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Avaliação 2D - Estágio de Observação A

Aluno: Thamires Pereira de Carvalho


Instruções: Baseado nos exercícios realizados durante as aulas, responda as
questões abaixo e envie à professora respeitando o prazo limite, em arquivo PDF.

Questão 1. A glicemia de jejum faz parte dos exames periódicos, solicitada com 8
horas em jejum e deve apresentar valores entre 70-99mg/dl em indivíduos
saudáveis. A formação de hemoglobina glicada (HbA1c) é irreversível, e seu nível
sanguíneo depende da vida média do eritrócito e da concentração de glicose no
sangue. A quantidade de HbA1c representa valores integrados para a glicose
durante as 06-08 semanas precedentes, e fornece um critério adicional para a
avaliação do controle glicêmico, além disso, é teste de escolha para diagnóstico se
determinada por método de referência. Baseado no exposto responda:

Paciente B: Mulher, 36 anos, 20ª semana de gestação, apresentou Glicemia de


jejum no exame periódico de 130mg/dl (VR<99mg/dl) (valor 2,0):

1. Qual o teste de escolha para o diagnóstico do Diabetes Gestacional?

O teste escolhido é o de tolerância oral com sobrecarga de 75 g de glicose, que


deve ser aplicado a todas as gestantes entre a 24ª e a 28ª semana de gestação e
que deverá ser incluída análise das glicemias de jejum de 8 horas, 1 e 2 horas
após a sobrecarga de 75 g de glicose.

2. Quais os fatores de risco e por que o teste de HbA1c não é solicitado em


gestantes?

As condições clínicas consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de


diabetes gestacional são: idade materna acima de 25 anos, sobrepeso materno
ou ganho excessivo de peso durante a gravidez, antecedente familiar de primeiro
grau de diabetes mellitus, desenvolvimento de diabetes gestacional em gravidez
prévia, intolerância à glicose anterior a gravidez, ocorrência de macrossomia fetal
em gestação anterior, hipertensão arterial e uso de corticosteróide.

A hemoglobina glicada (HbA1c), também é utilizada como uma ferramenta de


diagnóstico da DM, além de ser usada na avaliação do controle glicêmico em
pacientes com a patologia. Estudos mostram que a terapia para restabelecer os
níveis de ferro nos pacientes pode levar à diminuição nos níveis de HbA1c, por
isso avaliamos a possível interferência da suplementação de ferro durante a
gestação nos níveis de HbA1c. A hemoglobina glicada (HbA1C) fornece o perfil
glicêmico de 8 a 12 semanas, o que é consideravelmente impreciso para o
diabetes gestacional, uma vez que o perfil glicêmico e toda a homeostasia é
modificada durante a gestação. Para isso, utiliza-se a albumina que é a mais
abundante proteína plasmática, a albumina glicada é a principal contribuinte para
a dosagem de frutosamina no soro. A frutosamina fornece um perfil glicêmico de 4
a 6 semanas, descartando o período pré-gestacional e direcionando para a
condição clínica da gestação atual.

Questão 2 Escolha um dos casos clínicos realizados em aula no EXERCÍCIO 5 –


Dislipidemias e Diabetes (UFPR Virtual), para relatar aqui detalhadamente (valor
3,0): Escolhi o caso número 2 - Homem, não obeso, 35 anos, pressão arterial 13x8,
fuma mais de dois cigarros por dia, colesterol (200mg/dl), HDL (40) e LDL (110).
Utilizando a calculadora para estratificação de risco cardiovascular, o resultado obtido
foi de INTERMEDIÁRIO, sendo assim, as metas para o LDL menor que 100 mg/dl, e
nHDL menor que 130 mg/dl, o tratamento indicado para o paciente é o uso de
estatinas, no caso sinvastatina de 20mg ou 40 mg. Aconselharia o paciente a parar
com o uso de cigarros, ter uma rotina de práticas de exercícios físicos e hábitos
alimentares, pois com essas medidas logo ele alcançaria uma melhor qualidade de
vida e também conseguiria atingir as metas, diminuindo assim o risco cardiovascular.

Questão 3. Escolha um dos casos clínicos realizados em aula no EXERCÍCIO 6 –


Função Renal e Função Hepática (UFPR Virtual), para relatar aqui detalhadamente
(valor 3,0): O caso escolhido foi o número 4 - homem, 50 anos, demonstrando
icterícia e com queixas de desconforto abdominal notou à urina mais escura que o
habitual e uma piora de sintomas nos últimos dias. Analisando as queixas do
paciente e as informações temos que urina escura indica presença de bilirrubina,
possivelmente interligada com problemas no fígado. A bilirrubina é filtrada pelos rins
e eliminada na urina (bilirrubina direta), em casos normais é transportada e
degradada na forma de urobilinogênio. Neste caso, trata-se de uma
hiperbilirrubinemia direta e a icterícia deve ser avaliada.
Em relação aos exames das enzimas nota-se aumento da AST, ALT, fosfatase
alcalina e gama GT, quando separamos as enzimas em transaminases e colestase
percebemos que os marcadores da segunda estão mais elevados e em níveis
altíssimos indicando icterícia pós hepática. Essa patologia influência no impedimento
do fluxo normal da bile e isso pode ser ocasionado pelo bloqueio dos canalículos
biliares por hepatócitos tumefatos, obstrução por fascíolas, cestóides, ascarídeos,
pela compressão dos ductos intra-hepáticos, cálculos biliares, pressão do edema
inflamatório, entre outros.

Voltando para a urina escura, a presença de bilirrubina afeta também as fezes


deixando-as brancas, porque não há formação de urobilinogênio pela ação de
bactérias. Para confirmação do quadro clínico deve-se realizar outros exames como
albumina sérica, colesterol, TP e globulina.

Questão 4. Em relação à flexibilização do jejum para as dosagens do perfil lipídico


(Colesterol total, HDLc, LDLc e Triglicerídeos), responda (valor 2,0):

3.1) Qual o único exame que sofreu alteração no seu valor de referência? Explique:

As determinações do colesterol total, HDL e LDL não apresentam diferença no


resultado se realizado o exame no pós prandial ou em jejum, porém há um aumento
relativamente pequeno nos níveis de triglicerídeos no estado alimentado. Sendo
assim, o valor de referência para triglicerídeos passa de menor que 150mg/dl (em
jejum) para menor que 175 mg/dl (sem jejum) em adultos, e em crianças/
adolescentes de menor que 90mg/dl (em jejum) para menor que 100mg/dl (sem
jejum).

3.2) Qual a principal motivação para a flexibilização do jejum? Explique.

A necessidade veio com a confirmação de que os níveis de triglicérides elevados


depois da alimentação aumentam o risco cardiovascular. Com isso, a cardiologia
clínica passou a considerar esse tipo de teste como um “novo parâmetro” para
avaliar o risco do paciente desenvolver doença cardiovascular. Eles demonstraram
não ter alterações significativas no exame de triglicerídeos entre os grupos de
pacientes com jejum, quando comparados com os pacientes sem jejum prévio
(adultos, crianças e adolescentes). O maior benefício dessa atualização é para os
pacientes diabéticos que ficam em risco de hipoglicemia, assim como para
gestantes, idosos e crianças. Além disso, tem-se maior praticidade de coleta, visto
que há maior amplitude de horário para a realização da coleta.

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