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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DIRETORIA DE EXATAS

ALESSANDRO CUNHA FREIRES


AMANDA MICHELE FERNANDES UMBELINO
GIOVANNA GONÇALVES ZERBINATTI
LEONARDO HALLEY DE MATTOS NASCIMENTO
THIAGO DANTAS DA SILVA
VITOR CAVALCANTE DE BRITO
VITORIA FERNANDES DE LIMA
WELLINGTON LOPES

PROJETO INTEGRADOR DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

São Paulo
2021
ALESSANDRO CUNHA FREIRES RA: 2216105203
AMANDA MICHELE FERNANDES UMBELINO RA: 417102153
GIOVANNA GONÇALVES ZERBINATTI RA: 3017103772
LEONARDO HALLEY DE MATTOS NASCIMENTO RA: 917106017
THIAGO DANTAS DA SILVA RA: 2217106653
VITOR CAVALCANTE DE BRITO RA: 2217114826
VITORIA FERNANDES DE LIMA RA: 3017108334
WELLINGTON LOPES RA: 3017102129

PROJETO INTEGRADOR DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Projeto integrador apresentado ao Departamento


de Exatas da Universidade Nove de Julho como
requisito parcial para obtenção do bacharelado em
engenharia civil
Orientadores: Prof. Rafael Casamassa de Lima
Prof. Rogério Moura de Oliveira

São Paulo
2021
RESUMO
O projeto de dimensionamento estrutural, prevê o desenvolvimento e detalhamento
dos elementos que compõem a estrutura, ou seja, o dimensionamento das lajes,
vigas e pilares que compõem uma edificação, de modo que, os elementos
estruturais suportem e absorvam todas as cargas e tensões presentes na edificação,
mantendo-a segura, confortável e que conserve sua vida útil. Neste contexto, esse
relatório visa apresentar o dimensionamento estrutural de uma edificação comercial
através de uma projeto modelo, o empreendimento dispõe de um pavimento térreo ,
3 pavimentos tipos (compostos por duas salas de escritório, um depósito de livros,
banheiro e corredor lateral), garagem coletiva para ocupação de carros e motos e
uma cobertura, apresenta uma altura de piso a piso de 3,5m e uma escada coletiva
com designer em “U”, deve-se destacar, que o empreendimento se localiza em uma
área litorânea com possibilidades de respingos de maré. Conforme citações
anteriores, nesse relatório deve-se posicionar os elementos estruturais lajes, vigas e
pilares, além de, apresentar os cálculos de carregamentos, áreas, armaduras,
momentos e compatibilizações, conforme as orientações da ABNT NBR 6118:2014 e
ABNT NBR 6120:2019, serão disponibilizadas as plantas reproduzidas no software
AutoCad, além dos memorias de calculo realizados manualmente, conferidos
através de planilhas eletrônicas pelo software Excel e as tensões e cargas atuantes
verificadas através da ferramenta Ftool.

Palavras-chaves: Dimensionamento estrutural; Pré-dimensionamento estrutural;


Elementos estruturais; Projetos estruturais; Edificações.
ABSTRACT
The structural design project provides for the development and detailing of the
elements that make up the structure, that is, the design of the slabs, beams and
columns that make up a building, so that the structural elements support and absorb
all the loads and stresses present in the building, keeping it safe, comfortable and
preserving its useful life. In this context, this report aims to present the structural
design of a commercial building through a model project, the project has a ground
floor, 3 types of floors (composed of two office rooms, a book store, bathroom and
side corridor), collective garage for the occupation of cars and motorcycles and a
cover, has a floor-to-floor height of 3.5 m and a collective staircase with a “U”
designer, it should be noted that the development is located in a coastal area with
possibilities of tide splashes. According to previous quotes, in this report the
structural elements of slabs, beams and columns must be positioned, in addition to
presenting the calculations of loads, areas, reinforcement, moments and
compatibilities, according to the guidelines of ABNT NBR 6118: 2014 and ABNT NBR
6120: 2019, the plants reproduced in the AutoCad software will be made available, in
addition to the calculation memories performed manually, checked through electronic
spreadsheets by the Excel software and the acting voltages and loads verified
through the Ftool tool.

Keywords: Structural design; Structural pre-dimensioning; Structural elements;


Structural projects; Buildings.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELA
Sumário
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................8

2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................................8

2.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS..............................................................................................9

2.1.1 ABNT NBR 6118:2014...................................................................................................10

2.1.2 ABNT NBR 6120:2019...................................................................................................10

2.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS..............................................................................................11

2.2.1 Pilares...............................................................................................................................11

2.2.2 Vigas.................................................................................................................................13

2.2.3 Lajes..................................................................................................................................15

2.3 FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA.................................................................................16

2.4 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL..............................................................................................17

2.4 CARREGAMENTO NA ESTRUTURA..................................................................................18

2.5 AÇÕES.....................................................................................................................................18

2.5.1 Ações permanentes......................................................................................................18

2.5.2 Ações variáveis..............................................................................................................19

2.5.3 Ações excepcionais......................................................................................................19

2.6 ESTADOS LIMITES................................................................................................................20

2.6.1 Estado limite último......................................................................................................20

2.6.2 Estado limite de utilização...........................................................................................20

2.7 PRÉ-DIMENSIONAMENTO..................................................................................................21

2.7.1 Pré-dimensionamento de laje.....................................................................................21

2.7.2 Pré-dimensionamento das vigas...............................................................................23

2.7.3 Pré-dimensionamento dos pilares.............................................................................23

2.8 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL.................................................................................25

2.9 FERRAMENTOS UTILIZADAS NO PROJETO (SOFTWARES)......................................26

2.9.1 AutoCad...........................................................................................................................27

2.9.2 Ftool..................................................................................................................................28
3.0 METODOLOGIA.........................................................................................................................32
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório apresentará o dimensionamento estrutural a partir de um
projeto modelo, de modo que, seja realizado o pré-dimensionamento dos elementos
estruturais que iram compor a estrutura, assim como, determinar os carregamentos
e ações aos quais a estrutura deverá resistir, a planta que será o objeto de estudo
desse relatório apresenta um escopo de um empreendimento comercial, composto
por um térreo, 3 pavimentos tipo (compostos por duas salas de escritório, um
depósito de livros, banheiro e corredor lateral) e por fim uma cobertura, a edificação
se localiza em uma região litorânea, com possibilidade de respingos de maré.
Contudo nesse projeto será apresentado o posicionamento dos elementos
estruturais, por exemplos, lajes, vigas e pilares conforme as orientações da ABNT
NBR 6118:2014.
A estrutura de uma edificação trata-se de um arranjo estrutural composto por
vários elementos estruturais, com o objetivo de atender as necessidades ao qual foi
planejado, a estrutura de uma edificação deve apresentar eficiência e segurança aos
usuários, para que uma estrutura se torne eficiente deve conter diversos elementos
estruturais, tais como, lajes, vigas e pilares capazes de suportar todas as cargas
oriundas do edifício. (ALVA, 2007)
Um projeto estrutural adequado deve atender alguns requisitos específicos,
como, segurança, economia, durabilidade e eficiência, além disso, ao desenvolver o
projeto estrutural deve-se respeitar os aspectos arquitetônicos, ou seja, respeitar a
estética e funcionalidade, de modo geral a estrutura deve resistir aos estados limites
que fazem com que a edificação perca sua funcionalidade. (ALVA, 2007)
O posicionamento dos elementos estruturais deve respeitar a arquitetura e
atender a finalidade da edificação, a planta arquitetônica representa a base a ser
seguida para o desenvolvimento do projeto estrutural, onde, ele deve respeitar as
separações de ambientes nos diversos pavimentos. Contudo, a estrutura deve
apresentar características coerente com a do solo que estará presente na região e
resistindo as ações provenientes da edificação e encaminhando-as as fundações
onde serão dissipadas no solo. (ALVA, 2007)
Neste sentido, o objetivo geral desse relatório e analisar os comportamentos
dos elementos estruturais com compõem a estrutura, além de analisar e prever
todas as cargas e tensões que a edificação venha a sofrer ou apresentar, de modo
que, os elementos estruturais possam conduzir essas tensões até as fundações
onde serão dissipadas ao solo da região. Deve-se destacar também a execução do
dimensionamento e pré-dimensionamento estrutural, detalhando seus elementos
como lajes, vigas, pilares e escadas, de modo que, seja determinado o arranjo
adequado a cada elementos que compõem a estrutura e atenda aos requisitos de
segurança, estabilidade e funcionalidade.
Conforme as diretrizes apresentadas o edifício modelo que será base desse
estudo, será elaborado o dimensionamento estrutural, onde, se fez necessário a
analise e levantamento de dados e a partir desse ponto iniciar o pré-
dimensionamento e calcular as dimensões de cada elemento que irá compor a
estrutura, além disso, deve-se seguir as determinações impostas pelas normas
técnicas, sendo assim, será tomado como base as orientações previstas na ABNT
NBR 6118:2014 e na ABNT NBR 6120:2019, assim se faz possível realizar o
dimensionamento longitudinal e transversal das armaduras mínimas e máximas,
calculando e atendendo as verificações dos estados limites, preservando a
eficiência, durabilidade e vida útil da edificação.
Contudo, o objetivo de enfatizar o conteúdo apresentado na disciplina de
projetos estruturais, levou ao desenvolvimento desse trabalho que apresenta a leitor
os princípios básicos para elaboração de um projeto de dimensionamento estrutural,
que pode ser definido como, um processo de conceber, distribuir, interligar, analisar,
dimensionar e proporcionar os elementos que constituem a estrutura de uma
edificação, com o proposito de suportar com segurança todas as cargas oriundas da
edificação e dissipa-las pelo solo, mantendo assim a edificação segura, resistente,
estável e eficiente. (PETRUS, 2004)
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos pontos a ser levado em consideração no desenvolvimento de um
projeto, é a sua estrutura e os locais que os elementos estruturais irão estar
presente, sendo assim é de fundamental importância um pré-dimensionamento para
que os engenheiros e arquitetos possam desenvolver e realizar uma construção. O
pré-dimensionamento estrutural, é definido como, uma prévia do projeto estrutural,
levando em consideração seus elementos e as cargas que atuaram na estrutura,
assim, se faz possível visualizar e analisar suas restrições e possibilidades de
espeço. (SOUZA, 2019)
No inicio do projeto estrutural o responsável técnico não tem as dimensões
das elementos que irão compor a estrutura, por isso, deve-se analisar as cargas que
irão agir sobre a estrutura, a principal carga a ser analisada no início do projeto é o
peso próprio da edificação, caso não seja verificado causa-se um paradoxo no
desenvolvimento do projeto, onde, sem o peso não é possível definir as dimensões e
sem as dimensões não se faz possível definir o peso, portanto, é necessário saber
uma das duas incógnitas. (SOUZA, 2019)
Através das informações citadas anteriormente, se faz necessário o
desenvolvimento de um pré-projeto arquitetônico, mesmo sem o arquiteto ter noção
das dimensões dos elementos estruturais, através desse projeto o engenheiro pode
definir a posição dos elementos, suas dimensões e avaliar as cargas na qual serão
solicitadas, sendo assim, através desse pré-projeto se faz possível analisar e
estrutura e alterar a estética da edificação caso necessário antes do projeto final ser
apresentado ou desenvolvido. (SOUZA, 2019)
O dimensionamento por outro lado, pode ser definido como a uma das etapas
de cálculo de extrema importância no desenvolvimento de um projeto voltado a
construção civil. Através do dimensionamento estrutural o engenheiro define o
posicionamento e as dimensões dos elementos que compõem a estrutura, ou seja,
define as dimensões das vigas, pilares, lajes e escadas, assim posicionando-as em
pontos estratégicas e que suporte as cargas nas quais forem solicitadas. (ATEX,
2017)
2.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
A ABNT (Associação Brasileiras de Normas Técnicas), normatiza
procedimentos que devem seguir um roteiro para sua execução. A definição
internacional relata que uma norma técnica é um documento reconhecido por órgãos
fiscalizatórios e de conhecimento público, que fornece diretrizes, especificações,
regras e características a serem seguidas no desenvolvimento de um projeto, com o
objetivo de apresentar um resultado satisfatório e seguro. (ABNT, 2021)
As normas técnicas apresentam experiencias acumuladas e estudos técnicos
e científicos comprovados, assim, estabelecendo padrões seguros e de qualidade
para toda população, de um modo geral, as normas vigentes tendem a estabelecer
critérios e especificações para produtos, serviços e sistemas, garantindo a
qualidade, a segurança e a eficiência. (ABNT, 2021)
Para a criação de uma norma é necessário a apresentação de uma
solicitação a um órgão responsável e assim para atender essa demanda, após essa
apresentação, se faz, necessário a avaliação do tema e sua relevância, se aprovado
o tema, o mesmo é direcionado ao comitê técnico correspondente e encaminhado
no programa de normatização setorial, em casos da não existência de um comitê
especifico ao tema, a ABNT desenvolve um novo especializado ao assunto e em
casos específicos são criados grupos de estudos quando o escopo do tema não está
presente no âmbito da atuação dos comitês existentes. (ABNT, 2021)
Contudo, com a alta demanda para a criação de novas normas técnicas e a
divulgação das informações a população, a ABNT desenvolveu um sistema
eletrônico que visa uma maior interação entra a sociedade e a instituição, assim
fornecendo meios acessíveis para novos temas e divulgações das normas que
entraram em vigência e as que tiveram algum tipo de alteração, desse modo, as
novas normas seguem por um processo mais eficaz que proporciona um melhor
acompanhamento e após sua aprovação se torna uma norma técnica brasileira,
sendo adicionado a plataforma para acesso de todos. (ABNT, 2021)

2.1.1 ABNT NBR 6118:2014


A ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto, essa norma
também é conhecida historicamente como NB-1, para sua elaboração foram
mantidas a filosofia de edições passadas e das ABNT NBR 7197, ABNT NBR 6119 e
NB-49, sendo assim, essa define especificações e critérios gerais que devem ser
adotados no desenvolvimento de um projeto estrutural de concreto, onde abrange
estruturas de edifícios comerciais e residenciais, estruturas de pontes, de portos e
obras hidráulicas, aeroportos, dentre outros. (ABNT NBR 6118:2014)
Essa norma tem como objetivo estabelecer requisitos para o desenvolvimento
de elementos estruturais que tenham como matéria prima o concreto, sendo que,
pode ser aplicada para diversos métodos construtivos, como por exemplo, em obras
de concreto simples, armado e protendido, exceto as que recebem concreto leve,
pesado ou algum tipo especial, considerando um concreto normal com massa seca
maior que 2000Kg/m³ e que não exceda 2800Kg/m³. (ABNT NBR 6118:2014)

2.1.2 ABNT NBR 6120:2019


A ABNT NBR 6120:2019 – Ações para cálculo de estruturas de edificações,
essa norma estabelece requisitos mínimos a serem considerados em um projeto
estrutural de edificações, essa norma se aplica para todos os tipos de edifícios sem
desconsiderar sua classe ou destino, entretanto, essa norma não se aplica as ABNT
NBR 6123, ABNT NBR 15421, ABNT NBR 14323 e ABNT NBR 15200. (ABNT NBR
6120:2019)
As definições dessa norma, pode-se destacar as definições de alteração que
alguns carregamentos podem causar a estrutura por ações de caráter permanente
ou variável. As ações permanentes podem ser definidas como valores praticamente
constantes, ou com pequenas variações através de sua média, considerando a vida
útil da edificação. Já as ações variáveis são aquelas que apresenta variações
significativas em torno de sua média levando em consideração a vida útil da
edificação. (ABNT NBR 6120:2019)

2.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS


Os elementos estruturais estão presentes nas edificações para suportar os
esforços aos quais são submetidos, assim existem os elementos básicos que seriam
as lajes, vigas e pilares, que estão presentes em todas as edificações, outros
elementos são as escadas, vãos de elevadores, paredes estruturais, dentre outros,
porém, esses elementos não estão presentes em todas as edificações. (ROCHA,
2020)
Os elementos estruturais atuam com o objetivo de suportar as cargas na qual
a obra será submetida e sustentar seu próprio peso, segundo João Carlos Gabriel,
coordenador do curso de engenharia civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
“Geralmente os elementos estruturais são constituídos com aço e concreto quando a
obra for de concreto armado ou protendido, ou somente aço se a edificação for
totalmente de aço ou madeira se a edificação for totalmente de madeira”.
As lajes pilares e vigas são desenvolvidos diretamente no canteiro de obras, e
deve-se atentar de estão sendo realizados corretamente, nesse contexto, deve-se
atender os requisitos do pré-dimensionamento do projeto, pois cada elemento
apresenta uma função, onde cada um deve suportar as cargas de formas diferentes,
além disso sua execução, colocação das armadoras e formas devem ser
acompanhadas por um engenheiro civil. (ROCHA, 2020)

2.2.1 Pilares
Os pilares podem ser definidos como elementos estruturais de eixo reto,
sempre colocando-os na vertical, os pilares recebem as cargas de outros elementos
e as direcionam até as fundações onde as cargas são dissipadas no solo, os pilares
devem resistir as forças de compressão. Os pilares formam os pórticos das
edificações junto com as vigas, esses elementos estruturais são responsáveis por
resistir as cargas horizontais e verticais, e assim garantem a estabilidade da
edificação. Os pórticos verticais são conduzidos pelas estruturas de andares, já os
pórticos horizontais, como os ventos, devem ser conduzidos pelos verticais, ou seja,
pelas paredes externas. (SCADELAI, 2005)
Com a aplicação de uma estrutura comum composta por laje, viga e pilar, as
cargas seguem o seguinte trajeto, começam nas lajes, de onde são direcionadas as
vigas e em seguida são distribuídas pelos pilares, para que eles a conduzam até a
fundação, onde serão dissipadas pelo solo. As lajes recebem todas as cargas
permanentes, por exemplo, peso próprio, revestimentos, dentre outros, e as cargas
variáveis que seriam, pessoas, máquinas, equipamentos, entre outros e as
transmitem para as vigas de apoio. (SCADELAI, 2005)
As vigas por sua vez recebem as cargas das paredes dispostas sobre elas,
das cargas transmitidas das lajes e o peso próprio, além disso, elas recebem cargas
oriundas de outras vigas e as transmitem para os pilares que a sustenta, por fim os
pilares têm a função de conduzir todas as cargas provenientes das lajes e vigas até
a fundação, onde essas cargas serão dissipadas. Deve-se considerar que nos
edifícios de inúmeros andares, os pilares obtêm um subtotal desde a cobertura até
os andares inferiores, essas cargas fornecem informações para dimensionar os
tramos do pilar e gera a carga total para o dimensionamento da fundação, porém,
para lajes sem vigas os esforços são direcionados diretamente aos pilares, nesse
caso, deve-se atentar as punções nas lajes. (SCADELAI, 2005)
Os pilares são definidos em três tipos e seguem uma nomenclatura que
respeita a sua posição e a quantidade de vigas ligadas a eles, podemos defini-los
como:
 Pilares internos: São aqueles que recebem um esforço de compressão
simples, ou seja, sua excentricidade inicial pode ser desprezada. (SCADELAI,
2005)
 Pilares de borda: São aqueles que suas solicitações iniciais correspondem a
flexão composta normal, sendo assim, eles admitem a excentricidade inicial
em uma única direção, porém, em casos em que os pilares apresentam
orientação geométrica quadrada ou retangular, sua excentricidade inicial é
perpendicular a borda. (SCADELAI, 2005)
 Pilares de canto: São aqueles que recebem um esforço de flexão oblíqua, e
deve-se destacar que sua excentricidade ocorre nas direções das bordas.
(SCADELAI, 2005)
Os tipos de pilares podem ser visualizados na figura 1 conforme descrição
feita anteriormente.
Figura 1 – Tipos de pilares

Fonte: SCADELAI (2005)


2.2.2 Vigas
As vigas são definidas como elementos estruturais retos e horizontais, que
tem a função de direcionar as cargas oriundas das lajes e da cobertura para os
pilares, além de, sustentar as lajes da edificação, esse elemento estrutural em seu
padrão costuma estar localizada acima das paredes de vedação e estruturais,
apoiadas em dois ou mais pilares e assim constituindo uma construção sólida.
(CRUZ, 2020)
As vigas transmitem as cargas verticais, forças de cisalhamento e momento
de flexão, para os pilares, esses carregamentos são oriundos das paredes, portas e
das lajes as quais dão sustentação, já no caso das vigas baldrame, as vigas
apresentam uma estrutura com função de apoiar as paredes com relação a
fundação da obra em desenvolvimento. (CRUZ, 2020)
Esse elemento estrutural está presente em todas as obras de edificações,
sejam elas de pequeno ou grande porte, as vigas podem ser constituídas de
madeira, aço, concreto armado ou protendido, podendo-se destacar que as formas
para modelar as vigas são aplicadas apenas nas de concreto, suas formas podem
ser de madeira ligados com parafusos de arame ou borboletas e de aço com as
dimensões das formas cortadas na própria fábrica em sua produção, assim é
possível definir sua forma geométrica. (CRUZ, 2020)
As vigas apresentam 12 classificações, seja através dos seus materiais ou
modo de execução, podemos defini-las como:
 Viga de madeiras: São aquelas oriundas dos troncos das arvores, sua
principal aplicação em obras da construção civil é no sistema construtivo
wood frame, além disso, deve-se ressaltar que a madeira é o material mais
antigo da construção civil. (CRUZ, 2020)
 Vigas de aço ou universal: São aquelas que apresentam um perfil I ou H,
são vigas presentes em todos os tipos de construção desde comercial a
residencial. (CRUZ, 2020)
 Vigas em balanço: As vigas em balanço descarregam suas cargas em um
único pilar, pois, apresenta um único ponto de apoio, essa viga deve
apresentar armadura negativa na parte superior, pois, sofre compressão na
parte inferior. (CRUZ, 2020)
 Vigas flitch: São aquelas onde há combinação de aço e madeira, onde pode-
se destacar que pelo fato de ser composta por dois materiais apresentam um
baixo custo e uma maior versatilidade, já que a madeira pode ser facilmente
ligada uma na outra e o aço apresenta uma maior resistência as cargas
aplicadas. (CRUZ, 2020)
 Vigas de madeira laminada: As vigas de madeira laminada são vigas
criadas a partir de lâmina de madeiras de 5cm uma em cima da outra. (CRUZ,
2020)
 Vigas de madeira laminada colada: As vigas de madeira laminada são vigas
criadas a partir de lâmina de madeiras de 4,5cm uma em cima da outra.
(CRUZ, 2020)
 Vigas cantiléver: As vigas cantiléver ou estrutura em consola, elas
redistribuem os pesos de qualquer estrutura para as vigas principais, esse
tipo de viga também é aplicado em construção de pontes. (CRUZ, 2020)
 Vigas treliçadas: São aquelas que através de uma adição de cabos ou
varas formam uma viga única, esse tipo de viga ocupa aberturas em
estruturas de concreto com maior facilidade. (CRUZ, 2020)
 Vigas quadril: São aquelas que são inclinadas muito aplicadas na confecção
de telhados e para suas junções são utilizados elementos de metais. (CRUZ,
2020)
 Vigas compostas: Essa viga é confeccionada com dois materiais diferentes,
assim é possível aproveitar as qualidades de ambos. (CRUZ, 2020)
 Vigas de rede aberta: Esse tipo de viga é aplicado em locais que recebem
cargas leves e moderadas com longos intervalos. (CRUZ, 2020)
 Vigas refrigeradas: As vigas refrigeradas fornecem ventilação ao ambiente,
muito parecido com um ar-condicionado, porém, mais silenciosa e
sustentável. (CRUZ, 2020)

2.2.3 Lajes
As lajes podem ser definidas como elementos estruturais que fazem a divisão
entre os andares, assim, dando suporte ao contrapiso e até mesmo funcionar como
teto, as lajes têm como ponto de apoio as vigas, que por sua vez se apoiam nos
pilares e assim distribuem as cargas de forma adequada por toda edificação. Na
concepção geral a laje é um elemento estrutural que apresenta duas dimensões
superiores que seriam a largura e o comprimentos, já sua terceira dimensão que
seria a espessura é a menor entre as três, além disso, tem que apresentar
resistência aos esforços de tração e as cargas transversais. (PEREIRA, 2019)
No projeto de dimensionamento de uma laje os principais critérios a ser
considerado é a sua resistência e sua espessura, as lajes que apresentam maior
espessura tornam-se mais seguras e resistentes a ruptura, porém, podem passar
uma certa insegurança ao usuário, através de suas flechas muito grandes e as
vibrações excessivas as quais são expostas. Quando a laje não apresenta sua
sustentação através de vigas e sim apenas apoiadas em pilares, deve-se considerar
os efeitos causados pelo puncionamento, por conta disso, se faz necessário
dimensionar e construir capitéis na interface pilar/laje. (PEREIRA, 2019)
As lajes apresentam diversas configurações, seja, em relação ao apoio,
técnica construtiva ou material utilizado, através disso apresenta diversos tipos que
podem ser definidos da seguinte maneira:
 Laje maciça: As lajes maciças são elementos estruturais compostos de
concreto armado, que apresenta uma alta resistência a compressão e aos
esforços de tração, esse tipo de laje é aplicado quando a necessidade de
vencer pequenos vãos e sua espessura mínima definida em norma deve ser
15cm. (PEREIRA, 2019)
 Laje cogumelo: Esse tipo de laje apresenta uma configuração diferente das
lajes maciças, onde apresentam apenas pilares e capitéis, esse tipo de laje
apresenta uma maior iluminação e ventilação ao ambiente. (PEREIRA, 2019)
 Laje nervurada: As lajes nervuradas são conjuntos de vigas “T”, podendo
apresentar nervuras em uma ou duas direções, esse tipo de laje é adequado
para situações que são necessários vencer grandes vãos e apresentar
flexibilidade ao ambiente. (PEREIRA, 2019)
 Laje treliçada: Esse tipo de laje pode ser definido como uma laje pré-
moldada, pois, em sua composição são necessárias a presença de vigotas de
concreto armado em forma de treliças e entre elas são adicionadas tavelas
cerâmicas ou EPS e por fim recebe uma camada de concreto que irá cobrir os
elementos da parte inferior. (PEREIRA, 2019)
 Laje alveolar: As lajes alveolares também são consideradas laje pré-
moldada, esse tipo de laje apresenta vãos em seu interior, para seu
desenvolvimento não se faz necessário a colocação de cimbramento, porém,
é necessário equipamentos que possam içar as peças. (PEREIRA, 2019)
Os tipos de lajes podem ser visualizados na figura 2 conforme descrição feita
anteriormente.
Figura 2 - Tipos de lajes

Fonte: PEREIRA (2019)

2.3 FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA


Na teoria a distribuição de carga ocorre de uma maneira definida, porém, no
geral isso não ocorre, nem sempre a distribuição de carga possui um caminho
perfeitamente definido, deve-se considerar que após a concretagem os elementos
que compõem a estrutura passam a ser um único elemento monolítico, ou seja, eles
atuam em conjunto assim como suas deformações. (COSTA, 2001)
Os fluxos de cargas são direcionados por caminhos de difícil determinação
através de meios comuns. Diante desses fatores a ABNT NBR 6118, proporciona
simplificações no modela real, assim, tornando-os mais simples e de fácil
manipulação através de meios comuns. A definição da distribuição das cargas pode
ser compreendida com muita facilidade, as lajes absorvem as cargas verticais e as
direcionam paras vigas, que por sua vez as transmitem para os pilares que
descarregam o total de cargas adquiridas na edificação nas fundações. (COSTA,
2001)
2.4 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
O lançamento estrutural ou estruturação, mais conhecido como como
concepção estrutural, define o método estrutural que irá constituir a parte de maior
resistência numa edificação, nessa etapa, uma das mais importantes do projeto, se
define o posicionamento e os elementos que iram integrar a edificação, assim,
tende-se apresentar um sistema estrutural eficiente que seja capaz de absorver
esforços das ações atuante e direcioná-los diretamente as fundações. (PINHEIRO,
2003)
A formação estrutural definida para ser aplicada no projeto, deve apresentar
requisitos estabelecidos nas normas técnicas vigentes, respeitando sua capacidade
de resistência, levando em consideração seu desempenho em serviço e a
durabilidade dos elementos que compõem a estrutura em geral. Por conta disso, a
concepção estrutural deve atender as condições impostas pelo projeto arquitetônico
e considerar a finalidade da edificação. (PINHEIRO, 2003)
O projeto arquitetônico se torna a base para o desenvolvimento da planta
estrutural, através dele pode-se posicionar os elementos estruturais, sendo que,
deve-se respeitar a distribuição dos diferentes ambientes com relação aos
pavimentos, entretanto, deve-se respeitar o solo que irá sustentar a edificação,
sendo assim, necessário desenvolver estrutura que seja coerente com o solo
presente na região. (PINHEIRO, 2003)
Outros projetos devem ser coerentes com o de estrutura, ou seja, do mesmo
modo que a estrutura deve respeitar o projeto arquitetônico, ele também tem a
função de se adaptar as outras plantas que iram compor o desenvolvimento da
edificação tais como, as plantas de hidráulica e elétrica, das plantas que
dimensionam os cabos de telefonia, televisão e internet, além de, respeitar as
plantas de segurança, ar condicionado, som dentre outras, de modo que permita a
sua coexistência, assim, respeitando a qualidade e eficiência de todos os elementos.
(PINHEIRO, 2003)
A maioria dos edifícios são constituídos por vários pavimentos, que podemos
nomeá-los e ordená-los da seguinte maneira: subsolo, térreo, tipo, cobertura e casa
de máquinas, além dos reservatórios inferiores e superiores. O pré-
dimensionamento dos elementos estruturais em geral se inicia através dos
pavimentos tipo, caso não haja pavimentos repetidos, o posicionamento estrutural
deve ser iniciado dos pavimentos superiores seguindo em direção aos inferiores.
(PINHEIRO, 2003)

2.4 CARREGAMENTO NA ESTRUTURA


O carregamento estrutural analisa e considera todas as cargas e ações que
possam gerar efeitos significativos a estrutura, levando em consideração a
segurança gerada pela mesma, considerando os estados limites que agem sobre a
estrutura, em geral analisa-se os estados limites últimos e de serviço. Em especial
deve-se analisar as condições de localização, e através disso, desenvolver e aplicar
o melhor modelo estrutural que se adeque a situação. (COSTA, 2001)

2.5 AÇÕES
Classifica-se ações como uma influência ou conjunto de influências que
possam causar qualquer tipo de esforço de tensão ou compressão nos elementos
estruturais de uma edificação, sendo assim, deve-se levar em consideração, rodo
tipo de ação que possa causar danos a estrutura prejudicando assim a sua
segurança, além de considerar os seus estados limites últimos e de serviço. As
ações são classificadas em três grupos, ações permanentes, variáveis e
excepcionais. (ABNT NBR 6118:2014)

2.5.1 Ações permanentes


As ações permanentes são aquelas que apresentam valores praticamente
constantes, ou valores com uma pequena variabilidade considerando a sua média,
durante a vida útil da edificação, pode-se dividir as ações permanentes em dois
grupos, que seriam:
 Ações permanentes direta: São constituídas considerando o peso próprio
da estrutura, dos elementos que construtivos fixos, das instalações hidráulicas
e elétricas e outras como equipamentos presentes na edificação e os
empuxos. (CAMACHO, 2005)
 Ações permanentes indiretas: As ações indiretas são aquelas que
apresentam deformações causadas pela retração do concreto, fluência,
recalque de apoios, imperfeições geométricas e protensão. (CAMACHO,
2005)
2.5.2 Ações variáveis
As ações variáveis são aquelas que apresentam valores que variam de forma
significativa em torno de sua média, considerando a vida útil da edificação, pode-se
classificar as ações variáveis em três categorias, que seriam:
 Ações variáveis diretas: As ações variáveis diretas são aquelas que levam
em consideração as cargas acidentais previstas no desenvolvimento da
edificação, levando em consideração as ações de ventos e chuvas e
respeitando as determinações descritas nas normas técnicas. As cargas
verticais previstas no desenvolvimento de uma construção, são: cargas
verticais do uso da construção, cargas moveis, impacto lateral, força
longitudinal de aceleração ou frenação e força centrifuga. (CAMACHO, 2005)
 Ações variáveis indiretas: As ações variáveis indiretas são aquelas que
levam em consideração a variação de temperatura, podendo apresentar
variações de temperatura uniformes e não uniformes. (CAMACHO, 2005)
 Ações variáveis dinâmicas: As ações variáveis dinâmicas são aquelas que
devem levar em consideração caso a edificação apresente choques ou
vibrações. No caso das vibrações deve-se analisar a possibilidade de
ressonância em relação ao sistema estrutural ou parte dele. Por outro lado, se
houver a possibilidade de fadiga, deve-se considerar o efeito dessa ação
durante o dimensionamento das peças que irão compor a estrutura.
(CAMACHO, 2005)

2.5.3 Ações excepcionais


As ações excepcionais são aquelas que apresentam curta durabilidade e com
uma probabilidade muito pequena de ocorrer durante toda vida útil da edificação.
Esse tipo de ação deve ser levado em consideração em um projeto caso seus
efeitos não possam ser amenizados através de outros métodos construtivos, essas
ações podem ocorrer através de: abalos sísmicos, explosões, incêndios, impactos
de veículos, dentre outros. (CAMACHO, 2005)

2.6 ESTADOS LIMITES


As edificações apresentam estados limites quando ocorre um efeito de ação
em sua estrutura que pode ser efetivo ou convencional, tornando a edificação
inutilizável ou não respeitem as condições previstas em normas técnicas, ou seja, se
tornam inseguras. As edificações devem apresentar condições adequadas de
segurança, funcionalidade e durabilidade, de modo a suprir todas as necessidades
de seus usuários. Quando uma edificação deixa de apresentar essas condições,
automaticamente ela atinge seu estado limite, podendo atingir um estado limite de
forma estrutural ou funcional, e assim podemos definir dois estados limites que
seriam estados limite último ou de ruína e o estado limite de utilização ou de serviço.
(CAMACHO, 2005)
2.6.1 Estado limite último
Os estados limites últimos podem ser definidos como um estado que leva
uma edificação as ruinas ou a um colapso estrutural, dessa forma, deve-se analisar
a segurança das estruturas de concreto considerando os seguintes estados limites
últimos:
 Estado limite último da perda de equilíbrio: são aquelas que podem ser
admitidas como corpo rígido. (CAMACHO, 2005)
 Estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da
estrutura: São aquelas que apresentam podem ser analisadas através das
solicitações normais e/ou tangenciais. (CAMACHO, 2005)

2.6.2 Estado limite de utilização


Os estados limites de utilização podem ser definida como a impossibilidade
do uso normal da estrutura, ou seja, não apresentando ao usuário uma boa
utilização funcional, durabilidade estrutural, aparência e conforto, além disso, essas
condições não são restritas só a usuários, mas como também a máquinas e
equipamentos presentes na edificação. (CAMACHO, 2005)
Pode-se dividir o estado limite de utilização em três categorias, que seriam:
 Estado limite de formação de fissuras: Esse estado limite pode apresentar
formação de fissuras de flexão. Esse estado pode ocorrer caso a tensão de
tração máxima na seção transversal, apresentar valores semelhantes a
resistência a tração do concreto a flexão. (CAMACHO, 2005)
 Estado limite de aberturas de fissuras: Esse estado limite também
conhecido como estado limite de fissuração inaceitável, corresponde a
aberturas que se assemelham aos limites máximos estipulados em normas
técnicas, além disso, podem apresentar riscos prejudiciais ao uso ou
durabilidade do elemento estrutural de concreto presente na edificação.
(CAMACHO, 2005)
 Estado limite de deformação excessiva: Esse estado limite corresponde a
uma deformação que apresenta valores acima dos estipulados em normas
técnicas para a utilização segura da edificação. (CAMACHO, 2005)

2.7 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
O pré-dimensionamento estrutural tem a função de determinar as dimensões
e formas geométricas dos elementos que irão compor a estrutura de uma edificação,
seja de caráter residencial ou comercial, além de definir posicionamento, tipo de
armadura e ligação entre as peças que irão compor todo sistema estrutural da
edificação, garantindo sua segurança e eficiência. (PINHIERO, 2003)
Através das dimensões dos elementos estruturais as faz possível determinar
os vãos equivalentes e suas respectivas rigidez que serão necessários para o
desenvolvimento dos cálculos das ligações entre os elementos. Em síntese o
detalhamento precisa definir todas as ligações, posições e forma da armadura,
esses detalhamentos devem refletir as hipóteses na análise do dimensionamento.
(PINHIERO, 2003)
Os posicionamentos dos elementos estruturais devem ser adicionados na
região adequado para que o conjunto de elementos possam resistir a todos os
esforços e ações nas quais sejam solicitados e suas posições devem ser coerentes
aos estados solicitados, respeitando as direções e a distribuição de carga de cada
elemento que compõem a estrutura. (PINHIERO, 2003)

2.7.1 Pré-dimensionamento de laje


O pré-dimensionamento das lajes se inicia com a determinação da altura útil,
após essa determinação se faz possível determinar a espessura da laje, ou seja, na
espessura ficará definida a quantidade de concreto irá cobrir a armadura, além
disso, outros dados importantes a serem analisados são definidos em normas,
seguindo alguns parâmetros, como por exemplo, ações do meio ambiente em
relação a estrutura, cargas atuantes, diâmetros mínimos das armaduras, dimensão
mínima a ser considerada em relação a alvenaria, dentre outros. (PINHIERO, 2003)
 Altura útil: A altura útil da laje é uma incógnita a ser descoberta para lajes
com bordas apoiadas ou engastadas, essa incógnita pode ser definida
através da seguinte equação:
l∗¿
Dest = (2,5 - 0,1 x n) x
100
¿ ℓx

l ≤
0,7 * ℓy
Onde:

ℓx = Menor vão
ℓy = Maior vão
n = Número de bordas engastadas
Deve-se ressaltar que pata lajes em balanço com bordas livres, esse
processo na se enquadra, por isso, deve-se utilizar outro método. (PINHIERO, 2003)

 Espessura da laje: A espessura da laje define a camada que irá cobrir toda
armadura, esse valor pode ser determinado através da seguinte equação:

h=d+ +c
2
Onde:
d = Altura útil da laje
c = Cobrimento nominal da armadura
ᶲ = Diâmetro das barras

 Espessura mínima: Segundo a ABNT NBR 6118:2014, as lajes maciças


devem seguir alguns parâmetros mínimos com relação a espessura.
 5cm para lajes com cobertura não em balanço;
 7cm para lajes em balanço ou de piso;
 10cm para lajes que suportem cargas de veículos de até 30kN;
 12cm para lajes que suportem cargas de veículos superiores a
30kN.
2.7.2 Pré-dimensionamento das vigas
O pré-dimensionamento das vigas deve ser iniciada calculando mesmo que
de maneira grosseira a altura da viga, segundo Libânio M. Pinheiro a altura das
vigas pode ser determinada seguindo os seguintes parâmetros:
l0
 Tramos internos: hest =
12
l0
 Tramos externos ou vigas biapoiadas: hest =
10
l0
 Balanços: hest =
5

Em um tabuleiro de edifícios, recomenda-se seguir um padrão referente aos


valores das alturas das vigas, de modo que, torne o trabalho de cimbramento
eficiente e de fácil desenvolvimento. No geral, costuma-se adotar, no máximo, dois
valores divergentes, esse procedimento, pode gerar algumas alterações necessárias
no desenvolvimento das vigas, como por exemplo, a implantação de armaduras
duplas em alguns pontos da viga. (PINHEIRO, 2003)
Em caso de tramos críticos, ou seja, tramos presentes em vãos excessivos ou
de grandes carregamentos, devem apresentar verificações em suas flexas
posteriormente. Com relação a armaduras longitudinais onde apresentam uma única
camada, considerando a relação entre a altura total e sua altura útil deve ser
calculada e obtida através da seguinte equação:

h = d + c + ᶲt +
2
Onde:
d = Altura útil da laje
c = Cobrimento nominal da armadura
ᶲ = Diâmetro das barras longitudinais
ᶲt = Diâmetro dos estribos

2.7.3 Pré-dimensionamento dos pilares


O pré-dimensionamento dos pilares inicia-se com a determinação das suas
cargas, esses valores, podem ser definidos através do processo das áreas de
influência, ou seja, esse processo é desenvolvido com uma divisão da área total do
pavimento em pequenas áreas de influência referente a cada pilar, assim, faz-se
possível determinar as cargas absorvidas por cada pilar. (PINHEIRO, 2003)
As áreas de influência são definidas através da divisão dos intervalos entre
seus eixos, que variam entre 0,45l e 0,55l, a definição desses valores dependem da
posição do pilar na estrutura. (PINHEIRO, 2003)
As divisões que ocorrem na estrutura para definir as cargas absorvidas por
cada pilar pode ser observada na figura 3.

Figura 3 - Áreas de influência dos pilares

Fonte: PINHEIRO (2003)


Os valores a ser adotados por cada pilar e demostrados na figura 3, são
defnos seguindos os seguintes parametros:
 0,45l : Pilar de extremidade e de canto, na direção de sua menor dimensão;
 0,55l : Complemento de vãos do caso anterior;
 0,50l : Pilar de extremidade e de canto, na direção de sua maior dimensão.
Nos edificios que apresentam lajes em balanço, as áreas em balanço são
adicionadas ao calculo das lajes adjascentes a mesma, assim, respeitando a
doreção dos balanços, desse modo pode-se calcular suas dimenções seguindo a
seguinte orienteção, a largura deve ser igual a 0,50l, onde l refere-se ao vão
adjacente ao balanço. (PINHEIRO, 2003)
Deve-se salientar também que a uniformidade no alinhamento dos pilares e
na distribuição dos vãos e das cargas, apresentara resultados satisfatórios e de
maior precisão. Porém deve-se ressaltar também, que em casos específicos, a
utilização desse processo poderá apresentar resultado imprecisos. Com os
resultados obtidos através do processo de áreas de influência pode-se determinar o
coeficiente de majoração da força normal (α) que equivale a excentricidade da
carga. (PINHEIRO, 2003)
A definição abaixo do primeiro andar-tipo, deve-se ser considerada uma
compressão simples levando em consideração a carga majorada pelo coeficiente α,
para isso, deve-se aplicar a seguinte equação:

Ac = b x h → área da seção de concreto (cm2)


α = Coeficiente que leva em conta as excentricidades da carga.
 α = 1,3 → pilares internos ou de extremidade, na direção da maior dimensão;
 α = 1,5 → pilares de extremidade, na direção da menor dimensão;

 α = 1,8 → pilares de canto.


A = área de influência do pilar (m2);
n = número de pavimentos-tipo;
(n+0,7) = número que considera a cobertura, com carga estimada em 70% da
relativa ao pavimento-tipo;
fck = resistência característica do concreto (kN/cm 2).
Na presença de caixas d’água, casa de máquinas, ou outros equipamentos,
deve-se considerar esses carregamentos no pré-dimensionamento dos pilares,
assim, estipulando os carregamentos gerados por eles e considerar eles nos
cálculos dos pilares que os sustentam. (PINHEIRO, 2003)

2.8 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL


O início ou base de todo dimensionamento estrutural, baseia-se através da
etapa de lançamento dos elementos estruturais, ou seja, é a etapa de seleção dos
elementos que irão compor a estrutura e definir as posições de cada elemento. O
objetivo central do posicionamento dos elementos estruturais é desenvolver uma
estrutura sólida que possa absorver todas as cargas e ações atuantes na edificação
e transmiti-las as fundações para que possam ser dissipadas. (BOSCO, 2001)
Para um melhor dimensionamento deve-se contar com a planta arquitetônica
do edifício, assim, respeitando suas características é possível dimensionar uma
estrutura eficaz e econômica. O posicionamento dos pilares em relação aos
pavimentos presentes na edificação (garagem, pavimentos tipos e cobertura), são
minuciosamente posicionadas, assim, definindo os processos executivos de cada
elemento, a distribuição de carga, seus contraventamentos dentre outros. (BOSCO,
2001)
2.9 FERRAMENTOS UTILIZADAS NO PROJETO (SOFTWARES)
Com o aumento da demanda na produtividade e eficiência exigidas pelo
mercado, a utilização de um sistema computacional específico para a elaboração de
projetos estruturais é praticamente imprescindível atualmente, com o avanço da
tecnologia os softwares têm melhorado e muito a vida dos engenheiros projetistas,
trazendo mais praticidade, rapidez, precisão e redução de custo e riscos no
dimensionamento das estruturas metálicas e de concretos. (MOURA, 2017)
Apesar de precisos, tecnicamente avançados e atualizados, os softwares,
estão cada vez mais específicos e inteligentes, otimizam o tempo e oferecem
redução de custo e riscos, nas atuações dos engenheiros projetistas que mesmo
com toda essa tecnologia, é imprescindível a substituição do engenheiro projetista e
estrutural, pois ainda é fundamental no desenvolvimento do projeto e nas execuções
das atividades de instalação e montagem das estruturas. (MOURA, 2017)
Professo Marcos Crivelaro engenheiro e professor da Faculdade de
Informática e Administração Paulista (FIAP), afirma que os softwares de estruturas,
analisam e calculam todas as propriedades e cargas, segundo o autor:
“Os softwares de dimensionamento e desenho de estruturas
metálicas, realizam o cálculo de toda a estrutura baseados no
lançamento dos elementos – como vigas, pilares, lajes e outros,
estando cada vez mais aprimorados para oferecer, com elevada
precisão, um amplo número de possibilidades de testes para os
projetistas estruturais. Só após a inserção dos dados complexos e
desafiadores da estrutura no projeto que o programa faz o
processamento de inúmeras variáveis encontradas desde a fase
inicial até a finalização, gerando desenhos técnicos de melhor leitura
e interpretação”.
Segundo o engenheiro, Paulo Roberto M. de Carvalho, diretor da Stabile
Engenharia, empresa filiada à Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria
Estrutural (ABECE).
“os softwares são ferramentas que aceleram o processo de
cálculo e projeto, mas precisam ser alimentados com informações
compatíveis com o funcionamento mecânico da estrutura. E
nenhuma ferramenta, até o momento, é capaz de substituir a
experiência profissional, esclarece o especialista, que desenvolve
softwares para estruturas metálicas – como o mCalc3D e o
mCalcLIG – e oferece cursos na área para aprendizagem e
aperfeiçoamento no uso de softwares estruturais.”
Existem inúmeras ferramentas gratuitas e pagas disponíveis no mercado para
auxiliar no dimensionamento e desenvolvimento dos desenhos de estruturas, na
engenharia destacam-se o AutoCad, Revit e Sketchup para desenhos e o Ftool para
analisar as reações causadas pelas cargas aplicadas a estrutura de uma edificação,
seja ela, de caráter residencial ou comercial. (MOURA, 2017)

2.9.1 AutoCad
O AutoCad é uma ferramenta muita utilizada por profissionais de arquitetura,
engenharia e mecânica, esse software tem a função de realizar uma projeção dos
projetos a serem desenvolvidos, apresentando uma vista em 2D e até mesmo em
3D, seja de uma edificação ou de uma peça que será desenvolvida na indústria
automobilística. (DIAS, 2018)
O software AutoCad foi desenvolvida e comercializado pela empresa
Autodesk in desde meados de 1982, e atualmente ainda ocupa o posto de software
mais baixado da plataforma, mesmo após a criação de outros programas como o
Revit que pertence a mesma empresa e faz projeções voltadas a construção civil
com ênfase na projeção tridimensional, além disso, vale a pena ressaltar que o
programa segue o conceito tipo CAD (Computer aided design ou projeto assistido
por computador). (DIAS, 2018)
O AutoCad é fundamental para elaboração de projetos e desenhos gráficos
que apresentam um alto grau de precisão e detalhamentos, por se tratar de um
software multiuso, esse mecanismo se faz presente em várias áreas da economia
mundial sendo utilizado em diversos setores, pode-se destacar que os profissionais
da construção civil são os mais beneficiados pelo programa, onde se faz possível
detalhar e visualizar os projetos em desenvolvimento tendo uma certa perspectiva
da edificação antes de seu desenvolvimento prático. (DIAS, 2018)
A projeção apresentada pelo software ajuda o desenvolvedor do projeto a
elaborar plantas o mais realistas possível a ideia gerada pelo cliente, além, disso o
cliente pode acompanhar a criação de seu projeto ajustando pequenos detalhes,
assim tornando o projeto mais realista possível. Entretanto, a construção civil não é
a única favorecida por esse recurso, o setor de engenharia mecânica e
automobilística, também são favorecidas por esse recurso, onde se faz possível a
criação e visualização de peças que iram ser desenvolvidas. Já no setor da
engenharia elétrica, o software auxilia o profissional com a colocação das fiações e
dos equipamentos que estarão presentes na edificação e assim faz-se possível
desenvolver um sistema eficiente e seguro. (DIAS, 2018)
O AutoCad apresenta uma interface antiga, porém eficiente apresentando
pequenas atualizações no decorrer dos anos, mas mantendo seu conceito básico,
essa interface pode ser visualizada na figura 4.
Figura 4 – AutoCad

Fonte: Arantes (2014)

2.9.2 Ftool
O software de análise estrutural de pórticos planos, conhecido popularmente
com Ftool (Two-dimensional Frame Analysis Tool), foi idealizado pelo professor de
Engenharia Civil da PUC-Rio Luiz Fernando Martha, e desenvolvido através de uma
pesquisa para um projeto integrado realizado em 1991, com a participação de ex-
alunos e do professor Marcelo Gattass, responsável pelo departamento de
informática da instituição, além disso, os desenvolvedores contaram com o apoio do
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). (FTOOL,
2021)
Entre os anos de 1997 e 1998, o Ftool (Figura 5) passou por mudanças,
sendo escrito novamente pelo professor Luiz Fernando Martha, que atualizou sua
interface aderindo ao sistema IUP e o sistema gráfico CD, com essas alterações o
programa ganhou novos ares, passando a ser executado nos ambientes Unix, X-
Windows e Windows, no qual já era adequado desde sua criação. Em meados de
2000 foi lançado o Ftool 2.08, onde o mesmo podia ser manuseado também no
ambiente Linux, além dessa mudança, nos anos decorrentes também foram
implantados no software, novos tipos de seções transversais especificadas por
parâmetros e duas tabelas de perfis I, opção de anexar arquivos oriundos de outros
softwares, possibilidade de visualizar os momentos fletores e suas relações de
apoio, realizar alterações nas cargas que atuam sobre a estrutura sem prejudicar
sua estética, dentre outros. (FTOOL, 2021)
Atualmente a versão mais avançada do Ftool é a 4.00 (Figura 5) seu
desenvolvimento foi transferido para a ALIS (Soluções em Engenharia e Sistemas),
com isso, o software ganhou a primeira versão avançada, que futuramente iram
gerar outras versões com novas ferramentas, todas essas alterações tem o intuito
de promover melhores visualizações e maior segurança no dimensionamento das
estruturas, além de apresentar atalhos que ajudaram a desenvolver projetos e
pesquisas de maneiras mais eficientes, com isso, o programa passou a analisar não
só os deslocamentos verticais e horizontais, como também os deslocamentos
transversais e axiais. (FTOOL, 2021)
Figura 5 - Ftool

Fonte: Ftool 4.00 (2020)


O Ftool (Two-dimensional Frame Analysis Tool) é um programa de análise
estrutural de pórticos planos, seu principal objetivo no âmbito de sua criação era
promover uma análise virtual das estruturas e suas reações através dos esforços
aplicados a ela, inicialmente foi um programa criado para estudantes da área de
engenharia, entretanto, por conta de seu alto desempenho acabou recebendo
atualizações e uma versão avançada para ser aplicado e utilizado por profissionais
da área de desenvolvimento estrutural. (FTOOL, 2021)
A ferramenta Ftool fornece ao usuário resultados simples, que apresentam
diagramas de esforços internos e suas deformações, como também, linhas de
esforços que são apresentados nos aparelhos dos trens-tipos. Proporciona ao
usuário aparelhos de apoio que podem ser rígidos ou elásticos, podem ser
rotacionados e deslocados dependendo da carga na qual seja aplicada, desse
modo, o profissional que adere a esse software pode obter resultados mais claros e
objetivos de sua estrutura, contando também com uma análise gráfica do
comportamento da estrutura. (FTOOL, 2021)
O software Ftool se tornou uma das ferramentas mais importantes para
estudantes de engenharia civil e profissionais de estruturas, pois, através de sua
interface é possível analisar diagramas de esforços, propriedades construtivas e
visualizar na prática o comportamento da estrutura após ser submetida a algum
esforço. (SANCHO, 2014)
A criação do programa revolucionou o mercado de estruturas, sendo um dos
primeiros elementos gráficos que permite ao usuário criar modelos estruturais e
avaliar os esforços solicitados e seu comportamento, para isso seus usuários devem
seguir alguns parâmetros que se dividem em quatro etapas: descrição, execução,
reflexão e depuração. (SANCHO, 2014)
As separações de etapas têm o objetivo de auxiliar seus usuários a
compreender melhor o sistema, mas nada impede a pessoa que está manuseando o
software de trabalhar com todas as ferramentas em conjunto. (SANCHO, 2014)
Cada etapa apresenta um objetivo específico e sua eficiência no processo,
esses objetivos são descritos a seguir:
 Descrição
Definimos descrição como a etapa em que o usuário do software aplica
recursos gráficos e comandos de construção, ou seja, essa etapa corresponde a
explicação das ideias, conceitos e estratégias, através desses conceitos o usuário
pode analisar, testar e compreender na prática os resultados obtidos. Além disso,
deve-se destacar o aspecto social, pois, através da criação na interface gráfica o
usuário pode discutir ideias e resolver problemas em conjunto a outros
colaboradores. (SANCHO, 2014)
Segundo Philipe Amorim Sancho, “a descrição do modelo estrutural no Ftool
ocorre em três fazes”, que seriam:
1° Fase: São desenhados ou anexados na interface do programa os nós e as
barras que compõem o elemento estrutural. (SANCHO, 2014)
2° Fase: São determinados os tipos de material que iram compor a estrutura,
secção transversal, tipo e apoio que se divide em dois grupos fixos ou moveis e por
fim articulações das barras e suas deformações. (SANCHO, 2014)
3°Fase: Na fase final é adicionada as cargas em pontos específicos que o
elemento estrutura desenvolvido tende a resistir. (SANCHO, 2014)
 Execução
Na etapa de execução o software tende a executar todas as ações descritas
pelo usuário e apresenta os resultados, ou seja, demostra todo comportamento da
estrutura ao ser exposto ao um certo carregamento, através desses resultados o
profissional ou aluno que manuseou o equipamento pode chegar a conclusão de que
suas ideias estavam corretas ou precisam de alguns ajustes. (SANCHO, 2014)
A execução no Ftool analise principalmente os esforços internos e externos
do elemento estrutural, além de demostrar as deformações, tensões
correspondentes e as relações de apoio, com isso, a análise da estrutura se torna
um procedimento de maior rapidez e eficiência, portanto, está automação possibilita
que a ferramenta se torne um parâmetro seguro para correções e ajustes na
estrutura. (SANCHO, 2014)
 Reflexão
A reflexão e definida como a etapa em que o usuário, compara a expectativa
dos resultados referentes ao conceito aplicado, com os resultados obtidos através
do software, ou seja, através da reflexão o usuário pode confirmar suas expectativas
e concretizar suas ideias chegando assim ao um resultado positivo, ou, ter a certeza
de que suas ideias estão divergentes com as exigidas na prática. (SANCHO, 2014)
Quando se obtém um resultado positivo com o auxílio da plataforma, o
usuário pode apresentar resultados simples e contundentes de seus cálculos e uma
grande segurança em relação a estrutura desenvolvida, por outro lado, se os
resultados forem negativos, cabe ao desenvolvedor repensar sua estratégia e
readequar sua estrutura aos esforços solicitados, de modo que, atenda todas as
especificações técnicas e de segurança assim exigidas. (SANCHO, 2014)
 Depuração
No Ftool a depuração pode ser classificada como um método de linguagem
utilizada na manipulação do programa ou sobre os conceitos e estratégias de
resolução do método de análise, em outras palavras, atribui-se a depuração a
identificação do erro e sua correção, de modo que através do erro possa ser
executado uma correção seguindo os conceitos e parâmetros corretos. (SANCHO,
2014)
A análise e correção das informações divergentes, proporciona ao usuário
lidar com problemas que podem vir a ocorrer futuramente no desenvolvimento
prático, assim, o usuário pode analisar, estudar e adotar a melhor solução para um
determinado caso, com o auxílio do Ftool, além de ser possível a visualização
gráfica o software apresenta todo passo a passo da ideia imposta pelo usuário.
(SANCHO, 2014).

3.0 METODOLOGIA

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