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Esclarecimentos Oportunos 155 - Há mediunidade

nos animais?

C= Ô, seu Milton! Recebemos aqui uma questão bastante interessante como a grande maioria
delas que trata de um capítulo do Livro dos Médiuns e diz a pessoa que nos encaminhou o
seguinte:

Estou estudando o capítulo 22 do Livro dos Médiuns intitulado da


mediunidade dos animais e entendi o que o texto sugere, mas mesmo assim
tenho um pouco de dúvidas das razões por que eles não podem ser
mediunizados (eles: os animais né). Podem comentar sobre a matéria?
sobre essa questão?

M= até certo ponto podemos conversar partindo exatamente do conteúdo do livro que é um
livro de recomendação e orientação espírita e que oferece uma oportunidade de reflexões
então como é que nós vamos iniciar? Vamos iniciar dizendo assim: este pensamento, esta
frase que eu vou mencionar se torna um axioma da doutrina espírita:

A mediunidade é uma faculdade que todos os seres humanos possuem.

Pronto! Isso aí é uma frase lapidar do espiritismo que quer dizer que todos os homens, todos
os seres humanos possuem, são detentores dessa faculdade e o que vem a ser mediunidade?

Mediunidade é uma faculdade inerente ao ser humano que permite o


relacionamento do homem com os Espíritos desencarnados.

Então os Espíritos desencarnados pelas suas ligações de pensamentos com os homens podem
tornar certa quantidade de homens como intermediários, mediadores, medianeiros das ideias
e pensamentos dos Espíritos. Isso fundamentalmente.

Agora! A doutrina espírita diz que os médiuns chamados ostensivos, entre


eles existem aqueles que são verdadeiros intermediários das ideias e
pensamentos dos Espíritos e que repassam isso para os outros seres.
Mas por que que faz isso? Faz porque existe um processo de relacionamento entre os homens
e os Espíritos através do pensamento. Nesse momento os Espíritos passam, se ligam àqueles
chamados médiuns, passam os seus pensamentos e eles os retransmitem. É isso que acontece
via de regra e só pode acontecer com seres humanos por quê? Porque para que um animal
(vou dar um exemplo para sempre ficar melhor), um cavalo pudesse ser um médium ele só
poderia ser um médium de um outro cavalo. É tudo isso aqui se...

C= campo das hipóteses né.

M= é uma figura de expressão para a gente ir anulando esse pensamento conforme você vai
depois nos presentear aí com a leitura do Livro dos Médiuns.

Ora, um cavalo só poderia ser intermédio de um outro cavalo porque como


é que ele seria intermédio de um homem? De um ser humano? Ele não
possui o reservatório de pensamento que um homem possui e é do
reservatório do médium que o espírito desencarnado retira parte das suas
ideias para repassá-las no campo da simbologia, da comunicação então o
animal ele não tem como realmente servir de medianeiro.

Uma vez fazendo uma palestra sobre essa matéria eu me lembro muito bem: alguém em um
dos momentos do seminário fez a seguinte pergunta:

Mas o cavalo ele de vez em quando não mostra que está vendo alguma coisa invisível? Não
mostra que ele está sendo influenciado? Ele não estanca no meio do caminho e nada faz com
que ele mude de ideia? (vamos falar assim)

É claro! Se alguém pergunta assim:

Um espírito de humano pode influenciar um animal assustado (por exemplo)?

Pode! Pode, mas aí isso aí é uma coisa circunstancial, momentânea, mas o animal não se torna
intermediário do espírito. Ele não é um médium por esse fato, ele é um animal e que recente
de alguma coisa magneticamente que o espírito passou e que desenvolveu um tipo de
encenação ali dele, da parte dele.

C= é, mas é a questão de a gente entender o princípio né, como é que a mediunidade se dá...

M= funciona. É.

C= então se a gente entender bem isso fica fácil. Como é que se dá? Pelo pensamento! Então o
espírito pelo seu pensamento ele leva o pensamento até o encarnado que externa para as
outras pessoas.

M= é intermediário!

C= esse encarnado é somente o intermediário que trouxe a informação desse espírito. É o


pensamento.
M= isso mesmo!

C= é só isso. Como é que a gente vai tentar? Como é que um espírito vai levar um pensamento
para um cachorro e ele vai externar para a gente, por exemplo, para um cavalo como você
mencionou. Não existe. Não adianta.

Ai, mas o cavalo é tão bonzinho!

Tudo bem!

O cachorro é tão dócil

Ah! Tudo bem!

A gente concorda com tudo isso, não tem problema nenhum, só não dá para o animal ser
intermediário.

M= realmente e é o que os Espíritos passaram para Allan Kardec.

C= é isso! É só isso!

M= então se a pergunta for assim... Eu posso... A questão fala de mediunização né, a pessoa?

C= [...] o que o texto sugere, mas mesmo assim tenho um pouco de dúvidas das razões por que
eles não podem ser mediunizados [...].

M= isso! É isso que eu estou falando! Não podem ser... Se a palavra é essa, não podem ser
porque não são seres compatíveis com...

C= o pensamento....

M= a natureza humana é só isso.

Ah, mas eles têm consciência?

Tem!

Tem pensamento?

Tem!

Fazem reflexões?

Sim!

Usam o livre-arbítrio

Claro que sim!

Tudo isso respeitadas as suas limitações, respeitados os graus a sua evolução. Tem uma série
de detalhes que aqui eu poderia falar e que não é o caso de exclusivamente mencioná-los. Se
nós pegarmos já que nós estamos no plano dos cavalos...
C= (kkk) ainda bem que (?) cavalos não do coelho né.

M= isso mesmo. Não! Vamos ficar no cavalo que é mais fácil.

Coelho= tudo bem! Tudo bem.

M= Se nós pegarmos dez cavalos da mesma espécie nós vamos perceber que cada um dos 10
reagem de maneira diferente no campo das alternativas. Isso prova muito de que cada um
está em um determinado estágio da sua evolução então por isso que nós podemos falar sem
receio que os animais eles até optam... Quando eu falo optam já estou falando que eles têm
escolhas, têm alternativas e vivem em função dessas escolhas e dessas alternativas, dessas
opções porque limitado eles fazem um processo de raciocínio que eu entendo muitas das
vezes (e com mil desculpas a todos que nos assistem) é até melhor do que muitos seres...

C= kkk.

M= ... No campo das escolhas porque eles sempre fazem um processo de ajuda mútua. Agora
que nós temos aí a rede mundial de computadores chamada também de internet a nosso
favor, a nossa disposição, nós podemos observar quanta coisa está sendo postada e que prova
que o animal ele tem alternativas racionais. Ainda pouco eu vi por solicitação da Alzira, a
minha esposa, num vídeo de uma cachorrinha que foi encontrada em um lugar ermo e que
permaneceu nesse lugar, mas todo dia, mesma hora ia aguardar a senhora que ia levar comida
para ela num saco plástico e um belo dia a mulher percebeu que depois de se alimentar ela
apanhou o saco com a boca e mesmo aberto foi levando e derrubando para algum lugar. Então
no dia seguinte a mulher teve a ideia de laçar assim, de fechar o saco para não deixar a comida
cair e a cachorra pegou e levou várias vezes até que resolveram acompanhar a cachorra para
ver o que que ela fazia depois daquela comida: se estava guardando o almoço para a janta.
Qual não foi a surpresa das pessoas que perceberam que ela ia levar para alimentar outros
animais! Alguém quer ter a bondade de me explicar? Isso não é o uso de um princípio
racional? De alternativa? De escolha? E de sentimento? É o sentimento do quê? Sentimento da
fraternidade entre os animais e eles são campões nisso daí né.

C= é, a única questão relacionada a isso também com os animais é que os animais eles têm
esse tipo de atitude, mas depois eles não fazem reflexões...

M= não! Isso aí...

C= como espírito a gente pode depois até observar lá na questão 283 lá das evocações que
tem gente que acha né, continua achando que há animais no mundo espiritual e não há
animais que no mundo espiritual há Espíritos que fazem reflexões sobre o que fizeram na terra
e tal então é uma outra questão que a gente não pode se deixar levar né, pela emoção...

M= claro! aí, não, mas a gente tem que racionalmente perceber que existe alguma coisa por
trás disso tudo que respeitadas as limitações e os graus de evolução existe um ensaio, um
exercitamento até para mais tarde os animais experimentarem novos atos ligados com a
relação que existe entre os seres.
C= na revista espírita, não me lembro qual, mas tem um relato que... O Kardec sempre põe que
teriam né, informações que em Jupiter esses animais eles são mais evoluídos. Continuam
sendo animais, estão encarnados, mas ele tem outras aptidões né, nessa condição desse
planeta que segundo informações dos Espíritos como Kardec também coloca seria...

M= seria!

C= ... Mais evoluído que a terra. A gente não tem nenhuma comprovação prática de tudo isso
então Kardec por prudência sempre coloca nessa circunstância né.

M= no condicional.

C= é!

M= é, só que nós aqui vivemos em função do que é possível experimentar, comprovar e aí


podemos dizer alguma coisa. O certo é que a doutrina espírita orienta a todos a respeito deste
assunto de que não é possível mediunizar um animal: eles não possuem a faculdade de
intermediação que é a faculdade da comunicação entre a nossa humanidade e os Espíritos
desencarnados, até porque não existe necessidade do espírito de um animal ficar em estado
de erraticidade, não existe a necessidade pelo você falou...

C= é!

M= eu estou só confirmando, repetindo porque acho de extrema importância! O animal não


tem como fazer reflexões sobre a sua encarnação!

C= é, uma outra questão e que a gente não pode também misturar é que às vezes... É e
excitado nesse item...

M= 22!

C= do Livro dos Médiuns sobre animais que são treinados que é outra coisa né, é outra coisa
que a gente... O animal é treinado para tirar a sorte então vai lá...

M= é condicionado!

C= é, vai... Ele... É feito um condicionamento que o animal passa a fazer aquela certa coisa...

M= é mecânico!

C= como o cachorro que pula, faz né, aquelas apresentações, o elefante no circo, o papagaio
fala algumas coisas, tudo isso é condicionamento né.

M= claro!

C= não tem nada a ver com o pensamento né, é treino!

M= se alguém tivesse treinado aquela cachorrinha para ela levar e feito o vídeo claro que não
daria nenhum crédito, mas sabendo que a coisa continuou naturalmente então tem aí no
campo das alternativas de escolha conforme eu mencionei e esse é um bom processo para a
gente fazer um estudo de comprovação.
C= então é importante mais uma vez a gente lembra aqui a busca pelo conhecimento dentro
da doutrina porque há algumas coisas que podem nos levar a conclusões erradas se a gente
não estudar detalhadamente né, pode supor certas coisas como você citou no início: ah! O
animal: o cavalo viu de repente alguma coisa que fez com que ele empinasse...

M= estancasse, empinasse...

C= ou empinasse, enfim e derrubou o cavaleiro e não sei o quê, é alguma coisa! Ele pode até
ver né, mas daí a ser médium tem uma distância...

M= muito grande!

C= grande né, Milton, não tem muito sentido isso, é preciso que a gente faça reflexões sobre a
questão né.

M= exatamente! Esse é o detalhe doutrinário que nós devemos dar a esse estudo proposto
aqui por esse nosso amigo ou amiga tanto da rádio né, que nos ouve como da internet que nos
assiste e é preciso levar em conta esses estudos porque os Espíritos não brincam em serviço,
os da codificação realmente propõe temas que levam a gente a fazer um processo lógico à luz
da razão!

C= é, e a gente não pode esquecer como está lá colocado aquele primeiro item lá, um dos
primeiros itens do Livro dos Espíritos nos prolegômenos, os Espíritos responsáveis pela
codificação são Espíritos superiores com grau de conhecimento como já falamos aqui em
outras ocasiões muito além daquilo que a gente possa imaginar, a gente não tem nem
condições nesse momento de estabelecer qualquer relação com aquilo que a gente conhece
né, do grau de conhecimento, é a mesma coisa que a gente falar: não! Jesus pensava tal coisa!
Como assim? A gente não...

M= nós não temos nenhuma referência para isso.

C= não tem... Como é que vai saber?

M= penso até que é muita leviandade nossa...

C= é!

M= querer dizer o que Jesus pensava né, no que pensava, o que ele realmente em termos de
volume apresentava. O que nós sabemos é que se apresentou como um espírito superior
porque as características do seu trabalho demonstraram exatamente essa superioridade tanto
no conhecimento das ciências dos fatos que ele pode realizar e que demonstrou isso assim
como na extensão profunda da sua bondade, isso é o toque sobre como nós devemos encarar
o trabalho de Jesus nessa área de estudo de superioridade proposta por Antônio Coelho Filho.
Ela é uma área ligada ao conhecimento do espírito. Mesmo no campo da extensão profunda
da sua bondade nós temos que pensar no grau do seu conhecimento porque quanto mais o
espírito conhece e ele vai externando, estendendo o volume das experiências que realiza
sempre em favor do bem, do bom, do justo e do belo na medida em que há um progresso
muito grande nessa área há por extensão um acréscimo na área do sentimento, extensão
profunda da sua bondade, vê os outros irmãos com outros pensamentos porque não há mais
como disputar coisa alguma! Não há preciso disputa alguma, nós é que fazemos as
concorrências e às vezes muito mal feitas para que haja uma suplantação de um espírito
contra o outro, mas quando se trata desse assunto ligado no campo da superioridade os
Espíritos já estão desenvolvendo pensamentos muito superiores! Muito superiores e eles não
disputam, não fazem emulações competitivas, ao contrário: traduz o seu trabalho pela união
de esforços e pela multiplicação das possibilidades em favor sempre do bem!

C=eu não me lembro exatamente onde, eu não sei se você se recorda. Há uma referência em
alguns dos trabalhos dentro da doutrina que diz que a distância evolutiva entre nós e os
animais é a mesma de nós para Jesus. Você se lembra disso?

M= mais alguma coisa, mais ou menos. Não... Não...

C= então a distância nossa para os animais é realmente grande ainda né.

M= claro que é!

C=por uma série de circunstâncias. Imagine para chegarmos então na condição: nós na
condição de Jesus como espírito então essas referências que a gente tem que ter né.

M= é, nós temos isso sempre presente né, e é bom que tenhamos firmado esses conceitos
porque aí não vamos ficar desavisadamente optando por algumas ideias que são estranhas,
esdrúxulas até relacionado com a boa relação entre os seres.

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