO Î associado a acontecimentos prováveis,


hipotéticos, duvidosos: É possível que chova.

IMPERATIVO Î associado a ordens, sugestões, pedidos,


súplicas: Sejam prudentes. / Volte logo.

¾ Flexões Verbais
MODOS TEMPOS COMPOSTOS
perfeito (tenho/hei cantado)
pretérito
mais-que-perf. (tinha/havia cantado)
Indicativo
do presente (terei/haverei cantado)
futuro
do pretérito (teria/haveria cantado)
perfeito (tenha/haja cantado)
pretérito
mais-que-perf. (tivesse/houvesse cantado)
Subjuntivo

futuro (tiver/houver cantado)

¾ Considerações sobre os tempos compostos

Temos estudado muito. Havíamos chegado tarde.

TEMPO SIMPLES TEMPO COMPOSTO


P (presente) Î PP (pretérito perfeito)
PI (pretérito imperfeito) Î PMP (pret. mais-que-perf.)

Não há tempos compostos relativos ao presente e ao


pretérito imperfeito.
Não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

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¾ Formas nominais do verbo e os tempos compostos

FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS


infinitivo impessoal cantar ter/haver cantado
cantar ter/haver cantado
cantares teres/haveres cantado
cantar ter/haver cantado
infinitivo pessoal
cantarmos termos/havermos cantado
cantardes terdes/haverdes cantado
cantarem terem/haverem cantado
gerúndio cantando tendo/havendo cantado
particípio cantado

¾ Formação do Imperativo
Presente do Imperativo Presente do Imperativo
Indicativo Afirmativo Subjuntivo Negativo

eu canto eu cante
tu cantas canta tu tu cantes
não cantes
(- s) tu
ele canta cante ele cante não cante
ele/você ele/você
nós cantemos nós não
cantamos nós cantemos cantemos
nós
vós cantais cantai vós vós canteis não canteis
(- s) vós
eles cantam cantem eles cantem não cantem
eles/vocês eles/vocês

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Correlação verbal (articulação temporal entre os verbos, que eles se


correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica – exemplos)
1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:
Exijo que você faça o dever.

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:


Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:


Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do


subjuntivo:
Queria que ele tivesse feito o dever.

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:


Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:


Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito


composto do indicativo:
Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:


Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:


Quando você fizer o dever, já terei dormido.

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¾ Emprego dos Pronomes Pessoais


Caso Reto X Caso Oblíquo:
Ele virou ela. – sujeito ou predicativo Î caso reto.
Quero falar com ele.
Vi-o na rua. complemento verbal e complemento
nominal Î caso oblíquo
Sou útil a ele.

Eu contei a ti o que acontecera. oblíquos tônicos Î


Você terá de viajar com nós dois. precedidos de
preposição
Você terá de viajar conosco. (= com + nós)

realce, numeral, pronome ou oração adjetiva


CUIDADO! Não vá sem eu saber. Î pronome pessoal do caso
reto é sujeito de verbo

Todos saíram, exceto eu (saí). Î o verbo pode estar


subentendido

pessoa = OI

Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente.

Maria fez aniversário. Pedro a presenteou.

pessoa ou coisa = OD
sujeito
• Mandar • Ver
Mandei-o sair da sala.
• Deixar • Ouvir
OD
• Fazer • Sentir

causativos sensitivos

posse = Pediu-lhe os brinquedos emprestados.


adj. adn. Pediu os seus brinquedos emprestados.

OI Ofereceu-me ajuda durante o trabalho.


OD Olhou-me pelo retrovisor do carro.
Adj. Adn. Cortou-me os cabelos.
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Vossa Eminência fez um belo discurso.


falar com a pessoa

Sua Excelência fez um belo discurso.


falar da pessoa

Vossa Excelência apresentará seus projetos hoje?

terceira pessoa (plural ou singular)

Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errada)


Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo. (certa)

¾ Emprego dos Demonstrativos


Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)

Meu argumento é este: não há democracia sem justiça.


catáfora = referência ao que se segue.

Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento


anáfora = referência ao que foi dito

Comprei uma moto e uma casa. Esta eu dei para meu pai;
aquela, para meu irmão.

¾ Emprego dos Relativos

É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.


O professor cujo o filho nasceu está feliz. (errada)
o artigo é inadmissível
Esta é a pessoa à cuja obra fiz referência. (errada)
somente a preposição é admitida

A sala onde trabalho está fechada.


em: desaparece antes de onde
O teatro aonde vou é muito longe.
a
de
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donde venho é muito longe. 35
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¾ Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos


Casos de Próclise
Palav. de sentido Nada me fará desistir.
negativo Ninguém me fará desistir.
Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves.
Conj. subord. e Quando lhe dissemos a verdade...
pronomes relativos O livro que me deste é...
Conj. coord. alternat. Ora se atribulava, ora se aquietava.
Pron. e advérb. Quem lhe contou a verdade?
interrog. Por que te afliges tanto?
Pronomes indefinidos Tudo me foi dado.
Frases exclamativas e Como te atreves!
optativas Deus o abençoe, meu filho!
em + gerúndio Em se tratando desse assunto...

Casos de Mesóclise
Verbo no futuro do Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei
presente ou futuro do a vida inteira.)
pretérito, sem palavra Dar-lhe-ia o livro. (Tudo lhe daria.)
atrativa
Casos de Ênclise
Se não ocorrer um dos Levante-se e lute.
casos mencionados Tratando-se desse assunto...
anteriormente, Vendê-lo era o que mais importava.
usaremos a ênclise. Aqui, fazem-se chaves.

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Lista das Questões Comentadas

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um


programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa
conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela
direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis
(B) cinco
(C) quatro
(D) três

(E) dois

2. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DO ICMS/2006) O que você quer?

Passando-se o período acima para a forma de tratamento vós e para o


futuro do pretérito do indicativo, obtém-se:

(A) O que vós quererias?


(B) O que vós quiserdes?
(C) O que vós queríeis?
(D) O que vós quereríeis?
(E) O que vós querereis?

3. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Assinale a alternativa em que


a alteração da estrutura “de as gerações presentes virem a exauri-los”
provocou correta mudança da forma do verbo vir.

(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a


exauri-los

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(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a


exauri-los
(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a
exauri-los
(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a
exauri-los
(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a
exauri-los

4. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Apesar das injeções maciças de liquidez


efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão
severa de dinheiro nos mercados.”

Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no


trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.

(A) tivera visto


(B) tinha visto
(C) viu
(D) via
(E) tem visto

5. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉC. LEG.- ADMINISTRAÇÃO/2008) “A política de


Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais
necessidades.”

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.


II. No período há somente um verbo em forma nominal.

Assinale:
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(A) se as duas afirmativas estiverem corretas.


(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(C) se somente a afirmativa I estiver correta.
(D) se a afirmativa II estiver correta.

6. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público


brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de
possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes
chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.


(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.
(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.
(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.
(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

7. (FGV/PREF. DE CAMPINAS/COORDENADOR PEDAGÓGICO/2008) “A


palavra ‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.”

Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo


destacado no trecho acima.

(A) provêm
(B) proveio
(C) provieste
(D) provisse
(E) provimos

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8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade


supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado
corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma


verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.


(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.
(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.
(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será
certa.
(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma
científico.

9. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na


Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de


ordem gramatical, por

(A) devem haver


(B) deve existir
(C) houveram
(D) deverão haver
(E) poderão existir

10. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe"


para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.
(B) Adivinhai.
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(C) Adivinheis.
(D) Adivinhei.
(E) Adivinde.

11. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade


seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para


indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.


(B) ação conduzida no passado não concluído.
(C) situação tomada como hipotética.
(D) advertência sobre um fato futuro.
(E) fato passado de curso prolongado.

12. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “Atinge toda a


região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a
efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o
impedirá de receber aquilo que lhe é devido.”

No trecho acima há:

(A) oito pronomes.


(B) sete pronomes.
(C) seis pronomes.
(D) cinco pronomes.
(E) quatro pronomes.

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13. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – adaptada) Voto consciente é


aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas
histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são
coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:

Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

14. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a


seguir.

Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos


norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros,
acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições.

Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos


trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela
norma gramatical.

(A) Causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas.


(B) Causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.
(C) Causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.
(D) Causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.
(E) Causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.

15. (FGV/POTIGAS/CONTADOR/2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte


de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender
interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e negociar
parcerias.

O pronome destacado no trecho acima exerce função:

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(A) anafórica.
(B) dêitica.
(C) epanafórica.
(D) catafórica.
(E) díctica.

16. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) No trecho “O avanço deste não


acarreta necessariamente impacto positivo daquela”, os pronomes
demonstrativos exercem, respectivamente, função:

(A) anafórica e catafórica.


(B) catafórica e catafórica.
(C) anafórica e anafórica.
(D) catafórica e anafórica.
(E) dêitica e dêitica.

17. (FGV/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2008) “Mas a co-relação de forças não


lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos
bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em
que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e
ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

(A) catafórico e catafórico.


(B) anafórico e anafórico.
(C) dêitico e dêitico.
(D) anafórico e catafórico.
(E) catafórico e anafórico.

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18. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) A energia nuclear pode ser


empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada,
apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale
por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual
utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado
bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a


alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:

(A) ela.
(B) lhe.
(C) si.
(D) sua.
(E) que.

19. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) Essa é uma forma


de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto
dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.
(L.54-57)

A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a


afirmativa a seguir:

O pronome Essa tem valor anafórico.

20. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) O Fundo Partidário


será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias
do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões
são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à
arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a
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razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos


partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de
campanha. (L.1-10)

A respeito do trecho acima, analise a afirmativa a seguir:

No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.

21. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) De acordo com a norma padrão,


o pronome relativo está corretamente empregado na seguinte alternativa:

(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.
(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.
(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.
(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.
(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.

22. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Em “exauri-los” e “poder-se-


á”, construiu-se corretamente a junção do pronome à forma verbal
Assinale a alternativa em que isso não ocorreu.

(A) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos


(B) permitireis + os = permiti-los-eis
(C) fizestes + lhes = fizeste-lhes
(D) encontraram + os = encontraram-nos
(E) aprenderás + as = aprendê-las-·ás

23. (FGV/SAD-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2010) A alternativa que contraria


a colocação pronominal exigida pelo padrão escrito culto é:

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(A) os órgãos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de


segurança pública.
(B) dever-se-ia refletir sobre a construção histórica da violência.
(C) não põe-se em prática uma adequada política de prevenção ao crime.
(D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenário político.
(E) o secretário vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no início da semana.

24. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Verifica-se correta


transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

(A) os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm


continuado em minha biblioteca.
(B) podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem
ser acessados.
(C) dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.
(D) se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.
(E) Gravei (...) obras primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras
primas.

25. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Transpondo para a


voz passiva a construção Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, a
forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.


(B) seria admitida.
(C) teria admitido.
(D) fora admitida.
(E) haveria de admitir.

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26. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite


transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.


(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.
(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.
(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

27. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) Está correta a flexão de todas


as formas verbais da frase:

(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano
simbólico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergência de seus interesses.
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato
competitivo um país beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio
na História com a famosa frase.

28. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego


das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a
frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que


achaste.
(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que
achastes.
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(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de


manifestantes e depois digai-nos o que acharam.
(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes
e depois dizei-nos o que achásseis.
(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos
o que acharam.

29. (FCC/TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2011)

...nem por isso deixa de cultuar Delacroix...


Cézanne admira a maestria plástica de Rubens...
...já encontramos a chave do enigma cézanneano.

A substituição dos elementos grifados nas frases acima pelos pronomes


correspondentes, com os necessários ajustes, terá como resultado,
respectivamente:

(A) nem por isso deixa de cultuar-lhe / Cézanne a admira / já a encontramos.


(B) nem por isso deixa de cultuá-lo / Cézanne lhe admira / já lhe
encontramos.
(C) nem por isso deixa de lhe cultuar / Cézanne a admira / já
encontramos-na.
(D) nem por isso deixa de a cultuar / Cézanne lhe admira / já lhe
encontramos.
(E) nem por isso deixa de cultuá-lo / Cézanne a admira / já a encontramos.

30. (FCC/TRT 16ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das


formas de tratamento, está correta a seguinte construção:

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(A) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem
honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso
profundo reconhecimento.
(B) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa
disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma
semana.
(C) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.
(D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.
(E) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis
a nos oferecer.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. B 29. E
2. D 30. A
3. A
4. B
5. C
6. E
7. D
8. D
9. E
10. B
11. C
12. C
13. Item certo
14. E
15. D
16. C
17. B
18. E
19. Item certo
20. Item certo
21. A
22. C
23. C
24. B
25. B
26. B
27. E
28. A
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