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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas


Engenharia Mecânica

DANIEL DOS SANTOS SOUZA


DIEGO DO NASCIMENTO CHINATO
EDUARDO D'AMARO
GABRIEL NASCIMENTO DE OLIVEIRA
LUAN LOPES BERTOLI
MATHEUS GOMES DOS SANTOS
SANDRO DOS SANTOS JÚNIOR

PROTÓTIPO DE CONDICIONADOR DE AR COM FILTRO UVC

SÃO PAULO
2021
DANIEL DOS SANTOS SOUZA
DIEGO DO NASCIMENTO CHINATO
EDUARDO D'AMARO
GABRIEL NASCIMENTO DE OLIVEIRA
LUAN LOPES BERTOLI
MATHEUS GOMES DOS SANTOS
SANDRO DOS SANTOS JÚNIOR

PROTÓTIPO DE CONDICIONADOR DE AR COM FILTRO UVC

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Universidade Paulista – UNIP, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Graduação
em Engenharia Mecânica.

Orientador(a): Prof.ª Juliane Taise Piovani

SÃO PAULO
2021
Dedico este trabalho a todas as
famílias dos integrantes do grupo, aos
orientadores e principalmente aos
próprios integrantes por ser uma
equipe muito esforçada e de muita
reverência.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos Professores orientadores pelo grande auxílio na


elaboração do projeto, que sempre estiveram presentes sendo muito pacientes ao
ajudar com dicas e críticas construtivas.
RESUMO

Esse projeto tem por finalidade construir um aparelho de climatização de tamanho


reduzido (portátil) que seja utilizado em ambientes fechados, e em seu funcionamento
obter o emprego de lâmpadas UV que contribuirão para a esterilização do ar,
buscando assim diminuir a contaminação por agentes patógenos. Poderá ser utilizado
em hospitais, transportes públicos e/ou residências pelo fato de ser um dispositivo de
tamanho reduzido e considerável. Foram abordados cálculos para se dimensionar o
projeto, como também para se reduzir os gastos, aumentar seu rendimento e
comprovar sua eficácia. O estudo visa apresentar também as etapas de fabricação
em 2D e 3D, exibindo uma melhor visualização do projeto, como seu funcionamento,
além de uma simulação de CFD (Simulação Computacional de Fluido dinâmica) para
avaliar o comportamento do fluxo dos gases nas variáveis de velocidade, pressão,
turbulência e distribuição do volume das partículas no protótipo, que segundo os
dados apresentados foram estudados e considerados satisfatórios sendo avaliado
como um resultado apropriado para a circulação de ar de um ar condicionado de
escoamento laminar organizado e fluido.

Palavras – chave: Rendimento – eficácia – climatização – patógenos – CFD


ABSTRACT

This project aims to build a small size (portable) air conditioning unit that is used
indoors, and in its operation we will have the use of UV lamps that will contribute to the
sterilization of the air, thus seeking to reduce contamination by pathogens. It can be
used in hospitals, public transport and/or homes because it is a device of small and
considerable size. Calculations were approached to measure the project, as well as to
reduce expenses, increase its performance and prove its effectiveness. We also
present the manufacturing steps in 2D and 3D showing a better visualization of the
project working, in addition to a CFD (Computational Fluid Dynamic Simulation)
simulation to evaluate the behavior of the flow of gases in the variables of velocity,
pressure, turbulence and distribution of the volume of particles in the prototype, which
according to the data presented were studied and considered satisfactory, being
evaluated as an appropriate result for the air circulation of an air conditioner with
organized laminar flow and fluid.

Keywords: Performance - effectiveness - climate control – pathogens – CFD


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Croqui inicial ............................................................................................. 19


Figura 2 - Tipos de sistemas ..................................................................................... 21
Figura 3 - Componentes de um sistema de refrigeração por compressão de vapor . 22
Figura 4 - Diagrama T-s de um ciclo por compressão de vapor ideal ....................... 23
Figura 5 - Condicionamento de ar tipo janela ............................................................ 27
Figura 6 - Condicionamento de ar tipo split ............................................................... 28
Figura 7 - Exemplo de modelo de CFD no Ansys ..................................................... 32
Figura 8 - Modelo CAD 3D para CFD ........................................................................ 32
Figura 9 - Exemplo de malha do modelo 3D ............................................................. 33
Figura 10 – Exemplo de solução do software - Resultados de simulação ................ 34
Figura 11 - Imagem 3D do projeto............................................................................. 35
Figura 12 - Aparelho com iluminação UVC ............................................................... 37
Figura 13 - Vista Isométrica do modelo 3D (Frente) .................................................. 39
Figura 14 - Vista Isométrica do modelo 3D (Traseira) ............................................... 39
Figura 15 - Inlet (Indicação da superfície de entrada de ar) ...................................... 40
Figura 16 - Inlet (Representação gráfica de vetores) ................................................ 40
Figura 17 - Outlet (Indicação da superfície de saída de ar) ...................................... 41
Figura 18 - Outlet (Representação gráfica de vetores) ............................................. 41
Figura 19 – Wall (Indicação das superfícies das paredes do modelo) ...................... 42
Figura 20 - Detalhes de definição da malha .............................................................. 43
Figura 21 - Malha gerada na geometria 3D ............................................................... 43
Figura 22 - Malha gerada na geometria 3D (Frente e verso) .................................... 44
Figura 23 - Estatísticas da malha gerada .................................................................. 44
Figura 24 - Dados do material das paredes do sólido ............................................... 45
Figura 25 - Dados do fluído ....................................................................................... 45
Figura 26 - Fluxo de massa na entrada ..................................................................... 46
Figura 27 - Condições de saída ................................................................................ 46
Figura 28 - Definição da gravidade ........................................................................... 47
Figura 29 - Iterações calculadas ............................................................................... 47
Figura 30 - Fluxo da velocidade vista isométrica....................................................... 48
Figura 31 - Fluxo da velocidade vista frontal ............................................................. 48
Figura 32 - Fluxo de velocidade vista lateral esquerda ............................................. 49
Figura 33 - Fluxo de velocidade vista superior .......................................................... 49
Figura 34 – Fluxo de pressão vista isométrica .......................................................... 50
Figura 35 - Fluxo de pressão vista frontal ................................................................. 50
Figura 36 - Fluxo de pressão vista lateral esquerda .................................................. 51
Figura 37 - Fluxo de pressão vista superior .............................................................. 51
Figura 38 - Fluxo de turbulência vista isométrica ...................................................... 52
Figura 39 - Fluxo de turbulência vista frontal............................................................. 52
Figura 40 - Fluxo de turbulência vista lateral ............................................................. 53
Figura 41 - Fluxo de turbulência vista superior.......................................................... 53
Figura 42 - Fluxo de volume vista isométrica ............................................................ 54
Figura 43 - Fluxo de volume vista frontal .................................................................. 54
Figura 44 - Fluxo de volume vista lateral ................................................................... 55
Figura 45 - Fluxo de volume vista superior ............................................................... 55
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de custos de projeto ..................................................................... 36


Tabela 2 - Custos para produção .............................................................................. 36
Tabela 3 - Custos terceira hipótese........................................................................... 37
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 - Taxa de transferência de calor na entrada no ciclo............................... 23


Equação 2 - Trabalho no compressor ....................................................................... 24
Equação 3 - Taxa de transferência de calor .............................................................. 24
Equação 4 - Entalpia no processo de estrangulamento ............................................ 24
Equação 5 - Coeficiente de desempenho ................................................................. 25
Equação 6 - Desinfecção de 99% ............................................................................. 29
Equação 7 - Desinfecção de 99% derivada .............................................................. 30
Equação 8 - Tempo em relação a distância para inativação ..................................... 30
Equação 9 - D99 Resolução para o projeto .............................................................. 30
Equação 10 - Tempo necessário para inativação para o projeto .............................. 30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFD Fluidodinâmica Computacional


NR Norma Regulamentadora
UV Luz Ultra Violeta
UVC Luz Ultravioleta C
LISTA DE SÍMBOLOS

𝜷 Coeficiente de desempenho
Ø Diâmetro
𝒉 Entalpia
𝒎˙ Fluxo de massa
m² Metro(s) quadrado
mm Milímetros
nm Nanômetro
𝑸𝒊𝒏 Taxa de calor de entrada
𝑸𝒐𝒖𝒕 Taxa de calor de saída
Btu/h Unidade Térmica Britânica por hora
V Volts
W Watts
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 16
1.1 Objetivo Geral 17
1.1.1 Objetivos Específicos 17
1.2 Problemática 17
1.3 Justificativa 18
1.4 Metodologia 19
2 REFERENCIAL TEÓRICO 21
2.1 Sistemas termodinâmicos e transferência de calor 21
2.3 Refrigeração 25
2.4 Climatização 26
2.4.1 Sistema de condicionamento de ar tipo janela 26
2.4.2 Sistema de condicionamento de ar tipo split 27
2.5 Radiação UV e seu uso em ambientes 28
2.6 Cálculo de dosagem efetiva para inativar COVID19 com luz UVC 254nm 29
2.6.1 Tempo necessário para inativação de 99% do vírus e bactérias nos
equipamentos 30
2.7 Estudo CFD 31
2.7.1 Software utilizado para simulação 31
2.7.2 Etapas da simulação 32
2.7.2.1 Elaboração do modelo CAD 3D 32
2.7.2.2 Geração da malha do modelo 33
2.7.2.3 Pré processamento do Solver 34
2.7.2.3 Resultados obtidos e conclusões do estudo 34
3 VIABILIDADE DO PROJETO 35
4 METODOLOGIA APLICADA 38
4.1 Introdução e objetivo da simulação 38
4.2 Tratamento da geometria 3D e pré processamento 39
4.3 Condições de operação 44
4.4 Pós processamento – Resultados obtidos 47
4.4.1 Análise dos resultados da velocidade 48
4.4.2 Análise dos resultados da pressão 50
4.4.3 Análise dos resultados de turbulência (coeficiente de Reynolds) 52
4.4.4 Análise dos resultados de fluxo de volume 54
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57
APÊNDICE A – Cronograma do projeto 60
APÊNDICE B – Detalhe em 2D 61
APÊNDICE C – Vista Isométrica da peça em 3D 62
APÊNDICE D – Vista Isométrica da peça em 3D com corte superior 63
ANEXO A – Circuito elétrico completo do modelo de exemplo do ar condicionado 64
ANEXO B – Cicuito elétrico simplificado: Ligação da lâmpada UVC 65
DANIEL DOS SANTOS SOUZA
DIEGO DO NASCIMENTO CHINATO
EDUARDO D'AMARO
GABRIEL NASCIMENTO DE OLIVEIRA
LUAN LOPES BERTOLI
MATHEUS GOMES DOS SANTOS
SANDRO DOS SANTOS JÚNIOR

PROTÓTIPO DE CONDICIONADOR DE AR COM FILTRO UVC

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Universidade Paulista – UNIP, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Graduação
em Engenharia Mecânica.

Orientador(a): Prof.ª Juliane Taise Piovani

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ ___/___/_____
Prof.ª Juliane Taise Piovani
Universidade Paulista - UNIP

_________________________________ ___/___/_____
Prof.
Universidade Paulista - UNIP

_________________________________ ___/___/_____
Prof.ª
Universidade Paulista - UNIP
16

1 INTRODUÇÃO

A disseminação mundial do vírus SARS-Cov-2 no ano de 2020 trouxe uma


pandemia à tona, o que subsequentemente fez todos os países investirem em saúde
para o bem estar de toda a sociedade mundial. Um dos meios observados de contágio
da doença foi o contato respiratório com gotículas expelidas por pessoas que já
estariam contaminadas pelo vírus, disseminação à preocupação da transmissão pelo
ar e ocasionando estudos de possível contaminação em ambientes fechados (GUY,
E. P. B. et al. 2021).
O departamento de engenharia mecânica e as demais áreas de tecnologia
estão presentes nesse cenário de combate ao vírus e uma das principais ações é a
desinfecção dos ambientes.
Segundo CHAGAS, M.W.P. D. (2021), o condicionamento do ar é
importantíssimo para sua qualidade, sendo definido como um processo mecânico pelo
qual é possível realizar e manter determinadas condições de temperatura, umidade,
pureza e distribuição de ar de um determinado recinto.
De acordo com a BioH2O (2020), a radiação ultravioleta é uma grande aliada a
este cenário, podendo ser uma tecnologia empregada como germicida. Existem dois
tipos de Radiação Ultravioleta com poder germicida o UVB e UVC, ambos são
eficientes no controle de micro-organismos alterando o DNA, impedindo sua
multiplicação/proliferação e sendo desinfetante, porém o principal responsável por
eliminar o vírus é o UVC, onde seus raios tem a capacidade de atravessar a capsula
proteica e danificar o material genético dos vírus e outros micro-organismos, que
perdem a capacidade de infectar e causar doenças.
Sendo assim, neste trabalho propõe-se a utilização de um aparelho de
climatização portátil para esterilização de ambientes fechados, empregando lâmpada
UV germicida na filtragem do ar, buscando-se a diminuição do contágio, reproduzindo
com segurança os efeitos germicidas da luz solar, sem químicas nocivas à humanos
ou radiação exposta com tempo e fluxo corretos, possibilitando a efetiva quebra do
DNA dos micro-organismos. Esta solução é benéfica em inúmeros locais, como
diversos transportes públicos, salas de hospitais e inclusive locais residenciais. A
presente proposta alivia os leitos de UTI pela redução de disseminação de vírus, esta
17

redução da presença de bactérias, vírus e fungos do ambiente, auxiliará diminuindo o


número de doenças que contaminam as vias aéreas, tornando um local mais
higienizado e contendo uma melhor qualidade do ar.

1.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo geral promover melhorias num sistema
de ar condicionado, por meio do processo de filtragem, com o auxílio de um sistema
de radiação UVC, contribuindo para a descontaminação do ambiente por fungos e
bactérias.

1.1.1 Objetivos Específicos

● Avaliar a eficiência do sistema em ambientes fechados;


● Proporcionar melhor segurança e qualidade ao ar;
● Realizar um estudo de Fluidodinâmica Computacional (CFD) sobre o protótipo.

1.2 Problemática

Engenharia mecânica na área hospitalar vem crescendo continuamente num


ambiente de pandemia. A qualidade e condição do ar é um tema que desperta o
interesse de todos, segundo a ABRAVA (2021), (Associação Brasileira de
Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) o vírus causador da
pandemia SARS–CoV-2 é transmitido pelo ar, com isso, a ventilação, renovação e
qualidade do ar interno em ambientes fechados, ganharam destaque como ações para
diminuir o contágio.
Sendo assim, neste trabalho foi proposto a utilização de um aparelho de
climatização portátil para esterilização de ambientes fechados empregando lâmpada
UV germicida na filtragem do ar.
18

1.3 Justificativa

Nos dias de hoje, principalmente em meio a uma pandemia, se tornou inevitável


estudos e métodos para garantir a segurança da qualidade do ar da população em
ambientes públicos. Um ambiente não climatizado e sem renovação de ar infere
diretamente na propagação de vírus e bactérias, CAMPOS, E. C.; GUEDES, B. A. M.
(2020).
Projetos de sistemas de ar condicionado que consistem em controlar a
renovação mecânica de ar com a utilização de raios UV tem um grande expoente para
vir a ser a melhor das soluções neste tipo de controle.
Segundo a ABRAVA (2021), o risco de contaminação, como a do coronavírus
em ambientes externos é pequeno, certamente locais com maior índice de contágio
são os ambientes fechados, sem renovação e sem ventilação, em especial aqueles
com maior número de pessoas, isso se deve ao fato de não haver a troca do ar
contaminado, filtragem e a diluição do ar, pois a ventilação incorreta faz com que
CO2 e outros contaminantes do ar interior fiquem estagnados, assim acumulando no
ambiente.
Dado a importância destes equipamentos mecânicos que realizam a filtragem
ou controle da corrente de ar do ambiente, propõe-se utilizar métodos tecnológicos
mais atuais aliados à mecânica. A ABRAVA (2021) ainda destaca que manter apenas
portas e janelas abertas são ações que não garante a desinfecção do ambiente, o uso
de novas tecnologias nestes ambientes, como por exemplo, as lâmpadas UV-C têm
sido de grande contribuição à diminuição da propagação do vírus.
A utilização de lâmpadas com luz UV tipo C (UVC) está ficando cada vez mais
comum, pois ela consegue desativar, de forma confiável, vírus e bactérias.
GUY, E. P. B. et al. (2021) relata que no caso de aplicações de irradiação UV
em volumes de controle, a luz ultravioleta destrói o DNA de micro-organismos vivos
quebrando suas moléculas, e no momento que o micróbio passa pela luz UV, a
radiação penetra em seu núcleo rompendo a estrutura molecular do DNA deixando-o
incapaz de se reproduzir, assim realizando a inativação dos microrganismos e não
permitindo a sua disseminação.
O projeto tem como intuito resguardar a saúde das pessoas em ambientes
públicos ou privados, com eficiência e segurança, fazendo com que as pessoas voltem
a andar nas ruas sem medo de se contaminar com alguma doença contagiosa ou ser
19

portador de algum vírus que possa ser prejudicial para outras pessoas, resultando em
uma possível redução de pessoas doentes, por alguns tipos de vírus ou bactérias,
evitando assim possíveis filas e aglomerações nas portas de hospitais, fazendo com
que tenha uma eficiência maior nos atendimentos hospitalares.

1.4 Metodologia

Como primeira etapa foi escolhido um sistema de ar-condicionado portátil, da


marca Midea modelo MPT-10CR VI, cujas características são: Vazão de ar de 380
m³/h, Fluido refrigerante R410A, Capacidade frigorifica 10500 Btu/h, dimensões 43,3
x 84 x 35,5 cm, alimentação 127 V, potência 1185 W.
Inicialmente a ideia foi a elaboração de um ar condicionado em pequena escala,
para fácil inserção no ambiente. O modelo foi baseado num modelo split onde troca o
calor e realiza a exposição de raio uv no interior do equipamento.

Figura 1 - Croqui inicial

Fonte: Própria, 2021.


20

Após a validação do grupo e ideação do formato e dimensão do protótipo foi


realizado a peça em 3D como é exibido no apêndice B, C e D.
Pesquisas bibliográficas foram realizadas para a escolha do melhor método de
irradiação UV tipo C, este será realizado por uma fita de Led (diodo emissor de luz)
que possui irradiação UV com comprimento de onda de 254 nm, característico de
UVC, bem como materiais a serem utilizados para construção do protótipo.
A construção consiste em utilizar o corpo do aparelho de ar-condicionado
portátil e seu sistema, instalando um túnel (duto) impresso em manufatura aditiva
(como protótipo inicial) na entrada de ar do aparelho, este servirá de suporte para a
iluminação UVC, de tal forma que o ar passe pelo sistema e sofra grande exposição
à radiação UV tipo C.
Por fim, será realizada a construção do modelo no software de desenhos 3D
Solid Edge e o estudo do fluxo de ar no software Autodesk CFD seguindo uma
metodologia de avaliação de linha de fluxo dos gases para ser avaliado um teste de
performance do fluido (no caso o ar), cálculos da exposição à radiação UVC e ainda
pode ser observado no anexo A e B os circuitos elétricos simples correspondes ao
protótipo.
21

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Dada a introdução, foi necessário um estudo mais aprofundado aos


conhecimentos passados em aula e de pesquisa mais especifica para o projeto.
O condicionador de ar com filtro UVC tem conceitos abordados em sistemas
termodinâmicos, transferência de calor, refrigeração, climatização e radiação UV para
ambientes. Todos estes tópicos são abordados a seguir.

2.1 Sistemas termodinâmicos e transferência de calor

Um sistema termodinâmico é um grupo de elementos que podem trocar energia


com o exterior. Tudo externo é chamado de vizinhança e é separado do sistema por
fronteiras, que podem ser móveis ou fixas, como apresentado pela Figura 2.
Segundo DIAS; COSTA (2020), o sistema pode ser aberto (a), fechado (b) ou
isolado (c), como mostra na Figura 2. O sistema aberto pode trocar energia e matéria
com o meio externo, como por exemplo um copo com água. O sistema fechado troca
energia com o meio externo, mas não matéria, como por exemplo um botijão de gás.
Já quando o sistema é isolado não troca energia nem matéria com o meio externo,
tendo como exemplo uma garrafa térmica fechada, onde o calor do liquido é
conservado por mais tempo

Figura 2 - Tipos de sistemas

Fonte: Dias; Costa, 2020.

Em um aparelho de ar condicionado é usado um fluido que troca calor com o


ambiente resfriando o ar e tornando o ambiente mais agradável. O aparelho retira ar
22

quente do ambiente externo e devolve ar frio no ambiente interno, esse processo se


baseia na forma de transferência de calor chamada convecção. Esse processo de
troca de calor ocorre através das correntes de convecção, que influenciam no
posicionamento do aparelho para que o ambiente fique mais agradável.
COELHO (2016), destaca que o objetivo de um sistema de refrigeração é
manter uma região fria a uma temperatura abaixo da temperatura de seu entorno. Isso
é comumente obtido usando os sistemas de refrigeração de vapor. No ciclo de
refrigeração de Carnot o fluido refrigerante remove e absorve o calor do ambiente a
ser resfriado e rejeita em outro local. O sistema de refrigeração consiste em
compressor, condensador, válvula de expansão e evaporador, Figura 3.

Figura 3 - Componentes de um sistema de refrigeração por compressão de vapor

Fonte: Moran; Shapiro, 2005.

Para um ciclo ideal de compressão de vapor (Figura 4) temos o processo de


compressão isentrópica do refrigerante do estado 1 para a pressão do condensador
no estado 2s. Transferência de calor do refrigerante à medida que flui a pressão
constante através do condensador, o refrigerante sai como um líquido no estado 3.
Processo de estrangulamento do estado 3 para uma mistura de líquido-vapor de duas
23

fases em 4. Transferência de calor para o refrigerante conforme ele flui a pressão


constante através do evaporador para completar o ciclo. Todos os processos no ciclo
são reversíveis internamente, exceto para o processo de estrangulamento.

Figura 4 - Diagrama T-s de um ciclo por compressão de vapor ideal

Fonte: Moran; Shapiro; 2013.

Quando o refrigerante passa pelo evaporador, a transferência de calor, que é


escrita na equação 1, refrigerado resulta na sua vaporização.
Para um volume de controle envolvendo o lado do refrigerante do evaporador,
os balanços de massa e taxa de energia serão reduzidos para dar a taxa de
transferência de calor por unidade de massa de refrigerante fluindo como é mostrado
na equação 1:

Equação 1 - Taxa de transferência de calor na entrada no ciclo

̇
𝑄𝑖𝑛
= ℎ1 − ℎ4 (1)
𝑚̇

O refrigerante que sai do evaporador é comprimido pelo compressor a uma


pressão e temperatura mais altas.
24

Assumindo que nenhum calor é transferido para o compressor, os balanços de


massa e taxa de energia para um volume de controle envolvendo o compressor
fornecem a taxa de entrada de energia por unidade de massa de fluido refrigerante
fluindo:

Equação 2 - Trabalho no compressor

𝑊˙𝑐
= ℎ2𝑠 − ℎ1 (2)
𝑚˙

Em seguida, o refrigerante passa pelo condensador, onde o refrigerante é


condensado e o calor é transferido do refrigerante para o ambiente do refrigerador.
Para um volume de controle envolvendo o lado do refrigerante do condensador,
a taxa de transferência de calor do refrigerante por unidade de massa de refrigerante
fluindo é mostrada na equação 3:

Equação 3 - Taxa de transferência de calor

𝑄𝑜𝑢𝑡 ˙
= ℎ3 − ℎ2𝑠 ⇒< 0 (3)
𝑚˙

Finalmente, o refrigerante no estado 3 entra na válvula de expansão e se


expande para a pressão do evaporador.
Este processo é geralmente modelado como um processo de estrangulamento
para o qual é exibido na equação 4:

Equação 4 - Entalpia no processo de estrangulamento

ℎ3 = ℎ4 (4)

MORAN; SHAPIRO (2013), explica que a pressão do refrigerante diminui com


a expansão adiabática irreversível e a entropia específica também aumenta. O
refrigerante sai da válvula no estado 4 como uma mistura de líquido-vapor de duas
fases.
25

Em um sistema de compressão de vapor, a potência líquida de entrada é igual


à potência do compressor porque a válvula de expansão não envolve entrada ou saída
de potência. Usando as quantidades e expressões apresentadas acima, o coeficiente
de desempenho do sistema de refrigeração por compressão de vapor é desenhado
na equação a seguir, sendo taxa de transferência de calor no ciclo, sobre o trabalho
do compressor no ciclo:

Equação 5 - Coeficiente de desempenho

𝑄𝑖𝑛 ˙
𝛽 = 𝑚˙ (5)
𝑊𝑐 ˙
𝑚˙

Desde que os estados 1 a 4 sejam fixos, essas equações podem ser usadas
para avaliar o trabalho principal e a transferência de calor e o coeficiente de
desempenho do sistema de compressão de vapor.

2.3 Refrigeração

Toda e qualquer refrigeração, seja num ambiente, equipamento ou


procedimento tem como objetivo a manutenção de sua temperatura abaixo do
ambiente exterior (STOECKER, Wilbert F. e JABARDO, José M. Saiz, (2018).
Segundo a ASHRAE (1993), define-se como refrigeração o processo de retirar
o calor de um corpo em que se deseja reduzir a temperatura, a transferindo para outro
ambiente adequado. É basicamente o processo de controle de temperatura em um
ambiente através da transferência de calor do ambiente feito mecanicamente através
de um agente condutor. Nos sistemas de ar condicionado, esse agente condutor de
calor é o fluido refrigerante. A retirada de calor do ambiente é feita através de um ciclo
de refrigeração. Existem basicamente quatro ciclos de refrigeração diferentes que são
o ciclo de compressão a vapor, ciclo de absorção de vapor, ciclo gás e ciclo Stirling.
26

2.4 Climatização

A climatização é o meio com que pode se fazer com que os ocupantes de um


determinado espaço estabeleçam condições de conforto térmico assim dispensando
a atuação do sistema de termorregulação do corpo, livrando-o, portanto, de uma carga
extra. SILVA (2004) relata que em ambientes fechados é necessário proporcionar as
condições de conforto para assim gerar satisfação dos ocupantes, aumentando a
produtividade e bem-estar.
Com os anos diversos sistemas para climatização de ambientes foram criados,
com grande evolução na parte de controle das condições locais, aumento da vida útil
e, principalmente aumento na eficiência dos equipamentos.
Dentre os principais sistemas de condicionamento de ar para ambientes,
podemos destacar os aparelhos tipo Janela e Split (SILVA 2004).

2.4.1 Sistema de condicionamento de ar tipo janela

Unidade de pequena capacidade, montada em fábrica, comportando uma


unidade de tratamento de ar com serpentina de resfriamento de expansão
direta, conjugada a uma unidade condensadora resfriada a ar, montados em
gabinetes projetados para ser instalado no ambiente, em janela ou em
abertura na parede externa, com insuflação do ar por difusor incorporado ao
gabinete (ABNT NBR 16401-1, 2008).

Um equipamento muito convencional mais utilizado para uso em fachadas de


casas e prédios, são equipamento de baixo custo e instalação rápida e simples,
possibilita o controle individual de funcionamento e da temperatura. É indicado para
espaços que requerem muitas zonas de controle de temperatura individual, porém não
indicado para grandes áreas. Disponível no mercado brasileiro com capacidades de
5.000 Btu/h a 30.000 Btu/h. Os equipamentos de menores capacidades, entre 5.000
e 14.000 Btu/h, são fornecidos por alguns fabricantes com tensão de alimentação de
127 V, e os demais em 220 V (MILLER, Rex; 2019).
Como desvantagem o sistema traz a pequena capacidade, alto nível de ruído,
alterações das fachadas e baixa eficiência energética.
27

Figura 5 - Condicionamento de ar tipo janela

Fonte: CONSUL, 2019.

2.4.2 Sistema de condicionamento de ar tipo split

Sistema de refrigeração dividido em dois blocos, constituído por uma unidade


de tratamento de ar de expansão direta, de pequena capacidade, instalada
dentro do ambiente a que serve (designada unidade interna ou unidade
evaporadora), geralmente projetada para insuflação do ar por difusor
incorporado ao gabinete, sem dutos, suprida em fluido refrigerante líquido por
uma unidade condensadora, instalada externamente (designada também
como unidade externa) (ABNT NBR 16401-1, 2008).

Atualmente, esse sistema é o mais utilizado em edificações residenciais.


Suas principais vantagens são o baixo nível de ruído, custo de aquisição e instalação
relativamente baixos, possibilidade de relocação do equipamento e regulagem
individual por ambiente (MILLER, Rex; 2019).
Como desvantagens não possui renovação de ar necessitam de procedimento
de vácuo e carga de gás na instalação e, apesar de serem mais econômicos que os
aparelhos tipo janela, possuem elevado consumo energético. Recentemente, uma
nova tecnologia vem sendo aplicada a esses aparelhos a fim de torná-los mais
eficientes, a tecnologia inverter que se trata da utilização de um aparelho de
frequência variável no sistema, fazendo com que a rotação do compressor seja
regulada conforme sua utilização (SILVA, 2004).
28

Figura 6 - Condicionamento de ar tipo split

Fonte: ELGIN, 2018.

2.5 Radiação UV e seu uso em ambientes

A eficiência da utilização das ondas germicidas UVC é comprovada por diversos


especialistas. É uma técnica que vem sendo amplamente estudada e utilizada em
diversos lugares como hospitais, clínicas, escritórios comerciais, fábricas e outras
instalações comerciais, residências e em esterilização da água em todo o mundo há
mais de 70 anos.
O método de GUY, E. P. B. et al. (2021), mostra os resultados de um teste com
radiação UVC com germes E.colis num aparato de ventilação em placas de e
LB/Ampicilina alocados na saída da ventilação do protótipo, e em sua comparação de
placas com o uso da lâmpada germicida e sem a lâmpada foi observado que a
exposição energética mínima tem efeito para a inativação dos germes no ar.
GUY, E. P. B. et al. (2021), ainda confirma que se a intensidade da irradiação for
suficientemente alta, a desinfecção UV-C é um método confiável e ecológico, pois não
é necessário a adição de produtos químicos. Outra grande vantagem desse tipo de
abordagem é que, após finalizada a higienização, não há permanência de radiação
no ambiente a intensidade da irradiação for suficientemente alta, a desinfecção UV-C
é um método confiável e ecológico, pois não é necessário a adição de produtos
químicos.
29

2.6 Cálculo de dosagem efetiva para inativar COVID19 com luz UVC 254nm

Novas pesquisas de dois estudos independentes fornecem dados para a


inativação do SARS CoV-2 (vírus Covid-19) com luz UVC a 254nm. Cientistas
italianos, ao avaliar os efeitos virucidas da irradiação UVC, chegaram à conclusão de
que 37 J/m² proporcionam uma desinfecção de 99,9%,(D99) da SARS CoV-2 (vírus
Covid-19).
O estudo em comento mostra que tal medida é suficiente para desativar com êxito
os vírus na saliva remanescente após uma pessoa infectada tossir, para que nenhuma
propagação possa ocorrer. O efeito da desinfecção é avaliado por um ensaio in vitro
de infecção por SARS-CoV-2 (vírus Covid-19), expondo células vivas ao vírus antes
e depois da exposição aos UVC. A sobrevivência de células expostas ao vírus
inativado por UVC e a morte de células expostas a vírus não tratado indicam uma
desinfecção bem-sucedida (A. Bianco et al., Laboratório Cold Spring Harbor, 07 de
junho de 2020).
Com a “dose” agora conhecida basta constatar o tempo necessário para atingir a
“dose” indicada dentro dos equipamentos projetados de modo a atingir a inativação
do novo coronavirus em 99% de efetividade nos produtos aplicados no equipamento.
Sabendo que a “dose” efetiva expressa por J/m² e que Joule é um fenômeno físico
que consiste na conversão de energia elétrica em calor, e watt (símbolo: W) é a
unidade de potência do Sistema Internacional de Unidades (SI) que é equivalente a
um joule por segundo, podemos derivar uma fórmula expressa abaixo:

Equação 6 - Desinfecção de 99%

𝐽 𝑃(𝑊)∗𝑇(𝑠)
𝐷99 (𝑚²) = (6)
𝐴(𝑚2 )

A fórmula D99 (desinfecção de 99%) é expressa por potência nominal da


lâmpada germicida (watts) vezes o tempo de exposição (segundos) dividido pela área
de exposição da luz.
Estudos de Paolo Arguelles de abril de 2020 da Universidade de Cornell
atribuem à fórmula da figura 1 um fator de atenuação representado por “η” em que η
≤ 1. Este fator se deve ao fato de que para uma lâmpada germicida convencional de
15 W, apenas cerca de um terço (5 W) da potência original P é dissipado como
radiação UV-C . Além disso, dependendo da localização e do formato da lâmpada,
30

apenas uma fração da radiação UV-C emitida atingirá a superfície. Para uma análise
mais aprofundada, uma estimativa conservadora e razoável usada aqui é η ≈ 10%.
Com os novos dados conhecidos podemos derivar novamente a fórmula D99:

Equação 7 - Desinfecção de 99% derivada

𝐽 ղ(10%)∗𝑃(𝑊)∗𝑇(𝑠)
𝐷99 (𝑚2 ) = (7)
𝐴(𝑚2 )

A área exposta é estimada usando espalhamento esférico, onde r é a distância


da fonte de UV-C à superfície irradiada. Com base nessas informações elaborou-se
uma fórmula final de tempo em relação à distância para se definir a potência da
lâmpada necessária a partir dos estudos de Paolo Arguelles de abril de 2020 da
Universidade de Cornell, considerando que a área da esfera é 4𝜋𝑟², um quarto será
𝜋𝑟² onde r é a distância da lâmpada ao produto.

Equação 8 - Tempo em relação a distância para inativação

𝜋∗𝑟 2 ∗𝐷99
𝑇(𝑠) = (8)
0,1∗𝑃(𝑊)

2.6.1 Tempo necessário para inativação de 99% do vírus e bactérias nos


equipamentos

Temos a seguinte resolução afim de desinfectar em 99% o ar numa distância


de 1cm entre a luz e ar em projeções para 1 segundo.

Equação 9 - D99 Resolução para o projeto

𝐽 0,1∗12∗1 𝐽
𝐷99 (𝑚²) = 12000 (𝑚²) (9)
0,01²

Equação 10 - Tempo necessário para inativação para o projeto

𝜋∗𝑟 2 ∗𝐷99 𝜋∗0,005²∗12000


𝑇(𝑠) = → 𝑇(𝑠) = = 0,78(𝑠) (10)
0,1∗𝑃(𝑊) 0,1∗12

Contudo, o tempo necessário, para uma desinfecção na taxa de 99%, seria de


0,78 segundos.
31

2.7 Estudo CFD

Se tratando de conforto térmico no ambiente MORAIS, J.; LABAKI, L. C (2017).


pré supõe que, a ventilação é o ponto chave para alcançar este objetivo. Manipulando
e regulando alguns parâmetros que temos acesso em pequenos ambientes internos
como temperatura, umidade relativa, e velocidade do ar. Estas principais variáveis
podem ser previstas ou pré analisadas por soluções empíricas atualmente realizadas
por softwares de Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD).
Estes softwares simulam os dados inseridos numericamente num modelo de
geometria 3D com equações fundamentais de dinâmica de fluidos e transferência de
calor como conservação de massa, energia no escoamento, movimento e ainda
percas de carga e regime do escoamento, que dependendo das informações inseridas
de modo pontual, pode se enriquecer a simulação com características do fluido
estudado o mais próximo da realidade possível. CHEN, Q. (2009).
Segundo o engenheiro de suporte técnico Luiz Gustavo Franco Amaral da ESSS
(empresa de referência de CFD no Brasil), o processo de simulação parte da ideia
inicial de um modelo 3D que foi criado e virtualmente aplicar o carregamento ou
escoamento que será submetida em sua atuação no cotidiano. Estas análises são
muitos úteis no campo de engenharia pois em um case real de um novo produto no
mercado permitem se o equipamento vai ou não passar na avaliação, e logo após ser
aprovado e certificado ser elaborado um protótipo e ser submetido aos testes reais e
ser aceito para sua confecção final.

2.7.1 Software utilizado para simulação

Atualmente no mercado temos diversos softwares de simulação de elementos


finitos, que é o método para se resolver equações diferenciais sobre elementos
geométricos. A Ansys é a líder global em simulação de engenharia, envolvendo não
só análise de CFD, mas também analise estruturais, eletromagnética e multifísicas. A
linha de softwares Ansys, são ferramentas destinadas a todos os campos da
engenharia que requerem a simulação no desenvolvimento de produtos e processos
e tem um campo destinado a área acadêmica com limitações de uso, porém com
grande usabilidade para testes em protótipos e estudos. Por estes motivos foi o
32

software selecionado para o estudo de CFD. Na figura 7 é exibido um exemplo de


modelo no software utilizado.

Figura 7 - Exemplo de modelo de CFD no Ansys

Fonte: ANSYS Fluent, 2019.

2.7.2 Etapas da simulação

2.7.2.1 Elaboração do modelo CAD 3D

Na análise CFD, Luiz Gustavo ESSS 2020,diz que a estrutura em si detalhada


não é a parte mais importante do projeto avaliado, pois no domínio fluido realizamos
o desenho 3D que é ocupado pelo fluido, este modelo em suma é o volume do fluido
avaliado de forma sólida. O que devemos considerar é o caminho do fluido de entrada
e saída que devem ser definidos no modelo 3D

Figura 8 - Modelo CAD 3D para CFD

Fonte: ESSS, 2015.


33

2.7.2.2 Geração da malha do modelo

De acordo com o Engenheiro Mecânico José Guilherme da ENSUS 2019,


(empresa de consultoria de referência em prestação de serviços de engenharia no
ramo de elementos finitos), em métodos de elementos finitos, as malhas servem para
discretizar o meio finitos em graus de liberdade, dividindo a geometria em vários
pedaços para que em cada parte o software consiga calcular a solicitação, estes
pedaços são chamados de elementos e o conjunto destes formam as malhas.
Luiz Gustavo na mesma linha de raciocínio afirma que em CFD, existem 3 tipos
de malha: Hexa, Tetra e Prismática, cada uma com sua característica que é
relacionada a deformação do elemento de condição original, logo, quanto mais
elementos, maior é a precisão da simulação.

Figura 9 - Exemplo de malha do modelo 3D

Fonte: ESSS, 2015.


34

2.7.2.3 Pré processamento do Solver

De simples modo, nesta etapa definimos as condições de contorno para o


nosso estudo, como qual fluído será utilizado, sua pressão, velocidade, material e
afins.
Os dados obtidos do projeto são inseridos em campos específicos no software
para obter maior precisão na análise. A solução será realizada no caminho já definido
e o mesmo será preenchido pelas malhas da geometria com as variáveis inseridas.

2.7.2.3 Resultados obtidos e conclusões do estudo

A última etapa é a solução das equações da junção das variáveis nos


elementos da geometria em seus domínios, por este motivo que quanto maior a
quantidade de elementos, maior é o tempo de cálculo para chegar ao resultado. A
solução é mostrada nas iterações realizadas pelos cálculos, exibidos em forma de
gráficos.
Por fim, cabe avaliar estas análises de forma detalhada e sucinta de modo que
seja considerado as condições pré-estabelecidas de variáveis mensuradas no
software pelas iterações como escoamento do fluido, pressão e velocidade.
Sendo assim, para que se conclua o estudo realizado, julga se o estudo CFD
verificando se foi atendido as necessidades, especificações e limites impostos pelo
modelo através das análises gráficas obtidas pelo solver do software.

Figura 10 – Exemplo de solução do software - Resultados de simulação

Fonte: ESSS, 2015.


35

3 VIABILIDADE DO PROJETO

A proposta apresentada pelo grupo para uma solução de climatização de


ambientes e tratamento de esterilização do Ar contra vírus e bactérias, e a elaboração
de um apêndice (túnel) por onde o ar aspirado pelo aparelho passará e este será
exposto a iluminação UVC (254 nm).

Figura 11 - Imagem 3D do projeto

Fonte: Própria, 2021.

Foi estabelecido os custos totais do protótipo e fez um comparativo entre um


aparelho novo sem o dispositivo e com o dispositivo, levando em consideração os
benefícios que este trará.
Para este estudo utilizou se a cotação de um aparelho usado e este está
discriminado na tabela 1 exibida a seguir, para os demais tópicos é apresentado um
aparelho novo e um exemplo apenas do túnel.
36

Tabela 1 - Tabela de custos de projeto

Fonte: Própria,2021.

Não sendo acordado descontos para grandes produções, uma vez que os
comerciantes dão descontos para compras em grandes volumes. Os custos para
produção são exibidos na tabela 2.

Tabela 2 - Custos para produção

Fonte: Própria, 2021.

Com o aparelho novo de fábrica o custo sobe, porém este seria o custo total
para produção.
37

Foi criada uma terceira hipótese, está seria apenas o aparelho com a
iluminação UVC, como um apêndice universal que poderia ser acoplado aos demais
modelos de aparelhos de ar-condicionado portátil e que tenha ligação elétrica
independente, sendo necessário apenas um botão para ligar o dispositivo.

Figura 12 - Aparelho com iluminação UVC

Fonte: Própria, 2021.

Os custos para a terceira opção são mais reduzidos e por tanto uma proposta
mais viável.
Tabela 3 - Custos terceira hipótese

Fonte: Própria, 2021.


38

4 METODOLOGIA APLICADA

A simulação é importante para saber o comportamento dos gases do nosso


protótipo, e a que condições será inserida o mesmo. Este tópico irá abordar o objetivo
da simulação, seus resultados, análises e a metodologia utilizada para este estudo.

4.1 Introdução e objetivo da simulação

Segundo VERSTEEG, H. K., MALALASEKERA, W.; 2007, o método dos volumes


finitos de controle é o método numérico utilizado pelo ANSYS-FLUENT para solução
numérica das equações diferenciais que governam o sistema, e que representam os
fenômenos físicos e químicos do processo. Esse método consiste em dividir o
domínio de cálculo em volumes de controle, de modo que cada volume cerque um nó
da malha computacional. O conjunto de equações diferenciais é, então, integrado
sobre cada volume de controle e resolvido numericamente de forma iterativa.
Dada esta introdução, o objetivo deste estudo é analisar, mediante simulações
de Fluidodinâmica Computacional (CFD), a distribuição dos gases sob as condições
iniciais de operação obtidas pelo fabricante do ar condicionado. As condições
inseridas serão avaliadas num fluxo simples de entrada e saída da geometria 3D
através de equações diferenciais do software empregado.
Como resultado das simulações serão feitas conclusões sobre a inserção do
protótipo no ar condicionado e mostrando se necessário modificações ou
recomendações da geometria que possam melhorar o escoamento do ar no
dispositivo. As simulações computacionais serão realizadas utilizando o software
ANSYS-FLUENT 2021R2 STUDENT que é o mesmo citado no tópico 2.6.1.
O estudo computacional está composto por três etapas:
• Tratamento da geometria 3D e Pré-processamento;

• Levantamento das condições de operação, de dados do processo e do modelo


que representa a física do sistema, para realizar os experimentos
computacionais;

• Pós-processamento, análise dos resultados e criação de imagens para facilitar


a compreensão e estudo da física do problema.
39

4.2 Tratamento da geometria 3D e pré processamento

Inicialmente foram feitos testes tentando importar o modelo já existente criado


no software 3D Solidge Edge, porém havia algumas lacunas no preenchimento inserir
e realizar algumas simulações nos modelos. Devido a este obstáculo, foi definido
então a preparação do modelo 3D no próprio Ansys em sua extensão chamada de
SpaceClaim.
Com as dimensões já estabelecidas, foi desenhado o protótipo fielmente no
SpaceClaim, sua geometria é exibida na figura 13 e 14.

Figura 13 - Vista Isométrica do modelo 3D (Frente)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.

Figura 14 - Vista Isométrica do modelo 3D (Traseira)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.


40

A geometria apresentada é somente o volume do ar que engloba o protótipo,


foi simplificada para que a simulação fosse mais leve, por este motivo não apresenta
as aletas internas e recortes do protótipo.
Após a geometria ser definida o próximo passo foi realizar a identificação no
software dos locais entrada, saída e paredes do modelo. Para isso, basta selecionar
a superfície da geometria e renomear de forma correta.
A primeira superfície chamada de “Inlet” que é mostrada na figura 15,
corresponde a entrada de ar, quando definimos a função da superfície, o software pré
dispõe o sentido em vetores, essa representação é mostrada na figura 16.

Figura 15 - Inlet (Indicação da superfície de entrada de ar)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.

Figura 16 - Inlet (Representação gráfica de vetores)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.


41

A próxima superfície a ser definida é a saída, que foi chamada de “outlet” que
é mostrada na figura 17, o software também pré dispôs o sentido dos vetores do fluxo
de ar da saída, essa representação é exibida na figura 18.

Figura 17 - Outlet (Indicação da superfície de saída de ar)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.

Figura 18 - Outlet (Representação gráfica de vetores)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.


42

Por fim a ultima superfície a ser renomeada é as paredes do sistema, que foi
chamada de “wall”, a mesma é exibida na figura 19.

Figura 19 – Wall (Indicação das superfícies das paredes do modelo)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys SpaceClaim, 2021.

Com estas definições o tratamento da geometria 3D foi concluído, e o próximo


passo é o pré processamento da mesma. O pré processamento corresponde a
geração de malha que conforme foi explicado no tópico 2.6.2.2 é essencial para a
funcionalidade dos cálculos, visto que devemos dividir a geometria em vários pedaços
para que em cada parte o software consiga calcular a solicitação desejada, essas
divisões que são chamadas de malhas e os pontos de encontro de uma com as outras
são chamadas de nós.
A figura 20 mostra que foi definido os seguintes detalhes da malha:
• Physics preferences → CFD – Corresponde as tipo de análise que será
submetida a malha, no caso foi definido como CFD.
• Solver Preferences → Fluente – Corresponde a qual metodologia de
cálculo será utilizada, no nosso caso foi definido como Fluent que é o
equacionador de fluidos.
43

• Element Order → Linear – Corresponde ao tipo de elemento que será


gerado da malha, foi definido como linear pois é uma geometria simples
que tem mais a característica do modelo.
• Element Size → 2,2e-002 m – Este dado inserido corresponde ao
tamanho do elemento, neste caso foi definido para 2,2mm cada
elemento.
Figura 20 - Detalhes de definição da malha

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent Meshing, 2021.

Após definirmos os parâmetros da malha chegamos ao resultado mostrado na


figura 21, 22 e 23. Ao lado da geometria gerada há um gráfico que permite verificar a
acurácia dos elementos da malha exibido na figura 21, e na figura 23 pode se observar
que temos um valor de 3997 nós e 18518 elementos.

Figura 21 - Malha gerada na geometria 3D

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent Meshing, 2021.
44

Figura 22 - Malha gerada na geometria 3D (Frente e verso)

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent Meshing, 2021.

Figura 23 - Estatísticas da malha gerada

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent Meshing, 2021.

4.3 Condições de operação

Os valores para as propriedades físicas dos gases utilizados nas simulações


foram retirados dos dados técnicos do nosso modelo de ar condicionado selecionado
que é mencionado no tópico 1.4.
É importante ressaltar, porém, que a confiabilidade dos resultados obtidos com
o estudo de CFD depende da fidelidade e da qualidade dos dados de entrada, isto é,
das condições de contorno. É de extrema importância que as condições de contorno
tenham aderência à realidade física que se deseja modelar. Sabendo disso, o próximo
passo é inserir os dados para que possamos simular na geometria configurada.
45

Primeiramente definiu se o material estabelecendo as paredes do sólido para


sua devida condição de contorno nas bordas.
Como é exibido na figura 24 foi selecionado o alumínio e sua densidade foi
automaticamente preenchida pelo software, já que havia em sua biblioteca padrão.

Figura 24 - Dados do material das paredes do sólido

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Em seguida foi definido os dados do fluído que será simulado que é exibido na
figura 25. Foi definido o ar, a mistura de gases padrão que envolvem a atmosfera
(oxigênio, nitrogênio e uma parcela de gás carbônico e outros gases). Sua densidade
e viscosidade foram automaticamente preenchidas pelo software, já que havia em sua
biblioteca padrão.

Figura 25 - Dados do fluído

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


46

Logo após foi estabelecido as condições de contorno de entrada e saída do ar.


Foi estabelecido a vazão mássica do gás que são apresentados no tópico 1.4, que é
380 m³/h que na conversão para ser inserido no software equivale a 105 Kg/s. Este
dado foi definido na superfície de entrada do fluido que é exibido na figura 26.

Figura 26 - Fluxo de massa na entrada

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

A saída do sistema foi configurada para condições uma pressão em condições


ideais que é exibido na figura 27, com pressão manométrica igual a zero.

Figura 27 - Condições de saída

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


47

Por fim, foi estabelecida a gravidade que é mostrada na figura 28 com seu
devido referencial de coordenada.

Figura 28 - Definição da gravidade

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

4.4 Pós processamento – Resultados obtidos

Com todas as condições especificadas, finalmente foi gerado a simulação com


um número de 1000 iterações para que haja uma constância nos resultados obtidos.
A figura 29 mostra a precisão das variáveis estabelecidas pela quantidade de
iterações, pode se observar que temos uma variação de no máximo 0,01 o que é uma
tolerância aceitável para o conjunto de cálculos.
Figura 29 - Iterações calculadas

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


48

Realizado os cálculos chegamos as soluções gráficas consideradas mais


importantes para a análise do comportamento dos gases no protótipo, que seria
velocidade, pressão, coeficiente de Reynolds e volume. Cada varável tem seu
comportamento distinto que serão abordados separadamente nos próximos tópicos.

4.4.1 Análise dos resultados da velocidade

Nas figuras 30, 31,32 e 33, são apresentados os contornos da magnitude da


velocidade em vistas.

Figura 30 - Fluxo da velocidade vista isométrica

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 31 - Fluxo da velocidade vista frontal

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


49

Figura 32 - Fluxo de velocidade vista lateral esquerda

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 33 - Fluxo de velocidade vista superior

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Pode se concluir que a velocidade inicial da geometria tem uma característica


baixa e a medida em que chega próximo da saída aumenta gradualmente pois é uma
região com menor área.
Observa se também que o trajeto da velocidade parte organizada e seu
escoamento tem boa distribuição organizadamente em cada ponto da geometria,
sendo assim um resultado aceitável para o protótipo, pois não ocasionara problemas
de fluxo do ar no protótipo com as velocidades estabelecidas.
50

4.4.2 Análise dos resultados da pressão

Nas figuras 34,35,36 e 37, são apresentados os contornos de fluxo de pressão


em vistas.

Figura 34 – Fluxo de pressão vista isométrica

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 35 - Fluxo de pressão vista frontal

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


51

Figura 36 - Fluxo de pressão vista lateral esquerda

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 37 - Fluxo de pressão vista superior

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Esta simulação da variável de pressão nos permite concluir que a geometria


não sofre nenhuma estagnação ou ponto com necessidade de mudança, pois
podemos notar que se mantem em baixo valor de pressão em todo volume do sólido.
O ponto aonde a pressão fica elevada é na saída de ar, em que a área é
𝐹
reduzida, e como 𝑃 = 𝐴 a diminuição de área impacta diretamente no aumento da

pressão sendo já esperado, então o resultado obtido é aceitável.


52

4.4.3 Análise dos resultados de turbulência (coeficiente de Reynolds)

A turbulência pode ser registrada pelo coeficiente de Reynolds, essa variável


foi simulada e é apresentada os contornos de turbulência nas figuras 38, 39, 40 e 41.
Pode se notar que os valores mais quentes significam que o fluído escoa de
forma mais turbulenta e para mais frio é considerado um escoamento laminar ou
transitório com comportamento mínimo de agitação.

Figura 38 - Fluxo de turbulência vista isométrica

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 39 - Fluxo de turbulência vista frontal

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


53

Figura 40 - Fluxo de turbulência vista lateral

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 41 - Fluxo de turbulência vista superior

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Os resultados obtidos de turbulência são totalmente aceitáveis também, pois


só há um pequeno ponto onde o fluido escoa de forma turbulenta, isso quer dizer que
neste ponto de fluxo com coloração mais quente as forças de inercia dominam sobre
as forças viscosas, sendo assim o número de Reynolds maior.
Desconsiderando esses 2 pequenos pontos, no geral é um estudo aceitável,
visto que não afeta a saída do somente uma pequena parte da entrada.
54

4.4.4 Análise dos resultados de fluxo de volume

A última variável mensurável da simulação foi a distribuição das partículas em


volume, representado nas figuras 42, 43, 44 e 45, sendo assim quanto mais quente
as linhas de fluxo maior é a quantidade de partículas na região e quanto mais fria o
volume é distribuído com menos partículas.

Figura 42 - Fluxo de volume vista isométrica

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 43 - Fluxo de volume vista frontal

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.


55

Figura 44 - Fluxo de volume vista lateral

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Figura 45 - Fluxo de volume vista superior

Fonte: Autoria própria – Software Ansys Fluid Flow Fluent, 2021.

Por fim, esta última simulação apresenta um resultado muito satisfatório com
uma distribuição das partículas organizada e continuamente fluidas para a geometria.
56

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As melhorias apresentadas no sistema de ar condicionado do protótipo por


meio do processo de radiação UVC foi atingido com sucesso. Sabendo que foi
possível avaliar a eficiência do sistema e garantindo a segurança do ar e sua
qualidade em ambientes fechados através dos cálculos apresentados de tempo
estimado para desinfecção de 99% sendo menos que 1 segundo.
A simulação CFD proporcionou análises satisfatórias, o fluxo pode ser
considerado organizado pelo fato da somatória dos resultados apresentados no tópico
4.4 anteriormente. A julgar por linhas de fluxo de modo laminar, velocidade constante
e uma pressão adiabática é facilitado a circulação do ar sobre o protótipo, sendo assim
um resultado apropriado para a circulação de ar de um ar condicionado.
O protótipo tem condições de atender as necessidades impostas para a
população nessa época de pandemia e reduzir a taxa de contaminação não só do
COVID19 mas de diversos vírus disseminados pelo ar.
57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DO CORONAVÍRUS. Disponível em:< https://abrava.com.br/qualidade-do-ar-interno-
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APÊNDICE A – Cronograma do projeto

Fonte: Própia
61

APÊNDICE B – Detalhe em 2D

Fonte: Própria, (software Solid Edge).


62

APÊNDICE C – Vista Isométrica da peça em 3D

Fonte: Própria, (software Solid Edge).


63

APÊNDICE D – Vista Isométrica da peça em 3D com corte superior

Fonte: Própria, (software Solid Edge).


64

ANEXO A – Circuito elétrico completo do modelo de exemplo do ar condicionado


65

ANEXO B – Cicuito elétrico simplificado: Ligação da lâmpada UVC

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