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MAX WEBER
Aula – 30/11/04
Dominação Tradicional
- Não apresenta o conceito de “competência”
- Predomina a fidelidade pessoal e não o dever ao cargo
“Carisma”
A palavra tem origem religiosa – profeta, guerreiro, [grande demagogo]
Será a “teoria do carisma” uma teoria sobre o papel dos “grandes homens” na
história?
Aula – 02/12/04
PÁG. 57: “o fim precípuo de nossa época, caracterizada pela racionalização, pela intelectualização
e, principalmente, pelo “desencantamento do mundo” levou os homens a banir da vida pública os
valores supremos e mais sublimes. Esses valores encontram refúgio na transcendência da vida
mística ou na fraternidade das relações diretas e recíprocas entre indivíduos isolados.”
PÁG. 38/39: “... esse ‘progresso’ do qual participa a ciência, como elemento e motor, tem
significação que ultrapasse essa pura técnica? Mereceu exposição vigorosa na obra de Leon Tolstói
essa questão. Por via que lhe é própria, Tolstói a tal questão chegou todas as suas meditações
cristalizaram-se recentemente em torno do seguinte tema: a morte é ou não um acontecimento que
encerra sentido? Sua resposta é a de que para um homem civilizado não existe tal sentido. (...) o
homem civilizado, posto em meio ao caminhar de uma civilização que enriquece continuamente de
pensamentos, de experiências e de problemas, pode sentir-se ‘cansado’ da vida, mas não ‘pleno’
dela. Certamente, jamais ele pode apossar-se senão de uma parte diminuta do que a vida do espírito
incessantemente produz. Ele pode captar apenas o provisório e jamais o definitivo. Em virtude
disso, a seus olhos a morte é um acontecimento que não faz sentido. Como a morte não faz sentido,
também a vida do civilizado não o faz, já que a ‘progressividade’ sem significação faz da vida
um acontecimento igualmente sem significação.”
Segundo Weber, quem – fala dos jovens alemães da época - vai para a universidade
procurando o sentido da vida acaba transformando o professor em profeta;
A ciência não dá o sentido da vida.
Aula – 09/12/04
“desencantamento do mundo”;
Aula – 14/12/04
Toda ciência tem pressupostos valorativos, mas estes não se fundam na ciência,
eles são anteriores, vem da vida da cultura.
NEUTRALIDADE AXIOLÓGICA
Aula – 21/12/04
PRESSUPOSTOS EPSTEMOLÓGICOS
Marx:
Existe uma racionalidade (ainda que contraditória) no real;
A ciência “espelha” o real (espelhamento dialético).
Weber:
A realidade é irracional (o conflito permanente entre os valores);
A ciência está fundada sobre os valores do pesquisador.
PÁG.53: “A ciência mostrará que, adotando tal posição, certa pessoa estará a ‘serviço de tal deus e
ofendendo tal outro’ e que, se se desejar manter fiel a si mesma, chegará, indubitavelmente, a
determinadas conseqüências íntimas, últimas e significativas. (...) Por conseguinte, se estivermos,
enquanto cientistas, à altura da tarefa que nos incube – o que, sem dúvida, é preciso aqui pressupor
– poderemos coagir uma pessoa a dar-se conta do sentido último de seus próprios atos ou, no
mínimo, ajudá-la nesse sentido.”
SACRFÍCIO DO INTELECTO
A ciência não deve fazer tal sacrifício, mas em toda religião há este
sacrifício.
PÁG. 56: “Em qualquer teologia ‘positiva’, o crente chega, necessariamente, num momento dado a
um ponto em que lhe será possível somente recorrer à máxima de Santo Agostinho: ‘creio ainda que
seja absurdo’. O poder de realizar tal proeza, que é o ‘sacrifício do intelecto’, forma o traço decisivo
e característico do crente praticante.”
RESUMOS:
Max Weber em seu ensaio Ciência como vocação expõe que o advento
continuo da ciência, apesar de lento, substitui as explicações de caráter religiosas e/ ou
mágicas, ou seja, a ciência acaba provocando um desencantamento do mundo, não se
acredita mais que um poder misterioso e imprevisível interfira de alguma maneira no curso
da nossa vida.
O autor afirma que um homem de ciência deve tentar sempre não manifestar
seus juízos ed valor, para melhor compreender os fatos. Ou seja, ao estudar a relação entre
sujeito e objeto de conhecimento, mostra que o sujeito é um portador de valores, portanto
ele deve “filtrar” estes valores. Ao mesmo tempo, Weber diz que não há ciência sem
pressuposto valorativo, pois o papel que o sujeito exerce sobre o objeto – mesmo se
pequeno – não pode ser descartado. Tais pressupostos não se fundam na ciência, eles são
anteriores à mesma, vem da vida, da cultura.
Max Weber expõe ainda que ciência além de colocar a nossa disposição
determinado número de conhecimentos e métodos de pensamento, sem tomar partido de
determinado valor, contribui também para a clareza.
Max Weber em seu ensaio Política como vocação expõe duas formas de
exercer política. Pode-se viver “para” política ou pode-se viver “da” política.
Aquele que vive “da” política vê na mesma uma permanente fonte de renda. Já
o que vive “para” política coloca-se a serviço de uma “causa” que da significado a sua vida.
Assim, todo o homem que se entrega a política aspira ao poder. Seja porque
o considere instrumento para a realização de outros fins, seja porque deseje o poder “pelo
poder”.
Para Weber a política não deveria ser encarada como a principal forma de
ganhar dinheiro, mas sim como uma segunda profissão. Ele pensa que a evolução
transformou a organização dos partidos em organizações empresariais. A direção dessa
empresa política estaria nas mãos de um indivíduo – o boss - que faz da mesma sua
profissão principal.
ESTADO
De acordo com os conceitos expostos por Weber neste ensaio, o estado não se
deixa definir, sociologicamente, por seus fins.
O autor mostra que se existissem apenas estruturas sociais das quais a violência
estivesse ausente, o conceito de Estado também não existiria, o que apareceria seria a
“anarquia”.
O Estado Moderno é, por excelência, burguês. Nele cada função tem papel
resolvido previamente e o poder tende a reunir-se sob comando único. Portanto, o Estado
Moderno apresenta caráter institucional e tem a violência física “legitima” como
instrumento de domínio.
ÉTICA
Ao abordar a questão da ética Marx Weber afirma que algumas vezes a ética
pode apresentar um papel extremamente desagradável. Sob o ângulo da ética absoluta é
exposto que há sempre o dever da verdade, porém ela não se ocupa das conseqüências.
determinado meio), Weber mostra que as duas éticas não se contrapõem, mas se completam
e juntas formam o homem que pode aspirar a “vocação política”.
DOMINAÇÃO
Como já foi dito, o Estado tem como base a relação de dominação do homem
pelo homem, com base na coerção física considerada legítima.
Para Weber, existem três tipos ideais de dominação (não devem ser
considerados metas a serem alcançadas, mas sim construções que estão no mundo das
idéias.) e, consequentemente, três fundamentos da legitimidade do poder:
1) Poder tradicional: nesse poder quem ordena é o senhor e quem obedece são os
súditos. O quadro administrativo é formado por servidores. Obedece-se a pessoa
em virtude de sua dignidade própria santificada pela tradição, ou seja, é a
autoridade do passado eterno. Em suma, não apresenta o conceito de
“competência”, predominando a fidelidade pessoal e não o dever ao cargo.
Estes três tipos de dominação legítima são tipos ideais que weber usa de modelo
comparativo. Na realidade (mundo real) estes tipos se encontram entrelaçados.
KARL MARX
Aula – 16/03/05:
Aula – 18/03/05
FICHAMENTO:
BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: Editora UNB,
1997, p.163 – 172.
No que diz respeito à relação entre sociedade civil e Estado, a posição de Marx é
antitética à de Hegel. Para este, o Estado é ‘racional em si mesmo, e por si
mesmo’, é o ‘deus terreno’ o sujeito da história universal, o momento final do
espírito objetivo; como tal, supera as contradições que se manifestam na
sociedade civil. Para Marx, ao contrário, o estado não passa do reflexo dessas
contradições; não é sua superação, mas sim sua perpetuação.
O que importa para Marx e para Engels (como para Lênin) é a relação real de
domínio, entre classe dominante e classe dominada, qualquer que seja a forma
institucional não altera substancialmente a realidade da relação de domínio, que
tem suas raízes na base real da sociedade, isto é, nas relações de produção. Do
ponto de vista das relações reais de domínio, não da aparentes, dada Estado é
uma forma de despotismo.
‘ A França parece assim ter escapado do despotismo de uma classe para recair
sob o despotismo de um indivíduo’ (cap. VII).
Na linguagem marxista o termo mais usado para indica o domínio de uma classe
sobre outra não é ‘despotismo’, (...) mas sim ‘ditadura’.
O critério adotado por Marx para dividir as várias épocas históricas é, como se
sabe, o da evolução das relações de produção, segunda a qual a humanidade
teria passado da sociedade escravista para a sociedade feudal, e desta para a
burguesa, estando destinada a passar da sociedade burguesa para a socialista (e
depois a comunista).
O que Marx propõe não é tanto a democracia direta no sentido próprio, mas a
democracia eleita com revogação dos mandatos – uma forma de democracia em
que os representantes eleitos têm seu mandato limitado às instruções recebidas
dos eleitores.
Não há duvida que para Marx a melhor forma de governo é aquela que agiliza o
processo de extinção do Estado – que permite e transformação da sociedade
estatal em sociedade não-estatal. A essa melhor forma de governo corresponde a
fase que Marx chama de ‘transição’ (de Estado para ausência de estado), e que
é, do ponto de vista do domínio de classe, o período da ‘ditadura do
proletariado’.
BONAPARTISMO:
RESUMOS
ESTADO:
Do ponto de vista de Marx, a história de toda a sociedade até seus dias foi a
história da luta de classes, estas assumiram diferentes formas em diferentes épocas variando
de acordo com a situação econômica. Nesse sentido, ao analisar o sistema capitalista, Marx
percebe que este gera suas próprias contradições internas e que estas, por seu lado,
produzem tensão que em última análise, é solucionada através da mudança social.
O socialismo, segundo Marx, levando a supressão das classes, conduz por isso
mesmo à supressa do Estado. O governo das pessoas dá lugar à dominação das coisas e à
direção das operações de produção. O Estado não é abolido, extingue-se quase que
naturalmente.
Podemos concluir que para Marx o estado nada mais é do que a forma pela qual
os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses, quer dizer, o estado não
é outra coisa senão a forma de organização que os burgueses dão a si mesmos. Por isso a
afirmação: ‘o Estado, segundo o ponto de vista de Marx, é um instrumento usado na luta do
capital contra o trabalho’, está correta.
DEMOCRACIA:
Karl Marx, com certeza, concorda com a idéia de que ‘a democracia, em última
analise, não trás nem igualdade nem liberdade’.
Os chamados direitos humanos, ‘sob a forma que lhe deram seus descobridores
norte-americanos e franceses’, diz Marx, referindo-se as duas grandes revoluções políticas
no final do séc. XVIII, são definidos pelos moldes do direito do burguês.
A liberdade, por exemplo, seria o direito de fazer tudo aquilo que não
prejudique os outros e teria sua aplicação prática no direito à propriedade privada, este nada
mais é do que o direito do interresse pessoal a igualdade por sua vez, nada mais é do que a
igualdade da liberdade, não tendo assim nenhum significado político.
Nesse sentido, esta liberdade individual e sua aplicação, que constituem a base
da sociedade burguesa, pressupõem a desigualdade na economia e na sociedade não
assegurando uma igualdade que se deva realizar por toda a sociedade.