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TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
ESCOLA TECNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE
TECNOLOGIA
DAS CONSTRUÇÕES
APOSTILA
2017
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discip
ETAPA I –TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES FAETEC
Técnico em Edificações ETEHL
ETEHL-
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
1.SERVIÇOS PRELIMINARES ..................................................................................................... 8
1.1. Entrevista com o cliente ......................................................................................................... 10
1.2. Modelo de questionário para aplicação junto ao cliente ........................................................12
2. O PROJETO ............................................................................................................................ 13
2.1. Fases do projeto ................................................................................................................... 15
2.2. Equipe envolvida .................................................................................................................. 17
2.3. Parte gráfica ......................................................................................................................... 17
2.4. Parte descritiva .................................................................................................................... 21
8. SUPRA-ESTRUTURA .............................................................................................................104
8.1. Estruturas de concreto armado .............................................................................................105
8.2. Estruturas de aço ................................................................................................................ 108
8.3. Estruturas de madeira ......................................................................................................... 112
9. ALVENARIA ............................................................................................................................133
10. COBERTURAS.....................................................................................................................141
11. REVESTIMENTOS................................................................................................................155
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INTRODUÇÃO
O princípio que deve nortear qualquer construção de uma edificação, grande ou pequena, é o
de fazer uma obra praticamente perfeita, no menor tempo possível e ao menor custo,
aproveitando ao máximo as características do terreno, materiais de construção escolhidos,
rendimento das ferramentas e da mão-de obra. Este é considerado o princípio fundamental das
construções.
OBJETIVOS:
Conhecer as técnicas utilizadas nas etapas executivas e construtivas de uma edificação;
Conhecer e identificar as máquinas e equipamentos utilizados na construção civil.
Os Elementos da Edificação
Analisar um ambiente parece algo simples: estruturas, paredes, objetos, cores e texturas. Mas
para os profissionais que trabalham com o espaço, esta é uma tarefa bem mais complexa:
planos, superfícies, formas, escalas, texturas, cores. O objetivo deste texto não é explicar todo
o assunto, até porque seria longo, mas sim permitir uma compreensão maior do trabalho do
profissional da construção e da decoração e sua importância.
O Espaço
O homem habita e estabelece relações com o espaço: dentro/fora, longe/perto,
separado/unido.
A maneira como entendemos este espaço depende de nossas vivências. Assim se somos
pedestres, vemos a cidade de certa maneira, mas se somos motoristas, temos outra visão.
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A Arte
A arte está diretamente relacionada à expressão, sendo algo sensorial. Através dela sentimos,
indagamos, analisamos e conhecemos o mundo à nossa volta. Ela é a maneira pela qual o
homem expressa suas ideias e pensamentos e faz com que os demais sintam o que se passa
por dentro de sua mente e de seus sentimentos.
Cada período da história apresentou uma arte com características próprias: no período clássico
imitava-se a natureza, durante o período medieval foi muito utilizada pela religião (igrejas) e já
foi e ainda é utilizada para expressar prazer ou fenômenos sociais.
A Arquitetura
A Arquitetura é considerada uma arte. Através dela o ser humano representa épocas, permite
mudanças e faz releituras de situações.
Ela permite ver o espaço de maneira articulada e trabalhar seus elementos para criar
sensações, agindo diretamente no íntimo do usuário daquele espaço. Exatamente por isso tem
responsabilidade social e funciona como uma ferramenta de leitura, análise e construção de
ambientes que serão vividos e que abrigarão relações pessoais em seu interior (isso explica a
importância da arquitetura na sociedade).
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A Construção/ Edificação
Logicamente é muito difícil, senão impossível, fazer-se a obra perfeita, mas deve-se
procurar por todos os meios, aproximarse desta situação. Para que isto seja possível, torna-
se necessário, acentuada atenção em todas as fases de construção. Estas fases são:
trabalhos preliminares, de execução e de acabamento.
Edificar na construção civil significa o ato de erguer, construir, preservar ou melhorar um espaço
habitável, onde uma ideia, com o uso técnicas apropriadas, transforma materiais diversos em algo estável,
seguro e confortável
Trabalhos preliminares
São os trabalhos iniciais que antecedem a construção propriamente dita, dentre eles:
elaboração do programa, escolha do local, estudo do subsolo, anteprojeto e projeto, organização
da praça de trabalho, terraplenagem ou acerto do terreno e locação da obra.
Trabalhos de execução
Consta da construção propriamente dita, dentre eles: abertura das valas de
fundação,consolidação do terreno, alicerces, baldrames, obras em concreto, aterros e
apiloamento, paredes e divisórias, armação de andaimes, engradamento e cobertura do
telhado, pisos, forros, esquadrias, assentamento das tubulações de água,esgotos e
eletricidade, revestimentos das paredes, dentre outros.
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Construção em andamento.
Trabalhos de acabamentos
Constitui a parte final da obra, dentre eles: assentamento de ferragem nas esquadrias,
rodapés, aparelhos elétricos, aparelhos sanitários, equipamentos, vidros, pintura, limpeza geral,
dentre outros.
Seja em pequenos ambientes seja em cidades, a distribuição dos elementos define sensações e
norteiam atitudes. Geram ação ou inércia (verticalidade/cores fortes ou horizontalidade/cores
neutras respectivamente), definem percursos ao estabelecer caminhos como corredores e
calçadas, enaltecem edifícios ou ainda podem criar locais desagradáveis caso seja a intenção.
Construção acabada
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1. SERVIÇOS PRELIMINARES
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Devemos fazer conhecer ao cliente que essa pergunta, longe de ser indiscreta, é indispensável
para evitar a feitura de anteprojetos completamente fora de qualquer possibilidade de
execução. Explicamos ao cliente que basta nos informar aproximadamente a verba que ele
pretende empregar no empreendimento. A prática mostra que, principalmente nos dias atuais,
o conhecimento do valor real é muito raro e difícil. A desvalorização constante da moeda, faz
com que um número que significava alguma coisa meses atrás, hoje passe a ser insuficiente.
Com a taxa inflacionária de, por exemplo, 25% ao ano, quem possui 100 mil para uma
determinada obra, decorridos 12 meses sem iniciá-la, só poderá executar cerca de 80%, pois o
seu custo irá para 125 mil. Se a inflação for maior, pior.
Tem-se observado que são inúmeros os empreendimentos que deixam de ser realizados por
falta de verbas, constatada logo nos primeiros estudos.
Ao se encerrar a entrevista, é hábito a promessa ao cliente da elaboração de anteprojetos,
fixando-se determinado prazo para a sua apresentação. Porém é INDISPENSÁVEL UMA
VISITA AO TERRENO ANTES DE INICIARMOS QUALQUER PROJETO.
Em alguns casos o cliente não tem dados para todos os itens, porém, a visita ao terreno ou a
consulta à Regional da Prefeitura local ajudará a completar o que for necessário.
Com o objetivo de planificar zonas, orientar as construções e uniformizá-las, tanto quanto o
possível, a Prefeitura local deve impor restrições aos aproveitamentos dos lotes, que variam
conforme as zonas e ruas. Aparece, portanto, a necessidade de consulta, para que se projete
obedecendo tais restrições, condição necessária para que o estudo a ser aprovado tenha a sua
construção autorizada. As restrições mais comuns são:
a) Área do lote que pode ser edificada;
b) Recuo mínimo de frente;
c) Recuos mínimos laterais;
d) Recuo mínimo de fundo;
e) Altura máxima para o edifício;
f) Existência ou não de projeto de desapropriação para alargamento da rua ou outro
melhoramento público;
g) Zona a que pertence a rua para efeito das horas de insolação, que deverão ser
consideradas.
As restrições impostas pela Prefeitura são, na realidade, uma necessidade. Sem elas, as
construções urbanas seriam uma completa desordem. Com a crescente e indiscriminada
valorização dos terrenos, os seus proprietários querem aproveitá-los o máximo possível; este
aproveitamento leva a excessos; portanto nenhum profissional bem intencionado e de bom
senso pode deixar de reconhecer as limitações do aproveitamento dos lotes.
Para ajudar na objetividade da entrevista inicial com o cliente, damos a seguir um possível
modelo de questionário, que tem a vantagem de orientar o profissional, evitando-se possíveis
esquecimentos quando do levantamento dos dados preliminares.
O modelo do questionário servirá de lembrança e poderá ser parcialmente preenchido durante
a entrevista. Outros dados poderão ser colhidos na vista ao terreno e também em consulta ao
Poder Municipal. Deverá também ser modificado em função do local e do tempo (novas e
diferentes leis que surjam).
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Nome: ____________________________________________________________________
E-mail: __________________________________________ Fone Cel.: ( ) _____________
End. Res.:________________________________________ Fone Fixo: ( ) ____________
End. Com.: _______________________________________ Fone Fixo: ( ) ____________
CPF: ________________ RG: _______________ Profissão: _________________________
III. Usuários:
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
Nome: _________________________ Grau de Parentesco: _____________ Idade: ______
__________________________________________________________________________
V. Acabamento requerido:
( ) Padrão Alto ( ) Padrão Médio ( ) Padrão Baixo
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Na figura abaixo aparecem os dados que devem ser obtidos: distância x, y e z. Nomes das
ruas: A, B, C e D e referências diversas:
1. Número de casas vizinhas ao lote;
2. Existência ou não de posteamento de luz e força (número do poste mais próximo);
3. Existência ou não de rede de água;
4. Existência ou não de rede de esgoto;
5. Existência ou não de rede de gás;
6. Existência ou não de cabos telefônicos;
7. Profundidade de poços vizinhos (caso não haja rede de água);
8. Natureza do leito carroçável (terra, asfalto, paralelepípedo, etc...).
Todos esses dados irão facilitar o trabalho de construção, caso a obra venha a ser executada.
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2. O PROJETO
Entendemos por construção civil a ciência que estuda as disposições e métodos seguidos na
realização de uma obra sólida, útil e econômica; por obra todos os trabalhos de engenharia de
que resulte criação, modificação ou reparação, mediante construção, ou que tenham como
resultado qualquer transformação do meio ambiente natural; por edifício toda construção que
se destina ao abrigo e proteção contra as intempéries, dando condições para desenvolvimento
de uma atividade.
Para construir um edifício necessitamos da colaboração de um arquiteto ou engenheiro e de
um construtor. As atribuições do arquiteto e do engenheiro são a criatividade, a concepção e o
aproveitamento do espaço; cabe a ele entre outras atividades a de elaborar: a) o estudo
preliminar; b) o anteprojeto e c) o projeto. Ao construtor cabe materializar o projeto, construindo
o edifício.
Existem inúmeros tipos de projetos, tais como: estrutural, arquitetônico, hidráulico,
sanitário,elétrico, de decoração, de urbanização, etc... De um modo geral as exigências e
normas são muitas parecidas. Nesta apostila vamos retratar apenas o projeto arquitetônico.
No estudo preliminar são focalizados os aspectos social, técnico e econômico, a localização do
lote e suas características de uso, as opções possíveis, as avaliações de custo e de prazo.
Para esse estudo, o projetista deverá dirigir-se ao local e fazer indicação do lote medindo a
testada e o perímetro do mesmo, verificar a área de localização e a situação do lote em relação
aos lotes vizinhos e a rua, medidas de ângulos (se for o caso), orientação do lote com relação à
linha NS magnética.
A posição da linha N-S é necessária na elaboração dos anteprojetos para o uso adequado do
gráfico de insolação. Caso haja dificuldade de se obter a orientação do lote no local por falta de
bússola ou declinatória, ainda nos resta a possibilidade de consegui-la nas plantas da cidade,
com aproximação razoável para o caso.
Terminado o estudo preliminar, inicia-se a fase do anteprojeto, momento em que se busca
ordenar os espaços e passar as idéias e os esboços concebidos na fase anterior para o papel.
Nessa etapa, além do projeto arquitetônico, devem ser elaborados os projetos: estrutural, de
instalações hidráulicas e elétricas, gás, telefonia, paisagismo, layout de mobiliário, entre ouros,
que devem ser compatibilizados antes do início do projeto final.
Os anteprojetos e projetos constam de duas partes, a gráfica e a descritiva. A parte gráfica é
composta pelos seguintes desenhos: a planta de situação com a planta de cobertura, a planta
baixa ou as plantas baixas dos diferentes pavimentos (caso existam mais de um pavimento), no
mínimo dois cortes (longitudinal e transversal), no mínio a fachada frontal e os detalhes que
farão parte do projeto executivo.
A parte descritiva contém as especificações técnicas, o memorial descritivo, o orçamento e o
cronograma físico-financeiro.
Significado de "Projeto"
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A. Estudo preliminar
Constitui a configuração inicial da solução arquitetônica proposta para a edificação (rascunhos,
croquis e plantas preliminares), que representam graficamente as primeiras soluções obtidas
considerando as exigências contidas no relatório de levantamento de dados elaborado com os
dados do programa de necessidades. Deve receber a aprovação preliminar do cliente.
B. Anteprojeto
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Porém, como conhecer o custo de uma obra ainda não projetada? A solução é bastante
simples, pois se pode determinar um preço por metro quadrado de construção em função da
época e do nível do acabamento requerido.
Diversas revistas especializadas publicam o custo do metro quadrado, variando com o tipo de
acabamento, número de pavimentos e número de dormitórios. Acontece, porém, que são
custos onde não se acham incluídas obras complementares, tais como pavimentações e
ajardinamentos externos, muros, elevadores, etc... É necessário, portanto, que tenhamos certa
vivência que só o tempo nos dá, para conhecermos o preço real ou próximo dele. Pode-se
sugerir, também, troca de ideias com colegas atuantes no ramo.
Os anteprojetos devem ser simples, sem detalhes exagerados, apenas traçando em linhas
gerais um plano que futuramente será desenvolvido, caso aceito.
Para isso, basta uma planta em escala 1:100 ou 1:50, e eventualmente detalhes importantes no
estudo.
Sobre a importância dos anteprojetos, pouco se deveria dizer, pois seu valor é evidente.
Geralmente os fatores positivos de uma obra são: a) construção boa; b) construção econômica;
c) construção rápida.
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A escala mais indicada para tal planta é a 1:50 para que possa ser representado o maior
número de detalhes que tornem a execução da edificação compreensível.
Deverá ser inteiramente cotada, não bastando o dimensionamento gráfico. Aliás, a falta de
cotas é responsável por grande número de falhas, pois as cópias utilizadas nas obras são
feitas em papel que facilmente dilata com o clima, não merecendo fé as distâncias obtidas
graficamente no desenho.
Os detalhes que compõem a planta construtiva são:
Paredes;
Posição e marcação dos vãos de portas e janelas;
Sentido de abertura das portas;
As escadas devem ser bem detalhadas, constando a largura, altura e número de
degraus;
Localização dos pontos luminosos, interruptores, tomadas, campainhas, telefones,
quadro de distribuição, chuveiros elétricos, etc...;
Localização dos aparelhos sanitários, pia e fogão na cozinha, tanque e máquina de
lavar, etc...
G. Dimensionamento – Detalhamento
Engenheiros / Arquitetos;
Desenhistas / Cadistas;
Técnicos projetistas
Digitadores;
Estagiários;
Apoio.
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a) Planta de situação-orientação
Estabelece a posição do prédio ou obra em relação ao terreno (propriedade). Deve indicar
principalmente:
- a orientação topográfica ou seja, a posição norte;
- a distância dos contornos às divisas e/ou à outras construções de referência, tais como:
cercas,estradas, árvores ornamentais, podendo essas também constar como ponto de
referência;
- as cotas altimétricas do terreno;
- as demais instalações da propriedade;
- a cobertura da edificação.
b) Planta baixa
É a projeção em plano horizontal resultante de um corte da obra na altura de 1,50m em relação
ao piso de cada pavimento), por meio de plano imaginário horizontal.
Nas plantas, é hábito o uso das escalas 1:100 e 1:50. Observando as plantas baixas dos
diferentes pavimentos (quando existirem), vemos que elas devem apresentar os seguintes
itens: localização e denominação dos diversos cômodos; localização de alvenarias, pilares e
pilastras; dimensões dos elementos; portas, janelas e vãos livres com respectivas dimensões;
cotas internas e externas; diferenças de nível soleiras e degraus; projeção do beiral e projeção
de passeios; posição dos equipamentos; recuos da construção com relação às divisas de
frente, fundo e laterais, vista em planta das escadas de acesso a pavimentos superiores,
posição por onde passam os cortes desenhados;
c) Cortes
São projeções verticais de cortes efetuados por planos imaginários verticais. Podem ser
longitudinais, quando feitos no sentido do maior comprimento da obra, e transversais, quando
perpendiculares ao primeiro.
Na planta baixa, o local exato dos cortes é indicado por linha grossa, interrompida e
contendo letras como AA ou AB, etc. em cada extremidade.
Os cortes devem ser efetuados nos cômodos que contenham maior dúvida ou necessidades de
maiores esclarecimentos.
Devem mostrar os seguintes itens com as respectivas dimensões: altura dos cômodos ou pé-
direito; altura dos peitoris e vergas dos vãos; espessura das alvenarias; espessuras de lajes;
perfil do terreno; altura do baldrame; aterros ou cortes; engradamento do telhado; diferença
de nível dos pisos; sugestão de alicerce.
Podem ainda indicar: revestimentos das alvenarias e posição de equipamentos.
Cada projeto deverá ter, pelo menos, dois cortes: da construção principal e das edículas. Os
cortes da construção principal devem ser: um no sentido longitudinal e outro transversal. Os
cortes poderão passar por qualquer posição escolhida pelo projetista, contanto que a cozinha,
os banheiros e a escada sejam cortados pelo menos uma vez.
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d) Fachada ou elevação
É a projeção em plano vertical de uma ou mais faces externas. Deve ser desenhada a
vista de frente para a rua, da construção principal e das edículas. Caso o lote seja de esquina,
deverão ser desenhadas as duas fachadas, isto é, as vistas de frente para as duas ruas.
Geralmente a fachada principal, voltada para a entrada ou o local de melhor visão, recebe um
tratamento estético mais elaborado. Isto é mais importante nas construções urbanas, pois na
zona rural praticamente todas as fachadas ou pelo menos duas ou três são amplamente
visualizadas.
A fachada deve mostrar especificamente os materiais de acabamento e sua localizção,
assim como sugestão para cores. Muitos projetos aparecem sem a indicação de cor, por ser
este um assunto muito pessoal, dependendo de aspectos psicológicos. Não confundir fachada
com corte, nunca deve-se cotar a fachada.
e) Detalhes
Alguns elementos da construção exigem uma apresentação com pormenores que escalas
reduzidas não reproduziriam a contento.Geralmente são partes ou peças de pequenas
dimensões em relação a obra global.
f) Planta de cobertura
Representa a projeção em plano horizontal das águas ou planos inclinados da cobertura e os
respectivos complementos como calhas, condutores, cumeeiras e espigões.Deve mostrar
primordialmente: projeção das alvenarias, em linha interrompida, com traço fino; projeção das
águas ou planos inclinados com cumeeiras e espigões; complementos tais como calha de
beiral ou de rincão, condutores, rufos, etc; indicação do sentido de queda das águas, por meio
de setas e platibandas. Podem ainda conter as cumeeiras de ventilação, telhas de ventilação,
lanternins e sheds.
g) Apresentação do projeto
Os originais são desenhados em papel vegetal ou mesmo do tipo manteiga, dependendo da
importância da obra. Órgãos Públicos exigem projetos em papel impresso (plotados).
Os originais são mantidos em arquivo (impresso ou digital), entregando-se aos clientes
cópias dos mesmos. O formato é de livre escolha, a não ser em caso de exigências em
concorrências ou desenhos para órgãos oficiais que assim o exigirem. Neste caso os
formatos serão A0, A1, A2, A3 ou A4.
Dependendo da importância da obra, serão também necessários projeto elétrico, hidráulico e de
esgotos, de cálculo estrutural, de interiores e paisagismo. No entanto, são itens requeridos em
projetos urbanos (na maior parte das vezes).
a) Memorial descritivo
É onde o projetista justifica a solução abordada. Deve ser uma dissertação clara, direta e
simples. Os temas são abordados na seqüência mostrada nas fases de construção, ou
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b) Orçamento
É a estimativa do custo da obra. Construtores práticos costumam fazer um orçamento
sumário, resultado da área da construção multiplicada por um custo arbitrário para mão-de-
obra e material ou mesmo para o global da construção. Este custo arbitrário é baseado
nas últimas obras que este construtor fez dentro do mesmo padrão de acabamento.
Para países em desenvolvimento, sofrendo por oscilações na área econômica é um método
perigoso.
Exemplo:Uma habitação com padrão médio de acabamento, em dezembro de 2013
2
a importância média de R$ 1.200,00 por m (global), ficando a mão-de-obra em R$ 400,00
2 2
por m . Pelo orçamento sumário, uma casasemelhante, com 100 m de área construída, daria
uma custo global de R$ 120.000,00. Em 2013 as leis sociais representavam em torno de 130%
sobre a mão-de-obra.
Já o orçamento detalhado é um processo minucioso que se avalia os custos com
materiais, mão-deobra, leis sociais, despesas de projetos e aprovações, serviço de
escritório, administração e margem de lucro. Exige bastante prática, visão e atenção estando
no entantosujeito a erros.
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3. INSTALAÇÃO DA OBRA
Mas como nem sempre estas características são encontradas nos lotes urbanos, devemos levá-
las em consideração quando da visita ao lote, levantando os seguintes pontos:
a) Deve-se identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo a escritura, colhendo-se todas
as informações necessárias;
b) Verificar junto a Prefeitura da Municipalidade, se o loteamento onde se situa o terreno, foi
devidamente aprovado e está liberado para construção;
c) Números das casas vizinhas ou mais próximas do lote;
d) Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina ou construção mais
próxima;
e) Com bússola de mão, confirmar a posição da linha N-S;
f) Verificar se existem benfeitorias (água, esgoto, energia);
g) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existe viela-sanitária vizinha
do lote, em uma das divisas laterais ou fundo;
h) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes, bueiros, etc.;
i) Verificar se existe faixa non edificandi (de não construção);
j) Verificar a largura da rua e passeio.
Obs.: Todos esses dados poderão ser acrescidos no questionário anterior. Geralmente, estes
dados colhidos na visita ao terreno não são suficientes, e na maioria das vezes, devemos pedir
previamente que se execute uma limpeza do terreno e um levantamento plani-altimétrico.
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Carpir - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para tal,
unicamente a enxada.
Roçar - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno porte, que
poderão ser cortadas com foice.
Destocar - Quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar, cortar ou
serrar o tronco e remover parte da raiz.
Esse serviço pode ser feito com máquina de grande porte ou manualmente com machado,
serrote ou enxadão.
Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de árvore que possam
dificultar os trabalhos. Todo material vegetal, bem como o entulho, terá que ser removido do
canteiro de obras.
Limpeza do terreno.
a) Lote regular
Apresenta geralmente forma de retângulo, bastando, portanto, medir os seus quatro lados. Não
estranhem falar em quatro lados, porque se teoricamente o retângulo tem seus lados iguais
dois a dois, na prática geralmente são diferentes, sendo conveniente verificá-los e usar o valor
médio.
Lote regular.
Obs. Para verificar se o lote está no esquadro, devemos medir as diagonais que deverão ser
iguais.
Além dos quatro lados, deverão ser medidas as duas diagonais. Podemos ainda tentar obter o
ângulo entre dois alinhamentos através de três medidas lineares. Medindo as distâncias l, m e
n, pode-se calcular o ângulo α pela fórmula: Cos α = (l2 + m2 – n2)/(2.l.m)
Lote irregular.
É necessário, porém, que, para maior precisão, os valores l, m e n sejam grandes, os maiores
possíveis. Exemplo: m=6,00 m; l=8,00m; n=6,35m.
Cos α = (8,002 + 6,002 – 6,352)/(2.8,00.6,00) = 0,6216406
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Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda e da flecha
máxima (central).
Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontos do início e fim da
corda. Medir a corda e a flecha no local.
E com o auxílio de um desenho (realizado no escritório) construir a curva a partir da
determinação do centro da mesma utilizando a flecha e a corda (Figura1.4).
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Curvas de Níveis
Podemos identificar a topografia do lote através das curvas de níveis. A curva de nível é uma
linha constituída por pontos todos de uma mesma cota ou altitude de uma superfície qualquer.
Quando relacionadas a outras curvas de nível permite comparar as altitudes e se projetadas
sobre um plano horizontal podem apresentar as ondulações, depressões, inclinações etc. de
uma superfície (Figura 1.5)
Podemos observar na Figura 1.5 que quando mais inclinada for a superfície do terreno, as
distâncias entre as curvas serão menores, menos inclinada as distâncias serão maiores d1 <
d2.
As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nos fornecem os
níveis, os ângulos, as dimensões de um terreno ou área. Esses levantamentos topográficos
geralmente são feitos com teodolito e níveis. Entretanto, em certas circunstâncias haverá
necessidade de se fazer um levantamento expedito com as ferramentas próprias do pedreiro,
ou seja, trena, metro ziguezague, nível de pedreiro, nível de borracha, fio de prumo e barbante
ou arame recozido, como no exemplo da figura abaixo:
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Os levantamentos com a utilização de métodos simples não são muito precisos, mas são
suficientes para construções residenciais unifamiliares de pequeno porte, que geralmente
utilizam terrenos pequenos. Caso seja necessário algo mais rigoroso, devemos fazer um
levantamento com aparelhos recorrendo a um topógrafo. Geralmente é suficiente tirar um perfil
longitudinal e um transversal do terreno, mas nada nos impede de tirarmos mais perfis, caso
necessários.
Nos métodos descritos abaixo se usa basicamente balizas com distância uma da outra no
máximo de 5,0m, ou de acordo com a inclinação do terreno. Em terrenos muito íngremes a
distância deverá ser menor e em terrenos com pouca inclinação podemos utilizar as balizas na
distância de 5,0 em 5,0m.
Nível de bolha
Materiais:
- Nível de bolha;
- 2 balizas;
- régua
- trena.
Utilizando o método do nível de bolha, a medida do desnível se consegue colocando uma
régua entre as duas balizas. Com o auxílio do nível de bolha, nivelamos a régua (Figura 1.9). O
desnível obtido é a diferença entre o H e h e assim consecutivamente. Com os diversos
desníveis conseguimos delinear um perfil.
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Nível de mangueira
O método da mangueira é um dos mais utilizados. Fundamenta-se no princípio dos vasos
comunicantes, que nos fornece o nível. Este é o método que os pedreiros utilizam para nivelar
a obra toda, desde a marcação da obra até o nivelamento dos pisos, batentes, azulejos etc.
A mangueira deve ter pequeno diâmetro, parede espessa para evitar dobras e ser
transparente.
Para uma boa marcação ela deve estar posicionada entre as balizas, sem dobras ou bolhas no
seu interior. A água deve ser colocada lentamente para evitar a formação de bolhas.
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Coloca-se a primeira baliza no ponto 1, que servirá de RN. De acordo com a extensão do nível
de borracha, podemos ir colocando a segunda baliza nos diversos pontos levantados pela
planimetria. Se o comprimento do nível de borracha for pequeno, faremos por partes.
O “nível de borracha” é uma mangueira de plástico transparente, de diâmetro pequeno, da
ordem de ø¼”, para se obter maior sensibilidade. Enche-se essa mangueira de água – o
melhor é colorir a água para melhor visibilidade – e tapa-se as extremidades colocando-se uma
delas na primeira baliza, no ponto 1-RN na altura do gabarito. A outra extremidade é colocada
no ponto 2, apoiada na segunda baliza, na posição vertical, tanto quanto possível.
Procura-se destampar os orifícios da mangueira sem que a água do interior da mesma aflore;
para tanto, procura-se elevar ou abaixar a extremidade do ponto 2, até obter o equilíbrio da
água no interior da mangueira no ponto 2, a diferença dessa medida com a altura fixada como
gabarito (1,00 m) na baliza 1 será o desnível entre os pontos 1 (RN) e 2.
Se a medida da baliza 2 for maior que a do RN, significa que o ponto 2 é mais baixo em relação
ao nosso RN. O inverso, isto é, se a medida do ponto 2 for menor, significa que o mesmo está
mais alto que o nosso RN. O processo se repete nos diversos pontos.
Para facilitar a medição, podemos partir com o nível d'água em uma determinada altura "h"
numa das balizas, que será descontada na medida encontrada na segunda baliza “H”.
Fazemos isso para não precisarmos colocar o nível d'água direto no ponto zero (próximo do
terreno), o que dificultaria a leitura e não nos forneceria uma boa medição.
O desnível é obtido pela diferença entre “H” e “h”.
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Dicas:
1 - Devemos ter o cuidado de não deixar nenhuma bolha de ar dentro da mangueira, para não
dar erro nas medições;
2 - A mangueira deve ser transparente, e de pequeno diâmetro, da ordem de ø1/4“ ou ø5/16"
para obter maior sensibilidade;
3 - A espessura da parede da mangueira deve ser espessa para evitar dobras.
Movimentos de terraplenagem.
O momento da obra em que ocorre o movimento de terra pode ser variável. Depende das
características de execução das fundações e das demais atividades de início da obra. Pode ser
necessário executar as fundações antes de escavar o terreno (quando se trabalha com
grandes equipamentos, para facilitar a sua entrada e retirada). Ou quando se tratar de
fundações feitas manualmente o acerto do terreno pode ser realizado entes. Portanto o
movimento de terra deve ser cuidadosamente estudado.
As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra são:
• Sondagem do terreno;
• Sequência da execução do edifício;
• Níveis das construções vizinhas;
• Localização do canteiro de obras.
Podemos executar, conforme o levantamento plano-altimétrico, cortes, aterros, ou cortes +
aterros:
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A terra escavada deve ser levada para fora do canteiro de obra. Com raras exceções, a terra
será aproveitada no próprio local da construção. Este transporte será feito economicamente em
função da distância a percorrer do volume e da natureza do caminho a ser percorrido.
O transporte pode ser manual, usando-se a pá. Nesse caso a distância será a do arremesso
pela força do operário. O limite é geralmente de 4 metros horizontalmente e 1,50 m na vertical.
Através do carrinho de mão e gericas, a distância horizontal a ser percorrida aumenta para 90
m e 150 m.
O material escavado poderá ter duas destinações: ou será transportado para fora do canteiro,
ou será usado no próprio local da construção. Neste último caso torna-se necessário cuidarmos
do modo como processar o aterro protegendo-o das chuvas e intempéries.
O aterro deve ser feito em camadas horizontais de ± 30 cm, que devem ser compactadas,
conservando o talude natural para que mais tarde, não seja necessário fazer o seu
escoramento. O volume de terra aumenta depois da escavação, e deve ser prevista a retirada
do excesso.
A profundidade será a necessária para encontrar terreno firme e nunca inferior a 40 cm. Há
casos em que as cavas chegam a ser aprofundadas até um metro ou mais para que se
encontre camadas do solo com resistência suficiente.
3.8. Cortes
No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo correspondente à área de projeção
do corte multiplicada pela altura média, acrescentando-se um percentual de empolamento. O
empolamento é o aumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural
e é expresso como uma porcentagem do volume no corte. Relacionamos na Tabela 2.1 alguns
empolamentos. Por exemplo, o empolamento de um solo superficial é de 43% (Tabela 2.1),
significa que um metro cúbico de material no corte (estado natural) encherá um espaço de 1,43
metros cúbicos no estado solto.
Obs.: Quando não se conhece o tipo de solo podemos considerar o empolamento entre 30 e
40%.
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Corte em terreno.
O corte é facilitado quando não se tem construções vizinhas, podendo fazê-lo maior. Mas
quando efetuado nas proximidades de edificações ou vias públicas, devemos empregar
métodos que evitem ocorrências, como: ruptura do terreno, descompressão do terreno de
fundação ou do terreno pela água.
No corte os materiais são classificados em:
- Materiais de 1ªcategoria: são materiais que podem ser extraídos com equipamentos
convencionais de terraplenagem, incluindo eventual escarificação. Compreendem as terra em
geral, piçarra ou argila, rochas em decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm.
- Materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao do
granito.
- Materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou superior
ao granito.
Aterro em terreno.
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Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, sem vegetação nem entulhos.
O material escolhido para os aterros e reaterros devem ser de preferência solos arenosos, sem
detritos, pedras ou entulhos. Devem ser realizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm,
devidamente molhadas e compactadas manual ou mecanicamente.
Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é fundamental para o desempenho
estrutural do edifício, é possível utilizar pequenos equipamentos, como os compactadores
mecânicos (sapos), os soquetes manuais, ou os próprios equipamentos de escavação. Quando
o nível de exigência é maior devem-se procurar equipamentos específicos de compactação,
tais como compactadores lisos e rolos pé de carneiro.
c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a remuneração pelo serviço é efetuada
por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da máquina está incluso no preço da
viagem, e deve-se registrar o número de viagens.
Este sistema é indicado para obras com pequeno movimento de terra.
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Resistência do terreno – limite de carga que o terreno pode suportar, que define como e de
que modo serão construídas as fundações do prédio projetado, as bases e os alicerces.
- O problema de fundações envolve estudos de Mecânica dos solos e de Análise estrutural
conjugada e racionalmente.
- Uma construção será mais sólida se levantada em terreno firme, capaz de mantê-la
indefinidamente em equilíbrio estável.
- É imperioso conhecer-se a formação geológica e a resistência das camadas do terreno.
4.1. Considerações
Quando a resistência encontrada em um solo não satisfaz ao fim a que desejamos atingir
ou não apresenta condições satisfatórias para o assentamento de uma fundação, torna-se
necessário, que pesquisemos o solo em maiores profundidades, a fim de que possamos ter
ideia do seu perfil geológico.
O conhecimento do terreno obtém-se , determinando-se as alturas de suas diversas
camadas geológicas e a sua resistência. Obtemos as informações por meio de poços de
exploração, ou por meio de sondagens.
A primeira técnica é de custo muito elevado, e tem sido empregada em obras de grande
vulto.
Em se tratando de terrenos cobertos por aterros onde se encontram corpos estranhos ou
blocos de rocha ou, ainda terrenos com restos de antigas construções, aconselha-se a
abertura de poços até a base do aterro, e daí por diante prospecção por sondagem.
Solução idêntica pode ser adotada quando se atinge o nível do lençol freático.
A profundidade a ser alcançada pelas sondagens deve ser fixada com a distribuição de
pressões do solo.
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Sondagem mecanizada.
Consiste em geral na abertura de um furo no solo. A perfuração pode ser feita por meio de
ferramentas ou máquinas, que vão provocando a desagregação total ou parcial do solo.
À medida que a sondagem progride e as amostras são coletadas, registra-se as cotas e as
camadas distintas bem como os níveis de água e outras observações.
Normalmente uma sondagem inicia-se com tubos de diâmetro 2", decidindo-se ou não pela
necessidade de sondagens de 6", tendo em vista o vulto da obra e a natureza do terreno
encontrada.
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daí por diante elas progridem por meio do trado espiral. Quando se encontra o lençol de água,
passa-se para o método de percussão com circulação de água.
As amostras representativas são obtidas por meio de barrilete amostrador, aproveitando-se
este para medir a resistência à penetração. Tal medida refere-se ao número de golpes dados
com um peso de 65 kg e uma altura de queda de 75 cm, necessários para fazer penetrar o
amostrador cerca de 30 cm no solo. Esse índice permite avaliar a compacidade ou consistência
relativa das diversas camadas.
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Sondagem de reconhecimento
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5. CONCEITOS TOPOGRÁFICOS
A topografia é o estudo da superfície do terreno. Com sua ajuda podemos traçar o perfil do
terreno em suas visualizações e medidas planas e altimétricas, estabelecendo sua poligonal
com dimensões de limites, área, curvas de nível e todos os elementos necessários para a
localização do terreno e da construção.
Em obras de pequeno vulto, sem necessidade de muita precisão, podem ser usadas
ferramentas próprias de pedreiro como a trena, metro, níveis e fio de prumo, porém em obras
mais vultosas são necessários equipamentos topográficos de precisão que são o teodolito,
nível e acessórios pertinentes.
É através da sondagem que se pode estudar o solo, reconhecendo e investigando sua
disposição, natureza e espessura das camadas, características e nível d’água para que se
possa estimar a resistência do solo à solicitação das cargas necessárias para a construção a
que se destina.
Para cada tipo de ensaio existe um tipo de sondagem, desde a mais simples, com retirada de
material e serviços manuais, até as que utilizam equipamentos que se aprofundam no terreno,
coletando material e verificando sua resistência mecânica.
5.1. Locação
Definição: Locar uma obra é medir e (ou) marcar no solo a posição exata de cada um dos
elementos constitutivos da obra, ou seja, de cada estaca ou sapata e, posteriormente, a
estrutura e as paredes. Deve-se, então, possuir uma planta de locação com as medições
planimétricas, que é feita com a ajuda da planta de situação e a de fundação, porém com
medidas de eixo a eixo e em centímetros.
É a transferência dos dados e medidas de um projeto para um terreno. É de grande
importância e cuidados devem ser tomados para as medidas serem as mais precisas
possíveis.
Podemos efetuar a locação da obra, nos casos de obras de pequeno porte, com métodos
simples (utilizando o nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena), sem o auxílio de
aparelhos, que nos garantam certa precisão. No entanto, em obras de grande área, os
métodos simples, poderão acumular erros, sendo conveniente, portanto, o auxílio da
topografia.
Em quaisquer dos casos, para materializar a demarcação exigirá um elemento auxiliar que
poderá ser constituído por cavaletes ou tábua corrida (gabarito).
Aspectos importantes:
O local da obra deve estar limpo e sem vegetação;
Utilizar instrumentos de medida, como trena de pelo menos 20metros e mangueira de
nível, em perfeito estado de conservação;
Estar com os projetos de implantação e locação da obra;
Ter todos os materiais necessários (sarrafos, pregos, lápis, estacas, entre outros);
Ter certeza da veracidade do nível de referência;
Ter auxiliares competentes.
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Para obras com poucos elementos a serem locados, cavaletes estrategicamente locados nos
principais alinhamentos.
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Cavaletes
Duas estacas e uma travessa, o
alinhamento é feito com um prego cravado
no meio da travessa.
Depois de distribuídos os cavaletes,
previamente alinhados conforme o projeto,
linhas são fixadas e esticadas nos pregos
para determinar o alinhamento do alicerce,
e em seguida inicia-se a abertura das valas.
Sarrafos de madeira.
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As locações devem ser afastadas pelo menos 1 m das escavações das fundações e
alicerces. Devem ser cravados firmemente no solo pontaletes alinhados e distanciados de
1,50 m e 2,0 m, em seguida são pregados em nível com a mangueira de nível.
É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é através delas que
marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção, determinando assim o
esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demais paredes.
Um método simples para isso consiste em formar um triângulo através das linhas dispostas
perpendicularmente, cujos lados meçam 3, 4 e 5m (triângulo de Pitágoras), fazendo coincidir
o lado do ângulo reto com o alinhamento da base.
Definido o eixo principal deve-se proceder a marcação do eixo transversal.
Triângulo retângulo com o uso de uma trena, para chegar ao ângulo de 90°.
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Sobre os sarrafos devem ser marcados os alinhamentos das peças construtivas, de acordo
com o projeto. Essas marcações são feitas com pregos.
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Nota-se:
• Os pontaletes;
• Os sarrafos em nível;
• As linhas dos eixos das paredes a serem construídas;
• As cotas do projeto de forma acumulativa.
Fases:
Verificação da forma e dimensão do terreno, de acordo com dados do projeto ou escritura
de compra;
Marcação no terreno do perímetro do prédio;
Locação das cavas de fundação e alicerces;
No caso de ser estrutura de concreto armado, a locação consiste na locação de pilares.
Processos:
Processo do esquadro
- limitado a pequenas obras
- usa-se o "esquadro de pedreiro", de (60-80) cm de lado
- quanto menor o esquadro maior será o erro.
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Processo da trena
- Usamos o triângulo de Pitágoras (triângulo retângulo, catetos 3 e 4 / hipotenusa 5).
5.2. Nivelamento
Definição: É a medida ou marcação de diferenças de alturas (níveis), entre dois ou mais pontos
numa obra.
Métodos de nivelamento:
- Manuais: Réguas Niveladoras/ Mangueira D'água
- Ótico: Nível Ótico
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– Pontos de referência
– Alinhamento da rua - Poste no alinhamento
– Ponto marcado por topografia
– Lateral do terreno
Terrenos em desnível
– Marcação por cavaletes
– Transporte de medidas: pregos, arames e linhas
Conferência (atenção)
– Erros de estrutura
– Erros de marcação
– Esquadro / Nível / Eixos
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Ferramentas e Equipamentos
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Após o terreno limpo e com o movimento de terra executado, O canteiro é preparado de acordo
com as necessidades de cada obra. Deverá ser localizado em áreas onde não atrapalhem a
circulação de operários veículos e a locação das obras. A sua organização é desenvolvida e
detalhada no escritório central.
No mínimo devemos fazer um barracão de madeira, chapas compensadas, ou ainda containers
metálicos que são facilmente transportados para as obras com o auxílio de um caminhão
munck. Nesse barracão serão depositados os materiais (cimento, cal, etc...) e ferramentas, que
serão utilizados durante a execução dos serviços. Áreas para areia, pedras, tijolos, madeiras,
aço, etc. deverão estar próximas ao ponto de utilização, tudo dependendo do vulto da obra,
sendo que nela também poderão ser construídos escritórios, alojamento para operários,
refeitório e instalação sanitária, bem como distribuição de máquinas, se houver.
Em zonas urbanas de movimento de pedestres, deve ser feito um tapume, "encaixotamento" do
prédio, com tábuas alternadas ou chapas compensadas, para evitar que materiais caiam na
rua.
Em obras de maior vulto faz-se o tapume, inteiramente independente da obra, com estacas
afastadas de aproximadamente 2,5 m, onde são pregados os madeirites ou tábuas.
Um canteiro ou praça de trabalho requer as seguintes vantagens:
• Ser vedado à entrada de estranhos;
• Apresentar acesso fácil aos veículos;
• Oferecer espaços que favoreçam cargas e descargas;
• Ter área suficiente para telheiros e galpões
• Ser bem abastecido de água;
• Contar com suficiente energia elétrica.
O bom êxito de uma empresa construtora depende, muitas vezes, de uma boa organização e
administração de sua praça de trabalho.
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Barracão tradicional.
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Todo peso de uma obra é transferido para o terreno em que a mesma é apoiada.
Os esforços produzidos pelo peso da construção deverão ser suportados pelo terreno em que
esta se apoia, sem que ocorram recalques ou ruptura do terreno.
Estrutura de um prédio é o conjunto de peças que podem ser de concreto, madeira ou metal,
as quais suportam e transferem toda a carga de uma construção e acessórios, que lhe é
solicitada, para as fundações e estas, consequentemente, para o terreno.
Este conjunto é composto por: a) infraestrutura: fundações (alicerces) e; b) supraestrutura:
laje, viga e pilar.
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1. Objetivo;
2. Documentos complementares;
3. Definições;
4. Investigações geotécnicas, geológicas e observações locais;
5. Cargas e segurança nas fundações;
6. Fundações superficiais;
7. Fundações profundas;
8. Escavações;
9. Observações do comportamento e instrumentação de obras de fundação.
Numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que condicionam a escolha por
um tipo ou outro de fundação. Os principais itens a serem considerados são:
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Topografia da área
• dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;
• necessidade de efetuar cortes e aterros
• dados sobre erosões, ocorrência de solos moles na superfície;
• presença de obstáculos, como aterros com lixo ou matacões.
Dados da estrutura
A arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um edifício, torre
ou ponte, se há subsolo e ainda as cargas atuantes.
Realizado esse estudo, descartamos as fundações que oferecem limitações de emprego para
a obra em que se está realizando a análise. Teremos, ainda assim, uma gama de soluções
que poderão ser adotadas.
Alguns projetistas de fundação elaboram projetos com diversas soluções, para que o
construtor escolha o tipo mais adequado de acordo com o custo, disponibilidade financeira e o
prazo desejado.
Dessa forma, numa segunda etapa, consideram-se os seguintes fatores:
Aspectos econômicos
• Além do custo direto para a execução do serviço, deve-se considerar o prazo de execução.
Há situações em que uma solução mais custosa oferece um prazo de execução menor,
tornando-se mais atrativa. Podemos perceber que, para realizar a escolha adequada do tipo
de fundação, é importante que a pessoa responsável pela contratação tenha o conhecimento
dos tipos de fundação disponíveis no mercado e de suas características. Somente com esse
conhecimento é que será possível escolher a solução que atenda às características técnicas
e ao mesmo tempo se adeque à realidade da obra.
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7.4 Sondagens
É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecer o subsolo e
escolher a fundação adequada, fazendo com isso, o barateamento das fundações. As
sondagens representam, em média, apenas 0,05 a
0,005% do custo total da obra.
Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse
do projeto;
Determinação das condições de compacidade (areias) ou consistência (argilas) em que
ocorrem os diversos tipos de solo;
Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação da
orientação dos planos (superfícies) que as separam;
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• As fundações indiretas ou profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de
atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão
podem ser estacas ou tubulões. São aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas
vezes as suas menor dimensão, e a mais de 3 m de profundidade.
OBS.: O quadro acima está incompleto, pois não faz menção as estacas de aço.
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A nível bastante grosseiro, diremos que as fundações devem fazer com que a tensão
transmitida ao terreno seja menor que a tensão que este terreno é capaz de suportar.
A seguir são apresentadas algumas taxas de tensões de compressão admissíveis para
determinados tipos de solo.
O que caracteriza, principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato da distribuição de
carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga
aproximadamente pontual que ocorre no pilar, é transformada em carga distribuída, num valor
tal, que o solo seja capaz de suportá-la. Outra característica da fundação direta é a
necessidade da abertura da cava de fundação para a construção do elemento de fundação no
fundo da cava.
A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta
pouca capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito
lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. A fundação profunda, normalmente,
dispensa abertura da cava de fundação, constituindo-se, por exemplo, em um elemento
cravado por meio de um bate-estaca.
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Praticamente podemos dizer que quando um terreno for firme na superfície ou à pequena
profundidade, empregamos fundações superficiais, e quando o terreno for firme em camadas
de maior profundidade, empregamos fundações profundas. Podemos também utilizar
fundações superficiais quando o terreno tiver pouca resistência na superfície. Nesse caso,
podemos utilizar a solução de radier, que nada mais é que uma superfície de concreto
executada como se fosse um grande piso sobre o qual será construída a edificação. Este piso
será armado com aço, para evitar trincas, e concreto de boa resistência, como se fosse uma
laje. Pode ser um contrasenso, mas vejamos:
Tensão = Força
Área
Se aumentarmos a área, diminuiremos o valor da tensão, que poderá ficar menor que a
tensão admissível do solo, mesmo que esta seja pequena.
Em outras palavras, distribuímos com essa solução o peso da construção para todo terreno.
Radier
Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede a
metade da área a ser edificada, geralmente é mais econômico reunir as sapatas num só
elemento de fundação, que toma o nome de radier.
É uma sapata associada, tipo laje armada, onde descarregam todos os pilares ou outras
cargas. Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a
espessura da camada do solo é relativamente profunda.
Em resumo, quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as
cargas ao solo através de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em
radier. Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto armado,
protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.
Trata-se de uma laje que recebe cargas de todos os pilares. Por consumir um volume de
concreto relativamente alto, é mais viável em obras com grande concentração de cargas.
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Deve resistir aos esforços diferenciados de cada pilar, além de suportar eventuais pressões
do lençol freático. O consumo de concreto pode ser diminuído com o emprego de pro-tensão.
Execução:
Em geral, devem-se considerar os seguintes cuidados na execução de fundações diretas ou
rasas:
• Executar o escoramento adequado na escavação das valas com profundidades maiores
que 1,5 m, quando o solo for instável;
• Consolidar o fundo da vala, com a regularização e compactação do material
(apiloamento);
• Executar o lastro de concreto magro (5 a 10 cm de espessura), para melhor distribuir as
cargas quando se tratar de alicerces de alvenaria de tijolos ou pedras, ou proteger o concreto
estrutural, quando se tratar de sapatas;
• Determinar um sistema de drenagem para viabilizar a execução, quando houver
necessidade;
• Construir uma cinta de amarração a fim de absorver esforços não previstos, recalques
diferenciais, distribuir o carregamento e combater os esforços horizontais;
• Determinar um processo de impermeabilização da fundação acima do soco, para não
permitir a percolação capilar;
• Controlar a locação do centro dos blocos e das linhas das paredes e a cota do fundo da
vala.
Outros cuidados:
O radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje de concreto armado. Neste
tipo de fundação o piso térreo fica diretamente apoiado sobre o solo. É necessário fazer
reforços nas laterais do radier, onde ficarão as paredes estruturais. É o sistema mais
econômico e rápido, mas não dá para ser feito em qualquer terreno.
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É hora de colocar as tubulações de água, esgoto, fios de energia e as fôrmas das bordas
niveladas na cota final. Joga-se uma camada de brita graduada e depois compacta-se.
A viga baldrame pode ser considerada a própria fundação. No caso de terrenos firmes e
cargas pequenas, pode- se utilizar este tipo de fundação rasa e bem econômica que, nada
mais é do que uma viga, calculada como viga sobre base elástica e construída em uma cava
com muito pouca profundidade, destinada a suportar a carga de todas as paredes de uma.
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Dentre elas podemos destacar as patologias comumente denominadas “mofo de rodapé” que,
na verdade, são o efeito da umidade presente no solo através da ascensão capilar dos
materiais, se revelando nas superfícies das alvenarias causandodesconforto visual, danos a
saúde e depreciação do patrimônio entre outras perdas .
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Bloco
O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de carga para o terreno ser
aproximadamente pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um bloco de fundação
distribuindo a carga do pilar para o solo. Os blocos podem ser construídos de pedra, tijolos
maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando um bloco é construído de
concreto armado ele recebe o nome de sapata de fundação.
Assumem a forma de bloco escalonado, ou pedestal, ou de um tronco de cone. Alturas
relativamente grandes e resistem principalmente por compressão.
É um elemento em concreto sem necessidade de armadura de modo que as tensões de
tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto. Suas faces podem ser verticais,
inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou retangular.
Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor significativo (soluções não resolvidas
por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 MPa.
Sapatas
Sapatas (isoladas ou corridas), são elementos de apoio de concreto, de menor altura que os
blocos, que resistem principalmente por flexão. É uma fundação direta, geralmente de
concreto armado, com a forma aproximada de uma placa sobre a qual se apoiam colunas,
pilares ou mesmo paredes. Ela pode ser corrida ou isolada.
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Ao contrário dos blocos, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples, mas
também à flexão, devendo, neste caso, serem executadas incluindo material resistente à
tração (BRITO, 1987).
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Sapata Isolada é quando a mesma não tem associação com nenhuma outra sapata e é
dimensionada em função dos esforços de um só pilar.
Usadas em terrenos que apresentam uma boa taxa de trabalho e quando a carga a
ser distribuída é relativamente pequena. Em geral são feitas em forma de tronco de pirâmide
e amarradas umas às outras através de cintas ou vigas baldrame.
Embaixo de toda sapata deverá, sempre, ser colocada uma camada de concreto magro
(farofa). É um concreto bem seco, sem função estrutural, que tem a finalidade de isolar o
fundo da sapata para que o solo não absorva a água do concreto da fundação.
Execução
Para construção de uma sapata isolada, são executadas as seguintes etapas:
1. fôrma para o rodapé, com folga de 5 cm para execução do concreto “magro”;
2. posicionamento das fôrmas, de acordo com a marcação executada no gabarito de locação;
3. preparo da superfície de apoio;
4. colocação da armadura;
5. posicionamento do pilar em relação à caixa com as armações;
6. colocação das guias de arame, para acompanhamento da declividade das superfícies do
concreto;
7. concretagem: a base poderá ser vibrada normalmente, porém para o concreto inclinado
deverá ser feita uma vibração manual, isto é, sem o uso do vibrador.
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Se o terreno for inclinado, as sapatas não poderão seguir a inclinação do terreno, deverão ser
escalonadas em degraus, em nível, para que as cargas sejam transmitidas sempre para
o plano horizontal.
São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a
carga por metro linear (BRITO,1987).
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Execução:
a) Abertura de vala
• Profundidade nunca inferiores a 40cm
b) Apiloamento
Se faz manualmente com soquete (maço) de 10 à 20kg, com o objetivo unicamente de
conseguir a uniformização do fundo da vala e não aumentar a resistência do solo.
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c) Lastro de concreto
Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concreto magro de traço 1:3:6 ou
1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) e espessura mínima de 5cm com a finalidade de:
Diminuir a pressão de contato visto ser a sua largura maior do que a do alicerce; Uniformizar
e limpar o piso sobre o qual será levantado o alicerce de alvenaria.
e) Cinta de amarração
É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração no respaldo dos alicerces.
Normalmente a sua ferragem consiste de barras "corridas", no caso de pretender a sua
atuação como viga deverá ser calculada a ferragem e os estribos. Sobre a cinta será efetuada
a impermeabilização. Para economizar formas, utiliza-se tijolos em espelho, assentados com
argamassa de cimento e areia traço 1:3. A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o
alicerce e distribuir melhor as cargas, não podendo contudo serem utilizadas como vigas.
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Obs.: Para manter os ferros corridos da cinta de amarração na posição, devem ser usados
estribos, espaçados de mais ou menos 1,0m. A função desses estribos é somente posicionar
as armaduras.
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Estacas
Podem ser:
• Pré-moldadas
• Moldadas in loco
• Escavadas
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As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços são resistidos pela
reação exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre as paredes laterais da estaca
e o terreno.
Nas estacas prancha além dos esforços axiais temos o empuxo lateral (esforços horizontais).
Dependendo do apoio oferecido pelo solo circundante, as estacas podem ainda ser
classificadas como de Ponta, resistindo apenas às reações exercidas pelo terreno sobre a
ponta da estaca; ou de Atrito, que resistem ao atrito das paredes laterais da estaca contra o
terreno, estas últimas são também chamadas de estacas Flutuantes.
No geral, as estacas tanto pré-moldadas como moldadas em loco podem ser divididas em
estacas de atrito ou estacas de suporte.
São classificadas como “de atrito” todas aquelas que não chegam a penetrar ou mesmo
encostar em uma camada mais dura do solo, apoiando-se apenas atrito que o solo tem com
elas.
Já as estacas de suporte encostam ou penetram em uma camada mais resistente do solo,
transferindo para esta grande parte da carga que recebe.
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Estacas Pré-moldadas
São fundações indiretas, ou seja: são elementos que transmitem as cargas que recebem do
edifício para as camadas mais profundas do solo.
São constituídas de peças estruturais do tipo barra que, através de um sistema de percussão,
são cravados no solo até que haja a “nega” da peça, ou seja: que esta não apresente mais
penetração no solo ou que apresente penetração irrelevante.
Esses elementos podem ser constituídos de madeira, aço ou mesmo concreto, sendo que
este último é geralmente o mais empregado.
• Estacas de concreto (Amado e Protendido);
• Estacas de madeira;
• Estacas metálicas (Vigas, Trilhos, Perfis);
• Estacas mistas.
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Tanto nas estacas vibradas quanto nas centrifugadas a cura do concreto é feita a vapor, de
modo a permitir a desforma e o transporte da mesma no menor tempo possível. Tendo em
vista que a cura a vapor só acelera o ganho de resistência nas primeiras horas, mas não
diminui o tempo total necessário para que o concreto atinja a resistência final, as estacas
devem permanecer no estoque pelo menos até que o concreto atinja a resistência de projeto.
A seção transversal dessas estacas é geralmente quadrada, hexagonal, octogonal ou
circular, podendo ser vazadas ou não. A carga máxima estrutural das estacas pré-moldadas é
em geral indicada nos catálogos técnicos das empresas fabricantes, no entanto a carga
admissível só poderá ser fixada após a análise do perfil geotécnico do terreno e sua
cravabilidade.
Para não onerar o custo de transporte das estacas, desde a fabrica até a obra, o seu
comprimento é limitado a 12m. Por isso, quando se precisar de estacas com mais de 12m as
peças devem ser emendadas.
Essas emendas podem ser constituídas por anéis metálicos ou por luvas de encaixe tipo
”macho e fêmea” quando as estacas não estivem sujeitas a esforços de tração tanto na
cravação quanto na utilização, ou em caso contrário, emenda do tipo soldável, como indicada
na figura abaixo, onde a altura h e a espessura e da chapa são função do diâmetro da
armadura longitudinal e do diâmetro da estaca.
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Nega e repique
“Nega” = média de comprimento cravado nos últimos 10 golpes do bate estacas.
Objetivo: uniformidade de comportamento das estacas como um todo.
Execução:
Cuidado com a altura de queda do martelo:
• Ideal: 1,5 a 2,0 m;
• Abaixo – Falsa nega;
• Acima – Quebra de estaca.
Controle de execução:
• Locação das estacas;
• Profundidade de cravação;
• Ocorrência de fissuras;
• Verticalidade;
• Nega;
• Altura de queda do pilão;
• Execução da emenda;
• Cota de arrasamento da cabeça da estaca (para chegar à cota de arrasamento corta-se a
sobra da estaca);
• Proteção da cabeça da estaca.
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A principal vantagem das estacas de aço está no fato de se prestarem à cravação em quase
todos os tipos de terreno, permitindo fácil cravação e uma grande capacidade de carga.
Sua cravação é facilitada, porque, ao contrário dos outros tipos de estacas, em lugar de fazer
compressão lateral do terreno, se limita a cortar as diversas camadas do terreno. Hoje em dia
já não existe preocupação com o problema de corrosão das estacas metálicas quando
permanecem inteiramente enterradas em solo natural, porque a quantidade de oxigênio que
existe nos solos naturais é tão pequena que a reação química tão logo começa, já acaba
completamente com esse componente responsável pela corrosão.
Entretanto, de modo a garantir a segurança a NBR 6122 exige que nas estacas metálicas
enterradas seja descontada a espessura de 1,5 mm de toda sua superfície em contato com o
solo, resultando uma área útil menor que a área real do perfil. A carga máxima atuante sobre
a estaca é obtida multiplicando-se a área útil pela tensão admissível do aço fc = fyk/2 onde
fyk é tensão característica à ruptura do aço da estaca.
Vantagens:
• Podem ser cravadas em quase todos tipos de terrenos;
• Possuem facilidade de corte e emenda;
• Podem atingir grande capacidade de carga;
• Trabalham bem a flexão;
• Se utilizadas em serviços provisórios podem ser reaproveitadas várias vezes.
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Desvantagem:
• Custo maior em relação às estacas pré-moldadas de concreto, Strauss e Franki.
Durante a cravação a cabeça da estaca deve ser munida de um anel de aço de modo a evitar
o seu rompimento sob os golpes do pilão. Também é recomendado o emprego de uma
ponteira metálica para facilitar a penetração da estaca e proteger a madeira. Do ponto de
vista estrutural, a carga admissível das estacas de madeira depende do diâmetro e do tipo de
madeira empregado na estaca.
As estacas de madeira nada mais são que troncos de árvores, bem retos e retangulares que
se cravam no solo. Elas são empregadas somente em terrenos saturados e abaixo do nível
de água subterrâneo, que condicione sua total imersão. As qualidades que a madeira, por
exemplo a maçaranduba, deve atender são: durabilidade e resistência ao choque.
As estacas de madeira completamente submersas não se estragam, sendo capazes de durar
séculos. Mas quando sujeitas à variações de umidade, deterioram rapidamente.
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Os blocos de coroamento das estacas são elementos maciços de concreto armado que
solidarizam as "cabeças" de uma ou um grupo de estacas, distribuindo para ela as cargas dos
pilares e dos baldrames.
As estacas devem ser preparadas previamente, através de limpeza e remoção do concreto de
má qualidade que, normalmente, se encontra acima da cota de arrasamento das estacas
moldadas "in loco".
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Execução:
A execução das brocas é extremamente simples e compreende apenas três fases:
• abertura da vala dos alicerces perfuração de um furo no terreno
• compactação do fundo do furo
• lançamento do concreto
Ao contrário de outros tipos de estacas, que veremos adiante, as brocas só serão iniciadas
depois de todas as valas abertas, pois o trabalho é exclusivamente manual, não utilizando
nenhum equipamento mecânico.
Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira americana e o restante é executado com
trado, que tem o seu comprimento acrescido através de barras de cano galvanizado,
(geralmente com 1,5m cada peça) até atingir a profundidade desejada.
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Perfuração
Realizar a perfuração do solo por meio da perfuratriz rotativa ou roto-percussiva com a
descida de tubo de revestimento; caso o tubo de revestimento encontre dificuldade para
seu avanço, em razão da ocorrência de solos muito duros ou ainda plásticos, devem ser
empregadas brocas de três asas, tipo tricone, para execução de pré-furo ou ainda para
limpeza no interior.
Descer o tubo, com auxílio de circulação de água (ou ar comprimido) injetada no seu interior,
até a profundidade prevista no projeto.
Medir a profundidade da perfuração, utilizando-se a composição de tubos de injeção,
introduzindo-a no interior do tubo de revestimento até a cota de fundo da perfuração.
Quando a perfuração atingir matacão, rocha e/ou concreto, deverá ser usada sapata ou coroa
diamantada, acoplada ao barrilete amostrador, interno à composição de tubos de
revestimento, de maneira a retirar-se o testemunho da rocha (procedimento igual ao da
sondagem rotativa).
Alternativamente podem ser utilizados martelos pneumáticos ou hidráulicos, sendo que todos
os martelos perfuram por sistema roto-percussivo e trabalham interiormente ao tubo e
revestimento.
Sempre a perfuração deve prosseguir até a cota de fundo prevista em projeto.
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Execução:
Armação
Montar a armadura da estaca em forma de gaiola, com os estribos helicoidais, prevendo-se a
armadura longitudinal com aço CA-50 podendo os estribos ser em aço CA-25, ou tubo
metálico Schedulle, obedecendo-se ao projeto.
Definir o diâmetro externo do estribo de forma a garantir um cobrimento mínimo de 20 mm
entre a face interna do revestimento e o próprio estribo.
Executar a limpeza interna do tubo de revestimento, utilizando-se para tal, a composição de
lavagem, descendo até a cota inferior da estaca.
Descer a armadura à profundidade alcançada durante a perfuração até apoiar-se no fundo do
furo.
Injeção
Lançar a argamassa de cimento e areia por meio da bomba injetora, através da composição
de injeção, posicionando o tubo de injeção de argamassa no fundo do furo.
Proceder à injeção de baixo para cima até a expulsão de toda água de circulação contida no
interior do tubo de revestimento.
Iniciar a extração do revestimento por ação coaxial ao eixo da estaca, complementando-
se o volume da argamassa por gravidade, sempre que houver abatimento da mesma no
interior do tubo.
Estaca Strauss
As estacas tipo Strauss foram projetadas, inicialmente, como alternativa às estacas pré-
moldadas cravadas por percussão devido ao desconforto causado pelo processo de
cravação, quer quanto à vibração ou quanto ao ruído. O processo é bastante simples,
consistindo na retirada de terra com sonda ou piteira e, simultaneamente, introduzir tubos
metálicos rosqueáveis entre si, até atingir a profundidade desejada e posterior concretagem
com apiloamento e retirada da tubulação.
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O processo de execução inicia-se com a abertura de um furo no terreno com um soquete para
colocação do primeiro tubo (coroa). Em seguida, aprofunda-se o furo com golpes de sonda de
percussão. À medida que o tubo desce, rosqueia-se o tubo seguinte até a escavação atingir a
profundidade determinada. O concreto é, então, lançado e apiloado com o soquete. Após a
concretagem, colocam-se barras de aço de espira para ligação com blocos e baldrames na
extremidade superior da estaca.
Por utilizar equipamento leve e econômico a estaca tipo Strauss possui as seguintes
vantagens:
• ausência de vibrações e trepidações em prédios vizinhos;
• possibilidade de execução da estaca com o comprimento projetado;
• possibilidade de verificar durante a perfuração, a presença de corpos estranhos no solo,
matacões, etc., permitindo a mudança de locação antes da concretagem;
• possibilidade da constatação das diversas camadas e natureza do solo, pois a retirada de
amostras permite comparação com a sondagem à percussão;
• possibilidade de montar o equipamento em terrenos de pequenas dimensões;
• autonomia, importante em regiões ou locais distantes.
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Estacas Franki
Coloca-se o tubo de aço (molde), tendo no seu interior junto à ponta, um tampão de concreto
de relação água/cimento muito baixa, esse tampão é socado por meio de um soquete (pilão)
de até 4t; ele vai abrindo caminho no terreno devido ao forte atrito entre o concreto seco e o
tubo e o mesmo é arrastado para dentro do solo.
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Cada vez mais utilizadas em áreas urbanas, as estacas tipo hélice contínua monitoradas são
produzidas a partir da perfuração do terreno por meio de um trado helicoidal contínuo, que
retira o solo sem desconfinamento. Uma vez atingida a profundidade de projeto, o concreto é
bombeado por dentro do trado a partir da cota de ponta da estaca. O trado é, então, sacado
simultaneamente ao bombeamento de concreto. O método exige a colocação da armação após
a concretagem. Para controlar a pressão de bombeamento do concreto, o sistema possui
instrumento medidor digital que informa todos os dados de execução da estaca.
Indicada para obras que demandam rapidez, ausência de barulho e de vibrações prejudiciais
a prédios da vizinhança, a estaca tipo hélice contínua pode ser executada em terrenos
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Tubulões
base poderá ser circular ou em forma de falsa elipse. Deve-se evitar trabalho simultâneo em
bases alargadas de tubulões, cuja distância entre centros seja inferior a duas vezes o
diâmetro ou dimensão da maior base, especialmente quando se tratar de tubulões a ar
comprimido.
Quando comparados a outros tipos de fundações os tubulões apresentam as seguintes
vantagens:
• os custos de mobilização e de desmobilização são menores que os de bate-estacas e outro
equipamentos;
• as vibrações e ruídos provenientes do processo construtivo são de muito baixa intensidade;
• pode-se observar e classificar o solo retirado durante a escavação e compará-lo às
condições do subsolo previstas no projeto;
• o diâmetro e o comprimento do tubulão pode ser modificado durante a escavação para
compensar condições do subsolo diferentes das previstas;
• as escavações podem atravessar solos com pedras e matacões, sendo possível penetrar
em vários tipos de rocha;
• é possível apoiar cada pilar em um único fuste, em lugar de diversas estacas, eliminando a
necessidade de bloco de coroamento.
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• Tubulão a céu aberto – pode ser usado em terreno suficientemente coesivo e acima do
nível d’água, dispensando o escoramento. O diâmetro depende da carga e do modo de
execução, mas sendo aberto manualmente, o diâmetro mínimo é de 70 a 80 cm, a fim de que,
o poceiro possa trabalhar livremente.
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• Tubulão tipo Chicago – o poço é aberto por etapas. Numa certa profundidade, colocam-
se pranchas de escoramento mantidas na posição por
travamentos de anéis metálicos. Escorado o novo trecho, escava-se o novo terreno
escorando-se como anteriormente, repetindo-se esta sequência até atingir a camada onde
será feita a base.
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Em qualquer etapa da execução deve-se observar que o equipamento deve permitir que se
atenda, rigorosamente, os tempos de compressão e descompressão previstos pela boa
técnica e pela legislação em vigor, só se admitindo trabalhos sob pressões superiores a 150
kPa quando as seguintes providências forem tomadas:
• estar à disposição da obra equipe permanente de socorro médico;
• estar disponível na obra câmara de descompressão equipada;
• existir na obra compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva;
• que seja garantida a renovação do ar, sendo o ar injetado em condições satisfatórias para o
trabalho humano.
Fundação Barrete
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A sequência executiva das estacas-barrete pode ser dividida em quatro etapas principais.
Primeiro, coloca-se a guia (que tem o papel de guiar a ferramenta de escavação), completando
com lama o volume escavado. Uma vez atingida a profundidade prevista, coloca-se a armadura
e a bomba de submersão para a troca de lama usada por nova. Em seguida, é realizada a
concretagem submersa com concreto plástico. Terminada a concretagem, procede-se ao aterro
da parte superior e ao arrancamento da guia. A produtividade varia em função do tipo de solo e
condições do terreno, mas como referência, é possível executar 50 m de estacas-barrete por
dia com uma espessura de 40 cm.
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8. SUPRA-ESTRURURA
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Tipos de Estruturas
O concreto surgiu com o desejo de se criar uma pedra artificial, resistente, econômicas e
duráveis como aquelas extraídas das rochas naturais e que apresentasse como vantagens a
possibilidade de ser moldada nas formas e dimensões necessárias à sua utilização.
A associação do concreto com barras e fios de aço foi motivada pela necessidade de obter
maior resistência dos elementos estruturais à tração, que por sua vez fica protegida com
relação à corrosão por ação do meio ambiente.
O concreto amplamente usado até nos dias atuais em inúmeras aplicações, só foi possível com
o desenvolvimento do cimento (aglomerante) em virtude das pesquisas feitas por Smeaton e
Parker, no século XVIII.
As estruturas de concreto podem ter armaduras passivas (concreto armado) ou armaduras
ativas (concreto protendido, que também tem armaduras passivas), que podem ser em forma
de barras ou fios, no primeiro caso, ou fios e cordoalhas no caso de armaduras ativas. As
armaduras ativas são as pré-tracionadas, por equipamentos próprios, e, depois da cura do
concreto, as tensões são aliviadas e, portanto, os fios e ou as cordoalhas aplicam uma força de
compressão no elemento estrutural.
Atualmente são construídas estruturas de concreto com barras não metálicas obtidas por
processo industrial, constituídas por fios de fibra de vidro impregnados com polímeros
resistentes aos álcalis do cimento.
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O advento do concreto armado só foi possível por conta da aderência por adesão entre esses
materiais, que já existiam como materiais de construção independentes. A aderência permite
que as deformações na estrutura na região de contato entre as barras de aço e o concreto
sejam as mesmas nos dois materiais.
Concreto simples
O concreto simples é um material composto obtido pela mistura, e dosagem conveniente, de
agregados graúdos – pedra britada ou seixos rolados, agregados miúdos – areia natural ou
artificial obtida pela moagem de agregados graúdos, cimento (aglomerante hidráulico) e água.
Nos concretos podem ser usadas adições com as finalidades de melhorar algumas
propriedades tais como: resistência à compressão (sílica ativa), à tração (fibras metálicas),
resistência à abrasão, diminuição da retração (fibras plásticas), aumento da densidade (minério
de ferro). Podem ser consideradas também a necessidade de usar aditivos químicos com
finalidades específicas de: acelerador de pega, retardador de pega, incorporadores de ar,
melhoria da trabalhabilidade com fator água/cimento pequeno.
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É denominado de aglomerante hidráulico aquele que reagindo com a água promove a ligação
entre os agregados tornando-os participantes de um novo material com propriedades
mecânicas diferentes.
Assim, as resistências à compressão e atração, o módulo de elasticidade, a densidade, a
condutibilidade térmica, o comportamento químico, etc., serão diferentes daqueles dos
materiais constituintes quer sejam a areia natural, a pedra britada, o cimento, os aditivos e
adições.
Nas aplicações usuais adotam-se o cimento Portland comum, embora possam ser usados
cimentos específicos, como, por exemplo, os resistentes a sulfatos quando se projeta uma
estruturas de canal destinado a receber águas servidas (esgotos). Os agregados graúdos são
escolhidos em função da disponibilidade das rochas locais, podendo assim serem oriundos de
rochas de granito ou de outras rochas.
Os agregados miúdos podem ser as areias naturais de fundo de rio ouprovenientes da
moagem de agregados graúdos.Os chamados agregados leves, grãos de EPS (isopor) e
argila expandida,também são usados com a finalidade específica de diminuição do peso
próprio dos elemen-tos estruturais.
A NBR 7211:1983 Agregados para Concreto, considera agregado miúdo o material
que passa pela peneira número 4, que tem malha quadrada com 4,8mm de lado.
Agregado graúdo é, portanto, o material que fica retido na peneira número 4. Nas moldagens
dos elementos das estruturais usuais costumam-se usar como agregado graúdo a pedra
britada número 1.
As estruturas de concreto podem ser em concreto simples que são aquelas que não
contém armaduras ou as que as taxas geométrica de armaduras fiquem menoresque os
valores mínimos indicados em normas técnicas. Assim, as tensões de traçãosão
absorvidas pelo concreto. Lembra-se que a esistência à tração do concreto é da ordem
de 1/10 da resistência à compressão. Exemplos de aplicação de concreto simples em
estruturas podem ser citados os blocos de fundação, os tubulões os muros arrimos de gravi-
dade de concreto ciclópico, constituído por concreto com pedra britadanúmero 1 e com o
lançamento de pe-dras de grande diâmetro aparente com a finalidade de ocupar volume.
Concreto armado
Os elementos que compõem as estruturas em concreto armado são constituídos pela
associação de concreto simples e barras ou fios de aço convenientemente
posicionados para absorver as tensões de tração, embora também possa colaborar com a
resistência do elemento absorvendo as tensões de compressão, tais como astuantes em
pilares e nas regiões (entre a borda mais comprimida e a linha neutra). Como já dito a
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adesão entre os dois materiais é fundamental para a aderência, que permite o trabalho
conjunto.
ATENÇÃO:
1. Para as medidas, use latas de 18 litros. Evite latas amassadas.
2. Mantenha o concreto molhado durante uma semana após a concretagem. Depois do
terceiro dia já é possível executar outros serviços sobre esse concreto.
Concreto protendido
As estruturas em concreto protendido, ou com armadura ativa, são aquelas em que fios
ou cordoalhas formadas por fios trançados, são inicialmente tracionados por equipamento
próprio e, posteriormente, com a cura parcial ou total do concreto asforças de tração são
liberadas ocorrendo, portanto, força de compressão no elemento estrutural, aumentando a sua
capacidade resistente.
A protensão pode ser adotada para vigas de pontes com grandes vãos, lajes de edifícios,
painéis de fechamento, sendo que os elementos podem ser pré-fabricados ou moldados no
local.
Os fios são de aço com propriedades mecânicas diferentes daqueles usados em elementos
de concre-to com amadura frouxa.
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A escolha por um processo construtivo para uma edificação depende de fatores técnicos e
econômicos, tais como disponibilidades de materiais e mão de obra, tempo previsto de
construção, aporte de recursos pelos investidores, etc.
A estrutura de uma edificação pode ser escolhida, de acordo com o projeto
arquitetônico, entre as opções de estruturas: concreto moldadas no local, pré-fabricadas,
em concreto armado ou protendido, alvenaria estrutural–armada ou não armada, metálicas e
madeira.
Nos dias atuais em que se pensa na manutenção do que resta do meio ambiente, e até na
sua recuperação, há que se analisar o consumo de energia para se obteremos elementos
necessários para se construir com um determinado processo estrutural.
Assim é necessário avaliar os custos ambientais na coleta e industrializaçãodos
elementos estruturais em aço, tanto as barras e fios/cordoalhas para construções em
concreto quanto para estruturas metálicas, os custos para obtenção do cimento, da
extração da pedra britada e de areias em minas próprias; os custos para obtenção dos
elementos para as construções de estruturas em madeira e para os elementos de blocos
para alvenaria estrutural. Em uma análise inicial, do ponto de vista ambien-tal, aconstrução
de estruturas em madeira é a que menos consome energia no processo deobtenção dos
elementos e, se usar madeira de reflorestamento o meio ambiente é menos onerado, na
seqüência encontram-se as estruturas de concreto e, por fim, as estruturas metálicas.
Nos dias atuais nota-se um número significativo de edifícios de pequenoporte, até quatro
anda-res, e destinados a moradia de pequenas famílias ou individual,construídos com
a tecnologia da alvenaria estrutural. Edifíciosindustriais e escolares têm sido construídos em
estruturas metálicas.
A opção pelo tipo de estrutura a ser adotado pela firma construtora e ou
incorporadora depende de diversos fatores técnicos e econômicos que precisam ser
analisados com cuidado.
A quantidade de estruturas de concreto armado existentes no Brasil atesta a
viabilidade técnico e econômica como material de construção de obras com pequeno egrande
volume de concreto. Embora usado com intensidade pelo mercado da construção as
estruturas de concreto apresentam qualidades e defeitos.
As vantagens e desvantagensna adoção de um determinado material estrutural, têm sempre
um caráter relativo, dependendo de um padrão de referência. As estruturas de concreto, por
sua larga utilização, apresentam algumas vantagens em relação a outros materiais estruturais,
entre elas:
É um material que apresenta boa resistência à maioria dos tipos de
solicitação, porém a análise do comportamento estrutural precisa ser cuidadosa
A visandoa segurança estrutural,
atentando-se para os cuidados de detalhamento da armaduras e suas condições
favoráveis de construção;
Economia na construção, pois na maioria das situações os materiais para concreto
(agregados miú
B
dos e graúdos) encontram-se em quantidade suficientes na região da construção,
com custos favoráveis, portanto;
Considerando as estruturas de concreto moldadas no local, o meio técnico dispõe
C
de conhecimento
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O aço é uma variante do ferro. Basicamente ele é obtido a partir do minério de ferro + coque
(combustível com altos teores de carbono) + cal.
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Como já foi citado, o aço é uma variante do ferro e é produzido a partir do minério de ferro,
coque e cal. Na sua forma mais simples, o aço é o ferro gusa refinado, contendo de 0,02% a
2% de carbono. Existe uma grande diversidade de Aço-Liga que pode ser produzida com
adição de outros elementos ao aço básico. Alguns dos elementos de liga mais importante são:
- Manganês: usado praticamente em todo aço comercial. Melhora a resistência, auxilia na
remoção do oxigênio e corrige os efeitos adversos do enxofre;
- Níquel: aumenta a dureza, a resistência, a durabilidade, a rigidez e a resistência a corrosão;
- Cobre: melhora a resistência a corrosão;
- Silício: melhora as características magnéticas;
- Molibdênio: melhora a temperabilidade e a dureza;
- Cromo: melhora as qualidades de endurecimento e a resistência a corrosão;
- Vanádio: melhora as propriedades mecânicas, características de tratamento térmico e a
dureza.
Os aços estruturais, que são adequados para o uso em elementos que suportam cargas,
podem ser agrupados sob três classificações gerais, para as quais as faixas de tensão mínima
de escoamento especificado são aproximadamente:
Os aços carbono são geralmente usados quando forem baixas as solicitações de cálculo e
quando o critério principal de dimensionamento for a 3 rigidez da estrutura. Segundo a NBR
7007 o aço MR 250, que é correspondente ao ASTM A36, é um aço carbono, soldável e
disponível sob a forma de perfis estruturais, que tem tensão de escoamento igual a 250 Mpa e
tensão de ruptura igual a 400 Mpa.
Os aços estruturais com limites de escoamento iguais ou superiores a 290 Mpa, que adquirem
resistência pela adição de pequenas quantidades de elementos de liga, ao invés de tratamento
térmico, são designados aços de alta resistência e baixa liga. Eles são disponibilizados na
forma de chapas, perfis estruturais, barras, tubos estruturais, chapas finas e bobinas,
apresentam uma combinação de alta resistência, soldabilidade e resistência a corrosão
atmosférica.
Os aços tratados termicamente contêm elementos de liga e são adequados para as aplicações
estruturais. Sendo temperados, têm limites de escoamento que variam de 630 a 700 Mpa. Além
da resistência a corrosão atmosférica que é 4 vezes maior que a do aço carbono, é um aço de
resistência a abrasão, que é de aproximadamente o dobro da do aço carbono.
Vantagens do Aço
RESISTÊNCIA: Tem alta resistência, sua alta relação resistência-peso fazem dele um material
de utilização muito ampla;
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Desvantagens do Aço
CUSTO: - O custo básico são maires que as equivalentes em madeira ou concreto armado,
entretanto o tempo de construção reduzido pode ser um fator compensatório
CORROSÃO: - É que a maioria dos aços não estáveis quimicamente precvisam de uma
proteção contra corrosão
PESO: - A densidade do aço é alta e isso faz com que os componentes individuais sejam
pesados. Elementos tais como as vigas e colunas são dificeis de serem movimentados no local
da obra, fazendo o uso de equipamentos tais como guindastes uma necessidade no que diz
respeito à montagem da estrutura
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c) Pesando menos que as estruturas de concreto, para suportar os mesmos esforços, pois as
peças são mais delgadas, possibilitam economia de espaço do prédio destinado às estruturas
e fundações menores;
d) São mais padronizadas, podem ser fabricadas em outro local e transportadas para o
canteiro, permitindo melhor utilização de equipamentos auxiliares para a montagem;
e) Podem ser desmontadas e reutilizadas, fator altamente vantajoso no caso de construções
provisórias;
f) São mais fáceis de modificar, reparar ou reforçar;
g) Como principais desvantagens devemos considerar que são mais sujeitas a ação do tempo
e do fogo, apesar de não serem combustíveis, e que exigem pessoal muito especializado
para a montagem.
A madeira tem sido um material empregado para as mais diversas finalidades, desde
estruturas como pontes, coberturas, cimbramentos até a fabricação de móveis, peças de
artesanato para adornos, divisórias, lambris e as chapas de maneira geral.
Do ponto de vista estrutural a madeira tem uma combinação de propriedades que faz dela,
como o aço, um material com boa resistência tanto a tração quanto a compressão. Por
exemplo, o aço ASTM-A36 tem resistência a tração de 250 Mpa enquanto o ipê-roxo, que é
uma madeira de ótimas qualidades estruturais, tem 23,10 Mpa. Portanto, a madeira é capaz
de resistir a cargas que provocam flexão, fazendo dela um material estrutural que pode ser
utilizado em quase todos os tipos de sistemas estruturais.
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A não utilização da árvore depois de vencida sua vida útil, devolverá à natureza todas as
impurezas nela armazenada. Outro ponto que não se deve esquecer jamais que a extração
da árvore e o seu desdobro são um processo que envolve baixíssimo consumo de energia,
além de ser praticamente não poluente.
Em contrapartida, o uso de materiais estruturais tais como concreto e aço que exigem um
processo altamente poluente de produção, assim como também exige uma devastação
ambiental para retirada da matéria-prima. Deve ser observado que para se produzir aço e
concreto demanda-se um intenso processo industrial, que envolve um alto consumo de
energia (1 tonelada de aço consome 3000x103 kcal de energia; 1 tonelada de concreto
consome 780x103 kcal de energia; 1 tonelada de madeira consome 2,4x103 kcal de energia)
e gera grande poluição ambiental.
Estes processos industriais exigem fontes de energia, que em geral é o carvão vegetal, que
arde voluptuosamente dentro de altos-fornos. A matéria prima retirada da natureza jamais
poderá ser reposta. É um processo irreversível, ao contrário da madeira que pode ser
plantada novamente. Além de todos estes aspectos, também se deve observar uma obra,
especialmente em concreto, que utiliza grande quantidade de madeira para fôrmas e
cimbramentos. É significativo o volume de madeira usada como auxiliar na construção.
Vantagens e desvantagens
Boa resistência: a madeira é um material com boa resistência a tração, a compressão e a
flexão e pode ser usada em todos os tipos de elementos estruturais. Entretanto, ela tem
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resistência inferior ao aço e ao concreto armado, e isto reduz os vãos que as estruturas de
madeira podem ser construídas;
Baixo peso: a madeira é um material de baixo peso com uma alta relação resistência/peso.
Portanto, produzindo estruturas de baixo peso com elementos que podem ser facilmente
transportados e movimentados para o canteiro de obras;
Maleabilidade: a madeira pode ser facilmente cortada e moldada utilizando ferramentas
simples. E também outros elementos podem ser ligados a ela utilizando conectores simples,
tais como: pregos e parafusos, fazendo assim com que os detalhes nas estruturas de madeira
sejam muito simples; Desempenho ao fogo: a madeira é um material combustível,
entretanto ela tem uma taxa de consumo muito baixa e também ela não perde suas
propriedades estruturais quando exposta a altas temperaturas. Portanto, ela continua a
funcionar até sua seção transversal ser reduzida e uma alta tensão ocorrer;
Durabilidade: os constituintes da madeira são relativamente estáveis quimicamente e o
material não sofre degradações químicas em certos ambientes, tais como: alta umidade.
Entretanto, ela é suscetível as infestações de insetos xilófagos, que perfuram a madeira em
busca de alimento e abrigo, ataques de fungos apodrecedores, que causam o apodrecimento
da madeira e dos furadores marinhos, que perfuram a madeira em contato com a água do
mar;
Aparência: a madeira é um material que tem uma aparência agradável a qual normalmente
não deteriora com o passar do tempo. Ela então pode ser usada na combinação de material
estrutural e de acabamento;
Variabilidade: a madeira exibe uma variação considerável de propriedades devido a sua
condição de material natural.
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8.4 PILARES
DEFINIÇÃO: São “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que
as forças normais de compressão são preponderantes”
São destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também transmitir para
outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas e lajes de
concreto.
Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto
de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança.
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Além da transmissão das cargas verticais para os elementos de fundação, os pilares podem
fazer parte do sistema de contraventamento responsável por garantir a estabilidade global
dos edifícios às ações verticais e horizontais.
Os pilares em concreto armado são compostos pelo concreto simples, pelas armaduras
longitudinais e pelos estribos. As armaduras longitudinais têm a função principal de contribuir
para a resistência do pilar e os estribos, ou armaduras transversais, têm a função principal de
manter a armadura longitudinal na sua correta posição. A construção de pilares em concreto
armado envolve a execução do sistema de fôrmas na forma e na posição em que precisam
ser moldados; o preparo e montagem das armaduras que são posicionadas e fixadas no
interior das fôrmas; a concretagem dos pilares, a cura adequada do concreto e, por fim, a
retirada das fôrmas e dos escoramentos (NBR 14931, 2003).
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8.5 VIGAS
DEFINIÇÂO: Uma viga é um elemento estrutural sujeito a cargas transversais. A viga é
geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje
para o pilar ou para transmitir uma carga concentrada, caso sirva de apoio a um pilar. Pode ser
composta de madeira, ferro ou concreto armado. A viga transfere o peso das lajes e dos demais
elementos (paredes, portas, etc.) às colunas.
As edificações basicamente apresentam três tipos de vigas, que diferem na forma como são
ligados aos seus apoios. Portanto, classificam-se em:
Viga em balanço ou em console: é uma viga de edificação com um só apoio. Toda a carga
recebida é transmida a um único ponto de fixação.
Viga biapoiada ou simplesmente apoiada: diz-se das vigas com dois apoios, que podem
ser simples e/ou engastados, gerando-se vigas do tipo simplesmente apoiadas, vigas com
apoio simples e engaste, vigas biengastadas.
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8.6 LAJES
a. Lajes Maciças:
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b. Lajes Nervuradas:
Apresentam nervuras, onde ficam concentradas as armações, entre as quais podem ser
colocados materiais inertes (isopor, tijolo, etc.) com função de enchimento, o que
simplifica a forma (plana) e deixa a superfície inferior lisa para receber o acabamento.
Esse sistema é empregado em grandes vãos, onde é necessário trabalhar com
espessuras elevadas a fim de atender as flechas e solicitações. A necessidade de
espessuras elevadas inviabiliza o emprego de lajes maciças em razão do consumo de
concreto e do peso próprio elevado, o que não acontece nas nervuradas, pois parte do
concreto é retirado ou substituído por um material mais leve, colocado entre as nervuras,
ficando a armação concentrada em faixas (nervuras) para atender às solicitações.
São lajes apoiadas diretamente pelos pilares (sem vigas). Esse tipo de laje apresenta
diversas vantagens: facilidade de execução (forma e armação), redução de pé direito,
facilita a passagem de tubulações (elétrica, hidráulica, ar condicionado, etc.), flexibiliza o
arranjo de alvenarias e/ou divisórias (forro liso), etc. Apesar das inúmeras vantagens,
ausência de vigas torna o sistema mais flexível, comprometendo estabilidade horizontal.
A possibilidade de ruptura por punção e colapso progressivo deve ser cuidadosamente
analisada.
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d. Lajes pré-fabicada:
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A Laje Alveolar é constituída de painéis de concreto protendido que possuem seção transversal
com altura constante e alvéolos longitudinais, responsáveis pela redução do peso da peça.
Estes painéis protendidos são produzidos em concreto de elevada resistência característica à
compressão (fck ≥ 45MPa) e com aços especiais para protensão, na largura de 124,5cm e nas
alturas de 9, 12, 16, 20 e 25cm.
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Cargas a Considerar
As cargas verticais que atuam sobre as lajes são consideradas geralmente uniformes, algumas
o são de fato, outras, como o caso de paredes apoiadas em lajes armadas em cruz, são
transformadas em cargas uniformes utilizando hipóteses simplificadoras.
Referimo-nos sempre às lajes de edifícios residenciais ou comerciais; no caso de lajes de
pontes, por exemplo, o cálculo deve ser mais preciso.
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As vigotas devem se apoiar pelo menos 5 cm de cada lado da parede. As lajotas devem
ser encaixadas sobre as vigotas. A primeira e a última carreiras de lajotas podem ser
apoiadas na própria cinta de amarração.
O próximo passo é colocar as caixas de luz e os conduítes (eletrodutos) para a fiação
elétrica. Feito isso, pregue uma tábua de testeira nas extremidades da laje, que vai
funcionar como fôrma da capa de concreto da laje.
DICA Se o vão tiver mais de 5m, consulte o fabricante sobre o escoramento da laje!
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Concretagem da Laje
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9. ALVENARIA
Tipos de Tijolos
Tijolos Furados
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Blocos Celulares
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O termo serve como definição para as chapas com face de papel cartão e miolo de gesso
e também serve como definição para o sistema como um todo, o qual é composto por
essas placas fixadas em estruturas de aço galvanizado. Trata-se de um material de alta
tecnologia, comumente utilizado para construção de paredes e forros. O nome drywall em
si é uma expressão em inglês que quer dizer “parede seca”, o que significa que não
utiliza argamassa em sua composição, como na técnica convencional da alvenaria.
Existem três tipos de chapa externa, as quais se diferenciam pela cor do papel cartão. A
face sem cor deve sempre ficar para o lado do acabamento.
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Execução de Alvenaria
Comece cada parede pelos cantos, assentando os blocos em amarração (fazendo junta
amarrada). Não esqueça de verificar o nível e o prumo de cada fiada.
Use a colher de pedreiro para posicionar os blocos. Raspe a argamassa que sobrar, para
ser reaproveitada.
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10. COBERTURA
Conceito
Segundo a Morfologia das Estruturas (do Grego: Morfo = Forma, e Lógia = Estudo), as
coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função
e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das
edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e
econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:
Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores
do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das
coberturas, conforme as necessidades de cada situação.
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o
sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e
escoamento, tais como :
2 – TIPOS DE COBERTURAS
2.1 – Naturais
a) coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas
(placas), muito utilizadas na antigüidade (castelos medievais) e mais recentemente apenas
com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100
%). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo
efeito arquitetônico (placas de cimento amianto );
c) coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado de
tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado;
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2.2 Planas
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das chuvas, e
direcionadas segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As coberturas horizontais
têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem caimento igual ou maior de 3%.
Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem ser classificadas em:
Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou
concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são
determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, o custo, vão de
sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser
executadas com os seguintes sistemas:
a) em Madeira:
b) em Metal:
c) em Concreto Armado:
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TELHADO
Elementos do Telhado
Vamos conhecer as partes dos telhados de madeira. São muitas peças e nomes um pouco
estranho, mas é de fácil compreensão principalmente vendo a figura.
Estrutura do Telhado
Tesoura
Macete 01: A Tesoura de um telhado também é uma estrutura em treliça, ou seja, a tesoura é
uma treliça de madeira.
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Elementos da Tesoura
Linha: Peça inferior da Tesoura. Tem a função de distribuir as cargas da tesoura para a viga
ou pilar ou peça estrutural que ela estiver apoiada.
Terças: Peças que estão posicionadas na longitudinal dos telhados. Responsável por unir as
Tesouras do telhado e por receber a carga dos caibros e distribuir para as Tesouras.
Caibros: Tem a posição transversal em todo o telhado. Responsável por receber as cargas
das ripas e transferir para as terças.
Ripas: Tem a posição longitudinal nos telhados, como as terças. Nas ripas que são apoiadas
as telhas cerâmicas. São responsáveis, também, por transferir a carga (peso) das telhas e
transferir para os caibros.
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TIPOS DE TELHADOS
1 – Uma água (meia água)
Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana, com declividade, cobrindo uma
pequena área edificada ou estendendo-se para proteger entradas (alpendre)
2 – Duas águas
Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com declividades iguais ou distintas,
unidas por uma linha central denominada cumeeira ou distanciadas por uma elevação (tipo
americano). O fechamento da frente e fundo é feita com oitões.
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3 – Três águas
Caracterizada como solução de cobertura de edificações de áreas triangulares, onde se
definem três tacaniças (planos) unidas por linhas de espigões.
.
4 – Quatro águas
Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de formas regulares ou irregulares.
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5 - Poli águas
Caracterizado por soluções em construção de formas não retangulares e com variadas alturas
de cumieiras.
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Tipos de Telhas
As telhas cerâmicas são largamente utilizadas pelo Brasil afora. É um das mais antigas
formas de coberturas de edificações. Proporcionam ótima barreira térmica (isolamento térmico)
fazendo que a edificação fique com o ambiente interno mais fresco que o meio externo.
É necessário um estrutura ou engradamento de telhado bem feito para suportar o peso das
telhas. Verifique sempre a inclinação indicada pelo fabricante da telha. As telhas cerâmicas
variam de 30% a 35%. Para saber mais sobre inclinação de telhados veja o tema: Como
Calcular a Inclinação de Telhado, Passo a Passo!
O consumo de telhas fica entre 15 e 17 pç/m2 e o peso por das telhas em torno de 40kg/m2.
Telha de Concreto
As telhas de concreto são mais recentes no mercado. Proporcionam conforto térmico e
versatilidade de formas e cores. São impermeáveis as chuvas, diferente das telhas
cerâmicas que absorvem um pouco de água. Tem um peso/m2 em torno de 48kg/m2 e
consumo de 10 a 15 un/m2. A inclinação mínima desses telhados também é entre 30% e 35%.
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Macete 01: As telhas de concreto com cores brancas proporcionam mais conforto térmico
porque refletem a luz do sol que incidem sobre elas.
Telha de Fibrocimento
São o melhor custo/benefício do mercado. São resistentes e leves, por isso precisam de um
engradamento de telhado mais simples. Devem ser bem fixadas nas terças para que não tenha
problemas com chuvas e ventos. O trespasse recomendado de 15cm a 20cm e inclinação
mínima de 15%. Tem espessura de 4mm, 5mm, 6mm, 8mm. Os tamanhos encontrados no
mercado são próximos a 1,22m X 2,44m (comprimento x largura), dependendo do fabricante.
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Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a orientação da
declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação (angulo αº) que o
plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente trigonométrica da
inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag α %).
O objetivo de calcular a inclinação do telhado é para determinar como será todo o projeto de
cobertura, qual será a altura da cumeeira, qual o comprimento do Pendural e a área de
cobertura.
Macete 01: Sempre que for projetar, construir ou reformar um telhado verifique as inclinações
recomendadas pelo fabricante da telha. Se você é um estudante da área, leve esse macete
para sua vida profissional.
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30% é igual a 30/100, ou, 30 dividido por 100. Colocando-se a unidade centímetro (cm), temos:
30% = 30cm/100cm ou seja: a cada 100cm (1 metro) na horizontal, o telhado sobe 30cm
na vertical, vejam a figura:
Calcular a altura da cumeeira de um telhado duas águas com 8,0 metros de largura e
inclinação de 30%, indicada pelo fabricante da telha.
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Passo 1: Se o telhado terá 8,0m de largura e é duas águas, sua cumeeira estará no meio,
a 4,0m da largura;
Passo 2: Se o telhado tem inclinação de 30% = 30/100 = 30cm de altura a cada 1,0m de
largura, logo, a cada 4,0 de largura temos: 120cm nos 4,0m de largura.
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11. REVESTIMENTO
CONCEITO
11.1.3 – Emboço
O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização da
superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis e cujo traço
depende do que vier a ser executado como acabamento. É o elemento que proporciona
uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos e cuja espessura
não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa grossa de
cal e areia no traço 1:3. Usualmente adiciona-se cimento na argamassa do emboço
constituindo uma argamassa mista, em geral nos traços 1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento,
cal e areia).
Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de carência
da aplicação do chapisco de 3 dias e que preferencialmente os elementos embutidos
das paredes tenham sido executados, as tubulações hidráulicas e elétricas, os rasgos
devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos dos
batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e preferencialmente o contrapiso
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Cha pa da de
1,0 a 1,5 m
Tubula çã o
hidrá ulica
Eletroduto
Ca ixa de
toma da Registro
de ga veta
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Cha pa da s de
a rga ma ssa
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Superfície
Régua sa rra fea da
desempena deira
11.1.3 – Reboco
É a argamassa básica de cal e areia fina, onde a nata de cal (água e cal hidratada) adicionada
em excesso no traço, constitui uma argamassa gorda, que tem a característica de pequena
espessura (na ordem de 2 mm) e de preparar a superfície, com aspecto agradável, acetinado,
com pouca porosidade, para a aplicação de pintura. A aplicação é feita sobre a superfície do
emboço, após 7 dias (sem que tenha sido desempenado) com desempenadeira de mão,
comprimindo-se a massa contra a parede, arrastando de baixo para cima, dando o acabamento
(alisamento) com movimentos circulares tão logo esteja no ponto, trocando-se de
desempenadeira (aço, espuma, feltro) dependendo do acabamento desejado.
11.1.4 - Argamassas Especiais
São encontradas no mercado variadas argamassas industrializadas para aplicação imediata,
cujas características de preparo e recomendações especiais de aplicação são fornecidas pelos
fabricantes (detentores das patentes).
de uma pasta especial (3:3:2 ou 2:2:1 – pó de mármore, nata de cal, cimento branco,
água e corante a gosto) que deve ser queimada com desempenadeira de aço e após
dá-se o lustro com o polimento da superfície usando-se uma boneca de pano que deve
ser esfregada com energia junto com o talco, até atingir o polimento desejado. Outro
acabamento, utiliza passar óleo de linhaça e encerar com cera de carnaúba. O
resultado final é uma superfície muito lisa e brilhante, comparável ao vidro e que na fase
de queima pode receber um processo artístico de impregnação de óxido de ferro diluído
em água, formando veios determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de
galinha) que imitam mármore.
e) Reboco Travertino (massa tipo travertino) – revestimento semelhante ao estuque
lúcido. Essas massas são industrializadas, portanto patenteadas sua composição.
Aplica-se a massa sobre emboço de argamassa mista de cal (1:4/12) molhado até a
saturação, como se fosse reboco normal. Para a imitação do mármore travertino, faz-se
da seguinte maneira: com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca
de estopa limpa ou pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos
sulcos típicos do mármore, desempena-se com a desempenadeira de aço levemente,
de maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para imitação das placas de
mármore é feito com um ferro de 3/16” ou 1/4” na forma de semicírculo, passado na
superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m².
f) Massa Lavada – semelhante a massa tipo travertino, é um material industrializado e
patenteado, onde a característica predominante está no agregado que é composto de
granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado com uma espessura na ordem de 5
mm, o seu acabamento é feito com a lavagem de solução de ácido muriático e água
1:6, lavando-se em seguida com água limpa para remoção da solução ácida. Este
processo é repetido até aparecerem os grãos e granilhas de granito, limpos e brilhantes.
O rendimento é de 15 kg/m².
g) Reboco Raspado (massa raspada) – sua composição é feita com quartzo, cimento ou
cimento branco e corante, sendo os traços, patentes dos fabricantes. A espessura do
reboco não deve ser inferior a 3 mm, nem superior a 5 mm. Os painéis devem ser
executados de forma contínua, sem emendas, existindo juntas determinadas por colher
de pedreiro ou fitas adesivas, entre os mesmos. O acabamento final é conseguido com
a passagem de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após 2 horas
aproximadamente da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco, que deve
ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final.
h) Granilito ou Granitina – revestimento argamassado cujo acabamento tem aparência
de granito. É preparado no canteiro com cimento branco, granas e granilhas de granito,
mármore e corante. Executados em painéis com espessura na ordem de 5 a 8 mm, com
juntas de dilatação de latão, alumínio ou plástico. A aplicação é feita da mesma maneira
que o emboço, por lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas vezes para
melhor fixação, aí então sarrafeia-se e desempena-se. Após a secagem, dá-se o
polimento com máquina, podendo receber como acabamento final o enceramento e
lustro com flanela.
i) Massa Acrílica – são materiais industrializados, composto de granas de granito,
combinados com resinas acrílicas, que após aplicadas se constituem em produto de alta
resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É aplicado com
desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com espessura de 3 mm, com
rendimento na ordem de 4 kg/m².
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São produtos industrializados com grande controle do processo de fabricação, que exigem
atenção desde a composição da massa, que utiliza argilas, filitos, talcos, feldspatos (grês) e
areias (quartzo), até a classificação final do material, caracterizado por elementos cerâmicos,
de grande variedade de cores, brilhantes e acetinados, em diversos padrões, lisos e
decorados, de alta vitrificação, ou sejam, de grande coesão, resistência a compressão e
abrasão. A espessura média é de 5,4 mm. A face posterior (tardoz) não é vidrada e apresenta
saliências para aumentar a capacidade de aderência da argamassa de assentamento.
a) proteção à alvenaria;
b) é anti-alérgico;
c) facilidade de limpeza (é higiênico);
d) beleza (possui inúmeras opções decorativas);
e) é durável (quando de boa qualidade);
f) é anti-inflamável.
Observação: O revestimento cerâmico não pode ser considerado elemento impermeabilizante a
ponto de conter coluna de água sobre ele, assim como a cerâmica e a argamassa de rejuntamento.
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a prumo a ma rra da s
a) Junta Estrutural – é a fresta regular cuja função é aliviar tensões provocadas pela
movimentação da estrutura da obra. Devem ser respeitadas em posição e largura, em toda
espessura do revestimento;
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apiloado até um contrapiso de concreto (armado). A seguir é mostrado alguns dos tipos de
revestimentos feitos em concreto:
Traço da argamassa
Tipo de revestimento (cimento : areia média)
Água 10 %
Carpetes, madeira, vinílicos e 1:4a1:5
têxteis
Base para manta de 1:3a1:4
impermeabilização
Cerâmicas e pedras 1:5a1:6
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d) Os tacos deverão ficar a uma distância máxima de 2 metros e após 2 dias, lavar bem a
superfície (água em abundância) e executar as mestras, adotando-se os mesmos cuidados
de polvilhar cimento, inicialmente nos locais das mestras e depois em toda a superfície que
vai receber o contrapiso, espalhando e misturando com a água para formar uma nata de
aderência;
e) Espalhar a argamassa entre os tacos numa espessura um pouco acima da altura dos
tacos e compactando-a com um soquete (a argamassa deve estar em ponto de farofa). Em
seguida, usando os tacos como apoio, nivelar a mestras com uma régua de alumínio (reguar)
e retirar os tacos, preenchendo o espaço com a mesma argamassa;
f) Logo após a execução das mestras lançar argamassa entre elas até um pouco acima
das mestras, espalhando com uma enxada ou rodo (espessura máxima por camada de 5 cm),
compactar da mesma forma que as mestras, preenchendo os espaços que ficarem abaixo
das mestras, sempre compactando;
g) De forma idêntica ao sarrafeamento feito antes, cortar a argamassa com uma régua de
alumínio, fazendo o acabamento (cimento alisado ou desempenho) de acordo com o tipo de
revestimento que será executado;
h) Isolar a área por no mínimo 3 dias após o término do serviço e controlar o trânsito de
equipamentos que possam danificar o contrapiso. Liberar para a execução do revestimento
decorridos 28 dias de cura. Aos 14 dias fazer a verificação e aderência com um ponteiro de
aço. Testar, também, o caimento jogando água com balde a fim de verificar empoçamento e
caimento inadequado. Refazer onde for necessário.
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a) Concreto aparente (laje aparente) – é o teto sem nenhum revestimento especial, a não
ser em alguns casos, uma pintura (verniz) diretamente sobre a face inferior da laje de
concreto;
b) Argamassados – é a aplicação de camadas de revestimento argamassados da mesma
forma com que se revestem as paredes (chapisco, emboço, reboco etc.) sobre a face inferior
de laje maciça, premoldada ou mista;
c) Madeira – executados como forro falso em chapas, réguas ou colméias, fixados por
meio de vigamentos, tarugamentos e contraventamento;
d) Gesso – em placas lisas, perfuradas ou estriadas, placas de gesso acartonado (placas
de 0,60x0,60 m) suspensas por arames galvanizados fixados nas lajes por pino de aço
cravado com pistola à pólvora. As placas podem ser rejuntadas, lixadas e pintadas e receber
arremates especiais também em gesso ou outro material (plástico, PVC e isopor);
e) Fibras vegetais ou minerais – em placas prensadas de fibras de madeira (pinus e
eucalipto) e lã de vidro, rocha ou polietireno expandido (isopor), caracterizando o chamado
"forro pacote", que são fixados em estruturas de perfis de alumínio, aço ou madeira
atirantados ao teto, por meio de pendurais de aço, ou chapas de alumínio;
f) Metal – principalmente alumínio e aço, apresentando as mais variadas configurações e
acabamentos;
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g) PVC rígido – apresentados em réguas com encaixe tipo macho e fêmea, fixados em
tarugamentos de madeira.
Madeira Bambu
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Referencias:
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Politécnica da Universidade de São Paulo.
ASSED, José Alexandre e ASSED, Paulo Cézar. Construção civil, metodologia construtiva .
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, l988.
BARROS, M. M. S. B., MELHADO, S.B. Produção de estruturas de concreto armado de
edifícios. São Paulo: EPUSP, 1993.
BAUER, L. A ,Falcão. Materiais de Construção. Editora LTC. Rio de Janeiro 1994
BRITO, José Luis Wey de. Fundações do edifício. São Paulo, EPUSP, 1987. HACHICH, W. et
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JOPPERT Jr., I. Fundações e Contenções de Edifícios. Editora Pini.1. ed. 2007.
Material de aula da disciplina de Tecnologia da construção de edifícios 1. Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo.
PIANCA, J. Batista. Manual do Construtor. 3a edição. 5 volumes. Editora Globo. Porto Alegre.
1968.
Revistas Técnicas – Arquitetura e Construção, Finestra e Téchne - Editora Pini RICARDO,
Otávio Gaspar de Sousa. Teoria das Estruturas. São Paulo: YAZIGI, Walid. A
técnica de Edificar. Editora Pini. São Paulo. 2004.
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