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MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS, REAIS

Alguns conceitos primitivos


 Conjunto
 O conjunto de todos os brasileiros
 O conjunto de todos os números naturais

Em geral, um conjunto é denotado por uma letra maiúscula do alfabeto: A,B,C,...,Z.

 Elemento
 José da Silva é um elemento do conjunto dos brasileiros.
 1 é um elemento do conjunto dos números naturais.

Em geral, um elemento de um conjunto, é denotado por uma letra minúscula do alfabeto:


a,b,c,...,z.

Conjunto dos números naturais (IN)

Um subconjunto importante de IN é o conjunto IN*: IN*={1, 2, 3, 4, 5,...} o zero foi excluído


do conjunto IN.

Podemos considerar o conjunto dos números naturais ordenados sobre uma reta, como mostra
o gráfico abaixo:

Conjunto dos números inteiros (Z)

O conjunto IN é subconjunto de Z.
Temos também outros subconjuntos de Z:
Z* = Z-{0}
Z+ = conjunto dos inteiros não negativos = {0,1,2,3,4,5,...}
Z_ = conjunto dos inteiros não positivos = {0,-1,-2,-3,-4,-5,...}
Observe que Z+=IN.
Podemos considerar os números inteiros ordenados sobre uma reta, conforme mostra o gráfico
abaixo:

 Conjunto dos números racionais (Q)

Os números racionais são todos aqueles que podem ser colocados na forma de fração
(com o numerador e denominador Є Z). Ou seja, o conjunto dos números racionais é a união do
conjunto dos números inteiros com as frações positivas e negativas. Exemplos:

Assim, podemos escrever:


É interessante considerar a representação decimal de um número racional , que se obtém
dividindo a por b.
Exemplos referentes às decimais exatas ou finitas:

Apostilas Decisão 1 Apostilas


Decisão
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Exemplos referentes às decimais periódicas ou infinitas:

Toda decimal exata ou periódica pode ser representada na forma de número racional.

Conjunto dos números reais


O conjunto dos números reais compreende todos os conjuntos.

PROBLEMAS DE CONTAGEM

Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a
sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o
desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor
de alimentos para fixar-se no solo.
O homem começou a produzir alimentos, construir casas e domesticar animais,
aproveitando-se dos mesmos através do uso da lã e do leite, tornando-se criador e desenvolvendo
o pastoreio, o que trouxe profundas modificações na vida humana.
As primeiras formas de agricultura de que se tem notícia, foram criadas há cerca de dez mil
anos na região que hoje é denominada Oriente Médio.
A agricultura passou então a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e das
fases da Lua e assim começaram a surgir as primeiras formas de calendário.
No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele
soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se
perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho.
Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma
pedrinha que era armazenada em um saco. No caso das pedrinhas, cada animal que saía para o
pasto de manhã correspondia a uma pedra que era guardada em um saco de couro.
No final do dia, quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa,
onde, para cada animal que retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no final do dia sobrasse
alguma pedra, é porque faltava algum dos animais e se algum fosse acrescentado ao rebanho, era
só acrescentar mais uma pedra. A palavra que usamos hoje, cálculo, é derivada da palavra latina
calculus, que significa pedrinha.
A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram
usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e
outros tipos de marcação.
Os talhes nas barras de madeira, que eram usados para marcar quantidades, continuaram
a ser usados até o século XVIII na Inglaterra. A palavra talhe significa corte. Hoje em dia, usamos
ainda a correspondência unidade a unidade.

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS

COMPRIMENTO

A palavra metro tem origem no grego métron, que significa "o que mede".
O sistema métrico surgiu por volta do ano de 1790. Antes disso, cada povo usava um
sistema de unidades diferentes, o que, naturalmente, causava a maior confusão. Por exemplo: o
mesmo comprimento era medido em um lugar usando-se jardas e em outro com o uso de palmos.
O resultado disso tornava praticamente impossível a comunicação entre os povos.

Apostilas Decisão 2 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Para solucionar esse problema, reformadores franceses escolheram uma comissão de cinco
matemáticos para que elaborassem um sistema padronizado. Essa comissão decidiu que a unidade de
medida de comprimento se chamaria metro, e que corresponderia a décima milionésima parte da distância
do equador terrestre ao pólo norte, medida ao longo de um meridiano.
Mas a medida da distância do equador ao pólo não era nada prática, tanto que ao
efetuarem os cálculos os matemáticos acabaram cometendo um erro. Então em 1875 uma
comissão internacional de cientistas foi convidada pelo governo francês para que reconsiderassem
a unidade do Sistema Métrico, e dessa vez foi construída uma barra de liga de platina com irídio,
com duas marcas, cuja distância define o comprimento do metro, e para evitar a influência da
temperatura, esta barra é mantida a zero grau centígrado, num museu na Suíça.
Mas os cientistas não pararam por aí. No decorrer do tempo foram sendo propostas novas
definições para o metro. A última, e que passou a vigorar em 1983, é baseada na velocidade com que a
luz se propaga no vácuo. Resumidamente, pode-se dizer que um metro corresponde a fração
1/300.000.000 da distância percorrida pela luz, no vácuo em um segundo.

O Metro - Dentro do Sistema Métrico Decimal, a unidade de medir a grandeza comprimento foi
denominada metro e definida como "a décima milionésima parte da quarta parte do meridiano
terrestre" (dividiu-se o comprimento do meridiano por 4.000.000). Para materializar o metro,
construiu-se uma barra de platina de secção retangular, com 25,3mm de espessura e com 1m de
comprimento de lado a lado. Essa medida materializada, por não ser mais utilizada como padrão é
conhecida como o "metro do arquivo".

ÀREA

(Superfície = metro quadrado = m2)


Quantos metros quadrados possui um cômodo com os quatro lados medindo 2 m?
Cálculo da Área
LADO x LADO
2mx2m
Total = 4 m2

VOLUME

(Capacidade = metro cúbico = m3)


Se o cômodo que tem os quatro lados medindo 2 m, não tivesse portas nem janelas (uma
grande caixa, portanto) e medisse de altura (pé direito) 2 metros, qual seria a sua capacidade e
quanto caberia de água?
Cálculo do volume
LADO x LADO x ALTURA
2mx2mx2m
Total = 8 m3
Cálculo em Litros
8 x 1.000 = 8.000 l

ÃNGULO

Observe dois casos em que as semi-retas de mesma origem estão contidas na mesma reta.
Nesses casos, formam-se também ângulos.

  As semi-retas  coincidem aí o ângulo nulo e o ângulo de uma volta.

Apostilas Decisão 3 Apostilas


Decisão
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 As semi-retas coincidem. Temos aí dois ângulos rasos ou de meia-volta.


Podemos, então, estabelecer que:


 
Ângulo é a região do plano limitada por duas semi-retas que têm a mesma origem.
   
MEDIDA DE UM ÂNGULO

          A medida de um ângulo é dada pela medida de sua abertura. A unidade padrão de medida
de um ângulo é o grau, cujo símbolo é º.
          Tomando um ângulo raso ou de meia-volta e dividindo-o em 180 partes iguais,
determinamos 180 ângulos de mesma medida. Cada um desses ângulos representa um ângulo de
1º grau (1º).

Para medir ângulos utilizamos um instrumento denominado transferidor. O transferidor já


vem graduado com divisões de 1º em 1º. Existem dois tipos de transferidor: Transferidor de 180º e
de 360º.
O grau compreende os submúltiplos:

 O minuto corresponde a do grau. Indica-se um minuto por 1'.


1º=60'

 O segundo corresponde a do minuto. Indica-se um segundo por 1''.


1º=60''
Logo, podemos concluir que:
1º  =  60'.60 = 3.600''

Quando um ângulo é medido em graus, minutos e segundos, estamos utilizando o sistema


sexagesimal.

TEMPO
É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo:

Apostilas Decisão 4 Apostilas


Decisão
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            Qual a duração dessa partida de futebol?


            Qual o tempo dessa viagem?
            Qual a duração desse curso?
            Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?
    Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de
tempo.
    A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
 
Segundo
    O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as
sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.

   O segundo (s) é o tempo equivalente a do dia solar médio.


    As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.
 
Múltiplos e Submúltiplos do Segundo

Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s 
   
São submúltiplos do segundo:
 décimo de segundo
 centésimo de segundo
 milésimo de segundo
 
Cuidado:  Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de medidas
de tempo não é decimal.
   Observe:

VELOCIDADE

Metro por segundo (m/s), unidade SI: distância percorrida em um segundo. Unidades de velocidade
tradicionais – Quilômetro por hora (km/h): 1/3,6 m/s ou 0,27777 m/s.
Unidades de velocidade inglesas – Milha por hora (mi/h): 1,609 km/h ou 0,4469 m/s; nó
(milha náutica por hora): 1,852 km/h ou 0,5144 m/s.
Velocidade da luz – 299. 792. 458 m/s.

MASSA

Observe a distinção entre os conceitos de corpo e massa:


    Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo, portanto, constante em qualquer lugar
da terra ou fora dela.

Apostilas Decisão 5 Apostilas


Decisão
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    Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de
acordo com o local em que o corpo se encontra. Por exemplo:
    A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis vezes maior na
terra do que na lua.
    Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6 vezes superior à gravidade lunar.
Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de medida de  massa de um corpo", é um
substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas".
 
Quilograma- A unidade fundamental de massa chama-se  quilograma.    
O quilograma (Kg) é a massa de 1dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC.
     Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama
como unidade principal de massa.
 
Múltiplos e Submúltiplos do grama
Múltiplos Unidade principal Submúltiplos
Deca-
Quilo-grama Hecto-grama grama Deci-grama Centi-grama Miligrama
grama
kg hg dag g dg cg mg
1.000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g
   Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
Exemplos:
1 dag = 10 g
1 g = 10 dg

RAZÕES E PROPORÇÕES

PROPORÇÕES
Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre A/B e C/D é a
igualdade:
C
A =
D
B
Notas históricas
A palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de
uma grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões. No século XV, o matemático árabe Al-
Kassadi empregou o símbolo "..." para indicar as proporções e em 1.537, o italiano Niccola
Fontana, conhecido por Tartaglia, escreveu uma proporção na forma
6:3::8:4.
Regiomontanus foi um dos matemáticos italianos que mais divulgou o emprego das
proporções durante o período do Renascimento.

Propriedade fundamental das proporções


Numa proporção:
A C
=
B D

os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios e vale a


propriedade: O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é: A . D = B . C

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:


3 6
=
4 8

Apostilas Decisão 6 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS


Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas podem ter
suas medidas aumentadas ou diminuídas. Alguns exemplos de grandeza: o volume, a massa, a superfície,
o comprimento, a capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia-a-dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas. Por
exemplo: Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
Num forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo de
uso, maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.

Grandezas diretamente proporcionais


Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:
Tempo (minutos) Produção (Kg)
5 100
10 200
15 300
20 400
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que, quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.
5 min  ---->  100Kg
10 min ---->  200Kg

Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.


5 min  ---->  100Kg
15 min ---->  300Kg

Assim:

Verifique na tabela que a razão entre Duas grandezas variáveis dependentes são
dois valores de uma grandeza é igual a diretamente proporcionais quando a razão entre
razão entre os dois valores correspondentes os valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os
da outra grandeza. valores correspondentes da 2ª

Grandezas inversamente proporcionais


Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo
em cada volta uma velocidade constante e obtendo, assim, um tempo correspondente,
conforme a tabela abaixo
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:

Apostilas Decisão 7 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.

5 m/s  ---->  200s


10 m/s ---->  100s

Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.

5 m/s  ---->  200s


20 m/s ---->  50s

Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são
inversamente proporcionais quando a razão
entre os valores da 1ª grandeza é igual ao
inverso da razão entre os valores
correspondentes da 2ª.

Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da razão
entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.

DIVISÃO PROPORCIONAL
Podemos definir uma DIVISÃO PROPORCIONAL, como uma forma de divisão  no qual
determinam-se valores que, divididos por quocientes previamente determinados, mantêm-se uma
razão que não tem variação.
 
Exemplos para fixação de definição
 
Para decompor o número 120 em duas partes a e b diretamente proporcionais a 2 e 3,
montaremos o sistema de modo que a+b=120, cuja solução segue de:
 
a/2 = b/3 à a + b = a+b/2+3 à 120/5 = 24
 
Então:   a=48 e b= 72.
 
Dividir o número 60 em duas partes a e b diretamente proporcionais a 4 e 2. Desta
forma, será montado o sistema de modo que a + b = 60, cuja solução sugue no cálculo abaixo:
 
a/4 = b/2 à a + b = a + b/4+2 à 60/6 = 10
 
Então:   a=40 e b= 20.
 
A divisão proporcional pode ser:
- Direta
- Inversa
- Direta e Inversa ao mesmo tempo.
 
Divisão em partes diretamente proporcionais

Apostilas Decisão 8 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 
O total dos números a ser dividido está para a soma dos proporcionais, assim como o
número proporcional está para a parte que a representa.
 
Exemplos de fixação de definição:
 
a) Uma pessoa divide o valor de R$ 12.000,00 proporcionalmente as idades de seus
filhos: 2, 4, 6 anos. Qual o valor que cada um receberá?
 
Resolução:
 
2 + 4 + 6 = 12
 
12      :        12.000
 
2        :        X
 

 
12      :        12.000
 
4        :        X
 

 
12      :        12.000
 
6        :        X
 

 
O valor total, então, de cada filho respectivamente às idades é: R$ 2.000,00 + R$
4.000,00+R$ 6.000,00 tendo o resultado geral o capital de R$ 12.000,00.
 
b) Dividir o número 240, em partes diretamente proporcional a 2, 4 e 6.
 
Resolução:
 
Chamaremos das incógnitas “x”, “y” e “z” as partes que serão determinadas, assim:
 
x + y + z = 240
 
Pela definição dada, temos: x/2 = y/4 = z/6
 
x + y + z = 240
 
x/2 = y/4 = z/6 (aplica-se a propriedade das proporções)
 
x + y + z = 240 = 20
2 + 4 + 6 = 12  =  1
 
Para determinar as partes, é necessário montar uma proporção para cada uma delas,
com a proporção encontrada.
 

Apostilas Decisão 9 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

20 = x   --> x . 1 = 20 . 2 à x = 40
1      2
 
20 = y   --> y . 1 = 20 . 4 à y = 80
1      4
 
20 = z   --> z . 1 = 20 . 6 à x = 120
1      6
 
Checando os resultados:
 
x + y + z = 240
 
40 + 80 + 120 = 240
 
c) Dividir o número 360, em partes diretamente proporcional a 4, 5 e 6.
 
Resolução:
 
Chamaremos das incógnitas “x”, “y” e “z” as partes que serão determinadas, assim:
 
x + y + z = 360
 
Pela definição dada, temos: x/4 = y/5 = z/6
 
x + y + z = 360
 
x/4 = y/5 = z/6 (aplica-se a propriedade das proporções)
 
x + y + z = 360 = 24
4 + 5 + 6 = 15  =  1
 
Para determinar as partes, é necessário montar uma proporção para cada uma delas,
com a proporção encontrada.
 
24 = x   --> x . 1 = 24 . 4 à x = 96
1      4
 
24 = y   --> y . 1 = 24 . 5 à y = 120
1      5
 
24 = z   --> z . 1 = 24 . 6 à z = 144
1      6
 
Checando os resultados:
 
x + y + z = 360
 
96 + 120 + 144 = 360
 
d) Dividir o número 169 em partes diretamente proporcionais a 1/2, 1/3, 1/4
 
Resolução:
 
Vale observar que agora estamos tratando de números fracionários.
 

Apostilas Decisão 10 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Como os números quocientes são predeterminados são em frações, temos que


determinar as frações equivalentes, assim:
 
m.m.c (2,3,4) = 12
 
1/2, 1/3, 1/4 à 6/12, 4/12, 3/12
 
Montando os cálculos:
 
x + y + z = 169
 
x/1/2 = y/1/3 = z/1/4
 
Com o mmc das frações:
 
x + y + z = 169
 
x/6 = y/4 = z/3
 
x + y + z = 169
6 + 4 + 3 = 13
 
Logo: 13/1 é a razão equivalente
 
Calculando as partes separadamente:
 
13/1        =        x/6
 
x . 1  =  6 . 13
 
x = 78
 
13/1        =        y/4
 
Y . 1 = 4 . 13
 
y = 52
 
13/1        =        z/3
 
Z . 1 = 3 . 13
 
z = 39
 
Checando os cálculos temos:
 
78 + 52 + 39 = 169
 
78/6 = 13
 
52/4 = 13
 
39/3 = 13

REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

Apostilas Decisão 11 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Regra de três simples - Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que
envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
valor a partir dos três já conhecidos.

        Passos utilizados numa regra de três simples:


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na
mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.

Exemplos:
        1) Com uma área  de absorção de raios solares de 1,2m 2, uma lancha com motor movido a energia
solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m 2, qual será a
energia produzida? Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
       
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

        2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado


percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse
de 480km/h?
        Solução: montando a tabela:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
        Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na
1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Apostilas Decisão 12 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

        3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5
camisetas do mesmo tipo e preço?
        Solução: montando a tabela:
Camisetas Preço (R$)
3 120
5 x
       
Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.Como as palavras
correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

        4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20
dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o
mesmo trabalho?
        Solução: montando a tabela:
Observe que: Diminuindo o número de
Horas por dia Prazo para término (dias) horas trabalhadas por dia, o prazo para término
8 20 aumenta.
5 x
Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação
temos:

Regra de três composta


A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais.
        Exemplos:

        1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões


serão necessários para descarregar 125m3?
        Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie
e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
    
Identificação dos tipos de relação:
        Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

       

Apostilas Decisão 13 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.


Observe que:

Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões.


Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).

Aumentando o volume de areia,


devemos aumentar o número de caminhões.
Portanto a relação é diretamente proporcional (seta
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão
que contém o termo x com o produto das outras
razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, serão necessários 25 caminhões.

        2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
        Solução: montando a tabela:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que:
Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é
diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação
também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão
que contém o termo x com o produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

        3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3
pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse
muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se flechas
concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes para as
inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Apostilas Decisão 14 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

PORCENTAGENS

De uma forma simplificada, podemos dizer que a Matemática Financeira ou Comercial, é o ramo da
Matemática Aplicada que estuda o comportamento do dinheiro no tempo. A Matemática Comercial pois,
busca quantificar as transações que ocorrem no universo financeiro levando em conta a variável tempo, ou
seja o valor monetário no tempo (time value money). As principais variáveis envolvidas no processo de
quantificação financeira, são: a taxa de juros, o capital e o tempo.
Devemos entender como Juros, a remuneração de um capital aplicado a uma certa taxa, durante um
determinado período, ou seja, é o dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado. Portanto, Juros (J ) = preço
do crédito.
A existência de Juros, decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se:
1 - inflação: a diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo.
2 - risco: os juros produzidos de uma certa forma, compensam os possíveis riscos do investimento.
3 – aspectos intrínsecos da natureza humana : os seres humanos adoram ganhar dinheiro!
Normalmente o valor do capital é conhecido como principal (P). A taxa de juro (i), é a
relação entre os Juros e o Principal, expressa em relação a uma unidade de tempo.
Assim por exemplo, se os juros anuais JUROS SIMPLES: o juro de cada intervalo de tempo
correspondentes a uma dívida de R$2000,00 sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado ou
(Principal = P) forem R$200,00 (Juros = J), a taxa aplicado.
de juros anual (i) será 200/2000 = 0,10 = 10% ao JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo
ano. Indica-se: i = 10% a.a. de tempo é calculado a partir do saldo no início de
Costuma-se especificar taxas de juros correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada
anuais, trimestrais, semestrais, mensais, etc., intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial
motivo pelo qual deve-se especificar sempre o e passa a render juros também.
período de tempo considerado.
Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial, dizemos que
temos um sistema de capitalização simples (Juros simples). Quando a taxa de juros incide sobre o capital
atualizado com os juros do período (montante), dizemos que temos um sistema de capitalização composta
(Juros compostos).
Na prática, o mercado financeiro utiliza apenas os juros compostos, de crescimento mais rápido.
Um dos cálculos mais freqüentes e importantes no trabalho com dinheiro é o das
percentagens que aparecem em taxas de juros, descontos e etc. Talvez por percentagens fazerem
parte da matemática das primeiras séries, a maioria das pessoas se considera como plenamente
capaz de fazer esses cálculos.
A verdade é bem outra: boa parte das perdas de dinheiro que as pessoas tem ao fazer
negócios ou compras resulta da falta de domínio no cálculo de percentagens.

Significado do sinal de percentagem: %


O sinal % é uma mera abreviação da expressão dividido por 100. De modo que 800 % é a
mesma coisa que 800/100, ou seja é o mesmo que 8 (ou se você preferir, do que 8 por 1 ). Ou
seja, é a mesma coisa dizermos: 800 % ou 800 por 100, ou 80 por 10, ou 8 por 1, etc. Examine
cuidadosamente as seguintes igualdades:

A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de


investimentos ou financiamentos de bens de consumo. Consiste em empregar procedimentos
matemáticos para simplificar a operação financeira a um Fluxo de Caixa.

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E 2º GRAUS

Apostilas Decisão 15 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A
palavra equação tem o prefixo equa, que em latim quer dizer "igual". Exemplos:

2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0

Não são equações: Conjunto Universo é o conjunto de todos os


4 + 8 = 7 + 5   (Não é uma sentença aberta) valores que variável pode assumir. Indica-se por
x - 5 < 3   (Não é igualdade) U.
Conjunto verdade é o conjunto dos valores de
   (não é sentença aberta, nem U, que tornam verdadeira a equação . Indica-se
igualdade) por V.

A equação geral do primeiro grau:


ax+b = 0
onde a e b são números conhecidos e a > 0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois
lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:

   Considere a equação 2x - 8 = 3x –10


  
A letra é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa " desconhecida".
Na equação acima a incógnita é x; tudo que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º
membro, e o que sucede, 2º membro.

Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um termo da equação.

Conjunto Verdade e Conjunto Universo de uma Equação


  Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a equação x + 2 = 5.
Observe que o número 3 do conjunto A é denominado conjunto universo da equação e o
conjunto {3} é o conjunto verdade dessa mesma equação.
 Observe este outro exemplo:
Determine os números inteiros que satisfazem a equação x² = 25
O conjunto dos números inteiro é o conjunto universo da equação.
Os números -5 e 5, que satisfazem a equação, formam o conjunto verdade, podendo ser
indicado por: V = {-5, 5}.
Daí concluímos que:
Observações:
 O conjunto verdade é subconjunto Resolver uma equação significa determinar o seu
do conjunto universo. conjunto verdade, dentro do conjunto universo
considerado.

Apostilas Decisão 16 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 Não sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como conjunto universo  o
conjunto dos números racionais.

 O conjunto verdade é também conhecido por conjunto solução e pode ser indicado por S.

Raízes de uma equação


Os elementos do conjunto verdade de uma equação são chamados raízes da equação.
Para verificar se um número é raiz de uma equação, devemos obedecer à seguinte seqüência:
 Substituir a incógnita por esse número.
 Determinar o valor de cada membro da equação.
 Verificar a igualdade, sendo uma sentença verdadeira, o número considerado é raiz da
equação.
            Exemplos:
Verifique quais dos elementos do conjunto universo são raízes das equações abaixo,
determinando em cada caso o conjunto verdade.
 
 Resolva a equação   x - 2  = 0, sendo U = {0, 1, 2, 3}.
Para x = 0 na equação x - 2  = 0 temos: 0 - 2 = 0  => -2 = 0. (F)
Para x = 1 na equação x - 2  = 0 temos: 1 - 2 = 0  => -1 = 0. (F)
Para x = 2 na equação x - 2  = 0 temos: 2 - 2 = 0  => 0 = 0. (V)
Para x = 3 na equação x - 2  = 0 temos: 3 - 2 = 0  => 1 = 0. (F)
    Verificamos que 2 é raiz da equação x - 2 = 0, logo V = {2}.
 
 Resolva a equação 2x - 5 = 1, sendo U = {-1, 0, 1, 2}.
Para x = -1 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . (-1) - 5 = 1  => -7 = 1. (F)
Para x = 0 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 0 - 5 = 1  => -5 = 1. (F)
Para x = 1 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 1 - 5 = 1  => -3 = 1. (F)
Para x = 2 na equação 2x - 5  = 1 temos: 2 . 2 - 5 = 1  => -1 = 1. (F)
 
    A equação 2x - 5 = 1 não possui raiz em U, logo V =  Ø.
 
Resolução de uma equação
Resolver uma equação consiste em realizar uma espécie de operações nos conduzem a
equações equivalentes cada vez mais simples e que nos permitem, finalmente, determinar os
elementos do conjunto verdade ou as raízes da equação. Resumindo:
Na resolução de uma equação do 1º grau com uma incógnita, devemos aplicar os princípios de
equivalência das igualdades (aditivo e multiplicativo). Exemplos:
 Sendo   , resolva a equação   
.
                             MMC (4, 6) = 12
   
                            
 
-9x = 10        =>   Multiplica-se por (-1), trocando-se os sinais
   
                              9x = -10
                                      
                            
 
   
Como  , então  .
 

Apostilas Decisão 17 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 Sendo , resolva a equação 2. (x – 2) – 3 . (1 – x) = 2 . (x – 4)

Iniciamos aplicando a propriedade distributiva da multiplicação:


 

2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8
2x + 3x -2
x=-8+4+3

3x = -1

Como  , então

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Inequações do 1º grau
A inequação do 1o grau de variável x se reduz as formas: ax + b > 0, ax + b > 0, ax
+ b < 0, ax + b <0, onde a e b são números reais quaisquer com a¹0.
Exemplo: resolva a inequação 3x-2+2(x+2)>0
3x-2+2(x+2)= 3x-2+2x+4=5x+2>0Þ x>-2/5
resp: S={xÎR| x>-2/5}
Obs: Inequações simultâneas, equações produto e quociente serão tratadas
juntamente com as inequações do segundo grau devido a seu grau de semelhança.

SISTEMAS LINEARES

As equações lineares assim como os sistemas de equações são muito utilizados no


cotidiano das pessoas.
Exemplo: Uma companhia de navegação tem três tipos de recipientes A, B e C, que
carrega cargas em containers de três tipos I, II e III. As capacidades dos recipientes são dadas
pela matriz:

Tipo do Recipiente  I  II III


A 4 3 2
B 5 2 3
C 2 2 3

Quais são os números de recipientes x1, x2 e x3 de cada categoria A, B e C, se a


companhia deve transportar 42 containers do tipo I, 27 do tipo II e 33 do tipo III?

Montagem do sistema linear

4 x1 + 5 x2 + 2 x3 = 42
3 x1 + 3 x2 + 2 x3 = 27
2 x1 + 2 x2 + 2 x3 = 33

Arthur Cayley (1821-1895): Matemático inglês nascido em Richmond, diplomou-se no


Trinity College de Cambridge. Na sua vida, Cayley encontrou rivais em Euler e Cauchy sendo eles
os três maiores produtores de materiais no campo da Matemática. Em 1858, Cayley apresentou

Apostilas Decisão 18 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

representações por matrizes. Segundo ele, as matrizes são desenvolvidas a partir da noção de
determinante, isto é, a partir do exame de sistemas de equações, que ele denominou: o sistema.
Cayley desenvolveu uma Álgebra das matrizes quadradas em termos de transformações lineares
homogêneas.

Equação linear
É uma equação da forma

a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1


onde
 x1, x2, ..., xn são as incógnitas;
 a11, a12, ...,a1n são os coeficientes (reais ou complexos);
 b1 é o termo independente (número real ou complexo).

Exemplos de equações lineares

1. 4x+3y-2z=0
2. 2 x - 3 y + 0 z - w = -3
3. x1 - 2 x2 + 5 x3 = 1
4. 4i x + 3 y - 2 z = 2-5i
Notação: Usamos R[x] para a raiz quadrada de x>0.

Exemplos de equações não-lineares


1. 3 x + 3y R[x] = -4
2. x2 + y2 = 9
3. x+2y-3zw=0
4. x2 + y2 = -9

Solução de uma equação linear


Uma sequência de números reais (r1,r2,r3,r4) é solução da equação linear

a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4 = b1


se trocarmos cada xi por ri na equação e este fato implicar que o membro da esquerda é
identicamente igual ao membro da direita, isto é:

a11 r1 + a12 r2 + a13 r3 + a14 r4 = b1


Exemplo: A sequência (5,6,7) é uma solução da equação 2x+3y-2z=14 pois, tomando
x=5, y=6 e z=7 na equação dada, teremos:

2×5 + 3×6 - 2×7 = 14

Sistemas de equações lineares

Um sistema de equações lineares ou sistema linear é um conjunto formado por duas ou


mais equações lineares. Um sistema linear pode ser representado na forma:

a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1


a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2
... ... ... ...
am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn
onde

Apostilas Decisão 19 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 x1, x2, ..., xn são as incógnitas;


 a11, a12, ..., amn são os coeficientes;
 b1, b2, ..., bm são os termos independentes.

Solução de um sistema de equações lineares

Uma sequência de números (r1,r2,...,rn) é solução do sistema linear:

a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1


a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2
... ... ... ...
am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn
se satisfaz identicamente a todas as equações desse sistema linear.

Exemplo: O par ordenado (2,0) é uma solução do sistema linear:

2x + y = 4
x + 3y = 2
x + 5y = 2

pois satisfaz identicamente a todas as equações do mesmo, isto é, se substituirmos x=2


e y=0, os dois membros de cada igualdade serão iguais em todas as equações.

FUNÇÕES E GRÁFICOS

Dados dois conjuntos A e B não vazios , chama-se função (ou aplicação) de A em B,


representada por f : A → B ; y = f(x) , a qualquer relação binária que associa a cada elemento de A ,
um único elemento de B. Portanto , para que uma relação de A em B seja uma função, exige-se que a
cada x Є A esteja associado um único y Є B , podendo entretanto existir y Є B que não esteja associado
a nenhum elemento pertencente ao conjunto A.

Obs : na notação y = f(x) , entendemos que y é imagem de x pela função f, ou seja:


y está associado a x através da função f.
Exemplo:
f(x) = 4x+3 ; então f(2) = 4.2 + 3 = 11 e portanto , 11 é imagem de 2 pela função f ;
f(5) = 4.5 + 3 = 23 , portanto 23 é imagem de 5 pela função f , f(0) = 4.0 + 3 = 3, etc.

SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS

Uma sequência ou sucessão é um conjunto ordenado (finito ou infinito) de elementos de


qualquer natureza, em que cada elemento fica naturalmente seqüenciado.
Um conjunto ordenado é um conjunto que possui uma relação de ordem.
E uma relação de ordem é definida para pares de elementos de um conjunto S, e têm
que, necessariamente, possuir três características:

Apostilas Decisão 20 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 anti-simetria: para todo e , ou ;

 se e , então ;

 transitividade: se e , então .

São exemplos de sequências:


 sequência dos dias da semana: domingo; segunda-feira; terça-feira;
quarta-feira; quinta-feira; sexta-feira; sábado;
 sequência dos 100 primeiros números inteiros positivos: 1; 2; 3; … ; 98; 99;
100;
 Os números de Fibonacci (esta seqüência foi descrita primeiramente por
Leonardo de Pisa, também conhecido como Fibonacci (c. 1200), para descrever o
crescimento de uma população de coelhos): 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233,
377, 610, 987, 1597, 2584, 4181, 6765, 10946…
Note que todos os exemplos possuem as três características definidas na relação de
ordem.

FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS

No início do século XVII, a ciência na Europa deixava de ser especulativa e se baseava


cada vez mais em experiências concretas. O progresso nos diversos campos do conhecimento
exigia uma teoria digna de crédito e, para isso, medições mais acuradas e operações algébricas
mais sofisticadas eram necessárias.
Uma das grandes dificuldades, dessa época, residia no fato de que todas as contas eram
feitas manualmente. Somar grandes quantidades e, principalmente, multiplicar números
gigantescos eram tarefas nada fáceis. A multiplicação de dois números de cinco algarismos, por
exemplo, envolve 25 multiplicações e uma adição!
Um dos métodos utilizados para efetuar grandes multiplicações era o uso de tábuas de
funções trigonométricas, conhecidas desde os tempos de Ptolomeu ( séc. II D.C.), operadas da
maneira descrita abaixo.
Para multiplicar dois números a e b, primeiramente mudava-se a posição relativas das
vírgulas e os sinais até que os números a e b ficassem entre 0 e 1, então, procurava-se na tábua

ângulos e tais que sen( ) = a e cos( ) = b . Aplicando-se a fórmula

obtinha-se, usando as tábuas trigonométricas, os valores de e de

e daí, o produto desejado.


Uma outra idéia seria a de fazer uma tábua de multiplicações mas, tal tábua, para números
naturais de 1 a 10.000.000, exigiria meio trilhão de multiplicações, o que para ser efetuado tomaria
muito tempo. (Cerca de 600000 mil anos a base de 1/2 minuto por conta, sem dormir e sem comer,
sem ir ao banheiro e sem namorar).
Usando a idéia básica das tábuas trigonométricas de transformar multiplicações em somas,
Napier construiu, em 1614, a primeira tábua de logaritmos, que listava os logaritmos dos números
maiores do que um numa enorme tabela. O sucesso do projeto de Napier foi de grande ajuda para

Apostilas Decisão 21 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

pessoas como Johann Kepler, cujas análises de observações astronômicas exigiam cálculos
laboriosos.
Os logaritmos gozam da seguinte propriedade operatória:

o que possibilitava que grandes multiplicações fossem efetuadas com esforço mínimo e ainda
removia muitas das dificuldades do processo trigonométrico, possibilitando, por exemplo, a
multiplicação de três ou mais fatores, sem muito trabalho.
Essas tabelas deram origem às famosas réguas de cálculo que eram usadas por
engenheiros, físicos e economistas até o início da década de 70, quando a popularização dos
computadores e das máquinas de calcular tornou completamente obsoletas tanto as ditas réguas,
como as famigeradas tabelas (graças ao bom e misericordioso Deus!).
Hoje em dia, os logaritmos não são mais utilizados, explicitamente, para cálculos
corriqueiros e não tem mais sentido aprender ou ensinar o uso das tais tábuas. A função logaritmo,
que estudaremos a seguir, continua, no entanto, mantendo sua importância teórica no estudo das
funções reais e das equacões diferenciais.
Para definirmos a função logaritmo precisaremos primeiramente estudar com atenção a

função que é, como já vimos, uma hipérbole cujos ramos são simétricos em
relação à origem.
Nosso objetivo é o de calcular a área de uma faixa de hipérbole, que é a área da região
abaixo do ramo positivo de uma hipérbole, limitada inferiormente pelo eixo dos x e lateralmente por
duas retas verticais x= a e x= b , b > a .

Área de uma faixa de hipérbole

Considere o ramo positivo da hipérbole representada pelo gráfico abaixo:

Como já dissemos, uma faixa de hipérbole é a região do plano limitada superiormente pela curva

, inferiormente pelo eixo dos x ( i.e. pela reta y = 0) e lateralmente por duas retas

verticais. Designaremos a faixa entre as retas x = a e x = b com a notação .

Apostilas Decisão 22 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Veja no exemplo abaixo, a representação gráfica da faixa .

Para calcular a área desta faixa, poderíamos, numa primeira tentativa, aproximá-la pela soma das
áreas de retângulos nela inscritos como mostra a figura abaixo:

A soma das áreas dos retângulos é igual a:

Observe como esta aproximação melhora, quando aumentamos o número de retângulos de três
para cinco.

Apostilas Decisão 23 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Fazendo, novamente, o cáculo da soma das áreas dos retângulos, notaremos que o resultado é
maior que o anterior e, como pudemos observar pelo gráfico acima, a soma destas cinco áreas é
uma aproximação melhor para a área da faixa de hipérbole que se deseja calcular.

Continuando com o processo de considerar mais e mais retângulos inscritos na faixa hiperbólica,
subdividindo-a cada vez mais, obtemos aproximações cada vez melhores para a área que
queremos calcular. Veja essa afirmação ilustrada na animação abaixo:

NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de
roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da
probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um
número em um experimento aleatório.

Apostilas Decisão 24 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Experimento Aleatório
    É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer
resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e
possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.

Espaço Amostral
    É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra
que representa o espaço amostral, é S.
    Exemplo:
    Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral,
constituído pelos 12 elementos:
    S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par
aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.
2. Idem, o evento em que:
a)      A ou B ocorrem;
b)      B e C ocorrem;
c)      Somente B ocorre.
3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos
 
Resolução:
1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um
número par:  A={K2, K4, K6};

Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:

B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}

Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número


ímpar: C={R1,R3,R5}.

2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}

(b) B e C = B  C = {R3,R5}

(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;


B  Ac  Cc   =   {K3,K5,R2}

3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A C = 

Conceito de probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a
probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3


maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos
elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um
evento A é sempre:

Apostilas Decisão 25 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Propriedades Importantes:

1. Se A e A’ são eventos complementares, então:

P( A ) + P( A' ) = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre Æ (probabilidade de
evento impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

 
Probabilidade Condicional
 Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma
informação sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica
e o evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.

 Fórmula de Probabilidade Condicional

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).

 Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter


ocorrido E1;

P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E 3, condicionada pelo fato de já terem


ocorrido E1 e E2;

P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer E n, condicionada ao fato de já ter


ocorrido E1 e E2...En-1.
 
Eemplo:
    Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2
bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a
segunda ser azul?

Resolução:
    Seja o espaço amostral S=30 bolas, bolinhas e considerarmos os seguintes eventos:
    A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30
    B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
    Assim:
    P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87
 

Eventos independentes
    Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade
de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:

Apostilas Decisão 26 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de


cada vez e respondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha
e a segunda ser azul?

Resolução:
Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira
retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou
seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e
a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos:
10/30.20/30=2/9.
Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve
reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não
influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.
 
Probabilidade de ocorrer a união de eventos
Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2).P(E1 e E2)
De fato, se existirem elementos comuns a E 1 e E2, estes eventos estarão
computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos
P(E1 e E2).
Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:
P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)
 
Exemplo: Se dois dados, azul e  branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair
5 no azul e 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36
 
Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a
probabilidade de ser um 8 ou um Rei?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52
cartas. Considere os eventos:
A: sair 8 e P(A) = 4/52
B: sair um rei e P(B) = 4/52
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma
carta não pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e
B são mutuamente exclusivos.

ESTATÍSTICA
Estatística é uma ciência exata que visa fornecer subsídios ao analista para coletar,
organizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâmetros extraídos da população, tais
como média ou desvio padrão.
A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são muitas
vezes incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo, sendo
assim, é objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão
das situações que representam.
Quando se aborda uma problemática envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser
utilizados mesmo antes de se recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos
vai permitir recolher os dados, de modo que, posteriormente, se possa extrair o máximo de
informação relevante para o problema em estudo, ou seja para a população de onde os dados
provêm.Quando de posse dos dados, procura-se agrupa-los e reduzi-los, sob forma de amostra,
deixando de lado a aleatoriedade presente.

Apostilas Decisão 27 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade ou


testar uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas convenientes, as quais realçam toda a
potencialidade da Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões acerca de uma
população, baseando-se numa pequena amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.

VARIÁVEL

Vriável Discreta - É uma representação tabular de um conjunto de valores em que colo-


camos na primeira coluna em ordem crescente apenas os valores distintos da série e na segunda
coluna colocamos os valores das freqüências simples correspondentes.
Devemos optar por uma variável discreta na representação de uma série de valores
quando o número de elementos distintos da série for pequeno.

JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Capital - O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também


conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
Juros - Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade
produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos. O juro
é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefere o
consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isto. Por outro lado, quem for capaz de
esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste ínterim estiver disposta a
emprestar esta quantia a alguém, menos paciente, deve ser recompensado por esta abstinência na
proporção do tempo e risco, que a operação envolver. O tempo, o risco e a quantidade de
dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais
conhecida como taxa de juros.
Quando usamos juros simples e juros compostos? A maioria das operações
envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo,
compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como
Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso
para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo de
desconto simples de duplicatas.

Taxa de juros - A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro
emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente expressa da forma percentual,
em seguida da especificação do período de tempo a que se refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual
dividida por 100, sem o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)

JUROS SIMPLES

O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre
o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor
Principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de
somarmos os juros. Transformando em fórmula temos:
J=P.i.n
Onde:
J = juros
P = principal (capital)

Apostilas Decisão 28 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

i = taxa de juros
n = número de períodos
   
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m.
pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão: J =
1000 x 0.08 x 2 = 160
Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante.
   Montante = Principal + Juros
   Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x Número de períodos )
M=P.(1+(i.n))
 
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5%
a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
    M = P . ( 1 + (i.n) )
    M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
    Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou
seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um
ano comercial possui 360 dias.

Descontos simples - Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações
financeiras: o desconto comercial e o desconto racional. Considerando-se que no regime de
capitalização simples, na prática, usa-se sempre o desconto comercial, este será o tipo de
desconto a ser abordado a seguir.
Vamos considerar a seguinte simbologia:
N = valor nominal de um título.
V = valor líquido, após o desconto.
Dc = desconto comercial.
d = taxa de descontos simples.
n = número de períodos.

Teremos: V = N - Dc
No desconto comercial, a taxa de desconto incide sobre o valor nominal N do título.
Logo: Dc = Ndn
Substituindo, vem: V = N(1 - dn)
Exemplo: Considere um título cujo valor nominal seja $10.000,00. Calcule o desconto
comercial a ser concedido para um resgate do título 3 meses antes da data de vencimento, a uma taxa
de desconto de 5% a.m.
Solução:
V = 10000 . (1 - 0,05 . 3) = 8500
Dc = 10000 - 8500 = 1500
Resp: valor descontado = $8.500,00; desconto = $1.500,00

TAXAS COMPOSTAS DE JURO E DESCONTOS

O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais


útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao
principal para o cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal.
Após três meses de capitalização, temos:
1º mês: M =P.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula:

Apostilas Decisão 29 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

M = P . (1 +  i)n

    Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja,
taxa de juros ao mês para n meses.
    Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do
período:

J=M-P
 
Exemplo:
   Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante
1 ano, à taxa de 3,5% ao mês.
  (use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
Resolução:
   P = R$6.000,00
    t = 1 ano = 12 meses
    i = 3,5 % a.m. = 0,035
    M = ?
Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos:
   M  =  6000.(1+0,035)12  =  6000. (1,035)12
Fazendo  x = 1,03512 e aplicando logaritmos, encontramos:
   log x = log 1,03512    =>   log x = 12 log 1,035    =>   log x = 0,1788    =>   x = 1,509
Então  M = 6000.1,509 = 9054.
Portanto o montante é R$9.054,00

SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO

O Plano Real – A 1º de agosto de 1993, foi criada uma nova moeda, o cruzeiro real
(CR$), para substituir o cruzeiro. Um cruzeiro real correspondia a mil cruzeiros.

CR$ 1,00 = CR$ 1.000,00

Essa moeda teve apenas 11 meses de vida (a vida mais curta de todas as moedas).
Em 28 de fevereiro de 1994, por meio de media provisória, foi criada a URV (Unidade Real
de Valor). A MP foi reeditada duas vezes, sendo aprovada somente em março. Virou lei sob o n.
8.880, publicada no Diário Oficial da União de 28 de maio de 1994.
Os valores diários da URV foram corrigidos tendo como base os índices: IGP-M (Fundação
Getúlio Vargas), IPC (da Fipe) e IPVA (de responsabilidade do IBGE).
A partir de 1º de julho de 1994 a URV deixou de existir com esta denominação, passando a
se chamar real (R$).
A transformação de cruzeiros reais para a nova moeda é dada por:

CR$ 2.750,00 = 1 URV = R$ 1,00

Veja, a seguir as nossas cédulas de circulação comum, com seus respectivos valores:

1 Real – R$ 1,00

Anverso:

Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Apostilas Decisão 30 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Reverso:

Gravura de um Beija-Flor (Amazilia lactea). O Beija-Flor é típico do continente americano e


ocorrem mais de cem espécies no Brasil.

5 Reais – R$ 5,00

Anverso:

Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Reverso:
Figura de uma Garça (Casmerodius albus), ave pernalta (família dos ardeídeos), espécie
muito representativa da fauna encontrada no território brasileiro.

10 Reais – R$ 10,00
Anverso:

Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Apostilas Decisão 31 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Reverso:

Gravura de uma Arara (Ara chloreptera), ave de grande porte da família dos psitacídeos,
típica da fauna do Brasil e de outros países latino-americanos

50 Reais – R$ 50,00
Anverso:
Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Reverso:
Figura de uma Onça Pintada (Panthera onca), conhecido e belo felídeo de grande porte,
ameaçado de extinção, mas ainda encontrado principalmente na Amazônia e no Pantanal
Matogrossense.

100 Reais – R$ 100,00


Anverso:
Efígie Simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura.

Apostilas Decisão 32 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Reverso:
Gravura de uma Garoupa (Epinephelus marginatus), peixe marinho da família dos
serranídeos, e um dos mais conhecidos dentre os encontrados nas costas brasileiras.

MOEDAS
1 Centavo – R$ 0,01

Anverso:
À direita, a efígie representativa da República, ladeada
por representação estilizada de ramo de louros. Na
parte inferior, a inscrição "BRASIL".

Reverso:
Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de
louros. Abaixo, os dísticos "centavo" e o
correspondente ao ano de cunhagem.

5 Centavos – R$ 0,05
Anverso:
À direita, a efígie representativa da República, ladeada por
representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a
inscrição "BRASIL".

Reverso:
Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos
de louros. Abaixo, os dísticos "centavo" e o
correspondente ao ano de cunhagem.

10 Centavos – R$ 0,10
Anverso:
À direita, a efígie representativa da República, ladeada por
representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a
inscrição "BRASIL".

Apostilas Decisão 33 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Reverso:
Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo,
os dísticos "centavo" e o correspondente ao ano de cunhagem.

25 Centavos – R$ 0,25

Anverso:
No centro, a efígie representativa da República, ladeada pela
inscrição "BRASIL". Na parte inferior, dístico
correspondente ao ano de cunhagem.

Reverso:
Linhas sinuosas de fundo dão destaque ao dístico
correspondente ao valor facial, seguido do dístico "centavos".

50 Centavos – R$ 0,50

Anverso:
À direita, a efígie representativa da República, ladeada por
representação estilizada de ramo de louros. Na parte inferior, a
inscrição "BRASIL".

Reverso:
Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de
louros. Abaixo, os dísticos "centavo" e o correspondente ao
ano de cunhagem.

1 Real – R$ 1,00
Anverso:
À direita, a efígie representativa da República, ladeada por
representação estilizada de ramo de louros. Na
parte inferior, a inscrição "BRASIL".

Reverso:
Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de
louros. Abaixo, os dísticos "Real" e o correspondente ao ano de
cunhagem.

PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos


periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada prestação
corresponde à soma do reembolso do Capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor,
podendo ser o reembolso de ambos, sendo que
Juros são sempre calculados sobre o saldo devedor!
Os principais sistemas de amortização são:
1. Sistema de Pagamento único:
Um único pagamento no final.
2. Sistema de Pagamentos variáveis:

Apostilas Decisão 34 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Vários pagamentos diferenciados.


3. Sistema Americano:
Pagamento no final com juros calculados período a período.
4. Sistema de Amortização Constante (SAC):
A amortização da dívida é constante e igual em cada período.
5. Sistema Price ou Francês (PRICE):
Os pagamentos (prestações) são iguais.
6. Sistema de Amortização Misto (SAM):
Os pagamentos são as médias dos sistemas SAC e Price.
7. Sistema Alemão:
Os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais, exceto o primeiro
pagamento que corresponde aos juros cobrados no momento da operação.
Em todos os sistemas de amortização, cada pagamento é a soma do valor amortizado
com os juros do saldo devedor, isto é:

Pagamento = Amortização + Juros


Em todas as nossas análises, utilizaremos um financiamento hipotético de R$300.000,00
que será pago ao final de 5 meses à taxa mensal de 4%.
Na sequência, será essencial o uso de tabelas consolidadas com os dados de cada
problema e com informações essenciais sobre o sistema de amortização. Em todas as análises,
utilizaremos a mesma tabela básica que está indicada abaixo, com os elementos indicados:

Sistema de Amortização
Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0       300.000,00
1        
2        
3        
4        
5       0
Totais   300.000,00    

Sistema de Pagamento Único


O devedor paga o Montante=Capital + Juros compostos da dívida em um único
pagamento ao final de n=5 períodos. O Montante pode ser calculado pela fórmula:

M = C (1+i)n
Uso comum: Letras de câmbio, Títulos descontados em bancos, Certificados a prazo fixo
com renda final.

Sistema de Pagamento Único


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00     312.000,00
2 12.480,00     324.480,00

Apostilas Decisão 35 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

3 12.979,20     337.459,20
4 13.498,37     350.957,57
5 14.038,30 300.000,00 364.995,87 0
Totais 64.995,87 300.000,00 364.995,87  

Sistema de Pagamentos Variáveis


O devedor paga o periodicamente valores variáveis de acordo com a sua condição e de
acordo com a combinação realizada inicialmente, sendo que os juros do Saldo devedor são pagos
sempre ao final de cada período.
Uso comum: Cartões de crédito.
Dado: O devedor pagará a dívida da seguinte forma:
 No final do 1o.mês: R$ 30.000,00 + juros
 No final do 2o.mês: R$ 45.000,00 + juros
 No final do 3o.mês: R$ 60.000,00 + juros
 No final do 4o.mês: R$ 75.000,00 + juros
 No final do 5o.mês: R$ 90.000,00 + juros

Sistema de Pagamentos Variáveis


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 30.000,00 42.000,00 270.000,00
2 10.800,00 45.000,00 55.800,00 225.000,00
3 9.000,00 60.000,00 69.000,00 165.000,00
4 6.600,00 75.000,00 81.600,00 90.000,00
5 3.600,00 90.000,00 93.600,00 0
Totais 42.000,00 300.000,00 342.000,00  

Sistema Americano

O devedor paga o Principal em um único pagamento no final e no final de cada período,


realiza o pagamento dos juros do Saldo devedor do período. No final dos 5 períodos, o devedor
paga também os juros do 5o. período.

Sistema Americano
Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00   12.000,00 300.000,00
2 12.000,00   12.000,00 300.000,00
3 12.000,00   12.000,00 300.000,00
4 12.000,00   12.000,00 300.000,00
5 12.000,00 300.000,00 312.000,00 0
Totais 60.000,00 300.000,00 360.000,00  

Apostilas Decisão 36 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O devedor paga o Principal em n=5 pagamentos sendo que as amortizações são sempre
constantes e iguais.
Uso comum: Sistema Financeiro da Habitação

Sistema de Amortização Constante (SAC)


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 60.000,00 72.000,00 240.000,00
2 9.600,00 60.000,00 69.600,00 180.000,00
3 7.200,00 60.000,00 67.200,00 120.000,00
4 4.800,00 60.000,00 64.800,00 60.000,00
5 2.400,00 60.000,00 62.400,00 0
Totais 36.000,00 300.000,00 336.000,00  

Sistema Price (Sistema Francês)


Todas as prestações (pagamentos) são iguais.
Uso comum: Financiamentos em geral de bens de consumo.
Cálculo: O cálculo da prestação P é o produto do valor financiado V f=300.000,00 pelo
coeficiente K dado pela fórmula

onde i é a taxa ao período e n é o número de períodos. Para esta tabela, o cálculo


fornece:
P = K × Vf = 67.388,13

Sistema Price (ou Sistema Francês)


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 55.388,13 67.388,13 244.611,87
2 9.784,47 57.603,66 67.388,13 187.008,21
3 7.480,32 59.907,81 67.388,13 127.100,40
4 5.084,01 62.304,12 67.388,13 64.796,28
5 2.591,85 64.796,28 67.388,13 0
Totais 36.940,65 300.000,00 336.940,65  

Sistema de Amortização Misto (SAM)


Cada prestação (pagamento) é a média aritmética das prestações respectivas no
Sistemas Price e no Sistema de Amortização Constante (SAC).
Uso: Financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação.

Apostilas Decisão 37 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Cálculo:
PSAM = (PPrice + PSAC) ÷ 2

n PSAC PPrice PSAM


1 72.000,00 67.388,13 69.694,06
2 69.600,00 67.388,13 68.494,07
3 67.200,00 67.388,13 67.294,07
4 64.800,00 67.388,13 66.094,07
5 62.400,00 67.388,13 64.894,07

Sistema de Amortização Misto (SAM)


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 57.694,06 69.694,06 242.305,94
2 9.692,24 58.801,83 68.494,07 183.504,11
3 7.340,16 59.953,91 67.294,07 123.550,20
4 4.942,01 61.152,06 66.094,17 62.398,14
5 2.495,93 62.398,14 64.894,07 0
Totais 36.470,34 300.000,00 336.470,94  

Sistema Alemão
O sistema Alemão consiste em liquidar uma dívida onde os juros são pagos
antecipadamente com prestações iguais, exceto o primeiro pagamento que corresponde aos juros
cobrados no momento da operação financeira. É necessário conhecer o valor de cada pagamento
P e os valores das amortizações Ak, k=1,2,3,...,n.
Uso comum: Alguns financiamentos.
Fórmulas necessárias: Para k=1,2,...,n.

A prestação mensal do financiamento, pode ser calculada com as fórmulas acima.


P = (300.000×0,04)÷[1-(1-0,04)5]=64.995,80
A1 = 64.995,80 × (1-0,04)4 = 55.203,96
A2 = 55.203,96 ÷ (1-0,04) = 57.504,13
A3 = 57.504,13 ÷ (1-0,04) = 59.900,13
A4 = 59.900,13 ÷ (1-0,04) = 62.395,97
A5 = 62.395,97 ÷ (1-0,04) = 64.995,80

Sistema Alemão
Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 12.000,00 0 12.000,00 300.000,00
1 9.791,84 55.203,96 64.995,80 244.796,04

Apostilas Decisão 38 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

2 7.491,68 57.504,13 64.995,80 187.291,91


3 5.095,67 59.900,13 64.995,80 127.391,78
4 2.599,83 62.395,97 64.995,80 64.995,80
5   64.995,80 64.995,80 0
Totais 36.979,02 300.000,00 336.979,02  

CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE


FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO E INVESTIMENTO

Em uma operação financeira de Financiamento, Empréstimo e Investimento, existem várias


situações que interferem na nossa decisão sobre a escolha de uma dentre as várias possíveis
alternativas. Em geral, temos o conhecimento da Taxa de Mercado, também conhecida como a
Taxa de Atratividade do Mercado e desejamos saber a taxa real de juros da operação, para poder
tomar uma decisão.
Há dois importantes objetos matemáticos que são utilizados na análise da operação
financeira de Investimento, Financiamento ou Empréstimo:

§ Valor Presente Líquido (NPV)


O Valor Presente Líquido (Net Present Value) do fluxo de caixa de uma operação é o
somatório de todos os valores atuais calculados no instante t=0 para cada elemento isolado da
operação.

§ Taxa Interna de Retorno (TIR)


A Taxa Interna de Retorno (Internal Rate Return) do fluxo de caixa da operação é a taxa
real de juros da operação financeira.
Há uma íntima relação entre esses dois objetos matemáticos, sendo que as
considerações sobre eles devem resultar de análise invertidas quando se tratar de Investimentos
ou Financiamentos. A razão desta inversão é que alguém, ao realizar um Investimento de capital
espera ampliar o mesmo, ao passo que ao realizar um Financiamento de um bem, ou um
empréstimo, espera reduzir a aplicação.
Em um Investimento, se NPV for positivo, a Taxa Real (TIR) é maior do que a Taxa de
Mercado, se NPV for negativo, a Taxa real (TIR) é menor do que a Taxa de Mercado e se NPV=0
então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (TIR). Conclusão: Se NPV é maior então a
Taxa (TIR) também é maior.
Em um Financiamento ou em um empréstimo, se NPV for positivo, a Taxa Real IRR é
menor do que a Taxa de Mercado, se NPV for negativo, a Taxa real IRR é maior do que a Taxa de
Mercado e se NPV=0, então a Taxa de Mercado coincide com a Taxa Real (TIR).
Conclusão: Se NPV é maior então a Taxa (TIR) é menor.
Estas duas análises podem ser reduzidas à tabela:

NPV TIR do Investimento TIR do Financiamento


Igual a 0 Igual à Taxa de mercado Igual à Taxa de mercado
Positivo Maior que a Taxa de mercado Menor que a Taxa de mercado
Negativo Menor que a Taxa de mercado Maior que a Taxa de mercado

AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO

Há alguns anos atrás se quiséssemos aplicar algum dinheiro, as alternativas que nos eram
disponibilizadas se limitavam, essencialmente, aos:
 CDB/RDB;
 a caderneta de poupança; e,

Apostilas Decisão 39 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 o mercado de ações.
O processo de escolha entre as alternativas era simples e, funcionava mais ou menos
assim:
Se desejasse a certeza de uma remuneração fixa e, dependendo do volume de recursos a
ser aplicado e, do prazo em que necessitaria do dinheiro de volta, escolheria entre o CDB/RDB ou
a caderneta de poupança.
Se, por outro lado tivéssemos conhecimento de seu funcionamento ou, ousadia para correr
os riscos da renda variável, aplicaríamos diretamente no mercado de ações sob a orientação (dica)
de um amigo ou da própria sociedade corretora de valores e, esperando ter muito mais dinheiro de
volta, no prazo mais curto possível.
Na realidade, a economia inflacionária em que vivemos durante tanto tempo mantinha-nos:
- permanentemente preocupado com a desvalorização do capital aplicado;
- limitava o nosso horizonte de investimento ao curtíssimo prazo; e, por via de conseqüência,
- não permitia que desenvolvêssemos uma consciência de investidor.
É importante esclarecer aqui o conceito de investidor
O verdadeiro investidor é:
“o aplicador de recursos que objetiva valorizar e/ou obter renda do seu capital investido, em um
determinado espaço de tempo, de acordo com seus objetivos financeiros mas, correndo os riscos
que julga, deveria correr, para obter o retorno esperado do investimento”
Parece complicado...... talvez......mas, não é. Vamos exemplificar:
 As pessoas tem volumes de recursos disponíveis para aplicação, completamente
diferentes;
Um determinado indivíduo pode dispor periodicamente para investimento de R$ 50,00 e
outro de R$ 50.000.000,00
 O momento da vida de cada um é que determina os objetivos financeiros de suas
aplicações;
Um jovem solteiro recém formado, tem objetivos de vida diferentes, embora, similares aos
de outro nas mesmas condições mas que, são completamente diferente de outro jovem casado à
espera do primeiro filho.
E o que dizer das diferenças de objetivos de um profissional na faixa dos 40 com filhos
universitários ou, então sem filhos ou, divorciado e, de um aposentado com filhos casados, netos e,
uma bela renda.
Podemos estar aplicando o dinheiro para a futura compra de uma casa, realização de uma
viagem ou, simplesmente, para complementar a renda
 As pessoas aplicam seus recursos disponíveis tendo em mente, em princípio, um prazo
para o seu resgate e, em função de seus objetivos financeiros. É o que costumamos
chamar de Horizonte de Investimento;
Podemos precisar do dinheiro em um mês, um ano, cinco anos ou, não termos nenhuma
previsão de sua utilização futura.
 As pessoas tem posturas diferentes diante dos riscos. Alguns encaram o risco com
naturalidade e “namoram” com o perigo. Outros tem medo até da própria sombra. Entre
estas duas posturas há uma infinidade de possibilidades. Para defini-las utilizamos o que
costumamos chamar de Perfil de Risco;
O conceito de risco é, em resumo, um conceito associado à possibilidade de perda (melhor
seria dizer probabilidade de perda mas, as pessoas ou não conhecem ou, tem uma certa pinimba
com a estatística e seus termos).
Em termos financeiros: que possibilidade de perda estamos dispostos a aceitar, durante
um determinado período de tempo (horizonte de investimento), para ter a expectativa do melhor
retorno (rentabilidade, rendimento) possível do nosso investimento, de forma a atingir os nossos
objetivos financeiros.
Cada tipo de aplicação financeira, em função de suas características próprias, embute um
retorno esperado mas, associado a um risco de realização, ou seja, de que ele realmente aconteça
Hoje, com a explosão dos fundos de investimento e, sua diversidade de alternativas, as
oportunidades de aplicação são ilimitadas e, por conseqüência, o processo de escolha entre
alternativas exige uma cuidadosa avaliação, seleção e posterior acompanhamento.

Apostilas Decisão 40 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Além disso, numa economia com a moeda estável, podemos agir com a consciência de
investidor.
Entre as alternativas de investimento devemos seguir uma seqüência lógica de etapas na
escolha, a saber:
 Conscientizar-se de seus objetivos financeiros, atuais;
 Estabelecer seu horizonte de investimento, tendo em vista estes objetivos;
 Avaliar o ambiente econômico futuro dentro deste horizonte de investimento;
 Selecionar entre as alternativas de investimento, em função de seu perfil atual de risco, as
que melhor se adaptam às etapas anteriores;
 Escolher e decidir por uma ou, mais de uma, alternativa de investimento;
 Aplicar;
 Acompanhar a evolução dos resultados, de acordo com suas expectativas e os riscos
assumidos; e,
 Ter a coragem de mudar, se necessário.
Ao analisarmos todas estas etapas podemos compreender que, se já é grande a
dificuldade que vive um cidadão comum na escolha de uma simples aplicação, imagine qual o
tamanho desta dificuldade quando a escolha for a da aplicação com o melhor retorno financeiro
esperado, para a situação específica de cada momento de sua vida pessoal.
Repare que tivemos o cuidado de mencionar a palavra “esperado”, associada ao conceito
de retorno, pois, em se tratando de investimentos, a certeza de um retorno fixo previamente
determinado, só vai acontecer caso a aplicação, mesmo tendo uma data de vencimento certa e
sendo pré fixada, não seja resgatada antes desta data.
No passado, quando as “alternativas de investimento” se limitavam aos CDB/RDB e as
cadernetas de poupança e, eram todas indexadas à inflação passada (a famosa correção
monetária, de triste figura) aplicar era como respirar, um ato reflexo, que não precisava nem de
responsabilidade, nem de segurança e muito menos de competência mas, apenas, de alguma
saúde (poupança).
Atualmente, como vimos, o universo dos fundos de investimento, os novos modelos das
cadernetas de poupança e, os novos tipos de CDB/RDB nos permite, realmente, a escolha entre
várias alternativas de investimento mas, ao mesmo tempo, exige um “processo de decisão” para
esta escolha.
Evoluímos (no segmento das alternativas de investimento, bem entendido) do cidadão
pobre que, ao se vestir pela manhã, sem alternativas de escolha, tinha que colocar sempre a
mesma camisa, calça e sapato, para o sujeito rico que ao abrir o armário tem o “desagradável”
dilema de escolher, entre um monte de camisas, calças e sapatos, a combinação que melhor se
adapta às tarefas do dia e a previsão da meteorologia.

Concluímos objetivamente que:

“Escolher a alternativa de investimento que tenha o melhor retorno esperado, não é tarefa
que devamos assumir sozinhos mas, sim, com a assessoria de quem faz desta atividade, a sua
profissão e, de preferência, com muita responsabilidade, segurança e competência”.
Mas, para que possamos escolher, quem (instituição financeira ou administrador de fundos) vai
selecionar a nossa melhor alternativa de investimento, precisamos ter um mínimo de conhecimento
do assunto e, dessa forma, ter alguma capacidade de julgamento da escolha que vier a ser feita.
O primeiro passo é compreender a diferença básica entre o conceito puro de renda fixa e
renda variável (no caso do Brasil, essencialmente representada pelo mercado de ações e algumas
das operações dos mercados de derivativos) .
A renda fixa, independente de ser pré, flutuante ou pós fixada (ver matérias anteriores)
garante um retorno financeiro positivo, para o investimento escolhido, em sua data de vencimento.
Assim, o valor resgatado sempre será maior do que o valor aplicado, desde que a aplicação seja
resgatada na data do vencimento. O quanto será maior vai, exatamente, depender da escolha feita.
A renda variável não garante um retorno positivo para o investimento escolhido, ou seja, o
valor resgatado poderá ser maior, igual ou menor do que o valor aplicado. No caso da renda
variável, o quanto será maior ou menor ou a possibilidade de ser igual, vai depender do momento
da aplicação e do momento do resgate.

Apostilas Decisão 41 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Ora, diante desta colocação poderíamos apressadamente concluir que, sempre


deveríamos aplicar em renda fixa ? A resposta é Não.
Reparem que na explicação da renda variável tivemos o cuidado de trocar a palavra data
pela palavra momento.
Aplicar e resgatar em renda variável depende, essencialmente do momento do mercado como um
todo e do momento do ativo específico em particular.
Os ganhos que este mercado produz, quando a decisão é tomada no momento certo, sem
dúvida, poderão ser maiores que os da renda fixa mas, se a decisão for tomada no momento
errado, a perda poderá ser lamentável.
“Quem não arrisca não petisca” mas às vezes o petisco pode ser indigesto.
No mercado de renda variável, mais do que nunca, a ajuda do especialista é fundamental.
Veja, agora, as características e os potenciais positivos e/ou negativos das alternativas de
investimento em renda fixa de que, no momento, dispomos.
A primeira delas é o CDB/RDB.
É uma aplicação individual que, como todas as demais alternativas de investimento tem um
custo operacional, para a instituição captadora do recurso investido, que independe do valor
aplicado.
Tal fato naturalmente faz com que, valores maiores tenham remuneração melhor (o custo
operacional da instituição é diluído) o que acaba por caracterizar esta aplicação como mais
adequada aos grandes investidores.
As aplicações em CDB/RDB não podem ser prorrogadas mas, apenas renovadas de
comum acordo entre a instituição emissora e o investidor através de nova contratação
Esta mecânica de aplicação em CDB/RDB é um fator que potencializa os efeitos negativos
da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira -CPMF sobre estes investimentos
pois, como no resgate do valor inicialmente aplicado os recursos retornam para a conta corrente, a
cada nova aplicação efetuada há, evidentemente, nova movimentação da conta corrente e,
portanto, nova incidência da CPMF, reduzindo a rentabilidade da aplicação.
Tal fato naturalmente faz com que, as aplicações em CDB/RDB de longo prazo sejam uma
alternativa melhor do que às de prazos menores. Em outras palavras:
“Aplicações em CDB/RDB de longo prazo, economizam as despesas com a CPMF”.
O Imposto sobre as Operações Financeiras - IOF, como em todos os outros investimentos
de renda fixa à exceção da Caderneta de Poupança, incide de acordo com a tabela regressiva de
IOF, com efeitos até o 29° dia da aplicação quando, então, deixam de influenciar a rentabilidade da
aplicação.
Assim a partir do 30° dia após a data da aplicação, a rentabilidade do CDB/RDB não sofre
nenhum tipo de redução em função do IOF. O Imposto de Renda - IR, como em todos os outros
investimentos em renda fixa à exceção da Caderneta de Poupança, incide pela alíquota de 20%
sobre os ganhos de capital.
No caso dos CDB/RDB, entretanto, como o IR é cobrado apenas no resgate da aplicação,
o seu efeito é diluído pelo prazo da aplicação.
Tal fato dá ao CDB/RDB uma vantagem comparativa em relação às aplicações em que o
IR é cobrado periodicamente e, reforça seu potencial como investimento de longo prazo.
Estes títulos podem ser emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos
múltiplos que tenham uma dessas carteiras.
As taxas de juros que os remuneram podem ser pré-fixadas, flutuantes ou pós-fixadas (ver
Matéria 9 de 31/07/2000 onde analisamos os conceitos básicos dos diferentes tipos de taxas de
juros do mercado).
Quando as taxas forem prefixadas ou flutuantes os títulos podem ser emitidos sem
especificação de prazo mínimo para resgate mas, sujeitos a tabela regressiva do IOF.
Quando as taxas forem pósfixadas em TR ou TJLP o prazo mínimo é de 1 mês e sendo
pósfixada em TBF o prazo mínimo passa para 2 meses.
A liberdade de prazo na emissão desses títulos, permite que as instituições financeiras
emitam CDB/RDB remunerados pela taxa do DI de qualquer número de dias, de acordo com as
conveniências do emissor e do investidor.

Apostilas Decisão 42 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Esta possibilidade reduz os custos das operações acessórias de ajustes de remuneração,


tais como o swap (troca) de remuneração pré para DI, também conhecido com CDB com swap em
DI.
O CDB pode ser resgatado antecipadamente ao seu prazo de vencimento, respeitados os
prazos mínimos de emissão dos pós fixados, caso seja do interêsse do investidor e da
conveniência da instituição emissora.
O resgate antecipado representará, normalmente, uma perda para o investidor já que, a
instituição financeira efetuará esta operação de recompra, não prevista em seu fluxo de caixa, com
deságio sobre o valor da rentabilidade inicialmente contratada.
O RDB não pode ser resgatado antecipadamente, à exceção de situações excepcionais
quando, então, só será devolvido o principal aplicado com a perda da rentabilidade já apropriada
no prazo decorrido.
Vamos conhecer agora um pouco sobre as Cadernetas de Poupança e os Títulos de Capitalização.
A Caderneta de Poupança, mais conhecida simplesmente como Poupança é, sem dúvida, o
produto de investimento mais tradicional e popular do mercado financeiro nacional. É verdade que após
o confisco do governo Collor, quando a poupança perdeu a sua particularidade, até então única, de ser
“garantida pelo governo”(o Fundo de Garantia de Depósitos em Letras Imobiliárias - FGDLI garantia os
depósitos em Poupança até o limite de R$ 5.000,00) a sua popularidade diminuiu sensivelmente.
A criação em 1995 do Fundo Garantidor de Crédito - FGC, que garante até o máximo de R$
20.000,00 o conjunto de recursos do cliente depositados em conta corrente e/ou aplicados em
CDB/RDB, Poupança e demais títulos emitidos por instituições financeiras, tirou de vez da Poupança o
podium da segurança e, neste item, igualou-a às demais aplicações financeiras, à exceção dos Fundos
de Investimento que, por serem constituídos como pessoa jurídica independente, não contam com a
segurança do FGC.
A grande vantagem da Poupança é a sua simplicidade, que permite a movimentação dos
recursos nela aplicados como se fosse uma conta corrente remunerada, desde que, obviamente,
respeitados os prazos mínimos de aplicação para fazer jus à remuneração.
Este prazo mínimo corresponde ao período de um mês, data à data de aniversário da aplicação,
ou seja, como exemplo:
O depósito feito no dia 20 de um mês passa a ter como data de aniversário da aplicação todos
os dias 20 dos meses subseqüentes aos da aplicação.
Se por acaso o dia 20 de um destes meses subseqüentes for um dia não útil (sábado, domingo
ou feriado) a aplicação só poderá ser resgatada com remuneração, no dia útil imediatamente posterior
ao da data de aniversário. Pelo fato de nem todos os meses do ano terem o dia 31 e, o mês de fevereiro
não ter o dia 30 e somente a cada 4 anos o dia 29, as aplicações feitas nestes dias 29,30 e 31, tem
como data de aniversário o primeiro dia do mês seguinte.
Os resgates feitos fora das datas de aniversário vão representar a perda do rendimento
acumulado até àquela data, sobre o valor resgatado
Esta metodologia de aplicação e resgate da Poupança permite que, de forma a garantir as
retiradas da conta de Poupança sem perda de rendimento possamos “abrir” diferentes contas de
poupança com diferentes datas de aniversário.
Desta forma, de acordo com as nossas necessidades momentâneas de caixa, poderemos numa
emergência, escolher para resgate a conta de poupança cuja data de aniversário represente a menor
perda de rendimento acumulado.
A remuneração da Poupança é obtida pela composição da Taxa Referencial -TR (ver o conjunto de
matérias sobre as taxas de juros) acrescida da taxa fixa de juros de 0,5% ao mês. Vejamos um exemplo
Se para um determinado dia do mês a TR tiver sido calculada com sendo de 0,2654% então,
todas as Cadernetas de Poupança cuja data de aniversário mensal dos rendimentos ocorra nesta data,
serão remuneradas por esta TR na seguinte seqüência:
Calcula-se o fator da TR como sendo 1,002654 (0,2654/100 + 1);
Calcula-se o fator da taxa de juros de 0,5% ao mês como sendo 1,005 (0,5/100 + 1); e,
Multiplicam-se os dois fatores, para obtermos o fator de remuneração total a ser aplicada nas
contas de Poupança com aniversário nesta data, com sendo de 1,007673.
Assim a remuneração na data foi de 0,7673% [(1,007673 - 1) x 100].
É importante mencionar que a remuneração fixa de 0,5% ao mês representa uma remuneração
fixa anual da Poupança de 6,17% [ (1,005)12 ] sobre a TR, caso a aplicação permaneça sendo
remunerada durante todo este período.

Apostilas Decisão 43 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

A remuneração variável, representada pela TR, depende dos dias úteis incluídos em cada
período de cálculo da TBF que dá origem a TR, e da boa vontade do governo no cálculo do redutor da
TR.
O aspecto fiscal é o grande diferencial da Poupança e, sendo assim, o fator que de alguma
forma compensa a sua natural menor rentabilidade para o investidor. Assim sendo
Não recolhem Imposto de Renda sobre os ganhos de capital, nem estão sujeitas a tabela
regressiva de IOF sobre os primeiros 29 dias de aplicação, como as demais aplicações de renda fixa.
Tem ainda a vantagem da isenção da CPMF na movimentação dos recursos que permaneçam
aplicados por períodos superiores a 90 dias.
Vamos conhecer agora um pouco sobre os Títulos de Capitalização.
O primeiro aprendizado que precisamos ter sobre os títulos de capitalização é saber diferenciar
os produtos oferecidos pelos bancos daqueles oferecidos pelos veículos de informação tais como
jornais ou televisão.
Estes últimos (os oferecidos pelos veículos de informação), embora eventualmente possam ter
o rótulo de títulos de capitalização, não possuem características que os enquadrem como uma
alternativa de investimento. São, na verdade, apenas uma alternativa às opções oferecidas pela loteria
federal e/ou estaduais e, em alguns casos, com a oportunidade adicional de alguns minutos de fama na
telinha e, quem sabe, alguns eletrodomésticos a mais na cozinha.
Os verdadeiros títulos de capitalização (os oferecidos pelos bancos) estão propostos como uma
alternativa de investimento de longo prazo, de rendimento inferior ao da caderneta de poupança (ver
matéria anterior) mas, com a possibilidade diferencial e única de obter ganhos adicionais, caso o título
de capitalização do investidor seja sorteado em um ou alguns dos múltiplos sorteios periódicos, que
caracterizam este produto de investimento.
Trata-se, portanto, de uma alternativa de investimento de longo prazo de menor retorno
intrínseco mas que tendo, também, uma característica de aposta, permite ao seu aplicador uma de duas
alternativas:
 Se nunca for sorteado terá, como investimento, um retorno normalmente inferior a qualquer
outra alternativa de investimento em renda fixa; mas,
 Se alguma vez for sorteado, dependendo do valor recebido no sorteio, poderá, como
investimento, ter um retorno igual, superior ou muito superior a qualquer outra alternativa
de investimento escolhida.
É, em resumo, uma aplicação financeira que, através da atração da possibilidade do
grande ganho lotérico, induz o aplicador ao investimento no longo prazo.
Em todos os casos, como o ganho obtido através do sorteio é normalmente proporcional
ao valor da aplicação periódica do investidor formata-se para os títulos de capitalização, a partir
desta lógica de investimento-oportunidade de retorno, uma alternativa de investimento bastante
interessante, a saber:
 Permite criar no investidor uma disciplina de poupança periódica, com acumulação
remunerada de capital, tendo em vista um objetivo de consumo futuro; e,
(Podemos, por exemplo, estar aplicando mensalmente no título de capitalização, o valor da
prestação que estaríamos pagando a um consórcio de eletrodoméstico ou automóvel e, ainda
tendo a possibilidade de ganhar, quem sabe, todo o valor do objeto de desejo de consumo de uma
só tacada)
 Dá liberdade ao investidor de escolher o valor da poupança periódica que mais se ajusta
ao seu orçamento familiar e se, por sorte for sorteado (desculpe a redundância), vai
permitir, de imediato, a realização de seus objetivos pessoais (ou parte deles).
De forma oposta à caderneta de poupança, que é uma aplicação de alternativa única, sem
nenhum diferencial entre as instituições financeiras que distribuem o produto, os títulos de
capitalização são oferecidos com diferentes alternativas de características.

Vejamos algumas delas:


 A rentabilidade oferecida, ou seja, o seu aspecto como alternativa certa de investimento
(quanto maior o retorno oferecido melhor para o investidor);
 O prazo da aplicação (quanto maior o prazo, normalmente, maior o retorno oferecido);
 O período de carência para resgate (quanto maior o período maior o retorno oferecido);
 O valor e a freqüência dos sorteios, ou seja, o seu aspecto como alternativa de
possibilidade de ganho - o lado jogo e sorte (quanto maiores, melhor); e.

Apostilas Decisão 44 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

 O valor mínimo da aplicação periódica permitida;


Ao decidir por aplicar em um título de capitalização, o investidor deve analisar cada uma
das características acima mencionadas e, escolher a alternativa que mais se adapta aos seus
objetivos financeiros e horizonte de investimento (ver a primeira matéria desta série).
Uma preocupação fundamental do aplicador deve estar focada na escolha da instituição
financeira responsável pela comercialização deste produto.
Os ganhos de capital obtidos na aplicação em títulos de capitalização, quando de seu
resgate, estão sujeitos à mesma alíquota de imposto de renda - IR na fonte de 20% cobrada dos
títulos de renda fixa.
Os ganhos obtidos nos sorteios, são tributados pelo IR na fonte, com a alíquota de 25%.

TAXAS DE RETORNO

A taxa de retorno é a relação percentual entre a quantia de dinheiro recebida ou paga no final
do período e a quantia investida no início do período.
Em geral a unidade de tempo é o ano, porém pode-se usar qualquer outro período mês,
semana, etc. O ponto fundamental é manter a consistência das unidades para que os dados e
resultados sejam comparáveis.
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE
É a taxa de retorno usada para garantir que um certo investimento recupere o capital
aplicado, acrescido de um retorno compatível com outros investimentos concorrentes dentro da
empresa ou no mercado do capitais.
Não existe consenso sobre o modo de estabelecer essa taxa uma vez que ela depende dos
vários fatores que interagem no mercado de capitais e investimentos em geral, os quais são, por sua
vez, influenciados pelo comportamento geral dos negócios. Devem ainda ser considerados os fatores
inerentes à própria empresa e ao seu setor de atividade econômica. Podemos resumir os fatores que
influenciam a escolha da taxa mínima de atratividade nos seguintes tipos genéricos:
1. Oferta e procura de dinheiro, decorrentes das condições existentes no mercado de
capitais.
2. Risco envolvido no investimento, que é função da incerteza resultante de nosso
desconhecimento do futuro.
3. Condições de rentabilidade da empresa, dependente do comportamento do setor de
mercado onde ela atua e de sua própria capacidade operacional.
4. Limitações de capital, resultantes da escassez natural dos recursos monetários próprios da
empresa e disponíveis nas fontes externas de financiamento.
As características desses quatro fatores de ordem genérica, mostram-nos a natureza
estritamente subjetiva e aleatória das circunstâncias que envolvem a escolha da taxa mínima de
atratividade, as quais impedem o uso de formulas matemáticas precisas e inflexíveis.
Em geral, o valor da taxa mínima de atratividade usada nas operações financeiras da
empresa é decidido pelo alto escalão administrativo com base no custo médio do dinheiro tanto para
capital próprio como para capital de terceiros e os demais fatores atuantes no mercado de capitais. Essa
taxa não é fixa e poderá variar de investimento para investimento dependendo do nível geral dos
negócios no momento da tomada de decisão.

FÓRMULAS DA TAXA DE RETORNO


O objetivo primeiro deste trabalho é a aplicação prática dos modelos de Análise e Avaliação
de Investimentos, entretanto vamos fazer a demonstração matemática de alguns princípios e fórmulas
relacionados com inflação, por tratar-se de assunto nem sempre abordado nos textos especializados.
 
Símbolos e seu Significado
Adotaremos a seguinte notação para as variáveis das fórmulas da taxa de retorno:
i - taxa de retorno por período.
i? - taxa mínima de atratividade (lê-se ‘i-estrela’); taxa de retorno aceitável para o
empreendedor.
n - número de períodos; nos estudos de viabilidade econômica pode representar a vida
econômica do projeto ou ainda o período de recuperação do capital estabelecido pelo investidor.

Apostilas Decisão 45 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

P - valor atual do dinheiro na data base, também denominado valor original ou custo de
aquisição.
F - valor futuro do dinheiro no final de n períodos a partir da data base, o qual é
equivalente a P com uma taxa de retorno igual a i ou i?.
A - valor de uma série uniforme de pagamentos ou receitas iguais no fim de cada um dos
n períodos de estudo.
 
Fórmulas: As fórmulas usadas para solucionar os problemas de Análise e Avaliação de
Investimentos são as mesmas da Matemática Financeira, as quais estão incorporadas na planilha
eletrônica Microsoft Excel, nossa principal ferramenta de cálculo.
 Fatores: Há quatro variáveis em cada fórmula, portanto é preciso que três delas sejam conhecidas
para obter-se uma solução. Um exame atento das fórmulas revela que o valor conhecido P, F, ou A
é sempre multiplicado por um fator em termos de i e n. O manuseio dos fatores sob a forma de sua
expressão matemática é incômodo, daí haver sido desenvolvido um conjunto de símbolos
funcionais para facilitar seu uso.

Taxa de Retorno Proporcional, Equivalente, Nominal e Efetiva


As fórmulas da taxa de retorno discutidas nos parágrafos anteriores, assumem que a
taxa de retorno i refere-se ao período n considerado, isto é, se os n períodos forem anos a taxa i
será anual. Na prática, entretanto, apresentam-se situações em que a taxa dada é anual porém os
pagamentos ou receitas são feitos em k sub períodos (semestre, trimestre, mês) ao longo do ano.
Então a taxa ik referente a cada sub período será:
    (1)
Nessas condições a taxa ik é definida como sendo a taxa proporcional a i, relativa ao
período 1/k.
Duas taxas i e ik são ditas equivalentes se investimentos iniciais iguais, dentro de um
mesmo prazo de n períodos, produzirem o mesmo montante. Podemos pois escrever que:
(1+i) = (1+ik)k     (2)

Através de simples remanejamento da (4.20) obtemos:


i = (1+ik)k-1     (3)
ou ainda
ik = (1+i)1/k - 1   (4)

Nas expressões (3) e (4), i é a taxa efetiva anual e ik é a taxa nominal para cada um dos
sub períodos k em que se dividiu o ano. Assim sendo, a fórmula (3) permite calcular a taxa efetiva
anual i, conhecida a taxa nominal ik relativa ao período 1/k e a expressão (4) permite calcular a
taxa nominal ik, conhecida a taxa efetiva i.
Nota - As equações (3) e (4) são funções exponenciais simples que podem ser
facilmente resolvidas pelos operadores de cálculo aritmético do Microsoft Excel.
Exemplo
Uma instituição financeira oferece dois tipos de contas de poupança:
- Saque livre que rende juros de 6 % ao ano creditados trimestralmente.
- Saque após dois anos com taxa efetiva de 7,5 % ao ano capitalizados trimestralmente.
No primeiro caso a taxa proporcional por trimestre é obtida pela expressão (1), então:
i4 = 6/4 = 1,5 % ou 0,015 por trimestre

e a taxa efetiva anual será dada pela fórmula (3), isto é:


i = (1+0,015)4-1 = 0,061364 ou 6,1364 %
No segundo caso a taxa nominal por trimestre é calculada pela fórmula (4):
i4 = (1+0,075)1/4-1 = 0,0182 ou 1,82 %
e a taxa anual proporcional é obtida através da expressão (1):
1,82 = i/4        ou seja            i = 4 x 1,82 = 7,2978 %

Apostilas Decisão 46 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

O exemplo mostra que a taxa de retorno efetiva é sempre maior que a nominal e essa
diferença é tanto maior quanto maior o número de sub períodos de capitalização.
 
Taxa de Retorno e Inflação

Num sistema econômico não inflacionário - muito difícil de existir na conjuntura


econômica turbulenta de nossos dias - se aplicarmos um capital P à taxa de juros real i, durante
um período unitário de tempo, receberemos o montante:

F1 = P(1+i)

Entretanto, devido à inflação, para que o montante F1 mantenha seu valor aquisitivo será
necessário atualizá-lo, adicionando-lhe uma parcela correspondente ao valor da variação da
inflação nesse período. Assumindo que a taxa de inflação no período seja r, sua influência será:

F2 = P(1+i)r (5)

O montante atualizado é portanto:

F = F1+F2 = P(1+i)+P(1+i)r          (6)     

Rearranjando a expressão temos:

F = P(1+i).(1+r)      (7)       

O fator (1+r) reflete a influência da inflação sobre a taxa de retorno.


Desenvolvendo o produto (1+i).(1+r) obtém-se

(1+i).(1+r) = 1+(i+r+i.r)      (8)

Substituindo a expressão entre parênteses pelo símbolo e, que é denominado taxa de


juros aparente, a expressão fica sob a forma:

1+e = (1+i).(1+r)       (9)

e a (7) pode ser reescrita como:

F = P(1+e)        (10)

Então tudo se passa como se o montante P fosse aplicado a uma taxa de retorno igual à
taxa de juros aparente e.
O termo ‘aparente’, no sentido usado acima, está diretamente associado à inflação. Num
sistema inflacionário o investidor menos avisado pode ser iludido pelos altos rendimentos auferidos
no mercado de capitais principalmente nos sistemas econômicos submetidos a taxas inflacionárias
de cinco ou mais porcento ao mês. É prudente porém, na sua contabilidade particular, medir a
rentabilidade dos investimentos em termos da taxa de juros real.

TESTES

1. Um comprimido de vitamina C contém 500 miligramas (500 mg) dessa vitamina. Se uma
pessoa tomar 1 comprimido por dia, quanto vai ingerir de vitamina C ao final de uma
semana?
a) 3 gramas e meio

Apostilas Decisão 47 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

b) 4 gamas
c) 5 gramas
d) 5 gramas e meio

2. Uma fábrica tem uma creche para os filhos das operárias. Certo dia, havia 15 crianças na
creche e cada uma tomou 3 mamadeiras de leite. Se cada mamadeira tem 250 mililitros (ml),
quantos litros de leite as crianças tomaram nesse dia?
a) 10 litros e meio
b) 11 litros e 250 ml.
c) 12 litros
d) 9 litros e 750 ml.

3. Você pretende viajar de ônibus para a cidade X. No balcão de informações da empresa de


ônibus, encontra-se este cartaz:

DESTINO: _______________________________ CIDADE X


SAÍDA: __________________________________ 14 HORAS E 10 MINUTOS
DURAÇÃO DA VIAGEM: ____________________ 3,4 HORAS.

Se esse cartaz estiver certo e os horários forem cumpridos, você sabe dizer a que
horas o ônibus chegará a seu destino?
a) 15 horas e 32 minutos
b) 19 horas e 40 minutos
c) 16 horas e 21 minutos
d) 17 horas e 34 minutos

4. A espessura de um vidro é 2,3 cm. De quantos milímetro é a espessura desse vidro?


a) 23 mm
b) 230 mm
c) 0,23 mm
d) 0,023 mm

5. Meu pai tem 1,84 m de altura. Qual é sua altura em centímetros?


a) 18,4 cm
b) 1,84 cm
c) 184 cm
d) 1840 cm

6. Numa estrada existe uma placa que diz:


A 500 m, PISTA ÚNICA
A partir do lugar em que está a placa, quanto falta, em quilômetros para a pista única?
a) 50 km
b) 5 km
c) 0,05 km
d) 0,5 km

7. Num jornal estava escrito: “As geadas de ontem destruíram 130 toneladas de
laranjas”. Quantos quilogramas de laranjas foram destruídos?
a) 13.000 kg
b) 130.000 kg
c) 1.300 kg
d) 130 kg

8. Se 250 gramas (250 g) de café custam R$ 1,20, qual o preço de 1 quilograma (1 kg) de
café?

Apostilas Decisão 48 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

a) R$ 2,40
b) R$ 3,60
c) R$ 4,80
d) R$ 6,20

9. Uma pessoa gasta, por mês, 2 quilos (2 kg) de maisena. Quando foi ao
supermercado para fazer suas compras mensais, só encontrou pacotes de 200 grama (200
g) de maisena. Quantos pacotes ela teve que comprar?
a) 10 pacotes
b) 5 pacotes
c) 4 pacotes
d) 8 pacotes

10.
I – 3 m é o mesmo que 300 cm
II – 500 ml é o mesmo que 0,5 l.
III – 1.500 m é o mesmo que 15 km
IV – 32 mm é o mesmo que 0,32 cm
V – 2 l é o mesmo que 2.000 ml
Estão corretas:
a)I, II e V
b)I, III e IV
c)II, III e V
d)II e IV

11. Um caminhão trabalhando por 8 horas, transporta 20 m³ de areia. Quantos metros


cúbicos de areia seriam transportados se o caminhão trabalhasse 12 horas?
a)30 m³ de areia
b)23 m³ de areia
c)35 m³ de areia
d)40 m³ de areia

12. Um automóvel, a uma velocidade média de 60 km/h, percorre a distância entre duas
cidades em 4 horas. Quanto tempo ele gastaria para percorrer essa mesma distância, à
velocidade de 80 km/h?
a) 2 horas
b) 5 horas
c) 3 horas
d) 1,3 horas

13. Uma máquina realiza um determinado serviço em 16 dias, trabalhando 8 horas por dia.
Em quantos dias ela faria o mesmo serviço, trabalhando 10 horas e quarenta minutos por
dia?
a)12 dias
b)13 dias
c)20 dias
d)22 dias

14. Numa fábrica, 18 homens produzem 60 colchões por dia. Quantos colchões por dia
seriam produzidos por 30 homens, trabalhando igualmente?
a)80 colchões
b)100 colchões
c)150 colchões
d)95 colchões

Apostilas Decisão 49 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

15. Uma indústria automobilística produz 30.000 carros por mês, trabalhando 12 horas por
dia. Se trabalhassem 16 horas por dia, quantos carros produziria no mesmo mês?
a)35.000 carros
b)40.000 carros
c)45.000 carros
d)50.000 carros

16. Cinco homens constroem uma casa em 180 dias. Quantos homens, trabalhando
igualmente, seriam necessários para construir a mesma casa em 100 dias?
a)10 homens
b)11 homens
c)8 homens
d)9 homens

17. As rodas traseiras de um triciclo têm 10 cm de diâmetro e a roda dianteira tem 25 cm.
Enquanto a roda maior dá 50 voltas, quantas voltas dará uma das rodas menores?
a)120 voltas
b)125 voltas
c)130 voltas
d)110 voltas

18. Sabendo-se que 5 litros de leite dão 1,5 litros de coalhada, quantos litros de leite serão
necessários para se obter 12 litros de coalhada?
a)40 litros
b)35 litros
c)45 litros
d)30 litros

19. A hélice do motor de um navio, girando a 300 rotações por minuto, permite que se
percorra uma distância entre duas cidades em 64 horas. Se as rotações aumentassem para
800, em quanto tempo seria percorrida a mesma distância?
a)20 horas
b)22 horas
c)24 horas
d)26 horas

20. Para se fazer o piso de uma cozinha foram utilizadas 1400 cerâmicas de 150 cm² cada
uma. Se a cerâmica utilizada fosse outra, de forma retangular, com dimensão de 20 cm por
30 cm, quantas cerâmicas seriam necessárias?
a)300 cerâmicas
b)320 cerâmicas
c)350 cerâmicas
d)370 cerâmicas

21. Três homens, trabalhando 8 horas por dia, constroem 480 metros de um muro. Quantos
metros desse muro seriam construídos com 5 homens, trabalhando 10 horas por dias?
a)900 metro
b)1000 metros
c)1200 metros
d)1100 metros

22. Numa fábrica de sapatos, 4 máquinas fazem 1800 sapatos em 6 dias. Em quantos dias
apenas 3 máquinas fariam 2700 sapatos?
a)9 dias
b)10 dias
c)11 dias

Apostilas Decisão 50 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

d)12 dias

23. Numa fazenda, 16 trabalhadores do campo fazem uma colheita de 2000 pés de café em
12 dias. Quantos trabalhadores seriam necessários para colher 3000 pés de café em 8 dias?
a)36 trabalhadores
b)37 trabalhadores
c)38 trabalhadores
d)39 trabalhadores

24. Um artista, trabalhando 8 horas por dia, pinta duas telas em 40 dias. Quantas telas
conseguiria fazer em 2 meses e 20 dias, trabalhando 6 horas por dia?
a)4 telas
b)5 telas
c)6 telas
d)3 telas

25. Uma locomotiva puxa 10 vagões de carga com um motor de 2500 HP, à velocidade de 40
km/h. A que velocidade duas locomotivas, com motores de 2000 HP, puxariam 25 vagões
iguais?
a)26,8 km/h
b)25,6 km/h
c)24,9 km/h
d)27,7 km/h

26. Para asfaltar uma rua de 750 metros de comprimento por 12 metros de largura, são
utilizados 5 homens, durante 10 dias. Quantos homens conseguiriam asfaltar uma rua, de
600 metros de comprimento por 15 metros de largura, em 25 dias?
a)3 homens
b)2 homens
c)4 homens
d)5 homens

27. São aquecidos 5 litros de água pura, até 80 graus centígrados, por uma fonte de calor
que consome 0,01 kg de gás. Qual seria o gasto de gás para aquecer 18 litros dessa mesma
água até a sua temperatura de ebulição?
a)0,040 kg
b)0,035 kg
c)0,045 kg
d)0,030 kg

28. Um contratorpedeiro, com uma guarnição de 300 homens, necessita de 120.000 litros de
água para efetuar uma viagem de 20 dias. Aumentando a guarnição em 50 homens e a água
em 6.000 litros, determine qual poderá ser a duração da viagem.
a)16 dias
b)17 dias
c)18 dias
d)19 dias

29. Num acampamento, 10 escoteiros consumiriam 4 litros de água em 6 dias. Se fossem 7


escoteiros, em quantos dias consumiriam 3 litros de água?
a)6,43 dias
b)7,25 dias

Apostilas Decisão 51 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

c)5 dias
d)3,5 dias

30. Em uma tecelagem, 12 teares produzem 600 metros de tecido em 5 dias. Em quantos
dias 15 teares deverão produzir 1200 metros do mesmo tecido?
a)5 dias
b)6 dias
c)7 dias
d)8 dias

31.Comprei 60 figurinhas e aproveitei apenas 45 em meu álbum. As restantes eram


repetidas. Qual foi a porcentagem de figurinhas repetidas?
a)30%
b)25%
c)20%
d)35%

32.Em um colégio, 1400 alunos estudam no período da manhã. Esse número representa 56%
do número de alunos que estudam nesse colégio. Quantos alunos estudam, ao todo, nesse
colégio?
a)2500
b)2000
c)2800
d)3000

33.Uma multa de R$ 800,00 sobre um valor de R$ 8.000,00 corresponde a quantos % sobre o


valor?
a)15%
a)20%
b)25%
c)10%

34.Um prejuízo de R$ 40.000,00 sobre o valor de R$ 200.000,00 representa quantos % de


prejuízo?
a)20%
b)10%
c)30%
d)25%

35.Uma pesquisa foi realizada para verificar a audiência de televisão no horário nobre (20h
às 22h). Foram entrevistadas 1640 residências e verificou-se que 45% dessas residências
tinham a sua televisão ligada no canal A. Quantas residências estavam ligadas nesse canal?
a)738
b)569
c)631
d)654

36.O preço de um aparelho de som é de R$ 150,00. Para o pagamento à vista é feito um


desconto de 30%. Nessas condições qual a quantia que corresponde ao desconto?
a.R$ 40,00
b.R$ 35,00
c. R$ 45,00
d.R$ 30,00

Apostilas Decisão 52 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

37.Qual é o preço à vista do aparelho de som do exercício anterior?


a)R$ 105,00
b)R$ 110,00
c)R$ 120,00
d)R$ 125,00

38.A população da Argentina corresponde à 21,5%, aproximadamente, de população do


Brasil. Se o Brasil tem, pelo Censo de 1991, uma população de aproximadamente 150
milhões de habitantes, qual é, aproximadamente, a população da Argentina?
a.30 milhões, aproximadamente
b.35 milhões, aproximadamente
c. 33 milhões, aproximadamente
d.37 milhões, aproximadamente

39.Vou comprar um carro que custava R$ 9.000,00, mas seu preço foi reajustado em 22,5%
para mais. Quanto pagarei pelo carro?
a)R$ 10.500,00
b)R$ 11.025,00
c)R$ 12.250,00
d)R$ 10.750,00

40.Num empréstimo efetuado, tive de pagar R$ 15,00, correspondentes a uma taxa de


serviço de 60%. Qual foi o total do empréstimo obtido?
a.R$ 200,00
b.R$ 150,00
c. R$ 100,00
d.R$ 250,00

GABARITO

1. A 21. B
2. B 22. D
3. D 23. A
4. A 24. D
5. C 25. B
6. D 26. B
7. B 27. C
8. C 28. C
9. A 29. A
10. A 30. D
11. A 31. B
12. C 32. A
13. A 33. D
14. B 34. A
15. B 35. A
16. D 36. C
17. B 37. A
18. A 38. C
19. C 39. B
20. C 40. C

Apostilas Decisão 53 Apostilas


Decisão
MATEMÁTICA

Apostilas Decisão 54 Apostilas


Decisão

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