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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ENGENHEIRO COELHO


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GUILHERME ZIMMERMANN
INGRID SILVEIRA RODOLFO
YAROSLY ELIETH BLANDÓN CASTRO

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS: RELATÓRIO DE


ACOMPANHAMENTO DE OBRAS

ENGENHEIRO COELHO
2021
GUILHERME ZIMMERMANN
INGRID SILVEIRA RODOLFO
YAROSLY ELIETH BLANDÓN CASTRO

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS: RELATÓRIO DE


ACOMPANHAMENTO DE OBRAS

Relatório de atividades práticas da


disciplina de Tecnologia da Construção
de Edifícios do Centro Universitário
Adventista de São Paulo do curso de
Engenharia Civil, sob orientação do
prof. Paulo Stehling.

ENGENHEIRO COELHO
2021
RESUMO

Acompanhamento de obra, é uma prévia de organização e controle de uma


edificação, o qual é descrito de etapa em etapa como foi executado e quais matérias
foram usados. Com uma pesquisa de campo realizado pelos autores, foi realizado o
relatório conforme as evoluções, com o intuito de registrar todo passo a passo de uma
obra, e descrever diferentes tipos de forma de execução de uma mesma etapa.

Palavras-chave: Acompanhamento; Construção; Avaliação.


ABSTRACT

Work monitoring is a preview of the organization and control of a building, which is


described step by step how it was carried out and which materials were used. With
field research carried out by the authors, the report was carried out according to the
evolution, in order to record every step by step of a work and describe different types
of way of carrying out the same stage.

Keywords: Follow-up; Construction; Evaluation.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Gabarito ............................................................................................ 9


Figura 2 - Gabarito II ....................................................................................... 10
Figura 3 - Canteiro de obra ............................................................................. 11
Figura 4 - Canteiro de obras II ........................................................................ 12
Figura 5 - Canteiro de obras ........................................................................... 12
Figura 6 – Canteiro de Obras II ...................................................................... 13
Figura 7 - Canteiro de obras III ....................................................................... 13
Figura 8 - Canteiro de Obras III ...................................................................... 14
Figura 9 - Depósito de materiais ..................................................................... 14
Figura 10 - Depósito de materiais II ................................................................ 15
Figura 11 - Tapume ........................................................................................ 16
Figura 12 - Perfuração do solo ....................................................................... 17
Figura 13 - Concretagem da viga baldrame.................................................... 18
Figura 14 - Baldrame impermeabilizada ......................................................... 19
Figura 15 - Alvenaria....................................................................................... 20
Figura 16 - União do arranque com pilar ........................................................ 21
Figura 17 - Erro de alvenaria .......................................................................... 22
Figura 18 - Alvenaria II.................................................................................... 23
Figura 19 - Eitão do telhado............................................................................ 24
Figura 20 - Eitão finalizado ............................................................................. 25
Figura 21 - Isolante térmico no telhado........................................................... 26
Figura 22 – Forro a vista ................................................................................. 27
Figura 23 - Laje I ............................................................................................. 28
Figura 24 - Escoras da laje I ........................................................................... 29
Figura 25 - Concretagem da laje I .................................................................. 30
Figura 26 - Escoras lage II .............................................................................. 31
Figura 27 - Laje II ............................................................................................ 32
Figura 28 - Concretagem laje II ...................................................................... 33
Figura 29 - Elevador ....................................................................................... 34
Figura 30 - Abertura para conduites ............................................................... 35
Figura 31 - Conduites na laje .......................................................................... 36
Figura 32 - Aberturas para instalações de esgoto ......................................... 37
Figura 33 - Tubulações de esgoto .................................................................. 38
Figura 34 - Esquadria ..................................................................................... 39
Figura 35 - Taliscas na parede ....................................................................... 41
Figura 36 - Emboço ........................................................................................ 42
Figura 37 - Sarrafeamento .............................................................................. 42
Figura 38 - Parede desempenada .................................................................. 43
Figura 39 - Espaçamento dos rejuntes ........................................................... 44
Figura 40 - Pisos ............................................................................................. 45
Figura 41 - Rodapé ......................................................................................... 46
SUMÁRIO

1 Introdução ............................................................................................................... 7
2 Etapas de obra........................................................................................................ 8
2.1Serviços preliminares .......................................................................................... 8
2.1.1 GABARITO ......................................................................................................... 9
2.1.2 CANTEIRO DE OBRA ...................................................................................... 11
2.2 Fundação ........................................................................................................... 17
2.3 Alvenaria estrutural ........................................................................................... 19
2.4 Cobertura ........................................................................................................... 24
2.4.1 FORRO ............................................................................................................ 24
2.4.2 LAJE ................................................................................................................. 27
2.5 Instalações prediais .......................................................................................... 35
2.5.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................................................... 35
2.5.2 INSTALAÇÕES DE ESGOTO .......................................................................... 36
2.5.3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ....................................................................... 38
2.6 Esquadrias .......................................................................................................... 39
2.7 Revestimento ..................................................................................................... 40
2.7.1 REBOCO .......................................................................................................... 40
2.7.2 ASSENTAMENTO DE PISOS .......................................................................... 43
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 47
7

1 INTRODUÇÃO

A construção civil, consiste não só em apresentar projetos e dimensionar


estruturas, o trabalho de um engenheiro vai muito além disso. Uma de suas atribuições
e competência é garantir a boa execução do que foi projetado, para assim, possa
oferecer ao seu cliente a melhor e mais eficiente execução.
Neste relatório foi desenvolvido, um acompanhamento em várias obras em
diferentes etapas, porém duas delas são as principais desta avaliação, sendo
observado quais eram os seus procedimentos para realizar um determinado trabalho.
Um bom acompanhamento de um profissional desde o início da obra, com
certeza irá trazer muitos benefícios ao desenvolvimento da mesma, quanto em
questões práticas, econômicas etc.
8

2 ETAPAS DE OBRA

Sabendo que uma obra é dividida por várias etapas, desde a proposta de
projeto, o administrativo, até a limpeza do terreno englobando também todo seu
método construtivo e acabamento. Dentre todas as etapas, as principais
acompanhadas, e abordadas pelos autores do relatório, são:
• Serviços Preliminares: – como a limpeza do terreno, nivelamento da
terra, canteiro de obras, gabarito etc.
• Fundação - delimitação e perfuração do solo e concretagem do alicerce.
Infraestrutura – as brocas para viga, viga baldrame.
• Alvenaria – Todas as obras acompanhadas foram utilizadas o método
construtivo de alvenaria estrutural; levantamento das paredes.
• Cobertura – Etapa a qual é feita o telhado, conforme o escolhido.
• Instalação Prediais - Colocação das mangueiras para a parte elétrica e
dos tubos da rede principal de esgoto com as caixas de inspeções.
(Instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e pluviais)
• Esquadrias – Vãos para portas de janelas.
• Revestimento - Paredes – reboque, Pisos

2.1Serviços preliminares

A. inicialização da construção de uma obra, é dado a partir de uma limpeza do terreno,


nesse caso, regularização do nível, e montar o gabarito, planejar o espaço para
montagem do canteiro com as acomodações necessárias para um espaço harmônico
aos funcionários, deve sempre manter uma boa organização nessa etapa.
Dentro no canteiro, também é preciso reservar um local para depósitos dos materiais
e ferramentas que serão usadas ao longo da construção, e ter os devidos
Equipamentos de Proteção Individual e os Coletivos (EPI e EPC).
9

2.1.1 GABARITO

Figura 1 - Gabarito
Fonte: Autores (2021)

O gabarito foi feito com tabuas contínuas envolta do perímetro onde seria locada a
residência, foram cravadas estacas no chão, a cada três metros, e fora pregada a
elas, as tabuas que foram niveladas, colocadas no esquadro, e alinhada com o terreno
para não ficar torto. Concluída essa etapa, iniciou-se as marcações, para fundações
e delimitações para baldrame.
A primeira obra acompanhada, ocorreu exatamente o contrário conforme deveria ser
feito, o responsável pela obra, não teve uma previa análise do seu terreno para locar
corretamente o canteiro de obras e acabou despejando os materiais em locais
aleatórios.
10

Figura 2 - Gabarito II
Fonte: Autores (2021)

Nessa obra em específico, o material entregue e despejado em cima do gabarito sem


planejamento, gerando dificuldades em ter uma precisão correta de alinhamento do
gabarito.
11

2.1.2 CANTEIRO DE OBRA

Figura 3 - Canteiro de obra


Fonte: Autores (2021)
12

Figura 4 - Canteiro de obras II


Fonte: Autores (2021)

Já outra obra, houve um planejamento para locar o canteiro e os espaços para os


materiais. Essa obra se desenrolou de uma forma mais harmônica, pois todo material
estava com fácil acesso, e sem atrapalhar o desenvolvimento das etapas.

Figura 5 - Canteiro de obras iii


13

Fonte: Autores (2021)

Figura 6 – Canteiro de Obras iV


Fonte: Autores (2021)

Figura 7 - Canteiro de obras V


Fonte: Autores (2021)
14

Figura 8 - Canteiro de Obras VI


Fonte: Autores (2021)

Os demais materiais, como, cimento, Cal em pó, e as ferramentas que seriam usadas
no dia a dia foram guardadas dentro do container, alugado, para manter os
materiais seguros.

Figura 9 - Depósito de materiais


15

Fonte: Autores (2021)

Figura 10 - Depósito de materiais II


Fonte: Autores (2021)

Os instrumentos armazenados dentro da construção, com o intuito de não ser roubado


e não sofrer nenhum dano pelas intempéries, aglomerantes foram acomodados
corretamente em não deixar em contato com o chão.

Posto isso, é fundamental a pontar a necessidade de ter os materiais em um lugar


de fácil acesso e de forma organizada está trabalhando, pois isso garante um bom
desempenho em obra.

Com tudo, devemos ter alguns cuidados com a obra em geral, como por exemplo, os
tapumes, o qual tem uma função muito util. Dentre as obras acompanhadas, uma
estava cercada e fechada por tapumes, outra, estava totalmente aberta (sem o
tapume). O fechamento da obra com os tapumes traz mais segurança a construção
em relação aos operários e aos materiais que ficam expostos.
16

Figura 11 - Tapume

Com o gabarito montado e com a linhas para fazer as marcações, iniciou-se a


perfuração do solo para fazer a fundação. Nesta em específico uma, foi usado o trado
manual. Foram necessários 3 operários no qual cada um tinha um trado para perfurar
o solo em uma profundidade de três metros. Para finalização da perfuração demorou
1 dia e meio de serviço, um processo desvantajoso. Já a outra obra, foi usado a
máquina de perfuração, a qual fez todas as brocas da fundação com algumas horas
de trabalho.
17

2.2 Fundação

Figura 12 - Perfuração do solo


Fonte: Autores (2021)

Com a fundação toda perfurada, iniciou-se o processo de concretar, passou-se os


ferros dentro de cada broca, deixando um arranque, que futuramente onde será os
pilares das paredes. A concretagem aconteceu durante um dia todo, usando uma
betoneira grande, no dia, estava presente dois pedreiros e um servente, responsável
apenas por carregar as carriolas de concreto.
18

Figura 13 - Concretagem da viga baldrame


Fonte: Autores (2021)

Em todas as outras obras, assim como essa, a viga baldrame foi feita por dentro do
solo, com moldura de tabuas delimitando seu espaço, e com pedaços de madeira
pregados por cima das tabuas para garantir que ficariam retas e estáveis, sem romper.
Em ambas as obras foi realizado dessa maneira, a impermeabilização da viga
baldrame foi feita apena com Neutrol, dada 3 demãos.
19

Figura 14 - Baldrame impermeabilizada


Fonte: Autores (2021)

2.3 Alvenaria estrutural

Essa etapa de maior porcentagem em todas as obras, e o método construtivo mais


comum entre as construções brasileiras, pois consiste apenas de tijolos cerâmicos e
cimento, sendo assentados à cada fiada, linha após linha, até formar a sua parede,
grosso modo, consiste nisso. Nas obras visitadas, todas usaram alvenaria estrutural
(blocos/tijolos e cimento) e cada uma foi desenvolvido segundo o conhecimento de
cada pedreiro ou mestre de obras, já que nem uma obra tinha acompanhamento de
um engenheiro ou um técnico.
Após a viga baldrame concretada, iniciou-se o assentamento de lajotas. Nessa obra
em específico, o mestre de obras, optou por fazer metade da parede, concretar a viga,
20

e depois continuar. Utilizando os arranques que já estavam concretados desde a viga


baldrame.

Figura 15 - Alvenaria
Fonte: Autores (2021)

Para os pilares que apoiam as paredes, foi detectado uma união do arranque, que
saiu da fundação, com a armadura do pilar, que vai da viga baldrame, até a altura
máxima do pé direito, nesse caso. Esse pilar foi concreto junto aos demais, quando
as paredes estavam na metade de seu tamanho.
21

Figura 16 - União do arranque com pilar


Fonte: Autores (2021)

Alvenaria é a principal parte de grande parte das obras, e deve ser feito de maneira
padrão e correta, para não ter problemas futuramente, e, de certo modo, deixar a obra
aparentemente limpa e bonita, pois é a parte a qual está sendo incorporada a casa
em si. Erros são comuns nessa etapa, a foto abaixo representa um deles.
22

Figura 17 - Erro de alvenaria


Fonte: Autores (2021)

A imagem representa um dos erros mais comuns em toda alvenaria. Representa a


saída das lajotas, por dentro, ou por fora da viga baldrame, isso, no final da parede,
pode ocasionar de não encaixar a linha de lajotas com a armadura de espera da viga
baldrame, por simplesmente ter saído com as lajotas do lado interno da viga, e não
do externo. É de suma importância dar essa atenção para não acontecer esse tipo de
erro.
23

Figura 18 - Alvenaria II
Fonte: Autores (2021)

Com obras em andamento, a parte de alvenaria é uma das etapas a qual se desenrola
de forma mais rápida, devido ao assentamento das lajotas serem feitos de forma
rápida e prática. Para assentar as lajotas deve colocar a linha (guia), de uma ponta a
outra da parede, para garantir que irão estar no mesmo nível em toda sua extensão,
e de pouco em pouco ir tirando o prumo, para garantir que a parede subirá de maneira
correta e alinhada.
24

2.4 Cobertura

2.4.1 FORRO

Terminada a alvenaria, concretadas todas vigas e pilares, inicia-se a fase da


cobertura, a qual é feita o telhado da obra. Essa obra depende o tipo a ser realizada,
se considerarmos uma cobertura simples, que vemos nas casas convencionais
usando telhas cerâmicas portuguesas, devemos fazer o eitão, conforme a imagem
abaixo.

Figura 19 - Eitão do telhado


Fonte: Autores (2021)

O eitão é feito baseado no tipo e configuração da cobertura. No geral um eitão é


composto por essas duas “paredes” que são erguidas acima das vigas superiores da
casa para sustentar a estrutura da cobertura. Para fazer o eitão é necessário saber a
altura máxima da cobertura e a sua inclinação, para não dar erro no madeiramento e
nas cumeeiras, ele é uma parede em formato triangular que da forma e caimento ao
telhado. O seu vértice superior é o ponto inicial da cumeeira do telhado e os outros
dois vértices são os pontos iniciais dos beirais.
25

Figura 20 - Eitão finalizado


Fonte: Autores (2021)

Com o eitão concluído, concreta-se o pilar que passa no meio do eitão, se não foi feito
em tesoura (toda estrutura de eitão com madeiras), começa a etapa de madeiramento,
onde vai ser colocado a viga que vai sustentar as terças, os caibros, e por último as
telhas. A obra acompanhada foi colocada manta térmica acima do forro e abaixo das
telhas, para não deixar a casa muito quente, e os caibros estavam visíveis pelo estilo
de forro, apenas as terças estavam acima do forro e da manta termina, justamente
para apoiar as telhas.
26

Figura 21 - Isolante térmico no telhado


Fonte: Autores (2021)

Essa foto representa a viga principal da cobertura, os caibros (abaixo da manta


térmica), a lã de vidro, e as terças foram colocadas acima da manta térmica e do forro.
A estrutura para forro se chama madeiramento, etapa a qual é feito o madeiramento
com intuito de formar uma seção de ripas em sequência, com distancias de mais o
menos 80cm entre elas, para em seguida colocar o forro. O madeiramento deve estar
no mesmo nível, para não dar diferença e deixar o forro torto, também deve estar com
toda sua estrutura pregada nas vigas ou caibros da cobertura para não cair.
27

Figura 22 – Forro a vista


Fonte: Autores (2021)

No final de todo madeiramento, as vigas e o forro ficam visível (olhando de dentro) e


o a manta térmica está acima do forro e abaixo das terças e do telhado.

2.4.2 LAJE

Contudo, temos também as coberturas que são lajes, nesse caso, é necessário fazer
a estrutura pensando na laje, e seguir o projeto estrutural da laje. Para fazer uma
cobertura desse tipo, começamos com a montagem da laje, seguindo todos
parâmetros e diretrizes do projeto, feito isso a laje é concretada.
Com a laje montada, a última etapa é a concretagem. Foram acompanhadas duas
lajes sendo concretadas, para exemplificar, separamos em Laje1 e Laje2, pois foram
usados dois métodos diferentes de concretagem.
28

No caso da Laje1, foi usado bomba de bombear concreto para fazer a concretagem
da laje, durante a parte da manhã, foi feita todas as verificações de estacas, ferragens
e vigas, para concretar na parte da tarde.

Figura 23 - Laje I
Fonte: Autores (2021)

As escoras foram feitas de madeiras de eucalipto, em ambas as lajes, as escoras


foram colocadas no chão (diretas) e em alguns casos, foram colocadas em cima de
tabuas, e foram todas verificas para não ocorrer de nem uma escora afundar na terra,
se mexer ou até cair.
29

Figura 24 - Escoras da laje I


Fonte: Autores (2021)

Com todas as escoras verificadas, com todos os tubos da parte elétrica também
verificados (para não ter que futuramente furar a laje para passar os condutores)
iniciou-se a concretagem da laje pela tarde usando o mangote.
30

Figura 25 - Concretagem da laje I


Fonte: Autores (2021)

Com a utilização da bomba para bombear o concreto, toda a concretagem foi feita de
maneira bem rápida e prática. Tinha uma pessoa responsável por ir distribuindo o
concreto usando o mangote, e outras pessoas que eram responsáveis por espalhar o
concreto com um rodo, e um outro ajudante com o vibrador, para garantir o
adensamento do concreto.

No contexto da Laje2, da mesma forma que a Laje1, foi feita toda conferência de
estacas, armaduras, ferros, foi montada toda estrutura para fazer a concretagem da
laje, porém, a Laje2 foi feita sem as bombas de concreto.
No dia da concretagem, foi tudo revisado para não dar erro na concretagem, com tudo
certo e com o caminhão já encostado com o concreto, foi iniciado a concretagem.
31

Figura 26 - Escoras laje II


Fonte: Autores (2021)

A laje foi concretada sem a da bomba de concreto, tiveram o auxílio de um elevador


para erguer as carriolas com concreto até a altura da laje, aonde os demais
funcionários pegavam as carriolas cheias de concreto e levavam até o local que seria
despejado.
Um ponto muito importante para concretagem de uma laje, são as armaduras e ferros
em geral, mais também as escoras. Escoras tem um papel fundamental de dar suporte
para laje não deformar durante e após a concretagem, para fazer as escoras é
necessário garantir que elas sejam alocadas em locais que não vão afundar, ou se
mexer, para isso são colocados os pedações de tabuas para garantir que as escoras
não afundem na terra. Temos também outros tipos de escoras, fora esse que são
madeira de eucalipto, tem a opção de alugar as escoras de ferro, e com regulagem e
travamentos próprios, que depois de montado ficam parecendo um tripé.
32

Figura 27 - Laje II
Fonte: Autores (2021)

Com esse ciclo de levar concreto na carriola e trazer ela vazia para encher novamente,
os funcionários ficam muito tempo na concretagem. Para concretar essa laje, foi o dia
todo de trabalho, começaram pela manhã, e terminam por volta das 17h da tarde do
mesmo dia. Com um ritmo de trabalho constante é possível repensar se vale ou não
a pena a bomba para bombear concreto até a laje, por questões de economia de
tempo e de menos funcionários.
33

Figura 28 - Concretagem laje II


Fonte: Autores (2021)

O concreto era despejado por uma carriola, e era espalhado com auxílio da colher de
pedreiro. A estrutura que levantava as carriolas cheias de concreto até o patamar que
era despejado o concreto, era feito através do elevador.
34

Figura 29 - Elevador
Figura 30 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Esse elevador necessita de uma pessoa para ficar apenas manuseando a


máquina, o qual é responsável por despejar o concreto do caminhão na carriola
e elevar as carriolas até o patamar onde estão trabalhando com as carriolas.
Com relação a cobertura, no geral, é muito amplo e diversificado as maneiras
de uma cobertura, mas a base serão sempre as mesmas, laje, ou a estrutura
de tesoura, vigas, caibros e terças.
35

2.5 Instalações prediais

2.5.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


As instalações elétricas de uma obra, são iniciadas na alvenaria, com as
instalações dos tubos condutores, que futuramente os fios da parte elétrica
passa por eles.

Figura 31 - Abertura para conduites


Figura 32 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Com a alvenaria pronta, inicia-se a fase de estruturação dos pontos que irão
ser instaladas as tomadas e interruptores, futuramente. Com esses pontos
36

definidos é feito um “trilho” na alvenaria o qual é vai passar as caixinhas de


energia e os tubos condutores. Os tubos condutores são os conduites que
servem para direcionar os fios de energia do ponto inicial até o ponto final, uma
ponta fica na caixa de passagem de energia, a qual ligará na tomada ou
interruptor, e a outra ponta vai para parte de cima do forro (cobertura) ou laje,
para esperar a etapa das instalações elétricas.

Figura 33 - Conduites na laje


Figura 34 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Nesse caso, os tubos condutores ficam posicionados na parte de cima da laje, para
depois de concretada a laje, a parte elétrica seja feita por esses conduites.

2.5.2 INSTALAÇÕES DE ESGOTO


.
As instalações de esgoto, são feitas antes do contrapiso pois deve ficar abaixo do
contrapiso, dentro da terra.
37

Figura 35 - Aberturas para instalações de esgoto


Fonte: Autores (2021)

Para essa primeira etapa, é perfurado valas por onde passa as tubulações que levam
o esgoto para fora ou para a estação de tratamento. As valas são cavadas com uma
profundidade específica e com um desnível conforme especificado em projeto, então
coloca-se essa linha para garantir que não vai cavar torto ou passar por locais
indesejados.
38

Figura 36 - Tubulações de esgoto


Figura 37 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Após cavada as valas, é colocado os canos que ligam as caixas de inspeções


e que conecta toda a passagem do esgoto que vai ser jogado para fora da casa.
Feito esse procedimento, é jogado terra novamente no local onde foi cavado e
colocado os canos.

2.5.3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS


Para essas instalações não houve registros fotográficos, pois ainda não havia
sido concluído.
39

2.6 Esquadrias

Com o revestimento da casa pronto, o reboco se estende também para as aberturas


de portas e janelas, como dito anteriormente. Para deixar as esquadrias no formato
correto, é necessário rebocar os quatros lados, de uma janela no caso, deixando todos
os 4 lados reto, nivelado e no prumo com as distancias que vai a janela, com a porta
é a mesma coisa, se esses processos não estives nivelados e no prumo, quando for
colocar janelas e portas, vai ter problemas.

Figura 38 - Esquadria
Fonte: Autores (2021)

Com as taliscas no prumo, é feito o reboco de forma a deixar a esquadria da janela


com as dimensões correspondentes a janela, próximo passo é sarrafear e logo em
seguida desempenar. Para fazer o reboco das seções horizontais (embaixo e em
cima) é usado como auxílio uma taba que esteja reta, para determinar a altura que vai
40

ficar o reboco, colocando-as uma em cada lado e prendendo as mesmas com o auxílio
dos sargentos, estrutura metálica que tem formato triangular com seção aberta para
apertar as duas tabuas e deixá-las fixas.

2.7 Revestimento

2.7.1 REBOCO

Quando se fala em revestimento significa que teoricamente estamos


caminhando para a reta final da obra. O revestimento é a base para toda a parte de
acabamento, como pintura, e detalhes de arquitetura, também é uma etapa importante
para obter um bom conforto térmico e acústico das obas.
O primeiro revestimento a ser feito, é o chapisco, o emboço e depois o reboco,
etapa a qual vai revestir nossas paredes por cimento para futuramente dar o
acabamento.
Para o chapisco é feito com areia grossa e cimento, e usa-se o auxílio de uma
peneira para jogar na parede, o qual vai deixar a parede rugosa que vai dar aderência
ao reboco.
No emboço, é uma camada mais grossa, feita geralmente com areia média
Para o reboco é a última camada fina importante se atentar ao nível e ao prumo,
esses fatores são cruciais na hora de fazer o reboco.
Para garantir um alinhamento em toda a parede estará todo no prumo, para
isso é feito as taliscas a cada um metro, taliscas são, geralmente, pedacinhos de piso
que são colocados na parede de forma a montar um gabarito. Para massa do reboco
é batido na betoneira cimento, areia, cal em pó e cal líquido, para auxiliar a não ter
infiltrações.
41

Figura 39 - Taliscas na parede


Fonte: Autores (2021)

Para as taliscas passa-se uma linha de fora a fora da parede, para deixá-las na
mesma altura, e depois é definido a grossura que o reboco vai ficar, de acordo com a
distância da talisca da parece, geralmente, são colocados 4 taliscas de forma a forma
um quadrado de taliscas, com uma alinhada a outra, feito isso é preciso colocar as
taliscas da parte de cima no prumo com as de baixo. Essa talisca vai ser útil na hora
de sarrafear, que em outras palavras seria passar a régua na parede, por essas
estacas para deixar toda ela reta, tirando o excesso da massa jogada.
42

Figura 40 - Emboço
Fonte: Autores (2021)

Depois de ter toda a parede taliscada, é jogada a massa na parede de forma a cobrir
espessura das taliscas. Nessa foto é a etapa do emboço que é após o chapisco, e
após será a camada fina o reboco em si.

Figura 41 - Sarrafeamento
Figura 42 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)
43

Para sarrafear é necessário localizar as taliscas, e com auxílio da régua, passar por
cima das mesmas, a fim de gerar o nível certo que deve ficar o reboco e assim ir
tirando todo excesso de massa e deixando a parede reta e uniforme.
Depois de sarrafear a última etapa é desempenar, etapa que deixa o reboco liso de
forma a ficar pronto para receber as próximas etapas do revestimento, como massa
corrida tinta, etc.

Figura 43 - Parede desempenada


Figura 44 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Com a parede desempenada, ela está pronta para receber as próximas etapas do
revestimento, que geralmente é massa corrida é ser não ter piso. O reboco também é
feito em todas as aberturas de janelas e portas, de forma a deixar o formato exato
apenas para colocar as portas e janelas.

2.7.2 ASSENTAMENTO DE PISOS

Outra etapa do revestimento, é também o assentamento de pisos. Para isso, pode-se


assentar pisos tanto de forma padrão, em cima do contrapiso, ou assentar piso em
cima de piso. Vale ressaltar que se o caso for de piso sobre piso, é necessário fazer
uso da argamassa específico para isso.
44

Tendo em vista o assentamento de piso padrão, a primeira etapa é tirar o nível da


parede e delimitar de onde vai começar a colocar os pisos.

Figura 45 - Espaçamento dos rejuntes


Figura 46 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

A régua pregada na parede, representa o nível base de onde irá assentar o piso,
daquela marca para cima, é colocado o piso, esse passo é fundamental para garantir
que os pisos fiquem alinhados e no mesmo nível, e que não haja muitos recortes para
finalizar o cômodo.
Os acessórios na foto que está entre os pisos são os niveladores e as cunhas, os
niveladores são peças pequenas em formato de “T” que colamos entre um piso e outro
para passarmos dentro desse nivelador a cunha.
As cunhas são os objetos cinza que está representado na foto acima, a cunha tem
formato de triangulo retângulo e com várias nervuras nele, para dar possibilidades de
colocar em vários níveis diferentes, e deixar todos os pisos, em geral, no mesmo nível
garantindo que não fique um piso em diferente altura dos demais.
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Os pisos do chão antes de ser colocados, deve-se esticar a linha, para da mesma
forma que a régua (no caso dos pisos na parede) com o intuito de deixar todos eles
alinhados.

Figura 47 - Pisos
Figura 48 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Os pisos do chão são colocados segundo a linha, para irem em linha reta, e da mesma
forma, usa-se os niveladores e as cunhas, para deixar todos uniforme na mesma
altura. Contudo, deve-se atentar ao lugar de onde vai começar colocar os pisos, para
não ter recortes muito pequenos no final de tudo.
Geralmente os rodapés, em piso, são embutidos, ou seja, são colocados na parede
para ficar no mesmo nível do reboco, para isso já deve-se ter deixado livre (sem
reboco) toda a parte inferior da parede que vai rodapé (20cm mais ou menos de altura
do chão sem reboco).
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Figura 49 - Rodapé
Figura 50 – Forro a vista
Fonte: Autores (2021)

Para o rodapé, os pisos são todos cortados na medida certo e assentados de forma a
ficar no mesmo nível da parede, em seguida é feito o reboco que geralmente sobra
acima do rodapé e dar o acabamento de forma correta, para que a parede fique reta,
e deixe pronto para chegar com a tinta.
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3 CONCLUSÃO

As obras em acompanhamento por esses últimos meses trouxeram para esse relatório
muita informação vista apenas na prática, diversas maneiras de execução da maioria
das etapas, em muitas vezes foi observados alguns descuidos na construção civil, na
prática do dia a dia de uma construção, que através de uma análise e avaliação é
possível evitar patologias que podem causar futuros problemas o que ocasiona uma
possível reforma.

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