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FERNANDO REICHERT
Relatório técnico de estágio
FERNANDO REICHERT
LISTA DE FIGURAS………………………………………………………………………...3
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
3. RESULTADOS DA PESQUISA………………………………………………………… 16
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………. 28
1. INTRODUÇÃO
Portanto, se torna claro e evidente, que não adianta um belíssimo trabalho, projeto de
arquitetura criado, se o mesmo não poder ser executado no terreno disponível, no determinado
município, em virtude da não aprovação junto ao órgão competente. Isso, simplifica a escolha
da temática deste trabalho, pois entende-se a importância de todo esse conjunto, o qual para se
tornar realidade, deve passar por análises e etapas de protocolo, para sua aprovação.
Logo, o estágio foi supervisionado por uma profissional que já atua na área de
Arquitetura e Urbanismo há alguns anos e possui grande histórico de experiências e passagens
por situações adversas. Inclusive, foi um momento para também conhecer as dificuldades e
desafios dos trabalhos desenvolvidos pelo arquiteto e urbanista. Compreendeu-se, entretanto, a
realização de análises de projetos encaminhados para a prefeitura, acompanhamentos e
fiscalizações de obras, além da interpretação de normas e leis vigentes.
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1.1 OBJETIVOS
Neste subtítulo serão tratados os objetivos gerais e específicos que darão fundamento ao
desenvolvimento do relatório de pesquisa.
1.2 JUSTIFICATIVA
Entretanto, não basta o projeto arquitetônico realizado, se não aprovado por um órgão
competente, para a partir disso, conseguir posteriormente o alvará de construção e iniciar a obra.
Portanto, visto a complexidade de detalhamentos possíveis, ainda, referentes as normas
pertinentes, como por exemplo, a NBR9050 da acessibilidade, requerimentos, declarações,
matrículas atualizadas e todas as tipologias de Registro de Responsabilidades Técnicas, torna-
se de suma importância o acompanhamento do dia-a-dia de um profissional que realiza essas
análises e correções para a aprovação de projeto, a qual é essencial para o Arquiteto.
Diante de tal, será realizada a revisão teórica a partir dos itens mais desenvolvidos no
período de estágio, para aprimorar o conhecimento e buscar em livros, artigos, sites
governamentais e institucionais, posições de profissionais que compartilham seus
conhecimentos em busca de um melhor ensino, seguindo as principais atividades desenvolvidas
neste estágio obrigatório curricular, análise, documentação e acompanhamento no setor
público.
Unwin (2008) comenta que a análise de outros projetos e exemplos são indispensáveis para
praticar ideias próprias, embora atualmente a grande parte elabora projetos através de
computadores é de extrema importância o resgate ao velho hábito de expressar as formas e
funções iniciais, a base do lápis e folha de papel. O desenho é uma habilidade que facilita, para
arquitetos, o entendimento de um projeto, criando grandes obras de arquitetura.
Segundo Kowaltowski (2011, p.25) “para criar algo novo, parte-se do conhecimento
adquirido, em um processo de tentativa e erro e, por associação de ideias, encontra-se uma
combinação para solucionar o problema”.
Um grande exemplo, sobre unir a criatividade e solução, pode ser observado Unwin (2008)
um dos desafios para a criação, em especial do arquiteto, é em relação a topografia, um terreno
com grande inclinação pode ser aceito como um problema, levando a bloquear a solução,
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entretanto é possível utiliza-lo de forma a lhe beneficiar, tornando um grande aliado a demanda
de ideias, as quais vão gerar maiores capacidades, demandas e formas de criação.
Ainda sobre o autor anterior, a arquitetura não está alavancada em realizações, pois além de
tudo, o processo de criação deve considerar, Unwin (2008) que além da funcionalidade, grandes
variáveis como condições financeiras, técnicas, estéticas, sociais e culturais devem ser
analisados. Portanto, é valido na criação de um projeto aplicar os três processos de gerações de
ideias, combinação, associação e comparação, explorando assim combinações aleatórias para
enquadrar soluções chaves.
Portanto, “o projeto é resultado de várias interações sociais, sendo definido não só pela
atuação de cada projetista, mas também pelas influências mútuas com os clientes, usuários e
demais projetistas participantes” (FABRICIO e MELHADO, 2011, p. 57).
Outro fator importante, a orientação dos pontos cardeais, os quais indicam as posições em
relação ao ciclo solar, fundamental para a definição dos ambientes, o que influencia diretamente
para o conforto de uma residência, podendo refletir em temperatura quente ou fria e luz do sol
entrando na janela ou não, esses pontos são elementos básicos e estão ligados diretamente com
a mente que projeta. Esses controles, não só sobre iluminação, mas também envolvem odores
e ventilações, estão sempre em pauta e constante evolução, buscando maneiras melhores para
exploração. Em tempos passados, a luz era fornecida através do céu, hoje com a energia elétrica
pode-se projetar com exatidão. Além disso, os matérias também evoluíram, atualmente, é
possível definir texturas e características distintas, organizando cada ambiente conforme
desejado, trazendo diferentes experiências (UNWIN, 2009).
Ainda, segundo as autoras Lukiantchuki, Caram e Labaki (2011), sobre iluminação natural,
é preciso analisar e conhecer a trajetória do sol e a sua posição, para conseguir projetar de
acordo com o período de insolação nas fachadas das edificações e a penetração do sol nos
ambientes. Para assim, caso for necessário prever a execução e dimensionamento de beirais/
brises ou ainda uma vegetação para promover o sombreamento desejado. Entretanto, conforme
ressaltado anteriormente, o profissional precisa ter esse conhecimento da insolação e radiação
solar, para interpretar e visualizar esses fenômenos, projetando assim de forma eficaz.
Portanto, o primeiro elemento que modifica e consolida a arquitetura é a luz, sendo por meio
desta que as pessoas projetam e identificam os lugares. Por meio das luzes são projetados
formas, lugares claros ou escuros, iluminação homogênea ou suave. Esses tipos de luzes estão
relacionados conforme os diferentes tipos de atividades. A luz que a lâmpada elétrica nos
fornece pode ser facilmente controlada, ligando-a ou desligando-a, ainda, a partir dela pode-se
iluminar diferentes cômodos, com distintas intensidades e direções (UNWIN, 2009).
Ademais, Unwin (2009) compara esse controle da luz elétrica, com as luzes naturais
voltadas para os antigos templos, com a instalação de claraboia e à medida que o sol se movia
no céu, o feixe da luz solar percorria o interior dos templos, atingindo imagens de deuses em
horários específicos do dia, técnicas muito utilizadas pelos arquitetos da época.
Além dos já citados, outro fator importante para os projetos arquitetônicos é considerar a
ventilação natural, sendo seu uso essencial nos projetos, Lukiantchuki, Caram e Labaki (2011)
relatam que a circulação de ar nos ambientes evita disseminação de vírus, atuando como um
filtro, além de auxiliar do decréscimo da temperatura. Assim como, existem diferentes meios
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desenvolvidos para contribuir e ordenar o fluxo dos ventos, o protetor móvel e fixo vertical, os
dutos, as galerias subterrâneas, o resfriamento evaporativo, e também a ventilação mecânica.
Soluções estas, simples, mas que demostram desempenhos adequados para a maioria das
regiões, o diferencial é executa-las cuidadosamente e com grande nível tecnológico.
Desta forma, de acordo com Montenegro (2001) se torna evidente a importância do uso das
etapas do desenho arquitetônico, desde a criação deve-se evitar “tentar empurrar”,
principalmente o profissional da arquitetura, precisa usar as técnicas de desenho e criação, pois
são para obter eficiência e qualidade, gerar bons resultados. Quando o profissional não cuida
desses detalhes, existe grande probabilidade de trabalhos desleixado.
“É claro que para todos a arquitetura está sempre ligada à construção, mas nem
todo mundo sabe dizer com precisão como se entrelaçam os significados dessas
expressões. Também, de certo modo, as pessoas procuram achar um vínculo entre
arquitetura e a beleza e para quase todos, então, arquitetura seria a providência de uma
construção bela” (LEMOS, 2009, p.1)
As obras públicas podem ser realizadas de forma direta, quando o próprio órgão municipal,
estadual ou federal executa a partir de recursos próprios ou também, de forma indireta quando
a administração pública contrata, para realizar a obra, terceiros e/ou empresas terceirizadas,
essa contratação se faz mediante licitação. Trata-se de obras públicas, tanto reformas,
recuperação, ampliação ou construção de um patrimônio público (AGUIAR, 2009).
Aguiar (2009) ainda destaca, que o processo de licitação de obra pública, pode autorizar
diversos regimes de contração, como a empreitada por preço global, na qual se realiza a obra
mediante preço certo e total, já em empreitada por preço unitário, o serviço é executado por
preço certo de unidades determinadas. Outra opção, é a contratação de mão-de-obra por um
determinados preço, para realizar trabalhos de escala menor, nesse caso o contrato pode ser
elaborado com o fornecimento de materiais pela contratada, ou não. Nas empreitadas integrais,
se contrata um empreendimento, com todas as etapas das obras, serviços e instalações
necessárias inclusas integralmente.
Para tanto, para dar início aos serviços, com o contrato assinado a empresa vencedora da
licitação deve providenciar, conforme cada caso especificamente, porem resume-se em ARTs
ou RRTs registradas dos responsáveis técnicos pela obra, alvará de construção, o qual é
fornecido pela prefeitura municipal, certificado de matrícula da obra de construção civil e
ordem de serviço da administração, a qual da a autorização para iniciar a obra (AGUIAR, 2009).
Deste modo, conforme o decorrer da obra e sua finalização, o contratado tem prazo de até
15 dias para comunicar a municipalidade a conclusão da obra. Assum, a autoridade competente
mediante termo assinado entre as partes, deverá receber definitivamente a obra. O contratado,
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caso seja levantado alguma irregularidade ou avaria, deverá adequar, remover ou reconstruir tal
item, adequando o objeto (AGUIAR, 2009).
Considera-se uma edificação multifamiliar, aquela que possuir duas ou mais unidades
autônomas ocupadas como uso residencial, independentemente se estiver locada no mesmo
pavimento ou não, sendo assim, precisa ser elaborado o projeto já prevendo esta unidade
adaptável, de acordo com o Art. 2º do Decreto nº 9.451, de 26 de julho de 2018 (Brasil, 2018).
Quando uma unidade for vendida e o adquirente solicitar a adaptação da unidade, por
escrito até a data que iniciar a obra, é proibido a cobrança adicional de qualquer valor para a
adaptação acessível da unidade (Brasil, 2018).
Essas construções irregulares classificam-se entre irregulares, aquela que foi autorizada
pelo Poder Público Municipal, porem foi executada de forma divergente, totalmente ou
parcialmente. Clandestina, é a edificação na qual não teve o projeto arquitetônico aprovado pelo
órgão competente, portanto foi edificada sem projeto. Já quando existe uma edificação legal,
com projeto aprovado na prefeitura e nesta se realizam ampliações ou puxados sem projeto, fica
denominada construção clandestina parcial (Prefeitura Municipal de Itapiranga, 2014).
Apesar da existência desta Lei, não se consegue regularizar toda e qualquer edificação,
são passíveis de regularização, as quais apresentam conflitos com o recuo frontal, afastamentos
laterais e fundos, que não atende taxa de ocupação e permeabilidade, índices de aproveitamento,
dimensões mínimas de cômodos e área de iluminação e ventilação com tolerância de 30 % das
dimensões mínimas e número de vagas veiculares, onde se tolera 50% de diminuição, entre
outras, observando a necessidade de se enquadrar em residências unifamiliares e/ou
multifamiliares (Prefeitura Municipal de Itapiranga, 2014).
Quando se trata se edificação com uso comercial ou misto, residência com prestação de
serviço são passíveis de regularização quando não atende o recuo frontal e respeita as condições
para locar uma central de gás, conforme normas vigentes, afastamentos, taxa de ocupação e
permeabilidade, índices de aproveitamento, projeção das sacadas no máximo 1,50 metros sobre
o passeio público, tolerância de 15% a menos do mínimo no pé-direito, áreas de ventilação e
iluminação também de 30%, número de vagas 50% a menos que o exigido atualmente e
quantidade de lavatórios e chuveiros até 40% a menos (Prefeitura Municipal de Itapiranga,
2014).
Contudo, existem edificações que não se enquadram nesta lei para sua regularização,
são estas que estiverem sob terrenos do município, estejam em áreas e faixas não edificáveis,
de interesse ambiental e as que causam danos ao meio ambiente, patrimônio histórico e cultural
(Prefeitura Municipal de Itapiranga, 2014).
3. RESULTADOS DA PESQUISA
Conforme estão representados na planta baixa (Figura 02), esses outros pontos de lazer,
previstos para execução no decorrer da Avenida Uruguai, serão contemplados ainda com
bancos, churrasqueiras, lixeiras e continuação da ciclofaixa sob o passeio público, contudo,
ainda prevê a locação de um bicicletário, próximo ao Associação Recreativa e Cultural
Imigrantes, representado na Figura 02. O projeto analisado, possui um grande leque de
detalhamentos e projetos complementares, sob tudo apresenta inúmeras legendas para a
identificação da grande variedade e informações especificas, entregando uma fácil
compreensão para o analista, ressaltando que o mesmo já foi aprovado na prefeitura.
A Unidade de Saúde Básica Central (Figura 03), por se tratar de espaço público e
equipamento hospitalar, busca-se preferencialmente, disponibilizar um local limpo,
aconchegante e que abrigue de forma saudável seus usuários. Entretanto, este posto de saúde,
encontrava-se de forma precária, pois no decorrer de muitos anos, haviam sido realizadas
apenas algumas adequações em formatos provisórios.
No decorrer dos dias, também fiscalizamos outra Unidade Básica de Saúde, UBS
Fronteira (Figura 06), na qual foi realizada pintura e atualização da cor municipal, além disso,
foi realizada o levantamento métrico do prédio, para o cálculo do quantitativo de litros de tinta
utilizada, para posterior pagamento da empresa executante.
Inegavelmente, nos tempos atuais, a grande maioria dos projetos necessitam atender a
NBR 9050, a qual condiz sobre a acessibilidade, de forma a atender de forma maioritária e
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universal todas as pessoas, futuras e ocupantes dos mais diversos espaços. Por exemplo, não
apenas edifícios públicos que devem atender a acessibilidade, um projeto residencial, uma vez
que ele se classificar como multifamiliar, deve ao menos prever a unidade de forma adaptável,
caso venha a ser necessário adapta-la. Desta forma, esclarece-se a importância também do
projeto seguir com um detalhamento aprofundado, para que o profissional possa executa-lo, de
forma facilitada e que venha atender realmente o seu proposto.
projetos que é a elaboração da Planta Situação (Figura 13). Na qual, deve-se trazer a localização
exata do terreno dentro de uma área, mostrando as dimensões, arredores onde o projeto será
executado e recuos principais, ou seja, baseia-se em uma vista superior da edificação, com
indicação do norte, na qual se apresenta as dimensões para compreender onde de fato, a obra
será executada. Além disso, se torna de grande importância, conectar o terreno com uma via
principal próxima ou esquina, para concretizar com maior certeza e facilidade sua localização.
Atualmente, é necessário apresentar dois cortes e duas fachadas (Figura 14) para análise
na prefeitura, com os demais projetos e documentações. Cobra-se a impressão destes, na mesma
escala que a planta baixa e planta cobertura, obviamente, para entender de forma integral e
objetiva, o planejamento formal e regulamentação dos conjuntos de normas técnicas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Além de tudo, o estágio proporcionou um novo ciclo de amizades que com certeza
sempre estarão nas lembranças boas. O ótimo acolhimento por parte de todos os profissionais,
foi de suma importância para mim poder estar realmente à vontade e poder perguntar sempre
que haviam e surgiam dúvidas. A forma de como os assuntos abortados e analisados foram
repassados também facilitou bastante a compreensão.
MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. Revista e atualizada. ed. 4ª. São Paulo: Editora
Edgard Blucher Ltda, 2012.