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Profº Rodrigo Rodrigues
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR E DESENVOLVIMENTO
HISTÓRICO DAS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS
Introdução:

Condicionantes de 5 ordens influenciam diretamente no desenvolvimento histórico


das concepções pedagógicas, o que permite percebe que NÃO HÁ EDUCAÇÃO NEUTRA,
tão pouco, neutralidade no auto pedagógico. São eles:

Tendências ou concepções pedagógicas

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AUTORES E SUAS CONCEPÇÕES

- SAVIANI

Teorias Críticas-
Teorias Não-Críticas Teorias Críticas
reprodutivistas

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- LUCKESI

Educação para a Educação para a Educação Como transformação


redenção reprodução da Sociedade

- LIBÂNEO

Tendências Não-Críticas/ Liberais Tendências Críticas-progressistas

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CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONFORME JOSÉ CARLOS LIBÂNEO
- A forma como a educação foi feita e será, sempre irá corresponder ao seu percurso e
momento histórico. Dessa forma, 5 elementos são fundamentais para entender cada Con-
cepção Pedagógica: Papel da escola; Conteúdos; Métodos Relação Professor e Alunos;
Manifestações da Teoria. Respeitando-se o autor supracitado como referencial de maior
cobrança em certames públicos, destaca-se sua visão do desenvolvimento histórico para
análise das Concepções Pedagógicas:

TENDÊNCIAS LIBERAIS
Tradicional Progressivista Não-Diretiva Tecnicista

- Escola: Adequação
- Escola: Auto-reali-
das necessidades aos - Escola: Formação
zação e desenvolvi- de Mão de obra;
papéis sociais e pre-
mento de atitudes
- Escola: Transmissão paração para a vida;
- Conteúdo: Infor-
de conteúdos e for- - Conteúdo: são dis-
clássico-hu- - Conteúdo: retirados mações, princípios
mação pensáveis, o foco
da vida prática dos científicos e Leis,
manística; está em valores e
indivíduos; em uma sequência
atitudes;
- Conteúdo: Verdades lógica e psicológica;
absolutas; - Método: Ativo, o alu-
- Método: original,
no aprende por sua - Método: Procedi-
pessoal e autêntico.
- Método: expositivo oral. ação prática. mentos e técnicas
- Professor: Facilita- de ensino. Profes-
- Professor: Transmissor. - Professor: Auxiliador.
dor. sor: Modelador.
- Manifestações: Jesuítas - Manifestações:
- M a n i f e s t a ç õ e s : - M a n i f e s t a ç õ e s :
Dewey, Decroly, Mon- Skinner, Bloom,
Rogers, Neill e
tessori, Anísio Teixeira Gagne e Lei 5692/71.
SummerHill.
e Piaget.

TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS
Libertadora Libertária Crítico Social dos Conteúdos

- Escola: Desenvolvimen- - Escola: Difundir conteúdos


concretos.
- Escola: Discutir a relação dos to dos indivíduos em um
homens com homens e dos sentido Auto-gestionário - Conteúdo: Saberes concretos de
homens com a natureza; e Libertário ; base científica e valor histórico;
- Conteúdo: Temas Geradores; - Conteúdo: São ensinados, - Método: Subordinados aos
mas não são cobrados; conteúdos, valorizando a Práxis
- Método: Diálogo e Grupos de Marxista.
Discussão. - Método: Vivência Grupal.
- Professor: Animador. - Professor: Catalisador. - Professor: Mediador.

- Manifestações: Paulo Freire. - Manifestações: Arroyo,


- Manifestações: Snyders, Libâ-
neo, Saviani, Makarenko, Mana-
Vasquez e Freinet.
corda.

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EXERCÍCIOS: pedagogia nova, associada à burguesia e
à classe média; e a pedagogia histórico-
Do ponto de vista da pedagogia, as di- crítica, vinculada a intelectuais associados
ferentes concepções de educaca̧ ̃o po- aos movimentos sociais populares.
dem ser agrupadas em duas grandes
tendências: a primeira seria composta
pelas concepções pedagógicas que da-
Sobre a Pedagogia Progressista, assinale
riam prioridade à teoria sobre a pra-
os itens entre certo ou errado:
tica, subordinando esta àquela, sendo
que, no ́ limite, dissolveriam a pratica 6- A tendência pedagógica progressista
na teoria; e a segunda, inversamente, crítico-social dos conteúdos responde aos
compor‐se‐ia das concepções que subor- princípios da práxis marxista, relacionando
dinam a teoria à pratica e, no limite, disso o conhecimento à prática social dos indiví-
' lvem a teoria na pratica. duos visando sua transformação social.
Dermeval Saviani. As concepções peda- 7- As concepções pedagógicas de cunho
gógicas na história da educação brasi- progressista assumem um posicionamento
leira. Campinas: 2005 (com adaptações). de transformação social da realidade vigen-
Tendo o texto acima como referência ini- te, atuando na contramão dos interesses
cial, julgue os itens a seguir acerca das mercadológicos da sociedade capitalista.
tendências pedagógicas.
8- Na Pedagogia Crítico-Social dos Conteú-
1- Na concepção crıtico‐social dos conteú- dos existe uma relação entre conteúdo e
dos, a escola exerce o papel fundamental realidade, sem no entanto compreender a
de difusão dos conteúdos, de forma indis- busca pela transformação social.
sociável das realidades sociais.
9- A emancipação do sujeito ocorre de
2- A tendência liberal tecnicista atribui diferentes formas: a educação é um
à escola o papel de modeladora de importante instrumento; mas, sem ela, é
comportamentos, a fim de formar sujeitos possível se apropriar dos conhecimentos
acríticos para o mercado de trabalho. historicamente construídos e socialmente
sistematizados.
3- Para as tendências progressistas, os
processos de ensino‐aprendizagem devem 10- Existe o reconhecimento de que a edu-
considerar o contexto sócio‐histórico do cação interfere positiva ou negativamente
estudante e a diversidade social. nos rumos da sociedade, influenciando os
movimentos de manutenção ou mudança
4- A Educação Liberal Não-Crítica iniciou-se
do todo social vigente;
durante o período da Primeira República,
tendo atingido o seu apogeu nos anos
trinta do século passado e produzido, como
consequência, o Método Ativo, no qual o O currículo da educação básica da Secre-
Aluno aprende fazendo. taria de Estado de Educação do Distrito
Federal fundamenta‐se na pedagogia
5- Durante a primeira metade do Século XX, histórico‐crítica e na psicologia histórico‐
basicamente três correntes pedagógicas cultural, opção teórico‐metodológica que
dominaram o cenário político-pedagógico se assenta em inúmeros fatores, sendo a
brasileiro: a pedagogia tradicional, ligada realidade socioeconômica da população
às oligarquias dirigentes e à Igreja; a do Distrito Federal um deles.

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Currículo em Movimento: pressupostos 17- Sobre a escola que visa o alcance de
teóricos. SEEDF. 2014. p. 30 (com adapta- movimentos de integração e coesão social,
ções). pôde-se dizer pessimista, bem como se diz
otimista aquela que gera movimentos de
Tendo o texto acima como referência inculcação de ideias e capitais culturais;
inicial, julgue os seguintes itens.
18- A escola visa a transformação não se
11- Os métodos de ensino partem de define nem como otimista ou pessimista,
um saber fundado na experiência dos mas sim realista, por reconhecer que a
estudantes e o trabalho docente relaciona escola pode atuar para manter a sociedade,
a prática vivida pelos estudantes com os porém, existe também a possibilidade de
conteúdos escolares. sua atuação pela mudança;
12- O trabalho pedagógico compreende que 19- O modelo descrito como redentor
a transformação da prática social se inicia a atua em um movimento de busca pela
partir do reconhecimento dos educandos continuidade da ordem social presente,
no processo educativo. reconhecendo que a sociedade jamais
13- Nessa perspectiva, o papel da escola é o funcionou de forma harmônica;
de modelar o comportamento humano por 20- Deve haver o reconhecimento de que
meio de técnicas específicas. a reprodução de formas de pensamentos
14- Na relação professor‐aluno, devem atua para garantir um movimento que é não
predominar a autoridade do professor e a somente ideológico, mas principalmente
atitude receptiva do aluno. social, em termos estruturais;

15- Essa fundamentação pressupõe a ideia


de que o ensino consiste em repassar
conhecimentos para os estudantes e de que
a capacidade de assimilação das crianças é
igual à dos adultos.

Os papéis sociais que a escola assume


no decorrer de seu percurso histórico
possibilitam entender, em grande parte,
sua influência na sociedade brasileira.
Sobre as concepções de educação
constituídas historicamente no Brasil,
julgue os itens que se seguem:
16- O percurso histórico da educação
nacional aponta para distintas funções da
escola e seus processos formativos, podendo
buscar a humanização dos sujeitos, a
reprodução de formas de pensamento ou
até a mudança social;

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PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA

ETIMOLOGIA CONCEITO

ABORDAGEM HISTÓRICO CULTURAL E APRENDIZAGEM

CARACTERIZAÇÃO

• Papel da • Conteúdos • Métodos • Papel da Escola • Manifestações


Escola

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Prática Social Problematização Instrumentalização Catarse Prática Social


Inicial Final

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Exercícios cial para a legitimação do alcance da apren-
dizagem por parte dos sujeitos;
A Pedagogia Histórico-Crítica é um marco
na educação brasileira, porém pouco prati- 7- Trata-se de uma teoria de grande rele-
cada no cotidiano escolar. Sobre este tema, vância para a educação brasileira, pois evi-
julgue os itens entre certo ou errado: dencia um método diferenciado de traba-
lho, especificando-se por passos que são
1- Esta concepção nasceu das necessidades imprescindíveis para o desenvolvimento do
postas pela prática de muitos educadores, educando;
pois as pedagogias tradicionais, nova e tec-
nicista não apresentavam características 8- Sobre as funções pedagógico-didáticas
historicizadoras; propostas pela teoria, teoria e prática social
devem ser consideradas isoladamente, dis-
2- Para Saviani, por parte dos discentes e tanciando-se na maior parte do processo
também dos docentes, faltava a consciên- formativo, se relacionando apenas quando
cia dos condicionantes históricos sociais da necessário;
educação e a proposta da Pedagogia Histó-
rico Crítica é justamente tentar solucionar 9- Seu método de ensino visa estimular a
esta questão; atividade e a iniciativa do professor; favore-
cer o diálogo dos alunos entre si e com o
3- Avaliar é um exercício de controle do pro- professor, sem deixar de valorizar o diálogo
cesso formativo nesta perspectiva pedagó- com a cultura acumulada historicamente;
gica, compreendendo a atuação central do
docente, explicitando a verticalidade essen- 10- A função do conteúdo se torna esvazia-
cial à relação ensino-aprendizagem; da uma vez que a prática social dos sujeitos
é mais importante e por ela é alimentado
4- Esta Pedagogia objetiva resgatar a im- o processo de ensino que ocorre com foco
portância da escola, a reorganização do em perspectiva pragmática.
processo educativo, ressaltando o saber sis-
tematizado, a partir do qual se define a es-
pecificidade do saber escolar; Sobre a Sequência Didática de Saviani,
5- É essencial compreender a Pedagogia julgue os itens entre certo ou errado:
Histórico Crítica enquanto um esforço para 11- A avaliação escolar é a parte primordial
fazer da escola lócus de transmissão de co- do processo de ensino de Saviani, devendo
nhecimentos dogmáticos, em movimento então, ser vista como uma referência única
de exposição oral aos educandos que o re- para a aprovação e progressão do educando;
cebem com passividade.
12- Pode-se definir a prática social como
Dermeval Saviani com este estudo pro- ponto de partida isolado, do qual o indiví-
põe funções específicas para o movimen- duo se distancia durante o contato com a
to educacional. Sobre o autor e sua teoria, teoria, sendo retomada apenas ao final,
julgue os itens que se seguem entre certo com foco nos objetivos propostos;
ou errado:
13- A práxis como referência geral para o
6- O autor afirma que a relação entre a prá- processo como um todo, se constitui por
tica social e o conhecimento sistematizado meio da unidade dialética entre prática so-
de base científica é um movimento essen- cial-teoria-prática social ressignificada, e

10
não apenas em determinados momentos 18- Avaliação é prescindível à sequência di-
do trabalho pedagógico. dática, uma vez que Saviani a vê como ins-
trumento de controle que atua unicamente
14- Embora reconheça-se a práxis como para aprovar ou reter sujeitos em seus pro-
um dos principais objetivos dos processos cessos formativos;
formativos, sem ela também é possível o al-
cance da emancipação dos sujeitos; 19- Ao se realizar a instrumentalização é
preciso tornar legítima a aproximação do
15- A função primordial da unidade prática educando com os referenciais teóricos tra-
social-teoria-prática social ressignificada, é balhados, com foco no alcance do conheci-
estabelecer os movimentos de leitura, en- mento sistematizado;
tendimento/compreensão e resolução da
realidade a qual se vive. 20- A catarse simboliza o alcance da apren-
dizagem e por isso mesmo deve ser vista
como ponto final do processo formativo
dos indivíduos na sequência didática.
Com base nos cinco passos da sequência
didática de Saviani, assinale as alternati-
vas entre certo ou errado:

16- A Prática Social é apresentada como


ponto de partida e de chegada, devendo-se
atentar para o fato de que não se pode ter
qualquer forma de distanciamento desta
no contato com a teoria;

17- A problematização atua para estabe-


lecer contato introdutório da teoria com a
realidade dos sujeitos no trabalho pedagó-
gico, relacionando a sala de aula com suas
experiências de vida;

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FUNÇÃO HISTÓRICO CULTURAL DA ESCOLA

A Função Social da Escola e suas finalidades

Educação Formal Educação Não-Formal Educação Informal

Qualidade Total Qualidade Social

O papel Político Pedagógico da Escola

Dimensão Política Dimensão Pedagógica

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Exercícios 8-A Educação Informal permeia movimen-
tos formativos que ocorrem na família ou
Com base na Função Social da Escola, as- mesmo dentro da sociedade civil, sem a ne-
sinale as alternativas abaixo entre certo cessidade de qualquer forma de institucio-
ou errado: nalização ou organização prévia.
1- A função da escola muda dentro de cada 9-É possível classificar um movimento for-
sociedade, bem como suas atuações e fina- mativo que ocorre através de uma campa-
lidades; nha de conscientização organizada por um
ministério e voltada para a população na-
2- Aspectos sócio-culturais, históricos e po-
cional como um todo, como Educação In-
líticos não interferem diretamente na cons-
formal.
trução desta função, não condicionando
por consequência a forma como a escola 10-A Educação Não Formal é aquela que
atua; acontece sem a necessidade de um lugar
específico para ocorrer, mas que possui ob-
3- Cada sociedade, bem como seus indiví-
jetivos e finalidades bem delimitadas, bem
duos, possuem interesses diferenciados no
como um motivo próprio pelo qual ocorre.
que tange os objetivos sociais dos proces-
sos formativos desempenhados pela escola; A escola enquanto instituição social, res-
ponsável pelos processos formativos dos
4- É possível afirmar que existe educação
sujeitos, teve papéis diversos no decorrer
neutra e, consequentemente, a ação da es-
de seu percurso histórico. Sobre a função
cola também será;
social da escola, marque as alternativas
5- A escola é a instituição própria de ensino entre certo ou errado:
que dentro da sociedade realiza a educação
11- Entende-se a educação informal como
formal;
aquela que ocorre a partir das variadas ma-
neiras de formação e desenvolvimento que
são oriundas da vida humana.
A Educação pode ocorrer de várias for-
mas e se posicionar de acordo com o lu- 12- A educação escolar é formal, pois ocorre
gar no qual acontece, bem como com os em instituições próprias de ensino e com-
objetivos que possui. Sobre as classifi- preende um determinado grau de institu-
cações dos tipos de Educação, julgue os cionalização;
itens abaixo:
13- A educação não-formal possui o maior
6-A educação formal é aquela que engloba grau de burocracia e necessariamente ocor-
maior nível de organização, sistematização re no espaço escolar;
e formalização, estando diretamente rela-
cionada com documentos oficiais e órgãos 14- A educação informal desconsidera qual
normativos. processo formativo que ocorra de forma in-
cidental;
7-Compreende-se que a Educação Formal
independe de um locus próprio para ocor- 15- A educação não-formal é obrigatoria-
rer, podendo ser realizada em lugares dife- mente desinstitucionalizada, não possuin-
rentes e diversos dentro da sociedade. do qualquer grau de burocratização e hie-
rarquia;

13
Com base no papel da escola, julgue os 19- A construção de uma educação formal
itens que se seguem: que atue como difusora dos conteúdos
concretos oriundos da ciência, os quais pos-
16- O papel da escola distancia-se de uma suam relevância social e histórica, é função
formação de caráter político e emancipador social da escola;
do indivíduos, desvinculando-se da realida-
de social destes sujeitos; 20- Cabe à escola desenvolver os indiví-
duos em um sentido emancipatório, com
17- A função social escolar aponta para a foco em uma perspectiva individual, mas
necessidade de uma educação com base também coletiva, contidos esses objetivos
na qualidade total, compreendendo assim como papel sócio-cultural da escola.
a necessidade da condução deste processo
por parte exclusiva dos docentes;

18- A ideia de formação que discuta a re-


lação dos seres humanos entre si e destes
com a cultura e com a sociedade, é uma das
principais finalidades da educação escolar;

14
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

APRENDIZAGEM

O que é Ensino?

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O que é Aprendizagem?

Aprendizagem Casual x Aprendizagem Organizada

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Exercícios Sobre a Relação Ensino-Aprendizagem,
julgue os itens:
Sobre a Relação Ensino-Aprendizagem,
julgue os itens: 6- Ensinar trata-se de uma atividade pla-
nejada, intencional e dirigida, a qual visa o
1- O processo é constituído por um sistema processo de assimilação de conhecimentos,
de trocas de informações entre docentes e resultado da reflexão proporcionada pela
discentes, que deve ser pautado na objeti- percepção prático-sensorial e pelas ações
vidade daquilo que há necessidade que o mentais que caracterizam o pensamento
aluno aprenda com base na mediação do humano;
professor;
7- Na aprendizagem escolar há influência
2- Mais do que “ensino” e “aprendizagem”, de fatores afetivos e sociais, tais como os
como se fossem processos independentes que suscitam a motivação para os estudo,
da ação humana, por se tratarem de ele- os que afetam as relações professor-aluno;
mentos distintos, ambos devem ser vistos
em relação direta como um complexo sis- 8- Os conteúdos e as ações mentais que vão
tema de interações; sendo formados dependem essencialmen-
te da organização lógica e psicológica das
3- O processo ensino-aprendizagem diz matérias de ensino, sem um vínculo direto
respeito diretamente às ações organizadas com o meio social e cultural;
didaticamente, as quais visam assegurar
condições e modos que viabilizem a cons- 9- A aprendizagem escolar se vincula tam-
trução de conhecimentos por parte dos bém com a motivação dos alunos, que in-
educandos, estando dissociado de qual- dicam os objetivos que procuram, devendo
quer intencionalidade docente; deixar de lado os objetivos sociais dos pro-
cessos formativos sempre que necessário,
4- Compreende-se que este movimento uma vez que o interesse docente deve ser o
consiste em mediar relações dos estudan- referencial primordial;
tes com os objetos do conhecimento, auxi-
liando-os a adquirir capacidades para novas 10- O trabalho docente é a atividade exclu-
operações mentais ou modificar aquelas já siva que dá unidade ao binômio ensino-
existentes,constituindo as mediações ne- -aprendizagem, realizando a mediação en-
cessárias para tal alcance; tre o aluno e as matérias de estudo, estando
pautado na obrigatoriedade da transferên-
5- Reconhece-se que se trata de uma ação cia sistemática de conhecimentos entre
descompromissada com a cultura e com professor e aluno.
os aspectos sociais da sociedade presente,
incumbindo-se unicamente de socializar
indivíduos, bem como conhecimentos sis-
tematizados/organizados, que legitimem
uma visão restrita de mundo.

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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
COMPROMISSO ÉTICO-SOCIAL DO PROFESSOR

COMPROMISSO ÉTICO-SOCIAL DO PROFESSOR

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Exercícios Com base nas dimensões teórico-científi-
ca e técnico-prática do trabalho docente,
Sobre a Relação Professor-Aluno, julgue assinale as alternativas abaixo entre certo
os itens: ou errado:
1- A relação professor-aluno deve se susten- 6- A dimensão compreendida como teóri-
tar no posicionamento vertical do docente co-científica, diz respeito ao domínio didáti-
frente ao discente, uma vez que o domínio co e ao domínio do exercício profissional do
do conhecimento concede posição hierár- como ensinar algo a alguém;
quica privilegiada;
7- A denominada dimensão técnico-práti-
2- Quando o professor planeja a aula e ali- ca traduz a compreensão dos conteúdos a
nha os objetivos pedagógicos do processo serem ensinados, bem como a propriedade
formativo aos interesses sociais e educacio- que se tem dos conhecimentos trabalhados;
nais dos educandos, tem-se um movimen-
8- A didática compreende elemento essen-
to de respeito e zelo para com os sujeitos da
relação ensino-aprendizagem. cial ao exercício ético do professor, sendo a
mediação entre as dimensões teórico-cien-
3- Cabe exclusivamente ao professor o exer- tífica e técnico-prática do trabalho docente.
cício ativo dentro da sala de aula, uma vez
que este domina o conhecimento e a cultu- 9- É importante dizer que as duas dimen-
ra, devendo os educandos assumirem seu sões - teórico-científica e técnico-prática
posto de passividade dentro deste proces- - se entrelaçam entre si e excluem do tra-
so; balho pedagógico a perspectiva política e
social do trabalho docente.
4- Dentro da sala de aula, na tendência li-
bertadora, tem-se um posicionamento ho- 10- Deve-se reconhecer que o trabalho do
rizontal entre educando e educador, uma professor envolve tanto “o que se ensina”,
vez que ambos possuem cultura e ambos bem como “o que se ensina”, sem jamais
são importantes dentro do processo; perder de vista o “porquê” dos processos
formativos.
5-A defesa por um professor que não dire-
ciona as atividades e o qual está ancorado
em métodos pessoais, autênticos e origi-
nais de facilitação da aprendizagem, traduz
o papel do docente na concepção libertária.

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EDUCAÇÃO/SOCIEDADE E PRÁTICA ESCOLAR
Introdução
Esse componente curricular estuda a relação existente entre a Educação e a Sociedade,
buscando responder uma pergunta aparentemente simples: Qual o papel social da Edu-
cação?
Partindo desse pressuposto, para responder a esta indagação inicial, a/o estudante deverá
tomar como base, o pensamento dos principais autores da Filosofia, da Sociologia, bem
como da Própria Educação. A partir deste momento, os nomes de maior destaque nas
supracitadas áreas do conhecimento serão trabalhados a seguir, em ordem cronológica.

Principais autores por área e movimento pertencente ou aproximação epistemológica:

SOCIÓLOGOS
Durkheim Marx Weber

SOCIÓLOGOS DA EDUCAÇÃO: autores da sociologia que discutem a educação.

INFLUÊNCIA MARXISTA CRÍTICO-REPRODUTIVISTA

Althusser Bourdieu e Passeron Establet e Baudelot

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INFLUÊNCIA MARXISTA
Gramsci

Exercícios 4- Weber traduz em seus estudos um mo-


delo de educação que pauta na primazia da
A relação indivíduo e sociedade é um dos sociedade sob os indivíduos, fazendo com
eixos dos estudos sociológicos. Sobre que a consciência humana resulte da cons-
esse assunto e dos autores clássicos da ciência Social.
Sociologia, julgue os itens:
5- Na perspectiva durkheimiana, a socieda-
1- Fundamentando-se no pressuposto de de é quem faz o homem. Os pais, os familia-
neutralidade científica e nos princípios de res transmitem valores, crenças, costumes,
racionalidade, eficiência e produtividade, a regras às crianças para que elas possam vi-
concepção pedagógica marxista defende a ver com outros indivíduos e construir sua
reordenação do processo educativo, de ma- identidade.
neira que atenda às exigências do mercado.
Para isso, o fazer pedagógico deve ser ob-
jetivo e operacional, e visar à formação de
indivíduos. Com base nas teorias Crítico-Reproduti-
vistas, assinale os itens entre certo ou er-
2- Na perspectiva do pensamento marxis- rado:
ta, o trabalho dividido confina os trabalha-
dores a tarefas repetitivas e priva-os do co- 6- Althusser trouxe a teoria do Aparelhos
nhecimento e do controle do processo de Ideológicos, no qual o estado dominante
trabalho, afastando-os dos produtos do seu atua para a reprodução ideológica através
trabalho. de seus aparelhos;

3- Durkheim verificou a presença de grupos 7- Ainda em Althusser, existe a defesa de


diferentes exercendo papéis sociais diferen- que quando a ideologia por si só não é ca-
tes, mas vivendo de forma harmônica. Para paz de atuar, entram em ação os aparelhos
este autor, a educação era fundamental, repressores do estado dominante;
pois ela atuava na socialização do sujeito.

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8- Bourdieu e Passeron trouxeram elemen- Antônio Gramsci surge como um dos
tos que mostram que a meritocracia atua grandes pensadores da teoria marxista.
em favor da classe dominante para justifi- Tendo o autor como referência, julgue as
car o fracasso dos indivíduos oriundos das alternativas abaixo:
classes dominadas;
11- Os intelectuais orgânicos são prescindí-
9- Establet e Baudelot estabeleceram ele- veis à organização das vontades coletivas
mentos que não permitem entender como de uma determinada classe social;
que os caminhos formativos são diferen-
ciados de acordo com a classe social a qual 12- A sociedade capitalista independe da
pertencem os indivíduos; superestrutura para manter-se como forma
de organização social;
10- As teorias crítico-reprodutivistas trazem
importantes explicações acerca dos movi- 13- A superestrutura permeia elementos de
mentos que levam à propagação do fracas- ordem cultural e ideológica, essenciais aos
so social por meio do fracasso escolar, sem movimentos de hegemonia das formas de
embasamento do materialismo histórico pensamento;
dialético.
14- Cada classe social possui sua própria
casta de intelectuais, que atuam em favor
dos interesses desta;

15- Gramsci evoluiu o pensamento de Marx,


acrescentando importantes elementos
para a compreensão dos problemas anali-
sados pelo autor.

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Suzele Veloso
Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente e dá ou-
tras providências
1. Das Disposições Preliminares
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de normas do ordenamento
jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente
nos termos definidos no artigo 227 da Constituição Federal: “É dever da família, da so-
ciedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao lazer e à profissionali-
zação, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência
crueldade e opressão.” 

1.1. Distinção entre criança e adolescente


De acordo com o art. 2º do Estatuto considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pes-
soa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade.

CRIANÇA ADOLESCENTE EXCEÇÃO

Nos casos expressos em lei, apli-


a pessoa até doze anos de a pessoa entre doze e ca-se excepcionalmente este Es-
idade incompletos dezoito anos de idade tatuto às pessoas entre dezoito e
vinte e um anos de idade.

Perceba que o critério para distinguir crianças e adolescentes é estritamente biológico,


baseado apenas na idade e não na aparência ou qualquer outro aspecto.

2. Dos Direitos Fundamentais


De acordo com o art. 5º da CF/88 todos a igualdade em direitos e deveres individuais e
coletivos. Portanto, o ECA veio para alçar a criança e o adolescente, que até então eram
vistos apenas como objeto da tutela do Estado, a condição de pessoa com direitos, dentre
os quais aqueles considerados como fundamentais à criança e ao adolescente.
Assim, segue a sequencia dos direitos fundamentais da criança e do adolescente.

2.1 Do Direito à Vida e à Saúde


A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.
Resumindo:

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nascimento e desenvolvimento sadio
DIREITO À VIDA E À SAÚDE
e harmonioso

Assim, em atendimento ao disposto acima o ECA prevê diversas ações com vistas a prote-
ção do direito à vida e a saúde, iniciando desde a gestação:

- Período gestacional
É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da
mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes:
• nutrição adequada
• atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério
• atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único
de Saúde. 
• assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive
como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal, bem
como a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
de liberdade.
• direito a 1 acompanhante de sua preferência (da gestante e parturiente) durante o
período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. 
• orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a
criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
• atenção primária à saúde que fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer
às consultas pós-parto.
• O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária. 
• Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no
último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.
• As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para ado-
ção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da In-
fância e da Juventude.
Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e par-
ticulares, são obrigados a:
• manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais,
pelo prazo de dezoito anos;
• identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital
e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela
autoridade administrativa competente;
• proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no me-
tabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;

25
• fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrên-
cias do parto e do desenvolvimento do neonato;
• manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
• acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto
à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando
o corpo técnico já existente. 
• permanecer em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de inter-
nação de criança ou adolescente. 

- desenvolvimento sadio e harmonioso


Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infân-
cia receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para
o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário. 
Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
físico, de tratamento cruel ou degradante e de
maus-tratos contra criança ou adolescente serão
CAMPEÃO DE PROVA!!! obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tute-
lar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.

É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades


sanitárias.
Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medica-
mentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habili-
tação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado
voltadas às suas necessidades específicas.

Por fim, em recente alteração do ECA, o art.


8 – A, instituiu a Semana Nacional de Preven-
ção da Gravidez na Adolescência, a ser reali-
ALTERAÇÃO RECENTE DO ECA zada anualmente na semana que incluir o dia
1º de fevereiro, com o objetivo de disseminar
informações sobre medidas preventivas e
educativas que contribuam para a redução da
incidência da gravidez na adolescência.

2.2 Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade


A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas
humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis.

26
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, res-
salvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
direito à liberdade
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da


direito ao respeito criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços
e objetos pessoais.

É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,


direito à dignidade pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. 
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se: 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou 
b) lesão; 
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à
criança ou ao adolescente que: 
a) humilhe; ou 
b) ameace gravemente; ou 
c) ridicularize. 

Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos



executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cui-
dar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disci-
plina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras

27
sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravi-
dade do caso: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V - advertência. 
*  As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
prejuízo de outras providências legais. 

3. Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária


É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, ex-
cepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária,
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 

3.1 Do acolhimento institucional ou familiar


Em situações bem específicas a criança e adolescente podem ser submetidos ao acolhi-
mento familiar ou institucional. Esse acolhimento se dá através da retirada temporária da
criança e do adolescente da convivência familiar quando esta lhe for gravemente preju-
dicial para uma instituição específica para acolher crianças e adolescentes em situação
de vulnerabilidade (essas instituições são conhecidas como abrigos, denominação não
utilizada pela lei) ou uma família preparada também para o acolhimento. observando-se
as regras abaixo:
• situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciá-
ria competente decidir pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação
em família substituta, com por exemplo através de uma adoção.
• A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento insti-
tucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada ne-
cessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária. 
• A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá prefe-
rência em relação a qualquer outra providência.
• A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá
preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei. 

3.2 Dos Pais e mães privados de liberdade


• Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de
liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipó-
teses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente

28
de autorização judicial.  Logo, se pai ou mãe estiverem privados de sua liberdade,
como por exemplo, presos, deve ser garantido o direito da criança ou adolescente
realizar as visitas e não haverá necessidade de ordem judicial para ingressar no esta-
belecimento onde se encontrem pai e mão privados de liberdade.
• Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver
em acolhimento institucional. 
• A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar. 

3.3 Do apadrinhamento afetivo


O  apadrinhamento afetivo  é um programa voltado para crianças e adolescentes que
vivem em situação de acolhimento ou em famílias acolhedoras, com o objetivo de
promover vínculos  afetivos  seguros e duradouros entre eles e pessoas da comunidade
que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas. Os jovens acolhidos têm a possibilidade de
criar laços com pessoas interessadas em ser um padrinho/madrinha, voluntários que se
dispõem a manter contato direto com o “afilhado”, podendo sair para atividades fora do
abrigo, como passeios, festas de Natal, Páscoa etc.

A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão


participar de programa de apadrinhamento. 

O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colabora-
ção com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional
e financeiro, de acordo com as observações abaixo:
 Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não ins-
critas nos cadastros de adoção
 Pessoas jurídicas podem apadrinhar
 A prioridade será para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de rein-
serção familiar ou colocação em família adotiva. 
 Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa
e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judi-
ciária competente. 
ATENÇÃO!!! A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para
adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude.
 
3.4 Do poder familiar e a sua perda ou suspensão
Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa
e aos bens dos filhos menores.
O  poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma

29
do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de
discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. 

Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-
-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.

 ATENÇÃO!!! A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsa-


bilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado
o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os direitos da
criança estabelecidos nesta Lei. 

 IMPORTANTE!! A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo sufi-


ciente para a perda ou a suspensão do  poder familiar. 
• Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança
ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoria-
mente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção. 

A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar,


exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra
outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro des-
cendente. 

 MUITO COBRADO EM PROVA!!! A perda e a suspensão do  poder familiar serão decre-


tadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação
civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a
que alude o art. 22 (dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-
-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais). 

3.5 Família Natural


Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e
seus descendentes.

3.6 Família Extensa


Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a crian-
ça ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 

30
3.7 Da Família Substituta
A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, indepen-
dentemente da situação jurídica da criança ou adolescente.

 ATENÇÃO: Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido


por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de com-
preensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. 

 ANOTA AÍ: Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu con-
sentimento, colhido em audiência. 

3.7.2 Formas de colocação da criança ou adolescente em família substituta


3.7.2.1. Da Guarda
A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou inciden-
talmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.

Assim, a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança


ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais, bem como confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos
os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

 TOME NOTA!!Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e ado-


ção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.

• Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciá-


ria competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercí-
cio do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que se-
rão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério
Público. 

 ATENÇÃO, ATENÇÃO!!!! A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato
judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.

3.7.2.2. Da Tutela
A tutela é uma das medidas específicas de proteção à criança ou adolescente, através da
qual a pessoa a quem é conferida (nomeado tutor ou tutora), em substituição aos pais,
passa a ter o poder e a responsabilidade de administrar a vida pessoal e patrimonial da
criança ou adolescente cujos pais tenham falecido (sejam órfãos de pai e mãe), encon-

31
trem-se ausentes ou estejam destituídos do poder familiar por razões de enfermidades
impeditivas, prodigalidade (dissipar patrimônio e renda), prisão, prática de violação de
direitos e violência doméstica, dentre outras, factuais e comprováveis.

 Resumindo: a tutela será deferida nas seguintes hipóteses:


• falecimento dos pais;
• pais que perderem o poder familiar (art. 24 do Estatuto da Criança e Adolescente);
• pais que sofreram pena de prisão por mais de 2 anos (art. 1.637, parágrafo único, CC);
• pais desconhecidos.
 O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do
poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda (Art. 36, ECA).
De acordo com o ECA, a tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (de-
zoito) anos incompletos. 

3.7.2.3. Da Adoção
A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando es-
gotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou ex-
tensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 

 Atenção!! É vedada a adoção por procuração.

3.7.2.3.1 Regras sobre adoção nos termos do ECA:


1. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já es-
tiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
2. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os im-
pedimentos matrimoniais.
3. Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de
filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
4. É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus
ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação he-
reditária.
5. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. 
6. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
7. Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou
mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
8. O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

32
9. Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjun-
tamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o está-
gio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja
comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor
da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. * Nesse caso, desde que de-
monstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada. 
10. A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de von-
tade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 
11 A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
* O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais
sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do  poder familiar . 
* Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessá-
rio o seu consentimento.
12. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso. 
* O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tu-
tela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível
avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
* A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.  *
* O prazo máximo do estágio pode ser prorrogado por até igual período, mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária. 
* Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o
estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (qua-
renta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante de-
cisão fundamentada da autoridade judiciária.  Ao final do desse prazo, deverá ser
apresentado laudo fundamentado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça
da Infância e da Juventude, que recomendará ou não o deferimento da adoção à
autoridade judiciária. 
13. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.
* A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de
seus ascendentes.
* O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
* A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro
Civil do Município de sua residência. 
* Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro. 
*A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer de-
les, poderá determinar a modificação do prenome. 

33
*Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva
do adotando, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei (ouvir a crian-
ça ou o adolescente). 
14. A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva,
exceto na hipótese prevista no § 6 o do art. 42 desta Lei (falecimento do adotante no curso
do processo de adoção), caso em que terá força retroativa à data do óbito. 
15. Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança
ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
16. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autori-
dade judiciária. 
17. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após com-
pletar 18 (dezoito) anos. 
* O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor
de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica. 
18. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais. 

4. Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de
sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegu-
rando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
Direito à Educação IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência,
garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação
básica.
É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar
da definição das propostas educacionais.

É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:


I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencial-

34
mente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de mate-
rial didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular im-
porta responsabilidade da autoridade competente.

Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a


chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tu-


telar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.

5. Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável


São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção,
apoio e promoção da família; 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aprovei-
tamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do  poder familiar . 

35
IMPORTANTE!! Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos
pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cau-
telar, o afastamento do agressor da moradia comum.
• Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que ne-
cessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor. 

6. Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
nesta Lei.

Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal


haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho, composto de 5 (cinco) membros,
Composição
escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos,
permitida recondução por novos processos de escolha.

I - reconhecida idoneidade
moral;
Candidatura a membro do Conselho Tutelar  requisitos II - idade superior a vinte e
um anos;
III - residir no município.

6.1 Das Atribuições do Conselho


São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105 (medi-
das de proteção, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII (encaminhamento aos
pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio e acompa-
nhamento temporários; matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial
de ensino fundamental; inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; requisição de trata-
mento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; inclu-
são em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras
e toxicômanos; acolhimento institucional);
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art.
129, I a VIII (encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de prote-
ção, apoio e promoção da família; inclusão em programa oficial ou comunitário de auxí-
lio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; encaminhamento a tratamento
psicológico ou psiquiátrico; encaminhamento a cursos ou programas de orientação; obri-
gação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento
escolar; obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
advertência).
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

36
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustifica-
do de suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos
no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adoles-
cente junto à família natural. 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-
gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes. 

 Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o


afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as
providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. 

 As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judi-
ciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.

6.2 Da Escolha dos Conselheiros


O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei mu-
nicipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público. 
O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro
do ano subsequente ao da eleição presidencial. 
A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao

37
processo de escolha. 
No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer nature-
za, inclusive brindes de pequeno valor.

6.3 Dos Impedimentos


São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descen-
dentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio (durante o casa-
mento, ao divorciar o cunhado deixa de ser parente), tio e sobrinho, padrasto ou madrasta
e enteado. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à
autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da
Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital.

VAMOS ESQUEMATIZAR NOSSO CONTEUDO:

38
No tocante ao direito à convivência familiar e comunitária a regra é ________________
____________ TODAVIA, em determinadas situações, mediante ordem judicial ou excepcio-
nalmente por meio do _____________________ é possível o ____________________ e sua inclu-
são em programa de ____________________________________.

ACOLHIMENTO
ACOLHIMENTO FAMILIAR
INSTITUCIONAL

Prazo de reavaliação

Prazo máximo de
permanência

Qual programa é preferencial?





Durante o programa de acolhimento institucional ou familiar a criança e o adolescente
podem ser incluídos no programa de

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Ao analisar a situação da criança ou adolescente afastado de sua família e incluído nos
programas, o juiz poderá determinar ___________________________________ ou ____________
_____________________

GUARDA TUTELA ADOÇÃO

2. Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é o órgão encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos
direitos da criança e do adolescente.

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• Características do Conselho Tutelar:

Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no míni-


mo, _______ Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, com-
posto de ________ membros, escolhidos pela população local para mandato de _________
anos, permitida recondução por novos processos de escolha. 

2.1 Requisitos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar


 NÃO SÃO ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR:

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2.2 Da Escolha dos Conselheiros

Posse:_________________________________________________________________________________

EXERCÍCIOS
do Adolescente e dá outras providências, é
1. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente correto afirmar que o reconhecimento do
Jurídico) Em relação à adoção, tendo por estado de filiação é direito personalíssimo,
base o que dispõe a Lei nº 8.069/90, é cor- indisponível e imprescritível, podendo ser
reto afirmar se um dos cônjuges ou concu- exercitado contra os pais ou seus herdeiros,
binos adota o filho do outro, mantêm-se os sem qualquer restrição, observado o segre-
vínculos de filiação entre o adotado e o côn- do de Justiça.
juge ou concubino do adotante e os respec-
tivos parentes. 4. (Quadrix - 2018 - Prefeitura de Cristali-
na - GO - Monitor de Ônibus Escolar) Com
2. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente Ju- base no texto acima e na Lei n.º 8.069/1990,
rídico) De acordo com a Lei nº 8.069/90, que que dispõe sobe o Estatuto da Criança e do
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado- Adolescente, julgue o item abaixo.
lescente e dá outras providências, é correto No caso de maus‐tratos, envolvendo alunos,
afirmar que se entende por família natural os dirigentes de estabelecimentos de ensi-
aquela que se estende para além da unida- no fundamental comunicarão ao Conselho
de pais e filhos ou da unidade do casal, for- Tutelar.
mada por parentes próximos com os quais
a criança ou adolescente convive e mantém 5. (Quadrix - 2018 - CRESS-PR - Agente
vínculos de afinidade e afetividade. Fiscal) A trajetória histórica dos movimen-
tos sociais e das lutas para a garantia de di-
3. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente reitos de crianças, adolescentes, mulheres e
Jurídico) De acordo com a Lei nº 8.069/90, idosos permitiu a criação de leis para esses
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e públicos: o Estatuto da Criança e do Adoles-

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cente (ECA); o Estatuto do Idoso; e a Lei n.º9. (Quadrix - 2019 - COREN-RS - Assisten-
11.340/2006, conhecida como Lei Maria da te Técnico - Fiscalização) A colocação em
Penha. Com base nessas legislações, julgue família substituta estrangeira constitui me-
o item. dida excepcional, somente admissível na
O ECA declara que é direito da criança e do modalidade de tutela.
adolescente a convivência familiar e comu-
nitária. Visando a essa máxima, determina 10. (Quadrix - 2019 - COREN-RS - Assisten-
que toda criança e todo adolescente que te Técnico - Fiscalização) O instituto pre-
esteja em uma instituição de acolhimento visto no Estatuto da Criança e do Adoles-
ou em programa de acolhimento familiar cente (ECA) que estabelece e proporciona à
tenha sua situação reavaliada por autorida- criança e ao adolescente vínculos externos
de judiciária, no máximo, a cada seis meses. à instituição para fins de convivência fami-
liar e comunitária e colaboração com o seu
6. (Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólo- desenvolvimento nos aspectos social, mo-
go Analista Técnico) Com base no Esta- ral, físico, cognitivo, educacional e financei-
tuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º ro é a família substituta.
8.069/1990), julgue o item
11. (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico)
Não se prolongará por mais de dezoito me- Com base no Estatuto da Criança e do Ado-
ses a permanência da criança e do adoles- lescente é correto afirmar que nos casos de
cente em programa de acolhimento insti- internação de criança ou adolescente, os
tucional, salvo comprovada necessidade estabelecimentos de atendimento à saúde
que atenda a seu superior interesse, devi- deverão proporcionar condições para a per-
damente fundamentada pela autoridade manência, em tempo integral, de ambos os
judiciária. pais ou responsáveis.

7. (Quadrix - 2017 - HCFMUSP - Técnico 12. (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico)


de Enfermagem) Julgue o item de acordo Com base no Estatuto da Criança e do Ado-
com o ECA. lescente é correto afirmar que é recomen-
dável que os casos de suspeita de castigo
O direito à liberdade de acordo com o Es- físico, de tratamento cruel ou degradante
tatuto da Criança e do Adolescente com- e de maus‐tratos contra criança ou adoles-
preende o direito de opinar e se expressar cente sejam encaminhados à Vara da Infân-
com restrições cia e da Juventude.
8. (Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí - 13. (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêuti-
GO - Monitor Social) O Estatuto da Criança co) Com base no Estatuto da Criança e do
e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, é Adolescente é correto afirmar que os profis-
a lei que cria as condições de exigibilidade sionais de saúde de referência da gestante
para os direitos da criança e do adolescente garantirão sua vinculação, no último mês da
que estão descritos no artigo 227 da Cons- gestação, ao estabelecimento mais próximo
tituição Federal de 1988. Em relação à edu- de sua residência para realização do parto.
cação, o ECA assegura o acatamento, sem
questionamentos, dos critérios avaliativos 14. (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêuti-
impostos pela escola. co) Com base no Estatuto da Criança e do
Adolescente é correto afirmar que incumbe

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ao Poder Público proporcionar, no período último mês da gestação, ao estabelecimen-
pré e pós‐natal, assistência psicológica à to mais próximo de sua residência para rea-
gestante e à mãe, inclusive as que desejam lização do parto.
entregar os filhos para adoção e as que se
encontrem presas. e) Incumbe ao Poder Público proporcionar,
no período pré e pós‐natal, assistência psi-
15. (Quadrix - 2019 - CRESS-GO - Agente cológica à gestante e à mãe, inclusive as
Fiscal) As legislações materializam e conso- que desejam entregar os filhos para adoção
lidam as conquistas de direitos na socieda- e as que se encontrem presas.
de contemporânea. Sendo assim, julgue o
item , relativo ao Estatuto da Criança e do 18. (Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólo-
Adolescente, ao Estatuto do Idoso e à Lei go Analista Técnico) Com base no Esta-
Maria da Penha. tuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º
8.069/1990), julgue o item
O Conselho Tutelar é um órgão permanente
e autônomo, não jurisdicional, encarregado Nos primeiros dezoito meses de vida, é obri-
de zelar pelo cumprimento dos direitos da gatória a aplicação, a todas as crianças, de
criança e do adolescente previstos pelo Es- protocolo ou outro instrumento construído
tatuto da Criança e do Adolescente. com a finalidade de facilitar a detecção, em
consulta pediátrica de acompanhamento
16. (Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí da criança, de risco para seu desenvolvi-
- GO - Assistente Social) As gestantes ou mento psíquico.
mães que manifestem interesse em entre-
gar seus filhos para adoção serão obrigato- 19. (Quadrix – 2012 - CRP - SP) Nos termos
riamente encaminhadas, sem constrangi- da Lei nº 8.069/90, é direito da criança e do
mento, ao conselho tutelar. adolescente ser criado e educado no seio
de sua família e, excepcionalmente, em fa-
17. (Quadrix - 2019 - FHGV - Farmacêutico) mília substituta, assegurada a convivência
Com base no Estatuto da Criança e do Ado- familiar e comunitária, em ambiente que
lescente, assinale a alternativa correta. garante seu desenvolvimento integral. Com
relação ao tema, julgue o item abaixo. 
a) O atendimento pré e pós‐natal será reali-
zado por profissionais da atenção terciária. A falta ou a carência de recursos materiais
constitui motivo suficiente para a perda ou
b) Nos casos de internação de criança ou a suspensão do poder familiar. 
adolescente, os estabelecimentos de aten-
dimento à saúde deverão proporcionar 20. (Quadrix - 2018 - CRP - SP - Psicólo-
condições para a permanência, em tempo go Analista Técnico) Com base no Esta-
integral, de ambos os pais ou responsáveis. tuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º
c) É recomendável que os casos de suspei- 8.069/1990), julgue o item
ta de castigo físico, de tratamento cruel ou Cabe ao Poder Público proporcionar assis-
degradante e de maus‐tratos contra crian- tência psicológica à gestante e à mãe no
ça ou adolescente sejam encaminhados à período pré e pós‐natal, inclusive como for-
Vara da Infância e da Juventude. ma de prevenir ou minorar as consequên-
d) Os profissionais de saúde de referência cias do estado puerperal.
da gestante garantirão sua vinculação, no

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21. (Quadrix – 2012 - CRP - SP) Nos termos 25. (Quadrix  - 2018 - Conselho Regional
da Lei nº 8.069/90, é direito da criança e do de Psicologia 6º Região - São Paulo) Com 
adolescente ser criado e educado no seio base  no  Estatuto  da  Criança  e  do  Adoles-
de sua família e, excepcionalmente, em fa- cente (Lei n.º 8.069/1990), julgue o item
mília substituta, assegurada a convivência Os  agentes  públicos  executores  de  me-
familiar e comunitária, em ambiente que didas  socioeducativas  ou  quaisquer  pes-
garante seu desenvolvimento integral. Com soas encarregadas de  cuidar  de  crianças 
relação ao tema, julgue o item abaixo.  e  de  adolescentes  que  utilizarem  casti-
Os filhos, havidos ou não da relação do go físico ou tratamento cruel ou degradan-
casamento, ou por adoção, terão os mesmos te como  formas  de  correção  estarão  su-
direitos e qualificações, proibidas quaisquer jeitos,  sem  prejuízo  de  outras  sanções 
designações discriminatórias relativas à cabíveis,  a  encaminhamento  a  tratamen-
filiação.  to psicológico ou psiquiátrico. 

22. (Quadrix - 2020 - CFP - Especialista 26.  (Quadrix – 2012 - CRP - SP) Nos termos
em Psicologia - Jurídica) Julgue os próxi- da Lei nº 8.069/90, é direito da criança e do
mos itens. adolescente ser criado e educado no seio
de sua família e, excepcionalmente, em fa-
É possível, nos termos do ECA, ser deferida mília substituta, assegurada a convivência
adoção em favor de candidato domiciliado familiar e comunitária, em ambiente que
no Brasil não cadastrado previamente nos garante seu desenvolvimento integral. Com
termos da Lei n.⁰ 8.069/1990 quando se tra- relação ao tema, julgue o item abaixo. 
tar de pedido de adoção unilateral.
O poder familiar será exercido, em igualda-
23. (Quadrix – 2019 - Prefeitura Municipal de de condições, pelo pai e pela mãe, obser-
de Jataí) O Estatuto da Criança e do vando as disposições da legislação civil. 
Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, é a lei
que cria as condições de exigibilidade para 27. (Quadrix – 2012 - CRP - SP) Nos termos
os direitos da criança e do adolescente que da Lei nº 8.069/90, é direito da criança e do
estão descritos no artigo 227 da Constituição adolescente ser criado e educado no seio
Federal de 1988. Em relação à educação é de sua família e, excepcionalmente, em fa-
correto afirmar que o ECA assegura o acata- mília substituta, assegurada a convivência
mento, sem questionamentos, dos critérios familiar e comunitária, em ambiente que
avaliativos impostos pela escola. garante seu desenvolvimento integral. Com
relação ao tema, julgue o item abaixo. 
24. (Quadrix  - 2018 - Conselho Regional Aos pais incumbe o dever de sustento,
de Psicologia 6º Região - São Paulo) Com  guarda e educação dos filhos menores,
base  no  Estatuto  da  Criança  e  do  Ado- cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
lescente (Lei n.º 8.069/1990), julgue o item. obrigação de cumprir e fazer cumprir as de-
É necessária autorização judicial para a terminações judiciais. 
convivência da criança e do adolescente
com a mãe ou o pai privado de liberdade, 28. (Quadrix - 2018 - CFP - Especialista em
por meio de visitas periódicas promovidas Psicologia - Jurídica) No que se refere às
pelo responsável. atribuições do conselho tutelar, julgue os
itens seguintes.

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O conselho tutelar tem como atribuições que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
determinar se a violência de fato ocorreu e, Adolescente e dá outras providências, jul-
posteriormente, requerer a perícia. gue os itens.

29.(Quadrix - 2019 - COREN-RS - Assisten- Entende-se por família natural aquela que
te Técnico - Fiscalização) Julgue. se estende para além da unidade pais e fi-
lhos ou da unidade do casal, formada por
O instituto previsto no Estatuto da Criança e parentes próximos com os quais a criança
do Adolescente (ECA) que estabelece e pro- ou adolescente convive e mantém vínculos
porciona à criança e ao adolescente víncu- de afinidade e afetividade.
los externos à instituição para fins de convi-
vência familiar e comunitária e colaboração 34. (Quadrix - 2020 - CFP - Especialista
com o seu desenvolvimento nos aspectos em Psicologia - Jurídica) Com base no Es-
social, moral, físico, cognitivo, educacional e tatuto da Criança e do Adolescente, julgue
financeiro é a tutela. os itens subsequentes.

30. (Quadrix - 2019 - COREN-RS - Assis- O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis
tente Técnico - Fiscalização) Julgue. anos mais velho que o adotando.
De acordo com o ECA, a adoção independe 35. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Agente
do consentimento dos pais. Fiscal) Julgue o item, relativo ao Estatuto
da Criança e do Adolescente.
31. (Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí -
GO - Monitor Social) O Estatuto da Criança Nas situações em que a mãe ou o pai esti-
e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, é ver em privação de liberdade, será garanti-
a lei que cria as condições de exigibilidade da a convivência da criança e do adolescen-
para os direitos da criança e do adolescente te com o(a) genitor(a) por meio de visitas
que estão descritos no artigo 227 da Cons- periódicas promovidas pelo responsável ou,
tituição Federal de 1988. Em relação à edu- no caso de acolhimento institucional, pela
cação é correto afirmar que o ECA assegura entidade responsável, independentemente
condições especiais para o acesso e a per- de autorização judicial.
manência na escola.
36. (Quadrix - 2018 - CFP - Especialista em
32. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente Psicologia - Jurídica) O ECA prevê que o
Jurídico) De acordo com a Lei nº 8.069/90, vínculo da adoção se constitui por senten-
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do ça judicial, que será inscrita no registro civil
Adolescente e dá outras providências, jul- mediante mandado do qual não se forne-
gue os itens: cerá certidão. Acerca desse assunto, julgue
os itens subsequentes.
A permanência da criança e do adolescente
em programa de acolhimento institucional Nenhuma observação sobre a origem do ato
não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, poderá constar nas certidões do registro.
salvo comprovada necessidade que atenda
ao seu superior interesse, devidamente fun- 37. (Quadrix - 2021 - CRESS-PB - Agente
damentada pela autoridade judiciária. Fiscal) Segundo o Estatuto da Criança e do
Adolescente, julgue o item.
33. (Quadrix - 2013 - CRF-RS - Assistente São gratuitas a averbação do reconheci-
Jurídico) De acordo com a Lei nº 8.069/90, mento de paternidade no assento de nasci-

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mento e a respectiva certidão. 

38. (Quadrix - 2018 - CFP - Especialista em


Psicologia - Jurídica) O ECA prevê que o
vínculo da adoção se constitui por senten-
ça judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se forne-
cerá certidão. Acerca desse assunto, julgue
os itens subsequentes.
A inscrição consignará o nome dos adotan-
tes como pais, bem como o nome de seus
ascendentes.

39. (Quadrix - 2018 - CFP - Especialista em


Psicologia - Jurídica) O ECA prevê que o
vínculo da adoção se constitui por senten-
ça judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se forne-
cerá certidão. Acerca desse assunto, julgue
os itens subsequentes.
O mandado judicial, que será arquivado,
cancelará o registro original do adotado.

40. (Quadrix - 2018 - CFP - Especialista


em Psicologia - Jurídica) O ECA prevê que
o vínculo da adoção se constitui por senten-
ça judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se forne-
cerá certidão. Acerca desse assunto, julgue
os itens subsequentes.
A pedido do adotante, o novo registro pode-
rá ser lavrado no cartório de registro civil do
município de sua residência.

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