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ATIVIDADE PONTUADA IV

ALUNOS: ARTHUR SETTE, MARCELLY MUXFELDT DE LIMA E


THAMIRES MORAIS DA COSTA

1. Dissertar e exemplificar sobre a empregabilidade terapêutica dos fármacos


agonistas GLP-1 no tratamento da diabetes não insulino-dependente.
Farmacocinética, farmacodinâmica e toxicidade. Justifica-se a sua
empregabilidade no diabetes insulino-dependente?

A glicose via oral provoca a produção de hormônios intestinais chamados incretinas,


principalmente o GLP-1, essa produção advém da maior resposta da insulina quando
comparada a uma administração de glicose intravenosa.

Por isso, a administração de GLP-1 tornou-se uma alternativa para pacientes que não
são insulino-dependentes. GLP-1 é infundido em pacientes com diabetes tipo 2, ele
estimula a liberação de insulina e diminui os níveis de glicose. Seu efeito é glicose-
dependente, visto que a liberação de insulina é mais pronunciada quando os níveis de
glicose estão elevados, porém menos acentuada quando os níveis de glicose estão
normais. Por esse motivo, o GLP-1 apresenta um menor risco de causar hipoglicemia do
que as sulfonilureias. Além de seu efeito estimulador sobre a insulina, o GLP-1 exerce
vários outros efeitos biológicos como supressão da secreção de glucagon, retarda o
esvaziamento gástrico e reduz a apoptose das ilhotas humanas em cultura.

O GLP-1 é degradado pela dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) e por outras enzimas, como a
endopeptidases com rapidez; além disso, é também depurado pelo rim. Entretanto, o
peptídeo nativo não pode ser usado terapeuticamente, por isso, uma alternativa tem sido
derivados estáveis do GLP-1, que não estão sujeitos à mesma degradação enzimática ou
depuração renal. Dispõe-se para uso clínico de quatro desses agonistas do receptor de
GLP-1: a exenatida, a liraglutida, a albiglutida e a dulaglutida.

A exenatida é apresentada em canetas de doses fixas na forma injetável por via


subcutânea e deve ser administrada 1 horas antes do desjejum e do jantar. Alcança uma
concentração máxima em cerca de 2 horas, com duração de ação de até 10 horas.O
principal efeito colateral consiste em náuseas, que são dependentes da dose e que
diminuem com o decorrer do tempo. Ocorre perda de peso da ordem de 2 a 3 kg, que
contribui para a melhora do controle da glicose. Em ensaios clínicos comparativos, a
preparação de ação longa reduz os níveis de hemoglobina glicada um pouco mais do
que a preparação administrada duas vezes ao dia. A exenatida sofre filtração glomerular,
e o fármaco não está aprovado para uso em pacientes com taxa de filtração glomerular
estimada em menos de 30 mL/min.

A liraglutida é um análogo solúvel do GLP-1 de ácidos graxos acilados. A meia-vida é


de cerca de 12 horas, possibilitando a administração de uma dose única. O tratamento é
iniciado com uma dose de 0,6 mg e aumentado depois de uma semana para 1,2 mg ao
dia. Nos ensaios clínicos realizados, a liraglutida resulta em uma redução dos níveis de
Hemoglobina Glicada (HbA1c) de 0,8 a 1,5%; a perda de peso varia desde a sua
ausência até 3,2 kg. Os efeitos colaterais mais frequentes consistem em náuseas e
vômitos.

A albiglutida é um dímero de GLP-1 humano fundido com albumina humana. A meia-


vida da albiglutida é de cerca de 5 dias, e um estado de equilíbrio dinâmico é alcançado
depois de 4 a 5 semanas de sua administração uma vez por semana. A dose habitual é de
30 mg por semana por injeção subcutânea. A perda de peso é muito menos comum do
que aquela observada com a exenatida e liraglutida. Os efeitos colaterais mais
frequentes consistem em náuseas e eritema no local de injeção.

A dulaglutida consiste em duas moléculas de análogo de GLP-1 ligadas de modo


covalente a um fragmento Fc da IgG4 humana. A meia-vida da dulaglutida é de cerca de
5 dias. A dose habitual é por injeção subcutânea. A dose máxima recomendada é de 1,5
mg por semana. As reações adversas mais frequentes consistem em náuseas, diarreia e
vômitos.

Todos os agonistas do receptor de GLP-1 podem aumentar o risco de pancreatite por


isso é necessária a observação de qualquer desconforto abdominal. Além de relatos de
comprometimento renal e lesão renal aguda em pacientes em uso de exenatida. Todos
apresentam alterações gastrointestinais como o aparecimento de náuseas, vômitos e
diarreia.

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