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MEMORIAL DESCRITIVO DA COLETA DE ESGOTO

LOTEAMENTO
“LOTEAMENTO NOVA VILLE”

PROPRIETÁRIO:

OPX URBANISMO SPE LTDA


CNPJ: 37.570.846/0001-77
Av. CASSIANO RICARDO, 401 - SALA, 507 – JARDIM AQUÁRIUS – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

CEP: 12.246.870

AUTOR DO PROJETO E RESPONSÁVEL TÉCNICO:

FLÁVIO ANTONIO SIMÕES


Engenheiro Civil.

CREA – 0601289340-SP

ART – 28027230210422823

LOCAL:

RUA RUI BARBOSA S/N – JARDIM SÃO JOSÉ – CAÇAPAVA – SP


CEP: 12280-044

ABRIL/2021

REVISÃO – R0

1
APRESENTAÇÃO
O presente relatório trata da rede de Coleta de Esgoto do “Loteamento Nova Ville”.

Este relatório contempla os parâmetros e as metodologias de cálculo utilizados para a elaboração


dos estudos hidráulicos com fins de implantação do sistema de coleta de esgoto.

Apresenta, também, em anexo, as planilhas de dimensionamento e traçados em planta,


necessários para a implantação do empreendimento.

1-IDENTIFICAÇÃO:

 NOME OFICIAL DO EMPREENDIMENTO

"LOTEAMENTO NOVA VILLE"


 MUNICÍPIO:

A gleba onde se implantará o loteamento “LOTEAMENTO NOVA VILLE” está localizada no Município de
CAÇAPAVA – SP.

 PROPRIETÁRIO:

OPX URBANISMO SPE LTDA

CNPJ: 37.570.846/0001-77

 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO URBANÍSTICO:

FLÁVIO ANTONIO SIMÕES

Engenheiro Civil – CREA – 0601289340-SP

 ÁREA DA GLEBA:

ÁREA DE 27.890,00 m² (Vinte e sete mil, oitocentos e noventa metros quadrados).

 ENDEREÇO DA GLEBA:

RUA RUI BARBOSA S/N – JD. SÃO JOSÉ – CAÇAPAVA – SP – CEP: 12280-044

 DISTÂNCIA APROXIMADA DO CENTRO DO MUNICÍPIO:

O LOTEAMENTO DISTA CERCA DE 1.300,00 m (Mil e trezentos metros) DO CENTRO DE CAÇAPAVA.

 ACESSOS OFICIAIS PRINCIPAIS:

Os acessos à gleba onde se implantará o loteamento denominado “LOTEAMENTO NOVA VILLE” tem seu
principal acesso pela Rua Rui Barbosa e conseguinte a Rua Afonso Henrique, Rua São Floriano e Rua
Sebastião Soares Lara.

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2-INTRODUÇÃO
Os efluentes líquidos domésticos gerados no empreendimento serão coletados e
direcionados, através da gravidade local, para uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto),
operada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo – SABESP, distante
aproximadamente 110,00 metros do Loteamento Nova Ville. O empreendimento já possui
certidão de diretrizes emitida pela SABESP que autoriza o lançamento do esgoto gerado no
empreendimento diretamente no “PV” localizado na frente da ETE acima mencionada – Jardim
São José – Município de Caçapava.
Seguindo “Carta de Diretrizes RV 028/21
Dossiê: 2020/052.623
Característica informada: Esgotos domésticos / residencial.
Ponto de interligação: No poço de visita em frente à Estação de Tratamento de Esgotos denominada de ETE
Leste, na Rua Fernando Navajas, no bairro Jardim São José.

Distância aproximada do ponto de interligação: 120,00 m;

Rede coletora de esgotos existente: diâmetro de 300 mm em PVC.

Vazão máxima de lançamento prevista: 1,06 l/s*.

3-CARACTERIZAÇÃO DO LOTEAMENTO
QUADRO 1 – Distribuição dos lotes por tipo de uso.

NATUREZA DO LOTEAMENTO

LOTES NÚMERO ÁREA (m²) %


LOTES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS (MISTOS) 88 15.325,92 100
TOTAL 100

QUADRO 2 – Quadro de áreas


QUADRO DE ÁREAS

ESPECIFICAÇÃO ÁREA (m²) %

1 Área dos lotes (88) 15.325,92 54,95%

2 Áreas públicas

2.1 Sistema viário 5.551,05 19,90%

2.2 Área Institucional 1.396,83 5,01%

2.3 Espaços Livres de uso público 5.616,20 20,14%

2.3.1 Áreas verdes / APP 5.616,20 20,14%

3
2.3.2 Sistema de Lazer

3 Outros

4 Área Total Loteada 27.890,00 100,00%

5 Área Remanescente 0

6 Total da Gleba 27.890,00

DESCRIÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

SISTEMA VIÁRIO

LARGURA LEITO LARGURA DO


DESCRITIVO DECLIVIDADE MÁX. (%) TIPO DE REVESTIMENTO
CARROÇÁVEL (m) PASSEIO (m)

RUA 01 9,00 2,00 1 ASFALTO

RUA 02 9,00 2,00 1 ASFALTO

RUA 03 9,00 2,00 1 ASFALTO

RUA 04 9,00 2,00 1 ASFALTO

Os tipos de pavimentação asfáltica que serão utilizados no empreendimento são Tipo II e Tipo III.

4-CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE PROJETO

Os critérios utilizados para o dimensionamento das unidades componentes do projeto para um


Sistema de Esgotamento Sanitário foram baseados nas seguintes Normas Brasileiras, editadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): s:

NBR – 12.207 (2016) – “Projeto de interceptores de esgoto sanitário”;

NBR – 8.160 (1997) – “Sistemas prediais de esgoto sanitário”;

NBR – 9.648 (1986) – “Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário”;

NBR – 9.649 (1986) – “Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário”;

NBR – 568 (1989) – “Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário”;

NBR – 569 (1989) – “Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário”;

NBR – 14.486 – “Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário – Projeto de redes coletoras com
tubos de PVC”.

NTS 025 – Norma Técnica Sabesp – Projeto de Reses Coletoras de Esgoto.

O sistema de esgotamento sanitário projetado é do tipo “separador absoluto”, não ocorrendo e


não sendo permitido, em momento algum, o lançamento de águas pluviais captadas, ou outro tipo de água
captada, no sistema de coleta de esgoto.

4
4.1-POPULAÇÃO E CONSUMO
Nº de Lotes Nº de pessoas/lote Total de pessoas Consumo por pessoa
88 unifamiliares 4 352 180 L/dia

CONSUMO PER CAPITA

(Q) = 180 l/Hab. X DIA

Considerando-se um coeficiente de retorno c= 0,80, significa uma geração de esgoto per capita de
0,80 x 180 = 144 l/hab.dia.

COEFICIENTES DE VARIAÇÃO DE CONSUMO

COEFICIENTE DO DIA DE MAIOR CONSUMO – K1 = 1,20

COEFICIENTE DA HORA DE MAIOR CONSUMO – K2 = 1,50

4.2-TAXA DE INFILTRAÇÃO CONSIDERADA EM PROJETO

Qinf = 0,50 l/s x km

4.3-DECLIVIDADE MÍNIMA ADMISSÍVEL

Para o critério de declividade mínima admissível, utiliza-se a expressão do item 6.1.4 da NBR
14.486;

I =0,0055 x Qi −0,47

4.4-DIMENSIONAMENTO DAS REDES DE ABASTECIMENTO

VAZÕES DE PROJETO – LOTES RESIDENCIAS:

VAZÕES MÉDIAS

Qmi = 352 x 144 / 86.400 = 0,5867 l/s

VAZÕES MÁXIMAS DIÁRIAS

Qmdi = 352 x 144 x 1,20 / 86.400 = 0,704 l/s

VAZÕES MÁXIMAS HORÁRIAS

5
Qmho = 352 x 144 x 1,20 x 1,50 / 86.400 = 1,056 l/s = 3,8016 m³/h

4.5-METODOLOGIA DE CALCULO

Critérios adotados:

• Numeração dos trechos e nós;

• Extensão L dos trechos, em metros;

• Vazão por nó em l/s;

• Diâmetro D, determinado pela imposição de velocidade-limite e pela vazão a montante;

• Velocidade em m/s, obtida pela equação da continuidade e registrada com a finalidade de demonstrar
que os limites foram respeitados (V = Qm/A);

• Cotas do terreno, obtidas nas plantas e relativas aos nós dos trechos a montante e a jusante.

4.6-PLANILHA DE CÁLCULO

6
CONT. LIN CONT. Q MONT. Q JUS. COTA COTA REC. PROF. ARR. IN. LARG.
PV INI. EXT. DIAM. DECLIV. y/D INI/ V (m/s) k (mm)
COL. TRECHO (l/s/Km) TRE (l/s) (l/s) (l/s) TERR. COL. COL. (m) VALA (m) (Pa) Vc VALA
PV FIM. (m) (mm) (m/m) FIM INI/FIM INI/FIM
Ini/Fim INI/FIM INI/FIM INI/FIM (m) (m) MON/JUS MON/JUS (m/s) (m)
C1 T1 1 50,01 2,15 0,107 0,000 0,107 150 0,0076 540,580 539,530 0,900 1,050 0,23 0,50 1,50 1,20 0,80
2 5,41 0,271 0,000 0,271 540,200 539,150 0,900 1,050 0,23 0,50 2,67 1,20
T2 2 54,06 2,15 0,116 0,107 0,223 150 0,0045 540,200 539,150 0,900 1,050 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
3 5,41 0,292 0,271 0,563 540,040 538,906 0,984 1,134 0,26 0,42 2,82 1,20
T3 3 46,86 2,15 0,101 0,223 0,324 150 0,0059 540,040 538,906 0,984 1,134 0,24 0,46 1,23 1,20 0,80
4 5,41 0,254 0,563 0,817 539,680 538,630 0,900 1,050 0,24 0,46 2,74 1,20
T4 4 46,87 2,15 0,101 0,324 0,425 150 0,0045 539,680 538,630 0,900 1,050 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
5 5,41 0,254 0,817 1,070 539,500 538,418 0,932 1,082 0,26 0,42 2,82 1,20
T5 5 61,61 2,15 0,132 1,032 1,164 150 0,0045 539,500 538,383 0,967 1,117 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
6 5,41 0,333 2,600 2,933 539,800 538,105 1,545 1,695 0,36 0,50 3,25 1,19
T6 6 62,16 2,15 0,133 1,288 1,421 150 0,0048 539,800 538,105 1,545 1,695 0,25 0,43 1,05 1,20 0,80
7 5,41 0,336 3,246 3,582 539,800 537,807 1,843 1,993 0,40 0,55 3,35 1,08
T7 7 39,59 2,15 0,085 1,421 1,506 150 0,0048 539,800 537,807 1,843 1,993 0,25 0,43 1,05 1,20 0,80
8 5,41 0,214 3,582 3,796 539,350 537,617 1,583 1,733 0,41 0,56 3,39 1,05
T8 8 42,89 2,15 0,092 1,506 1,598 150 0,0046 539,350 537,617 1,583 1,733 0,26 0,43 1,05 1,20 0,80
9 5,41 0,232 3,796 4,028 539,180 537,419 1,611 1,761 0,42 0,56 3,44 1,05
T9 9 76,84 2,15 0,165 2,224 2,389 150 0,0037 539,180 537,419 1,611 1,761 0,34 0,44 1,04 1,20 0,80
10 5,41 0,416 5,604 6,020 539,320 537,134 2,036 2,186 0,57 0,57 3,79 1,02
T10 10 51,74 2,15 0,111 2,389 2,500 150 0,0036 539,320 537,134 2,036 2,186 0,36 0,44 1,04 1,20 0,80
11 5,41 0,280 6,020 6,300 539,500 536,947 2,403 2,553 0,60 0,57 3,83 1,02
C2 T11 12 79,99 2,15 0,172 0,000 0,172 150 0,0060 540,480 539,430 0,900 1,050 0,24 0,46 1,25 1,20 0,80
13 5,41 0,433 0,000 0,433 540,000 538,950 0,900 1,050 0,24 0,46 2,74 1,20
T12 13 61,47 2,15 0,132 0,172 0,304 150 0,0047 540,000 538,950 0,900 1,050 0,25 0,42 1,03 1,20 0,80
14 5,41 0,333 0,433 0,765 539,710 538,660 0,900 1,050 0,25 0,42 2,81 1,20
T13 14 61,26 2,15 0,132 0,475 0,607 150 0,0045 539,710 538,660 0,900 1,050 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
5 5,41 0,331 1,198 1,530 539,500 538,383 0,967 1,117 0,26 0,42 2,84 1,20

C3 T14 15 80,00 2,15 0,172 0,000 0,172 150 0,0055 540,150 539,100 0,900 1,050 0,25 0,45 1,17 1,20 0,80
14 5,41 0,433 0,000 0,433 539,710 538,660 0,900 1,050 0,25 0,45 2,76 1,20
C4 T15 16 53,46 2,15 0,115 0,000 0,115 150 0,0090 540,080 539,030 0,900 1,050 0,22 0,54 1,70 1,11 0,80
17 5,41 0,289 0,000 0,289 539,600 538,550 0,900 1,050 0,22 0,54 2,61 1,11
T16 17 48,22 2,15 0,104 0,115 0,218 150 0,0045 539,600 538,550 0,900 1,050 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
18 5,41 0,261 0,289 0,550 539,400 538,332 0,918 1,068 0,26 0,42 2,82 1,20
T17 18 48,22 2,15 0,104 0,218 0,322 150 0,0045 539,400 538,332 0,918 1,068 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
19 5,41 0,261 0,550 0,811 539,430 538,115 1,165 1,315 0,26 0,42 2,82 1,20
T18 19 61,39 2,15 0,132 0,322 0,454 150 0,0045 539,430 538,115 1,165 1,315 0,26 0,42 1,00 1,20 0,80
9 5,41 0,332 0,811 1,143 539,180 537,837 1,193 1,343 0,26 0,42 2,82 1,20

C5 T19 20 57,71 2,15 0,124 0,000 0,124 150 0,0066 540,080 539,030 0,900 1,050 0,23 0,48 1,34 1,20 0,80
6 5,41 0,312 0,000 0,312 539,800 538,650 1,000 1,150 0,23 0,48 2,71 1,20
C6 T20 21 80,00 2,15 0,172 0,000 0,172 150 0,0096 539,950 538,900 0,900 1,050 0,21 0,55 1,79 1,08 0,80
9 5,41 0,433 0,000 0,433 539,180 538,130 0,900 1,050 0,21 0,55 2,59 1,07

5-ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

5.1-PLANEJAMENTO GEOMÉTRICO E CONSTRUTIVO


O planejamento geométrico procura posicionar as tubulações da rede de esgoto da maneira mais
favorável, para que os traçados acompanhem as declividades naturais do terreno e caminhem, na medida
do possível, no espaço público das vias de trânsito.

O projeto é baseado nos seguintes parâmetros básicos:


Diâmetro mínimo adotado DN 150
Até DN 400: a) PVC rígido com junta elástica e anel de vedação de
borracha, conforme EB-644 da ABNT (NBR-7362); ou b) Polietileno
de Alta Densidade (corrugado externamente e liso internamente)
Material das tubulações conforme ABPE/E009 – Sistemas Coletores de Esgotos – Tubos
corrugados de dupla parede em Polietileno (baseada na norma
europeia PREN 13476-1); ou c) PVC com paredes de núcleo celular
(NBR-7362-4);

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Declive mínimo para DN 150 0,0035
Serão adotados os seguintes parâmetros para a vazão fictícia mínima
de 1.5 l/s e uma declividade mínima de 3,50m/km (0,0035 m/m):
Tensão Trativa
DN150 – 0,81 Pa; DN200 – 0,77 Pa; DN250 – 0,73 Pa; DN300 – 0,68
Pa; DN350 – 0,65 Pa; DN400 – 0,63 Pa.
Relação do aproveitamento
0,75
hidráulico
Profundidade inicial mínima 1,00 m
Recobrimento mínimo na via
(desconsiderando exceções 0,75 m
localizadas).
O calculo hidráulico utiliza as vazões reais obtidas através das projeções de infiltração e de geração dos
efluentes, atendidas única e exclusivamente pelos lotes residências do empreendimento Nova Ville, sendo
que as velocidades de escoamento calculadas e a tensão trativa representam condições reais nas
tubulações.

As condições mínimas de escoamento em trechos iniciais para a vazão mínima adotada de 1,5 l/m são
atendidas através do uso da declividade mínima.

Cabe ressaltar que é inadmissível a prática de conectar calhas de telhados (ou qualquer outro tipo de
coletor de águas pluviais) em pontas da rede coletora com a finalidade de melhorar o escoamento em
trechos iniciais ou reduzir sedimentações e trabalhos de manutenção para a limpeza desses trechos. A
razão para isso é que o lançamento de águas pluviais através da conexão de calhas ou de outros
instrumentos, mesmo que em pontos isolados, gera durante uma chuva uma vazão na tubulação que
facilmente ultrapassa a vazão de dimensionamento (esgoto + infiltrações) por várias ordens de grandeza,
causando principalmente em trechos mais a jusante da rede sobrecarga hidráulica. Sendo assim, a única
forma tecnicamente viável, e sem riscos de eventuais danos e transtornos, para realizar a remoção de
sedimentos nos trechos iniciais da rede, podendo correr também em trechos de declive e/ou vazão baixa, é
o lançamento periódico de água nos trechos afetados através de caminhão de hidrojateamento ou
equipamento similar.

O objetivo principal do projeto geométrico é a otimização da rede sob aspectos de minimizar custos de
implantação que é alcançado através do assentamento dos tubos em profundidade mínima, onde possível,
seguindo a declividade do tubo ao declive do terreno após as obras de terraplanagem, e no projeto, após a
conclusão do projeto de terraplanagem do greide das ruas e vias públicas.

A escolha do coeficiente Kb depende das características do elemento projetado e da estrutura do sistema,


distinguindo-se os casos conforme apresentado abaixo:
Coeficiente Aplicação
Kb = 0,10mm Cálculos hidráulicos detalhados (perdas localizadas, perdas em função da
rugosidade da parede do tubo conforme material, tempo de serviço e condição de
uso).
Kb = 0,25mm Linhas de pressão, sifões invertidos; em linhas longas e com calculo separado das
perdas localizadas.
Kb = 0,50mm Interceptores e emissários, com traçado predominante em linhas reta, com PVs em
distâncias maiores (100-200m), sem afluentes ou com muito pouco afluentes.
Kb = 0,75mm Interceptores e emissários, DN>1000, com traçado poligonal, PVs tangenciais, e/ou
com alguns afluentes.
Kb = 1,50mm Rede coletora, interceptores com função coletora.
No caso do atual projeto em análise, predomina a estrutura de rede coletora, o que requer empregar o
coeficiente Kb = 1,5 mm.

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5.2-ESPECIFICAÇÕES PARA AS TUBULAÇÕES

As especificações e critérios adotados visando a escolha do material para as tubulações de até DN 400
deverão seguir os padrões técnicos estabelecidos pela EB-644 da ABNT (NBR-7362), optou-se para o tubo
de PVC liso com junta elástica e anel de vedação de borracha, por ser essa a solução atualmente mais
utilizada no mercado.

– Tubos de PVC de parede com núcleo celular conforme NBR-7362-4 (Sistemas enterrados para condução
de esgoto; Parte 4: Requisitos para tubos de PVC com paredes de núcleo celular).

O diâmetro mínimo na rede coletora é de DN 150.

O diâmetro mínimo das ligações domiciliares será de DN 100.

5.3-POÇO DE VISITA (PV)

O projeto prevê Poços de Visita (PVs) em todos os pontos singulares da rede coletora, onde existe a
necessidade de acessar as tubulações ou nas seguintes situações:

• Onde o traçado altera a sua direção ou o declive;

• Em situações de alteração de diâmetro e/ou material;

• Na união de coletores;

• Onde ocorre desnível entre tubo afluente e efluente (tubo de queda).

Objetivando a redução dos índices de infiltração nos PV’s, foram utilizados, sempre quando possível, e
preferencialmente, Terminal de Inspeção e Limpeza (TIL) ou outros sistemas pré-moldados disponíveis no
mercado que proporcionem maior estanqueidade e agilidade no assentamento.

Na execução de PV’s tradicionais devem ser empregadas medidas construtivas adequadas e eficientes para
minimizar infiltrações, merecendo cuidados especiais, tais como:

• Qualidade mínima para o concreto e sua respectiva espessura;

• A qualidade dos materiais utilizados (tijolos, argamassa nos traços exigidos);

• A transposição das paredes laterais pelos tubos afluentes e efluentes;

• Impermeabilização externa das pardes.

5.4-CRITÉRIOS DE ASSENTAMENTO

O assentamento dos tubos deverá considerar e observar, rigorosamente, as condições encontradas no solo,
devendo respeitar também as exigências relativas ao assentamento – conformação do berço, compactação
lateral, cobertura do tubo e compactação, reaterro da vala e compactação –, em adequação à concepção
do sistema estrutural dos materiais empregados, observando-se que tubulações de materiais plásticos

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(sistemas elásticos) demandam outros cuidados no assentamento do que tubos de concreto ou de
cerâmica (sistemas rígidos).

O assentamento de tubos sem escoramento da vala ou sem talude só será aceito em casos em que a
profundidade da vala não ultrapassar 1,25 metros e quando o escavado apresentar estrutura firme, sem
risco de escorregamentos e erosão. Em profundidades superiores a 1,25 metros deverão ser previstas
medidas de segurança, podendo ser talude ou escoramento da vala. As determinações atuais, atualizadas
quando da época das obras, deverão ser observadas rigorosamente.

Sempre que o solo não apresentar estrutura suficientemente firme, mesmo em valas Deverão ser
observados, todos os preceitos com relação a Segurança do Trabalho.

O tipo de escoramento a ser escolhido depende de vários aspectos, entre eles, o tipo de solo, o nível do
lençol freático, a profundidade da vala, a questão se existem transposições do escoramento (duto,
tubulações, cabos atravessando o traçado, mas também ligações domiciliares, etc).

Tipos mais utilizados:

• Pontaletamento com pranchas de madeira dispostas verticalmente, espaçadas entre si, indicado
somente para solo firme e quando não é alcançado o lençol freático; considerando que o comportamento
do solo é imprevisível, há pequena probabilidade de queda de barranco, ou erosão, de solo que
aparentemente apresentava estabilidade, em situação semelhante à utilização do pontaletamento é pouco
recomendável, pois não apoia integralmente a parede da vala;

• Escoramento vertical com pranchas de madeira, pranchas metálicas, perfis metálicos, indicado para
todos os tipos de solo e profundidade;

• Escoramento horizontal com pranchas de madeira, por razões econômicas geralmente só indicados
para profundidades menores ou em locais com cruzamento de diversas instalações;

• Escoramentos tipo misto;

• Escoramento com elementos metálicos modulares pré-moldados, muito utilizados devido a fácil
instalação e baixo custo financeiro, não é apropriado para uso em locais com cruzamentos frequentes.

Medidas de segurança:

• Manter faixa de proteção com largura mínima de 0,60 m nas duas margens da vala para uso dos
colaboradores que estiverem trabalhando na vala e para manuseio do material;

• Manter uma borda do escoramento, de aproximadamente 0,05m, acima do nível do terreno para evitar
a queda de material ou objetos para a vala;

• Observação de distâncias mínimas de segurança para cargas que possam vir a prejudicar a estabilidade
da vala (material de escavação, caminhões, máquinas).

A largura da vala a ser executada depende da profundidade de assentamento da tubulação, do seu


diâmetro externo, das características do solo escavado e do tipo de escoramento utilizado. O espaçamento
remanescente sempre deve ser suficiente para que todos os trabalhos necessários (conformar o berço para
o tubo, assentar o tubo, compactar o involucro do tubo e o reaterro da vala) possam ser realizados com
segurança e perfeição técnica. A normatização vigente deve ser observada.

A execução do fundo da vala e do berço para o assentamento da tubulação tem importância fundamental
para a durabilidade e o funcionamento técnico-hidráulico.

Devido a estas situações, deve-se observar que:

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• O fundo da vala seja/esteja firma;

• Solo mole deve ser substituído por solo de melhor qualidade;

• O fundo da vala deve permanecer seco durante a execução dos trabalhos;

• A densidade natural do solo no fundo da vala não deve ser alterada desnecessariamente, devendo, por
isso, utilizar, preferencialmente, equipamentos e máquinas com lâmina de corte lisa;

• No fundo da vala seja executada uma cava para a bolsa do tubo para garantir que o tubo seja apoiado
no fundo por todo o seu comprimento e evitando-se que haja um apoio pontual nas bolsas que pode levar
a deslocamentos, deformações ou até à quebra do tubo.

Caso seja constatada alteração imprevista e significativa das características do solo durante a escavação da
vala, a ocorrência deverá ser informada imediatamente ao responsável técnico pela obra/empreendimento
para que sejam tomadas as medias apropriadas, principalmente quando se verifica alterações bruscas de
solo arenoso para solo argiloso ou solo instável.

Em situações de rebaixamento do lençol freático, caso surjam, pode-se utilizar, dependendo das
características do solo no local, um sistema de ponteiras, ou o bombeamento direto mediante bombas
submersíveis. O lençol freático deve ser rebaixado até, no mínimo, 0,50 m abaixo do fundo da vala. Deve se
considerar, ainda, que o rebaixamento, se necessário, demanda certo tempo, o que pode, relativamente,
atrasar as obras no local. Drenos que eventualmente sejam instalados devem ser fechados adequadamente
e sucessivamente com o avanço das obras. É fundamental recobrir imediatamente os tubos assentados –
principalmente no caso de tubos de PVC de dimensão maior – para evitar que os mesmo venham a flutuar
no caso de problemas no sistema de rebaixamento do lençol freático.

O solo a ser empregado para enchimento do espaço lateral dos tubos, assim como para a câmara
imediatamente acima do tubo deve ser areia argilosa ou argila arenosa, isentos de pedras. A utilização de
solo argiloso no reaterro da vala depende muito da umidade do material e sua compatibilidade. Material
orgânico escavado ou material misturado com matéria orgânica devem ser descartados e não utilizados no
reaterro da vala. Deve-se, também, substituir material mole e pedras que possam comprometer a
compactação e/ou danificar os tubos.

O berço dos tubos, caso o material encontrado seja turfa ou argila muito mole, deve ser feito de material
de empréstimo de melhor qualidade com espessura mínima de 0,10 metros para tubos de até DN 200, de
0,15 metros para tubos de DN 250 até DN 400 e de no mínimo 0,20 metros em tubulações de diâmetro
nominal superior a DN 400.

Em trechos de rocha ou fragmentos de rocha, o berço do tudo deve ser formado com material de
empréstimo de melhor qualidade, observando-se as mesmas espessuras citadas anteriormente.

Como o material empregado na conformação do berço e do involucro da tubulação é geralmente


permeável (areia), as valas acabam tendo um efeito de drenagem, estabelecendo-se nelas um fluxo
longitudinal de águas subterrâneas que, com o tempo, pode levar a uma reacomodação do solo, à
danificação dos tubos e do calçamento das ruas. Por isso devem ser executadas barragens transversais de
argila ou concreto na vala a cada 100 metros, com 25 cm de espessura e com encaixe lateral e no fundo de
25 cm.

5.5-LOCAÇÃO

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Deverá ser mantido na obra pelo menos um topógrafo devidamente habilitado e um auxiliar de
topógrafo ou nivelador. Esta equipe ficará encarregada das seguintes tarefas, entre outras:
• Locar o eixo longitudinalmente das redes e demais elementos necessários;
• Marcar no fundo da vala a largura e espessuras das camadas de lastro;
• Medir as cotas das faces superiores da geratriz inferior da tubulação, na medida em que for
sendo assentada.
A locação consiste na demarcação no terreno, do eixo da tubulação, com piqueteamento de 20
em 20 m.
A locação será feita de acordo com as indicações em projeto observando-se sempre a posição das
outras redes de utilidade pública projetadas.

5.6-EMBASAMENTO DA TUBULAÇÃO

Para apoio das tubulações será usado embasamento constituído de cama de material granular
preenchendo toda a largura da vala, com espessura de ¼ do diâmetro externo do tubo ou no
mínimo 10 cm abaixo da geratriz inferior externa do tubo envolvendo este até a metade de sua
seção.
Sobre a camada de material granular e até uma altura mínima de 30 m acima da geratriz superior
externa da tubulação será feito o reaterro densamente compactado.
O material granular deve ser lançado na vala em camadas sucessivas de 15 cm, no máximo,
devidamente compactadas.

LISTA MATERIAL E TRABALHO


DESCRIÇÃO QTD. UNID.
Trechos:
PVC vinilfort - NBR7362 - ø150 1164,40 m

Poços de Visita e similares:


Terminal de Limpeza (TL) 6,00 un
5.7-LISTA DE MATERIAIS Poço de Visita (PV) 14,00 un
PV com tubo de queda (TQ) 1,00 un
Comprimento dos Tubos de queda: 0,70 m

Reconstituição de Pavimentos:
Asfáltico 408,80 m²
Sem revestimento 522,70 m²

Escoramento:
Contínuo 245,20 m²
Descontínuo 830,00 m²
Pontalete 173,20 m²
Sem escoramento 1810,70 m²

Acessórios:
Curva PVC 90° diam. 150 mm: 6,00 un
Tampao PVC diam. 150 mm: 6,00 un

Volume Escavação:
12 0 a 2 m: 1208,32 m³
2 a 4 m: 15,29 m³
Volume Total: 1223,61 m³
Volume de Reaterro: 1203,03 m³
6-CRONOGRAMA DE OBRAS E SERVIÇOS

PROPRIETÁRIO:
AUTOR DO PROJETO E RESPONSÁVEL TÉCNICO:

OPX URBANISMO SPE LTDA FLÁVIO ANTONIO SIMÕES


CNPJ: 37.570.846/0001-77 Engenheiro Civil.
Representante Legal: CREA – 0601289340-SP
OSVALDO PREZOTTO ART – 28027230210422823
CPF: 342.560.578-03

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