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Aula 16 – A

 nálise por Árvore de Eventos

O objetivo desta aula é trazer a 3ª técnica de análise acidentária


por árvores, desta feita, por eventos, demonstrando sua aplica-
bilidade e diferenciação em relação às técnicas das árvores de
falhas e de causas.

16.1 Análise por Árvore de Eventos - AAE


Árvore de Eventos, também chamada de Série de Riscos (SR), é uma técnica
de identificação de perigos e análise de riscos que identifica sequências de
eventos que podem suceder um Evento Iniciador. A AAE pode ser qualitati-
va ou quantitativa. O objeto são áreas e sistemas de controle de emergên-
cia nele contidos. O foco são os eventos iniciadores e as séries de eventos
decorrentes.

16.1.1 Método
Na árvore de falhas partimos de um evento-topo, como, por exemplo, rom-
pimento de tubulação. Caminhamos para trás, identificando eventos que
podem gerar o evento-topo, tais como pressão se eleva e válvula de segu-
rança falha em abrir. O evento-topo da árvore de falhas é o evento iniciador
da árvore de eventos, pois analisa a situação de emergências.

Ao contrário da árvore de falhas que é dedutiva (segue para trás), a AAE é


indutiva (segue para frente) avançando para os desdobramentos acidentá-
rios nas fases de emergência.

A figura 16.1 apresenta um exemplo de AAE com o evento iniciador vaza-


mento de líquido inflamável. Vamos ver exemplo?

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Figura 16.1: AAE – Evento Iniciador: vazamento de líquido inflamável
Fonte: Cardella, B.

Caminhamos para frente, identificando eventos que podem decorrer do


Evento Iniciador. Por exemplo, ao vazamento de líquido inflamável pode
seguir-se: falha do sistema de recomposição, ignição retardada e explosão.
A ignição depende do tipo de substância, da concentração no ar, da tempe-
ratura dos vapores e da existência de fontes quentes ou descargas elétricas
nas proximidades. A falha da aspersão automática de água para combate a
incêndio é um exemplo de falha de sistema de mitigação.

O sistema de recomposição que estancaria o vazamento pode ter sucesso


(indicado por S, sim) ou insucesso (indicado por N, de não sucesso). Se tem
sucesso, o evento perigoso é nenhum. Se não tem sucesso, ou ocorre incên-
dio em poça (decorre de fatores aleatórios), ou não ocorre. Nesse caso, há
três possibilidades que decorrem de fatores aleatórios: dispersão, incêndio
em nuvem e explosão.

16.1.2 Técnicas Auxiliares


APR, Whaf IF, Hazop ou AAF são utilizadas para identificar os eventos inicia-
dores da rvore de eventos.

A árvore de eventos trabalha com eventos que se sucedem a partir de um


evento-topo indesejável, podendo ser confirmados ou não nesta sucessão
por probabilidade de ocorrência.

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Resumo
A técnica da árvore de eventos é indutiva, aplicando-se a situações de emer-
gência. Pode ser quantitativa e qualitativa e desenvolve-se a partir de um even-
to-topo acidentário e seus desdobramentos.

Atividades de aprendizagem
• Seu José é morador desta linda casa. Não imaginava, quando comprou o
lote, há alguns anos, que a prefeitura abriria uma rua no loteamento que
terminasse bem defronte de sua residência. E o pior é que a declividade
é bastante forte, com mais 30º de inclinação.

Fonte: Acervo do autor

• Por isso toda hora Seu José, incomodado com a situação, vai à frente do
imóvel pensando em algumas medidas que pudesse solicitar à prefeitura
para dar mais proteção à sua casa e família. Vamos ajudar Seu José?
Utilizando a Análise por Árvore de Eventos, faça um diagnóstico dos pos-
síveis desdobramentos danosos e as medidas de controle. Enumere as
consequências possíveis e as medidas de emergência/controle:

Aula 16 – Análise por Árvore de Eventos 101 e-Tec Brasil

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