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Aula 08

MP-AP (Técnico Ministerial - Auxiliar


Administrativo) Arquivologia 2021
(Pós-Edital)

Autor:
Ricardo Campanario
Aula 08

18 de Abril de 2021

-
Ricardo Campanario
Aula 08

Sumário

Arquivo Permanente & Pesquisa .................................................................................................................. 3

1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 3

2 - Arquivos Permanentes .......................................................................................................................... 5

3 - Arranjo ..................................................................................................................................................... 9

3.1 - Introdução e conceitos .................................................................................................................. 9

3.2 - Fundos de arquivo................................


........................................................................................ 11

4 - Descrição............................................................................................................................................... 16

5 - Instrumentos de Pesquisa .................................................................................................................. 20

5.1 - Guia................................................................................................................................................. 21

5.2 - Inventário ....................................................................................................................................... 21

5.3 - Catálogo ........................................................................................................................................ 22

5.4 - Catálogo Seletivo ......................................................................................................................... 23

5.5 - Índice .............................................................................................................................................. 23

5.6 - Edição de fontes ........................................................................................................................... 24

5.7 - Tabela de equivalência ou concordância ................................................................................. 24

6 - Normatização ....................................................................................................................................... 27

6.1 - ISAD (G).......................................................................................................................................... 28

6.2 - NOBRADE...................................................................................................................................... 32

7 - Políticas Públicas dos Arquivos Permanentes - Referência ........................................................... 39

7.1 - Atividades culturais / educacionais ........................................................................................... 39

7.2 - Serviços editoriais ......................................................................................................................... 40


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8 - Terminologia Arquivística Aplicada .................................................................................................. 42

9 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 51

Lista de Questões.......................................................................................................................................... 52

Questões Comentadas ................................................................................................................................. 70

Gabarito ........................................................................................................................................................ 122

Resumo ......................................................................................................................................................... 123

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ARQUIVO PERMANENTE & PESQUISA

1 - Considerações Iniciais

Olá pessoal!

Hoje falaremos bastante de Arranjo, Descrição e Referência e, na próxima aula de Preservação,


Conservação e Restauração dos Documentos.

Mas você também vai perceber que nossa conversa rapidamente migrará para a gestão digital dos
documentos, para as novas diretrizes de acesso aos documentos e para os novos perfis exigidos do
profissional arquivista.

Tudo isso vem sendo construído nos últimos anos em função de significativas mudanças legislativas
que também debateremos neste último terço do curso.

Bem, vamos lá. Hoje entraremos a fundo em três das principais atividades do Arquivo Permanente: o
Arranjo, a Descrição e a Referência. A última das atividades do arquivo permanente, a Conservação, veremos
mais adiante.

Você deve lembrar que já falamos tanto de Arranjo como de Descrição ao longo das aulas e, desta
forma, é natural que eu traga de volta alguns conceitos para refrescarmos a memória antes de irmos mais a
fundo.

Em seguida conheceremos em detalhes os instrumentos de pesquisa mais importantes, ou seja,


aquelas ferramentas que ajudam os demandantes da informação ou dos documentos a encontrá-los, tema
que imediatamente esbarra na normatização da atividade de descrição, que também veremos com mais
atenção, especialmente as normas ISAD(G) e a brasileira NOBRADE.

Por fim falaremos de políticas públicas dos arquivos permanentes, aqui representando a atividade de
Referência, típica de arquivos permanentes. Lá veremos como os arquivos podem se aproximar da sociedade
levando a ela informações e trazendo os interessados para dentro de suas instalações.

Ao final da aula, como sempre, trarei mais uma vez termos do DBTA, relacionados a aula. Assim
debatemos e reforçamos alguns conceitos, além de tocar em pequenos pontos que, eventualmente, não
tenham sido enfatizados ao longo da aula.

Definições literais, especialmente do DBTA, são sempre cobradas em provas de Arquivologia e, do


jeito que estamos fazendo, a cada uma de nossas aulas você estuda um pouquinho da íntegra do DBTA. No
final, ou pertinho da prova, basta uma revisão geral e você estará pronto para encarar a banca!

Relembro que ao longo da aula usaremos conceitos teóricos de estudiosos do tema, seguidos de
explicações e exemplos e, ao final das discussões, geralmente teremos questões específicas sobre o assunto
tratado, ajudando no entendimento e na fixação dos conceitos.

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Tento sempre trazer as questões mais recentes disponíveis, mas, às vezes, por razões pedagógicas, é
necessário usar questões um pouco mais antigas para ilustrar alguns pontos específicos ou chamar atenção
de algum conteúdo ou formato de cobrança da banca, especialmente aqueles de maior incidência.

Abaixo seguem meus contatos para dúvidas e sugestões.

Vamos em frente!

Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario

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2 - Arquivos Permanentes

Os arquivos permanentes são a consequência final de um programa de gestão de documentos pois a


função arquivística é considerada um todo indivisível ao longo de todo o ciclo vital do documento.

Dessa forma o arquivo permanente faz parte de todo esse ciclo. Podemos considerar que é sua
"última etapa", após o documento transitar pelas demais idades do ciclo vital.

Sabemos que o destino dos arquivos é passar por uma lenta evolução que os afasta cada vez mais de
seu objetivo primitivo, ou seja, a razão principal para a qual ele foi criado.

Sendo assim, com o passar dos anos, embora o documento perca o seu valor administrativo, ele
pode ganhar importância como documento histórico.

Uma forma fácil de resolver o problema seria separar os documentos em dois arquivos: o velho
(histórico) e o administrativo, mas não podemos fazer isso pois na realidade são todos simplesmente
documentos em processo de transformação.

Durante as três fases dos arquivos (corrente, intermediária e permanente) há uma série de tarefas e
atividades relativas ao processo de gestão documental que precisam ser desempenhadas e hoje vamos tratar
das atividades do arquivo permanente.

Segundo Marilena Leite Paes:

A função de um arquivo permanente é reunir, conservar, arranjar, descrever e facilitar a


consulta dos documentos oficiais, de uso não corrente, ou seja, concentrar sob sua
custódia, conservar e tornar acessíveis documentos não correntes, que possam tornar-se
úteis para fins administrativos, pesquisas históricas e outros fins.

Ainda de acordo com a pesquisadora, o principal objetivo da reunião dos arquivos em um órgão
central é torná-los acessíveis e colocar à disposição dos usuários a experiência do passado, tanto quanto ela
se reflita em um documento.

Cada conjunto de documento é reservatório da experiência humana, que só poderá ser


adequadamente utilizada se estiver racionalmente arranjada e conservada, ambas atividades típicas dos
arquivos permanentes.

Buscando algumas outras definições do termo, para o DBTA o arquivo permanente é o:

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor.

Já para o DTA, a definição apresenta pequena variação. Vejamos:

Conjunto de documentos custodiados em caráter definitivo em função de seu valor.

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Já a Lei Nacional dos Arquivos (Lei 8.159/1991), em seus artigos 8o e 10o, define que:

Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e


permanentes.

§ 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico,


probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.

Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis.

Dentro desse contexto, no arquivo permanente são mantidos os conjuntos documentais


que foram considerados de guarda definitiva em função de seus valores secundários,
que podem ser legais, probatórios, científicos, históricos, culturais ou informativos,
como já estudamos.

As principais atividades do arquivo permanente são: arranjo, descrição, conservação e referência


(políticas de acesso e uso).

Hoje trataremos de todas, exceto de conservação, que estudaremos na próxima aula.

(IBFC/CM Araraquara-SP/Analista Informação/2018) A idade em relação ao ciclo de vida documental onde


o documento tem valor secundário, ou seja, não podem ser eliminados/descartados de forma alguma em
decorrência de seu valor probatório e/ou informativo para o Estado ou sociedade. Assinale a alternativa
correta.
a) primeira idade, arquivo secundário
b) terceira idade, arquivo histórico
c) segunda idade, arquivo de custódia
d) terceira idade, arquivo permanente
e) primeira idade, arquivo probatório
Comentário:
Boa questão para reforçarmos o conceito estudado.
A alternativa D é a correta e é o gabarito da questão.
Note que o examinador traz já no enunciado a principal característica dos arquivos permanentes, ou seja, o
fato de custodiar documentos de valor secundário. São aqueles documentos de valor probatório ou
informativo e que não podem ser eliminados. Ele está falando exatamente do arquivo permanente.
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A segunda chave para resolver a questão refere-se ao ciclo de vida dos documentos. Como vimos até mesmo
na Lei 8.159/91, os documentos públicos são divididos em três grupos: os correntes, os intermediários e os
permanentes. Essas são exatamente as três idades documentais: primeira, segunda e terceira idade,
respectivamente.
Dessa forma estamos falando da terceira idade e do arquivo permanente.
Nas demais alternativas temos erros evidentes, que nos ajudam a responder à questão, mesmo que por
exclusão.
Na alternativa A a banca fala em primeira idade. Já vimos que estamos falando da terceira. Além disso, traz
o arquivo "secundário", que sequer é um dos tipos de arquivos que estamos estudando.
Na letra B o examinador traz a terceira idade, o que está correto, mas se equivoca ao trocar o arquivo
permanente pelo arquivo "histórico".
Na alternativa C temos dois erros. Não estamos falando da segunda idade do ciclo de vida dos documentos
e muito menos de arquivo de "custódia". Fuja dessa!
Finalmente, na letra E o examinador fala de primeira idade e arquivo "probatório". Ambos errados.

(CESPE/PGE PE/Assistente de Procuradoria/2019) A respeito de princípios e conceitos arquivísticos, julgue


o item a seguir.
Documento de arquivo de valor primário pertence ao arquivo permanente.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está ERRADA.
Mais uma boa questão para que você veja que as bancas cobram a simples correspondência entre o valor
documental e o seu respectivo arquivo.

Lembre-se sempre:
Valor Primário (administrativo) - arquivos corrente ou intermediário
Valor Secundário (probatório, informativo, etc.) - arquivo permanente
Outra cobrança muito comum é a que se refere as relações abaixo, que você também não pode esquecer
para sua prova:
PRIMEIRA IDADE -> ARQUIVO CORRENTE
SEGUNDA IDADE -> ARQUIVO INTERMEDIÁRIO
TERCEIRA IDADE -> ARQUIVO PERMANENTE

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Dessa forma, a afirmativa do enunciado está errada pois documento de valor primário (aquele que tem alta
frequência de uso em função do seu valor administrativo) é documento dos arquivos corrente ou
intermediário, mas nunca do permanente.

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3 - Arranjo

3.1 - Introdução e conceitos

Entrando nas principais atividades do Arquivo Permanente, vamos iniciar pelo arranjo, que pode ser
considerada uma operação tanto intelectual como material.

O arranjo nada mais é do que a ordenação dos conjuntos documentais remanescentes das
eliminações (lembra-se de como elas ocorrem, correto? Se não se lembra volte na aulas em que estudamos
as Tabelas de Temporalidade e o processo de eliminação!), obedecendo a critérios que respeitem sempre o
caráter orgânico dos conjuntos, tanto interna como externamente.

Note que agora estamos falando também dos princípios da Organicidade e da Proveniência, que
estudamos lá no início do curso. Ao se deparar com isso, a essa altura, você já precisa ter esses conceitos
solidificados. Voltaremos ao tema já já.

Para T. R. Schellemberg, arranjo é o:

Processo de agrupamento dos documentos singulares em unidades significativas e o


agrupamento, em relação significativa de tais unidades entre si.

Esta definição é um pouco confusa mas note que, de novo, fala-se aqui da organicidade, ou seja, a
relação natural dos documentos de um arquivo, entre si e entre as atividades da entidade produtora.
Relembre algumas definições do princípio da Organicidade:

Organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos espelham a estrutura, as funções e


as atividades da entidade produtora/acumuladora em suas relações internas e externas.

Para o DBTA a organicidade é relação natural entre documentos de um arquivo em


decorrência das atividades da entidade produtora.

Dessa forma, o princípio da Organicidade nada mais é do que a relação que é naturalmente
estabelecida entre os documentos que são produzidos por uma mesma entidade produtora e isso é crítico
para estudar e entender a atividade de arranjo, que ocorre dentro dos arquivos permanentes.

Para aprofundarmos ainda mais o entendimento do termo arranjo, vamos ver como o DBTA o define:

Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de


um arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.

Perceba então que o próprio Dicionário define como uma atividade intelectual (análise do
documento quanto a sua forma, origem funcional e conteúdo) ou física (organização dos papéis nas galerias
ou estantes, empacotamento, colocação de etiquetas, etc.), de acordo com plano previamente estabelecido,
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que é justamente o plano que deve seguir os princípios da Organicidade e da Proveniência, como vimos
acima.

No arquivo permanente o arquivista não se interessa apenas pelo arranjo dos papéis de determinado
setor, mas se ocupa da ordenação de todos os documentos sob sua guarda e que provém de múltiplos
órgãos, onde foram manipulados por inúmeros funcionários ou interessados.

Ao tratar essa documentação, agora de uso não corrente, o arquivista deverá obedecer a
Proveniência dos documentos, princípio básico da Arquivologia, segundo o qual devem ser mantidos
reunidos, num mesmo fundo, todos os documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivo.

Vejamos o que já estudamos sobre o princípio da Proveniência no início do curso:

Para o DBTA é um princípio básico da arquivologia segundo o qual o arquivo produzido por
uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades
produtoras. Também chamado princípio do respeito aos fundos.

Já para Heloisa Bellotto “o princípio da Proveniência fixa a identidade do documento


relativamente ao seu produtor. Por esse princípio, os arquivos devem ser organizados
obedecendo à competência e as atividades da instituição ou pessoa legitimamente
responsável por sua produção, acumulação ou guarda de documentos. Arquivos originários
de uma instituição ou de uma pessoa devem manter a individualidade, dentro de seu
contexto orgânico de produção não devendo ser mesclados, no arquivo, a outros de
origem distinta”.

Note que o mais importante em tudo isso é que os arquivos devem respeitar a sua origem ao longo
da atividade de arranjo, ou seja, devem respeitar o lugar de onde vêm, a sua proveniência, assim como a
relação que têm com as atividades da instituição, a sua organicidade.

Para finalizar, a atividade de arranjo está também diretamente ligada a mais um princípio, o do
Respeito a Ordem Original ou da Ordem Primitiva.

Para o DBTA, o princípio do Respeito a Ordem Original é o princípio segundo o qual o arquivo deveria
conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu, ou seja, ele deve ser
alocado em seu lugar original, respeitando o fundo de onde provém, além de respeitar o fluxo natural
orgânico em que o documento foi produzido.

Veja então, antes de avançarmos, que a atividade de arranjo é regida basicamente por
três grandes princípios da Arquivologia: o da Proveniência, o da Organicidade e o do
Respeito à Ordem Original. Importante lembrar disso para a prova.

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Proveniência: não deve ser


misturado aos de outras
entidades produtoras

ARRANJO

Organicidade: deve observar a


Respeito a Ordem Original: deve
relação natural entre os
conservar o arranjo dado pela
documentos e entre as
entidade coletiva, pessoa ou
atividades da entidade
família que o produziu
produtora

3.2 - Fundos de arquivo

Voltando ao princípio da proveniência, uma das dificuldades encontradas na sua aplicação refere-se
à determinação das unidades administrativas que irão se constituir em fundos de arquivo pois é
indispensável que a ordenação de arquivos permanentes se faça por fundos.

Fundo é o:

Conjunto de documentos produzidos e/ou acumulados por determinada entidade pública


ou privada, pessoa ou família, no exercício de suas funções e atividades, guardando entre
si relações orgânicas, e que são preservados como prova ou testemunho legal e/ou cultural,
não devendo ser mesclados à documentação de outro conjunto, gerado por outra
instituição, mesmo que este, por qualquer razão, lhe seja afim.

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Além de ser necessário saber o que são os fundos, já que toda a atividade de arranjo se baseia neles,
é importante saber também que a escolha desses fundos deverá ser estabelecida de acordo com as
circunstâncias e conveniências, obedecendo a dois critérios:

Estrutural - documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivos

Funcional - documentos provenientes de mais de uma fonte geradora de arquivos,


reunidos pela semelhança de suas atividades, mantido, porém, o princípio da proveniência.

Temos ainda os chamados:

Fundo Aberto - sua acumulação é contínua, uma vez que os documentos de valor
permanente passam a integrá-lo pouco a pouco, à medida que vencem os estágios
anteriores de vigência e validade administrativa e jurídica.

Fundo Fechado - a entidade produtora/acumuladora já encerrou suas atividades ou as teve


tão substancialmente modificadas que justificam um encerramento do fundo e abertura
de outro.

Por fim, importante falarmos sobre a dispersão e a reintegração de fundos no arquivo permanente:

DISPERSÃO DE FUNDOS

A dispersão de um fundo deve sempre ser encarada como uma exceção. A regra é que o fundo nunca
deve ser disperso.

Ela ocorre quando se retiram documentos de uma série, ou retiram-se séries de um fundo ou mesmo
fundos inteiros de um arquivo, com o objetivo de compor séries e fundos de outro arquivo.

Essas situações verificam-se basicamente em quatro ocasiões:

Sequestro e confisco de documentos - no caso de guerras e/ou conflitos.

Separação territorial - quando municípios, estados ou países se apossam de documentos


mais antigos do que os limites acordados entre as partes, que envolvem os documentos
mais recentes, possivelmente pós separação e que, de fato, são críticos para a
administração do novo território.

Obediência a determinações superiores - são ocorrências pontuais e circunstanciais, de


caráter público.

Acatamento de determinações legais - correspondem a situações específicas, do


momento e caso em questão.

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DISPERSÃO DE FUNDOS

Sequestro ou Separação Determinações Determinações


Confisco Territorial Superiores Legais

REINTEGRAÇÃO DE FUNDOS

É exatamente o movimento inverso do que vimos acima. A reintegração de fundos, segundo o DBTA
é a:

Recondução de arquivos e/ou documentos ao fundo ou arquivo a que pertencem.

Lembre-se que cada documento, em sua fase permanente de vida, deve ficar junto com os que
tiveram o mesmo meio de produção/tramitação/acumulação.

Em nenhuma hipótese é justificável a sua dispersão para proteção, melhor tratamento técnico ou por
outras razões que atendam às necessidades do historiador ou qualquer interessado.

(IADES/Hemocentro-DF/Analista de Arquivologia/2017) Assinale a alternativa que corresponde ao


princípio segundo o qual o arquivo deveria conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou
família que o produziu.
a) Proveniência.
b) Ordem primitiva.
c) Pertinência.
d) Reversibilidade.
e) Respeito aos fundos
Comentário:

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Lembre-se sempre dos principais princípios que estão ligados à atividade de arranjo, executada no arquivo
permanente. São eles os princípios da proveniência, da organicidade e do respeito a ordem original também
conhecido como o princípio da ordem primitiva. E, voltando ao enunciado, fica fácil de matar a questão. O
examinador fala em conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu, ou
seja, está se referindo ao respeito à ordem original ou ordem primitiva.
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
Na alternativa A a banca fala no princípio da proveniência, que também é um dos princípios ligados ao
arranjo. E, não à toa, ele já é logo o primeiro, tentando induzir o candidato ao erro. Cuidado. Leia o enunciado
com cuidado e todas as alternativas. A proveniência, como vimos, refere-se à manutenção do documento
junto aos demais que foram produzidos pela mesma entidade. Não confunda os conceitos. Não é disso que
o examinador está falando.
As letras C e D trazem sim princípios da Arquivologia, mas não aqueles diretamente relacionados a atividade
de arranjo.
Por fim, na alternativa E o examinador lista o princípio do respeito aos fundos e aqui, importante saber que
esse é o princípio da proveniência, portanto também relacionado ao arranjo, mas não exatamente o que a
banca busca com a definição do enunciado.

Atenção pois esta relação entre os princípios da Arquivologia e as atividades executadas no arranjo é
bastante exigida em prova!

(CESPE/Área 10/Oficial Área Inteligência/2018) Acerca de princípios e de conceitos arquivísticos, julgue o


item que se segue.
Os arquivos de um órgão público existente há mais de cem anos fazem parte de um fundo aberto.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Lembre-se do que estudamos sobre fundos abertos e fechados
Fundo Aberto - sua acumulação é contínua, uma vez que os documentos de valor permanente passam a
integrá-lo pouco a pouco, à medida que vencem os estágios anteriores de vigência e validade administrativa
e jurídico.
Fundo Fechado - a entidade produtora/acumuladora já encerrou suas atividades ou as teve tão
substancialmente modificadas que justificam um encerramento do fundo e abertura de outro.
Dessa forma, retornando ao enunciado, mesmo que o órgão público exista há mais de cem anos, porém não
exista nenhuma menção de que deixou de existir atualmente ou que algum de seus fundos tenha sido
encerrado, ele é um fundo aberto. Afirmativa correta!
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Cuidado para não se confundir. O examinador faz a menção aos 100 anos de existência para criar no
candidato a impressão de que o fundo é muito antigo e não existe mais. Não caia nessa!

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4 - Descrição

Outra atividade importante do arquivo permanente e que vamos abordar nessa aula é a descrição.

Para iniciarmos a discussão, vamos ver como o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística
define o termo:

Conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos


documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.

Para o DTA temos definição bastante semelhante. Vejamos:

Conjunto de procedimentos que, a partir de elementos formais e de conteúdo, permitem


a identificação de documentos e a elaboração de instrumentos de pesquisa.

Veja que nos dois casos são citados os "conjuntos de procedimentos", a utilização dos "elementos
formais e de conteúdo" dos documentos e a "elaboração de instrumentos de pesquisa".

Tudo isso para propiciar e, sobretudo, facilitar o acesso ao documento ou a informação buscada pelo
interessado. É isso que você precisa saber e memorizar para a prova.

Para que o arquivo permanente cumpra de forma plena a função de atender ao público, ou seja,
possa disponibilizar aos usuários o conteúdo do seu acervo de forma rápida e prática, é preciso proceder à
descrição dos documentos, resultando daí os chamados instrumentos de pesquisa, que iremos estudar em
detalhe um pouco mais adiante.

A elaboração criteriosa, rigorosa e precisa da descrição é tarefa primordial do arquivista dos arquivos
de terceira idade.

Dessa forma, podemos considerar que a descrição é uma atividade típica dos arquivos permanentes.
Reforçando essa tese, segundo uma de nossas principais fontes, a professora Heloísa Bellotto "ela não cabe
nos arquivos correntes, onde seu correspondente é o estabelecimento dos códigos dos planos de
classificação".

Prossegue a professora: "tampouco a descrição faz sentido no âmbito dos arquivos intermediários,
onde a frequência de utilização secundária é quase nula".

Note que, para Bellotto, a descrição não só é uma atividade típica dos arquivos permanentes como
acontece só na terceira idade do ciclo de vida dos documentos.
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Como já vimos em aulas anteriores, essa não é uma interpretação unânime de toda a comunidade
arquivística. Não há um consenso em relação a quais estágios do ciclo vital são permeados pela função
Descrição. A maioria dos estudiosos cita a terceira idade/arquivo permanente, como a própria Heloisa
Bellotto, mas não todos.

Dentro da perspectiva da arquivística integrada, por exemplo, aquele ponto de vista que aborda a
atividade de gestão documental desde a produção do documento até seu recolhimento permanente ou
eliminação, a descrição começa no processo de Classificação, continua na Avaliação e se aprofunda em
instrumentos de busca mais específicos, se espalhando pelos três ciclos vitais documentais.

Veja que mesmo os que defendem que a descrição ocorre apenas no arquivo permanente, não negam
que essas atividades estejam presentes ao longo de toda a cadeia, apenas não as consideram como,
tipicamente, atividades de descrição.

A própria ISAD(G) que estudaremos a seguir, admite que "processos relacionados à


descrição podem começar na ou antes da produção dos documentos e continuam
durante sua vida.", ou seja, estendem-se ao longo de todas as idades documentais.

Ainda nesta direção, a NOBRADE - Norma Brasileira de Descrição Arquivística, diz logo na
definição de seu âmbito e objetivos que "Embora voltada preferencialmente para a
descrição de documentos em fase permanente, pode também ser aplicada à descrição
em fases corrente e intermediária."

Assim, fique atento a esta particularidade caso venha a ser cobrada em prova e entenda o contexto
da questão ou a fonte que está sendo utilizada.

Em linhas gerais a descrição é uma atividade típica do arquivo permanente porém, de acordo com
fontes importantes da arquivística nacional e internacional, seus procedimentos podem ser encontrados
também nos arquivos corrente e intermediário. Fique atento à fonte que serve de referência a questão!

Avançando um pouco na discussão, vimos que o principal resultado da descrição é a elaboração de


instrumentos de pesquisa que facilitem o acesso aos documentos, ou seja, o desenvolvimento de guias,
inventários, catálogos, catálogos seletivos, índices e edições de fontes, o que também veremos já já.

A elaboração desses instrumentos é função permanente nos arquivos de custódia e desempenhada


por seus arquivistas especializados, cuja qualidade do trabalho transparece na precisão dos instrumentos de
pesquisa que são elaborados e na medida em que seu trabalho satisfaz ao pesquisador.

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Vamos aprofundar agora a discussão sobre os instrumentos de pesquisa, mas antes vamos exercitar
o tema recém discutido.

(CVEST IFPE/IF PE/Arquivista/2017) Podemos afirmar que o objetivo da descrição arquivística é


a) analisar os documentos desde a fase corrente e utilizar instrumentos que controlem a passagem para as
fases posteriores.
b) identificar e explicar o contexto e o conteúdo de documentos de arquivo, com a finalidade de promover
o acesso aos mesmos.
c) compor instrumentos que orientem quanto ao tempo de manutenção dos documentos no arquivo
permanente.
d) coletar informações necessárias à definição de políticas de preservação e conservação de documentos
históricos.
e) elaborar instrumentos que descrevam o trâmite dos documentos dentro da instituição e sua destinação
final.
Comentário:
Boa questão para reforçarmos a definição de descrição.
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
Lembre-se sempre que a descrição é o conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais
e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa, com o objetivo de facilitar o
acesso ao documento e a informação para o interessado.
Veja que com essa definição do DBTA, sabendo que a descrição gera instrumentos de pesquisa com base na
forma e conteúdo dos documentos, com o objetivo de facilitar o seu acesso, fica fácil de matar a questão,
certo?
Na alternativa A a banca traz atividades que não fazem parte da gestão documental, especialmente o
controle da passagem entre as fases.
Na letra C, o examinador traz o termo "instrumento" - justamente para confundir o candidato que a esta
altura tem na cabeça os "instrumentos de pesquisa" -, mas depois diz que esses instrumentos "orientam
quanto ao tempo de manutenção no arquivo permanente". Aí não. Aí ele está falando da Tabela de
Temporalidade, um instrumento de gestão de documentos e não um instrumento de pesquisa. Fique atento!
Na alternativa D a banca fala em coleta de informações necessárias às políticas de preservação e
conservação. Essas atividades estão ligadas ao arquivo permanente e falaremos dela em aula a seguir, mas
não estão diretamente relacionadas à descrição.

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Por fim, na letra E o examinador fala novamente na "elaboração de instrumentos", usando o mesmo artifício
da alternativa C, porém cita instrumentos que descrevem o trâmite documental e não o seu conteúdo ou
forma. Também não pode estar correto.

(CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional - Arquivologia/2017) De acordo com as normas brasileiras


de descrição arquivística e com a norma internacional para a descrição de funções, julgue o item a seguir.
A descrição de funções é um elemento importante na organização dos documentos, principalmente como
ferramenta de recuperação e análise de documentos.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Mesmo que ainda não tenhamos estudado as normas as quais a banca se refere no enunciado (faremos isso
ainda nesta aula), já é possível responder à questão.
Vimos até aqui que a descrição tem como principal função a elaboração de instrumentos de pesquisa que,
por sua vez, existem para facilitar o acesso à informação e aos documentos buscados por historiadores ou
outros interessados, correto?
Dessa forma, nada mais certo do que considerá-la "um elemento importante na organização dos
documentos, principalmente como ferramenta de recuperação e análise de documentos", exatamente o que
diz o enunciado. Gabarito!

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Os instrumentos de uso interno orientam e subsidiam o trabalho do arquivista quanto ao arranjo e à


descrição dos documentos. Temos entre esses instrumentos as listagens que acompanham os recolhimentos
de documentos, organograma dos órgãos, quadros gerais de fundos, grupos e séries, tabelas de
temporalidade, fichários de controle, entre outros.

Não é raro o examinador misturar instrumentos externos e internos em questões sobre o tema. Fique
atento pois, na imensa maioria das vezes, a questão refere-se a instrumentos de uso externo, ou seja, o
usuário interessado na informação.

Antes de entrar em cada um dos instrumentos de pesquisa, vale lembrar que eles também devem
constituir uma espécie de família hierárquica, na qual o guia ocupa o vértice da hierarquia. Veremos a razão
mais a frente.

5.1 - Guia

O guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um arquivo.


Ele é a porta de entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo.

No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como por exemplo os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.

O guia também deve conter uma pequena introdução que apresente o histórico da instituição e
explique o processo pelo qual seu acervo foi formado.

Através do guia, o pesquisador poderá programar sua visita, sabendo exatamente quais são as
condições de consulta, quais conjuntos documentais são pertinentes para seus interesses de pesquisa e quais
são as condições de acesso. Ele será o primeiro instrumento solicitado por qualquer consulente familiarizado
com os procedimentos técnicos do arquivo.

Para o DBTA, o guia é:

Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções


existentes em um ou mais arquivos.

5.2 - Inventário

Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa
que se seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.

O objetivo é descrever as atividades de cada titular, as séries integrantes, o volume de documentos,


as datas-limite e os critérios de classificação e de ordenação.

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Ao contrário do guia, os inventários devem, necessariamente, abordar conjuntos documentais com


algum nível de organização do ponto de vista da classificação arquivística. A descrição das séries documentais
de cada fundo é uma atividade fundamental para permitir o pleno acesso aos documentos de um arquivo.

Uma boa descrição de cada fundo arquivístico permite que o pesquisador consiga detectar,
preliminarmente, a possível existência e a localização de documentos de seu interesse. O acesso a um
documento individual e específico ocorrerá mediante o conhecimento dos critérios de classificação e de
ordenação interna das séries.

Os inventários, por se referirem a conjuntos documentais classificados, têm, ao contrário do guia,


uma vida útil mais longa.

No entanto, suas informações deverão ser reavaliadas sempre que novas inclusões documentais
forem feitas (no caso de fundos abertos), ou novos sistemas de ordenação e de acesso (com o incremento
da informática, por exemplo) forem executados. Pelo fato de o inventário ser basicamente um instrumento
para a pesquisa especializada, a elaboração de edições sofisticadas não compensa o investimento.

Para o DBTA, o inventário é:

Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de


arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação
lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

5.3 - Catálogo

O catálogo é o instrumento que descreve unitariamente as peças documentais de uma série ou mais
séries, ou ainda de um conjunto de documentos, respeitada ou não a ordem de classificação.

No catálogo, por ser a representação descritiva de documento por documento, as sequências dos
dados necessários à identificação e ao resumo são as mesmas que as do inventário.

O fundamental do catálogo é que ele se atenha à compreensão dos documentos dentro de suas
relações orgânicas com as atividades que os produziram.

Só é possível elaborar catálogos de séries que já estejam organizadas e, preferencialmente,


inventariadas.

Na introdução do catálogo, deverão constar, além dos dados gerais da série (ou séries), levantados
por ocasião da confecção do inventário, as seguintes informações: explicação sobre a importância do
catálogo, contextualização da série dentro do fundo e indicação dos critérios para a ordenação de
documentos.

Para o DBTA, o catálogo é:

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Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos, cronológicos,


onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos
pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.

5.4 - Catálogo Seletivo

O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma relação seletiva de
documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma unidade de
arquivamento é descrita minuciosamente.

O que difere o catálogo seletivo do catálogo ou mesmo do inventário é que, nestes dois últimos, após
escolhido o fundo, não há seleção de documentos, enquanto no catálogo seletivo, há.

Dessa forma, os catálogos seletivos transcendem a dimensão arquivística dos catálogos


convencionais e dos inventários ao escolher documentos que atendam a critérios temáticos,
independentemente de sua posição no plano de classificação, podendo, inclusive, reunir documentos de
fundos e arquivos distintos.

O DBTA não traz definição para o catálogo seletivo porém, para o DTA, sua definição é:

Catálogo que toma por unidade documentos previamente selecionados, pertencentes a


um ou mais fundos ou arquivos, segundo um critério temático.

5.5 - Índice

O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o usuário às respectivas
notações de localização.

Índices têm como objetivo permitir uma rápida localização das unidades documentais que atendam
a critérios específicos, tanto de uma única série como de diferentes fundos.

Na confecção de índices, deve-se tomar muito cuidado com a escolha dos termos a serem utilizados.
Em tais tarefas a utilização de vocabulários controlados e tesauros é imperativa.

Dessa forma os índices podem ser utilizados como parte complementar de inventários e catálogos
analíticos ou mesmo ter personalidade própria, indexando diretamente os documentos.

Quando tem "personalidade própria" e são utilizados como instrumentos de pesquisa autônomos,
procuram decompor os documentos em descritores, que podem ser temáticos, cronológicos, onomásticos,
geográficos etc.

Entretanto, a forma mais comum de ocorrência dos índices é sua integração dentro de outros
instrumentos de pesquisa, visando garantir possibilidades variadas de acesso aos documentos em questão.

Os instrumentos de pesquisa muito extensos, como os catálogos de conjuntos documentais


volumosos, geralmente são complementados por algum tipo de índice.
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Para o DBTA o índice é

Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidos em


documentos ou em instrumentos de pesquisa, acompanhados das referências para sua
localização.

5.6 - Edição de fontes

A edição de fontes documentais ou textos históricos segundo Heloisa Bellotto "compreende a


publicação de um instrumento de pesquisa no qual os documentos não recebem resumos indicativos e/ou
informativos, como nos anteriormente citados, figurando o texto integral."

Portanto, nada mais é do que a publicação de textos de documentos na íntegra.

5.7 - Tabela de equivalência ou concordância

Instrumento de caráter puramente auxiliar, que dá a equivalência de antigas notações para as novas
que tenham sido adotadas, em decorrência de alterações no sistema de arranjo.

Vamos exercitar um pouco esse conceitos que acabamos de estudar?

(ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) Os Instrumentos de pesquisa são ferramentas utilizadas


para descrever um arquivo, ou parte dele, identificando, resumindo e localizando os fundos, as séries e/ou
as unidades documentais existentes em um arquivo permanente, além de ter a função de orientar a
consulta e de determinar com exatidão quais são e onde estão os documentos com a finalidade de controle
e de acesso ao acervo. Aquele instrumento de pesquisa que é, preferencialmente, o primeiro a ser
produzido por um arquivo é
a) índice.
b) guia.
c) inventário.
d) folder.
Comentário:
Ótima questão para reforçarmos um ponto bastante cobrado entre os instrumentos de pesquisa, ou seja,
qual é aquele que costuma ser produzido em primeiro lugar.
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
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Vimos isso quando falamos do Guia, lembra? O guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de
pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um mapeamento
panorâmico do acervo.
Os instrumentos de pesquisa devem constituir uma espécie de família hierárquica, na qual o guia ocupa o
vértice da hierarquia, justamente por executar esse papel.
Na alternativa A o examinador fala de índice. Vimos que o índice é, segundo o DBTA, a relação sistemática
de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidos em documentos ou em instrumentos de pesquisa,
acompanhados das referências para sua localização. E, nessa situação, certamente não é o primeiro a ser
produzido por uma instituição arquivística.
Na letra C a banca traz o inventário. Para o DBTA é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou
analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma
ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos. Note que ele já está um
degrau abaixo do Guia.
Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.
Ao contrário do guia, os inventários devem, necessariamente, abordar conjuntos documentais com algum
nível de organização do ponto de vista da classificação arquivística. A descrição das séries documentais de
cada fundo é uma atividade fundamental para permitir o pleno acesso aos documentos de um arquivo.
Por fim, na alternativa D a banca fala em "folder", que sequer é um instrumento de pesquisa. Aqui não dá
nem para ficar em dúvida!

(CESPE/MPOG/Arquivista/2015) A respeito das funções arquivísticas de descrição e de classificação de


documentos, julgue o item subsecutivo.
Os instrumentos de pesquisa, resultados da descrição, podem ser elaborados de forma genérica e parcial
ou a partir da publicação de documentos na íntegra.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Veja que a banca fala sobre a produção de instrumentos de pesquisa em formato "genérico" e "parcial" ou
a partir da publicação da íntegra de um documento.
Está correto. Lembre-se sempre que há um instrumento que nada mais é do que a publicação na íntegra da
informação contida no documento. É a Edição de Fontes. Relembre o que Heloísa Bellotto fala sobre ela:
"compreende a publicação de um instrumento de pesquisa no qual os documentos não recebem resumos
indicativos e/ou informativos, como nos anteriormente citados, figurando o texto integral".
Por outro lado, temos os instrumentos considerados genéricos como os Guias e os parciais como os
inventários, catálogos, repertórios e índices. Relembre abaixo:

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6 - Normatização

Bem, avançando na discussão sobre os temas relacionados ao arquivo permanente, chegamos à


normatização.

Como já sabemos, a normatização está diretamente ligada a atividade de descrição, que é uma das
principais atividades executadas na terceira idade do ciclo documental, ou seja, no arquivo permanente. E
é um assunto que cai com razoável frequência em provas.

Relembrando um pouco do que já estudamos, a normatização surge com o intuito de


garantir que a descrição documental dos documentos de arquivo seja consistente,
apropriada e intuitiva. Para isso faz-se necessário ter algumas regras que a padronize, ou
seja, normas específicas voltadas para este processo.

Esse processo contribui para que todas as organizações que trabalham com arquivos possam realizar
suas atividades de tratamento técnico dos acervos documentais com a maior eficácia possível, economia de
recursos, ampliando o potencial dos instrumentos de pesquisa gerados, simplificando o acesso aos usuários
e viabilizando o intercâmbio entre as diferentes instituições arquivísticas.

Entre as principais normas arquivísticas internacionais de descrição estão a ISAD(G), a ISAAR(CPF), a


ISDF e a ISDIAH. Já estudamos todas em aula anterior. Hoje vamos aprofundar apenas a ISAD(G). Caso tenha
dúvidas em relação as demais, volte a respectiva aula!

Já em relação ao Brasil, temos a NOBRADE (Norma Brasileira de Descrição Arquivística), que adapta
as normas internacionais à realidade brasileira.

Antes de entrarmos um pouco mais a fundo na ISAD(G) e na NOBRADE (que são as duas mais
cobradas), relembre este esquema que já foi estudado em aula anterior. Se não estiver confortável com os
conceitos volte a aula respectiva pois esse é um assunto que já encerramos, especialmente para as normas
sobre as quais não falaremos hoje.

NORMAS INTERNACIONAIS DE
DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA

ISAD (G) ISAAR (CPF) ISDF


ISDIAH

Normas gerais de Entidades Funções de


descrição Instituições
coletivas, pessoas entidades
arquivística arquivísticas
e famílias coletivas

CONTEXTO/ ACERVOS
PRODUÇÃO / PRODUÇÃO /
ARQUIVÍSTICOS
CONTEÚDO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO

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6.1 - ISAD (G)

Segundo André Ancona Lopez:

A norma ISAD (G) propõe padronizar a descrição arquivística a partir de uma estruturação
multinível, isto é, do geral ao particular, inserindo cada item da descrição na estrutura
geral do fundo de arquivo em uma relação hierárquica.

Ainda, do ponto de vista da teoria arquivística, o mais importante na ISAD(G) é justamente o respeito
que ela apresenta aos princípios da proveniência e da organicidade.

OBJETIVOS

A ISAD tem como principal objetivo estabelecer diretrizes gerais para a preparação de descrições
arquivísticas, podendo ser usada juntamente com as normativas nacionais de diversos outros países. Além
disso, tem como outros objetivos:

• assegurar a criação de descrições consistentes, apropriadas e autoexplicativas.


• facilitar a recuperação e a troca de informação sobre documentos arquivísticos.
• possibilitar o compartilhamento de dados.
• tornar possível a integração de descrições de diferentes arquivos num sistema unificado de
informação.

REGRAS E PRINCÍPIOS

No primeiro nível (fundo) a descrição deve dar informações do fundo como um todo. Nos níveis
seguintes deve-se dar informação sobre as partes descritas. As descrições resultantes se mostrarão em uma
relação hierárquica da parte até o todo, indo do nível mais amplo (fundo) até o mais específico.

Esta é a regra mais importante da norma. Note que ela avança sempre do geral para o
particular, ou seja, do fundo para as partes descritas. Isso precisa estar claro no dia da
prova pois tem alta incidência em questões.

Além da regra mais importante, que diz que a descrição deve ir sempre do geral para o particular, a
ISAD possui outras três regras que devem ser conhecidas:

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- Informação relevante para o nível de descrição: deve-se fornecer informação apropriada apenas
para o nível que está sendo descrito. Se a descrição é de um fundo não se deve fornecer informações
específicas de processos ou dossiês que constituem esse fundo, mas só do fundo.

- Relação entre descrições: as descrições devem sempre ser relacionadas a que estiver mais próxima
e acima.

- Não repetição da informação: informação já dada em um nível superior (e isso deve ser feito quando
ela for comum aos níveis inferiores), não deve ser repetida em cada um dos níveis abaixo.

COMPOSIÇÃO

A ISAD (G) define 26 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma
entidade arquivística (sendo que 6 deles são obrigatórios - abaixo estão grifados em vermelho) e as regras
estão organizadas em 7 áreas de informação descritiva.

São elas, incluindo cada um dos 26 elementos, com atenção para os obrigatórios:

1. Área de identificação (identifica a unidade de descrição)

- Código de referência - identifica de maneira específica a unidade de descrição e


estabelece uma ligação com a descrição que a representa.
- Título – nomeia a unidade de descrição.
- Data – identifica e registra a(s) data(s) da unidade de descrição.
- Nível de descrição – identifica o nível de organização da unidade de descrição.
- Dimensão e suporte – Identifica e registra a dimensão física/lógica e o suporte da unidade
de descrição.

2. Área de contextualização (informa a origem e custódia da unidade de descrição)

- Nome dos produtores - identifica os produtores da unidade de descrição.


- História administrativa / Bibliografia – Fornece uma história administrativa ou dados
biográficos do(s) produtor(es) da unidade de descrição, para contextualizar o acervo e
torná-lo mais compreensível.
- História arquivística – Fornece informação sobre a história da unidade de descrição que
seja significativa para sua autenticidade, integridade e interpretação.
- Procedência – Identifica a origem imediata de aquisição ou transferência da unidade de
descrição.

3. Área de conteúdo e estrutura (informa sobre o assunto e organização da unidade de


descrição)

- Âmbito e conteúdo - Capacita os usuários a avaliarem a potencial relevância da unidade


de descrição.
- Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação
relativa à avaliação, seleção e eliminação.

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- Incorporações – Informa o usuário sobre acréscimos previstos à unidade de descrição.


- Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema
de arranjo da unidade de descrição.

4. Área de condições de acesso e de uso (informa sobre a acessibilidade da unidade de


descrição)

- Condições de acesso - Fornece informação sobre o estatuto legal ou outros regulamentos


que restrinjam ou afetem o acesso à unidade de descrição.
- Condições de reprodução – Identifica quaisquer restrições quanto à reprodução da
unidade de descrição.
- Idioma – Identifica o(s) idioma(s), escrita(s) e sistemas de símbolos utilizados na unidade
de descrição.
- Características físicas e requisitos técnicos – Fornece informação sobre quaisquer
características físicas ou requisitos técnicos importantes que afetem o uso da unidade de
descrição.
- Instrumentos de pesquisa – Identificar os instrumentos de pesquisa relativos à unidade
de descrição.

5. Área de fontes relacionadas (informa sobre fontes com uma relação importante com a
unidade de descrição)

- Existência e localização dos originais - Indica a existência, localização, disponibilidade


e/ou destruição dos originais quando a unidade de descrição consiste de cópias.
- Existência e localização de cópias – Indica a existência, localização e disponibilidade de
cópias da unidade de descrição.
- Unidades de descrição relacionadas – Identifica unidades de descrição relacionadas.
- Nota sobre publicação – Identifica quaisquer publicações que sejam sobre ou baseadas
no uso, estudo ou análise da unidade de descrição.

6. Área de notas (qualquer outra informação que não possa ser incluída em nenhuma das
outras áreas)

- Notas - Fornece informação que não possa ser incluída em qualquer das outras áreas.

7. Área de controle da descrição (informa sobre como, quando e por quem a descrição
arquivística foi elaborada)

- Nota do arquivista - Explica como a descrição foi preparada e por quem.


- Regras ou convenções – Identifica as convenções em que a descrição é baseada.
- Datas das descrições – Indica quando esta descrição foi preparada e/ou revisada.

Note que os cinco elementos da área de identificação são obrigatórios, assim como a indicação do
produtor, que está na área de contextualização.

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A utilização dos demais 20 elementos é facultativa.

Em relação a ISAD(G) é muito importante saber que ela possui 26 elementos espalhados
por 7 áreas (é bom saber quais são elas) e 6 deles são obrigatórios (também importante
lembrar quais são no momento em que a banca os citar).

(FEPESE/MPE-SC/Analista Arquivologia/2014) No âmbito da descrição arquivística, a ISAD(G) aponta


elementos considerados essenciais para o intercâmbio internacional de informação descritiva.
Em relação ao tema, é correto afirmar:
a) o controle de vocábulo é elemento precedente para o registro da informação.
b) o código de referência e o título estão entre os elementos.
c) o intercâmbio de materiais arquivísticos é um elemento.
d) os elementos estão sujeitos às regras para o registro de autoridade arquivística.
e) a incorporação de elementos depende de determinações internacionais.
Comentário:
Questão importante para vermos que a banca cobra, neste caso, o conhecimento dos elementos tidos como
obrigatórios na norma ISAD(G).
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão.
Acabamos de ver isso na aula, lembra? A ISAD(G) possui 7 áreas de informação descritiva, composta por 26
elementos sendo que dos 26, apenas 6 são considerados obrigatórios. São eles:
- Código de referência
- Título
- Data
- Nível de descrição
- Dimensão e suporte
- Nome do produtos
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Sabendo quais são os elementos você já conseguiria matar a questão pois encontraria dois deles juntos, na
alternativa B, o código de referência e o título.
Na alternativa A o examinador traz "controle de vocábulo" como elemento. Note que você só conseguiria
descartar essa alternativa sabendo quais são os elementos ou ao menos lembrando que este não é um dos
26!
Na letra C a banca diz que "intercâmbio de materiais" é um elemento. Mesmo cenário. É necessário ter um
mínimo de conhecimento do universo dos 26 elementos para poder descartar esta também.
Na alternativa D fala-se em "regras para o registro da autoridade arquivística". As regras para o registro de
autoridade arquivística estão constantes em outra norma: a ISAAR(CPF).
A ISAAR(CPF) fornece regras gerais para o estabelecimento de registros de autoridade arquivística que
descrevem entidades coletivas, pessoas e famílias que podem ser citadas como produtores nas descrições
de documentos de arquivos, como vimos em aula do início do curso.
Por fim, na letra E o examinador traz a informação que "a incorporação de elementos depende de
determinações internacionais. Também não está correto. A incorporação de elementos, além dos essenciais,
já está prevista e pode acontecer sempre que o arquivista julgar necessário usar algum dos elementos da
ISAD(G) além dos 6 considerados essenciais.

6.2 - NOBRADE

Segundo o Conarq - Conselho Nacional de Arquivos, a NOBRADE é:

Norma que estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos,


compatíveis com as normas internacionais em vigor ISAD(G) e ISAAR(CPF), e tem em vista
facilitar o acesso e o intercâmbio de informações em âmbito nacional e internacional.

Embora voltada preferencialmente para a descrição de documentos em fase permanente, pode


também ser aplicada à descrição em fases corrente e intermediária.

Essa observação é bastante importante pois é trazida justamente pela NOBRADE e


contrasta com aquele posicionamento que já estudamos da professora Heloisa Bellotto a
respeito da presença da descrição apenas no arquivo permanente.

Para que não se confunda considere que a descrição é atividade típica de arquivo permanente, mas
pode ser encontrada nas demais idades documentais. E atenção à fonte que a banca está usando na questão!

OBJETIVOS

Ainda segundo o Conarq, a NOBRADE tem por objetivo:

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Estruturar a informação a partir de elementos de descrição comuns, buscando interferir o


mínimo possível na forma final em que as descrições são apresentadas.

Cabe a cada entidade custodiadora e a seus profissionais a decisão acerca dos recursos utilizados para
a descrição, bem como o formato final de seus instrumentos de pesquisa, sendo apenas imprescindível a
presença dos elementos de descrição obrigatórios.

Veja que a NOBRADE procura, portanto, padronizar sem "engessar" demasiadamente a instituição
arquivística, dando a ela espaço para que possa incorporar suas particularidades e contexto ao longo da
atividade de descrição.

O único ponto em que a norma é inflexível é em relação a utilização dos 7 elementos obrigatórios.

Tente memorizar as diferenças entre a ISAD(G) e a NOBRADE. Isso tem boa possibilidade
de ser tema de questão de prova quando falamos de normatização:

Enquanto a ISAD(G) tem 7 áreas de informação e 26 elementos, sendo 6 obrigatórios, a


NOBRADE tem 8 áreas de informação e 28 elementos, sendo 7 obrigatórios.

REGRAS E PRINCÍPIOS

A NOBRADE tem como pressupostos básicos o respeito aos fundos e a descrição multinível,
adotando exatamente os mesmos princípios expressos na ISAD(G):

• Descrição do geral para o particular – com o objetivo de representar o contexto e a estrutura


hierárquica do fundo e suas partes componentes.
• Informação relevante para o nível de descrição – com o objetivo de representar com rigor o
contexto e o conteúdo da unidade de descrição.
• Relação entre descrições – com o objetivo de explicitar a posição da unidade de descrição na
hierarquia.
• Não repetição da informação – com o objetivo de evitar redundância de informação em
descrições hierarquicamente relacionadas.

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REGRAS E PRINCÍPIOS
ISAD(G) & NOBRADE

Descrição do Informação
Relação entre Não repetição da
geral para o relevante para o
descrições informação
particular nível de descrição

COMPOSIÇÃO

A NOBRADE define 28 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma
entidade arquivística (sendo que 7 deles são obrigatórios - abaixo estão grifados em vermelho) e as regras
estão organizadas em 8 áreas de informação descritiva.

São elas, incluindo cada um dos 28 elementos, com atenção para os obrigatórios (em vermelho):

1. Área de identificação (registra informação essencial para identificar a unidade de


descrição)

- Código de referência - identifica a unidade de descrição.


- Título – identifica nominalmente a unidade de descrição.
- Data – identifica a(s) data(s) da unidade de descrição.
- Nível de descrição – identifica o nível da unidade de descrição em relação as demais.
- Dimensão e suporte – Identifica as dimensões física/lógica e o suporte da unidade de
descrição.

2. Área de contextualização (registra informação sobre a proveniência e custódia da


unidade de descrição)

- Nome dos produtores - identifica os produtores da unidade de descrição.


- História administrativa / Bibliografia – Oferece informações referenciais sistematizadas
da trajetória do(s) produtor(es), da sua criação ou nascimento até a sua extinção ou
falecimento.
- História arquivística – Oferece informações referenciais sistematizadas sobre a história
da produção e acumulação da unidade de descrição, bem como sobre a sua custódia.
- Procedência – Identifica a origem imediata de aquisição ou transferência da unidade de
descrição.

3. Área de conteúdo e estrutura (registra informação sobre o assunto e a organização da


unidade de descrição)

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- Âmbito e conteúdo - Fornece aos usuários informações relevantes ou complementares


ao Título da unidade de descrição.
- Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação
relativa à avaliação, seleção e eliminação.
- Incorporações – Informa o usuário sobre acréscimos previstos à unidade de descrição.
- Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema
de arranjo da unidade de descrição.

4. Área de condições de acesso e de uso (registra informação sobre o acesso à unidade


de descrição)

- Condições de acesso - Fornece informação sobre as condições de acesso à unidade de


descrição e, existindo restrições, em que estatuto legal ou outros regulamentos se
baseiam.
- Condições de reprodução – Identifica quaisquer restrições quanto à reprodução da
unidade de descrição.
- Idioma – Identifica o(s) idioma(s), escrita(s) e sistemas de símbolos utilizados na unidade
de descrição.
- Características físicas e requisitos técnicos – Fornece informação sobre quaisquer
características físicas ou requisitos técnicos importantes que afetem o uso da unidade de
descrição.
- Instrumentos de pesquisa – Identifica os instrumentos de pesquisa relativos à unidade de
descrição.

5. Área de fontes relacionadas (registra informação sobre outras fontes que têm
importante relação com a unidade de descrição)

- Existência e localização dos originais - Indica a existência, localização, disponibilidade


e/ou destruição dos originais quando a unidade de descrição consiste de cópias.
- Existência e localização de cópias – Indica a existência, localização e disponibilidade de
cópias da unidade de descrição.
- Unidades de descrição relacionadas – Identifica a existência unidades de descrição
relacionadas.
- Nota sobre publicação – Identifica publicações sobre a unidade de descrição ou
elaboradas com base no seu uso, estudo e análise, bem como as que a referenciem,
transcrevam ou reproduzam.

6. Área de notas (registra informação sobre o estado de conservação e/ou qualquer outra
informação sobre a unidade de descrição que não tenha lugar nas áreas anteriores)

- Notas sobre conservação - Fornece informações sobre o estado de conservação da


unidade de descrição, visando orientar ações preventivas ou reparadoras.
- Notas Gerais - Fornece informação que não possa ser incluída em nenhuma das outras
áreas ou que se destine a completar informações que já tenham sido fornecidas.

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7. Área de controle da descrição (registra informação sobre como, quando e por quem a
descrição foi elaborada)

- Nota do arquivista - fornece informação sobre a elaboração da descrição.


- Regras ou convenções – Identifica as normas e convenções em que a descrição é baseada.
- Datas das descrições – Indica quando esta descrição foi preparada e/ou revisada.

8. Área de pontos de acesso e descrição de assuntos (registra os termos selecionados para


localização e recuperação da unidade de descrição)

- Pontos de acesso e identificação de assuntos - Registra os procedimentos para


recuperação do conteúdo de determinados elementos de descrição, por meio da geração
e elaboração de índices baseados em entradas autorizadas e no controle do vocabulário
adotado.

Perceba que a comparação entre a ISAD(G) e a NOBRADE não é tão difícil quanto parece, pois são
muito parecidas.

Até a área 5 há total coincidência entre a ISAD(G) e a NOBRADE, tanto em relação as áreas quanto
em relação aos seus elementos e objetivos. São idênticas.

Na área 6 a NOBRADE traz a primeira novidade. Cria o elemento "notas sobre conservação", que não
existe na ISAD(G) e rebatiza o elemento "notas" da ISAD(G) como "notas gerais", mantendo seu objetivo.

A área 7 é novamente idêntica para as duas normas.

A partir daí a norma brasileira acrescenta mais uma área, de número 8. É a área de pontos de acesso
e descrição de assuntos, que não possui estrutura semelhante na ISAD(G). Essa é basicamente a única
diferença entre a composição das áreas das 2 normas.

Por fim, há ainda outra diferença significativa que precisa ser memorizada: a NOBRADE tem 7
elementos obrigatórios ao invés dos 6 da ISAD(G). O elemento adicional é o "critério de acesso" na área 4,
sinalizado na caixa de destaque acima.

Temos, portanto, pouquíssimas diferenças entre as duas normas e é isso que você precisa
saber. Novo elemento na área 6, uma nova área (8) - com seu novo elemento - e um novo
elemento obrigatório, o "critério de acesso", da área 4.

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Além disso, importante ter alguma intimidade com a nomenclatura dos elementos e das áreas
(incluindo aí os seus objetivos) pois é comum a banca pedir a avaliação de elementos ou de áreas e colocar
entre eles termos ou definições que não se encaixam com o que trazem ISAD(G) e NOBRADE.

Geralmente são questões simples e fáceis de matar, desde que você minimamente conheça a lista de
áreas e elementos. Fique atento!

NOBRADE ISAD (G)

Áreas de Informação Áreas de Informação


8 7
Elementos de Descrição Elementos de Descrição
28 26
Elementos Obrigatórios Elementos Obrigatórios
7 6

(NC-UFPR/FOZPREV/Analista Previdenciário Arquivologia/2018) A Norma Brasileira de Descrição


Arquivística (NOBRADE) tem por objetivo estruturar a informação a partir de elementos de descrição
comuns, buscando interferir o mínimo possível na forma final em que as descrições são apresentadas.
Levando em consideração a estrutura e o uso da NOBRADE no que se refere ao registro das áreas, assinale
a alternativa correta.
a) Área de contextualização: registra informação sobre a proveniência e custódia da unidade de descrição.
b) Área de identificação: registra informação sobre o assunto e a organização da unidade de descrição.
c) Área de conteúdo e estrutura: registra informação essencial para identificar a unidade de descrição.
d) Área de controle da descrição: registra os termos selecionados para localização e recuperação da unidade
de descrição.
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e) Área de notas: registra informação sobre outras fontes que têm importante relação com a unidade de
descrição.
Comentário:
Veja que na questão a banca cobra o conhecimento dos objetivos das áreas da NOBRADE. Como eu disse:
questão bastante simples e rápida, desde que você conheça as áreas e seus objetivos.
A alternativa A é a correta e é o gabarito da questão.
Vimos agora mesmo que a área de contextualização tem como objetivo registrar informação sobre a
proveniência e custódia da unidade de descrição. É exatamente o que a alternativa traz para o candidato.
Gabarito!
Na letra B examinador traz o objetivo da área de conteúdo e estrutura e não de identificação. E ele usará
esse recurso ao longo de todas as alternativas. Veja adiante.
Na alternativa C a banca traz o objetivo da área de identificação e não de conteúdo e estrutura.
Na letra D ao invés da área de controle e descrição, que é a proposta, o examinador traz o objetivo da área
de pontos de acesso e descrição de assuntos, justamente aquela área que só a NOBRADE possui, quando
comparada com a ISAD(G).
Por último, na E o examinador traz o objetivo da área de fontes relacionadas e não da área de notas,
conforme diz a alternativa.

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7 - Políticas Públicas dos Arquivos Permanentes - Referência

Sabemos que os arquivos públicos existem com o principal objetivo de recolher, custodiar, preservar
e organizar fundos documentais originados na área governamental, disponibilizando essa informação para
administradores, historiadores, cidadãos e demais interessados.

Existe porém uma outra atividade, talvez secundária, que é porém a que melhor pode desenhar o seu
papel social, conferindo-lhe um papel na sociedade e concretizando a real dimensão popular e cultural que
reforça o seu primeiro objetivo.

Estamos falando das políticas públicas de difusão (ou atividade de Referência) implementadas pelas
instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão cultural e
de assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.

Vimos lá no início da aula que as principais atividades do arquivo permanente são: arranjo, descrição,
conservação e referência (políticas de acesso e uso). Pronto. Agora estamos falando desta última.

O arquivo é algo como a "consciência histórica" da administração e também pode e deve exercer o
mesmo papel em relação a sociedade. E há algumas formas de fazer isso, que é o que nos importa sob o
ponto de vista de matérias cobradas em concurso. Vamos a elas.

Os arquivos têm duas formas de promover essas atividades: de fora para dentro, atraindo o público
para as suas instalações ou de dentro para fora, levando para o público parte de seu conteúdo, valores e
pensamentos.

Dessa forma são dois grandes caminhos que os arquivos podem percorrer nesse sentido: as
atividades culturais / educacionais e os serviços editoriais.

7.1 - Atividades culturais / educacionais

No Brasil as atividades culturais que as instituições arquivísticas promovem são principalmente:

• visitas guiadas
• palestras/aulas
• debates
• lançamentos de obras
• concursos
• patrocínios de:
o simpósios
o congressos
o jornadas
o reuniões

Importante frisar que tais atividades não se referem apenas a profissão e à prática arquivística e/ou
histórica, mas podem também se relacionar a outros campos da cultura.

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Por meio desses eventos os arquivos trazem para dentro de suas instalações físicas os mais variados
interessados, sejam eles os próprios frequentadores (historiadores, administradores e cidadão interessados)
ou, o mais importante, novos públicos como estudantes e demais cidadãos que não conhecem o arquivo e
não criariam nenhuma relação com o órgão sem esse tipo de iniciativa.

Em relação as atividades educacionais, hoje considera-se que o arquivo pode atuar em dois
formatos:

• Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da
instituição arquivística.
• Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa
vez a relação pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio
ambiente de ensino.

7.2 - Serviços editoriais

Já as publicações são o canal de comunicação com o exterior pois levam não só à comunidade, mas
também à própria administração e à academia informações sobre o acervo documental, as atividades e os
programas dos arquivos.

Por meio das publicações os arquivos podem atrair novos usuários e fazê-los compreender o que eles
representam para a sociedade.

Nesse contexto, perceba que, além dos instrumentos de pesquisa que acabamos de estudar, os
arquivos têm em sua produção editorial outra grande possibilidade de permitir ao usuário o acesso as suas
informações, ao seu acervo a as suas atividades do dia a dia.

As principais publicações que podem ser aqui listadas são:

• manuais
• edições de textos
• monografias
• edições comemorativas
• folders promocionais ou explicativos

(CESPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos arquivos


permanentes, julgue o próximo item.
Visitas guiadas, aulas de história no arquivo, realização de concursos são ações de difusão nos arquivos
permanentes.
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a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Questão que aborda modalidades de atividades relacionadas as atividades culturais/educacionais dos
arquivos. Como vimos ao longo da aula, as principais são:
- visitas guiadas
- palestras/aulas
- debates
- lançamentos de obras
- concursos
- patrocínios de simpósios, congressos, jornadas e reuniões
Portanto, questão correta!

(CESPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos arquivos


permanentes, julgue o próximo item.
A aproximação estudante-documento pode ser abordada por meio de dois ângulos: o contato direto do
estudante com as fontes primárias e a seleção de documentos para o ensino de história.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Esta questão aborda exatamente o tema que acabamos de estudar.
Quando tratamos da difusão por meio da atividade educacional, o movimento pode acontecer de duas
formas:
- Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da instituição
arquivística.
- Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa vez a relação
pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio ambiente de ensino.
É exatamente o que traz o enunciado! Questão correta.

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8 - Terminologia Arquivística Aplicada

Bem, estamos chegando ao final de mais uma aula.

A partir daqui vamos discutir temas diretamente ligados à Terminologia Arquivística.

Como também já é de costume, vamos trazer definições do DBTA, pois é sempre comum termos ao
menos uma pergunta de Terminologia Arquivística nas provas de Arquivologia.

Vamos aos termos!

ACESSO

Possibilidade de consulta a documentos e informações.

Esse é exatamente o objetivo final e principal de qualquer arquivo, ou seja, possibilitar e


disponibilizar ao interessado o acesso as informações e documentos de seu acervo. Tal atividade
acontece, prioritariamente, no arquivo permanente.

ARQUIVO PERMANENTE

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor.

Definição do DBTA do que mais estudamos nesta aula. Note que vincula a preservação dos
documentos ao valor detectado, neste caso, o valor secundário.

ARRANJO

Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de um


arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.

Uma das principais atividades do arquivo permanente, conforme estudamos. Está diretamente
relacionado aos princípios da Organicidade, Proveniência e Respeito a Ordem Original. Veja que
o dicionário faz referência às atividades intelectuais (classificação dos documentos) e físicas
(organização em estantes, arquivos, etc.).

ARRANJO ESTRUTURAL

Arranjo que tem por eixo a estrutura administrativa da entidade produtora do arquivo.

Vimos isso ao estudarmos os tipos de fundos, lembra? Quando os fundos são arranjados de
maneira estrutural significa que são provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivos.

ARRANJO FUNCIONAL

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Arranjo que tem por eixo as funções desempenhadas pela entidade produtora do arquivo.

Ao contrário, o fundo quando arranjado de maneira funcional, provém de mais de uma fonte
geradora de arquivos, reunidos por semelhança de suas atividades, mantido, porém, o princípio
da proveniência.

CATÁLOGO

Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos ou


toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos pertencentes a um ou mais
fundos, de forma sumária ou analítica.

Um dos instrumentos de pesquisa estudados, como vimos, descreve as peças de maneira


UNITÁRIA, se atendo a compreensão dos documentos dentro de suas relações orgânicas com as
atividades que os produziram.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA

Código elaborado de acordo com a Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística –


ISAD(G), destinado a identificar qualquer unidade de descrição.

Recurso utilizado, de acordo com a norma internacional ISAD(G), para efetuar a descrição de
documentos.

CUSTÓDIA

Responsabilidade jurídica de guarda e proteção de arquivos, independentemente de vínculo


de propriedade.

Função típica do arquivo permanente.

DESCRIÇÃO

Conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos


documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.

Vimos ao longo da aula que a descrição, assim como o arranjo, é uma das atividades típicas do
arquivo permanente. Como estudamos também, tem como principal resultado a elaboração de
instrumentos de pesquisa que facilitem o acesso aos documentos, ou seja, o desenvolvimento de
guias, inventários, catálogos, catálogos seletivos, índices e edições de fontes.

DESCRIÇÃO MULTINÍVEL

Descrição que, levando em consideração a estrutura de organização de um acervo, permite a


recuperação das informações dos documentos que o integram em diferentes níveis, do mais genérico
ao mais específico, estabelecendo relações verticais e horizontais entre eles.
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Um dos tipos de descrição. Não entramos nesse tipo de detalhe pela pequena probabilidade de
cobrança em provas, mas vale ler a definição.

ELEMENTO DE DESCRIÇÃO

Categoria de informação utilizada na descrição normalizada de documentos.

São os elementos que estudamos especialmente na ISAD(G) e na NOBRADE, está lembrado? Esta
diferença entre elas é importante saber: enquanto a ISAD(G) tem 7 áreas de informação e 26
elementos, sendo 6 obrigatórios, a NOBRADE tem 8 áreas de informação e 28 elementos, sendo
7 obrigatórios.

FUNDO

Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Termo que equivale a arquivo.

O conceito de fundo é muito cobrado quando se fala em arranjo. Importante saber também que
é um termo equivalente a "arquivo".

FUNDO ABERTO

Fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade
produtora continuar em atividade.

O fundo aberto é aquele que admite acumulação contínua, sem interrupção.

FUNDO FECHADO

Fundo que, não recebe acréscimos de documentos, em função de a entidade produtora não se
encontrar mais em atividade.

O fundo fechado, por sua vez, é aquele cuja entidade produtora/acumuladora já encerrou suas
atividades ou as teve tão substancialmente modificadas que justificam um encerramento do
fundo e abertura de outro.

GUIA

Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes em um
ou mais arquivos.

Vimos na aula que o Guia é o primeiro instrumento de pesquisa que geralmente é produzido por
um arquivo. Isso o diferencia dos demais e é bom guardar para o dia da prova!

INCORPORAÇÃO

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Adição de documentos a um fundo ou coleção já sob custódia. Também chamada acréscimo de


acervo.

Como o fundo continua recebendo documentos, certamente estamos falando de um fundo


aberto. Atenção para não confundir com a reintegração, que se dá quando os documentos são
reconduzidos a um fundo ou arquivo ao qual já pertenceram. A reintegração é o oposto da
dispersão, mas não é exatamente a incorporação, discutida nesse momento. Cuidado!

ÍNDICE

Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidos em documentos


ou em instrumentos de pesquisa, acompanhados das referências para sua localização.

O índice é mais um instrumento de pesquisa e tem como objetivo permitir uma rápida localização
das unidades documentais que atendam a critérios específicos, tanto de uma única série como de
diferentes fundos.

INSTRUMENTO DE PESQUISA

Meio que permite a identificação, localização ou consulta a documentos ou a informações neles


contidas. Expressão normalmente empregada em arquivos permanentes.

Resultado final da atividade de descrição documental. Os principais são (isso você precisa saber!):
Guia, Inventário, Catálogo, Catálogo Seletivo (anteriormente chamado de Repertório), Índice e
Edição de Fontes. A Tabela de Equivalência e Concordância, que vimos na aula, é trazida como
um instrumento por alguns arquivistas mas não está entre os 6 instrumentos clássicos, que são
os listados anteriormente.

INVENTÁRIO

Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de arquivamento de


um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que poderá refletir ou
não a disposição física dos documentos.

Mais um instrumento de pesquisa. Na ordem hierárquica estabelecida entre eles, é bom saber
que ele vem depois do Guia.

LISTAGEM DESCRITIVA DO ACERVO

Relação elaborada com o objetivo de controlar a entrada de documentos em arquivos


intermediários e em arquivos permanentes.

Trago este termo aqui porque muitas vezes as bancas usam termos como esses para confundir o
candidato em relação aos instrumentos de pesquisa. Listagens de acervo, listagens de eliminação,
tabelas de temporalidade e outros são instrumentos que auxiliam a instituição em seu trabalho
de gestão documental, mas não são instrumentos de pesquisa.
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METADADOS

Dados estruturados e codificados, que descrevem e permitem acessar, gerenciar, compreender


e/ou preservar outros dados ao longo do tempo.

Não estudamos exatamente os metadados, mas como tem alguma relação com a atividade de
descrição é bom conhecer sua definição.

NÍVEL DE ARRANJO

Posição dos documentos em uma estrutura hierarquizada de arranjo.

Dentro da estrutura adotada, qual a posição de cada um dos documentos.

NÍVEL DE DESCRIÇÃO

Posição da unidade de descrição na hierarquia do fundo ou coleção.

Lembre-se que de acordo com a ISAD(G), a descrição deve sempre ser feita sempre do nível mais
amplo (fundo) até o mais específico.

NOTAÇÃO

Código de identificação que permite a ordenação ou localização das unidades de arquivamento.


Também chamado cota. Se em vigor e formulado de acordo com a Norma Geral Internacional de
Descrição Arquivística – ISAD(G), equivale a código de referência.

Termo bastante relacionado à atividade de descrição arquivística. Utilizado no auxílio da


atividade de arquivamento. Os índices ou as tabelas de equivalência auxiliam no entendimento
das diferentes notações adotadas pela instituição.

PALAVRA-CHAVE

Palavra ou grupo de palavras retiradas do título ou do texto de um documento e que indicam


seu conteúdo, facilitando a recuperação da informação.

Termo muito utilizado na atividade de descrição documental.

PONTO DE ACESSO

Elemento de informação, termo ou código que, presente em unidades de descrição, serve à


pesquisa, identificação ou localização de documentos.

Outro termo diretamente ligado à descrição documental. Vale ficar atento pois pode aparecer.

PROCESSAMENTO TÉCNICO
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Expressão utilizada para indicar as atividades de identificação, classificação, arranjo, descrição e


conservação de arquivos. Também chamado processamento arquivístico, tratamento arquivístico ou
tratamento técnico.

Note que as atividades de arranjo, descrição e conservação, todas típicas do arquivo permanente,
estão compreendidas no termo "processamento técnico".

QUADRO DE ARRANJO

Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de um arquivo, a partir do estudo das
estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise do acervo. Expressão adotada
em arquivos permanentes.

Veja que a própria definição do DBTA frisa que é uma expressão adotada em arquivos
permanentes. Nada mais é do que o próprio arranjo, esquematizado.

RECOLHIMENTO

1 Entrada de documentos públicos em arquivos permanentes, com competência formalmente


estabelecida.
2 Operação pela qual um conjunto de documentos passa do arquivo intermediário para o arquivo
permanente.

Esse é um termo importantíssimo para os arquivos permanentes. É o termo que significa a


entrada do documento no arquivo permanente, esteja ele vindo do arquivo intermediário ou de
qualquer outro lugar. Quando o documento ingressa no arquivo permanente ele é RECOLHIDO.
Atenção pois a pegadinha clássica das bancas é usar o termo TRANSFERIDO, que se aplica apenas
quando o documento sai do arquivo corrente e vai para o intermediário. Quando o destino é o
arquivo permanente, não se esqueça, o documento é RECOLHIDO!

REINTEGRAÇÃO

Recondução de arquivos e/ou documentos ao fundo ou arquivo a que pertencem.

Como já vimos um pouco mais acima, cuidado para não confundir com incorporação. A
reintegração só ocorre quando o documento volta ao fundo ao qual já pertencia e saiu por
qualquer razão.

SALA DE CONSULTAS

Área de um arquivo destinada à consulta. Também chamada sala de leitura ou sala de pesquisa.

Muito comum encontrarmos locais como esses em arquivos permanentes, especialmente os


grandes arquivos federais, estaduais, municipais ou de grandes instituições.

SALA DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA


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Área geralmente próxima à sala de consultas, na qual os instrumentos de pesquisa estão disponíveis
para os usuários.

Complementa os recursos que são oferecidos aos interessados na busca por documentos.

SERVIÇO DE REFERÊNCIA

Conjunto de atividades destinadas a orientar o usuário quanto aos documentos relativos ao tema de
seu interesse, aos instrumentos de pesquisa disponíveis e às condições de acesso e de reprodução.

Mais um item que complementa o rol de ferramentas oferecidas ao usuário de arquivos


permanentes.

SERVIÇO EDUCATIVO

Conjunto de atividades pedagógicas realizadas com o objetivo de divulgar o acervo e iniciar o público
na sua utilização.

Mais do que relacionado aos arquivos permanentes, relaciona-se com o tema Políticas Públicas
dos arquivos permanentes (ou atividade de Referência), que estudamos no fim da aula. É uma
das frentes dessa iniciativa.

SISTEMA DE ARRANJO

Conjunto de procedimentos técnicos combinados que norteiam a organização dos documentos,


tendo em vista a recuperação da informação de um ou mais fundos e/ou coleções.

Também é basicamente a própria atividade de arranjo, típica dos arquivos permanentes.

TABELA DE EQUIVALÊNCIA

Instrumento que estabelece uma correspondência entre notações diferentes.

Vimos anteriormente que é o instrumento de pesquisa auxiliar que facilita a busca esclarecendo
a correspondência atual de notações antigas. Não está na lista dos instrumentos de pesquisa
clássicos.

TERMO DE RECOLHIMENTO

Instrumento legal que define e formaliza o recolhimento de documentos ao arquivo permanente.

Lembra que acabamos de falar de recolhimento do documento para o arquivo permanente? O


termo de recolhimento é o que formaliza essa movimentação.

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VALOR PERMANENTE

Valor probatório ou valor informativo que justifica a guarda permanente de um documento


em um arquivo. Também chamado valor arquivístico ou valor histórico.

Abrange os valores probatório e informativo. Atenção pois, para o DBTA, não é o mesmo que
valor secundário, que veremos abaixo.

VALOR SECUNDÁRIO

Valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a entidade produtora e
outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi
originalmente produzido.

O que define o valor secundário é o interesse que o documento gera a outras pessoas, diferentes
daquelas para as quais foi produzido.

(FCC/MPU/Analista Documentação Arquivologia/2007) O esquema segundo o qual se organizam os


arquivos permanentes é conhecido como
a) notação binária.
b) reintegração.
c) quadro de arranjo.
d) termo de encerramento.
e) sucessão arquivística.
Comentário:
Note que a banca traz uma definição e pergunta qual o termo correspondente. Conforme acabamos de
estudar em Terminologia, o examinador está falando do "quadro de arranjo".
A alternativa C é a correta e é o gabarito da questão.
Veja a definição de quadro de arranjo para o DBTA: Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos
de um arquivo, a partir do estudo das estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise
do acervo. Expressão adotada em arquivos permanentes. Ou seja, em outras palavras, o mesmo que é
proposto pelo enunciado.

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Nas demais alternativas o examinador traz outros termos com definições completamente diferentes. É aquilo
que costumo dizer: matar uma questão dessa não é difícil, ela não é complexa, mas você precisa ter um
mínimo de conhecimento dos verbetes do DBTA. Por isso em todas as aulas fazemos um pouco desse
exercício

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9 - Considerações Finais

Este é o final de mais uma aula.

Hoje falamos intensamente de arquivo permanente, especialmente sobre as atividades de arranjo e


descrição.

As relações das atividades de arranjo com os princípios da Proveniência, da Organicidade e do


Respeito a Ordem Original, assim como a intensa proximidade da atividade de descrição com os instrumentos
de pesquisa são, genericamente, os pontos mais importantes que você precisa absorver desta aula.

Vimos ainda, agora de maneira mais profunda, a normatização, que impacta diretamente a atividade
de descrição documental. ISAD(G) e NOBRADE, suas áreas, funções, elementos e, sobretudo, suas diferenças,
são os tópicos mais cobrados em provas. Fique atento.

Ao final passamos pela atividade de referência, que inclui a difusão, fruto de políticas públicas
implementadas nas instituições arquivísticas. Importante notar que podem ocorrer tanto de fora para dentro
(ações culturais e educacionais) como de dentro para fora, por meio da produção editorial.

Próxima aula praticamente fecharemos a discussão sobre os arquivos permanentes investindo


bastante tempo para falar sobre as atividades de conservação, preservação e recuperação de documentos.
É um tema extenso e muito técnico, por isso resolvi quebrar a aula em duas etapas. Ficaria muito longa de
uma vez só...

Vamos em frente!

Nos vemos breve, na próxima aula. Tchau!

Ricardo Campanario

Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario

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LISTA DE QUESTÕES

1. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) As construções amplas com grandes vãos são mais eficientes que
os espaços menores e compactos para a manutenção das condições ambientais necessárias à
preservação de acervos arquivísticos.

a) Certo
b) Errado

2. (CEBRASPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao gerenciamento de informação


e à gestão de documentos, julgue o próximo item. A organização dos documentos de valor
permanente é feita com base nos critérios estabelecidos pelos postulados teóricos da gestão de
documentos.

a) Certo
b) Errado

3. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca de sistemas e redes de arquivos, julgue o item


seguinte. O estabelecimento de fundos é uma operação típica do arquivo permanente que está
intrinsecamente ligada ao próprio órgão gerador dos documentos, desde que preservada a relação
orgânica entre eles.

a) Certo
b) Errado

4. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca do programa de gestão de documentos, julgue


o item a seguir. A gestão de documentos compreende o conjunto de procedimentos realizados na
idade permanente dos documentos.

a) Certo
b) Errado

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5. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) A respeito da análise tipológica de


documentos e do arranjo em arquivos permanentes, julgue o item que se segue. A ordenação
interna do fundo de arquivo obedece ao princípio da ordem original.

a) Certo
b) Errado

6. (CEBRASPE/TC DF/Técnico de Administração Pública/2014) Julgue o item a seguir, acerca dos


conceitos fundamentais de arquivologia. Aplica-se o princípio da pertinência para a definição dos
prazos de guarda dos documentos do arquivo permanente.

a) Certo
b) Errado

7. (CEBRASPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014) Julgue o item que se segue, a respeito de


arquivologia. Em uma situação prática, o princípio de respeito aos fundos, é utilizado para se
estabelecer a destinação final dos documentos, ou seja, se eles devem ser eliminados ou
guardados permanentemente.

a) Certo
b) Errado

8. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. A teoria de fundos e a abordagem das três idades documentais são
embasamentos metodológicos do arranjo e da ordenação dos conjuntos documentais nos arquivos
permanentes.

a) Certo
b) Errado

9. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. As áreas de depósito devem ser vinculadas
às áreas de trabalho arquivístico e administrativo.

a) Certo
b) Errado

10. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. Dados sobre as características físicas,
formatos dos documentos e volume do acervo devem orientar o programa arquitetônico.

a) Certo

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b) Errado

11. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. Na construção de prédio para arquivo é
recomendada a construção subterrânea, tendo em vista o peso do acervo.

a) Certo
b) Errado

12. (CEBRASPE/PGE PE/Assistente de Procuradoria/2019) A respeito de princípios e conceitos


arquivísticos, julgue o item a seguir. A manutenção do arranjo original dos documentos de arquivo
público é determinada pelo princípio da pertinência.

a) Certo
b) Errado

13. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca de sistemas e redes de arquivos, julgue o item
seguinte. No campo prático da arquivística brasileira, a palavra arranjo corresponde à forma de
organizar a documentação de uma instituição, respeitando-se a teoria das três idades.

a) Certo
b) Errado

14. (CEBRASPE/PF/Escrivão/2009) Acerca de arquivologia, julgue o item a seguir. O princípio de


respeito aos fundos é fundamental para a ordenação dos acervos arquivísticos de terceira idade,
o que torna evidente que a estrutura e o funcionamento da administração são os elementos que
guiam o arranjo dos documentos.

a) Certo
b) Errado

15. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O princípio da proveniência norteia a sistemática da preservação e da
avaliação dos documentos.

a) Certo
b) Errado

16. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Julgue o item seguinte, quanto à teoria e prática
de arranjo em arquivos permanentes. O arquivista, devido ao princípio da santidade, não pode
alterar o arranjo dado aos documentos pelo órgão de origem, ainda que ele seja ininteligível,
cabendo ao arquivista resolver o problema na descrição.

a) Certo
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b) Errado

17. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. Para Schellenberg, arranjo é o processo de agrupamento dos documentos
em unidades e o agrupamento de tais unidades entre si em relação significativa, a qual é entendida
como o princípio da organicidade.

a) Certo
b) Errado

18. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O arranjo de documentos de arquivo concretiza-se no respeito total e
absoluto à gênese do documento ou do grupo de documentos gerados por uma instituição.

a) Certo
b) Errado

19. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. A operação do arranjo resume-se à ordenação dos conjuntos documentais
remanescentes das eliminações, obedecendo a critérios que respeitem o caráter orgânico dos
conjuntos, interna e externamente.

a) Certo
b) Errado

20. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O arranjo inicia-se, materialmente, com a transferência dos documentos
aos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

21. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Acerca do programa descritivo, julgue o item a


seguir. Na operação denominada descrição de documentos, são fornecidas as autorias, a
caracterização das tipologias do documento, a função implícita, os assuntos e as datas (tópica e
cronológica).

a) Certo
b) Errado

22. (CEBRASPE/MPU/Técnico Administrativo/2010) A descrição, uma das atividades desenvolvidas no


arquivo permanente, é concretizada com a elaboração de instrumentos de pesquisa.

a) Certo

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b) Errado

23. (CEBRASPE/STJ/Analista Judiciário Arquivologia/2004) A concepção de um arranjo para acervos


arquivísticos pressupõe atividades intelectuais e físicas. No que se refere à sistemática do arranjo,
julgue o seguinte item. O princípio das três idades norteia a sistemática do arranjo.

a) Certo
b) Errado

24. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) A respeito da análise tipológica de


documentos e do arranjo em arquivos permanentes, julgue o item que se segue. Os documentos
dos arquivos permanentes devem ser organizados por fundos, ficando a cargo da função descrição
o levantamento dos assuntos e de outras informações contidas nos documentos.

a) Certo
b) Errado

25. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da indexação de documentos, julgue o próximo item.


O nível hierárquico da descrição influencia a complexidade da indexação.

a) Certo
b) Errado

26. (CEBRASPE/ABIN/Agente Técnico de Inteligência/2010) Julgue o item a seguir, relativo à gestão de


documentos. São atividades características do arquivo permanente: arranjo, descrição,
publicação, conservação e referência.

a) Certo
b) Errado

27. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O tratamento analítico da descrição é aplicado nos fundos pessoais e nos fundos
fechados de pequena amplitude.

a) Certo
b) Errado

28. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O catálogo será sumário caso se refira apenas aos fundos.

a) Certo
b) Errado

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29. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O instrumento de pesquisa do tipo parcial que se ocupa de partes do acervo é o
inventário.

a) Certo
b) Errado

30. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. Se for necessário elaborar um instrumento mais abrangente e com linguagem adequada
para atingir o grande público, a opção será feita pelo instrumento denominado guia.

a) Certo
b) Errado

31. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2014) Com relação à descrição de documentos de arquivo, julgue o item


subsequente. O resultado do trabalho de descrição é a produção de instrumentos de pesquisa.

a) Certo
b) Errado

32. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o próximo item, relativo aos princípios e
conceitos da ciência arquivística. A função básica do arquivo é preservar a memória de uma
instituição e, justamente por isso, existe a guarda permanente de documentos.

a) Certo
b) Errado

33. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O fundamental do inventário é que a sequência dos verbetes esteja na ordem
cronológica.

a) Certo
b) Errado

34. (CEBRASPE/MPOG/Arquivista/2015) A respeito da indexação de documentos, julgue o item que se


segue. O processo de indexação refere-se à tradução de um documento em termos descritores ou
em cabeçalhos de assunto para expressar o conteúdo do documento.

a) Certo
b) Errado

35. (CEBRASPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao gerenciamento de informação


e à gestão de documentos, julgue o próximo item. Eliminação de documentos de arquivo,

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protocolo e transferência de documentos para o arquivo intermediário são atividades


desenvolvidas nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

36. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Acerca do programa descritivo de documentos, julgue o


item a seguir. A descrição é uma tarefa típica dos arquivos permanentes, sendo desnecessária no
âmbito dos arquivos intermediários, em que a frequência de utilização secundária é quase nula.

a) Certo
b) Errado

37. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Acerca do programa descritivo de documentos, julgue o


item a seguir. A descrição de conjuntos documentais ou partes de um fundo, de maneira parcial e
sumária, caracteriza o guia.

a) Certo
b) Errado

38. (CEBRASPE/IPHAN/Técnico I/2018) A respeito da diplomática, das características do documento


de arquivo e da difusão em acervos, julgue o item a seguir. O documento de arquivo é um produto
social.

a) Certo
b) Errado

39. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o item subsequente, relativo a funções


arquivísticas. É correto considerar a transparência ativa como uma ação de difusão.

a) Certo
b) Errado

40. (CEBRASPE/IPHAN/Técnico I/2018) A respeito da diplomática, das características do documento


de arquivo e da difusão em acervos, julgue o item a seguir. Uma vez perdido o valor informacional
do conjunto documental após seu recolhimento, o arquivo permanente deve concentrar suas
atividades na difusão de seu acervo.

a) Certo
b) Errado

41. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) Julgue o item a seguir, relativo às funções


arquivísticas de difusão, descrição e preservação documental. A divulgação dos procedimentos de
acesso a um arquivo na intranet de uma instituição viabiliza a difusão de um acervo.
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a) Certo
b) Errado

42. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) Acerca de gestão de documentos aplicada aos arquivos


governamentais, julgue o item seguinte. Difusão é função típica do arquivo intermediário.

a) Certo
b) Errado

43. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. A aproximação estudante-documento pode ser
abordada por meio de dois ângulos: o contato direto do estudante com as fontes primárias e a
seleção de documentos para o ensino de história.

a) Certo
b) Errado

44. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. Visitas guiadas, aulas de história no arquivo,
realização de concursos são ações de difusão nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

45. (CEBRASPE/FUB/Arquivista/2015) Com relação às funções arquivísticas, julgue o próximo item. A


identificação de documentos por meio de instrumentos de pesquisa resulta da atividade de
difusão.

a) Certo
b) Errado

46. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2014) No que se refere às funções arquivísticas, julgue o próximo item.


A preparação de catálogos, guias e inventários é considerada atividade de difusão.

a) Certo
b) Errado

47. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. A operação de arranjo é sistematizada na ordenação dos
conjuntos documentais, obedecidos os critérios que respeitem a relação significativa dos
conjuntos.

a) Certo
b) Errado
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48. (CEBRASPE/STJ/Analista Judiciário/2015) Com relação a princípios e conceitos arquivísticos, julgue


o item a seguir. Devido à dificuldade de se estabelecer a organicidade de documentos em uma
massa documental acumulada, o arranjo dessa documentação deve ser feito com base na
classificação arquivística.

a) Certo
b) Errado

49. (CEBRASPE/TC DF/Técnico de Administração Pública/2014) Julgue o item a seguir, acerca dos
conceitos fundamentais de arquivologia. O instrumento utilizado para a classificação dos
documentos do arquivo permanente é o quadro de arranjo.

a) Certo
b) Errado

50. (CEBRASPE/TC DF/Analista de Administração Pública/2014) No que se refere às funções


arquivísticas, julgue o item a seguir. A classificação e o arranjo são duas operações distintas. A
classificação é elaborada com base nas funções e atividades do órgão que tenha acumulado os
documentos, ao passo que o arranjo deve levar em consideração o uso que os pesquisadores e
historiadores fazem dos documentos.

a) Certo
b) Errado

51. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Julgue o item seguinte, quanto à teoria e prática
de arranjo em arquivos permanentes. A partir do estudo do material a ser tratado como conjunto
administrativo funcional, chega-se ao quadro de arranjo.

a) Certo
b) Errado

52. (CEBRASPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Acerca do


gerenciamento da informação e da gestão de documentos, julgue o item a seguir. Os documentos
existentes no arquivo permanente podem retornar aos arquivos correntes.

a) Certo
b) Errado

53. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) Acerca da gestão arquivística, julgue o item a


seguir. O arquivo permanente é destinado à guarda de documentos que perderam seu valor
administrativo, mas que ainda possuem valor legal ou histórico.

a) Certo
b) Errado
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54. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) De acordo com a Lei n.º 8.159/1991, que dispõe
sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências, julgue o item
que se segue. Os arquivos permanentes devem ser preservados apenas se ficar constatado o seu
uso específico, imediato ou remoto.

a) Certo
b) Errado

55. (IBFC/CM Araraquara-SP/Analista Informação/2018) A idade em relação ao ciclo de vida


documental onde o documento tem valor secundário, ou seja, não podem ser
eliminados/descartados de forma alguma em decorrência de seu valor probatório e/ou
informativo para o Estado ou sociedade. Assinale a alternativa correta.

a) primeira idade, arquivo secundário


b) terceira idade, arquivo histórico
c) segunda idade, arquivo de custódia
d) terceira idade, arquivo permanente
e) primeira idade, arquivo probatório

56. (CESPE/SEDF/Técnico de Gestão Educacional/2017) Julgue o próximo item, relativo ao


gerenciamento da informação e à gestão de documentos. Um documento que passou pela
atividade de recolhimento não pode mais ser eliminado.

a) Certo
b) Errado

57. (CVEST/IF PE/Arquivista/2017) Os arquivos permanentes são aqueles que custodiam os


documentos no seu último ciclo de vida, aqueles que perderam sua serventia administrativa, mas
que pelo seu valor secundário não podem ser destruídos. No contexto arquivístico, esse tipo de
arquivo também é conhecido como:

a) Arquivo público.
b) Arquivo morto.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo patrimonial.
e) Arquivo histórico.

58. (CVEST/IF PE/Arquivista/2017) Assinale as atividades inerentes ao arquivo permanente.

a) Avaliação e Arranjo
b) Descrição e Arranjo
c) Difusão e transferência
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d) Reprodução e Classificação
e) Arquivamento e análise

59. (IESES/BahiaGás/Técnico de Processo Organizacional/2016) Assinale a alternativa correspondente


ao tipo de arquivo, em que são armazenados os documentos que perderam todo valor de natureza
administrativa, que se conservam em razão de seu valor histórico ou documental e que constituem
os meios de conhecer o passado e sua evolução.

a) Arquivos permanentes ou de terceira idade.


b) Arquivos intermediários ou de segunda idade.
c) Arquivos técnicos e familiares.
d) Arquivos especiais.
e) Arquivos correntes ou de primeira idade.

60. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Apoio Especializado Arquivologia/2017) “É a operação ao mesmo


tempo intelectual e material: deve-se organizar os documentos uns em relação aos outros; as
séries, umas em relação às outras; os fundos, uns em relação aos outros; dar número de
identificação aos documentos…” (Bellotto, 2007.) No trecho anterior a autora está tratando sobre
que tipo de operação arquivística?

a) Arranjo.
b) Avaliação.
c) Descrição
d) Recolhimento.

61. (PR4 UFRJ/UFRJ/Técnico Arquivo Geral/2016) A atividade de Arranjo é entendida na literatura


arquivística, na ordenação dos documentos em fundos, como a ordenação das séries dentro dos
fundos e, se necessário, dos itens documentais dentro das séries. Esta atividade é desenvolvida
no:

a) Arquivo Permanente.
b) Arquivo Corrente.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo Administrativo.
e) Arquivo Setorial.

62. (CEBRASPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Acerca de


conceitos relativos à arquivologia, julgue o item que se segue. Na organização de arquivos
permanentes, o processo que consiste na ordenação estrutural ou funcional dos documentos em
fundos é denominado arranjo.

a) Certo
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b) Errado

63. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito das teorias e dos princípios de arquivologia, julgue o


item a seguir. A teoria dos fundos é o embasamento teórico do arranjo e da ordenação dos
conjuntos documentais nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

64. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. O arranjo do fundo de arquivo é definido externamente
pela proveniência e, internamente, pelo princípio da ordem original.

a) Certo
b) Errado

65. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. O primeiro princípio arquivístico aplicado para definir o
arranjo de um arquivo permanente é o da territorialidade.

a) Certo
b) Errado

66. (IDECAN/CBM DF/Oficial Bombeiro Militar Arquivologia/2017) “O processo da descrição consiste


na elaboração de instrumentos de pesquisa que possibilitem a identificação, o rastreamento, a
localização e a utilização dos dados.” (Bellotto, 2007, p. 179.) Referente à descrição de
documentos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os instrumentos de pesquisa proporcionam a difusão dos arquivos de custódia.


b) A descrição de acervos de valor primário é uma tarefa típica de arquivo semiativo.
c) Os instrumentos de pesquisa são imprescindíveis para os processos historiográficos.
d) O software ICA-AToM, do Conselho Internacional de Arquivos, viabiliza a disseminação de acervos de
guarda permanente.

67. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional Arquivologia/2017) Julgue o item a seguir,


relativo às funções arquivísticas de difusão, descrição e preservação documental. A descrição
documental tem por finalidade criar critérios para definir os tipos de documentos que devem ser
mantidos nos arquivos correntes, intermediários e permanentes.

a) Certo
b) Errado

68. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
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processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência o acervo de uma instituição é o:

a) guia.
b) inventário.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.

69. (VUNESP/Perf. Mun. Presidente Prudente-SP/Arquivista/2016) O nome do instrumento de


pesquisa que tem por finalidade propiciar visão geral dos serviços de arquivo, permitindo ao
pesquisador conhecer seus recursos, a natureza e o interesse dos fundos custodiados, entre outras
informações, é:

a) catálogo.
b) guia.
c) repertório.
d) inventário.
e) índice.

70. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência a série documental é o:

a) índice.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) inventário.

71. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência o item documental é o:

a) inventário.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.

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e) índice.

72. (CEBRASPE/SEDF/Técnico de Gestão Educacional/2017) Julgue o próximo item, relativo ao


gerenciamento da informação e à gestão de documentos. O inventário, instrumento que descreve
a documentação a ser descartada e auxilia a realização do processo de avaliação para reduzir a
massa documental produzida, é utilizado para preservar apenas a documentação essencial e
indispensável para a entidade produtora.

a) Certo
b) Errado

73. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) “De acordo com Bellotto


(2007), o _______________ é o instrumento mais abrangente numa linguagem que pode atingir o
grande público. O _______________ remete o leitor às respectivas notações de localização em uma
ou mais unidades de arquivos. O _______________ é o instrumento que descreve unitariamente as
peças documentais de uma ou mais séries. Já o _______________ descreve conjuntos documentais
ou partes de um fundo.” Acerca dos instrumentos de pesquisa, assinale a alternativa que completa
correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

a) guia / índice / catálogo / inventário


b) inventário / catálogo / índice / guia
c) guia / inventário / índice / catálogo
d) catálogo / inventário / guia / índice

74. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) A respeito do instrumento de pesquisa


mais abrangente e popular, assinale a alternativa correta.

a) Inventário.
b) Guia.
c) Índice.
d) Catálogo.
e) Edição de fontes.

75. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) Instrumento de pesquisa organizado


segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição
individualizada de documentos pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
Essas informações correspondem à definição de:

a) guia.
b) catálogo.
c) inventário.
d) repertório.
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e) inventário topográfico.

76. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) Com base na Norma Geral Internacional


de Descrição Arquivística – ISAD(g), assinale a alternativa que indica elementos de descrição da área
de conteúdo e estrutura. Essas informações correspondem à definição de:

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.

77. (COVEST/UFPE/Arquivista/2017) O campo da ISAD(G) que permite a descrição sobre o


fornecimento de informação sobre a história da unidade de descrição que seja significativa para sua
autenticidade, integridade e interpretação é:

a) história administrativa/biografia.
b) história arquivística.
c) incorporações.
d) nota do arquivista.
e) procedência.

78. (CEBRASPE/IFF/Arquivista/2018) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE)


prevê a existência de oito áreas, que compreendem vinte e oito elementos de descrição, sendo sete
deles obrigatórios. Entre esses sete elementos obrigatórios, está(ão):

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.

79. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Acerca da Normalização da


Descrição Arquivística, relacione adequadamente as siglas aos seus respectivos conceitos.

1. ISDF.
2. NOBRADE.
3. ISAAR-CPF.
4. ISDIAH.
( ) Norma que dá diretivas para a preparação de registros de autoridade arquivística que forneçam
descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias) relacionadas à produção e
manutenção de arquivos.
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( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de funções e
fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema
arquivístico de informação.

( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de instituições
com acervo arquivístico e fornece orientação sobre como tais descrições podem ser
desenvolvidas em um sistema de descrição arquivística.

( ) Norma que estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos,


compatíveis com as normas internacionais em vigor e tem em vista facilitar o acesso e o
intercâmbio de informações em âmbito nacional e internacional.

A sequência está correta em:

a) 2, 3, 1, 4.
b) 3, 1, 4, 2.
c) 4, 2, 3, 1.
d) 3, 4, 1, 2.

80. (IADES/ALEGO/Analista Legislativo/2019) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística


estabelece 28 elementos de descrição, sendo sete obrigatórios. Assinale a alternativa que indica um
deles.

a) História administrativa
b) História arquivística
c) Código de referência
d) Âmbito e conteúdo
e) Procedência

81. (ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística


(NOBRADE) apresenta seis principais níveis de descrição, que são:

a) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = série; nível
4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
b) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = série; nível
4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
c) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = série; nível 5 = item documental.
d) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = item documental; nível 5 = série.

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82. (IADES/Hemocentro-DF/Arquivologia/2017) Com base na Norma Geral Internacional de


Descrição Arquivística – ISAD(g), assinale a alternativa que indica elementos de descrição da área
de conteúdo e estrutura.

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.

83. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário Arquivologia/2019) De acordo com as normas nacionais e


internacionais de arquivo, julgue o item subsequente. Considere que a sigla NOBRADE, sempre que
utilizada, refere-se à Norma Brasileira de Descrição Arquivística. A NOBRADE prevê a existência de
oito áreas e de vinte e oito elementos de descrição, o que está em consonância com as normas
internacionais.

a) Certo
b) Errado

84. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) “As atividades culturais que algumas


instituições arquivísticas brasileiras já promovem têm sido principalmente palestras, debates,
lançamento de obras e concursos.” (Bellotto, 2007). São consideradas ações culturais e educativas
nos arquivos de guarda permanente, EXCETO:

a) Visitação inclusive a locais não abertos aos consulentes.


b) Avaliação de documentos em bases de dados de amplo acesso.
c) Manipulação de documentos dentro dos arquivos pelos visitantes.
d) Organização de exposições nos arquivos com documentos originais.

85. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. Ações culturais, educativas e de difusão são,
originariamente, desenvolvidas nos arquivos correntes.

a) Certo
b) Errado

86. (CESGRANRIO/UNIRIO/Assistente de Administração/2016) Alguns documentos têm valor


temporário, e outros têm valor permanente e jamais devem ser eliminados. Esses documentos são
recolhidos a um arquivo conhecido como permanente ou histórico, o qual possui atividades
específicas, dentre as quais se destaca uma, que implica estabelecer uma política de acesso aos
documentos, conhecida como:

a) destinação
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b) arranjo
c) referência
d) conservação
e) descrição e publicação

87. (ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) Terminologia é um conjunto de designações e


conceitos particulares de determinada ciência, arte ou prática. Sobre a terminologia arquivística, a
definição do instrumento de pesquisa no qual são descritos, pormenorizadamente, documentos
previamente selecionados, pertencentes a um ou mais fundos, podendo ser elaborado segundo um
critério temático, cronológico, onomástico ou geográfico é atribuída a qual termo?

a) Repertório.
b) Inventário Analítico.
c) Inventário Sumário.
d) Índice.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) As construções amplas com grandes vãos são mais eficientes que
os espaços menores e compactos para a manutenção das condições ambientais necessárias à
preservação de acervos arquivísticos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


De acordo com o CONARQ, os espaços menores e compactos são mais eficientes quanto à manutenção das
condições ambientais, necessárias à preservação, do que as construções amplas com grandes vãos ou
abertas. Assim, cada depósito deve ter uma área máxima de 200 m².

2. (CEBRASPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao gerenciamento de informação


e à gestão de documentos, julgue o próximo item. A organização dos documentos de valor
permanente é feita com base nos critérios estabelecidos pelos postulados teóricos da gestão de
documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


As principais ações do programa de gestão de documentos voltam-se para o momento em que os
documentos apresentam valor primário, ou seja, está vinculada aos arquivos corrente e intermediário (como
bem descrevem as normativas em vigor, entre elas a Lei 8.159/1991 em seu artigo 3º), e não aos documentos
de valor permanente.
A gestão de documentos, assim como suas ferramentas, técnicas, teorias, e métodos, são aplicados nas fases
corrente e intermediária do arquivo, fases nas quais os documentos ainda possuem valor primário.

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Na fase permanente os documentos são organizados segundo critérios e padrões que atendam as demandas
do usuário e, sobretudo, de acordo com os fundos arquivísticos e o princípio da proveniência.
Neste caso os maiores interessados no documento e seu conteúdo passam a ser os pesquisadores e o
cidadão comum, e não mais o ente administrativo ou o gestor em função da alteração de valor
predominante, do primário para o secundário.

3. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca de sistemas e redes de arquivos, julgue o item


seguinte. O estabelecimento de fundos é uma operação típica do arquivo permanente que está
intrinsecamente ligada ao próprio órgão gerador dos documentos, desde que preservada a relação
orgânica entre eles.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Os arquivos permanentes são, de fato, organizado com base em fundos que, por sua vez e de acordo com o
DBTA, são conjuntos de documentos de uma mesma proveniência, ou seja ligados diretamente ao órgão
produtor dos documentos, em função de sua origem, o que certamente ainda preserva a relação orgânica
entre os documentos.

4. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca do programa de gestão de documentos, julgue


o item a seguir. A gestão de documentos compreende o conjunto de procedimentos realizados na
idade permanente dos documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


De acordo com a Lei 8.159/1991 em seu artigo 3º : “Considera-se gestão de documentos o conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento
em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”.
Desta forma, a gestão de documentos não compreende conjuntos de procedimentos realizados na idade
permanente dos documentos.

5. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) A respeito da análise tipológica de


documentos e do arranjo em arquivos permanentes, julgue o item que se segue. A ordenação
interna do fundo de arquivo obedece ao princípio da ordem original.

a) Certo
b) Errado
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Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


A ordenação de um fundo deve sim respeitar o princípio da ordem original desde que esta tenha respeitado
desde o início o princípio da proveniência e essa é sempre a premissa, ou seja, respeitou-se o princípio da
proveniência e, feito isso, deve-se respeitar também o princípio da ordem original.

O princípio da proveniência ou princípio do respeito aos fundos é um princípio básico da arquivologia e


determina que o arquivo produzido por um órgão ou entidade, pessoa ou família não deve ser misturado
aos de outras entidades produtoras.

Extraem-se duas vertentes do princípio da proveniência:

1. a distinção e indivisibilidade do fundo de um arquivo, isolando e circunscrevendo a entidade que


constitui o fundo.

2. respeito à ordem original e estrutura de um fundo, respeitando ou restabelecendo a ordem interna


do fundo.

Perceba que o princípio da proveniência, quando desdobrado no respeito à ordem original, dispõe sobre o
respeito ou restabelecimento da ordem interna do fundo.

6. (CEBRASPE/TC DF/Técnico de Administração Pública/2014) Julgue o item a seguir, acerca dos


conceitos fundamentais de arquivologia. Aplica-se o princípio da pertinência para a definição dos
prazos de guarda dos documentos do arquivo permanente.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

O princípio da Pertinência ou da Pertinência Temática é o princípio segundo o qual os documentos devem


ser reclassificados por assunto sem levar em conta a proveniência e a sua classificação original. É também
conhecido por princípio Temático.

Este princípio é ultrapassado e está em desacordo com o princípio da Proveniência e o do Respeito a Ordem
Original e, por isso, em regra não é aplicado. Mas cai em prova!

Por fim, há um outro erro conceitual no enunciado ao citar a definição de prazos de guarda no arquivo
permanente visto que após o recolhimento do documento a sua custódia é permanente e definitiva ou sem
qualquer observação de prazo.

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7. (CEBRASPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014) Julgue o item que se segue, a respeito de


arquivologia. Em uma situação prática, o princípio de respeito aos fundos, é utilizado para se
estabelecer a destinação final dos documentos, ou seja, se eles devem ser eliminados ou
guardados permanentemente.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

O princípio do respeito aos fundos ou princípio da proveniência consiste em manter agrupados, sem misturá-
los a outros, os arquivos (documentos de qualquer natureza) provenientes de uma administração, de uma
instituição ou de uma pessoa física ou jurídica: é o que se chama de fundo de arquivo dessa administração,
instituição ou pessoa.

Não há qualquer relação entre o princípio da proveniência e a destinação do documento, vinculada à


atividade de avaliação, que leva em conta os valores dos documentos.

8. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. A teoria de fundos e a abordagem das três idades documentais são
embasamentos metodológicos do arranjo e da ordenação dos conjuntos documentais nos arquivos
permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A teoria dos fundos pode mesmo ser considerada um embasamento metodológico do arranjo porém, a
abordagem das três idades documentais reparte o ciclo de vida documental em três fases ou idades
(corrente, intermediária e permanente). Dessa forma, não se restringe apenas aos arquivos permanentes,
onde se aplica o arranjo conforme o enunciado.

9. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. As áreas de depósito devem ser vinculadas
às áreas de trabalho arquivístico e administrativo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:
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A afirmativa está ERRADA.


De acordo com as recomendações do Conarq para a construção de arquivos, depósitos devem responder
por 60% da área disponível e devem permanecer isolados das demais áreas do edifício. Nunca devem
ultrapassar o limite de 200m2/depósito.
Quando a construção possuir andares, eles devem ficar nos mais baixos, protegidos de goteiras e problemas
com telhados e forros, mas nunca em subsolos em função dos níveis de umidade e riscos de infiltração e
infestações.
Deve receber atenção especial em relação as condições ambientais, levando-se em conta especialmente a
natureza e o suporte físico dos documentos.
É ainda importante manter um acesso independente para o público, impedindo sua circulação pelas áreas
de depósito e de trabalho. Se o prédio possuir mais de um andar, devem ser previstas escadas e elevadores
especiais para o público, diferentes daqueles destinados aos funcionários.

10. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. Dados sobre as características físicas,
formatos dos documentos e volume do acervo devem orientar o programa arquitetônico.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


De acordo com as recomendações do Conarq para a construção de arquivos, deverão orientar o programa
arquitetônico:
✓ as condições e dimensões do terreno;
✓ os regulamentos e tradições, as condições climáticas e outras características locais;
✓ o fluxo de trabalho e de atendimento ao público; e
✓ as considerações sobre características físicas, formatos dos documentos, volume do acervo e
expectativa de crescimento.

11. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico


capaz de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte,
tendo em vista a preservação e o acesso aos acervos. Na construção de prédio para arquivo é
recomendada a construção subterrânea, tendo em vista o peso do acervo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

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A afirmativa está ERRADA.


Em relação às áreas destinadas aos depósitos (guarda de documentos), quando a construção possuir
andares, eles devem ficar nos mais baixos, protegidos de goteiras e problemas com telhados e forros, mas
nunca em subsolos em função dos níveis de umidade e riscos de infiltração e infestações.

12. (CEBRASPE/PGE PE/Assistente de Procuradoria/2019) A respeito de princípios e conceitos


arquivísticos, julgue o item a seguir. A manutenção do arranjo original dos documentos de arquivo
público é determinada pelo princípio da pertinência.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A manutenção do arranjo original dos documentos de arquivo público é determinada pelo princípio do
respeito a ordem original e não pelo princípio da pertinência.
O princípio do Respeito a Ordem Original é o princípio segundo o qual o arquivo deveria conservar o arranjo
dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu, ou seja, ele deve ser alocado em seu lugar
original, respeitando o fundo de onde provém, além de respeitar o fluxo natural orgânico em que o
documento foi produzido.

Também conhecido por princípio da Ordem Primitiva ou da “Santidade” da Ordem Original.

Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, temos:

Princípio do Respeito à Ordem Original: “Princípio segundo o qual o arquivo deveria conservar o arranjo dado
pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu”.
Princípio da Pertinência: “Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por assunto
sem ter em conta a proveniência e a classificação original. Também chamado princípio temático”.

13. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Acerca de sistemas e redes de arquivos, julgue o item
seguinte. No campo prático da arquivística brasileira, a palavra arranjo corresponde à forma de
organizar a documentação de uma instituição, respeitando-se a teoria das três idades.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


De acordo com o DBTA arranjo é a “Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização
dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.”

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O enunciado, ao invés de se referir ao arranjo faz menção a tabela de temporalidade de documentos, esta
sim referência para a organização da documentação de uma instituição, respeitando-se a teoria das três
idades.

14. (CEBRASPE/PF/Escrivão/2009) Acerca de arquivologia, julgue o item a seguir. O princípio de


respeito aos fundos é fundamental para a ordenação dos acervos arquivísticos de terceira idade,
o que torna evidente que a estrutura e o funcionamento da administração são os elementos que
guiam o arranjo dos documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


A estrutura e o funcionamento da organização são de fato elementos que guiam o arranjo dos documentos
sobretudo porque a classificação documental pode se dar costumeiramente pela forma funcional
(relacionada ao funcionamento da organização) ou estrutural (relacionada a estrutura da organização).

Ademais, considerando que o arranjo é a ordenação dos documentos em fundos (fonte geradora de
documentos), o princípio de respeito aos fundos fixa essa identidade do documento relativamente a seu
produtor. Por este princípio, os arquivos devem ser organizados em obediência à competência, à estrutura
e ao funcionamento das atividades da instituição ou pessoa legitimamente responsável pela produção,
acumulação ou guarda dos documentos.

15. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O princípio da proveniência norteia a sistemática da preservação e da
avaliação dos documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


O princípio da proveniência não baseia a sistemática da preservação e tampouco a da avaliação de
documentos.
Em relação a preservação de documentos temos um conjunto de medidas e estratégias de ordem
administrativa, política e operacional que contribuem direta ou indiretamente para a preservação da
integridade dos materiais. Podem até ser influenciadas pelo princípio da proveniência, mas não norteadas
por ele.
Já em relação a avaliação, o seu principal norteador é o valor documental. É ele que define a destinação do
documento e não o princípio da proveniência ou qualquer outro.

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16. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Julgue o item seguinte, quanto à teoria e prática
de arranjo em arquivos permanentes. O arquivista, devido ao princípio da santidade, não pode
alterar o arranjo dado aos documentos pelo órgão de origem, ainda que ele seja ininteligível,
cabendo ao arquivista resolver o problema na descrição.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

Pelo princípio do respeito a ordem original, deve-se procurar manter a ordem de acumulação dos
documentos na primeira e segunda idades (corrente e intermediária), desde que haja uma capacidade
mínima de que a informação seja repassada.

Caso o próprio respeito ao princípio da proveniência não tenha ocorrido, o arquivista não deve se recusar a
reeditar os documentos, adequando-os ao princípio da proveniência mesmo que seja necessário reeditar a
ordem original, nesse caso, equivocada.

17. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. Para Schellenberg, arranjo é o processo de agrupamento dos documentos
em unidades e o agrupamento de tais unidades entre si em relação significativa, a qual é entendida
como o princípio da organicidade.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Para Schellenberg, arranjo é o processo de agrupamento dos documentos singulares em unidades e o
agrupamento, em relação significativa, de tais unidades entre si.
A "relação significativa" a que o autor alude nada mais é que o princípio da organicidade que prevalece na
produção e, consequentemente, na organização do arquivo. (BELLOTTO, 2006).

18. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O arranjo de documentos de arquivo concretiza-se no respeito total e
absoluto à gênese do documento ou do grupo de documentos gerados por uma instituição.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

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A afirmativa está CORRETA.

Arranjo é a disposição física dos documentos de arquivo, atividade típica de arquivos


permanentes. Fundamenta-se em dois princípios básicos da Arquivística:
- o princípio da proveniência, também conhecido como princípio de respeito aos fundos, segundo o qual os
arquivos originários de uma instituição ou de uma pessoa devem manter sua individualidade, não sendo
misturados aos de origem diversa;
- o princípio do respeito à ordem original, levando em conta as relações estruturais e funcionais que
presidem a gênese dos arquivos, garante sua organicidade.

19. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. A operação do arranjo resume-se à ordenação dos conjuntos documentais
remanescentes das eliminações, obedecendo a critérios que respeitem o caráter orgânico dos
conjuntos, interna e externamente.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Essa é literalmente uma citação da Profa. Heloísa Bellotto: "o arranjo se resume à ordenação dos conjuntos
documentais remanescentes das eliminações (estabelecidas pelas tabelas de temporalidade) e que é
realizada quando os conjuntos de documentos produzidos/recolhidos por unidades administrativas e/ou
pessoas passam a "conviver" uns com outros, passando a ser considerados fundos e obedecendo a critérios
que respeitem o caráter orgânico dos conjuntos, interna e externamente".

20. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Com referência ao arranjo dos arquivos permanentes,


julgue o próximo item. O arranjo inicia-se, materialmente, com a transferência dos documentos
aos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

Questão típica de prova. A distribuição de documentos entre o arquivo corrente e o intermediário é


tecnicamente chamada de transferência, assim como a entrada de documentos no arquivo permanente
(vindos tanto do arquivo corrente como do intermediário) é tecnicamente conhecida por recolhimento. No
enunciado o examinador inverte a ordem correta, utilizando o termo "transferência" (no lugar de
"recolhimento") para a entrada de documentos no arquivo permanente.

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21. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Acerca do programa descritivo, julgue o item a


seguir. Na operação denominada descrição de documentos, são fornecidas as autorias, a
caracterização das tipologias do documento, a função implícita, os assuntos e as datas (tópica e
cronológica).

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

Essa é literalmente uma citação da Profa. Heloísa Bellotto: "as autorias, a caracterização das tipologias de
documento, a função implícita, os assuntos, as datas (tópica e cronológica) são fornecidas pela operação
denominada, em arquivística, “descrição de documentos”.
Tal procedimento, representado pela descrição permite ao usuário, pesquisador ou demais interessados a
identificação e o rastreamento dos documentos e suas informações, geralmente por meio dos instrumentos
de pesquisa que resultam do processo de descrição.

22. (CEBRASPE/MPU/Técnico Administrativo/2010) A descrição, uma das atividades desenvolvidas no


arquivo permanente, é concretizada com a elaboração de instrumentos de pesquisa.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

A Descrição de documentos é atividade típica da terceira idade documental. Ao longo da atividade de


descrição são identificadas e extraídas informações a respeito do documento, com o objetivo de orientar os
usuários sobre a localização da informação no momento da busca.
O objetivo da descrição é alcançado com a elaboração dos instrumentos de pesquisa, que são as ferramentas
utilizadas para fornecer informações sobre os documentos e fundos, bem como sua localização.
Esses instrumentos podem ser básicos (o guia, o inventário, o catálogo e o repertório) ou padronizados (o
índice e a tabela de equivalência).

23. (CEBRASPE/STJ/Analista Judiciário Arquivologia/2004) A concepção de um arranjo para acervos


arquivísticos pressupõe atividades intelectuais e físicas. No que se refere à sistemática do arranjo,
julgue o seguinte item. O princípio das três idades norteia a sistemática do arranjo.

a) Certo
b) Errado

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Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Em relação aos arranjos, a teoria dos fundos pode ser considerada um embasamento metodológico porém,
a abordagem das três idades documentais reparte o ciclo de vida documental em três fases ou idades
(corrente, intermediária e permanente). Dessa forma, não se restringe apenas aos arquivos permanentes,
onde se aplica o arranjo, mas sim a todo os estágios de vida documentais.

24. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) A respeito da análise tipológica de


documentos e do arranjo em arquivos permanentes, julgue o item que se segue. Os documentos
dos arquivos permanentes devem ser organizados por fundos, ficando a cargo da função descrição
o levantamento dos assuntos e de outras informações contidas nos documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Os arquivos permanentes são, de fato, organizado com base em fundos que, por sua vez e de acordo com o
DBTA, são conjuntos de documentos de uma mesma proveniência, ou seja ligados diretamente ao órgão
produtor dos documentos, em função de sua origem, o que certamente ainda preserva a relação orgânica
entre os documentos.
Já a descrição, de acordo com o DBTA é o conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos
formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.
Portanto, os documentos permanentes são organizados em fundos além de contar com a função descrição
(etapa na qual ocorre o levantamento de várias informações, como os assuntos documentais). Tais
características possibilitam um acesso mais fácil aos documentos além de contribuir com a organização e
preservação dos mesmos.

25. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da indexação de documentos, julgue o próximo item.


O nível hierárquico da descrição influencia a complexidade da indexação.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

De acordo com o DBTA a Indexação é o processo pelo qual documentos ou informações são representados
por termos, palavras-chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação.

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A descrição é a função que possibilita que os dados contidos nas séries/ou unidades documentais cheguem
até os pesquisadores e fiquem disponíveis para consulta.

O objetivo da descrição é alcançado com a elaboração dos instrumentos de pesquisa, que são as ferramentas
utilizadas para fornecer informações sobre os documentos e fundos, bem como sua localização.
Veja na tabela a seguir que, com base no nível hierárquico da descrição, é possível notar o aumento da sua
complexidade. Catálogo seletivos e índices, por exemplo, são instrumentos mais analíticos que os demais.
Dessa forma a indexação realmente se torna mais complexa à medida que o nível de descrição se torna mais
específico.

26. (CEBRASPE/ABIN/Agente Técnico de Inteligência/2010) Julgue o item a seguir, relativo à gestão de


documentos. São atividades características do arquivo permanente: arranjo, descrição,
publicação, conservação e referência.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


As atividades características dos arquivos permanentes são: Arranjo, Descrição e Publicação (dos
instrumentos de pesquisa), Preservação, Conservação, Restauração e Referência (políticas de acesso aos
documentos).

27. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O tratamento analítico da descrição é aplicado nos fundos pessoais e nos fundos
fechados de pequena amplitude.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

A questão se situa no âmbito da descrição analítica dos catálogos.

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De acordo com Heloísa Bellotto, o tratamento analítico proporcionado pelo catálogo analítico aplica-se
melhor aos fundos pessoais, aos fundos fechados de órgãos de pequena amplitude e curta
duração (portanto, com produção documental numericamente reduzida) ou aos casos em que, mesmo
havendo grande quantidade de documentos, o arranjo não é funcional, nem há séries homogêneas e
lógicas que possibilitem uma descrição coletiva.

Os Catálogos constituem instrumentos voltados para a localização específica de unidades documentais. O


catálogo dará continuidade à descrição da série iniciada com o inventário, detendo-se, agora, em cada
documento, respeitando ou não a ordenação destes dentro da série.

Vejamos um exemplo desse instrumento:

No entanto, é importante destacar que o chamado "catálogo analítico" faz parte de uma terminologia antiga.
Atualmente, a terminologia usual é a de apenas "catálogo". Observe:

28. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O catálogo será sumário caso se refira apenas aos fundos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:
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A afirmativa está ERRADA.

No nível dos fundos, cuja base de descrição são as séries, o instrumento de descrição é o inventário, e não
o catálogo, que possui nas séries o seu nível de descrição.

Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.

O objetivo é descrever as atividades de cada titular, as séries integrantes, o volume de documentos, as datas-
limite e os critérios de classificação e de ordenação.

Os catálogos, por sua vez, constituem instrumentos voltados para a localização específica de unidades
documentais. O catálogo dará continuidade à descrição da série iniciada com o inventário, detendo-se,
agora, em cada documento, respeitando ou não a ordenação destes dentro da série.

Observe:

29. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O instrumento de pesquisa do tipo parcial que se ocupa de partes do acervo é o
inventário.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

De acordo com o DBTA o inventário é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente,
as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica
que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.

Conforme figura abaixo os inventários são um dos instrumentos de pesquisa parciais, ao lado de catálogos,
catálogos seletivos e índices.

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30. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. Se for necessário elaborar um instrumento mais abrangente e com linguagem adequada
para atingir o grande público, a opção será feita pelo instrumento denominado guia.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


O guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a
porta de entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo.
No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como por exemplo os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.
O guia também deve conter uma pequena introdução que apresente o histórico da instituição e explique o
processo pelo qual seu acervo foi formado.
Através do guia, o pesquisador poderá programar sua visita, sabendo exatamente quais são as condições de
consulta, quais conjuntos documentais são pertinentes para seus interesses de pesquisa e quais são as
condições de acesso. Ele será o primeiro instrumento solicitado por qualquer consulente familiarizado com
os procedimentos técnicos do arquivo.
Veja um exemplo abaixo:

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31. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2014) Com relação à descrição de documentos de arquivo, julgue o item


subsequente. O resultado do trabalho de descrição é a produção de instrumentos de pesquisa.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


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De acordo com o DBTA a descrição é exatamente o conjunto de procedimentos que leva em conta os
elementos formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa, tendo a
própria produção dos instrumentos como seu resultado final.

32. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o próximo item, relativo aos princípios e
conceitos da ciência arquivística. A função básica do arquivo é preservar a memória de uma
instituição e, justamente por isso, existe a guarda permanente de documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A função básica de um arquivo não é "apenas" preservar a memória de uma instituição. Na verdade, em
primeiro lugar a função de um arquivo é tornar disponível as informações contidas no acervo documental
sob sua guarda. Para que esse objetivo seja alcançado deve preocupar-se com a gestão, guarda e preservação
dos seus fundos documentais. A preservação da memória, não só de uma instituição mas mesmo da
sociedade é uma consequência de todo esse processo, mas não a principal função de um arquivo.

33. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) No que se refere a instrumentos de pesquisa, julgue o item


seguinte. O fundamental do inventário é que a sequência dos verbetes esteja na ordem
cronológica.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

De acordo com Bellotto (2004), o fundamental no inventário é que não se faça uma seleção, não se selecione
documentos sob nenhum critério, sendo a sequência dos verbetes, em geral, a mesma da ordem no arranjo,
que de regra, é alfabética. Observe o exemplo abaixo:

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34. (CEBRASPE/MPOG/Arquivista/2015) A respeito da indexação de documentos, julgue o item que se


segue. O processo de indexação refere-se à tradução de um documento em termos descritores ou
em cabeçalhos de assunto para expressar o conteúdo do documento.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

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Para o DBTA a Indexação é o processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos,
palavras-chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação. Tudo isso acontece ao longo do
processo de arquivamento, no qual os documentos são indexados para pesquisa futura.
De acordo com o Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Documentos do e- ARQ-Brasil, a seleção dos termos para indexação é feita, normalmente, com base em:
✓ Tipologia documental: divisão de espécie documental que reúne documentos por suas
características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica
de registro. São exemplos de tipos documentais: atestado de frequência de pessoal, atestado de
saúde ocupacional, alvará de licença para construção, alvará de habite-se.
✓ Título ou cabeçalho do documento
✓ Assunto do documento: palavras-chave ou termos compostos que representem corretamente o
conteúdo do documento
✓ Documentação anexada
Por fim, importante saber que a indexação tem como objetivo ampliar as possibilidades de busca e facilitar
a recuperação dos documentos, e pode ser feita de forma manual ou automática.

35. (CEBRASPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao gerenciamento de informação


e à gestão de documentos, julgue o próximo item. Eliminação de documentos de arquivo,
protocolo e transferência de documentos para o arquivo intermediário são atividades
desenvolvidas nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Tanto o Protocolo como a transferência de documentos (migração do arquivo corrente para o arquivo
intermediário) são atividades desenvolvidas nos arquivos correntes, e não permanentes.
Por fim, a eliminação, entendida como a destruição de documentos sem valor (valor primário esgotado e
não possuem valor secundário) é atividade que pode ser desenvolvida nos arquivos correntes e
intermediários, mas jamais nos arquivos permanentes, onde os documentos após serem recolhidos, são
definitivamente custodiados.

36. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Acerca do programa descritivo de documentos, julgue o


item a seguir. A descrição é uma tarefa típica dos arquivos permanentes, sendo desnecessária no
âmbito dos arquivos intermediários, em que a frequência de utilização secundária é quase nula.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

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A afirmativa está CORRETA.

Essa é uma questão que sempre gera discussão.

Segundo o DBTA a descrição é o “conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de
conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.”
A resolução dessa questão se baseia na opinião da professora Heloísa Bellotto, segundo a qual "ela não cabe
nos arquivos correntes, onde seu correspondente é o estabelecimento dos códigos dos planos de
classificação". E prossegue a professora: "tampouco a descrição faz sentido no âmbito dos arquivos
intermediários, onde a frequência de utilização secundária é quase nula".
Porém, de acordo com a ISAD(G), norma internacional de descrição arquivística: "processos relacionados à
descrição podem começar na ou antes da produção dos documentos e continuam durante sua vida.", ou
seja, estendem-se ao longo de todas as idades documentais.
Por fim, para a NOBRADE (Norma Brasileira de Descrição Arquivística), "embora voltada preferencialmente
para a descrição de documentos em fase permanente, pode também ser aplicada à descrição em fases
corrente e intermediária".
Portanto veja que não há unanimidade quanto ao tema e, dessa forma, não parece correto considerar que a
Descrição seja uma atividade exclusiva da fase permanente dos arquivos, ou seja, a terceira idade
documental. É preciso compreender o contexto da questão antes de respondê-la. Neste caso o enunciado
traz claramente uma citação da professora Heloisa Bellotto, que sustenta a tese de que a descrição ocorre
apenas nos arquivos de terceira idade e, por isso, a banca sustenta a questão como correta.

37. (CEBRASPE/TST/Analista Judiciário/2008) Acerca do programa descritivo de documentos, julgue o


item a seguir. A descrição de conjuntos documentais ou partes de um fundo, de maneira parcial e
sumária, caracteriza o guia.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


O enunciado está se referindo ao inventário e não ao guia.
De acordo com o DBTA o Inventário é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente,
as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica
que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
É considerado o instrumento de pesquisa que descreve conjuntos documentais ou partes do fundo. É um
instrumento do tipo parcial, trazendo descrição sumária e não analítica, esta própria do Catálogo.
O guia, por sua vez, é de acordo com o DBTA, o instrumento de pesquisa que oferece informações gerais
sobre fundos e coleções existentes em um ou mais arquivos. Propicia uma visão de conjunto dos serviços de
arquivo, de modo a permitir ao pesquisador saber quais são seus recursos, a natureza e o interesse dos
fundos que ele abriga, os instrumentos de pesquisa de que dispõe e as fontes complementares.

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38. (CEBRASPE/IPHAN/Técnico I/2018) A respeito da diplomática, das características do documento


de arquivo e da difusão em acervos, julgue o item a seguir. O documento de arquivo é um produto
social.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


O documento de arquivo carrega informações de imenso valor social. Neles estão registrados direitos, fatos
e ações da vida de cidadãos e da sociedade. Os documentos derivam e reportam as atividades de toda a
sociedade e são, portanto, produtos sociais.
De acordo com a Profa. Heloisa Bellotto a partir do momento em que o documento faz parte dos arquivos
de terceira idade ele passa a ter um outro papel e importância, muito maior do que seu papel administrativo.
Passa a ser relevante para inúmeras outras pessoas, diferentes daquelas para as quais foi criado (valor
primário).
Para a professora, não se trata mais da utilização do documento pelo produtor, do seu valor primário, ligado
à própria razão de ser do ato escrito consignado no documento.
Abre-se nesse momento uma potencialidade informacional - valor secundário do documento - infinitamente
mais ampla do que a estrita razão funcional que motivou a geração do documento, e sem o
comprometimento jurídico que o valor primário necessariamente carrega. É a caracterização do valor e do
documento como um produto social.

39. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o item subsequente, relativo a funções


arquivísticas. É correto considerar a transparência ativa como uma ação de difusão.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Segundo Bianca Sartori “a transparência ativa é a difusão de informações por iniciativa da própria
organização, os dados são disponibilizados ao público independente de requerimentos externos. Exemplos
de transparência ativa são as informações disponibilizadas pela organização em seu site, como informativos
sobre sua função e atividades que realiza, a lista de indicadores de desempenho de sua gestão, os seus
valores orçamentários, entre outros".
Note que nestes casos a organização está divulgando seus dados e informações independentemente de
pedidos ou requisições. É a chamada transparência ativa.

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40. (CEBRASPE/IPHAN/Técnico I/2018) A respeito da diplomática, das características do documento


de arquivo e da difusão em acervos, julgue o item a seguir. Uma vez perdido o valor informacional
do conjunto documental após seu recolhimento, o arquivo permanente deve concentrar suas
atividades na difusão de seu acervo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Esgotado o valor primário do documento (valor administrativo) e possuindo valor secundário, esse
documento é recolhido para custódia permanente nos arquivos de terceira idade. Lá um de seus maiores
papéis será mesmo o de difundir as informações que possui. Dessa forma, uma das atividades mais
importantes do arquivo permanente é mesmo a difusão, por meio da qual são fornecidas informações a
respeito dos documentos e promovidas ações para a divulgação do acervo documental e seu conteúdo.

41. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) Julgue o item a seguir, relativo às funções


arquivísticas de difusão, descrição e preservação documental. A divulgação dos procedimentos de
acesso a um arquivo na intranet de uma instituição viabiliza a difusão de um acervo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

A função Difusão refere-se ao fornecimento ou disseminação da informação, o maior objetivo da arquivística.

A difusão arquivística é algo recente que assume papel primordial na promoção de instituições ou órgãos
responsáveis por políticas arquivísticas, do organismo produtor e do próprio acervo.

Nesse contexto, a divulgação dos procedimentos de acesso a um arquivo na intranet de uma instituição
viabiliza sim a difusão de um acervo.

Atenção pois essa questão pode confundir. Pode-se imaginar que a divulgação de procedimentos na intranet
possa não caracterizar a difusão, mas apenas na internet. Engano de interpretação.

Divulgar procedimentos de acesso a um arquivo na intranet faz com que os servidores responsáveis pelo
processo estejam devidamente informados e treinados para a atividade de difusão junto aos usuários e
pesquisadores, incentivando e viabilizando a divulgação do acervo em última instância.

42. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) Acerca de gestão de documentos aplicada aos arquivos


governamentais, julgue o item seguinte. Difusão é função típica do arquivo intermediário.

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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A difusão relaciona-se diretamente com o fornecimento ou disseminação da informação, sendo portanto
uma das funções arquivísticas mais nobres e importantes.
A difusão arquivística é algo recente que assume papel primordial na promoção de instituições ou órgãos
responsáveis por políticas arquivísticas, do organismo produtor e do acervo propriamente dito.
Dessa forma é uma função que se vincula ao arquivo permanente, portanto.

43. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. A aproximação estudante-documento pode ser
abordada por meio de dois ângulos: o contato direto do estudante com as fontes primárias e a
seleção de documentos para o ensino de história.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


O arquivo é algo como a "consciência histórica" da administração e também pode e deve exercer o mesmo
papel em relação a sociedade. E há algumas formas de fazer isso, que é o que nos importa sob o ponto de
vista de matérias cobradas em concurso.
Os arquivos têm duas formas de promover essas atividades: de fora para dentro, atraindo o público para as
suas instalações ou de dentro para fora, levando para o público parte de seu conteúdo, valores e
pensamentos.
Dessa forma são dois grandes caminhos que os arquivos podem percorrer nesse sentido: as atividades
culturais / educacionais e os serviços editoriais.
Em relação especificamente às atividades educacionais, hoje considera-se que o arquivo pode atuar em dois
formatos:
✓ Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da instituição
arquivística.
✓ Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa vez a
relação pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio ambiente de
ensino. Essa ação abrange, como exemplo, a seleção de documentos para o ensino de história, como
trazido pelo enunciado.

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44. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. Visitas guiadas, aulas de história no arquivo,
realização de concursos são ações de difusão nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Tanto atividades culturais como educacionais são atividades de difusão praticadas pelos arquivos.
No Brasil as atividades culturais que as instituições arquivísticas promovem são principalmente:
✓ visitas guiadas
✓ palestras/aulas
✓ debates
✓ lançamentos de obras
✓ concursos
✓ patrocínios de:
✓ simpósios
✓ congressos
✓ jornadas
✓ reuniões
Além delas temos as atividades educacionais. Nesse contexto hoje considera-se que o arquivo pode atuar
em dois formatos:
✓ Contato direto do aluno com a fonte primária documental, ou seja, trazê-lo para dentro da instituição
arquivística.
✓ Seleção de documentos para pesquisa de acordo com o conteúdo programático escolar. Dessa vez a
relação pode se estabelecer tanto dentro da instituição arquivística como no próprio ambiente de
ensino. Essa ação abrange, como exemplo, a seleção de documentos para o ensino de história, como
trazido pelo enunciado.

45. (CEBRASPE/FUB/Arquivista/2015) Com relação às funções arquivísticas, julgue o próximo item. A


identificação de documentos por meio de instrumentos de pesquisa resulta da atividade de
difusão.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

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A afirmativa está ERRADA.


Os instrumentos de pesquisa são o resultado final do processo de descrição. A identificação de documentos
por meio desses instrumentos de pesquisa não está portanto relacionada à difusão, mas sim a descrição.
Cuidado pois a questão tem certa ambiguidade. A difusão utiliza os instrumentos de pesquisa em seus
processos de divulgação do conteúdo arquivístico porém aqui o enunciado alega que a identificação dos
documentos por meio dos instrumentos resulta DA atividade de difusão, o que não é verdade. Ele resulta DA
atividade de descrição e o processo é utilizado PELA atividade de difusão. Cuidado!

46. (CEBRASPE/PF/Arquivista/2014) No que se refere às funções arquivísticas, julgue o próximo item.


A preparação de catálogos, guias e inventários é considerada atividade de difusão.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A produção de instrumentos de pesquisa como os catálogos, guias e inventários são o resultado final da
atividade de descrição e não da difusão, que são os serviços editoriais, de difusão cultural e de assistência
educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.
A descrição por sua vez é considerada pelo DBTA o conjunto de procedimentos que leva em conta os
elementos formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa. É a isso
que o examinador está se referindo no enunciado.

47. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. A operação de arranjo é sistematizada na ordenação dos
conjuntos documentais, obedecidos os critérios que respeitem a relação significativa dos
conjuntos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

Arranjo é atividade típica dos arquivos permanentes e pode ser definido como a disposição física dos
documentos de arquivo, com base na sua classificação e de acordo com métodos específicos. Em linhas
gerais, a classificação obedece, na fase permanente, aos mesmos princípios e procedimentos adotados para
a classificação dos documentos na fase corrente, de acordo com o princípio do Respeito a Ordem Original.

Note que o enunciado fala em "obedecidos os critérios que respeitem a relação significativa dos conjuntos".
É uma referência direta à organicidade e ao próprio princípio da ordem original, ambos respeitados na
produção e desenvolvimento do arranjo documental.
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48. (CEBRASPE/STJ/Analista Judiciário/2015) Com relação a princípios e conceitos arquivísticos, julgue


o item a seguir. Devido à dificuldade de se estabelecer a organicidade de documentos em uma
massa documental acumulada, o arranjo dessa documentação deve ser feito com base na
classificação arquivística.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


De acordo com o DBTA a Classificação é a organização dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo
com um plano de classificação, código de classificação ou quadro de arranjo.
Nesse cenário, a classificação é um conjunto de operações técnicas destinadas a organizar a documentação
de caráter corrente, a partir da análise das funções e atividades do organismo produtor de arquivos.
Note que, como a classificação baseia-se na análise de funções e atividades do organismo produtor, respeita
assim a organicidade, segundo o enunciado, difícil de ser estabelecida em uma massa documental
acumulada, reforçando o conceito trazido pela banca.

49. (CEBRASPE/TC DF/Técnico de Administração Pública/2014) Julgue o item a seguir, acerca dos
conceitos fundamentais de arquivologia. O instrumento utilizado para a classificação dos
documentos do arquivo permanente é o quadro de arranjo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.

Nesta questão podemos recorrer à Profa. Janice Gonçalves que relata a distinção entre classificação e
arranjo.

Segundo Gonçalves: "a classificação corresponderia às operações técnicas destinadas a organizar a


documentação de caráter corrente, a partir análise das funções e atividades do organismo produtor de
arquivos. Por seu turno, o arranjo englobaria as operações técnicas destinadas a organizar a documentação
de caráter permanente".

50. (CEBRASPE/TC DF/Analista de Administração Pública/2014) No que se refere às funções


arquivísticas, julgue o item a seguir. A classificação e o arranjo são duas operações distintas. A
classificação é elaborada com base nas funções e atividades do órgão que tenha acumulado os
documentos, ao passo que o arranjo deve levar em consideração o uso que os pesquisadores e
historiadores fazem dos documentos.
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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Essa questão sempre gera um pouco de polêmica pois envolve uma discussão conceitual não pacificada na
Arquivologia. Para resolvê-la é necessário recorrer à Profa. Janice Gonçalves.
Antes disso, para traduzir visualmente as relações hierárquicas e orgânicas entre as classes definidas na
organização dos documentos, vale dizer que os arquivistas utilizam o plano de classificação em relação aos
documentos de primeira idade (com base nas funções e atividades do órgão, conforme traz o enunciado) e
o quadro de arranjo em relação aos documentos de terceira idade, que também deve seguir o princípio da
proveniência.
De acordo com a Profa. Janice, como decorrência da distinção tradicional de “classificação” e “arranjo”, os
esquemas ou quadros gerais que os expressam costumam ser denominados diferentemente: “plano de
classificação”, para os documentos de caráter corrente e “quadro de arranjo”, para os documentos de
caráter permanente, divididos em classes que ganham nomes específicos: grupos, subgrupos a séries.
Ambos, porém, são operações semelhantes e têm a mesma finalidade, ou seja, em ambos os casos, o
procedimento básico é o mesmo: definir grandes classes abstratas que correspondam, de forma coerente e
articulada, às funções e atividades do organismo em questão, no período recoberto pela documentação a
ser organizada.

51. (CEBRASPE/INSS/Analista do Seguro Social/2008) Julgue o item seguinte, quanto à teoria e prática
de arranjo em arquivos permanentes. A partir do estudo do material a ser tratado como conjunto
administrativo funcional, chega-se ao quadro de arranjo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


É justamente o estudo do volume documental sob seu aspecto administrativo funcional, ou seja, a relação
dos documentos com as funções e atividades da organização, que dá suporte à formação do quadro de
arranjo e dos respectivos fundos.
Lembre-se que os fundos são regidos primordialmente pelo princípio da proveniência e, portanto, a relação
documento-função-atividade é fundamental para a organização dos conjuntos documentais na terceira
idade do ciclo de vida documental.

52. (CEBRASPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Acerca do


gerenciamento da informação e da gestão de documentos, julgue o item a seguir. Os documentos
existentes no arquivo permanente podem retornar aos arquivos correntes.

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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Os documentos só são enviados ao arquivo permanente quando possuem valor secundário, que podem ser
legais, probatórios, científicos, históricos, culturais ou informativos, como já estudamos. Dessa forma,
passam a ser custodiados de maneira definitiva e não podem mais ser eliminados. Assim, não se esqueça,
documentos após serem recolhidos ao arquivo permanente não poderão mais ser eliminados.

53. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) Acerca da gestão arquivística, julgue o item a


seguir. O arquivo permanente é destinado à guarda de documentos que perderam seu valor
administrativo, mas que ainda possuem valor legal ou histórico.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Exatamente o que vimos na aula.
Sabemos que o destino dos arquivos é passar por uma lenta evolução que os afasta cada vez mais de seu
objetivo primitivo, ou seja, a razão principal para a qual ele foi criado. Com o passar dos anos, embora o
documento perca o seu valor administrativo, ele pode ganhar importância como documento histórico.
Dentro desse contexto, no arquivo permanente são mantidos os conjuntos documentais que foram
considerados de guarda definitiva em função de seus valores secundários, que podem ser legais, probatórios,
científicos, históricos, culturais ou informativos, como já estudamos. E, a partir daí, não podem mais ser
eliminados, como vimos em questão anterior.

54. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) De acordo com a Lei n.º 8.159/1991, que dispõe
sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências, julgue o item
que se segue. Os arquivos permanentes devem ser preservados apenas se ficar constatado o seu
uso específico, imediato ou remoto.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Não é isso que diz a lei. O parágrafo 3o. do artigo 8o. da Lei Nacional dos Arquivos diz que "consideram-se
permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser

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definitivamente preservados". Note que a lei não impõe qualquer condição para a sua preservação,
determinando que basta a sua condição de permanente (presença de valor secundário) para que seja
definitivamente preservado.

55. (IBFC/CM Araraquara-SP/Analista Informação/2018) A idade em relação ao ciclo de vida


documental onde o documento tem valor secundário, ou seja, não podem ser
eliminados/descartados de forma alguma em decorrência de seu valor probatório e/ou
informativo para o Estado ou sociedade. Assinale a alternativa correta.

a) primeira idade, arquivo secundário


b) terceira idade, arquivo histórico
c) segunda idade, arquivo de custódia
d) terceira idade, arquivo permanente
e) primeira idade, arquivo probatório

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Temos dois problemas aqui: a presença de valor secundário leva o documento
à terceira idade documental, onde está o arquivo permanente e não a primeira idade, onde temos o arquivo
corrente. Além disso, embora o valor seja secundário, a denominação correta do arquivo é permanente e
não secundário.

A alternativa B está incorreta. Aqui o examinador traz a idade documental correta: terceira idade, porém
erra novamente no nome do arquivo. Atenção, pois, formalmente, não existem arquivos "histórico",
"secundário", "probatório", etc. As bancas fazem muito esse tipo de jogo. O nome correto é arquivo
"permanente" quando se fala de valor secundário, especialmente quando a banca compara essas
denominações com a denominação correta "permanente".

Você vai ver abaixo em outra questão que, as vezes e dependendo do contexto, é necessário aceitar outra
definição, mas não no caso dessa questão, cujo erro principal é exatamente esse.

A alternativa C está incorreta. Novamente os mesmos problemas. Erro na idade documental: o correto é
terceira idade e não segunda e erro no nome do arquivo: o correto é permanente no lugar de "de custódia".

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nesta questão o examinador traz o conceito de
arquivo permanente e testa os conhecimentos do candidato em relação à Teoria das Três Idades. O arquivo
permanente é o arquivo relativo a Terceira Idade documental. Isso já estudamos bastante e, a essa altura,
não dá mais para errar.

A alternativa E está incorreta. Mesmo padrão de erro das anteriores. Erro na idade documental: o correto é
terceira idade e não primeira e erro no nome do arquivo: o correto é permanente no lugar de "probatório".

56. (CESPE/SEDF/Técnico de Gestão Educacional/2017) Julgue o próximo item, relativo ao


gerenciamento da informação e à gestão de documentos. Um documento que passou pela
atividade de recolhimento não pode mais ser eliminado.
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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Aqui a chave da questão é conhecer o termo "recolhimento".
Esse é um termo importantíssimo para os arquivos permanentes. É o termo que representa a entrada do
documento no arquivo permanente, esteja ele vindo do arquivo intermediário ou de qualquer outro lugar.
Quando o documento ingressa no arquivo permanente ele é RECOLHIDO. Atenção, pois, a pegadinha clássica
das bancas é usar o termo TRANSFERIDO, que se aplica apenas quando o documento sai do arquivo corrente
e vai para o intermediário.
Quando o destino é o arquivo permanente, não se esqueça, o documento é recolhido.
Neste caso, como o documento foi recolhido, ele ingressou no arquivo permanente e já vimos que, após
ingressar no arquivo permanente, o documento não pode mais ser eliminado. Assim, afirmativa correta!

57. (CVEST/IF PE/Arquivista/2017) Os arquivos permanentes são aqueles que custodiam os


documentos no seu último ciclo de vida, aqueles que perderam sua serventia administrativa, mas
que pelo seu valor secundário não podem ser destruídos. No contexto arquivístico, esse tipo de
arquivo também é conhecido como:

a) Arquivo público.
b) Arquivo morto.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo patrimonial.
e) Arquivo histórico.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Arquivo público não define o ciclo de vida documental, podendo ser corrente,
intermediário ou permanente.

A alternativa B está incorreta. Arquivo morto não é mais uma terminologia comumente usada na
Arquivologia.

A alternativa C está incorreta. Arquivo intermediário representa a segunda idade documental e não a
terceira, na qual se encontra o arquivo permanente.

A alternativa D está incorreta. Arquivo patrimonial não é uma definição correta para arquivo de terceira
idade ou sinônimo de arquivo permanente.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Essa é a questão que eu me referia acima. É sempre
muito importante perceber o contexto da questão. Quando a comparação é feita entre diversas
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denominações e o termo "permanente", é evidente que o correto é o último. Nesse caso o examinador lista
diversas denominações e busca aquela que mantém relação com o arquivo permanente, no caso, o arquivo
"histórico".

58. (CVEST/IF PE/Arquivista/2017) Assinale as atividades inerentes ao arquivo permanente.

a) Avaliação e Arranjo
b) Descrição e Arranjo
c) Difusão e transferência
d) Reprodução e Classificação
e) Arquivamento e análise

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Avaliação não é uma atividade do arquivo permanente.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos ao longo da aula que as atividades do arquivo
permanente são: arranjo, descrição, conservação e referência (políticas de acesso e uso). Dessa forma, duas
delas estão nesta alternativa, o gabarito da questão.

A alternativa C está incorreta. Embora difusão possa ser entendida como uma atividade de referência
(fazendo parte, portanto, do arquivo permanente), transferência não pode ser. Transferência nada mais é
do que o termo que significa a movimentação de documentos do arquivo corrente para o arquivo
intermediário, estando definitivamente distante do arquivo permanente.

A alternativa D está incorreta. Nem reprodução e nem classificação são atividades do arquivo permanente.

A alternativa E está incorreta. Embora a arquivamento seja uma ação que, classicamente, ocorra no arquivo
permanente, nem ele e nem a análise são consideradas atividades "típicas" de arquivo permanente que,
como já vimos são: arranjo, descrição, conservação e referência (políticas de acesso e uso).

59. (IESES/BahiaGás/Técnico de Processo Organizacional/2016) Assinale a alternativa correspondente


ao tipo de arquivo, em que são armazenados os documentos que perderam todo valor de natureza
administrativa, que se conservam em razão de seu valor histórico ou documental e que constituem
os meios de conhecer o passado e sua evolução.

a) Arquivos permanentes ou de terceira idade.


b) Arquivos intermediários ou de segunda idade.
c) Arquivos técnicos e familiares.
d) Arquivos especiais.
e) Arquivos correntes ou de primeira idade.

Comentários:

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Já vimos que em questões desse tipo devemos buscar
duas coisas: a idade correta do ciclo de vida documental (terceira idade) e a denominação correta do arquivo
que faz parte dessa idade (arquivo permanente).

A alternativa B está incorreta. Veja que o examinador o tempo todo joga com idades documentais e nomes
de arquivo incorretos. Aqui traz a segunda idade e arquivo intermediário. Errado. Estamos falando de terceira
idade e arquivo permanente.

A alternativa C está incorreta. Nesta a banca sequer traz uma idade documental ou um dos três arquivos
que representam cada uma das três idades.

A alternativa D está incorreta. Arquivos especiais também nada têm a ver com o tema. Essa é uma
classificação dos arquivos de acordo com a natureza dos seus documentos, tema que estudamos logo no
início do curso.

A alternativa E está incorreta. Aqui a banca concentra-se na primeira idade documental. Errado. Estamos
falando da terceira idade.

60. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Apoio Especializado Arquivologia/2017) “É a operação ao mesmo


tempo intelectual e material: deve-se organizar os documentos uns em relação aos outros; as
séries, umas em relação às outras; os fundos, uns em relação aos outros; dar número de
identificação aos documentos…” (Bellotto, 2007.) No trecho anterior a autora está tratando sobre
que tipo de operação arquivística?

a) Arranjo.
b) Avaliação.
c) Descrição
d) Recolhimento.
Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A maior dica da questão está na referência a atividade
ao mesmo tempo "intelectual" e "material". Vimos isso na definição de arranjo que se reflete na análise do
documento (intelectual) e sua organização física em estantes e galerias (operação material ou física). Essa é
exatamente a definição de arranjo.

A alternativa B está incorreta. A avaliação, segundo o DBTA é o processo de análise de documentos de


arquivo, que estabelece os prazos de guarda e a destinação, de acordo com os valores que lhes são
atribuídos.

A alternativa C está incorreta. Já a descrição, de acordo com o mesmo DBTA, é o conjunto de procedimentos
que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos
de pesquisa.

A alternativa D está incorreta. Por último, recolhimento, como já vimos, corresponde a entrada de
documentos públicos em arquivos permanentes, com competência formalmente estabelecida.
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61. (PR4 UFRJ/UFRJ/Técnico Arquivo Geral/2016) A atividade de Arranjo é entendida na literatura


arquivística, na ordenação dos documentos em fundos, como a ordenação das séries dentro dos
fundos e, se necessário, dos itens documentais dentro das séries. Esta atividade é desenvolvida
no:

a) Arquivo Permanente.
b) Arquivo Corrente.
c) Arquivo Intermediário.
d) Arquivo Administrativo.
e) Arquivo Setorial.
Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A atividade de arranjo, assim como a descrição, é
tida como atividade típica de arquivo permanente.

A alternativa B está incorreta. Não há atividade de arranjo no arquivo corrente. No arquivo corrente o
documento é classificado e tal classificação deve ser seguida no arquivo permanente.

A alternativa C está incorreta. Também não há atividade de arranjo no arquivo permanente.

A alternativa D está incorreta. Arquivo "administrativo" sequer é um arquivo que represente alguma idade
documental e que pudesse nos levar a alguma confusão na questão.

A alternativa E está incorreta. O mesmo se aplica a arquivo "setorial", que é na verdade uma classificação
dos arquivos quanto a sua extensão.

62. (CEBRASPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Acerca de


conceitos relativos à arquivologia, julgue o item que se segue. Na organização de arquivos
permanentes, o processo que consiste na ordenação estrutural ou funcional dos documentos em
fundos é denominado arranjo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Vimos que a definição de arranjo é a ordenação dos conjuntos documentais remanescentes das eliminações,
obedecendo a critérios que respeitem sempre o caráter orgânico dos conjuntos, tanto interna como
externamente.
Para o DBTA é a sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de
um arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.
Para completar, tudo isso ocorre exatamente no arquivo permanente, como afirma o examinador.
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Ou seja, em outras palavras, é o que a banca traz em seu enunciado.

63. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito das teorias e dos princípios de arquivologia, julgue o


item a seguir. A teoria dos fundos é o embasamento teórico do arranjo e da ordenação dos
conjuntos documentais nos arquivos permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Vimos que o arranjo, em essência, respeita três grandes princípios da Arquivologia: Proveniência,
Organicidade e Respeito à Ordem Original.
Para o DBTA, o princípio do Respeito a Ordem Original é o princípio segundo o qual o arquivo deveria
conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu, ou seja, ele deve ser
alocado em seu lugar original, respeitando o fundo de onde provém, além de respeitar o fluxo natural
orgânico em que o documento foi produzido.
Dessa forma é correto considerar que a teoria dos fundos é o embasamento teórico do arranjo e da
ordenação dos conjuntos documentais nos arquivos permanentes.

64. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. O arranjo do fundo de arquivo é definido externamente
pela proveniência e, internamente, pelo princípio da ordem original.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Assim como na questão anterior, vimos que o arranjo respeita três grandes princípios da Arquivologia:
Proveniência, Organicidade e Respeito a Ordem Original.
Nesse caso a banca fala que o arranjo do fundo de arquivo é definido externamente pela proveniência e,
internamente, pelo princípio da ordem original e é isso mesmo.
A proveniência define o fundo no qual o arquivo será definitivamente custodiado e o princípio da ordem
original, ou seja, o respeito à classificação e ao arranjo já recebidos anteriormente por esse documento
devem ser preservados.

65. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito da teoria e da prática de arranjo em arquivos


permanentes, julgue o item que se segue. O primeiro princípio arquivístico aplicado para definir o
arranjo de um arquivo permanente é o da territorialidade.

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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Sabemos que o arranjo, em essência, respeita a três grandes princípios da Arquivologia: Proveniência,
Organicidade e Respeito a Ordem Original.

Não há menção ao princípio da Territorialidade.

O princípio da Territorialidade alega que o documento deve sempre ficar o mais próximo possível do local
onde foi produzido, exceção feita aos documentos derivados de operações militares ou representações
diplomáticas, justamente pelas suas particularidades geográficas.

Essa não é uma das características originalmente seguidas pelo arranjo.

66. (IDECAN/CBM DF/Oficial Bombeiro Militar Arquivologia/2017) “O processo da descrição consiste


na elaboração de instrumentos de pesquisa que possibilitem a identificação, o rastreamento, a
localização e a utilização dos dados.” (Bellotto, 2007, p. 179.) Referente à descrição de
documentos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os instrumentos de pesquisa proporcionam a difusão dos arquivos de custódia.


b) A descrição de acervos de valor primário é uma tarefa típica de arquivo semiativo.
c) Os instrumentos de pesquisa são imprescindíveis para os processos historiográficos.
d) O software ICA-AToM, do Conselho Internacional de Arquivos, viabiliza a disseminação de acervos de
guarda permanente.
Comentários:
Note que a banca busca a alternativa INCORRETA.
A alternativa A está incorreta pois a afirmação é verdadeira. Os instrumentos de pesquisa possibilitam a
identificação, o rastreamento, a localização e a utilização dos dados, informações ou documentos buscados
e, de fato, proporcionam a difusão dos arquivos sob custódia.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Uma confusão de termos fora do lugar. A descrição
aplica-se especialmente a arquivos permanentes, ou seja, a documentos de valor secundário, ao contrário
do que diz a alternativa, portanto, equivocada.

A alternativa C está incorreta. Sim os processos historiográficos dependem dos instrumentos de pesquisa
para o acesso correto e eficiente das informações e documentos buscados na atividade de pesquisa.

A alternativa D está incorreta. O ICA-AtoM é um software livre criado por iniciativa do Conselho
Internacional de Arquivos (CIA) para descrição de documentos arquivísticos.

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Ele foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar uma ferramenta gratuita e de fácil manejo às entidades
custodiadoras espalhadas pelo mundo, visando à divulgação e disponibilização de seus acervos na internet.

Dessa forma a afirmativa também é correta.

67. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional Arquivologia/2017) Julgue o item a seguir,


relativo às funções arquivísticas de difusão, descrição e preservação documental. A descrição
documental tem por finalidade criar critérios para definir os tipos de documentos que devem ser
mantidos nos arquivos correntes, intermediários e permanentes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Segundo o DBTA a descrição é o conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de
conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.
Ela não tem como finalidade criar critérios para definir os tipos de documentos que devem ser mantidos nos
arquivos correntes, intermediários e permanentes. Na verdade a descrição segue os critérios estabelecidos
pela normatização nacional e internacional de processo descritivo.
A atividade que cria critérios para a definição dos tipos de documentos que devem ser mantidas em cada um
dos arquivos é a classificação, que não ocorre nos arquivos permanentes.

68. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência o acervo de uma instituição é o

a) guia.
b) inventário.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento


de pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um
mapeamento panorâmico do acervo.

No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como, por exemplo, os fundos e as coleções que ele possui,
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seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de


documentos etc.

A alternativa B está incorreta. O inventário é, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, o
instrumento de pesquisa que se segue ao guia. Busca oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou
coleções. Não tem o acervo completo da instituição como referência.

A alternativa C está incorreta. O catálogo é o instrumento que descreve unitariamente as peças documentais
de uma série ou mais séries, ou ainda de um conjunto de documentos, respeitada ou não a ordem de
classificação. Portanto também não tem o acervo completo como referência.

A alternativa D está incorreta. O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma
relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma
unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Também não tem o acervo completo como referência.

A alternativa E está incorreta. Por último, o índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética
e remete o usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo
examinador.

69. (VUNESP/Perf. Mun. Presidente Prudente-SP/Arquivista/2016) O nome do instrumento de


pesquisa que tem por finalidade propiciar visão geral dos serviços de arquivo, permitindo ao
pesquisador conhecer seus recursos, a natureza e o interesse dos fundos custodiados, entre outras
informações, é:

a) catálogo.
b) guia.
c) repertório.
d) inventário.
e) índice.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. O catálogo é o instrumento que descreve unitariamente as peças documentais
de uma série ou mais séries, ou ainda de um conjunto de documentos, respeitada ou não a ordem de
classificação. Portanto também não tem o acervo completo como referência.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Como já vimos, o guia é, preferencialmente, o


primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e
permite um mapeamento panorâmico do acervo, permitindo ao pesquisador conhecer seus recursos, a
natureza e o interesse dos fundos custodiados, entre outras informações.

A alternativa C está incorreta. Repertório, segundo o DBTA é o instrumento de pesquisa no qual são descritos
pormenorizadamente documentos, pertencentes a um ou mais fundos e/ou coleções, selecionados segundo
critérios previamente definidos. É o chamado catálogo seletivo.

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A alternativa D está incorreta. O inventário é, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, o
instrumento de pesquisa que se segue ao guia. Busca oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou
coleções. Não tem o acervo completo da instituição como referência.

A alternativa E está incorreta. Por último, o índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética
e remete o usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo
examinador.

70. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência a série documental é o:

a) índice.
b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) inventário.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Não tem a série documental como unidade de referência.

A alternativa B está incorreta. O guia tem o acervo completo da instituição como unidade de referência.

A alternativa C está incorreta. O catálogo é o instrumento que descreve unitariamente as peças documentais
de uma série ou mais séries, ou ainda de um conjunto de documentos, respeitada ou não a ordem de
classificação. Dessa forma tem as peças descritas (ou os itens) como unidades de referência e não as séries.

A alternativa D está incorreta. Já o catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma
relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma
unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Baseia-se em um ou mais documentos selecionados
de um ou mais fundos, não tendo dessa forma as séries como unidades de referência.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O inventário tem como objetivo descrever as
atividades de cada titular, as séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de
classificação e de ordenação.

71. (FCC/TRT 11a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Atenção: Os instrumentos de


pesquisa, nos arquivos permanentes, variam conforme a unidade que se toma como referência no
processo descritivo. Com base nessa afirmação, responda à questão. O instrumento de pesquisa que
toma por unidade de referência o item documental é o:

a) inventário.

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b) guia.
c) catálogo.
d) catálogo seletivo.
e) índice.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. O inventário tem como objetivo descrever as atividades de cada titular, as
séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de classificação e de ordenação.
As séries são seus elementos de referência.

A alternativa B está incorreta. Os guias têm sempre o acervo completo da instituição como referência. São,
preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um arquivo. Ele é a porta de
entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo, permitindo ao pesquisador
conhecer seus recursos, a natureza e o interesse dos fundos custodiados, entre outras informações.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O catálogo é o instrumento que descreve


unitariamente as peças documentais de uma série ou mais séries, ou ainda de um conjunto de documentos,
respeitada ou não a ordem de classificação. Dessa forma tem as peças descritas (ou os itens) como unidades
de referência.

A alternativa D está incorreta. O catálogo seletivo, por sua vez, é o instrumento de pesquisa que traz uma
relação seletiva de documentos pertencentes a um ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma
unidade de arquivamento é descrita minuciosamente. Baseia-se em um ou mais documentos selecionados
de um ou mais fundos e os tem como referência.

A alternativa E está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.

72. (CEBRASPE/SEDF/Técnico de Gestão Educacional/2017) Julgue o próximo item, relativo ao


gerenciamento da informação e à gestão de documentos. O inventário, instrumento que descreve
a documentação a ser descartada e auxilia a realização do processo de avaliação para reduzir a
massa documental produzida, é utilizado para preservar apenas a documentação essencial e
indispensável para a entidade produtora.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Como já estudamos, os inventários são instrumentos de pesquisa que descrevem, sumária ou
analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma
ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
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Dessa forma, os inventários nada têm a ver com a "descrição de documentos a serem descartados" e nem
com o processo de avaliação documental.

73. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) “De acordo com Bellotto


(2007), o _______________ é o instrumento mais abrangente numa linguagem que pode atingir o
grande público. O _______________ remete o leitor às respectivas notações de localização em uma
ou mais unidades de arquivos. O _______________ é o instrumento que descreve unitariamente as
peças documentais de uma ou mais séries. Já o _______________ descreve conjuntos documentais
ou partes de um fundo.” Acerca dos instrumentos de pesquisa, assinale a alternativa que completa
correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

a) guia / índice / catálogo / inventário


b) inventário / catálogo / índice / guia
c) guia / inventário / índice / catálogo
d) catálogo / inventário / guia / índice
Comentários:
Antes de avaliarmos as alternativas, vamos avaliar a frase trazida pelo examinador. Note que ele começa
com "o instrumento mais abrangente numa linguagem que pode atingir o grande público". Esse instrumento
é o guia, o que já nos dá um bom direcionamento na questão.
Em seguida a banca traz a definição "remete o leitor às respectivas notações de localização em uma ou mais
unidades de arquivos". Como já vimos ao longo da aula, esse instrumento é o índice, que aponta nomes,
lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o usuário às respectivas notações de localização.
Avançando o enunciado fala em "instrumento que descreve unitariamente as peças documentais de uma ou
mais séries". Desta feita está falando do catálogo.
Por último a questão traz instrumento que "descreve conjuntos documentais ou partes de um fundo". Está
falando exatamente do inventário que são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os
instrumentos de pesquisa que se seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais
fundos ou coleções.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

As demais alternativas apresentam sequências que não correspondem as definições apresentadas pela
banca.

74. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) A respeito do instrumento de pesquisa


mais abrangente e popular, assinale a alternativa correta.

a) Inventário.
b) Guia.
c) Índice.
d) Catálogo.
e) Edição de fontes.
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Comentários:

A alternativa A está incorreta. O inventário tem como objetivo descrever as atividades de cada titular, as
séries integrantes, o volume de documentos, as datas-limite e os critérios de classificação e de ordenação.
As séries são seus elementos de referência.

Os inventários são, pela ordem hierárquica dos níveis da classificação, os instrumentos de pesquisa que se
seguem ao guia. Eles buscam oferecer um quadro sumário de um ou mais fundos ou coleções.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos bastante até aqui que o instrumento de
pesquisa mais abrangente e popular é o guia. Insisto neste tipo de questão para que você note como as
diferentes bancas cobram este tema.

Apenas reforçando, o guia é, preferencialmente, o primeiro instrumento de pesquisa a ser produzido por um
arquivo. Ele é a porta de entrada da instituição e permite um mapeamento panorâmico do acervo.

No guia deverão constar todos os dados básicos necessários para orientar os interessados, desde as
informações práticas — tais como o endereço da instituição, os telefones, o horário de atendimento etc. —
até as informações específicas sobre o acervo, como por exemplo os fundos e as coleções que ele possui,
seu nível de organização, as condições físicas e jurídicas do acesso, as possibilidades de reprodução de
documentos etc.

A alternativa C está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.
Definitivamente não é o instrumento de pesquisa mais abrangente e popular.

A alternativa D está incorreta. O catálogo é o instrumento que descreve unitariamente as peças documentais
de uma série ou mais séries, ou ainda de um conjunto de documentos, respeitada ou não a ordem de
classificação. Dessa forma tem as peças descritas (ou os itens) como unidades de referência. Também não é
o instrumento de pesquisa mais popular entre os disponíveis.

A alternativa E está incorreta. Por último, a edição de fontes compreende a publicação de um instrumento
de pesquisa no qual os documentos não recebem resumos indicativos e/ou informativos, como nos
anteriormente citados, figurando o texto integral, conforme relata a professora Heloísa Bellotto. Também
não é o instrumento buscado pela banca.

75. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) Instrumento de pesquisa organizado


segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição
individualizada de documentos pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
Essas informações correspondem à definição de:

a) guia.
b) catálogo.
c) inventário.
d) repertório.

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e) inventário topográfico.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. Como a questão está cobrando definição literal do DBTA, vamos ver o que ele
diz sobre o guia: Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes
em um ou mais arquivos.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Essa é exatamente a definição prevista para catálogo
pelo DBTA. Vejamos: Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos, cronológicos,
onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos pertencentes a um ou
mais fundos, de forma sumária ou analítica.

A alternativa C está incorreta. Para o DBTA Inventário é o instrumento de pesquisa que descreve, sumária
ou analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a
uma ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

A alternativa D está incorreta. Para o DBTA repertório é o Instrumento de pesquisa no qual são descritos
pormenorizadamente documentos, pertencente a um ou mais fundos e/ou coleções, selecionados segundo
critérios previamente definidos.

A alternativa E está incorreta. Por último, para o DBTA o Inventário Topográfico é o instrumento de
controle ou gestão de depósito destinado a indicar a localização física das unidades de arquivamento nos
depósitos.

76. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) Com base na Norma Geral Internacional


de Descrição Arquivística – ISAD(g), assinale a alternativa que indica elementos de descrição da área
de conteúdo e estrutura. Essas informações correspondem à definição de:

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.
Comentários:
Antes de avaliar as alternativas vamos rever a área de conteúdo e estrutura da ISAD(G):

Área de conteúdo e estrutura (informa sobre o assunto e organização da unidade de descrição). Composta
pelos seguintes elementos:

- Âmbito e conteúdo - Capacita os usuários a avaliarem a potencial relevância da unidade de descrição.

- Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação relativa à avaliação,
seleção e eliminação.

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- Incorporações – Informa o usuário sobre acréscimos previstos à unidade de descrição.

- Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema de arranjo da
unidade de descrição.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. É a única alternativa que possui elementos da área
de conteúdo e estrutura da ISAD(G).

A alternativa B está incorreta. História arquivística e procedência pertencem a área de contextualização da


ISAD(G).

A alternativa C está incorreta. Condições de acesso e idioma pertencem a área de condições de acesso e de
uso da ISAD(G).

A alternativa D está incorreta. Título e nível de descrição pertencem a área de identificação da ISAD(G).

A alternativa E está incorreta. Existência e localização dos originais ou de cópias pertencem a área de fontes
relacionadas da ISAD(G).

77. (COVEST/UFPE/Arquivista/2017) O campo da ISAD(G) que permite a descrição sobre o


fornecimento de informação sobre a história da unidade de descrição que seja significativa para sua
autenticidade, integridade e interpretação é:

a) história administrativa/biografia.
b) história arquivística.
c) incorporações.
d) nota do arquivista.
e) procedência.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. O elemento história administrativa/biografia tem como função fornecer uma
história administrativa ou dados biográficos do(s) produtor(es) da unidade de descrição, para contextualizar
o acervo e torná-lo mais compreensível. Faz parte da área de contextualização da ISAD (G).

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O enunciado descreve exatamente a função do


elemento História Arquivística, da área de contextualização da ISAD(G).

A alternativa C está incorreta. A função de incorporações é informar o usuário sobre acréscimos previstos à
unidade de descrição. É um elemento da área de conteúdo e estrutura da ISAD(G).

A alternativa D está incorreta. A função da nota do arquivista é explicar como a descrição foi preparada e
por quem. Faz parte da área de controle da descrição da ISAD(G).

A alternativa E está incorreta. Por último, a função da procedência é identificar a origem imediata de
aquisição ou transferência da unidade de descrição. É elemento da área de contextualização da ISAD(G).
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78. (CEBRASPE/IFF/Arquivista/2018) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE)


prevê a existência de oito áreas, que compreendem vinte e oito elementos de descrição, sendo sete
deles obrigatórios. Entre esses sete elementos obrigatórios, está(ão):

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.
Comentários:
Antes de ir para as alternativas, vale sempre lembrar que a NOBRADE possui 8 áreas de informação, 28
elementos de descrição e, destes, 7 são obrigatórios. São eles: código de referência, título, data, nível de
descrição, dimensão e suporte, nome dos produtores e condições de acesso. Lembrando isso na prova fica
bastante simples de matar a questão.

A alternativa A está incorreta. Avaliação, eliminação e temporalidade são elementos não obrigatórios da
área de conteúdo e estrutura.

A alternativa B está incorreta. História arquivística e procedência são elementos não obrigatórios da área de
contextualização.

A alternativa C está incorreta. Embora "condições de acesso" faça parte do rol de elementos de descrição
obrigatórios da NOBRADE, idioma não faz. Ambos fazem parte da área de condições de acesso e uso da
NOBRADE.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Título e nível de descrição são ambos elementos de
descrição obrigatórios e fazem parte da área de identificação da NOBRADE.

A alternativa E está incorreta. Ambos são elementos de descrição não obrigatórios da área de fontes
relacionadas da NOBRADE.

79. (CONSULPLAN/TRF 2a Região/Analista Judiciário Arquivologia/2017) Acerca da Normalização da


Descrição Arquivística, relacione adequadamente as siglas aos seus respectivos conceitos.

1. ISDF.
2. NOBRADE.
3. ISAAR-CPF.
4. ISDIAH.

( ) Norma que dá diretivas para a preparação de registros de autoridade arquivística que forneçam
descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias) relacionadas à produção e
manutenção de arquivos.

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( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de funções e
fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema
arquivístico de informação.

( ) Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de instituições
com acervo arquivístico e fornece orientação sobre como tais descrições podem ser
desenvolvidas em um sistema de descrição arquivística.

( ) Norma que estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos,


compatíveis com as normas internacionais em vigor e tem em vista facilitar o acesso e o
intercâmbio de informações em âmbito nacional e internacional.

A sequência está correta em:

a) 2, 3, 1, 4.
b) 3, 1, 4, 2.
c) 4, 2, 3, 1.
d) 3, 4, 1, 2.
Comentários:
Antes de buscar a alternativa correta, vamos analisar cada um dos itens:

Norma que dá diretivas para a preparação de registros de autoridade arquivística que forneçam
descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias) relacionadas à produção e manutenção
de arquivos - toda vez que se fala em norma relacionada à produção de arquivos, o examinador está à
busca da ISAAR-CPF. Não se esqueça: Produção = ISAAR-CPF

Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de funções e fornece
orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema arquivístico de
informação - já quando a banca fala em descrição de funções, não titubeie: está falando da ISDF. Use o
"F" de ISDF para lembrar: ISDF = Funções.

Norma que determina o tipo de informação que pode ser incluída em descrições de instituições com
acervo arquivístico e fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um
sistema de descrição arquivística - Agora o examinador fala em acervo. Falou em acervo a norma
procurada é a ISDIAH. Não se assuste. É simples assim mesmo. Você só precisa memorizar essas
correspondência: Acervo = ISDIAH.

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Norma que estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos, compatíveis com
as normas internacionais em vigor e tem em vista facilitar o acesso e o intercâmbio de informações em
âmbito nacional e internacional - Por fim, o examinador traz a norma que estabelece as diretivas para a
descrição no Brasil. Todos sabemos que a norma nacional que adapta as normas internacionais à
realidade arquivística brasileira é a NOBRADE.

Dessa forma temos: 3-1-4-2.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

As demais alternativas apresentam sequências numéricas que não correspondem ao retratado pela banca.

80. (IADES/ALEGO/Analista Legislativo/2019) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística


estabelece 28 elementos de descrição, sendo sete obrigatórios. Assinale a alternativa que indica um
deles.

a) História administrativa
b) História arquivística
c) Código de referência
d) Âmbito e conteúdo
e) Procedência
Comentários:

A alternativa A está incorreta. História administrativa é um elemento descritivo não obrigatório da


NOBRADE, da área de contextualização.

A alternativa B está incorreta. História arquivística é um elemento descritivo não obrigatório da NOBRADE,
também da área de contextualização.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A NOBRADE tem 8 áreas de informação e 28


elementos, sendo 7 obrigatórios. São eles: Código de referência, Título, Data, Nível de descrição, Dimensão
e suporte, Nome dos produtores e Condições de acesso.

De todas as alternativas disponíveis, Código de referência é o único elemento obrigatório da NOBRADE.

A alternativa D está incorreta. Âmbito e conteúdo é um elemento descritivo não obrigatório da NOBRADE,
da área de conteúdo e estrutura.

A alternativa E está incorreta. Procedência é um elemento descritivo não obrigatório da NOBRADE, também
da área de contextualização.

81. (ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) A Norma Brasileira de Descrição Arquivística


(NOBRADE) apresenta seis principais níveis de descrição, que são:

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a) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = série; nível
4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
b) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = série; nível
4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.
c) nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = série; nível 5 = item documental.
d) nível 0 = fundo ou coleção; nível 1 = acervo da entidade custodiadora; nível 2 = seção; nível 3 = dossiê ou
processo; nível 4 = item documental; nível 5 = série.
Comentários:
Não estudamos isso na teoria e por isso é bom trazer esta questão. Pouco provável cair pergunta nessa linha,
porém é bom conhecer.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Os 6 níveis são exatamente os listados na alternativa
A: nível 0 = acervo da entidade custodiadora; nível 1 = fundo ou coleção; nível 2 = seção; nível 3 = série; nível
4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental.

Veja que, como estudamos, os níveis vão do geral para o particular, ou do maior para o menor (do acervo
ao item).

As demais alternativas apresentam sequência que não representam corretamente os seis principais níveis
de descrição.

82. (IADES/Hemocentro-DF/Arquivologia/2017) Com base na Norma Geral Internacional de


Descrição Arquivística – ISAD(g), assinale a alternativa que indica elementos de descrição da área
de conteúdo e estrutura.

a) Avaliação, eliminação e temporalidade.


b) História arquivística e procedência.
c) Condições de acesso e idioma.
d) Título e nível de descrição.
e) Existência e localização dos originais ou de cópias.
Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A área de conteúdo e estrutura, que tem como função
registrar informação sobre o assunto e a organização da unidade de descrição, é composta pelos seguintes
elementos e respectivas funções:

Âmbito e conteúdo - Fornece aos usuários informações relevantes ou complementares ao Título da unidade
de descrição.

Avaliação, eliminação e temporalidade – Fornece informação sobre qualquer ação relativa à avaliação,
seleção e eliminação.

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Incorporações – Informa o usuário sobre acréscimos previstos à unidade de descrição.

Sistema de arranjo – Fornece informação sobre a estrutura interna, ordem e/ou sistema de arranjo da
unidade de descrição.

A alternativa B está incorreta. História arquivística e procedência são elementos da área de contextualização.

A alternativa C está incorreta. Condições de acesso e idioma são elementos da área de condições de acesso
e de uso.

A alternativa D está incorreta. Título e nível de descrição são elementos da área de identificação. Ambos
obrigatórios.

A alternativa E está incorreta. Existência e localização dos originais ou de cópias são elementos não
obrigatórios da área de fontes relacionadas da ISAD(G).

83. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário Arquivologia/2019) De acordo com as normas nacionais e


internacionais de arquivo, julgue o item subsequente. Considere que a sigla NOBRADE, sempre que
utilizada, refere-se à Norma Brasileira de Descrição Arquivística. A NOBRADE prevê a existência de
oito áreas e de vinte e oito elementos de descrição, o que está em consonância com as normas
internacionais.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.

A NOBRADE de fato prevê 8 áreas de informação e 28 elementos de descrição, sendo que destes, 7 são
elementos obrigatórios porém, não pode-se dizer que está em total consonância com as normas
internacionais, visto que a ISAD(G) possui 7 áreas de informação e 26 elementos de descrição, sendo que
destes, 6 são elementos obrigatórios. Essa diferença é importante conhecer, pois têm boa probabilidade de
cair em prova.

84. (IADES/Hemocentro DF/Analista Arquivologia/2017) “As atividades culturais que algumas


instituições arquivísticas brasileiras já promovem têm sido principalmente palestras, debates,
lançamento de obras e concursos.” (Bellotto, 2007.)
São consideradas ações culturais e educativas nos arquivos de guarda permanente, EXCETO:

a) Visitação inclusive a locais não abertos aos consulentes.


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b) Avaliação de documentos em bases de dados de amplo acesso.


c) Manipulação de documentos dentro dos arquivos pelos visitantes.
d) Organização de exposições nos arquivos com documentos originais.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. A visitação, mesmo que a locais não abertos a consulentes, é uma das
atividades culturais típicas promovidas pelas instituições arquivísticas.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A avaliação de documentos é uma atividade interna
da instituição arquivística e nada tem a ver com as atividades culturais e/ou educacionais promovidas em
seus arquivos permanentes.

A alternativa C está incorreta. A manipulação de documentos dentro dos arquivos pelos visitantes é outra
atividade comum em busca da difusão dos conteúdos do acervos arquivísticos. Um ponto importante aqui é
a dicotomia criada entre a difusão (inclusive e especialmente o manuseio de documentos) e as atividades de
preservação e conservação de documentos que veremos na próxima aula. A primeira pode prejudicar a
segunda caso não seja feita com toda a técnica recomendada!

A alternativa D está incorreta. A organização e realização de exposições também é atividade


cultural/educativa típica dos arquivos permanentes de variadas instituições arquivísticas.

85. (CEBRASPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito de ações culturais e educativas e da difusão nos


arquivos permanentes, julgue o próximo item. Ações culturais, educativas e de difusão são,
originariamente, desenvolvidas nos arquivos correntes.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Vimos em relação a este tema que a atividade de difusão de forma genérica, assim como as ações culturais
e educativas é desenvolvida especialmente no arquivo permanente e não no arquivo corrente.

86. (CESGRANRIO/UNIRIO/Assistente de Administração/2016) Alguns documentos têm valor


temporário, e outros têm valor permanente e jamais devem ser eliminados. Esses documentos são
recolhidos a um arquivo conhecido como permanente ou histórico, o qual possui atividades
específicas, dentre as quais se destaca uma, que implica estabelecer uma política de acesso aos
documentos, conhecida como:

a) destinação
b) arranjo
c) referência

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d) conservação
e) descrição e publicação
Comentários:

A alternativa A está incorreta. Destinação não é atividade específica do arquivo permanente. Cuidado para
não confundir com descrição em uma leitura rápida.

A alternativa B está incorreta. O arranjo é sim atividade típica do arquivo permanente, porém não é a que
implica em estabelecer uma política de acesso aos documentos.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Referência é justamente o nome pelo qual a atividade
de difusão e promoção do conhecimento do conteúdo e acervo arquivístico é conhecida.

Estamos falando das políticas públicas de difusão (ou atividade de Referência) implementadas pelas
instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão cultural e de
assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.

A referência é atividade típica do arquivo permanente, assim como o arranjo, a descrição e a preservação /
conservação, que veremos na próxima aula.

A alternativa D está incorreta. A conservação é atividade típica do arquivo permanente, porém também não
é a que implica em estabelecer uma política de acesso aos documentos.

A alternativa E está incorreta. A descrição é atividade típica de arquivo permanente, mas não a responsável
pelo estabelecimento de política de acesso aos documentos.

87. (ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico Arquivo/2019) Terminologia é um conjunto de designações e


conceitos particulares de determinada ciência, arte ou prática. Sobre a terminologia arquivística, a
definição do instrumento de pesquisa no qual são descritos, pormenorizadamente, documentos
previamente selecionados, pertencentes a um ou mais fundos, podendo ser elaborado segundo um
critério temático, cronológico, onomástico ou geográfico é atribuída a qual termo?

a) Repertório.
b) Inventário Analítico.
c) Inventário Sumário.
d) Índice.
Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Segundo o DBTA esta é exatamente a definição de
repertório.

A alternativa B está incorreta. O inventário é o meio que permite a identificação, localização ou consulta a
documentos ou a informações neles contidas. Não é o instrumento de pesquisa buscado pela banca.

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A alternativa C está incorreta. Da mesma forma, não é do inventário sumário que o examinador está falando.

A alternativa D está incorreta. O índice aponta nomes, lugares ou assuntos em ordem alfabética e remete o
usuário às respectivas notações de localização. Também não é o instrumento buscado pelo examinador.

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GABARITO

1. ERRADA 36. CORRETA 71. C


2. ERRADA 37. ERRADA 72. ERRADA
3. CORRETA 38. CORRETA 73. A
4. ERRADA 39. CORRETA 74. B
5. CORRETA 40. ERRADA 75. B
6. ERRADA 41. CORRETA 76. A
7. ERRADA 42. ERRADA 77. B
8. ERRADA 43. CORRETA 78. D
9. ERRADA 44. CORRETA 79. B
10. CORRETA 45. ERRADA 80. C
11. ERRADA 46. ERRADA 81. A
12. ERRADA 47. CORRETA 82. A
13. ERRADA 48. CORRETA 83. ERRADA
14. CORRETA 49. CORRETA 84. B
15. ERRADA 50. ERRADA 85. ERRADA
16. ERRADA 51. CORRETA 86.C
17. CORRETA 52. ERRADA 87.A
18. CORRETA 53. CORRETA
19. CORRETA 54. ERRADA
20. ERRADA 55. D
21. CORRETA 56. CORRETA
22. CORRETA 57. E
23. ERRADA 58. B
24. CORRETA 59. A
25. CORRETA 60. A
26. CORRETA 61. A
27. CORRETA 62. CORRETA
28. ERRADA 63. CORRETA
29. CORRETA 64.CORRETA
30. CORRETA 65. ERRADA
31. CORRETA 66. B
32. ERRADA 67. ERRADA
33. ERRADA 68. A
34. CORRETA 69. B
35. ERRADA 70. E

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RESUMO
 Arquivos Permanentes: Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu
valor.

• Principais atividades: arranjo, descrição, conservação e referência.


• Documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis.
• Guarda definitiva em função de seus valores secundários, que podem ser legais, probatórios,
científicos, históricos, culturais ou informativos.

 Arranjo: sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de um
arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.

• Operação intelectual (análise do documento) e material/física (organização dos documentos).


• Proveniência: não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras.
• Organicidade: deve observar a relação natural entre os documentos e entre as atividades da
entidade produtora.
• Respeito a Ordem Original: deve conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou
família que o produziu.

 Fundos de arquivo: conjunto de documentos produzidos e/ou acumulados por determinada


entidade pública ou privada, pessoa ou família, no exercício de suas funções e atividades, guardando
entre si relações orgânicas, e que são preservados como prova ou testemunho legal e/ou cultural,
não devendo ser mesclados a documentação de outro conjunto, gerado por outra instituição, mesmo
que este, por qualquer razão, lhe seja afim. Podem ser:

• Abertos: acumulação contínua e sem interrupção ou impedimento.


• Fechados: entidade produtora/acumuladora já encerrou suas atividades ou as teve tão
substancialmente modificadas que justificam um encerramento do fundo e abertura de outro.

• Dispersão de fundos: ocorre quando se retiram documentos de uma série, ou retiram-se


séries de um fundo ou mesmo fundos inteiros de um arquivo, com o objetivo de compor séries
e fundos de outro arquivo. Ocorre nas situações de:
o Sequestro e confisco de documentos.
o Separação territorial.
o Obediência a determinações superiores.
o Acatamento de determinações legais.
• Reintegração de fundos: recondução de arquivos e/ou documentos ao fundo ou arquivo a
que pertencem.

 Descrição: conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos
documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.

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 Instrumentos de pesquisa: obras de referência que identificam, resumem e localizam em


diferentes graus e amplitudes, os fundos, as séries documentais e as unidades documentais
existentes em um arquivo permanente.

• Genéricos e globalizantes
o Guia: oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes em um ou mais
arquivos.
• Parciais:
o Inventários: descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de arquivamento de
um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que
poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
o Catálogos: organizado segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos ou
toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos pertencentes a um
ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
o Catálogos Seletivos: catálogo que toma por unidade documentos previamente
selecionados, pertencentes a um ou mais fundos ou arquivos, segundo um critério
temático.
o Índices: Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidos
em documentos ou em instrumentos de pesquisa, acompanhados das referências para
sua localização.
• Publicação de documentos na íntegra:
o Edição de fontes: publicação de textos de documentos na íntegra.

 Normatização: surge com o intuito de garantir que a descrição documental dos documentos de
arquivo seja consistente, apropriada e intuitiva, faz-se necessário ter algumas regras que a padronize,
ou seja, normas específicas voltadas para este processo.
• ISAD(G): norma geral internacional de descrição arquivística. Estabelece diretrizes gerais para
a preparação de descrições arquivísticas, que tem como objetivo principal identificar e
explicar o contexto e o conteúdo de documentos de arquivo a fim de promover o acesso aos
mesmos.
o 26 elementos que podem ser combinados para constituir a descrição de uma entidade
arquivística (sendo que 6 deles são obrigatórios), Os elementos estão organizadas em
7 áreas de informação descritiva.
• ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades
coletivas, pessoas e famílias. Dá diretivas para a preparação de registros de autoridade
arquivística que forneçam descrições de entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias)
relacionadas à produção e manutenção de arquivos. promove a preparação de descrições
consistentes, apropriadas e autoexplicativas de entidades coletivas, pessoas e famílias que
produzem documentos.
• ISDIAH: norma internacional para descrição de instituições com acervo arquivístico.
Apresenta regras gerais para a normalização de descrições de instituições com acervos
arquivísticos.
• ISDF: norma internacional para descrição de funções. Dá diretivas para a preparação de
descrições de funções de entidades coletivas associadas à produção e manutenção de
arquivos.

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-
Ricardo Campanario
Aula 08

• NOBRADE: Norma Brasileira de Descrição Arquivística. Seu principal objetivo é adaptar as


normas internacionais de descrição arquivística à realidade brasileira. Estabelece diretivas
para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos, compatíveis com as normas
internacionais em vigor ISAD(G) e ISAAR(CPF), e tem em vista facilitar o acesso e o intercâmbio
de informações em âmbito nacional e internacional.
o 8 áreas de informação e 28 elementos, sendo 7 obrigatórios.

 Políticas públicas dos arquivos permanentes (Referência): políticas de difusão implementadas pelas
instituições arquivísticas. Dentro delas temos compreendidos os serviços editoriais, de difusão cultural e de
assistência educativa que os arquivos prestam à sociedade de maneira geral.

 Atividades culturais / educacionais: eventos que trazem para dentro de suas instalações físicas os
mais variados interessados sejam eles os próprios frequentadores (historiadores, administradores e
cidadão interessados) ou, o mais importante, novos públicos como estudantes e demais cidadãos. As
principais atividades são visitas guiadas, palestras, aulas, debates, concursos e atividades com alunos
dentro e fora do arquivo.

 Serviços editoriais: publicações que levam não só à comunidade, mas também à própria
administração e à academia informações sobre o acervo documental, as atividades e os programas
dos arquivos (manuais, monografias, edições de textos ou comemorativas, folders, etc.).

 Terminologia Arquivística: volte à lista da aula e confira as principais definições e os comentários de


acordo com o contexto estudado nesta aula!

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