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Adição e Subtração de Polinômios

O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios


envolve técnicas de redução de termos semelhantes, jogo de sinal,
operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes. Observe os
exemplos a seguir:

Adição

Exemplo 1

Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.

(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses


através do jogo de sinal.

+(–3x2) = –3x2
+(+8x) = +8x
+(–6) = –6

x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes.

x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6

–2x2 + 5x – 7

Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7

Exemplo 2

Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:

(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo


de sinal.

4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes.


4x2 – 10x + 6x – 5 + 12

4x2 – 4x + 7

Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7

Subtração 

Exemplo 3

Subtraindo –3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.

(5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando


o jogo de sinal.

– (–3x2) = +3x2
– (+10x) = –10x
– (–6) = +6

5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.

5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6

8x2 – 19x – 2

Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

Exemplo 4 

Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5, teremos:

(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os parênteses


através do jogo de sinais.

2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos


semelhantes.

2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5

0x³ – 6x² + x + 16

– 6x² + x + 16

Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + x + 16

Exemplo 5 

Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³ – 6x² –


9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x + 20. Calcule:

a) A + B + C

(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x + 20)


6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45

A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45

b) A – B – C

(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x + 20)


6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
3x³ + 4x² – 8x – 15

A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15
Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6. 

(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses através


do jogo de sinal. 

+(–3x2) = –3x2
+(+8x) = +8x 
+(–6) = –6 

x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes. 

x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6 

–2x2 + 5x – 7 

Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7 

Exemplo 2 

Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos: 

(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de


sinal. 

4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes. 

4x2 – 10x + 6x – 5 + 12 

4x2 – 4x + 7 

Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7 

Subtração 

Exemplo 3 

Subtraindo –3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8. 

(5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando o


jogo de sinal. 

– (–3x2) = +3x2
– (+10x) = –10x 
– (–6) = +6 

5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes. 

5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6 

8x2 – 19x – 2 

Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2 

Multiplicação de polinômios
Multiplicação entre um polinômio e um número natural

Para realizar a multiplicação entre um número natural e um polinômio,


basta aplicar a propriedade distributiva da multiplicação sobre a adição,
multiplicando o número natural por cada um dos termos do polinômio.

Exemplo: qual é o produto entre 3 e o polinômio P(x) = 2x 9 + 3x2 – 8?

3·(2x9 + 3x2 – 8)

3·2x9 + 3·3x2 – 3·(– 8)

6x9 + 9x2 + 24

Multiplicação de número natural 

• Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos: 

3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva. 

3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5 

6x2 + 3x + 15. 

Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.

ara tanto, usamos as propriedades da multiplicação e as de potências.


Especialmente a propriedade distributiva e a seguinte de potências:
Propriedade da base igual e expoente diferente: 

Produto de polinômio com polinômio


Para realizarmos a multiplicação de polinômio com polinômio,
utilizamos a propriedade distributiva, com isso multiplicamos cada
termo (monômio) de um dos polinômios pelo outro termo (monômio)
do outro polinômio. Caso haja termos semelhantes, ou seja, com
mesma parte literal devemos reduzi-los. Acompanhe o exemplo a
seguir:

(3x + 2y) . (2x - 5y) =


= 3x . 2x + 3x . -5y + 2y . 2x + 2y . -5y =
= 6x2 - 15xy + 4xy - 10y2 =

Reduza os termos semelhantes: – 15xy + 4xy

Exemplo: Qual é o produto entre os polinômios 2x2 + 4x3 – 2x e 3x9 – 2x3 – 8?

(2x2 + 4x3 – 2x)·(3x9 – 2x3 – 8)

2x2 ·(3x9) + 2x2·(– 2x3) + 2x2 ·(– 8) + 4x3·(3x9) + 4x3·(– 2x3) + 4x3·(– 8) – 2x·3x9 –


2x(– 2x3) – 2x(– 8)

6x2+9 – 4x3+2 – 16x2 + 12x3+9 – 8x3+3 – 32x3 – 6x9 + 4x3 + 16x

6x11 – 4x5 – 16x2 + 12x12 – 8x6 – 32x3 – 6x9 + 4x3 + 16x

12x12 + 6x11 – 6x9 – 8x6 – 4x5 – 28x3 + 16x2 + 16x


Multiplicação de polinômio com polinômio 

• Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2) 

(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva. 

3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2 

15x3 + 6x – 5x2 – 2 

Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2 

• Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos: 

(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva. 

2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2) 

10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2 

10x3+ x2 + 3x – 2 

Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

Divisão de polinômios
A divisão de polinômios estrutura-se em um algoritmo, podemos enuncia-lo como
sendo: A divisão de um polinômio D(x) por um polinômio não nulo E(x), de modo a
obter os polinômios Q(x) e R(x). Esse algoritmo da divisão pode ser expressado
pelo Método de Descartes também conhecido como Método dos coeficientes
determinantes, da seguinte forma:

E(x) . Q(x) + R(x) = D(x)

Ou seja:

Divisor . Quociente + Resto = Dividendo

A divisão de polinômio pode também ser representada pelo método da chave, veja:
 operação de divisões é composta por dividendo, divisor, quociente e
resto, no caso da divisão de polinômio por polinômio, considerando que
cada um deles seja formado por mais de um monômio, iremos considerar
a seguinte divisão: 

P(x) |G(x) 
R(x) D(x) 

Onde P(x) é o dividendo; G(x) divisor; D(x) quociente e R(x) resto. 

OBSERVAÇÃO: O resto em uma divisão de polinômio por polinômio


pode ser: 
• Igual à zero, nesse caso a divisão é exata, ou seja, o dividendo é
divisível pelo divisor. 
• Ou o resto pode ser diferente de zero, podendo assumir um valor real
ou pode ser um polinômio, nesse caso será considerado resto um valor
ou polinômio menor que o divisor. 

A explicação de divisão de polinômio por polinômio será feita através de


um exemplo, onde todos os passos tomados serão explicados. 

Exemplo: resolva a seguinte divisão (6x4 – 10x3 + 9x2 + 9x – 5) : (2x2 – 4x


+ 5). 

Antes de iniciarmos o processo da divisão é preciso fazer algumas


verificações: 

• Verificar se tanto o dividendo como o divisor está em ordem conforme


as potências de x. 
• Verificar se no dividendo, não está faltando nenhum termo, se estiver é
preciso completar. 

Feita as verificações podemos iniciar a divisão. 

O dividendo possui 5 monômios (termos) e o divisor possui 3 monômios


(termos). 

6x4 – 10x3 + 9x2 + 9x – 5  | 2x2 – 4x + 5 

• Iremos dividir o 1º termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor: 


6x4 : 2x2 = 3x2 

• O resultado encontrado irá multiplicar o polinômio 2x2 – 4x + 5


(divisor). 

(2x2 – 4x + 5) . (3x2) = 6x4 – 12x3 + 15x2 

Dividendo | divisor  
  Resto       Quociente
Quociente*divisor + resto = dividendo

EXERCÍCIOS SOBRE DIVISÃO DE


POLINÔMIOS

QUESTÃO 1
Ache o quociente e o resto na divisão de x² – 5x + 6 por x² – 7x + 12.

Questão 1

Vamos encontrar o que foi pedido utilizando o algoritmo da divisão:

   x2 - 5x + 6    |x² - 7x + 12
- x² + 7x - 12     1
          2x - 6
Portanto, o quociente é 1 e o resto é 2x – 6.

QUESTÃO 2
(UFG) Considere os polinômios p(x) = x4 - 13x3 + 30x2 + 4x - 40 e q(x) = x2 - 9x - 10.
Calcule  s(x) = p(x)
                       q(x)
Questão 2
Para encontrar o valor de s(x), vamos utilizar o algoritmo da divisão, isto é:

dividendo  |  divisor    ↔ quociente * divisor + resto = dividendo


   resto       quociente

Nesse caso, o dividendo é o polinômio p(x), e o divisor é o q(x). Então vamos


procurar um valor para o quociente tal que, quando este for multiplicado pelo
divisor, resulte no termo de maior grau do dividendo ou no mais próximo dele.
Lembrando que colocaremos esse resultado embaixo do dividendo, com o sinal
oposto. Veja como ficará:

  x4 - 13x³ + 30x2 + 4x - 40    | x² - 9x - 10


- x4 + 9x³ + 10x²                      x² - 4x + 4
   0 - 4x³ + 40x² + 4x
        4x³ - 36x² - 40x
           0 + 4x² - 36x - 40
              - 4x² + 36x + 40
                                   0

Portanto, caso quiséssemos conferir, basta confirmar que quociente * divisor +


resto = dividendo, ou seja, mostrar que (x2 - 4x + 4) * (x2 - 9x - 10) + 0 = x4 -
13x3 + 30x2 + 4x - 40, utilizando para isso a propriedade distributiva da
multiplicação e agrupando termos semelhantes.

DIVIDISÃO POLINÔMIO POR UM MONÔMIO


Vamos dividir um polinômio por um monômio com o intuito de
entendermos o processo operatório. Observe:
  12x3 + 4x2 – 8x | 4x              
– 12x                     3x2 + x – 2 
0x + 4x2                                            
– 4x2                                     
0x – 8x          
+ 8x     
0  
Caso queira verificar se a divisão está correta, basta multiplicar o
quociente pelo divisor com vistas a obter o dividendo como resultado.
Verificando → quociente * divisor + resto = dividendo
4x * (3x² + x – 2) + 0
12x³ + 4x² – 8x
Caso isso ocorra, a divisão está correta. No exemplo a seguir,
dividiremos polinômio por polinômio. Veja:
10x2 – 43x + 40 |2x – 5
– 10x2  + 25x          5x – 9   
0x – 18x + 40            
18x – 45      
    – 5  
Verificando → quociente * divisor + resto = dividendo
(2x – 5) * (5x – 9) + (–5)
10x² – 18x – 25x + 45 + (–5)
10x² – 43x + 45 – 5
10x² – 43x + 40
Observe estes exemplos:
1º)
6x4 – 10x3 + 9x2 + 9x – 5 | 2x2  – 4x + 5   
– 6x4  + 12x3  – 15x2                3x2 + x – 1        
0x4 + 2x3 – 6x2 + 9x – 5                          
– 2x3  + 4x2  – 5x                          
0x3 – 2x2 + 4x – 5                   
2x2  – 4x + 5          
    0
Verificando → quociente * divisor + resto = dividendo
(3x² + x – 1) * (2x² – 4x + 5) + 0
4
6x  – 12x³ + 15x² + 2x³ – 4x² + 5x – 2x² + 4x – 5
6x4 – 10x³ + 9x² + 9x – 5
2º)
12x3 – 19x2 + 15x – 3 | 3x2  – x + 2   
– 12x3  + 4x2  – 8x            4x – 5            
0x3 – 15x2 + 7x – 3                       
+15x2  – 5x + 10               
2x + 7      
Verificando → quociente * divisor + resto = dividendo
(4x – 5) * (3x² – x + 2) + (2x + 7)
12x³ – 4x² + 8x – 15x² + 5x – 10 + (2x + 7)
12x³ – 19x² + 13x – 10 + 2x + 7
12x³ – 19x² + 15x – 3

/exercicios-sobre-divisao-polinomio

QUESTÃO 1
Ache o quociente e o resto na divisão de x² – 5x + 6 por x² – 7x + 12

Questão 1
Vamos encontrar o que foi pedido utilizando o algoritmo da divisão:

   x2 - 5x + 6    |x² - 7x + 12
- x² + 7x - 12     1
          2x - 6

Portanto, o quociente é 1 e o resto é 2x – 6.

QUESTÃO 2
(UFG) Considere os polinômios p(x) = x4 - 13x3 + 30x2 + 4x - 40 e q(x) = x2 - 9x - 10.

Calcule  s(x) = p(x)


                       q(x)

Questão 2
Para encontrar o valor de s(x), vamos utilizar o algoritmo da divisão, isto é:

dividendo  |  divisor    ↔ quociente * divisor + resto = dividendo


   resto       quociente

Nesse caso, o dividendo é o polinômio p(x), e o divisor é o q(x). Então vamos


procurar um valor para o quociente tal que, quando este for multiplicado pelo
divisor, resulte no termo de maior grau do dividendo ou no mais próximo dele.
Lembrando que colocaremos esse resultado embaixo do dividendo, com o sinal
oposto. Veja como ficará:

  x4 - 13x³ + 30x2 + 4x - 40    | x² - 9x - 10


- x4 + 9x³ + 10x²                      x² - 4x + 4
   0 - 4x³ + 40x² + 4x
        4x³ - 36x² - 40x
           0 + 4x² - 36x - 40
              - 4x² + 36x + 40
                                   0

Portanto, caso quiséssemos conferir, basta confirmar que quociente * divisor +


resto = dividendo, ou seja, mostrar que (x2 - 4x + 4) * (x2 - 9x - 10) + 0 = x4 -
13x3 + 30x2 + 4x - 40, utilizando para isso a propriedade distributiva da
multiplicação e agrupando termos semelhantes.

QUESTÃO 3
Dividindo f(x) por x² + x, obtemos o quociente q(x) = x² – x – 2 e o resto r(x) = 7x – 1.
Obtenha o
polinômio f(x).

Questão 3

Como já vimos, temos duas maneiras de representar o algoritmo da divisão e uma


delas é pela forma equacional quociente * divisor + resto = dividendo.
Utilizando-nos dessa ideia, podemos fazer:
                                                  (x2 - x - 2) * (x2 + x) = (7x - 1) = f(x)
Munidos das propriedades de equações, temos:

                                               x4 + x3 - x3 - x2 - 2x2 - 2x + 7x - 1 = f(x)


                                                         f(x) = x4 - 3x2 + 5x - 1
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Decomposição em fatores primos


Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto em um produto de
dois ou mais fatores.

Decomposição do número 24 em um produto:


24 = 4 x 6
24 = 2 x 2 x 6
24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 23 x 3

No produto 2 x 2 x 2 x 3, todos os fatores são primos.

Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 em um produto de


fatores primos. Então a fatoração de 24 é 2 3 x 3.

De um modo geral, chamamos de fatoração de um número natural, maior


que 1, a sua decomposição em um produto de fatores primos.

Regra prática para a fatoração


Existe um dispositivo prático para fatorar um número. Acompanhe, no
exemplo, os passos para montar esse dispositivo:

1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor primo;


2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor divisor primo desse
quociente e assim sucessivamente até obter o quociente 1.

A figura mostra a fatoração do número 630.

Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
630 = 2 x 3  x 5 x 7.
2

Exemplo: Decomponha o número 30 em fatores primos.

Primeiro devemos encontrar um número primo que divida o número 30. O


número 2 o divide, portanto o primeiro divisor será o número 2. O resultado da
divisão de 30 por 2 é 15. Divida o quociente por um número primo, temos o
número 3 ou o 5, fica a seu critério escolher qual dos dois usar, pois, ao final,
obteremos o mesmo resultado. Dividindo o número 15 por 5 iremos obter o
número 3, este número só pode ser dividido por ele mesmo, resultando no
valor 1, que é o nosso passo final.

Veja que os divisores foram os números: 2, 3 e 5, todos eles são números


primos. Portanto podemos escrever o número 30 como um produto desses três
números.

30 = 2x3x5 (Produto de números primos)

Vejamos o que foi feito:

Contudo, não existe a necessidade de ficar construindo toda essa divisão,


podemos utilizar a regra prática para efetuar essa fatoração.
Separaremos os quocientes dos divisores por uma barra vertical: no lado
esquerdo dessa barra teremos os quocientes; e no lado direito, os divisores
primos. Devemos realizar a divisão do quociente por divisores primos até que o
quociente fique igual a 1. Façamos a fatoração do número 180 utilizando esse
processo:

Portanto, basta encontrar os números primos que dividem o número que


desejamos decompor e depois escrever a decomposição em forma de produto
dos fatores primos.

EXERCÍCIOS SOBRE NÚMEROS PRIMOS

Determine a decomposição em fatores primos dos seguintes números:

a) 600

b) 1024

c) 720

Para encontrar a decomposição em fatores primos de um número, basta realizar o


seguinte procedimento:

a)

600|2
300|2
150|2
  75|3
  25|5
    5|5
      1
A decomposição em fatores primos de 600 é 23·3·52. Logo, podemos escrever:
600 = 23·3·52
b)

1024|2
  512|2
  256|2
  128|2
   64|2
   32|2
   16|2
     8|2
     4|2
     2|2
       1
Logo, a decomposição de 1024 em fatores primos é 210. Portanto, 1024 = 210.
c)

720|2
360|2
180|2
  90|2
  45|3
  15|3
    5|5
      1
A decomposição de 720 em fatores primos é 24·32·5. Logo, 720 = 24·32·5.
QUESTÃO 3
Calcule o mínimo múltiplo comum entre 720 e 600.

Questão 3
O mínimo múltiplo comum (MMC) entre dois ou mais números é o produto entre
as maiores potências cuja base é um número primo presente nas decomposições
desses números. Dessa maneira, observe as decomposições dos números 720 e
600:

720 = 24·32·5

600 = 23·3·52

O MMC entre 720 e 600 é 24·32·52, pois essas são as maiores potências
encontradas na decomposição de ambos.
Logo, o MMC entre 720 e 600 é 3600.

SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES

A simplificação de frações é uma maneira de escrever a mesma fração, mas de


forma que os numeradores e denominadores sejam escritos com números
menores. Quando simplificamos uma fração, encontramos uma fração
equivalente, porém na forma reduzida.

Como foi dito anteriormente, quando simplificamos uma fração, não estamos
alterando-a, estamos apenas obtendo uma fração equivalente, ou seja, uma
fração igual à anterior.

Para simplificarmos uma fração, devemos olhar para os números que estão no
numerador e no denominador e encontrar algum número inteiro que divida de
forma exata os dois números. Para melhor entender este processo, vejamos
um exemplo:

Você poderia, a princípio, encontrar o número 2 que divide o numerador e


querer simplificar esta fração por 2, mas lembre-se que o número escolhido
deve dividir também o denominador. E, neste caso, o 2 não divide o número 9.

E o número 3, ele dividiria de maneira exata o numerador e o denominador?

6 dividido por 3 resulta em 2, e não sobra nenhum resto, ou seja, é uma divisão
exata.

9 dividido por 3 resulta em 3 e não sobra nenhum resto, também uma divisão
exata.

Com isso, encontramos um primeiro número que podemos utilizar na nossa


simplificação.
Note que a fração que obtemos é uma fração equivalente à nossa primeira
fração, e o numerador e o denominador foram escritos com números reduzidos.

Você pode repetir esse processo até que não seja possível ter um número que
divida o numerador e o denominador. No nosso primeiro exemplo não podemos
simplificar novamente.

Vejamos outro exemplo:

Veja que efetuamos a simplificação três vezes consecutivas, até obtermos uma
fração totalmente reduzida, totalmente simplificada.

Simplificar uma fração consiste em reduzir o numerador e o


denominador por meio da divisão pelo máximo divisor comum aos
dois números. Uma fração está totalmente simplificada quando
verificamos que seus termos estão totalmente reduzidos a números
que não possuem termos divisíveis entre si. Uma fração
simplificada sofre alteração do numerador e do denominador, mas seu
valor matemático não é alterado, pois a fração, quando tem seus
termos reduzidos, torna-se uma fração equivalente.
A fração 8/16 possui as seguintes frações equivalentes:
 8 = 4 = 2 = 1
                                                                     16   8    4   2 
Elas são formadas por elementos diferentes, mas todas possuem o
mesmo valor proporcional. Nesse exemplo, temos que a fração 1/2 é
a fração irredutível de 8/16.
Simplificar uma fração consiste em dividir o numerador e o
denominador pelo mesmo número. Você pode simplificar uma fração
por partes. Veja:
24 → 24:2 = 12 → 12:2 = 6 → 6:3 = 2
36     36:2    18     18:2    9      9:3    3
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Você pode também simplificar a fração uma única vez. Para isso,
você deve identificar o máximo divisor comum aos dois termos.
Observe:
O máximo divisor comum aos números 24 e 36 é o 12, então,
simplificamos da seguinte maneira:
24 → 24:12 = 2
36     36:12    3
Observe mais alguns exemplos de simplificação:
32 → 32:8 = 4
40     40:8    5
O MDC entre 32 e 40 é 8.
63 → 63:9 = 7
81     81:9    9
O MDC entre 63 e 81 é 9.
 90 →  90:30 = 3
120     120:30   4
O MDC entre 63 e 81 é 9.
36 → 36:6 = 6 
66     66:6   11
O MDC entre 36 e 66 é 6.
Portanto, para que uma fração torne-se irredutível, devemos dividir o
numerador e o denominador pelo maior divisor comum ou realizar
a simplificação por partes. Lembre-se de que toda fração irredutível
possui inúmeras frações equivalentes.

Adição e subtração de frações


Uma fração é uma ou mais parcelas de um todo que foi dividido em
partes iguais. Desse modo, somá-las ou subtraí-las é um pouco diferente
das mesmas operações envolvendo números inteiros. Existem dois
casos para adição ou subtração de frações: o primeiro para aqueles
objetos que foram divididos em uma mesma quantidade de partes e o
segundo para aqueles objetos que foram divididos em um número
diferente de partes.
Lembre-se de que o número de partes em que um objeto foi dividido é
representado pelo denominador de uma fração. Desse modo, os dois
casos de adição de frações são: frações com denominadores iguais e
frações com denominadores diferentes.
Primeiro caso: Frações com denominadores iguais
Quando for necessário somar ou subtrair frações com denominadores
iguais, some (ou subtraia) apenas os numeradores e mantenha o
denominador intacto. Observe o exemplo a seguir:
6 – 4 = 6 – 4 = 2
3    3      3       3
Segundo caso: Frações com denominadores diferentes
Quando as frações possuem denominadores diferentes, é necessário
encontrar outras frações equivalentes a essas que possuam
denominadores iguais. Veja:
10 + 12 – 3
 4      5    6
Passo 1: Calcular o mínimo múltiplo comum entre os denominadores.
O valor encontrado será o denominador comum que possibilitará
substituir as frações dadas por outras com denominadores iguais. No
exemplo, temos:
4,5,6| 2
2,5,3| 2
1,5,3| 3
1,5,1| 5 
 1,1,1| 60
Passo 2: Reescrever as frações com o novo denominador, deixando o
espaço do numerador para os números que serão encontrados no passo
seguinte.
10 + 12 – 3 =       +      –       
 4     5     6      60    60     60
Passo 3: Encontre os numeradores das novas frações. Para isso, o
seguinte cálculo deverá ser feito: Para encontrar o numerador da
primeira fração, divida o MMC pelo denominador da primeira fração e
multiplique o resultado pelo seu numerador. O resultado obtido por esse
cálculo será o numerador da primeira fração que possui denominador
igual ao MMC. Repita o procedimento para todas as frações presentes
na soma ou subtração.
10 + 12 – 3 = 150 + 144 – 30

4      5    6     60      60    60


Observe que o novo numerador da primeira fração é 150, pois 60 dividido
por 4 é 15, e 15 vezes 10 é 150. Repita o procedimento para cada fração
separadamente: 60 dividido por 5 é 12, e 12 vezes 12 é 144 – numerador
da segunda fração. Por fim, 60 dividido por 6 é 10, e 10 vezes 3 é 30.
Logo, os numeradores do lado direito da igualdade, em ordem, são: 150,
144 e 30.
Passo 4: Somar as novas frações utilizando o caso anterior (de
denominadores iguais). Após encontrar as novas frações, basta repetir o
procedimento anterior, no qual somamos ou subtraímos os numeradores
e mantemos o denominador intacto.
10 + 12 – 3 = 150 + 144 – 30 = 150 + 144 – 30 = 264
 4      5    6      60      60    60               60            60 
Exemplo: Lúcio comprou uma pizza pequena. Em um primeiro momento,
comeu metade da pizza e, posteriormente, conseguiu comer mais um pedaço
equivalmente à sexta parte dessa mesma pizza. Que fração representa a
quantidade total de pizza que Lúcio comeu?
Solução:
Basta observar que a metade é representada pela fração um meio (1/2) e
que a sexta parte é representada por um sexto (1/6). Somando essas
frações, teremos a quantidade ingerida por Lúcio.
1 + 1
2    6
Pelo primeiro passo, teremos: MMC (2,6) = 6. De fato,
2, 6| 2
1, 3| 3 
1, 1| 6
Pelo segundo passo, teremos:
1 + 1 =      +      
2    6     6      6
Pelo terceiro passo, teremos: (6:2)·1 = 3 e (6:6)·1 = 1
1 + 1 = 3 + 1 
2    6    6    6
Pelo quarto passo, teremos:
1 + 1 = 3 + 1 = 4
2    6    6    6    6

Adicionando frações com denominadores


iguais
Antes de prosseguirmos com a adição (soma) e a subtração de
frações, vamos verificar cada parte que as compõe, para obtermos
clareza no cálculo e reconhecermos, sem dificuldades, as suas
nomenclaturas.
Para calcular a soma entre duas frações com denominadores iguais,
conservamos um denominador e somamos os numeradores.

Exemplo 1

Adicione as frações 25 e 15 entre si.


Solução algébrica

25+15=1+25 → conserva o denominador


=35 → fração soma
Solução geométrica

 → 25
 → 15
 → 25+15=35
Para calcular a subtração entre duas frações com denominadores
iguais, conservamos um denominador e subtraímos os numeradores.

Exemplo 2

Determine 57−37.
Solução algébrica

57−37=5−37 → conserva o denominador


=27 → fração diferença
Solução geométrica

 → 57
 → 37
 → 57−37=27
Adição de frações com denominadores
diferentes
Para calcular a soma entre duas frações com denominadores
diferentes, deve-se encontrar frações equivalentes às frações iniciais,
porém com o mesmo denominador, e somar os numeradores.

Exemplo 3

Adriana viajou para a praia. Durante a primeira hora de viagem, ela


percorreu 13 do caminho e, na segunda hora, mais 25. Que fração do
percurso total Adriana já percorreu?

Solução

Vamos encontrar frações equivalentes as dadas no problema


encontrando o M.M.C. entre 3 e 5.

5+615 → conserva um denominador e soma os numeradores


1115 → fração soma
Após achar o Menor Múltiplo Comum (M.M.C.) entre os
denominadores 3 e 5, dividimos o M.M.C. encontrado pelo
denominador da fração inicial e multiplicamos o resultado pelo
numerador, também da fração inicial. O resultado é o numerador da
fração equivalente. Repetimos esse procedimento para todas as
frações do problema em questão.

Decomposição em fatores primos


Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto em um produto de
dois ou mais fatores.

Decomposição do número 24 em um produto:


24 = 4 x 6
24 = 2 x 2 x 6
24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 2  x 3
3

No produto 2 x 2 x 2 x 3, todos os fatores são primos.

Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 em um produto de


fatores primos. Então a fatoração de 24 é 2 3 x 3.

De um modo geral, chamamos de fatoração de um número natural, maior


que 1, a sua decomposição em um produto de fatores primos.

Regra prática para a fatoração


Existe um dispositivo prático para fatorar um número. Acompanhe, no
exemplo, os passos para montar esse dispositivo:

1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor primo;

2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor divisor primo desse
quociente e assim sucessivamente até obter o quociente 1.

A figura mostra a fatoração do número 630.

Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
630 = 2 x 32 x 5 x 7.

Exemplo: Decomponha o número 30 em fatores primos.

Primeiro devemos encontrar um número primo que divida o número 30. O


número 2 o divide, portanto o primeiro divisor será o número 2. O resultado da
divisão de 30 por 2 é 15. Divida o quociente por um número primo, temos o
número 3 ou o 5, fica a seu critério escolher qual dos dois usar, pois, ao final,
obteremos o mesmo resultado. Dividindo o número 15 por 5 iremos obter o
número 3, este número só pode ser dividido por ele mesmo, resultando no
valor 1, que é o nosso passo final.
Veja que os divisores foram os números: 2, 3 e 5, todos eles são números
primos. Portanto podemos escrever o número 30 como um produto desses três
números.

30 = 2x3x5 (Produto de números primos)

Vejamos o que foi feito:

Contudo, não existe a necessidade de ficar construindo toda essa divisão,


podemos utilizar a regra prática para efetuar essa fatoração.

Separaremos os quocientes dos divisores por uma barra vertical: no lado


esquerdo dessa barra teremos os quocientes; e no lado direito, os divisores
primos. Devemos realizar a divisão do quociente por divisores primos até que o
quociente fique igual a 1. Façamos a fatoração do número 180 utilizando esse
processo:

Portanto, basta encontrar os números primos que dividem o número que


desejamos decompor e depois escrever a decomposição em forma de produto
dos fatores primos.

Exemplo: Encontre a forma fatorada completa dos números 234, 180


e 1620:
234|2
117|3
 39|3
 13|13
   1|
A forma fatorada completa do número 234 é: 2 

equações e inequações
Equação do 1º Grau
Toda equação na variável x do tipo (ou redutível a) ax + b = 0 com a   0 e a ,
b   R é denominada equação polinomial do 1º grau em x.

Exemplos

3x - 6 = 0

3x = 6

x=2

Inequação do 1º Grau
Conceito de desigualdade
Os símbolos que representam desigualdades são:  , >, < e toda sentença aberta
(que possui pelo menos uma variável) onde apareça uma desigualdade é uma
inequação.
Uma propriedade importante das desigualdades é:                        

a > b   - a < - b

Ou seja, multiplicando-se ou dividindo-se uma desigualdade por um número


negativo "inverte-se o sentido" da desigualdade.
Exemplos

3x - 5 < x + 7

3x - x < 7 + 5

2x < 12

x < 6                   

Equação do 2º Grau
Toda equação na variável x do tipo (ou redutível a) ax 2 + bx + c = 0
onde  ; b ,  , é denominada equação polinomial do 2º grau.
Discriminante:

 = b² - 4ac

Se   > 0 temos se    = 0 temos   se   < 0 não existem


raízes reais.

Se x1 e x2 são as raízes da equação ax2 + bx + c = 0 , então

Exemplos

 = b² - 4 . a . c

 = 49 - 4 . 1 . 12

 = 49 - 48

 = 1
Círculo Trigonométrico
O Círculo Trigonométrico, também chamado de Ciclo ou Circunferência
Trigonométrica, é uma representação gráfica que auxilia no cálculo das razões
trigonométricas.

Círculo trigonométrico e as razões trigonométricas


De acordo com a simetria do círculo trigonométrico temos que o eixo vertical
corresponde ao seno e o eixo horizontal ao cosseno. Cada ponto dele está associado aos
valores dos ângulos.
Ângulos Notáveis
No círculo trigonométrico podemos representar as razões trigonométricas de um ângulo
qualquer da circunferência.
Chamamos de ângulos notáveis aqueles mais conhecidos (30°, 45° e 60°). As razões
trigonométricas mais importantes são seno, cosseno e tangente:
Radianos do Círculo Trigonométrico
A medida de um arco no círculo trigonométrico pode ser dada em grau (°) ou radiano
(rad).
 1° corresponde a 1/360 da circunferência. A circunferência é dividida em 360 partes
iguais ligadas ao centro, sendo que cada uma delas apresenta um ângulo que corresponde a
1°.
 1 radiano corresponde à medida de um arco da circunferência, cujo comprimento é
igual ao raio da circunferência do arco que será medido.

Figura do Círculo
Trigonométrico dos ângulos expressos em graus e radianos
Para auxiliar nas medidas, confira abaixo algumas relações entre graus e radianos:
 π rad = 180°
 2π rad = 360°
 π/2 rad = 90°
 π/3 rad = 60°
 π/4 rad = 45°
Obs: Se quiser converter essas unidades de medidas (grau e radiano) utiliza-se a regra
de três.
Exemplo: Qual a medida de um ângulo de 30° em radianos?
π rad -180°
x – 30°
x = 30° . π rad/180°
x = π/6 rad
Quadrantes do Círculo Trigonométrico
Quando dividimos o círculo trigonométrico em quatro partes iguais, temos os quatro
quadrantes que o constituem. Para compreender melhor, observe a figura abaixo:

 1.° Quadrante: 0º
 2.° Quadrante: 90º
 3.° Quadrante: 180º
 4.° Quadrante: 270º

Círculo Trigonométrico e seus Sinais


De acordo com o quadrante em que está inserido, os valores do seno, cosseno e tangente
variam.
Ou seja, os ângulos podem apresentar um valor positivo ou negativo.
Como Fazer o Círculo Trigonométrico?
Para fazer um círculo trigonométrico, devemos construí-lo sobre o eixo de coordenadas
cartesianas com centro em O. Ele apresenta um raio unitário e os quatro quadrantes.

Razões Trigonométricas
As razões trigonométricas estão associadas às medidas dos ângulos de um triângulo
retângulo.

Representação do triângulo retângulo com seus catetos e a hipotenusa


Elas são definidas pelas razões de dois lados de um triângulo retângulo e do ângulo que
forma, sendo classificadas em seis maneiras:
Seno (sen)

Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.


Cosseno (cos)

Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.


Tangente (tan)

Lê-se cateto oposto sobre cateto adjacente.


Cotangente (cot)

Lê-se cosseno sobre seno.


Cossecante (csc)

Lê-se um sobre seno.


Secante (sec)

O círculo trigonométrico é uma circunferênciade raio 1 usada para


representar números reaisrelacionados a ângulos. Sendo assim, cada
ponto dessa circunferência está relacionado a um número real, que, por
sua vez, representa um ângulo. Assim, é possível representar também
valores de seno e cosseno.
O centro desse círculo está sobre o ponto O = (0,0) do plano
cartesiano e, como o raio dele é 1, podemos calcular
seu comprimento da seguinte maneira:
C = 2·π·r
C = 2·π·1
C = 2·π
A ideia de volta
A ideia de volta está presente nos círculos trigonométricos. Como o
comprimento da circunferência é 2·π, podemos dizer que uma volta
completa nesses círculos tem essa medida. Repare apenas que o ângulo
formado por essa volta mede 360°. Dessa maneira, o número 2·π
relaciona-se com o ângulo 360°.
Assumindo que essas voltas sejam feitas no sentido anti-horário, vamos
calcular o valor numérico e o ângulo correspondente à meia-volta:
C = 2·π = π
2      2       
Portanto, meia-volta é igual a π. O ângulo gerado por meia-volta é 180°,
pois é metade de 360°.

Qualquer número real pode ser representado em um círculo


trigonométrico. O comum, entretanto, é usar os números que vão de 0 a
2·π e os ângulos referentes a esse intervalo. A figura a seguir mostra a
localização dos pontos correspondentes aos ângulos 0°, 90°, 180°, 270°
e 360° e os números reais, em função de π, relacionados.
Quadrantes
Os ângulos presentes na figura acima marcam posições muito
importantes no círculotrigonométrico: os chamados quadrantes. Eles são
definidos no sentido anti-horário. Na figura a seguir, observe os quatro
quadrantes e sua localização no círculotrigonométrico.

Em cada um desses quadrantes pode ser encontrado um intervalo de


números reais em função de π em que cada valor está relacionado a
um ângulo. Veja:
 Quadrante I: contém os números reais que vão de 0 até π/2 e os
ângulos entre 0° e 90°.
Redução ao primeiro quadrante no ciclo
trigonométrico
MATEMÁTICA
A redução ao primeiro quadrante permite trabalhar as funções trigonométricas
em ângulos localizados em todo o ciclo trigonométrico.



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 8

Aprend
a a reduzir um ângulo ao primeiro quadrante dentro do ciclo
trigonométric

uando estamos trabalhando com Trigonometria e deparamo-nos com


um ângulo que não se encontra no primeiro quadrante, sempre
podemos reduzi-lo de forma a encontrar o ângulo correspondente a
esse que esteja justamente no 1° quadrante. Isso é possível graças
à simetria presente no ciclo trigonométrico. Mas precisamos nos
atentar para o que ocorre com os sinais das funções trigonométricas
em cada quadrante. Vejamos a seguir algumas formas de trabalhar a
mudança de quadrante no ciclo trigonométrico.
Redução ao Primeiro Quadrante
Na figura a seguir, considere o ângulo x, destacado em vermelho no
primeiro quadrante. Nós podemos encontrar os ângulos que são
correspondentes a x nos demais quadrantes. A distância desses
ângulos a x é sempre um valor múltiplo de 90°, de modo que
o módulo das funções trigonométricas desses ângulos não se altera.

Método prático para redução ao primeiro quadrante


Se o ângulo com o qual estamos trabalhando for y e ele estiver
no segundo quadrante, seu correspondente no 1° quadrante será o
ângulo x tal que π – x = y ou 180° – x = y.
Exemplo 1:
Considere o ângulo 150°. Para reduzi-lo ao 1° quadrante, teremos o
seguinte:
180° – x = 150°
x = 30°
Analogamente, se o ângulo y pertencer ao terceiro quadrante, seu
correspondente x no primeiro quadrante será dado por x + π =
y ou 180° + x = y.

Exemplo 2:
Considere o ângulo 4π/3, seu correspondente será:
x + π = 4π
            3
x = 4π – π
3
x = π
     3
Por fim, se o ângulo analisado y pertencer ao quarto quadrante, o
ângulo x correspondente a ele no primeiro quadrante será dado por 2π
– x = y ou 360° – x = y.
Exemplo 3:
Considere o ângulo 300°, reduzindo-o ao primeiro quadrante, teremos:
360° – x = 300°
x = 60°
Vale lembrar que os ângulos correspondentes possuem valores
parecidos de seno, cosseno e tangente, e a distinção ocorre pelo sinal.
No primeiro quadrante, os valores de seno, cosseno e tangente são
positivos. No segundo quadrante, o seno é positivo, enquanto o
cosseno e a tangente são negativos. No terceiro quadrante, seno e
cosseno são negativos, enquanto a tangente é positiva. No quarto
quadrante, seno e tangente são negativos, e o cosseno é positivo.
Podemos ver a distinção entre os sinais na imagem a seguir:

Confira os sinais das funções trigonométricas de acordo com o quadrante

EXERCÍCIOS SOBRE REDUÇÃO AO


PRIMEIRO QUADRANTE
Reduza ao 1° quadrante o ângulo de 150°.
Questão 1
Seja x o correspondente, no primeiro quadrante, do ângulo de 150°, que está no
2° quadrante. Para reduzi-lo ao primeiro quadrante do ciclo trigonométrico,
faremos:

180° – x = 150°
– x = 150° – 180°
– x = – 30°
x = 30°

Portanto, o ângulo de 30° é correspondente a 150°.

QUESTÃO 2
Reduza ao 1° quadrante o ângulo de 310°.

Questão 2
Chamemos de x o ângulo do primeiro quadrante que é correspondente a 310°, um
ângulo situado no 4° quadrante.

360° – x = 310°
– x = 310° – 360°
– x = – 50°
x = 50°

O ângulo de 50° é o correspondente de 310° no primeiro quadrante.

QUESTÃO 3
Reduza ao 1° quadrante o ângulo de 4π/3.

Questão 3
Vamos chamar de x o ângulo do primeiro quadrante que é correspondente a 4π/3,
um ângulo do 3° quadrante.

π + x = 4π
      3

x = 4π – π
3

x = 4π – 3π
   3
x = π
     3

Logo, o ângulo de π/3 é o correspondente de 4π/3 no primeiro quadrante.

Relações Trigonométricas

As relações trigonométricas são relações entre valores das funções trigonométricas de


um mesmo arco. Essas relações também são chamadas de identidades trigonométricas.
Inicialmente a trigonometria tinha como objetivo o cálculo das medidas dos lados e
ângulos dos triângulos.
Nesse contexto, as razões trigonométricas sen θ , cos θ e tg θ são definidas como
relações entre os lados de um triângulo retângulo.
Dado um triângulo retângulo ABC com um ângulo agudo θ, conforme figura abaixo:

Definimos as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente em relação ao ângulo θ,


como:

Sendo,
a: hipotenusa, ou seja, lado oposto ao ângulo de 90º
b: cateto oposto ao ângulo θ
c: cateto adjacente ao ângulo θ
Para saber mais, leia também Lei dos Cossenos e Lei dos Senos
Relações fundamentais
A trigonometria ao longo dos anos foi se tornando mais abrangente, não se restringindo
apenas aos estudos dos triângulos.
Dentro deste novo contexto, define-se o círculo unitário, também chamado de
circunferência trigonométrica. Ele é utilizado para estudar as funções trigonométricas.
Circunferência trigonométrica
A circunferência trigonométrica é uma circunferência orientada de raio igual a 1
unidade de comprimento. Associamos a ela um sistema de coordenadas cartesianas.

Os eixos cartesianos dividem a circunferência em 4 partes, chamadas de quadrantes. O


sentido positivo é anti-horário, conforme figura abaixo:

Usando a circunferência trigonométrica, as razões que a princípio foram definidas para


ângulos agudos (menores que 90º), passam a ser definidas para arcos maiores de 90º.
Para isso, associamos um ponto P, cuja abscissa é o cosseno de θ e cuja ordenada é o
seno de θ.
Como todos os pontos da circunferência trigonométrica estão a uma distância de 1
unidade da origem, podemos usar o teorema de Pitágoras. O que resulta na seguinte
relação trigonométrica fundamental:

Podemos definir ainda a tg x, de um arco de medida x, no círculo trigonométrico como


sendo:

Outras relações fundamentais:


 Cotangente do arco de medida x

 Secante do arco de medida x.

 Cossecante do arco de medida x.

Relações trigonométricas derivadas


Partido das relações apresentadas, podemos encontrar outras relações. Abaixo,
mostramos duas importantes relações decorrentes das relações fundamentais.
Relações trigonométricas, também conhecidas como identidades
trigonométricas, são funções trigonométricas relacionadas entre os
lados e o ângulo de um triângulo retângulo.

As funções seno e cosseno de um ângulo são as funções


trigonométricas básicas e as mais conhecidas, através destas
funções é possível chegar nas outras funções
trigonométricas: tangente (tg), cotangente (cot), secante
(sec)e cossecante (csc).

Exemplo:

Seja o triângulo ABC abaixo, em que θ representa o ângulo:

Veja como podemos representar as relações trigonométricas a


partir das funções seno, cosseno e tangente.

 A função seno é representado como sen(θ).


 A função cosseno é representado por cos(θ).
 A função tangente é representada por tan(θ)

Essas funções são definidas pela razão entre os lados do triângulo


e o ângulo θ. Assim:

 sen(θ) = b/a
 cos(θ) = c/a
 tan(θ) = b/c

Onde:

 a é a hipotenusa;
 b é o cateto oposto;
 c é o cateto adjacente ao ângulo θ.

Essas funções também são chamadas de razões trigonométricas. A


partir dessas razões podemos definir outras funções que são
importantes na trigonometria: cotangente (cot), secante
(sec) e cossecante (csc).

A tangente também pode ser representada como:

A cotangente é o inverso da tangente, logo:

A secante é o inverso do cosseno:

A cossecante é o inverso do seno:

Perceba que encontramos as outras funções apenas conhecendo as


funções senoe cosseno. Dessa forma, a tangente é o seno sobre
o cosseno do ângulo; a cotangente é o inverso da tangente, ou
seja, o cosseno sobre o seno do ângulo; a secante é o inverso
do cosseno do ângulo; e a cossecante é o inverso do senodo
ângulo.
Relações trigonométricas derivadas
Tendo conhecimento das relações trigonométricas básicas
apresentadas no exemplo anterior, podemos derivar outras
relações trigonométricas.

Exemplo:

Seja a relação fundamental sen²(θ) + cos²(θ) = 1

1. Se dividirmos toda a função por cos²(θ) temos:

Sabe-se, porém, pelo exemplo acima, que

é a tangente ao quadrado e

é a secante ao quadrado.

Assim, temos que:

tan²(θ) + 1 = sec²(θ) ou sec²(θ) = 1 + tan²(θ)

2. Se dividirmos por sen²(θ) temos:
Sabemos que

é a cotangente ao quadrado e

é a cossecante ao quadrado.

Substituindo, temos:

1 + cot²(θ) = csc²(θ) ou csc²(θ) = 1 + cot²(θ)


Cálculo das razões trigonométricas
As situações que envolvem razões trigonométricas surgem através de
situações problemas e estão constantemente relacionadas a um triângulo
retângulo. Os métodos resolutivos envolvendo modelos trigonométricos
exigem os conhecimentos relacionados às razões trigonométricas, sendo
utilizadas as relações seno, cosseno e tangente. Observe alguns
exemplos:

Sabendo que sen 28° = 0,46; cos 28º = 0,88 e tg 28° = 0,53, calcule o
valor de x nos exemplos a seguir:

Exemplo 1
A figura representa um triângulo retângulo. Com relação ao ângulo de
28°, o lado x é o cateto adjacente e a hipotenusa mede 8 cm. Nesse
caso, para descobrir o valor de x, basta aplicar a fórmula do cosseno.

cos28º = x / 8

0,88 = x / 8

x = 0,88 * 8

x = 7,04 cm

Exemplo 2

Nesse caso, o lado de medida x é considerado o cateto oposto em


relação ao ângulo de 28°, e o lado de medida 20 m é considerado o
cateto adjacente. Como não foi fornecido o valor da hipotenusa,
podemos utilizar o cálculo da tg de 28º para encontrar o valor de x.
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tg 28º = x / 20

0,53 = x / 20

x = 0,53 * 20

x = 10,6 m
Exemplo 3

O lado desconhecido é oposto ao ângulo de 28º, dessa forma


aplicaremos o cálculo do seno para descobrir a medida de x.

sen 28º = x / 30

0,46 = x / 30

x = 0,46 * 30

x = 13,8 cm

Os cálculos acima demonstrados possuem a finalidade de encontrar as


medidas desconhecidas relacionando medidas de ângulos com medidas
de comprimento, sempre buscando o auxílio das relações
trigonométricas existentes. Nos modelos cotidianos, em que a
representação geométrica sugere a figura de um triângulo retângulo,
também devem ser usadas as definições e propriedades das relações
trigonométricas na busca por resultados.
Identidade Trigonométrica

Quando estudamos as funções trigonométricas que pertencem a um mesmo


arco, devemos usar algumas relações trigonométricas fundamentais. Estas, por
sua vez, acabam originando outras expressões que serão importantes nos casos
que envolvem as funções de um mesmo arco.

Fundamentais

Originadas

As originadas são:

O que são?

Chamamos pelo nome de identidades trigonométricas as equações que


envolve funções trigonométricas, desde que sejam verdadeiras para todos os
valores das variáveis envolvidas. São utilizadas para simplificar expressões
envolvendo funções trigonométricas.

Estas configuram-se como igualdades de funções trigonométricas, desde que


ambos os lados da igualdade sejam válidos no domínio das funções que são
envolvidas.

Um exemplo de identidade trigonométrica são as relações trigonométricas e as


relações derivadas.
Como resolver?

Normalmente, as identidades trigonométricas são resolvidas por meio da


demonstração e das relações trigonométricas conhecidas.

Ao desenvolvermos dois lados da equação trigonométrica, podemos realizar


essa demonstração chegando a um mesmo valor nos dois lados. Outra forma é
trabalhar somente um lado chegando ao que indica o outro lado da igualdade.

Ficou um pouco confuso? Confira um exemplo abaixo para entender melhor.

Tg² (x) . (cos (x) – sen (x)) = sen (x) . (tg(x) – tg² (x))

A primeira expressão, tg² (x) . (cos (x) – sen (x)), será chamada de f(x),
enquanto a segunda sen (x) . (tg (x) – tg² (x)) será chamada de g(x).

f(x) = tg² (x) . (cos (x) – sen (x))

f(x) = tg² (x). cos (x) – tg² (x). sen (x)

A partir disso, podemos substituir a tg² (x) pelo quociente sem² (x) : cos² (x),
conforme demonstrado abaixo.

Com a simplificação, chegamos:

Chegamos, finalmente, à: f(x) = sen (x) . tg (x) – tg² (x) . sen (x) que, quando
colocado o termo sen (x) em evidência, fica: f(x) = sen (x) . (tg(x) – tg² (x))

Aí, finalmente, chegamos ao que dissemos no início. g(x) = sen (x) . (tg(x) –
tg² (x)) e, portanto, podemos concluir que f(x) = g(x).

Com isso, chegamos à conclusão de que a identidade, neste caso, é verdadeira.


Introdução
Equações trigonométricas
Para que exista uma equação qualquer é preciso que tenha pelo menos
uma incógnita e uma igualdade. 

Agora, para ser uma equação trigonométrica é preciso que, além de ter
essas características gerais, é preciso que a função trigonométrica seja
a função de uma incógnita. 

sen x = cos 2x 


sen 2x – cos 4x = 0 
4 . sen3 x – 3 . sen x = 0 

São exemplos de equações trigonométricas, pois a incógnita pertence


à função trigonométrica. 

x2 + sen 30° . (x + 1) = 15 


Esse é um exemplo de equação do segundo grau e não de uma
equação trigonométrica, pois a incógnita não pertence à função
trigonométrica. 

Grande parte das equações trigonométricas é escrita na forma de


equações trigonométricas elementares ou equações trigonométricas
fundamentais, representadas da seguinte forma: 

sen x = sen a 

cos x = cos a 

tg x = tag a 

Cada uma dessas equações acima possui um tipo de solução, ou seja,


de um conjunto de valores que a incógnita deverá assumir em cada
equação.
Quando encontramos função trigonométrica da incógnita ou função
trigonométrica de alguma função da incógnita em pelo menos um dos
membros de uma equação, dizemos que esta equação é trigonométrica.
Exemplos

1) sen x + cos x =   e sen 2x = cos2 x  sãoequações trigonométricas.

2) x + ( tg 30º) . x2  e x + sen 60º =   não são equações trigonométricas.

Dizemos que r é uma raiz ou solução da equação trigonométrica f(x) = g(x)


se r for elemento do domínio de f e g e se f(r) = g(r) for verdadeira.

Na equação sen x - sen  =0, por exemplo, os números   são

algumas de suas raízes e os números    não o são.

O conjunto S de todas as raízes da equação é o seu conjunto


solução ou conjunto verdade. Quase todas as equações trigonométricas,
quando convenientemente tratadas e transformadas, podem ser reduzidas a
pelo menos uma das três equações seguintes:

sen x = sen a

cos x = cos a

tg x = tg a

Estas são as equações trigonométricas elementares ou equações


trigonométricas fundamentais.

No estudo das funções trigonométricas pertencentes a um mesmo arco,


utilizamos as seguintes relações trigonométricas fundamentais:
As relações trigonométricas fundamentais originam outras expressões,
que são importantes e aplicáveis nos casos envolvendo funções de um
mesmo arco. Veja as relações decorrentes das fundamentais:

Toda igualdade verificável envolvendo funções trigonométricas é


denominada identidade trigonométrica. Observe as seguintes
demonstrações: 
Exemplo 1

Exemplo 2

Exemplo 3
Exemplo 4

Equação da Reta
Equação reduzida da reta: y=mx+n
Autor:
Tópicos de Geometria 2015/1
Desde suas origens, a geometria analítica é um campo privilegiado para as conexões
entre a álgebra e a geometria. É sabido que a escolha de um sistema de coordenadas
permite que se estabeleça uma estreita relação entre, de um lado, figuras geométricas e,
de outro, equações (ou inequações) envolvendo as coordenadas dos pontos. Na
geometria analítica,tanto se resolvem problemas geométricos recorrendo a métodos
algébricos, quanto se atribui significado geométrico a fatos algébricos. Também nesse
momento, o recurso aos gráficos cartesianos permite importantes conexões entre objetos
matemáticos distintos e inter-relacionados: função, equação e figura geométrica. É
indispensável que o aluno compreenda, por exemplo, que a reta que ele encontra na
geometria analítica não é um objeto matemático distinto do gráfico de uma função de 1º
grau.   Uma equação reduzida da reta respeita a lei de formação dada por y = mx + n,
onde x e y são os pontos pertencentes à reta.   - m é o coeficiente angular da reta - c o
coeficiente linear.   Essa forma reduzida da equação da reta expressa uma função entre x
e y, isto é, as duas variáveis possuem uma relação de dependência. No caso dessa
expressão, ao atribuirmos valores a x (eixo das abscissas), obtemos valores para y (eixo
das ordenadas). No caso de funções matemáticas do 1º grau, estamos relacionando o
domínio (x) de uma função com sua imagem (y). Outra característica desse modelo de
representação é quanto ao valor do coeficiente angular e linear.  O coeficiente angular
(m)representa a inclinação da reta em relação ao eixo das abscissas (x) e o coeficiente
linear (n) representa o valor numérico por onde a reta passa no eixo das ordenadas (y).
Considere ax + by + c = 0 como sendo a equação geral de uma reta não vertical.
Isolando y na equação geral obtemos: Fazendo Teremos: y =mx + n → que é a equação
reduzida da reta. m = tgα,em que α é o ângulo formado entre a reta e o eixo x. m é
chamado de coeficiente angular da reta ou declividade da reta. É o ponto onde a reta
corta o eixo x. n é chamado de coeficiente linear da reta e é o ponto onde a reta corta o
eixo y.  

Podemos representar uma reta no plano cartesiano por meio da condição geométrica ou
por uma equação matemática. Em relação à equação matemática, a reta pode ser escrita
nas seguintes formas: reduzida, segmentária, geral ou paramétrica. Vamos abordar a
representação de uma equação reduzida de reta,demonstrando três possíveis situações.
Vamos construir a equação reduzida de uma reta de acordo com os pontos P(2, 7) e Q(–
1, –5) pertencentes à reta. Para determinar essa equação há duas maneiras, observe: 1º
maneira Calcular o coeficienteangular (m) através da fórmula Determinar o
coeficienteangular da reta. m =(y2 – y1) / (x2 – x1) m =(–5 – 7) / (–1 – 2) m =–12 / –3 m =
4 De acordo com o ponto P(2,7), temos: y – y1 = m * (x – x1)  y – 7= 4 * (x – 2) y – 7=
4x – 8 y =4x – 8 + 7 y =4x – 1   2ª maneira Resolver o sistema de equaçãoformado
pelos pontos P e Q Temosque a lei de formação de uma equação reduzida da reta é
dada por y = mx + n. Considerando que ela passapor P(2, 7) e Q(–1, –5), temos: Nesse
caso, os valores dos coeficientes angular (a) e linear(b) serão calculados por um sistema
de equações. Veja: P(2, 7) 7 = m* 2 + n 7 =2m + n 2m + n = 7 Q(–1, –5) –5 =m * (–1)
+ n –5 =–m + n –m + n = –5   Resolvendo o sistema, 2m + n = 7 –m + n = –5
determinamos o coeficiente angular m=4 e o coeficiente linear n=1.   Portanto, a
equação reduzida da reta y = mx + n que passapelos pontos P(2, 7) e Q(–1, –5),
corresponde à expressão y = 4x – 1.
Equação fundamental da reta
Podemos representar uma reta r do plano cartesiano por meio de uma equação. Essa
equação pode ser obtida a partir de um ponto A(xA, yA) e do coeficiente angular m dessa
reta.

Considere uma reta r não-vertical, de coeficiente angular m, que passa pelo ponto A(xA,
yA). Vamos obter a equação dessa reta, tomando um ponto P(x, y) tal que P ≠ A.

A equação fundamental da reta é:

m=y−yAx−xA→y−yA=m(x−xA)
Equação geral da reta
Toda reta r do plano cartesiano pode ser expressa por uma equação
do tipo:

ax+by+c=0
Em que:
• a, b, e c são números reais;
• a e b não são simultaneamente nulos.

Podemos obter a equação geral de uma reta r conhecendo dois


pontos não coincidentes de r:

A(xa,ya) e B(xb,yb)
Para isso, usa-se a condição de alinhamento de A e B com um ponto
genérico P(x,y) de r.
Equação reduzida da reta
Vamos determinar a equação da reta r que passa por Q(0,q), e tem
coeficiente angular m = tg(α):

y−q=m(x−0)
y−q=mx
y=mx+q

Toda equação na forma y = mx + q é chamada equação reduzida


da reta, em que m é o coeficiente angular e q a ordenada do ponto n
qual a reta cruza o eixo Oy. A equação reduzida pode ser obtida
diretamente da equação geral ax + by + c = 0:

ax+by+c=0→by=−ax−c
Onde:

y=−abx−cb
x=−ab
q=−cb

Equação segmentária da reta


Considere uma reta r que cruza os eixos cartesianos nos pontos (0,
q) e (p, 0).
Vamos escrever a equação da reta r:

Dividindo essa equação por pq, obtemos a equação segmentária da


reta:

xp+yq=1

A equação da reta pode ser determinada representando-a no plano cartesiano (x,y).


Conhecendo as coordenadas de dois pontos distintos pertencentes a reta podemos
determinar sua equação.
Também é possível definir uma equação da reta a partir de sua inclinação e das
coordenadas de um ponto que lhe pertença.
Equação geral da reta
Dois pontos definem uma reta. Desta forma, podemos encontrar a equação geral da reta
fazendo o alinhamento de dois pontos com um ponto (x,y) genérico da reta.
Sejam os pontos A(xa,ya) e B(xb,yb), não coincidentes e pertencentes ao plano cartesiano.
Três pontos estão alinhados quando o determinante da matriz associada a esses pontos é
igual a zero. Assim devemos calcular o determinante da seguinte matriz:

Desenvolvendo o determinante encontramos a seguinte equação:


(ya - yb) x + (xa - xb) y + xayb - xb - ya = 0
Vamos chamar:
a = (ya - yb)
b = (xa - xb)
c = xayb - xb - ya
A equação geral da reta é definida como:
ax + by + c = 0
Onde a, b e c são constantes e a e b não podem ser simultaneamente nulos.
Exemplo
Encontre uma equação geral da reta que passa pelos pontos A(-1, 8) e B(-5, -1).
Primeiro devemos escrever a condição de alinhamento de três pontos, definindo o
matriz associada aos pontos dados e a um ponto genérico P(x,y) pertencente a reta.

Desenvolvendo o determinante, encontramos:


(8+1)x + (1-5)y + 40 + 1 = 0
A equação geral da reta que passa pelos pontos A(-1,8) e B(-5,-1) é:
9x - 4y + 41 = 0

O que é o declive de uma reta?

O declive mede a inclinação de uma reta face ao eixo das abcissas (eixo

do xx). Para calculares o seu valor basta escolher dois pontos, cujas
coordenadas conheças, A(x1,y1)A(x1,y1) e B(x2,y2)B(x2,y2) e utilizar a
seguinte fórmula m=y1−y2x1−x2m=y1-y2x1-x2.
Por exemplo, utilizando os pontos, A(5,7)A(5,7) e B(3,5)B(3,5), faz-se o
cálculo e obtêm-se m=7−55−3⇔m=22⇔m=1m=7-55-3⇔m=22⇔m=1.
Se pretenderes saber mais, consulta esta outra página para ficar a conhecer
outros métodos para calcular o declive da reta.

O declive é utilizado para medir a inclinação da reta em relação ao eixo das

abcissas (eixo do xx). Por exemplo, uma reta com declive 2, em linguagem
corrente pode ser explicado da seguinte forma: por cada duas unidades que a
reta "sobe" na vertical, ela "avança" uma unidade na horizontal.
Existem várias formas de determinarmos o valor desse declive:

 Se conhecermos a equação da reta, y=mx+by=mx+b, então o valor do


declive é mm. Por exemplo, na equação y=3x+1y=3x+1 o declive desta reta
é 33.

 Se nos forem dados dois pontos por onde a reta passa, podemos utilizar a
seguinte fórmula: m=y1−y2x1−x2m=y1-y2x1-x2 . Por exemplo, uma reta
que passe pelos pontos A(4,7)A(4,7) e B(2,3)B(2,3) o seu declive pode ser
calculado fazendo a seguinte
operação: m=7−34−2⇔m=42⇔m=2m=7-34-2⇔m=42⇔m=2 . Diz-se
então que tem declive 2.
 Pode ainda ser calculado, se conhecermos o menor ângulo positivo que a reta
faz com o eixo das abcissas. Basta para isso utilizar a fórmula m=tgαm=tgα.
Por exemplo, se o ângulo for 45º então m=tg(45º)⇔m=1m=tg(45º)⇔m=1.
Possui assim declive 1.

 Por fim, pode ainda ser obtido se conhecermos o vetor diretor da reta, através
da seguinte relação: m=u2u1m=u2u1. Por exemplo, se o vetor de uma reta
tiver as seguintes coordenadas u→=(2,8)u→=(2,8) então o declive calcula-
se fazendo m=82⇔m=4m=82⇔m=4.

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Números complexos
Os números complexos formam um conjunto numérico que é mais
abrangente que os números reais. Eles surgiram após inúmeros
estudos, sobretudo após tentativas de se resolver equações do
segundo e do terceiro grau. Nessa época, os matemáticos se
depararam raízes quadradas de números negativos, que não podem
ser expressas no conjunto dos números reais. Assim, os matemáticos
passaram a denotar essas raízes usando a letra “i”. A base principal
foi adotar i=−1−−−√.
Definição
Quando vamos solucionar equações do tipo x2+1=0, nos deparamos
com x=±−1−−−√. Como não existe raiz quadrada de número
negativo no conjunto dos números reais, convencionou-se utilizar a
notação i2=−1 para representar esse número negativo. Com isso, o
resultado da equação anterior seria x=±i. Esse número “i” é
conhecido como unidade imaginária.
Assim, um número complexo, que chamamos de Z, tem a forma

z=a+bi, a,b∈R
Chamamos o número a de parte real, Re(Z) = a, e b de parte
imaginária, Im(Z) = b. Esta notação é chamada de forma algébrica.

Adição de números complexos


A adição de números complexos é realizada através da adição dos
termos semelhantes, ou seja, somamos as partes reais de cada
número e depois as partes imaginárias. Sejam z1 e z2 dois números
complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di.
Definiremos a adição de z1 e z2 da seguinte forma:
z1+z2=(a+bi)+(c+di)
z1+z2=(a+c)+(b+d)i
Exemplo:

Se z1=3+2i e z2=5−3i a soma será:


z1+z2=(3+5)+(2−3)i
z1+z2=8−i

Subtração de números complexos


A subtração de números complexos é análoga à adição. Calculamos a
diferença entre as partes reais de cada número e depois as partes
imaginárias.

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais


que: z1=a+bi e z2=c+di.
Definiremos a subtração de z1 e z2 da seguinte forma:
z1−z2=(a+bi)−(c+di)
z1−z2=(a−c)+(b−d)i
Exemplo:
Se z1=7+10i e z2=3+6i a diferença será:
z1−z2=(7−3)+(10−6)i
z1−z2=4−4i

Multiplicação de números complexos


Para multiplicar números complexos utilizamos o mesmo método
adotado na expansão de um produto notável, multiplicando cada
termo do primeiro fator por todos os membros do segundo fator.
Assim:

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais


que: z1=a+bi e z2=c+di.
Definiremos a multiplicação de z1 e z2 da seguinte forma:
z1⋅z2=(a+bi)⋅(c+di)
z1⋅z2=(ac−bd)+(ad+bc)i
Exemplo:

Se z1=2+5i e z2=1+3i o produto será:


z1⋅z2=(2+5i)+(1+3i)
z1⋅z2=2⋅1+2⋅3i+5i⋅1+5i⋅3i
z1⋅z2=2+6i+5i+15i2
z1⋅z2=2+6i+5i+15⋅(−1)
z1⋅z2=2+6i+5i−15
z1⋅z2=(2−15)+(6+5)i
z1⋅z2=−13+11i

Divisão de números complexos


Para dividir números complexos multiplicamos o dividendo e o divisor
pelo conjugado do divisor. O conjugado de um número
complexo z1=a+bi será z1=a−bi.
Sempre que multiplicamos um número complexo pelo seu conjugado,
o denominador será um número real.

Sejam z1 e z2 dois números complexos, tais que: z1=a+bi e z2=c+di


Definiremos a divisão de z1 e z2 da seguinte forma:

z1z2=a+bic+di⋅c−dic−di
z1z2=(a+bi)⋅(c−di)c2−(di)2
z1z2=(ac−bd)+(ad+bc)ic2+d2=ac−bdc2+d2+ad+bcc2+d2i
Exemplo

Se z1=1+2i e z2=2+3i a divisão será:

z1z2=1+2i2+3i⋅2−3i2−3i
z1z2=(1+2i)⋅(2−3i)22−(3i)2
z1z2=8−i4+9=8−i13=813−113i

Argumento e módulo de um número


complexo
Podemos representar um número complexo em um sistema de
coordenadas. Esse sistema de coordenadas é chamado de Plano de
Argand-Gauss. É composto por dois segmentos de reta
perpendiculares. O segmento horizontal comporta as partes reais dos
números complexos e o segmento vertical, as partes imaginárias.
Como exemplo, observe como será representado o número
complexo z=a+bi no Plano de Argand-Gauss:

O segmento de reta OZ é chamado de módulo do número complexo,


representado por |z|. Na figura abaixo, o ângulo entre o eixo Ox e o
segmento OZ é chamado de argumento de Z, representado por θ.
Argumento de Z
No Triângulo retângulo formado pelos vértices OâZ, temos que:

sen(θ)=b|z|
cos(θ)=a|z|
Sendo θ o argumento de Z.
Para encontrar o argumento de Z, podemos utilizar θ=arcsen(b|
z|) ou θ=arcos(a|z|).

Módulo de Z
Aplicando o teorema de Pitágoras teremos:

(|z|)2=a2+b2
Então:

|z|=a2+b2−−−−−−√

Números complexos
Vamos considerar a equação x² - 2x + 5 = 0:
Sabemos que o número   não pertence ao conjunto dos números reais,
pois não existe nenhum número que elevado ao quadrado resulte em -1. Para
que a equação acima tenha solução, temos que estender o conjunto dos
números reais para obter um novo conjunto, chamado de conjunto dos
números complexos e representado por  .
O número   foi denominado unidade imaginária e criou-se o número i, de
modo que:

i² = -1

Logo,

i = 

Portanto, as soluções da equação x² - 2x + 5 = 0 em   são 1 - 2i e 1 + 2i.

Forma algébrica de um número complexo


Todo número complexo z pode ser escrito na forma:

z =  a + bi, com a, b 

Essa forma é chamada forma algébrica do número complexo. Observe que um


número complexo nesse formato tem duas partes:

Indicamos: 
Re(z) = a
Im(z) = b

Exemplos

 z =  3 + 5i             Re(z) = 3 e Im(z) = 5


 z = -7 +18i            Re(z) = -7 e Im(z) = 18
 z = 53 – 25i          Re(z) = 53 e Im(z) = -25

 Se a parte real do número complexo é nula, então o número é imaginário


puro.
Exemplo: z = 3i    Re(z) = 0 e Im(z) = 3

Exemplo

Determine o valor de k para que o número complexo z = (k – 4) +3i seja


imaginário puro:

Resolução
Para que o número seja imaginário puro, a parte real deve ser nula:

k – 4 = 0   k = 4

 Se a parte imaginária do número complexo é nula, então o número é real.

Exemplo: z = 10   Re(z) = 10 e Im(z) = 0

Exemplo

Determine o valor de k para que o número complexo z = 3+(k² – 4)i seja um


número real:

Resolução
Para que o número seja real, a parte imaginária deve ser nula:

k² – 4 = 0   k² = 4   k = -2 ou k = 2

Podemos associar  qualquer número complexo z = a +bi a um ponto no plano


de Argand-Gauss. No eixo das abscissas (eixo real,) representa-se a parte real,
e, no eixo das ordenadas (eixo imaginário), a parte imáginária do número
complexo. O ponto P é o afixoou imagem geométrica de z.

Exemplo

Represente no plano de Argand-Gauss os números complexos:


Resolução 
Cada complexo será um ponto no plano cuja abscissa é a parte real e a
ordenada é a parte imaginária:

Note que os números reais estão localizados sobre o eixo real, assim como os
números imaginários puros estão sobre o eixo imaginário.

Operações de Números Complexos na Forma


Trigonométrica
Considere dois números complexos quaisquer:

1. Multiplicação
O produto de z1 por z2 será dado por:

Observe que o número complexo resultante é tal que:

Seu módulo é igual ao produto dos módulos de z1 e z2 e seu argumento
é igual à soma dos argumentos de z1 e z2.
Importante: Esse procedimento pode ser generalizado para a
multiplicação de n números complexos:

2. Divisão 
O quociente entre z1 e z2 será dado por:

abemos que número complexo é um par ordenado de números


reais z = (a, b). Todo número complexo do tipo z = (a, b) pode ser
escrito na forma normal ou algébrica: z = a + bi. Representando
esse número complexo no plano de Argand-Gauss e utilizando
alguns recursos da trigonometria e o teorema de Pitágoras,
podemos escrevê-lo na forma trigonométrica: z = |z|(cos θ + i.sen
θ).

A forma trigonométrica é muito útil na realização das operações


de multiplicação e divisão envolvendo números complexos, em
razão da sua praticidade nos cálculos.

Multiplicação na forma trigonométrica.

Considere dois números complexos quaisquer, escritos na forma


trigonométrica:

z1 = |z1 |∙(cosθ + i∙sen θ)   e  z2 = |z2 |(cos α+i∙sen α)

O produto entre z1 e z2 pode ser feito da seguinte forma:

z1 ∙ z2 = |z1 |∙|z2 |∙[cos(θ+α) +i∙sen (θ+α) ]

Tal fato é garantido pelas relações:

sen(θ + α) = senθ ∙ cosα + senα∙cosθ


cos(θ + α) = cosθ ∙ cosα - senθ∙senα

Exemplo 1: Dados os números complexos z1 = 6∙(cos30o + i∙sen


30o) e z2 = 3∙(cos15o + i∙sen 15o), calcule o valor de z1 ∙ z2.

Solução: Utilizando a fórmula da multiplicação de números


complexos na forma trigonométrica, temos que:

z1 ∙ z2 = 6∙3∙[cos(30o + 15o )+i∙sen (30o + 15o )]

z1 ∙ z2 = 18∙(cos45o + i∙sen 45o )


 Solução: Utilizando a fórmula da multiplicação, obtemos:

Divisão na forma trigonométrica

Para realizar a divisão na forma trigonométrica também existe


uma fórmula que facilita os cálculos.

Sejam z1 = |z1 |∙(cosθ + i∙sen θ) e z2 = |z2 |(cosα + i∙senα), dois


números complexos quaisquer, o quociente entre z1 e z2 será
dado por:

Exemplo 3: Dados z = 22∙(cos120o + i∙sen 120o) e c =


11∙(cos90o +i∙sen 90o), determine o valor de z/c.

Solução: Pela fórmula da divisão de complexos na forma


trigonométrica, temos que:

Análise Combinatória
A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos
e técnicas que permitem resolver problemas relacionados com contagem.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das
combinações possíveis entre um conjunto de elementos.
Princípio Fundamental da Contagem
O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo,
postula que:
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo
que as possibilidades da primeira etapa é x e as possibilidades da segunda etapa é y,
resulta no número total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) .
(y)”.
Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções
entre as escolhas que lhe são apresentadas.
Exemplo
Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão
incluídos um sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. São oferecidos três opções de
sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a
sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja, cupcake de chocolate, cupcake de
morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas
maneiras um cliente pode escolher o seu lanche?
Solução
Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de
possibilidades, conforme ilustrado abaixo:

Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais
as diferentes possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de
sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.
Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas
relacionados com contagem. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução
muito trabalhosa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas
características. Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e
permutações.
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma
ferramenta muito utilizada em problemas de contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os
seus antecessores. Utilizamos o símbolo ! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo
O! = 1
1! = 1
3! = 3.2.1 = 6
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5 040
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3 628 800

Princípio fundamental da contagem


Determina o número total de possibilidade de um evento ocorrer,
pelo produto de m x n. Sendo n e m resultados distintos de um
evento experimental.

Exemplo: Jeniffer precisa comprar uma saia, a loja em que está


possui 3 modelos de saia diferente nas cores: preto, rosa, azul e
amarelo. Quantas opções de escolha Jeniffer possuí.

Para solucionar essa questão utilizamos o principio fundamental da


contagem.

m = 3 (Modelos diferentes de saia), n = 4 (Cores que a saia possui)

m x n = 3 x 4 = 12

Jeniffer possui 12 possibilidades de escolha.

Fatorial
O fatorial de um número qualquer, e representado pelo produto:

n! = n . (n - 1) . (n - 2) . (n - 3) . ... . 1!

Exemplo: Calcule 4!

n! = n . (n - 1) . (n - 2) . (n - 3) . ... . 1!
4! = 4 . (4 – 1) . (4 – 2) . (4 – 3)
4! = 4 . 3. 2 . 1
4! = 24
Permutação simples
Na permutação os elementos que compõem o agrupamento mudam
de ordem, ou seja, de posição. Determinamos a quantidade possível
de permutação dos elementos de um conjunto, com a seguinte
expressão:

Pn = n!
Pn = n . (n-1) . (n-2) . (n-3).....1!

Exemplo: Em uma eleição para representante de sala de aula, 3


alunos candidataram-se: Vanessa, Caio e Flávia. Quais são os
possíveis resultados dessa eleição?

Vanessa (V), Caio (C), Flávia (F)

Os possíveis resultados dessa eleição podem ser dados com uma


permutação simples, acompanhe:

n = 3 (Quantidade de candidatos concorrendo a representante)

Pn = n!

Pn = 3 . 2 . 1!
Pn = 6

Para a eleição de representante, temos 6 possibilidades de resultado,


em relação a posição dos candidatos, ou seja, 1 º, 2º e 3º lugar. Veja
a seguir os possíveis resultados dessa eleição.

Resultad Resultad Resultad Resultad Resultad Resultad


o1 o2 o3 o4 o5 o6

VCF VFC CVF CFV FCV FVC

Permutação com repetição


Nessa permutação alguns elementos que compõem o evento
experimental são repetidos, quando isso ocorrer devemos aplicar a
seguinte fórmula:

Pn(n1,n2,n3…nk)=n!n1!⋅n2!⋅n3!…nk!

 Pn(n1,n2,n3…nk) = permutação com repetição


 n! = total de elemetos do evento
 n1!⋅n2!⋅n3!…nk! = Elementos repetidos do evento
Exemplo: Quantos anagramas são possíveis formar com a palavra
CASA.

A palavra CASA possui: 4 letras (n) e duas vogais que se repetem


(n1).

 n! = 4!
 n1! = 2!

Pn(n1)=n!n1!
Pn(n1)=4!2!
Pn(n1)=4⋅3⋅2⋅1!2⋅1!
Pn(n1)=242=12
Anagramas da palavra CASA sem repetição

CASA ACSA ASCA ASAC SCAA CSAA

AASC AACS CAAS SAAC SACA ACAS

Arranjo simples
No arranjo simples a localização de cada elemento do conjunto forma
diferentes agrupamentos, devemos levar em consideração, a ordem
de posição do elemento e sua natureza, além disso, devemos saber
que ao mudar os elementos de posição isso causa diferenciação entre
os agrupamentos.

Para saber a quantidade de arranjos possíveis em p agrupamento


com n elementos, devemos utilizar a fórmula a seguir:

An,p=n!(n−p)!
 A = Arranjo
 n = elementos
 p = Agrupamentos

No arranjo a quantidade de agrupamento p, sempre deve ser menor


que n, ou seja:

p≤n
Exemplo: Flávia, Maria, Gustavo e Pedro estão participando de uma
competição em que há premiação para os três primeiros colocados
(1º, 2º e 3º). Quais são as possibilidades de premiação?

 Quantidade de participantes da competição: n = 4


 Quantidade de pessoas em cada agrupamento (premiação): p = 3
An,p=n!(n−p)!
A4,3=4!(4−3)!
A4,3=4⋅3⋅2⋅1!1!
A4,3=241=24
Existem 24 possibilidades de premiação.

Combinação simples
Na combinação simples, em um agrupamento mudamos somente a
ordem dos elementos distintos. Para que isso seja feito podemos
recorrer à utilização da fórmula:

Cn,p=n!p!⋅(n−p)!
 C = Combinação
 n = Elementos.
 p = Agrupamento

Sendo sempre: p≤n
Exemplo: De quantos modos diferentes posso separar 10 bolinhas de
cores distintas, colocando 2 bolinhas em cada saquinhos

Binômio de Newton

O Binômio de Newton refere-se a potência na forma (x + y)n , onde x e y são números


reais e n é um número natural.
O desenvolvimento do binômio de Newton em alguns casos é bastante simples.
Podendo ser feita multiplicando-se diretamente todos os termos.
Contudo, nem sempre é conveniente utilizar esse método, pois de acordo com o
expoente, os cálculos ficarão extremamente trabalhosos.
Exemplo
Represente a forma expandida do binômio (4 + y)3:
Como o expoente do binômio é 3, vamos multiplicar os termos da seguinte forma:
(4 + y) . (4 + y) . (4 + y) = (16 + 8y + y2) . (4 + y) = 64 + 48y + 12y2 + y3
Fórmula do Binômio de Newton
O binômio de Newton é um método simples que permite determinar a enésima potência
de um binômio.
Esse método foi desenvolvido pelo inglês Isaac Newton (1643-1727) e é aplicado em
cálculos de probabilidades e estatísticas.
A fórmula do binômio de Newton podendo ser escrita como:
(x + y)n = Cn0 y0 xn + Cn1 y1 xn - 1+ Cn2 y2 xn - 2 +... + Cnn yn x0
ou

Sendo,
Cnp : número de combinações de n elementos tomados p a p.

n! : fatorial de n. É calculado como n = n (n - 1)(n - 2) . ... . 3 . 2 . 1


p! : fatorial de p

(n - p)! : fatorial de (n - p)
Exemplo
Efetuar o desenvolvimento de (x + y)5:
Primeiro escrevemos a fórmula do binômio de Newton

Agora, devemos calcular os números binomiais para encontrar o coeficiente de todos os


termos.
Considera-se que 0! = 1

Assim, o desenvolvimento do binômio é dado por:


(x + y)5 = x5 + 5x4y + 10 x3y2 + 10x2y3 + 5xy4 + y5
Termo Geral do Binômio de Newton
O termo geral do binômio de Newton é dado por:

Exemplo
Qual é o 5º termo do desenvolvimento de (x + 2)5, de acordo com as potências
decrescentes de x?
Como queremos T5 (5º termo), então 5 = k +1 ⇒ k = 4.
Substituindo os valores no temos geral, temos:
Binômio de Newton e Triângulo de Pascal
O triângulo de Pascal é um triângulo numérico infinito, formado por números
binomiais.
O triângulo é construído colocando-se 1 nos lados. Os demais números são encontrados
somando os dois números imediatamente acima deles.

Número Binomial
Um número binomial, denotado como (np),
com n e p naturais e n≥p é definido como:

(np)=n!(n−p)!⋅p!
Lemos (np) como “n classe p” ou “binomial de n sobre p”. O símbolo
“!” é chamado Fatorial.
Assim como nas frações, n é o numerador e p é o denominador.

Binomiais complementares
Dois números binomiais são ditos complementares quando possuem o
mesmo numerador e a soma de seus denominadores é igual ao
numerador, ou seja, (np) e (nq) são complementares se, e somente
se, p+q=n.
Quando os denominadores são iguais, os binomiais também são
complementares.

Exemplo: (53) e (52) são complementares, pois os numeradores são


iguais a 5 e 3 + 2 = 5.
Relação de Stiffel
A relação de Stiffel diz que a soma de dois números binomiais com o
mesmo numerador e denominadores consecutivos é igual ao número
binomial com uma unidade a mais no numerador e com denominador
igual ao maior dos denominadores daqueles binomiais, ou seja:

(np)+(np+1)=(n+1p+1)
Triângulo de Pascal
Os números binomiais podem ser organizados em uma tabela, de
modo que um número binomial (np)ocupe a linha n e a
coluna p formando, assim, o Triângulo de Pascal.
(00
)
(10 (11
) )
(20 (21 (22
) ) )
(30 (31 (32 (33
) ) ) )
(40 (41 (42 (32 (44
) ) ) ) )

⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
(n0 (n1 (n2 (n3 (n4 (nn
...
) ) ) ) ) )
Cada um dos elementos da coluna 0 é da forma (n0) ou seja, é igual
a 1. O último elemento da última linha é da forma (nn), ou seja,
também é igual a 1. Ao somarmos dois binomiais consecutivos de
uma determinada linha usando a Relação de Stiffel, obtemos o
binomial localizado imediatamente abaixo do segundo binomial. Por
exemplo, (32)+(33)=(43).
Desse modo, podemos montar um Triângulo de Pascal utilizando
essas regras, com o valor de cada binômio já calculado. Assim,
teremos:
1

11

12 1

13 3 1

14 6 4 1

1 5 10 10 5 1

Teorema das Linhas


A soma dos elementos de cada linha de ordem n é igual a 2n.
Linha 0 1 Soma = 1 = 20

Linha 1 1 1 Soma = 2 = 21

Linha 2 1 2 1 Soma = 4 = 22

Linha 3 1 3 3 1 Soma = 8 = 23

Linha 4 1 4 6 4 1 Soma = 16 = 24

Teorema das Colunas


A soma dos números binomiais de determinada coluna, desde o
primeiro elemento (nn) até um elemento qualquer (n+pn) é igual ao
número binomial imediatamente abaixo e à direita deste último, ou
seja, o número binomial (n+p+1n+1).
1

1 1

1 21

1 33 1

1 46 4 1

1 5 10 10 5 1

1 6 15 20 15 6 1

1 7 21 35 35 21 7 1

1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
1 + 4 + 10 + 20 = 35

Teorema das transversais


A soma dos números binomiais de determinada transversal, desde o
elemento (n0) até um elemento qualquer (n+pp), obtemos o número
binomial imediatamente abaixo deste último, ou seja, o número
binomial (n+p+1p).
1

11

12 1

13 3 1

14 6 4 1

1 5 10 10 5 1

1 6 15 20 15 6 1

1 7 21 35 35 21 7 1

1 + 4 + 10 + 20 = 35

Binômio de Newton
Observe o desenvolvimento dos seguintes produtos notáveis.

(a+b)0=1a0b0=1
(a+b)1=1a1b0+1a0b1=a+b
(a+b)2=1a2b0+2a1b1+1a0b2=a2+2ab+b2
(a+b)3=1a3b0+3a2b1+3a1b2+1a0b3=a3+3a2b+3ab2+b3
Os coeficientes resultantes do desenvolvimento desses binômios, que
estão em vermelho, são os números binomiais que aparecem no
Triângulo de Pascal.

11

121

1331

Cada termo do desenvolvimento do produto notável (a+b)n se


associa com o desenvolvimento de um binomial no triângulo de
pascal.
Vamos reescrever o desenvolvimento acima usando binomiais,
colocando expoentes decrescentes para a e expoentes crescentes
para b.

(a+b)0=(00)a0b0=1
(a+b)1=(10)a1b0+(11)a0b1=a+b
(a+b)2=(20)a2b0+(21)a1b1+(22)a0b2=a2+2ab+b2
(a+b)3=(30)a3b0+(31)a2b1+(32)a1b2+(33)a0b3=a3+3a2b+3ab2+b3
Generalizando, o desenvolvimento de um produto
notável (a+b)n será:
(a+b)n=(n0)anb0+(n1)an−1b1+(n2)an−1b2+...+(nn−1)a1bn−1+(nn)a0bn
Podemos reescrever esta expressão como um somatório:

(a+b)n=∑p=0n(np)(an−p⋅bp)
Essa expressão é conhecida como Fórmula do Binômio de
Newton.

Exemplo: desenvolver (a+b)2 usando a Fórmula do Binômio de


Newton.
(a+b)2=(20)(a2−0b0)+(21)(a2−1b1)+(22)(a2−2b2)
(a+b)2=1⋅(a2⋅1)+2⋅(a1⋅b1)+1⋅(a0⋅b2)
(a+b)2=a2+2ab+b2

Fórmula do Termo Geral


Como visto anteriormente, (a+b)n=∑p=0n(np)(an

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