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Revisão A

Boletim Técnico 001 04/05/2015

Caixa Separadora de Água e Óleo - CSAO

O que é CSAO e Como Funciona

A Caixa Separadora de Água e Óleo - CSAO é o principal componente do Sistema de Drenagem Oleosa (SDO)
que tem por objetivo retirar partículas de óleo, gasolina e também sólidas da água proveniente da área do posto
sujeita à contaminação por esse tipo de resíduo, também chamada de Área de Contribuição. Essa água com óleo
e detritos é encaminhada ao Sistema de Separação de Água e Óleo por uma canaleta que circunda a área de
contribuição.
Essa água passa primeiramente numa caixa de grade que impede a passagem de sólidos grandes. Em seguida
passa na caixa separadora de areia que permite a decantação da areia, sendo que só a água com óleo passa para
a CSAO. Nessa caixa, com a velocidade da água bem reduzida, as partículas de óleo vão aderindo ao filtro
coalescente, aumentando de tamanho e por fim flutuam na água, podendo ser então removidas mecanicamente
do sistema. A água sem areia nem óleo passa pela caixa coletora de amostra e é descartada no sistema de esgoto,
ou caso não exista, na rede de águas pluviais. A importância desse tratamento é muito grande. Por exemplo,
tratando-se de água reaproveitável, 1 colher de chá de óleo mineral contamina 100 litros de água (28 ppm).

Filtro Coalescente

Obs.: Os itens em vermelho são os


componentes principais do sistema.

A CSAO tem seu dimensionamento previsto no Anexo A


da Norma “NBR 14605 – Armazenamento de Líquidos
Inflamáveis e Combustíveis – Sistema de Drenagem
Oleosa”, que também estabelece o projeto, instalação,
operação e manutenção do SDO. Sua eficiência é
avaliada conforme a parte 7 da mesma norma.
O SDO segue também a resolução CONAMA 430 de
SDO
2011, que limita em 20mg/litro (28 ppm) a
concentração máxima de óleo mineral na saída do
sistema.

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Dimensionamento da CSAO

Os parâmetros de dimensionamento de uma caixa separadora


são a vazão e as concentrações de resíduos oleosos. Para um
melhor desempenho da SAO, ao invés de construí-la no local, o
melhor é adquiri-la no mercado, que disponibiliza CSAOs de
vários fabricantes, projetadas e dimensionadas de acordo com
as determinações da Resolução CONAMA 430.
No entanto, para os casos em que se decida por construir “in loco”, é
importante atentar às seguintes exigências:
 Seguir instruções da norma ABNT NBR 14605-2
 Avaliar sua eficiência de acordo com ABNT NBR 14605-7;
 Ter profissional habilitado responsável pelo projeto, execução e
instalação;
 Utilizar na fabricação, material estanque impermeável e resistente
aos resíduos oleosos presentes;
 Ter acessibilidade para manutenção e limpeza;
 Possuir tampa de acesso que resista ao tráfego do local (ABNT
NBR 15118-2004-Anexo F);
 Possuir tampa cega que evite a entrada de águas pluviais;
 Ser estruturada para suportar os esforços provenientes do tráfego
de veículo e solicitação do solo do entorno.

A Importância da Manutenção da CSAO:

É importante que o posto mantenha um programa constante de


manutenção da CSAO. Além da limpeza periódica que deve ser calculada
com base no montante dos resíduos produzidos, é prudente saber se as
placas coalescentes estão funcionando corretamente. Para isso é
recomendável realizar o exame laboratorial a casa 6 meses. Esse exame
não deve ser feito antes de 7 dias após a limpeza. Além disso, deve-se
atender determinações do fabricante da caixa e da ABNT NBR 15504-3.

ATENÇÃO: Um ponto importante é a destinação do óleo retirado, que deve ser executada por uma empresa
especializada e que seja cadastrada no Órgão ambiental do estado.

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Local da Instalação e Cuidados Básicos

A Caixa Separadora de Água e Óleo deve ficar instalada em local


que garanta a coleta dos efluentes oleosos provenientes das áreas
onde existam equipamentos/atividades com possibilidades de
geração desse tipo de resíduo.
Deverá estar distante de locais de tráfego intenso e de escoamento
de águas pluviais. O local deve permitir desníveis de modo a
aproveitar a ação da gravidade para escoamento.

Modo de Instalação

• Abrir a cavidade necessária para a instalação da caixa (CSAO);


• Evolver a caixa com aterro compactado em sua volta. É importante
utilizar material adequado para o preenchimento da cava ao redor da
caixa. O solo local deve ser descartado e não utilizado para essa
finalidade;
• A carcaça da caixa deve estar sempre nivelada. Inclinações para
qualquer extremidades causarão mau funcionamento ao sistema;
• Providenciar a ancoragem da caixa, quando instalada em área de
trânsito, ou em local com nível de água atípico; (lençol freático alto)
• Após o término da fase de instalação, faça uma limpeza geral de todo
o sistema retirando qualquer detrito pós obra;
• Manter as tampas das caixa sempre encaixadas à carcaça, evitando
que águas provenientes de fora do sistema invadam o interior da
caixa, causando transbordamento e possível contaminação do solo;
• Religar a saída da caixa na rede de esgoto. Caso não exista, fazer a
ligação em reservatório próprio , coletar e proceder a destinação
correta dos resíduos;

Outros pontos importantes!

1. Os Postos com lavagem de 2. As áreas de troca de óleo, oficinas e 3. As canaletas que circundam a área de

veículos devem possuir SDO outros serviços automotivos, com abastecimento, construídas internamente à

independentes das demais áreas. contribuição de resíduos oleosos, projeção da cobertura (0,5m) devem ter

devem também serem dotados de dimensionamento conforme NBR 14605-2.

canaletas para captação desses A pavimentação dessa área deve garantir

efluentes. caimento para essas canaletas.

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Legislação:

NBR 14605 / 2 – Projeto, dimensionamento, instalação, operação e manutenção


NBR 14605 / 7 – Avaliação da eficiência
NBR 15594 / 3 - Manutenção do SDO
NBR 9898 – Análise de efluentes
NBR 15118 – Fabricação
NBR 13786 – Seleção de Equipamentos
CONAMA 430 – Complementa e Altera a Resolução 357
CONAMA 357 - Classificação dos corpos de água e padrões de lançamento dos efluentes
CONAMA 362 – Recolhimento, coleta e destinação de óleo lubrificante usado

Créditos:

Fontes de Referência e Imagens:

ABIEPS
Arxo
Eco Ambiental
Grupo Zeppini
Nupi
Oleofil
OPW
Petrobras
Internet

Realização:

Diretoria Técnica:
Fábio Regiani

Diretoria Regional - Dir1: Rio de Janeiro


Tânia Assis Andrade

Consultoria Técnica:
Fernando Aroca

Supervisão:

Secretaria Executiva:
Eduardo C. Hiluey

Gestão 2015:

Presidente:
Antônio Augusto Franco Ferreira

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