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Panambi
2013
1
Panambi/RS
2013
2
Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo professor orientador e pelo
membro da banca examinadora
Banca examinadora
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AGRADECIMENTOS
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, no qual sempre confiei e confio para
atingir todas as metas na minha vida, sem ele nada seria, nem será possível. Posteriormente
dedico aos meus colegas da empresa Hidroenergia Engenharia e Automação Ltda, onde atingi
muitos objetivos profissionais, muitos deles seriam impossíveis sem o companheirismo,
amizade e apoio destas pessoas.
Dedico também a minha família, simplesmente a base de tudo que sou.
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RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE EQUAÇÕES
P : Potência do motor
Ƞ : Rendimento do motor
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 13
1 REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 15
1.1 GENERALIDADES DA VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ....................................... 15
1.2 TIPOS DE VENTILAÇÃO INDUSTRIAL .............................................................. 15
1.2.1 Ventilação natural ................................................................................................ 16
1.2.2 Ventilação geral .................................................................................................... 21
1.2.3 Ventilação local exaustora ................................................................................... 25
1.3 CONFORTO TÉRMICO........................................................................................... 26
1.3.1 Definições............................................................................................................... 26
1.3.2 Movimento do ar e efeitos sobre o conforto térmico ......................................... 27
1.4 FATORES GERADORES DE CALOR EM UMA EDIFICAÇÃO ......................... 29
1.4.1 Insolação sobre os vidros, paredes externas e coberturas ................................ 30
1.4.2 Calor sensível devido à condução pelas paredes, pisos, tetos e vidros ............. 33
1.4.3 Calores sensível e latente decorrentes da infiltração do ar exterior pelas
portas e janelas .............................................................................................................. 34
1.4.4 Calor sensível correspondente à carga de energia elétrica dissipada no
recinto nos aparelhos de iluminação e acessórios ....................................................... 34
1.4.5 Calor sensível devido a motores elétricos ........................................................... 35
1.4.6 Calor liberado por uma pessoa ........................................................................... 35
2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO PARA O PAVILHÃO DE
MONTAGEM DE GERADORES ............................................................................... 38
2.1 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ............................................................... 38
2.2 CARGA TÉRMICA E TROCAS DE AR ................................................................. 39
2.2.1 Carga térmica devido à insolação ....................................................................... 40
2.2.2 Carga térmica devido à condução ....................................................................... 43
2.2.3 Carga térmica devido às pessoas ......................................................................... 43
2.2.4 Carga térmica devido aos motores elétricos....................................................... 43
2.3 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VENTILAÇÃO ATUAIS .......................... 44
3 PROPOSTA DE SISTEMA DE VENTILAÇÃO ................................................... 47
3.1 POSSIBILIDADES DE SOLUÇÃO ......................................................................... 47
3.1.1 Sistema com ventiladores e exaustores ............................................................... 48
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INTRODUÇÃO
1 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Fonte: Macintyre,1990
Figura 2: Fatores influenciadores no fluxo de ar em uma edificação (a) Somente vento; (b)
Somente diferença de temperatura; (c) Vento e diferença de temperatura juntos
Qv = ϕ . A.v (1)
Qv é dado em cfm;
Área é dada em pé²;
A velocidade do vento é dada em pés/min.
O fator ϕ é adimensional e considerado entre 0,5 e 0,6 se os ventos forem
perpendiculares às aberturas e 0,25 e 0,35 se os ventos forem diagonais às aberturas.
Na Figura 3 segue uma exemplificação da movimentação de ar simples ação do vento.
Fonte: Macintyre,1990
realiza pelo chamado efeito de chaminé e proporciona uma vazão dada por
(MACINTYRE,1990):
Onde:
Qt - Vazão de ar devido à diferença de temperatura (cfm);
A - Área livre das saídas de ar (pé²);
H 1 - Diferença de altura entre as aberturas de entrada e de saída (pé);
9,4 – Constante de proporcionalidade, incluindo o valor correspondente a 65% para
levar em conta a efetividade das aberturas. Deve-se reduzir este valor para 50% (a constante
passa a ser 7,2) se as condições de escoamento entre a entrada e a saída não forem favoráveis.
Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas
características das atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja
fechado, seja por imposição arquitetônica que não aceite lanternins e outras aberturas, deve-se
adotar a ventilação mecânica.
Figura 8: Tipos de ventilação Geral diluidora: (a) Insuflamento; (b) Exaustão; (c) Misto
A ventilação local exaustora tem como objetivo principal captar os poluentes de uma
fonte (gases, vapores ou poeiras tóxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente
de trabalho.
A ventilação de operações, processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes
para o ambiente, é uma importante medida de controle de riscos. De forma indireta, a
ventilação local exaustora também influi no bem-estar, na eficiência e na segurança do
trabalhador, por exemplo, retirando do ambiente uma parcela do calor liberado por fontes
quentes que eventualmente existam. Também no que se refere ao controle da poluição do ar
da comunidade, a ventilação local exaustora tem papel importante. A fim de que os poluentes
emitidos por uma fonte possam ser tratados em um equipamento de controle de poluentes
(filtros, lavadores, etc.), eles têm de ser captados e conduzidos a esses equipamentos, e isso,
em grande número de casos, é realizado por esse sistema de ventilação. Desta forma parece
que a ventilação local é mais eficiente, na prática porém, nem sempre é possível aplicá-la.
Um sistema de ventilação local exaustora deve ser projetado dentro dos princípios de
engenharia, de maneira a se obter maior eficiência com menor custo possível. Por outro lado,
na maioria dos casos, o objetivo desse sistema é a proteção da saúde do homem. Assim, este
fator deve ser considerado em primeiro lugar, e todos os demais devem estar condicionados a
ele. Muitas vezes, a instalação de um sistema de ventilação local exaustora, embora bem
dimensionada, pode apresentar falhas que a torne inoperante, pela não observância de regras
básicas na captação de poluentes na fonte.
Um esquema comum de instalação de um sistema de ventilação local exaustora pode
ser visualizado na Figura 12.
26
1.3.1 Definições
O conforto térmico pode ser visto e analisado do ponto de vista pessoal e do ponto de
vista ambiental (LAMBERTS, 2002). No primeiro caso, a análise é feita sob a ótica do
indivíduo, inserido num ambiente qualquer, verificando-se se ele está confortável com relação
à sua sensação térmica. Com relação ao ambiente, os estudos de conforto indicam o estado
térmico necessário, com relação às suas variáveis físicas, para que um maior número de
pessoas possa estar confortável com relação ao calor gerado pelo recinto.
O conforto térmico pode ser considerado como uma condição da mente que expressa
satisfação com o ambiente térmico. Este conforto térmico é obtido através de trocas térmicas
que dependem de vários fatores, ambientais ou humanos, governados por processos físicos,
como convecção, radiação e, eventualmente, condução.
O estudo do Conforto Térmico tem como objetivo diagnosticar e analisar as condições
de um ambiente, de modo que se possam obter as condições térmicas adequadas à ocupação
humana e às atividades desempenhadas. A importância do estudo do conforto térmico está
baseada em três aspectos:
a) A satisfação do homem ou seu bem estar;
27
b) O desempenho humano;
c) A conservação da energia;
Como o conforto térmico envolve variáveis físicas ou ambientais e também variáveis
subjetivas ou pessoais, não é possível que um grupo de pessoas sujeitas ao mesmo ambiente,
ao mesmo tempo, esteja totalmente satisfeito com as condições térmicas do mesmo, devido às
características individuais de cada um.
O conforto ambiental só se tomará possível com a remoção da umidade do ar, e esta remoção
constitui um dos objetivos básicos das instalações de ar condicionado, embora em certos
casos de ventilação industrial também se aplique. Para uma umidade relativa do ar moderada,
pode-se ter uma idéia do bem-estar proporcionado pelo ar em movimento comparando e
exprimindo seu efeito em função da diminuição da temperatura do ar (medida com o
termõmetro de bulbo seco) que produziria o mesmo efeito refrescante caso este estivesse
calmo.
Assim, se o ar ambiente se deslocar, por exemplo, a uma velocidade de 2,2 m/s em
contato com a pele, produzirá o mesmo efeito que o ar "parado" com uma temperatura de 5 °C
mais baixa que a do ambiente. Segundo a ABNT NBR 6401 NB 10, para ambientes "normais"
a velocidade do ar em determinadas zonas nos recintos deve estar compreendida entre 1,5 e
15 m/minuto.
Na Figura 14, uma imagem simplificada dos fatores que propiciam o aumento da
carga térmica em um ambiente.
Figura 14: Fatores que propiciam o aumento da carga térmica em uma edificação
O sol incidindo sobre uma edificação representa sempre certo ganho de calor
(energia), que será função da intensidade da radiação incidente e das características térmicas
das superfícies externas desta edificação.
A insolação varia conforme os seguintes fatores:
• Tipo da superfície;
• Constituição do material da superfície;
• Área útil;
• Orientação solar;
• Sombreamento existente;
• Estação do ano.
opacos, a radiação incidente terá parte absorvida e outra parte refletida. Nesses casos, os
valores dependerão da refletividade e da absortividade de cada material utilizado. Os
materiais de construção possuem uma capacidade de absorção em função de sua cor, por isso,
alguns materiais absorvem mais a radiação solar que outros.
A energia radiante absorvida se transforma em energia térmica ou calor; a refletida
não sofre modificação alguma. Desta forma, a radiação solar é incluída no cálculo do fluxo de
calor através de uma temperatura equivalente ou, como é comumente chamada, temperatura
sol-ar. Verificamos através da Equação 3, dada pelas regras da transferência de calor para o
cálculo de cargas térmicas, conforme LAMBERTS et all (1997).
φ = U . A.(TSOL− AR − θ i ) (3)
Onde:
A : Área de exposição, m²
A radiação solar incidente, segundo FROTA & SCHIFFER (1995) é dada pelo Quadro
3. Estes dados podem ser obtidos no programa Radiasol (www.solar.ufrgs.br)
Para as superfícies transparentes, inclui-se um fator denominado fator solar. Este fator
representa a razão entre a quantidade de radiação solar que atravessa e a que incide uma
superfície.
O Quadro 4 apresenta o fator solar para alguns tipos de superfícies transparentes.
1.4.2 Calor sensível devido à condução pelas paredes, pisos, tetos e vidros
Esta carga térmica de calor sensível devido à penetração do calor pode ser calculada
pela Equação 7:
C p = U . A.(θ e − θ i ) (7)
34
Onde:
A = área das paredes, piso ou teto (m²);
θ e − θ i = Diferença de temperatura externa – interna
1.4.4 Calor sensível correspondente à carga de energia elétrica dissipada no recinto nos
aparelhos de iluminação e acessórios
Deve-se levar em conta, no cálculo da carga térmica, que nem sempre todas as
lâmpadas estão ligadas na hora que se tomou por base para o cálculo; geralmente na hora em
que a carga térmica de insolação é máxima, muitas lâmpadas podem estar desligadas.
P
QS = − P .733 (8)
η
Todo ser humano emite calor latente e calor sensível, que variam conforme esteja o
indivíduo em repouso ou em atividade, Macyntire (1990), dá os valores do calor liberado pela
pessoas em função da temperatura e da atividade, conforme Quadro 7.
A quantidade de calor a extrair do recinto corresponde à que foi proporcionada pelo
calor sensível liberado.
36
Fábrica (Trabalho
pesado) 252 68 184 76 176 83 169 96 156 116 136
Auditórios 113 45 68 50 63 54 59 61 52 71 42
S = calor sensível L = calor latente (Kcal/h)
Fonte: Macintyre, 1990
38
Como já visto no capitulo anterior, há vários fatores que geram calor dentro de um
ambiente e a somatória de todas as formas de calor presentes num ambiente denomina-se por
carga térmica. Para o cálculo da carga térmica considera-se as parcelas de ganhos e perdas por
trocas térmicas nas diversas superfícies, como a cobertura do prédio, paredes externas e
internas, áreas dos vidros das janelas, o piso e as portas, além do calor trocado pela variação
do ar interno. Adicionam-se, também, as parcelas de contribuição emitidas pelas pessoas,
lâmpadas e equipamentos.
40
Para o cálculo da carga térmica devido à insolação nas superfícies laterais e superiores,
divide-se as áreas do pavilhão sujeitas à radiação conforme material e orientação, baseando-se
no projeto arquitetônico, conforme Figura 17. Os dados são posteriormente compilados no
Quadro 8.
Com os valores da radiação média, calcula-se as cargas de insolação para cada uma
das superfícies do pavilhão em questão, obtendo-se o Quadro 12.
42
U Ct ϕ
Superfície Local Absortância Emissividade (W/m².k) (KJ/m².k) (horas)
Telha
aluzinc na cobertura 0,25 0,25 476 - -
cor natural
Alvenaria à
mureta 0,65/0,80 0,85/0,95 2,6 63,3 2,83
vista
Telha
aluzinc Fechamento
0,7 0,9 5,88 - -
trapezoidal lateral
azul
Fonte: Van Hass, 2005
Quadro 12: Cargas térmicas de insolação em cada uma das superfícies do pavilhão
Para o cálculo da carga térmica por condução utiliza-se a Equação 7, juntamente com
as mesmas considerações e dados para temperatura externa, temperatura interna, áreas das
superfícies e coeficiente de transmissão global de calor.
Assim, obtém o Quadro 13, conforme a seguir:
Quadro 13: Cargas térmicas resultantes da condução de calor em cada uma das superfícies do
pavilhão.
Para este cálculo, utiliza-se por base o Quadro 7, considerando a temperatura de bulbo
seco sendo de 28°C, em um trabalho pesado de fábrica.
A soma do calor sensível e do calor latente é de 252 Kcal/h - como são consideradas
seis pessoas neste trabalho, teremos uma carga térmica de 1758 Watts.
Considerando que todos os motores trabalham a plena carga, porém uma das pontes
rolantes fica osciosa, é possível retirar os dados do quadro 6, obtendo um valor da carga
térmica ocasionada pelos motores de 82000 watts.
Na Figura 18 uma imagem das duas pontes rolantes instaladas no pavilhão.
As opções para sistemas de ventilação são muitas, pois o mercado está repleto de
produtos a venda, também como objetivo da redução da temperatura: sistema de ventilação e
exaustão, sistema de insuflamento, sistema eólicos, revestimento de teto, resfriadores
evaporativos, etc. Uma decisão de investir requer uma análise mais profunda do que
realmente necessita a empresa e um conhecimento maior sobre calor e como ele atua nas
pessoas e como um sistema de ventilação influencia nesta relação.
Além do aspecto de melhor condição ambiental deve-se pensar que se a temperatura
do ambiente estiver acima do limite de tolerância estabelecido pelo Ministério do Trabalho, o
ambiente é considerado insalubre, portanto gerará maior custo à empresa que terá que pagar
insalubridade aos funcionários e uma taxa maior para a previdência.
Inicialmente considera-se que em edificações com grandes volumes de ar, a instalação
de climatização é inviabilizada, pelo alto custo dos equipamentos, e também, em função do
custo da energia elétrica que é consumida pelo processo de climatização.
Neste caso a solução mais adequada para a questão do aquecimento interno das edificações é
o uso de sistemas de ventilação natural, por ter um custo significativamente baixo em relação
ao custo da obra, pelo fato de não consumir energia elétrica, e de forma a utilizar os recursos
naturais como a força da gravidade em favor do ser humano, ventilando naturalmente,
obtendo assim uma melhora na condição do trabalho dos funcionários e na armazenagem de
produtos.
Conforme visto no capítulo 1, este sistema funciona através do efeito chaminé, e é
dimensionado em função do somatório das cargas térmicas geradas no interior da edificação
(processo), com as cargas térmicas solares (radiantes) recebidas através da cobertura e de
fechamentos laterais. O sistema é calculado para dar vazão a esse ar aquecido admitindo ar
novo.
Previamente, considera-se algumas hipóteses para resolver o problema da ventilação e
do calor no pavilhão de montagem de geradores na empresa Hidroenergia Engenharia e
Automação Ltda, conforme a seguir.
48
3.2 LIMITAÇÕES
Para os outros sistemas possíveis, é necessário realizar uma análise mais aprofundada
sobre a aplicação de cada um deles. Entretanto é possível citar algumas limitações ou
dificuldades possíveis de serem percebidas inicialmente.
• A construção ou modificação de aberturas necessitará de uma reavaliação
estrutural do pavilhão, isto é, uma reengenharia a fim de garantir que isto não comprometerá a
resistência da edificação;
• Um sistema de ventilação único e exclusivamente natural não garantirá uma vazão
de ar uniforme e consequentemente a renovação do ar dentro do pavilhão não pode ser
controlada;
• Um sistema totalmente mecânico, com insuflamento e exaustão também poderá
gerar um custo relativamente alto, tanto de instalação, quanto de operação e manutenção;
• O revestimento externo das paredes e teto, a fim de alterar a cor destes, não poderá
auxiliar na renovação do ar, somente no que se refere à diminuição da carga térmica devido à
insolação.
Dentro das dificuldades e exigências vistas nos capítulos e subcapítulos acima, e das
soluções adotadas pelas empresas de mesmo porte e condições estruturais, determina-se que a
53
Os exaustores eólicos são um tipo de exaustor impulsionado pela força do vento e pela
diferença de temperatura, entre o interior e o exterior de um prédio (convecção térmica).
Dispensa o uso de motor elétrico. O Exaustor Eólico, teoricamente, renova a massa de ar
quente contida em um ambiente, aproximando a temperatura interna da externa.
O funcionamento de um exaustor eólico se dá pelo vento que incide sobre as palhetas
do rotor, promovendo o giro do mesmo. Em seu interior ocorrerá uma ligeira queda de
pressão, ajudando a succionar a massa de ar quente, gases tóxicos, fumaças e partículas em
suspensão no ambiente em sua direção, conforme Figura 19. Além de baixar a temperatura, o
exaustor eólico melhora a qualidade do ar.
Com isso, ganha-se maior vazão de ar (efeito chaminé) e máxima eficiência do sistema, uma
vez que o ar exterior, em condições mais frescas, será forçado de encontro aos ocupantes do
ambiente, melhorando a qualidade do ar, garantindo maior produtividade dos trabalhadores e
menor desgaste dos equipamentos e produtos
A utilização do exaustor eólico atendia basicamente as grandes edificações, tipo
galpões, que apresentavam elevados volumes de ar, exigindo dessa forma, gastos
significativos com energia elétrica e conservação de equipamentos de ventilação mecânica.
O sucesso alcançado, fez ampliar sua área de atuação, despertando o interesse de outros
segmentos. Atualmente podem ser encontrados, em ginásios, instalações agro-industriais,
granjas, currais, cocheiras, centros e feiras de produção agro-pastoril, residências (ventilação
do ático), casas de máquinas (geradores, elevadores) e inúmeras outras situações.
Além de não consumir energia elétrica, o exaustor eólico oferece outros benefícios e
vantagens, destacados abaixo:
• Amortização imediata;
• Elimina a condensação no inverno;
• Eleva o índice de conforto técnico;
• Funcionamento ininterrupto;
• Não consome energia - custo operacional zero;
• Não deposita ou suspende poeira/ pó;
• Não necessita de instalações especiais;
• Não necessita de manutenção -custo operacional zero;
• Não provoca faíscas;
• Não produz ruído;
• Promove a renovação do ar;
• Promove a ventilação reduzindo a umidade;
• Reduz riscos de incêndio; ·.
Figura 22: Quantidade de extração de ar, com relação ao tamanho do exaustor e da velocidade
do vento
pelas paletas gerando forte impulsão contra as paredes da carcaça que, devido suas
características construtivas, direciona o ar para fora da abertura de descarga.
Os ventiladores centrífugos geralmente são utilizados para sistemas de ventilação local
exaustora, com objetivo principal captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou poeiras
tóxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho.
Na Figura 23 a seguir, uma imagem ilustrativa do ventilador centrífugo.
Conforme visto na seção 3.3, o pavilhão para montagem de geradores tem um volume
total de ar de 9108 m³. Considerando 11 trocas de ar/hora (recomendado pela ABNT) é
necessária uma vazão de ar de 100188m³/hora.
Desta forma, será necessário especificar os equipamentos necessários para atender a
esta taxa de renovação. Geralmente estes dados podem/são informados pelos fabricantes dos
equipamentos, com alguns fatores de correção para eventuais situações, como é o caso dos
exaustores eólicos, que dependem da ação dos ventos.
ESPECIFICAÇÕES MODELOS
20" 24" 30"
Diâmetro mm 508 609 762
Diâmetro eixo mm 12 12 12
N° de Aletas 39 45 55
Peso (Kg) 10 12 16
Vazão (m³/h) 3500 4000 6000
Fonte: www.afortvent.com.br, acesso em 05/01/2013
a) Especificação: Modelo 20
• Exaustor Eólico – modelo 20” com 515 mm (51,5 cm) de diâmetro, vazão de
3500m³ de ar/hora com globo giratório com diâmetro de 760 mm composto de disco em
chapa galvanizada 0,50 mm, 39 aletas em alumínio naval (liga 5182 dureza H48), eixo central
em aço trefilado SAE 1020 12mm galvanizado, parte principal do sistema de giro em perfis
de alumínio 1” x 1/8 (liga 6060 T5) e cruzeta tubo quadrado em alumínio 1”, 2 rolamentos
6201zz blindados e clausurados, base de fixação, duto e rufos em chapa galvanizada 0,50 mm
com altura 550 mm;
b) Especificação: Modelo 24
c) Especificação Modelo 30
aço trefilado SAE 1020 12mm galvanizado, parte principal do sistema de giro em perfis de
alumínio 1 1/2 x 1/8 (liga 6060 T5) e tubo quadrado em alumínio 1”, 2 rolamentos 6201zz
blindados e clausurados, base de fixação, duto e rufos em chapa galvanizada 0,50 mm, altura
650 mm.
O funcionamento de um exaustor eólico é influenciado diretamente pela ação dos
ventos em seu rotor, conforme já citado na seção 3.4.1.
Segundo o atlas eólico, a velocidade média do vento na região Noroeste do Estado do
Rio Grande Do Sul é de 6m/s ou 20 Km/h, conforme pode ser visualizado pela Figura 25.
Como o pavilhão para montagem de geradores está localizado em campo aberto, sem
obstáculos para ação do vento, não é necessário realizar correções nesta velocidade de vento
indicado pelo atlas. A localização deste pavilhão pode ser melhor visualiza na imagem aérea
da Figura 26.
Assim, torna-se possível utilizar as curvas características da Figura 25, para encontrar
o rendimento aproximado do exaustor eólico, e consequentemente determinar o número de
equipamentos necessários para atender as trocas de ar objetivadas. Consideraremos os
equipamentos de 24”, também da empresa Ventcenter, onde, com uma velocidade do vento de
20 km/h, a extração de ar está seria de aproximadamente 4000 m³/hora.
Como a necessidade no pavilhão é de aproximadamente 100000 m²/hora, teremos a
necessidade de instalar 25 exaustores eólicos.
Outro detalhe importante é a distribuição dos ventiladores para insuflação a fim de que
estes não criem as chamadas zonas mortas. Considerando a instalação do exaustores eólicos
no teto do ambiente, o ideal é a situação indicada na Figura 27.
Figura 27: Padrão de fluxo circulatório da lateral por baixo, com saída por cima
Figura 28: Instalação de exaustores eólicos com dutos para elevação do rotor
Os exaustores eólicos foram previstos na parte mais alta do telhado, visto que o
formato deste propicia o acúmulo não uniforme do ar quente. Como a quantidade necessária
de exaustores, foi necessário dividir a instalação em duas fileiras, conforme vista superior
parcial da Figura 31.
Com a análise teórica anteriormente citada, fica evidente que os custos serão diluídos
durante os processos produtivos devido ao aumento na produtividade. Deste modo, no Quadro
19 abaixo, seguem os custos para os equipamentos orçados para a aplicação no sistema de
ventilação proposto para o pavilhão de montagem de geradores da empresa Hidroenergia
Engenharia e Automação Ltda. Foram realizados orçamentos, para equipamentos similares,
com as empresas Fort Vent, Luftmaxi e Ventcenter e Rotiv.
O custo para a instalação elétrica dos ventiladores axiais torna-se baixo devido a
corrente do circuito ser baixa – no máximo 9,5 A, considerando um fator de correção da
corrente de 0,70. Pode-se aplicar condutores de 1,5 mm² e disjuntores de 10A monofásicos.
Estes disjuntores têm um custo máximo na faixa de R$ 10,00/un. e os condutores tem um
custo na faixa de R$ 3,00/metro. Logo, o custo máximo dos materiais para a instalação não
ultrapassará os R$ 200,00.
Assim, soma-se um total de R$ 13450,00 para a aquisição dos equipamentos.
Considerando que a empresa dispõe de profissionais para realização de manutenção e
instalação de equipamentos, tanto instalações elétricas quanto mecânicas, estes custos de
instalação não serão aqui mensurados ou aproximados.
70
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
NUNES, Daniel Alexandre. Estudo da ventilação natural por efeito do vento em pavilhões
industriais utilizando modelos reduzidos. Porto Alegre, 2006.