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Eletroterapia II Parcial
Eletroterapia II Parcial
ELETROTERMOFOTOTERAPIA
II
2008
II
Sumário
1. O ULTRA-SOM ..................................................................................................................................... 1
1.1 - OS TIPOS DE ONDAS .......................................................................................................................... 1
1.2 - PRODUÇÃO DO ULTRA-SOM .............................................................................................................. 3
1.3 - ATENUAÇÃO DO ULTRA-SOM............................................................................................................ 4
1.4 - AS INTERFACES ................................................................................................................................. 5
1.5 - TÉCNICA DE APLICAÇÃO ................................................................................................................... 7
1.6 - MECANISMOS DE INTERAÇÃO ............................................................................................................ 7
1.7 - MODO DE APLICAÇÃO...................................................................................................................... 11
1.9 - A DOSE ........................................................................................................................................... 13
1.10- INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS........................................................................................................... 13
1.11 - CONTRA-INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ........................................................................................... 21
2. LASER TERAPÊUTICO .................................................................................................................... 25
2.1. A FÍSICA DO LASER ........................................................................................................................... 25
2.2 - A PRODUÇÃO DO LASER................................................................................................................... 26
2.3 - A CLASSIFICAÇÃO DE SEGURANÇA .................................................................................................. 29
2.4 - OS TIPOS DE LASERS ........................................................................................................................ 29
2.5 EFEITOS FISIOLÓGICOS ...................................................................................................................... 30
2.6. TÉCNICA DE APLICAÇÃO .................................................................................................................. 32
2.7 - PARÂMETROS .................................................................................................................................. 34
2.8 - INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ............................................................................................................ 37
2.9 - CONTRA-INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ............................................................................................. 42
- Quanto à direção das ondas: Agora vamos nos deter apenas às ondas
mecânicas, que é o objetivo deste capítulo. Estas ondas podem produzir
perturbações de duas formas: de forma transversal e de forma longitudinal.
A perturbação do tipo transversal é o tipo de comportamento que
ocorre, por exemplo, na oscilação de uma corda, como vemos no desenho
abaixo:
2
Efeito Piezoelétrico
Este efeito é um fenômeno encontrado em alguns cristais que quando são
pressionados produzem uma corrente elétrica; e quando são submetidos a uma
corrente elétrica, produzem uma vibração na mesma freqüência da corrente.
Desta forma, se submetermos um destes cristais a uma corrente de freqüência
de 1MHz, o cristal vai produzir uma onda sonora na freqüência de 1MHz, ou
seja, vai produzir Ultra-Som.
Logo abaixo estamos mostrando uma imagem de um destes cristais, e o
posicionamento deste no cabeçote do Ultra-Som.
1.4 - As Interfaces
Podemos definir interface como sendo a barreira formada entre dois
meios de densidades diferentes. Quanto maior for essa diferença de
densidade, maior será esta barreira. É o que ocorre entre a água e o ar. Para o
ultra-som, a barreira formada no limite entre a água e o ar é tão intensa que
pode chegar a 100% de reflexão. Veja na tabela abaixo alguns exemplos:
Hoogland, 1986
Ondas Estacionárias
As chamadas ondas estacionárias é um fenômeno que ocorre quando
ondas de mesmas características se encontram. Nas regiões destes encontros,
a dose é duplicada devido ao efeito de somação espacial.
Correntes Acústicas
Este fenômeno é caracterizado pela formação de ondas na superfícies
dos líquidos todas as vezes em que uma onda mecânica atinge essa superfície.
Podemos observar a presença destas ondas na figura abaixo.
O ultra-som
som não é fibrinolítico se for utilizado com os parâmetros
terapêuticos, mas ele promove a desestruturação das fibras de colágeno, o que
facilita uma quebra através de uma intervenção como por exemplo numa
massoterapia.
Aplicação Sub-aquática
aquática
Este é um método bastante vantajoso quando o objetivo é a aplicação do
ultra-som
som em extremidades. O primeiro procedimento é a fervura da água, com
o objetivo de retirar os gases presentes. A presença de gases na água é capaz
1.9 - A Dose
A dose no Ultra-Som é medida em Watts/cm2. Os equipamentos
utilizados no mercado oferecem na sua maioria uma dose que varia de 0,1 a 2
W/cm2.
Como vamos encontrar a dose ideal para cada caso? Semelhante ao que
foi discutido anteriormente com o modo, vamos criar uma pequena tabela com
algumas considerações:
A tabela acima tem como objetivo sugerir a melhor dose diante dos
objetivos terapêuticos. No entanto, podemos utilizar doses maiores do que a
sugerida: 1 W/Cm2, podemos chegar a 2W/Cm2. Doses como estas (1 a 2),
devem ser evitadas com o uso do Ultra-Som no modo contínuo, já que a
possibilidade de ondas estacionárias e cavitação instável são mais prováveis.
Observamos então que um outro fator que regula a dose é o modo. Se
estivermos usando o modo contínuo, nos limitamos a doses de até 1W/cm2, mas
no modo pulsátil, podemos usar até 2 W/cm2.
Transmissibilidade
O Ultra-som no Edema.
É comum o uso do ultra-som como recurso para diminuição de edema, mas
qual o mecanismo que poderia justificar esse efeito fisiológico?
Existe um efeito que é atribuído ao ultra-som, chamado de tixotropia.
Esse efeito é conhecido como a propriedade de transformação de substâncias
de texturas consistente em texturas mais gelatinosas e vice-versa. No
entanto, o efeito toxotrópico provocado pelo ultra-som é caracterizado apenas
Tipo de edema
Podemos encontrar edemas bem moles, iguais àqueles encontrados em
uma fase aguda de alguns traumas, como na entorse de tornozelo, e podemos
encontrar com consistências mais duras até muito duros como os encontrados
em pacientes com filariose (elefantíase). Independentemente da dureza do
edema, o objetivo do uso do ultra-som é o mesmo: diminuição da viscosidade.
Em função do objetivo e da ação do ultra-som no edema, fica claro que
não existe justificativa da utilização deste recurso em edemas cujas
consistências não podem se tornar menos viscosas. Apenas seu uso em edemas
de viscosidade alta, está justificado.
Parâmetros utilizados
Caso o edema tenha sua consistência elevada e seja indicado o uso do
ultra-som, quais os parâmetros: começando pela freqüência, 1Mhz ou 3Mhz?
Claro que isso vai depender da espessura do edema. Em casos como o
apresentado na imagem anterior, onde a espessura do edema é grande,
utilizaríamos a freqüência de 1Mhz. Em edemas pequenos e de espessura
reduzida, utilizaríamos 3Mhz.
Qual o modo: pulsátil ou contínuo? Optem sempre pelo pulsátil, mas se a
textura do edema for muito consistente, pode-se usar o modo contínuo. Na
realidade, o uso destes modos já foi discutido anteriomente.
A dose também deve seguir o que já foi discutido no tópico sobre a dose
do ultra-som, ou seja, nos casos de edemas, a maioria teria como dose
recomendada, 0,5 a 1 J/cm2.
Efeitos do Ultra-Som
Um efeito importante do ultra-som é a facilitação da quebra da fibrose,
responsável pela aderência. A quebra só ocorrerá de fato durante uma
manipulação. No entanto, os objetivos do uso do ultra-som são maiores e
propõem: Melhorar a vascularização local, diminuir a viscosidade e acelerar o
reparo. Estas ações do ultra-som promovem uma melhor qualidade final.
Os parâmetros a serem selecionados dependem de em que momento
vamos intervir. Se a fase ainda é subaguda, não vamos dar ênfase à quebra de
fibrose, e sim, ao aumento da velocidade do reparo. Já numa fase crônica,
vamos direcionar principalmente para facilitar a quebra dessas fibras.
Sendo assim, numa fase subaguda, os parâmetros são: dose 0,5W/cm2,
modo pulsátil, freqüência depende da profundidade, mas geralmente fica em
1Mhz, já que a maioria dos tendões são profundos.
Na fase crônica, seria indicado o modo contínuo, 1W/cm2, e a freqüência
já discutida.
Existem vários outros recursos importantes que podem ser utilizados
neste caso, como o laser, a crioterapia, o calor etc. Inclusive podem ser
combinados com o uso do ultra-som.
Esporão de Calcâneo
Hematomas
2. LASER TERAPÊUTICO
2.1. A física do laser
Propriedades
- Quanto Monocromaticidade
Quando falamos em cor, na verdade falamos numa faixa do espectro
eletromagnético, ou seja, vermelho vai desde o vermelho claro até o vermelho
escuro, e assim ocorre com as outras cores, como vemos na imagem abaixo.
Com o laser, essa variação da cor dentro do espectro, não pode ocorrer.
O motivo é que a radiação varia de velocidade conforme sua energia, ou
comprimento de onda, de forma que o vermelho tem maior velocidade do que o
verde, e o verde do que o azul, e assim por diante. Se o laser fosse composto
por mais de um comprimento de onda, aconteceria o que ocorre com o arco-íris.
Ver imagem abaixo:
Para que esse fenômeno não ocorra com o laser, ele tem que ser
monocromático, ou seja, se for vermelho, tem que ser um único tom do
vermelho. Por exemplo: 632,8nm. Assim o laser se mantém em linha reta.
- Quanto à Coerência:
A luz é composta por fótons, e para que esta luz seja chamada de
coerente, é preciso que todos os fótons que compõem a luz, estejam em fase,
ou seja, estejam coincidindo crista com crista e depressão com depressão de
cada foto. Além disso, é necessário que todos estejam no mesmo plan plano, ou
polarizados. Assim haverá um efeito chamado somação espacial, que amplificará
a luz. A imagem abaixo ilustra um feixe colimado.
- Quanto à Colimação:
A colimação é uma das propriedades que tem que estar presente no
laser, e consiste no fato
fato de os raios permanecerem paralelos e unidos durante
todo o seu trajeto.
Este fenômeno pode ser conseguido porque só os feixes de luz
totalmente perpendiculares ao espelho do tubo que produz o laser, podem
ultrapassar o espelho.
- Os mecanismos de interação
- Efeitos térmicos:
Dependendo da potência do laser, o efeito térmico, ou seja, o efeito
produzido pela presença de calor é bastante variado. Abaixo mostramos vários
efeitos térmicos do laser em função da temperatura que ele produz
Felizmente, não nos preocupamos com estes tipos de efeitos, pois eles
não estão presentes no laser utilizado na fisioterapia. Apenas aqueles
utilizados na Odontologia, Dermatologia, Oftalmologia e em cirurgias, é que
têm o efeito térmico.
- Efeitos atérmicos:
Estes efeitos são os responsáveis pelos efeitos fisiológicos produzidos
pelos lasers utilizados na fisioterapia. Ou seja, devido à baixa potência dos
equipamentos utilizados, nenhum efeito térmico é encontrado.
Os efeitos fisiológicos encontrados com estes tipos de laser, tem seu
mecanismo de interação através das mitocôndrias. Em tese, a radiação laser ao
atingir as mitocôndrias, são absorvidas pela membrana, e devido ao seu alto
poder energético, é aproveitada no ciclo de Krebs e aumenta a produção de
ATP na célula.
- O poder de penetração
É de fundamental importância sabermos sobre o poder de penetração
dos lasers, já que este é o parâmetro que vai ser utilizado para que saibamos
qual tipo de laser escolher. Primeiro vejamos a figura abaixo:
alvo. Se não houver um fator que limite o uso desta técnica, consideramos a
técnica pontual como a melhor maneira de aplicar o laser.
Varredura é a forma de aplicação em que a caneta de laser fica sendo
movimentada sobre a área onde se deseja aplicar o laser. Esta técnica
apresenta desvantagem em relação à anterior, pois como é mais difícil manter a
perpendicularidade da caneta com o tecido, ocorre muita reflexão e como
conseqüência, a diminuição da penetração. No entanto, em caso de aplicação de
feridas abertas, onde não podemos fazer contato da caneta com a pele, esta
técnica é bastante interessante. Assim como na técnica anterior, podemos
aplicar com contato, ou sem contato, mas com contato não é uma boa opção.
Em seguida, vemos as figuras que ilustram as duas técnicas de aplicação
mencionadas.
Existe uma forma de aplicação do laser, que embora seja parado, não é
denominada de pontual, é o caso dos lasers de grandes áreas. Eles são bastante
úteis quando precisamos fazer uma aplicação em uma ferida aberta de área
grande. No entanto, esse tipo de laser só é eficiente quando ele não é
produzido a partir de uma lente divergente, pois neste caso, os raios não
2.7 - Parâmetros
- A Dose
A dosagem utilizada no laser passou por algumas modificações ao longo
do tempo, começando a ser indicada uma dose máxima de 32j/cm2,
posteriormente 12j/cm2, e hoje é indicado que não se ultrapasse os 6j/cm2. As
doses elevadas podem eventualmente promover um aumento do metabolismo
além do que seria indicado terapeuticamente. É por esse mesmo motivo que o
tempo de tratamento com o laser também não deve ultrapassar mais do que
trinta dias seguidos. Se for o caso, é indicado um descanso de uns 10 dias ou
mais para retomar o tratamento com o laser.
Existem algumas tabelas em que encontramos várias sugestões de doses
em função de alguns efeitos atribuídos ao laser. O quadro a seguir é um
exemplo de uma destas tabelas:
indicações comprovadas. O que pode ocorrer é que por uma ação indireta, o
efeito pode surgir. Vejamos: um paciente tem epicondilite, e como
conseqüência, ele sente dor. Ao aplicar o laser, vai ser promovido o aumento da
velocidade do reparo, e com isso, a quantidade de substâncias mediadoras da
reação inflamatória irá diminuir. Devido à diminuição destas substâncias, a dor
diminui. Neste caso o laser teve também um efeito analgésico, mas isto não
atribui ao laser o poder de ser analgésico, já que as causas da dor são distintas
e não são amenizadas pelo laser.
O que devemos fazer é aplicar três vezes a dose que determinamos; uma
em cada cm2.
- Úlceras
- Lesão Ligamentar
sobrecarga. O principal quadro clínico é a dor, que pode ser bem limitada à
região lombossacra, ou pode ser propagada, como ocorre nas ciatalgias.
Além disto, podem aparecer outras dores e espasmos musculares devido
à postura antálgica adotada pelo paciente, ver exemplo de postura abaixo:
Técnica de Aplicação:
Aplicar o laser na hérnia de disco não é tão simples. Veja a figura abaixo:
Sendo assim, será preciso que saibamos exatamente o local onde houve a
protrusão do disco, seja através da RM, da TC e mesmo da avaliação clínica, e
que tenhamos um conhecimento de anatomia para que possamos direcionar o
laser exatamente para o local da hérnia.
A aplicação do laser em toda região lombar, não trás benefício algum.
Não alivia a dor e não diminui edema, pois estes não são atributos do laser.
Em primeiro lugar, deve-se ficar bem claro que estamos falando do laser
terapêutico, classe 3B, e como conseqüência, não há efeitos térmicos. Em
hipótese alguma, podemos utilizar um laser de classe maior, como os utilizados
na dermatologia ou oftalmologia, para fazer aplicações terapêuticas na
Esta ferida acima está limpa, tratada com anticéptico e com boa
aparência. O laser proporcionará uma boa aceleração do reparo.
Também é contra-indicado o uso do laser nos processos onde está
presente uma reação inflamatória aguda. A única ação do laser neste caso é
aumentar ainda mais o processo inflamatório.