Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE PAULISTA

BIANCA CONDENSO(XXXXXX-X)
CLEITON THIAGO PACHECO LEITE (A93IHB-9)
GENIVALDO FRANCISCO DOS SANTOS (A745JJ-9)
GUSTAVO HENRIQUE(XXXXXX-X)
MARCOS PAULO DA SILVA (T851HH-4)
MAURÍCIO EDUARDO DOS SANTOS (A96JEE-4)
NILTON CESAR SOPHILLO (T755FJ-7)
RAFAEL XAVIER (B48CBH-4)

PROJETO PONTE ROLANTE

São Paulo

2014
UNIVERSIDADE PAULISTA

BIANCA CONDENSO(XXXXXX-X)
CLEITON THIAGO PACHECO LEITE (A93IHB-9)
GENIVALDO FRANCISCO DOS SANTOS (A745JJ-9)
GUSTAVO HENRIQUE(XXXXXX-X)
MARCOS PAULO DA SILVA (T851HH-4)
MAURÍCIO EDUARDO DOS SANTOS (A96JEE-4)
NILTON CESAR SOPHILLO (T755FJ-7)
RAFAEL XAVIER (B48CBH-4)

PROJETO PONTE ROLANTE

Trabalho acadêmico com vistas à


aprovação em disciplina Atividades
Práticas Supervisionadas,
apresentado aos professores do
curso de Bacharelado em
Engenharia Mecânica.

São Paulo

2014
3

AGRADECIMENTOS

A todos que contribuíram para a realização deste projeto, colaboradores,


orientadores, executores, que se envolveram no desenvolvimento e nos
guiaram para atingirmos nossos objetivos.
É com satisfação e contentamento que entregamos este trabalho na
esperança de estar cumprindo as metas estabelecidas, expressamos a todos
os participantes e incentivadores o nosso muito obrigado.

3
4

RESUMO

Este projeto refere-se ao estudo, desenvolvimento e fabricação de uma


ponte rolante a fim de proporcionar o conhecimento de diversas áreas da
engenharia e a correlação entre elas.
Serão apresentados todos os elementos para a construção deste
projeto, assim como toda a base ao qual o mesmo foi desenvolvido.
Estudaremos o essencial das Estruturas Hiperestáticas e fenômenos de
circuitos elétricos, ampliando o conhecimento e interação entre as diversas
áreas da engenharia.
Além disso, temos o desenvolvimento e organização de um projeto,
definindo parâmetros que um engenheiro tem para pesquisa e desenvolvimento
de um produto.
Trataremos a seguir do planejamento e montagem da ponte rolante que
deve ser montada conforme o manual da APS. A ponte rolante deve ser
elaborada para conseguir carregar o peso padrão de 1 quilograma através para
as posições pré-estabelecidas através do sistemas de coordenadas.

SUMÁRIO
4
5

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................6,7
DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................8
CONSTRUÇÃO......................................................................................................................10
PLANILHAS DE CUSTOS...................................................................................................17
CONCLUSÃO.........................................................................................................................18
REFERÊNCIAS......................................................................................................................19

INTRODUÇÃO
5
6

Atualmente as pontes rolantes tem grande importância na locomoção de


cargas pesadas pela facilidade de deslocamento em diversos graus de
liberdade ou eixo de deslocamento, no qual o uso é difundido em massa,
devido principalmente a facilidade de fabricação e instalação em relação a
outros meios de “rigging”.

Devido a necessidade da indústria portuária na movimentação de


cargas, as pontes rolantes foram inicialmente desenvolvidas para suprimento e
facilitação do setor. Atualmente são projetadas para atender diversos tipos de
aplicações, respeitando a capacidade de peso da carga e os limites de espaço
de cada ambiente. Podemos dizer até, que diversos setores industriais são
altamente dependentes destas máquinas para locomoção de cargas, e
descarregamento.

Pontes rolantes são máquinas transportadoras utilizadas, em meio


industrial, na locomoção de cargas e seu içamento em pelo menos, três
movimentos independentes (longitudinal, transversal e vertical, ou
simplesmente x, y e z). É composta de diversos componentes entre eles
caminho de rolamento, viga, carro e talha. Em certas aplicações, um quarto
movimento pode ser incluído, o de giro da carga.

Para cada tipo de projeção há uma ponte rolante com especificações


exatas, seja para a movimentação ou elevação de materiais. O peso e o tipo de
carga de elevação devem ser observados e calculados, além do tipo de
suportação que será utilizado para obter reações de apoio que sustente a
ponte com operação de carga máxima de acordo com normas vigentes como a
NBR 8400 - Cálculo de Equipamentos para Elevação e Movimentação de
Carga - de 1984

1. DESENVOLVIMENTO
6
7

1.1– Objetivo

O objetivo do trabalho consiste na construção de uma ponte rolante didática,


para transportar uma massa de um quilograma através dos pontos definidos
pelo manual das Atividades Práticas Supervisionadas.

1.2– Projeto Executivo

Iniciamos o projeto após discussão dos métodos a serem empregados e


a priori desenhamos o projeto no software AutoCad 3D de acordo com o
esquema contido na APS, para depois definirmos os processos de fabricação
do protótipo.

Elaboração do Tridimensional do Protótipo

7
8

1.3 Materiais e Métodos

Após a definição do projeto, podemos enfim pesquisar materiais


adequados ao desenvolvimento conforme desenho e estudar as formas de
fabricação possíveis e necessárias para completar a execução do produto.
Levamos em conta também as normas de construção estabelecidas.

PROJETO PONTE ROLANTE


MATERIAL QUANTIDADE
CANTONEIRA DE AÇO 1020 “L” DE ABAS IGUAIS 1” x 1” x 3/16” 01 PEÇA
ROLAMENTO TIPO 10 METROS
EIXO TREFILADO DE AÇO 1045 Ø12mm XX PEÇAS

8
9

XX
CHAPA GALVANIZADA #14 – 1m² CONJUNTOS
XX
BOTOEIRA COM RELÉ EMBUTIDO 12 Vcc CONJUNTOS
MOTOR DE VIDRO DE CARRO 12 Vcc XX PEÇA
CABO DE 1,5mm² - 750V – 1,5mm 01 PEÇA
TARUGO DE POLIPROPILENO 01 PEÇA
PARAFUSO SEXTAVADO M12 02 PEÇAS
BASE CILINDRICA DE AÇO 04 PEÇAS
04 PEÇAS
04 PEÇAS
02 METROS
04 PEÇAS
01 PEÇA
3 METROS
01 PEÇA
01 PEÇA
10 PEÇAS

2– Construção

2.1 – Elaboração prática do projeto

Após a elaboração do projeto em AutoCad 3D, definimos as etapas de


projeto. Com a compra dos materiais já consolidada, devíamos seguir as
etapas de projeto segundo um cronograma pré-estabelecido conforme tabela
abaixo:

2.2.1 – Construção da
Estrutura

Para a base e mancais


utilizamos madeiras tipo

9
10

MDF , impermeabilizadas com produto especifíco de madeiras. Seguimos as


medidas do projeto elaborado no software PowerShape.Já incluímos rolamento
e testamos os eixos usinados nos mancais antes da montagem final com o
gerador e a turbina.

2.2.2 – Construção dos Carros individuais.

Após pesquisas de diversos tipos de turbinas hidráulicas escolhemos a


do tipo Pelton devido à curva geral de eficiência ser plana e por ser a turbina
com maior velocidade de rotação existente. Essa última característica é ideal
ao nosso projeto que em pequena escala precisa de uma boa velocidade de
rotação, que posteriormente veremos que implica na maior geração de energia.

Figura 01 – turbina tipo Pelton

Com a definição de nossos elementos de projeto decidimos comprovar por cálculo a


potência obtida antes da construção do protótipo.

2.2.3 – Construção do Sistema de içamento

10
11

O gerador foi construído através do conceito de gerador síncrono. São


geradores capazes de converter energia mecânica em elétrica.
O principio principal deste tipo de gerador é de atuar com velocidade de
rotação constante sincronizada com a frequência da tensão elétrica gerada. O
sincronismo é obtido entre o campo de rotor girante e a bobina onde a tensão
elétrica é induzida. Como utilizamos um imã para indução sem inserção de
corrente elétrica (eletroímã) podemos chamar nosso gerador de máquina
síncrona de imã permanente.
O campo magnético (B) gerado pela variação dos pólos dos imãs pela rotação
do eixo do rotor induz uma e uma tensão nos terminais do enrolamento da
bobina (estator) variável ao longo do tempo explicada pela Lei de Faraday.
Esta lei explica que a indução de tensão nos terminais de um determinado
condutor elétrico de diversas formas (cabos,bobinas,etc.) é induzida pela
variação do fluxo magnético ao longo do tempo.
Observamos na construção do gerador em que empregamos um material
condutor (bobina enrolada em chapa de ferro) que quanto mais afastávamos o
imã do eixo da bobina a tensão induzida diminuía. Portanto também
observamos que deveríamos considerar a Lei de Lenz,onde a corrente induzida
aparece no sentido em que o campo magnético que ela cria tende a contrariar
o fluxo magnético através da espira. Isso nos permitiu concluir que não
poderíamos deixar o imã muito próximo da bobina e na prática acontecia o
mesmo. Portanto ajustamos a uma distância que nos permitia gerar
aproximadamente 2 V, medidos com um amperímetro digital Fluke e que não
“travasse” a rotação do rotor.

2.2.4 – Construção do Sistema de controle elétrico

2.2.5 – Cálculos utilizados

2.2.5.1 – Cálculo de deflexão do eixo de levantamento.

11
12

O sistema de levantamento de carga é composto de um mancal com rolamento como


base que permite o movimento horizontal (tração e compressão) e momento (giro), o
eixo de enrolamento do cabo de aço como viga que está sendo aplicado a força (peso
de um quilograma – força) e o outro apoio fixo na engrenagem do motor (permite
momento e restringe tração e cortante (eixo x e y). Podemos observar na figura
abaixo:

Portanto podemos considerar simplesmente que o sistema se compõe do seguinte


sistema de forças

12
13

O sistema não é hiperestático então para simples dedução do deslocamento máximo


que o eixo de nylon sofre com a aplicação de uma massa de 1 kg conforme projeto,
precisamos da equação do deslocamento máximo a partir do momento, então temos
que:

13
14

Para elaboração total da equação precisamos então inserir as variáveis necessárias.

Momento de Inércia.

O momento de inércia se dá pela seção transversal da viga onde está sendo aplicada
a força. Em nosso caso, a viga de aplicação é o eixo de nylon com seção circular não
constante. Para facilitar os cálculos, iremos calcular o diâmetro médio. O eixo possui
as seguintes dimensões:

14
15

Portanto o diâmetro médio se dá por :

Dm = d1*h1 + d2*h2 +d3*h3 / ht


Onde h = comprimento do diâmetro na peça
d = diâmetro

Dm = 20*30+80*20+15*10/115 = 20,43 mm
Rm = Dm/2 = 10,215 mm

Assim podemos calcular o momento de inércia da seção circular :

Portanto:
π∗10,2154
I = Ix = Iy =
4
= 8551,52 mm^4
O módulo de elasticidade (E) do nylon a flexão foi obtido do catálogo do material
conforme tabela abaixo:

15
16

Note que usamos o valor menor (1000 MPa) para ter o resultado mais crítico e seguro
Portanto aplicando a formula do deslocamento vertical temos que:

15 N∗200mm 3
= 4∗¿ 1000
N
mm ²
= 0,292 mm²
48∗8551,52 mm ¿

CÁLCULO EXCEL - DEFLEXÃO EIXO SUBIDA


Massa com f.s = 1,5 1,5 Kg
Peso 15 N
Distância entre apoios (L) 200 mm
Raio médio da seção 10,215 mm^2
Momento de inércia 8551,52097 mm^4
Módulo elasticidade Nylon 1000 MPa
 
Deslocamento vertical
com fator de segurança 0,29234565 mm
1,5

Para confirmação dos dados teóricos utilizamos o software AutoCad Mechanical para
simulação de linha de deflexão e elementos finitos. Note que com os parâmetros
definidos como raio médio do eixo, material, seção da viga obtivemos o resultado de
0,29 mm de deflexão, o mesmo obtido por cálculo teórico.

16
17

Definição das cargas com o momento de inércia já calculado.

Definição das cargas.

17
18

Cálculo de deflexão completo.

2.2.5.2 – Cálculo do máximo levantamento de peso.

O levantamento do peso é conseguido através do torque do motor.


O levantamento de uma carga gera um torque relacionado ao seu braço e força
exercida da carga em função de seu peso no sentindo contrário no eixo y.O motor
então precisa exercer uma força maior do que a submetida pela carga a ser levantada.
Assim podemos concluir que uma carga de 1,5kg gera um torque de 1,5 N*m, pois:

T = F*d
T = 1,5kg * 10 m/s² * 0,1m = 1,5 N*m
Onde:
T= Torque
F = Força (neste caso o peso do bloco)
d = braço de alavanca

18
19

Devemos ter como premissa de cálculo os dados do motor. A figura abaixo evidencia
as variáveis do motor.

Podemos observar as relações de torque conforme figura abaixo.

19
20

O peso é levantado com o torque resultante que se dá pela formula:


Tm – Tp = Tr
Torque do motor = 11N*m
Torque do peso = 1,5N*m
Então torque de levantamento resultante é igual a:
Tr = 11 -1,5 = 9,5 N*M

Portanto o peso é levantado de forma satisfatória.

O máximo levantamento de peso se dá quando usamos o torque total injetado pelo


motor no sistema.
Concluímos que no torque total do motor, o peso calculado não é levantado, pois gera
um torque igual ao do motor.

Então temos que:


Tmáx = Fmáx*d
11 N*m = Fmáx*0,1m
Fmáx = 110 N

O peso que gera este torque será:


F=m*a
110 N = m * 10 m/s²
M = 11 kg

Então o limite máximo de massa a ser levantado para a ponte é de 10,99kg


aproximadamente.

2.2.5.3 – Velocidade de levantamento.

O raio do eixo onde está o cabo de levantamento é R = 0,020/ 2 = 0,01 m.

V = ω R. – Equação de velocidade angular provida pelo eixo

20
21

De acordo com os dados do motor, temos que o torque provido por um torque
de 11 N*m é de 92 rpm.
Porém com o peso de 1,5kg, temos o motor trabalhando com um torque de 9,5
N*m conforme calculado no item 2.2.5.1.
Então temos que: Se 92 rpm = 11 N*m;
9,5N*m = 79,45 rpm

Na relação:
1 rpm = 2*pi/60 rad/s
Encontramos que 79,45 rpm é igual a 8,31 rad/s.

Substituindo na equação de velocidade linear temos o valor de velocidade de


subida.

V = ω R = 8,31rad/s * 0,1 cm = 0,831cm/s = 8,3mm/s

3 PLANILHA DE CUSTOS

PROJETO GUINDASTE HIDRÁULICO


Cust Custo
o Total
Item Quantidade unid.
PLACA DE MADEIRA700 X 700 X 18 mm 01 PEÇA 30,00 30,00
FIO ESMALTADO DE COBRE AWG #20 05 METROS 1,50 7,50
SERINGAS DE 20 ml 06 PEÇAS 1,50 9.00
PARAFUSO SEXTAVADO M6x35mm +ARRUELAS E
PORCAS M6(AÇO BICROMATIZADO) 04 CONJUNTOS 0,80 3,20
PARAFUSO SEXTAVADO M5x15mm+ARRUELAS E
PORCAS M5(AÇO BICROMATIZADO) 04 CONJUNTOS 0,70 2,80
CHAPA DE ALUMINIO LIGA 1200 - BLANK 100 X 600 40,00 40,00
mm 01 PEÇA
BLANK DE CHAPA GALVANIZADA 100 X100 mm 01 PEÇA 10,00 10,00
PINO GUIA DE AÇO 1045 - Ø8 x 85 mm 01 PEÇA 4,50 4,50
DOBRADIÇA REFORÇADA DE AÇO TIPO LE 180º -
UNIKEY 01 PEÇA 6,00 6,00
FITA ISOLANTE CLASSE DE ISOLAÇÃO 600 V 01 PEÇA 8,00 8,00
TIP M6X20mm (solda a ponto) 02 PEÇAS 2,50 5,00
PARAFUSO M12 X 50 mm +PORCA M12 AÇO 01 CONJUNTO

21
22

BICROMATIZADO 12,00 12,00


PREGO DE CABEÇA CHATA DE COMPRIMENRTO 0,20 0,20
70 mm 01 PEÇA
CHAVE SELETORA COM 3 POSIÇÕES ( 1NA+1NF) -
CLASSE DE TENSÃO 12VDC MÁX 01 PEÇA 1,00 1,00
BATERIA 9VDC 01 PEÇA 15,00 15,00
MANGUEIRA DE SILICONE 3 METROS 6,00 18,00
Total: R$ 172,20

4. CONCLUSÃO

Após todas estas etapas, percebemos que cada parte do projeto


contribui para a realização do todo. Não se cogitam a probabilidade de ignorar
alguns destes procedimentos, pois corre o risco do projeto não funcionar como
deveria.
Fazer um projeto desde o inicio, ou seja, juntar teoria (pesquisas) com a
prática torna a capacidade de percepção e criatividade do nós futuros
engenheiros mais vorazes, pois nos permite imaginar e tentar criar soluções
que, na teoria talvez nem ousássemos pensar.
Saber como as coisas funcionam, e como elas são concebidas é um
exercício que se pratica desta forma, indo desde o inicio, fazendo cálculos,
escolhendo materiais, fazendo testes e principalmente “fazendo mais testes”,

22
23

pois só assim chega-se a conclusão de que engenharia é um emaranhado de


formulas, cálculos que possuem uma lógica capaz de fazer um material isolado
se juntar a outros criando algo que será de grande valia para sociedade.
Acreditamos que esta é a origem das coisas.
Empregamos com sucesso conceitos adotados no curso, de disciplinas,
como Mecânica dos Fluídos e Eletricidade, que nos possibilitou a capacidade
de interpretação necessária para que o projeto do guindaste saísse do papel e
torna-se eficaz.

5. REFERÊNCIAS

23

Você também pode gostar