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FreddiFreddie Mercury, batizado de Farrokh Bulsara, nasceu na colônia britânica Cidade

de Pedra, em Zanzibar (hoje parte da Tanzânia), seus pais, Bomi e Jer Bulsara,
eram parsis zoroastrianos de Guzerate, na Índia.[1] A família Bulsara se mudou da Índia
para Zanzibar para que Bomi pudesse manter seu emprego no Banco Colonial Inglês, e lá
o casal também teve sua segunda filha, Kashmira.[1]
Em 1954, aos oito anos, o garoto foi enviado para estudar na St. Peter Boarding School,
uma escola para meninos na cidade indiana de Bombaim, tendo feito todo o trajeto
sozinho a bordo de um navio.[2] Nessa época, já grande apreciador de música, ele
começou a ter aulas de piano, muito influenciado pela cantora local Lata
Mangeshkar.[2] Aos doze anos, montou uma banda chamada The Hectics, com quem ele
se apresentava em eventos escolares cantando sucessos de artistas como Cliff
Richard e Little Richard, e foi nessa época que ele passou a ser chamado de "Freddie"
pelos amigos.[2] Apesar de ser apreciado pelos mais velhos devido a seu carisma e talento
musical, o garoto sofria muito bullying por parte das outras crianças de sua idade devido a
sua personalidade afeminada, o que o levou a se tornar uma pessoa introspectiva e muito
tímida quando perto de estranhos.[2] Quando mais velho, Freddie passou a morar na casa
de sua avó, mas continuou frequentando o mesmo colégio até o fim do curso, voltando
para a casa de seus pais em seguida.[2]
Quando Freddie tinha dezessete anos, a família Bulsara, assustada com a Revolução Civil
de Zanzibar de 1964, mudou-se para a capital inglesa, Londres, onde ele passou a estudar
arte na Escola Politécnica Isleworth, posteriormente ganhando seu diploma como designer
gráfico através da Ealing Art College.[3] Após sua graduação, Freddie foi trabalhar como
vendedor de roupas no famoso Mercado Kensington, ao lado de sua então namorada Mary
Austin, e também foi atendente no Aeroporto Heathrow por um breve tempo.[3] Em 1969,
Freddie iniciou a banda Ibex, depois nomeada Wreckage, mas que não durou muito
tempo, depois integrando o grupo Sour Milk Sea.[3] Em abril de 1970, Freddie se juntou ao
guitarrista Brian May e ao baterista Roger Taylor no trio Smile, cujo nome foi alterado para
"Queen", e nessa época, Freddie adotou a alcunha "Mercury" como sobrenome artístico,
baseado na letra de uma de suas primeiras canções.[4]

Relacionamentos e sexualidade
Mercury era bissexual não assumido, embora seja costumeiramente descrito como
totalmente gay.[5] Em dezembro de 1974, quando perguntado diretamente sobre sua
sexualidade por um repórter do jornal NME, Mercury respondeu que "houve uma época em
que ele era jovem e desprotegido", e que teve sua "cota de humilhações escolares",
deixando implícito que ser gay o levou a ser discriminado por seus colegas de escola.
Raramente Freddie falava sobre sua vida particular para a imprensa, e sua família e
amigos seguiam a mesma linha, mas sua irmã, Kashmira, disse a uma rede
de televisão britânica que o cantor jamais falou sobre sua homossexualidade diante da
família, mas que todos sabiam, e isso nunca os havia incomodado.[5]
e Mercury (nascido Farrokh Bulsara; Cidade de Pedra, 5 de
setembro de 1946 — Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e
compositor britânico, conhecido pelo seu trabalho com a banda britânica de rock Queen,
que integrou de 1970 até o ano de sua morte (1991). Freddie tornou-se conhecido pelo
seu poderoso tom de voz e pelos seus desempenhos enérgicos que envolviam uma
interação com a plateia, tendo sido considerado como um dos maiores artistas de todos os
tempos.
Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos do Queen, como "We
Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody
to Love" e "Don't Stop Me Now". Além do seu trabalho na banda, Mercury também lançou
vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco
de ópera ao lado da soprano espanhola Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury
faleceu vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS, em 1991, um dia depois de ter
assumido a doença publicamente.
Seu trabalho com Queen ainda lhe gera reconhecimento até os dias de hoje: Mercury é
citado como principal influência de muitos outros cantores e bandas. Em 2006, ele foi
nomeado a maior celebridade africana de todos os tempos e também eleito o maior líder
de banda da história numa votação pública organizada pela MTV americana. Em 2008, ele
ficou na décima oitava posição na lista dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos"
da revista Rolling Stone, e no ano seguinte a Classic Rock o nomeou o maior vocalista
de rock and roll. Com o Queen, Mercury já vendeu mais de 150 milhões de discos em todo
o mundo.
No início dos anos 70, Freddie iniciou um relacionamento com a vendedora de
roupas Mary Austin, que ele conheceu através de Brian May, que se estendeu durante
anos.[6] O envolvimento amoroso deles acabou quando Freddie confessou sua natureza
homossexual para ela, mas os dois mantiveram uma grande amizade por toda a vida, com
Freddie dedicando a famosa canção "Love of my Life" em sua homenagem, e também
sendo padrinho de seu primeiro filho.[6] Em seu testamento, Freddie deixou para ela sua
mansão em Londres, assim como a detenção de todos os direitos autorais de sua
discografia, o que continua a render a Mary milhões de libras todos os anos. A moça ainda
vive com sua família na casa de Freddie.[6] No fim dos anos 70, o cantor também teve um
relacionamento sério com um executivo da Elektra Records, que durou cerca de um
ano.[6] Pouco tempo depois, o cantor se envolveu com a atriz austríaca Barbara Valentin,
que inclusive foi uma das figurantes no videoclipe da canção "It's a Hard Life", e em 1985
iniciou outro sério romance com o cabeleireiro Jim Hutton, com quem Freddie viveu até o
fim de sua vida;[7] Jim não deixou Freddie durante sua doença e estava ao lado dele na
cama quando o cantor faleceu.[7] Jim morreu vítima de câncer em 2010.[7]


Muitos dos meus amantes me perguntam por que eles não podem
substituir Mary, mas é simplesmente impossível. Mary é minha única


amiga, e eu não quero mais ninguém. Para mim, é como um casamento.
Nós acreditamos um no outro, e é o suficiente para mim.[6]
Mercury sobre Mary Austin.

Doença e morte
Em outubro de 1986, a imprensa britânica começou a noticiar que Mercury havia sido
diagnosticado como portador do vírus da AIDS em uma clínica da rua Harley, e uma
repórter do The Sun perguntou ao cantor a respeito quando ele desembarcou em um
aeroporto voltando de uma viagem ao Japão, e ele negou o boato.[6] De acordo com o
parceiro de Freddie, Jim Hutton, o cantor foi diagnosticado soropositivo em abril de 1987,
mas decidiu negar todos os boatos sempre que questionado.[6] No entanto, a saúde física
de Freddie se deteriorou rapidamente, e ele começou a aparecer em público cada vez
mais magro e pálido, o que levou a imprensa a publicar centenas de artigos especulando
sobre o assunto.[5] Nessa época, o Queen havia se aposentado dos palcos devido a
condição do vocalista, e em 18 de fevereiro de 1990, quando o Queen foi homenageado
no Brit Awards, em Londres, recebendo uma condecoração por sua "Contribuição a
Música Britânica", Freddie compareceu ao lado da banda, mas não falou praticamente
nada (Brian fez o discurso), exceto um "obrigado, boa noite", o que apenas alimentou os
rumores.[8] Naquela altura, para o grande público, já era uma certeza que o cantor era, de
fato, soropositivo, e o Brit Awards foi sua última aparição pública.[8]
Em 1991, totalmente recluso, Freddie era vítima constante do assédio de repórteres, que
cercavam sua casa e não iam embora durante dias para conseguir uma foto sua, que
estava com uma horrível aparência devido a sua doença. Uma foto do rosto de Freddie,
magro e com manchas negras, estampou uma edição do The Sun na matéria "É Oficial:
Freddie Está Gravemente Doente", que foi a edição de jornal mais vendida no ano
no Reino Unido.[9] Apesar de não poder se apresentar ao vivo, Freddie continuou a
trabalhar com a banda até o fim; depois de descobrir sua doença, o cantor lançou um
disco de ópera e também lançou mais dois álbuns com a banda, e continuou a
gravar videoclipes com o grupo, o vídeo de "These Are the Days of Our Lives", gravado em
maio de 1991, foi o último trabalho de Freddie em frente as câmeras;[10] para esconder as
horríveis manchas que tinha na pele, ele teve de passar horas se maquiando, e o vídeo
teve de ser lançado em preto e branco para esconder sua aparência.[10]
Em junho de 1991, Freddie continuou a gravar vocais para novas músicas do Queen para
que a banda as terminasse depois, pois ele sabia que não sobreviveria por muito tempo,
mas um certo dia teve de abandonar os estúdios totalmente por não ter mais forças nem
para se manter em pé.[10] Essas canções foram posteriormente lançada

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