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Índice

1.Introdução.....................................................................................................................................1

1.1.Objectivos..............................................................................................................................1

1.1.1.Geral................................................................................................................................1

1.1.2.Específicos.......................................................................................................................1

2.Metodologia..................................................................................................................................2

3.Auditoria na administração pública..............................................................................................3

3.1.Conceitos................................................................................................................................3

3.1.1.Auditoria interna..............................................................................................................3

3.1.2.Auditoria externa.............................................................................................................3

3.2.Objectivos da auditoria na administração pública................................................................4

3.3.Necessidade da auditoria........................................................................................................4

3.4.Limitações da auditoria..........................................................................................................5

3.5.Evolução da auditoria.............................................................................................................6

4.Conclusão.....................................................................................................................................7

5.Referências bibliográficas............................................................................................................8
1.Introdução

O conceito de auditoria não tem sido uno nem estático. Existem diversos conceitos de auditoria,
e em face desta situação houve a preocupação de dar à auditoria uma definição que tivesse uma
aceitação generalizada. Auditoria, em sentido amplo, pode ser entendida como um processo de
investigação sistemático em que são obtidas e analisadas evidências suficientes que permitam ao
auditor pronunciar-se sobre a conformidade de uma situação vigente com os critérios de
comparação seleccionados e comunicar os resultados aos utilizadores interessados. Ela pode
tambem ser compreendida como “um exame ou verificação de uma dada matéria, tendente a
analisar a conformidade da mesma com determinadas regras, normas ou objectivos, conduzido
por uma pessoa idónea, tecnicamente preparada, realizado com observância de certos princípios,
métodos e técnicas geralmente aceites, com vista a possibilitar ao auditor formar uma opinião e
emitir um parecer sobre a matéria analisada”. O objectivo deste trabalho compreender os
conceitos básicos sobre auditoria e como ela se manifesta na administração pública.

O trabalho encontra-se estruturado em cinco partes. Na primeira parte encontramos a introdução,


onde apresenta-se o resumo dos conteúdos que serão abordados ao longo do trabalho e os
objectivos, na segunda parte temos a metodologia que apresenta-nos os mecanismos usados para
se obter as informações, na terceira parte encontramos o desenvolvimento, onde abordar-se-á a
exposição das informações relacionadas ao tema auditoria na administração pública,
nomeadamente, conceitos, objectivos, necessidade, evolução e limitaçoes da auditoria. Na quarta
parte encontramos as conclusões obtidas sobre trabalho e a última parte apresentar-se-á as
referências bibliográficas.

1.1.Objectivos
1.1.1.Geral

 Falar da auditoria em administração pública.

1.1.2.Específicos

 Conceituar auditoria segundo diferentes autores;


 Compreender os objectivos da auditoria na administração pública;

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 Descrever a necessidade, limitações e evolução da auditoria.

2.Metodologia
Segundo Freitas e Prodanov (2013, p. 14), “metodologia é a aplicação de procedimentos e
técnicas que devem ser levadas em consideração para a construção do conhecimento, com o
propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade”. “é o
conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para se atingir o conhecimento”
(Gil, 1989, p. 27).

Para Gil (2008, p. 27) a pesquisa constitui um processo formal e sistemático de desenvolvimento
do método científico, com o objectivo fundamental de descobrir respostas para problemas
mediante o emprego de procedimentos cientificamente reconhecidos.

De acordo com Vilelas (2009), metodologia consiste em estudar os vários caminhos disponíveis
e as suas utilizações.

Para a materialização da pesquisa fez-se o uso do método dedutivo, que segundo Gil (2008) parte
de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilitam chegar a conclusões
de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica.

Foi também usado para a materialização trabalho, documentos electrónicos que se encontram
disponível no google académico.

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3.Auditoria na administração pública.
3.1.Conceitos
Existem diversas conceituações sobre Auditoria, motivo pelo qual serão selecionados algumas
para se ter uma boa visão sobre os pilares que fundamentam esta atividade.

Para Cordeiro (2012), a Auditoria seria técnica contábil que se aplica ao teste de documentos,
registros e inspeções por meio de procedimentos específicos e próprios visando o controle do
patrimônio de determinada entidade.

Por sua vez a International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI) define a
Auditoria como:

O exame das operações, actividades e sistemas de determinada entidade, com a intenção de


verificar se são executadas ou funcionam segundo determinados objectivos, pressupostos, regras
e normas. (Costa Marques e Marques de Almeida, 2004: 34)

3.1.1.Auditoria interna

Martins (2003: 61) “A Auditoria Interna é um controlo administrativo, cuja função é medir e
avaliar a eficácia dos outros controlos”, mas a sua actividade não pode ficar por aqui, se assim
for, o seu papel estará incompleto. Fazem também parte das suas atribuições identificar as
eventuais deficiências de funcionamento e apresentar soluções de melhoria, denominadas
recomendações, a serem discutidas e implementadas pela administração. A Auditoria Interna,
posteriormente, terá ainda como responsabilidade proceder ao acompanhento (follow-up) dessa
implementação. Seguindo estes procedimentos o seu trabalho pode de facto ajudar a organização
auditada no alcance dos seus objectivos. A Auditoria Interna não se deve ficar por uma avaliação
inócua. Ela é útil e necessária quando da sua acção resultam consequências positivas para a
organização auditada.

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3.1.2.Auditoria externa
A auditoria externa surgiu com a necessidade que os investidores tinham de ter informações
sobre a veracidade das demonstrações contábeis que a empresa dispõe. Com isso, os investidores
passaram a exigir que as demonstrações da empresa fossem examinadas por um profissional
independente que não tivessem nenhum vínculo empregatício ou parentesco com a empresa,
garantindo qualquer tipo de interferência não pessoal no seu parecer. (Galo e Barbosa, 2010).

Costa (2004), assim define auditoria externa, como sendo ramo da auditoria especializada em
verificar permanentemente, ou de maneira eventual, as operações ocorridas na empresa, durante
um determinado período de tempo.

3.2.Objectivos da auditoria na administração pública

A Auditoria contribui ainda para fundamentar as decisões e aperfeiçoar opções de distribuição de


recursos. Neste contexto, é-lhe pedido que compare taxas de rendibilidade e de custo-benefício
de programas e projectos alternativos. Estas são as missões operacionais da moderna Auditoria, a
que a Inspecção-Geral da Administração Pública (entidade que tem poder institucional de auditar
nas áreas de modernização e de qualidade dos serviços prestados aos cidadãos) deve dar
resposta.

A auditoria, auto e hetero-avaliativa, pode e deve contribuir para a sustentada modificação e


aperfeiçoamento da exiquibilização das políticas públicas, observar a execução e
desenvolvimento de programas e de projectos públicos, deve coadjuvar os serviços públicos,
visando uma resposta mais eficaz, tendo como objectivo último a melhor satisfação dos
utilizadores ou utentes. (Aníbal, 2001: 9)

Desta forma, a administração pública deve orientar-se no sentido de oferecer um serviço de


qualidade ao cidadão com vista a satisfazer as suas necessidades e expectativas presentes e
prever as necessidades potenciais que possam surgir no futuro.

A auditoria consegue aceder e disponibilizar em tempo útil às administrações para que estas
possam minimizar as probabilidades de fraude, erros ou práticas ineficazes nos serviços pelos
quais são responsáveis.

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3.3.Necessidade da auditoria
A Auditoria segundo Hérmandez (2006) surgiu e desenvolveu-se a partir da Revolução Industrial
como órgão de controlo ao serviço dos accionistas das grandes sociedades anónimas, no sentido
de certificar a veracidade das contas apresentadas pelas administrações nas assembleias-gerais.
Isto é, a Auditoria surgiu da necessidade de se dirimir o conflito de interesses potencialmente
existente, entre os utilizadores da informação financeira e a administração das empresas, pois
havia o receio por parte dos accionistas, de que as demonstrações financeiras seriam
intencionalmente elaboradas favorecendo o ponto de vista da administração.

Num quadro de fragmentação e globalização de mercados as unidades económicas têm que


aperfeiçoar os seus métodos de gestão, que se modernizar e racionalizar, que procurar ganhos de
produtividade, competitividade e rendibilidade. A auditoria, em sentido amplo, pode constituir
um importante instrumento ao serviço da gestão para a prossecução desses objectivos. (Marques,
1997: 21)

Rodrigues (2003: 3), referindo-se à utilidade da Auditoria destaca que:

A necessidade de eficácia na realização dos objectivos e de eficiência na utilização dos recursos


escassos, exige aos responsáveis das organizações um cada vez maior conhecimento e saber no
desempenho das suas actividades. A informação constitui, na actual realidade económica, um
poderoso activo para o exercício das suas funções e, em particular para o apoio à sua tomada de
decisão.

3.4.Limitações da auditoria
Em decorrência das limitações inerentes à própria natureza do trabalho de auditoria, o risco de
distorções relevantes resultantes de fraude e/ou erro não serem detectadas, infelizmente, é
inevitável. No entanto, a existência de distorções relevantes não refletidas ou não corrigidas nas
demonstrações contábeis resultante de fraudes e/ou erros durante o período coberto pelo parecer
do auditor, por si só, não implica, necessariamente, em se concluir que o auditor não tenha
cumprido as normas de auditoria. O que determina se o auditor cumpriu ou não tais normas, é a
adequação dos procedimentos de auditoria adotados nas circunstâncias em que o mesmo se
encontrava no período, e a análise de seu parecer com base nos resultados desses procedimentos.

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As dificuldades encontradas dizem respeito, principalmente, ao tratamento que é dado na
eventualidade de que sejam constatadas irregularidades nas Demonstrações Contábeis de
Instituições Financeiras. Tratamento este que pode ser diferente em cada caso, de acordo com a
interpretação das autoridades aptas ao julgamento da responsabilidade do auditor. Ocorre, por
sinal, que o risco de não se detectar distorções resultantes de fraudes, é maior que o risco de não
detectar distorções resultantes de erros, isso porque a fraude normalmente envolve
procedimentos planejados para ocultá-la, como por exemplo, conluio, falsificação de
documentos e registros, apresentação de informações erradas ao auditor, entre outros
subterfúgios.

3.5.Evolução da auditoria
A auditoria, segundo estudos mais recentes, teve como seu berço a Suméria há 2.600 anos a.C.,
tendo se estabilizado em sua forma moderna na Inglaterra, que acabou exportando esta
ferramenta para outros países (JUND, 2007).

As primeiras auditorias foram auditorias financeiras externas e debruçavam-se apenas sobre a


informação financeira, sendo realizadas por elementos independentes e externos da entidade
auditada, daí denominarem-se auditorias externas.

A primeira referência legal à Auditoria moderna encontra-se na lei inglesa das Companies
Clauses Consolitation Act de 1845, na qual se abordam alguns pontos referentes à Auditoria de
contas e ao papel desempenhado pelo auditor nas sociedades constituídas por concessão
parlamentar. (Hérmandez, 2006: 33)

O seu objectivo era detectar erros, irregularidades ou fraudes com vista a proporcionar ao
auditor emitir opinião sobre as contas examinadas. Para pronunciar-se sobre a informação
produzida pela Contabilidade, os auditores analisam de forma detalhada as demonstrações
financeiras, no pressuposto de que os números nelas contidos são verificáveis e efectuam um
conjunto de testes sobre as transacções, balanços e contas de resultados para recolher
evidências19, no sentido de confirmar ou não a sua veracidade e os valores apresentados.

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4.Conclusão

A Auditoria do Sector Público tende a aproximar-se da mais abrangente actividade de avaliação,


isto é, não se deve auto-limitar à vertente do controlo e aferição da legalidade e da conformidade,
a sua acção deve contribuir para o aperfeiçoamento da exequibilidade das políticas públicas,
observar a execução e desenvolvimento de programas e de projectos públicos, deve coadjuvar os
serviços públicos, visando uma resposta mais eficaz, tendo como objectivo último a melhor
satisfação dos utilizadores ou utentes.

Para as entidades públicas o que interessa, sobretudo, é que a gestão dos fundos públicos seja
adequada e se reja por critérios de legalidade, para além disso é uma vertente tradicional do
controlo público. (Costa Marques e Marques de Almeida, 2004: 34)

O nascimento do poder político é consequência da necessidade de coordenar e controlar a


actividade social com vista a alcançar-se o bem colectivo circunscrito a um determinado âmbito
territorial. (Baena,1999, citado por Castilla, 2006: 25)

Auditoria é um instrumento de vital importância para analisar a posição actual e futura da


organização, num tempo marcado por acelerada mudança mundial e formular recomendações
que contribuam para a sua melhoria.

A auditoria consegue aceder e disponibilizar em tempo útil às administrações para que estas
possam minimizar as probabilidades de fraude, erros ou práticas ineficazes nos serviços pelos
quais são responsáveis.

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Muitas das disfuncionalidades existentes nos serviços públicos, em parte são explicáveis pela
ausência da Auditoria no apoio à gestão destes serviços, nomeadamente, questionando a
racionalidade e a eficácia dos procedimentos utilizados e recomendando a adopção de novas
metodologias já experimentadas com sucesso noutros serviços, sectores de actividade e mesmo
noutros países.

5.Referências bibliográficas

1. Freitas, E. C., e Prodanov, C. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e


técnicas da pesquisa e do trabalho académico. (2ª ed.). Novo Hamburgo: Universidade
Feevale.
2. Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. (2a ed.). São Paulo: Atlas.
3. Vilelas, J., (2009). Investigação. 1ª Ed. Lisboa: Silabo.
4. CORDEIRO, Claúdio Marcelo Rodrigues. Auditoria e Governança Corporativa. Curitiba:
IESDE Brasil S.A., 2012. 252 p.
5. COSTA, Soraya. A AUDITORIA EXTERNA COMO INSTRUMENTO DE AUXÍLIO
NA GESTÃO DE CONDOMÍNIOS. 2004. 64 f. Trabalho de conclusão de curso
(Ciências Contábeis)-CENTRO SÓCIO ECONÔMICO, UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA, Florianópolis, 2004.
6. INTOSAI. (1993). Portal da International Organisation of Supreme Audit Institutions.
Acedido a 8 jan. 2016. Disponível em http://www.intosai.org/
7. GALO, Gisele Cristiane; BARBOSA, Roseli Aparecida de Oliveira. Auditoria interna e
externa. 2010; Iniciação Científica; (Graduando em Ciências contábeis) -
FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAI; Orientador: Nanci Ribeiro
Prestes. Disponível em:
<http://www.univale.com.br/portalnovo/images/root/anaisadmix/5.pdf> Acesso em: 08
nov. 2017.

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8. Aníbal, A (2001). Administração Pública: a economia das reformas do problema às
oportunidades. In Intervenção no Colóquio promovido pela Ordem dos Economistas.
Documento policopiado.
9. Hérmandez, J. (2006). Relaciones y Diferencias entre Fiscalización e Auditoría. Razones
para una Reforma de las Normas de Auditoría del Sector Público. In Revista de
Auditoría Pública nº 39, 33-40.
10. Marques de Almeida, J. J., (1997). Auditoria Previsional e Estratégica, Lisboa: Vislis
Editores.
11. JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos: teoria e 950
questões. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 816 p.
12. Rodrigues, J. A. (2003). Prefácio. In Morais, G. e Martins, I., Auditoria Interna – Função
e Processo, (2ª edição), Lisboa: Áreas Editora.

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