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Já o Conselho Federal de Enfermagem publicou
recentemente, através da Resolução nº 501/2015,
uma classificação conforme o comprometimento
tecidual, a qual está organizada em quatro estágios
(COFEn, 2015):
Estágio I – caracteriza-se pelo comprometimento
da epiderme ape- nas, com formação de eritema
em pele íntegra e sem perda tecidual.
Estágio II – caracteriza-se por abrasão ou úlcera,
ocorre perda tecidual e comprometimento da
epiderme, derme ou ambas.
Estágio III – caracteriza-se por presença de
úlcera profunda, com comprometimento total da
pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a
lesão não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV – caracteriza-se por extensa
destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão
óssea ou muscular, ou necrose tissular.
Inspeção diária
Prevenção Elevação Controlar Controlar Alívio
Hidratação e das pernas hipertensão hipertensão, periódico
lubrificação da e diabetes diabetes e de pressão
pele Uso de obesidade
meias com Elevar a Proteção
Monitoramento média cabeceira da Reduzir fumo de
da com- cama proeminên
sensibilidade pressão cias ósseas
Evitar
Proteção na Caminhada traumatism
Atividade da s os
Vida Diária
(AVD) Exercícios
para
Uso de panturrilha
palmilhas e
calçados Evitar
adequados traumatism
os
Severa
Dor Ausência de Moderada Muito severa Presente
dor Aumenta ou não
com a
elevação
das pernas
Úlceras venosas
Quando caminhamos, mudamos de posição ou
fazemos algum exercício físico que movimenta os
membros inferiores, o músculo da panturrilha se
contrai e comprime as veias mais profundas,
estimulando o fluxo sanguíneo em direção cefálica
(DEALEY, 2008). Assim, a chamada “bomba da
panturrilha” usa a contração dos músculos da perna
para bombear sangue no sentido das extremidades
para o coração, e as veias envolvidas neste
mecanismo possuem válvulas que garantem o fluxo
unidirecional.
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Figura 8 - Estágio 1
Fonte: NPUAP (2016).
Descrição:
Imagem tridimensional de um cubo com as seis
camadas da pele. Na base da figura, uma camada
branca com pontos cinzas, a camada a seguir é
vermelha com listras variando entre tons escuros e
claros. A terceira camada é amarela. A quarta é de
tom rosado e maior em espessura que todas as
outras, possuí a raiz de um pelo que ultrapassa as
próximas camadas e chega a superfície. A
penúltima é cinza claro, fina e sua fronteira com a
camada anterior tem forma ondulada. Por último, a
camada superficial é a mais fina e de cor parda.
[Fim da Descrição]
Lesão por Pressão Estágio 2: perda de espessura
parcial da pele com exposição da derme
Perda parcial da espessura da pele com derme
exposta (Figura 4). O leito da ferida é viável, rosa ou
vermelho, úmido, e também pode se apresentar como
uma flictena com exsudato seroso intacto ou rompido.
Nesta lesão, o tecido adiposo (gordura) e os tecidos
mais profundos não estão visíveis. O tecido de
granulação, esfacelo, e a escara também não estão
presentes.
Figura 9 - Estágio 2
Fonte: NPUAP (2016).
Descrição:
Imagem tridimensional das camadas da pele em
formato de um cubo. Há uma ferida, que envolve
as três últimas camadas superiores, com a borda
vermelha escura e a parte mais interna vermelho
claro.
[Fim da Descrição]
Lesão por Pressão Estágio 3: perda total da espessura
da pele
Possui perda total da espessura da pele na qual o
tecido adiposo (gordura) é visível na úlcera. O tecido
de granulação e a borda despregada da lesão estão
frequentemente presentes. Pode haver tecido
necrótico visível, com profundidade do prejuízo
tecidual variável, sendo que áreas de adiposidade
significativa podem desenvolver feridas profundas.
Descolamento e tunelização no leito da lesão também
podem ocorrer. Fáscia, músculo, tendões, ligamentos,
cartilagem e/ou osso não estão expostos. Se o
esfacelo ou escara cobrirem a extensão da perda
tecidual, tem-se uma LPP não estadiável.
Figura 10 - Estágio 3
Fonte: NPUAP (2016).
Descrição:
Imagem tridimensional das camadas da pele em
formato de um cubo. Agora, a ferida está mais
funda, avançando até a camada amarela, possui
borda vermelha e manchas escurecidas na parte
mais superficial.
[Fim da Descrição]
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Lesão por Pressão Estágio 4: perda total da espessura
da pele e perda tissular
Como o nome já explicita, aqui existe perda total da
espessura da pele e exposição de tecidos, como
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou
osso. Esfacelo e/ou necrose podem ser visíveis.
Bordas despregadas, descolamentos e/ou tunelização
ocorrem frequentemente. A profundidade pode
variar conforme a localização anatômica. Se o
esfacelo ou escara cobrirem a extensão da perda
tecidual, ocorreu uma LPP não estadiável.
Figura 11 - Estágio 4
Fonte: NPUAP (2016).
Descrição:
Imagem tridimensional das camadas da pele em
formato de um cubo. A ferida avança até a camada
vermelha com listras, possui borda vermelha e
amarela, além de manchas escurecidas e
aprofundamento mais severo da estrutura. Na
superfície, a cor parda da camada está escurecida.
[Fim da Descrição]
Lesão por Pressão não Estadiável: perda da pele em
sua espessura total e perda tissular não visível
Quando há perda total da espessura da pele e tecido
em que não é possível ver a extensão do dano
tecidual no interior da úlcera por estar coberto por
esfacelo ou necrose. Nesses casos, quando o tecido
desvitalizado é removido, a LPP pode ser classificada
como estágio 3 ou 4.
Figura 12 - Pressão não Estadiável.
Fonte: NPUAP (2016).
Descrição:
Imagem tridimensional das camadas da pele em
formato de um cubo. A ferida apresenta cor preta e
branca nas camadas superiores, sem bordas
definidas, o restante da ferida é vermelho escuro e
se estende até a camada vermelha com listras,
com aprofundamento severo da estrutura.
[Fim da Descrição]
Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração
vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e
que não embranquece.
Pele intacta ou não intacta com área localizada de
vermelho escuro persistente não branqueável,
descoloração marrom ou roxa ou separação da
epiderme revelando um leito da ferida escuro ou com
flictena de sangue.
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Assim, caros cursistas, diante de todos os prejuízos
que a ocorrência das LPP pode acarretar à saúde
dos usuários acometidos, para a vida de seus
familiares e/ou cuidadores, além do impacto
econômico para os serviços de saúde, devem ser
reforçadas as recomendações para prevenção
desse evento adverso, que incluem: avaliar a pele
do indivíduo usando conhecimentos semiológicos
e/ou com auxílio de escalas; estimular a
alimentação saudável e ingestão hídrica; proteger a
pele de cisalhamento, umidade, ressecamento,
fricção e pressão de dispositivos; manter a pele
limpa e hidratada; recomendar o uso de colchões
adequados; proteger proeminências ósseas;
promover ou orientar as outras pessoas da
residência a realizarem mudanças de posição na
pessoa com lesões (preferencialmente a cada duas
horas); participar de ações de educação
permanente e promover ações de educação em
saúde envolvendo o público leigo; adotar
protocolos para avaliação de risco, com estratégias
de prevenção e tratamento.
Saiba Mais
Aspectos para prevenção de Lesões por
Pressão:
<http://www.npuap.org/wp-
content/uploads/2016/04/Pressure- Injury-
Prevention-Points-2016.pdf>
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