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Combustíveis

Marítimos
Informações
Técnicas
Combustíveis
Marítimos

1. Definição e composição ................................................................................................................. 3

2. Principais aplicações ........................................................................................................................3

3. Tipos de Óleos Combustíveis Marítimos .............................................................................3

4. Requisitos de qualidade e especificação ............................................................................3

4.1. Principais características de qualidade do O.C. Marítimo .........................4

4.1.1. Qualidade de ignição .......................................................................................4

4.1.2. Viscosidade .............................................................................................................4

4.1.3. Escoamento ............................................................................................................4

4.1.4. Emissão de poluentes, corrosão e desgaste de materiais .....4

4.1.5. Segurança no transporte, armazenamento e manuseio .........5

4.2. Especificação ANP de Combustíveis Marítimos ....................................... 5

5. Produção ...................................................................................................................................................7

6. Cuidados para manutenção da qualidade .........................................................................7

7. Aspectos de segurança, meio ambiente e saúde .........................................................8

8. Informações úteis ................................................................................................................................8

9. Referências bibliográficas .............................................................................................................. 8

Versão 1.1
Elaborada em: 4/4/2013
Este material é sujeito a atualizações sem aviso prévio. A última versão está disponível no endereço:
http://www.petrobras.com.br/minisite/assistenciatecnica/

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1. Definição e composição
Os combustíveis utilizados em navios podem ser atmosféricos, majoritariamente) são chamados de
classificados em duas categorias: os residuais ou óle- diesel marítimo, DMA ou marine gasoil (MGO). Os óle-
os combustíveis marítimos, ou ainda bunker (MF), são os bunker, apesar de poderem ser preparados com o
produzidos a partir de formulações contendo princi- mesmo tipo de matéria-prima residual que os óleos
palmente frações pesadas da destilação (resíduos) e combustíveis industriais, diferem destes quanto à sua
outros óleos diluentes, e os produzidos a partir das formulação e possuem especificações mais restritivas.
frações mais leves do processo de refino (gasóleos

2. Principais aplicações
Os óleos combustíveis marítimos são utilizados em O diesel marítimo é utilizado prioritariamente nos siste-
motores principais, de grandes dimensões, nos sistemas mas auxiliares de geração de energia ou de emergência
de propulsão de navios de grande porte. São motores de destas embarcações. Entretanto são utilizados em mo-
combustão interna que operam segundo o ciclo Diesel tores principais, de propulsão, em embarcações de mé-
e, por isso, apresentam requisitos de qualidade diversos dio e pequeno porte.
daqueles necessários aos óleos combustíveis industriais.

3. Tipos de Óleos Combustíveis Marítimos


Os óleos combustíveis marítimos podem ser: 3,5% ou 1,nas áreas de controle de emissões, 0% atual
• Óleos bunker ou MF que são comercializados em e 0,1% a partir de 2015), ou aqueles definidos por es-
diversos tipos, classificados de acordo com a visco- pecificações nacionais mais restritivas, como na Cali-
sidade cinemática a 50 °C, desde o MF 10 até o MF fórnia, Estados Unidos;
700. As diversas faixas de viscosidade atendem às ne- • O Diesel Marítimo, também denominado MGO
cessidades dos motores, com base nas temperaturas ou DMA, possui requisitos de especificação diferentes
possíveis de se aquecer o óleo na instalação que o uti- dos MFs. A viscosidade cinemática e a massa especí-
liza. Além da diferença nos valores das viscosidades, fica são inferiores às observadas para o MF 10, deve
a massa específica, os teores de água, vanádio, sódio, atender propriedades como, por exemplo, o índice
alumínio + silício, resíduo de carbono e teor de cinzas de cetano, estabilidade a oxidação e aparência. Com
também distinguem os óleos combustíveis marítimos. relação ao teor de enxofre, a Resolução ANP n°52 de
Com relação ao teor de enxofre a ANP indica ,para 2010, especifica para os destilados 0,5% e enquanto
os óleos residuais um valor de 3,5% enquanto a ISO que a norma ISO 8217 propõe que seja limitado em
8217:2010 recomenda a adoção dos valores indicados 1,5% para o DMA.
pela IMO em função da área de circulação (global de

4. Requisitos de qualidade e especificação


O MGO possui os mesmos requisitos de qualidade os seguintes:
do óleo diesel, diferindo em dois aspectos: • Ser facilmente nebulizado para favorecer a sua va-
• Por ser utilizado em motores de maiores dimensões porização, permitindo sua queima com o mínimo de
e mais lentos (menor rotação), sua exigência de quali- emissões de particulados;
dade de combustão, avaliada pelo número de cetano é • Escoar adequadamente nas temperaturas de ar-
menor do que no caso do óleo diesel automotivo; mazenamento e manuseio;
• Por outro lado, por ser armazenado em ambiente • Minimizar o desgaste de peças do motor;
mais confinado (navios) possui requisito de seguran- • Minimizar emissão de poluentes;
ça no armazenamento (ponto de fulgor) mais crítico • Apresentar características de segurança em seu
do que o do óleo diesel. manuseio e estocagem sem risco de inflamabilidade.
Para o MF, os principais requisitos de qualidade são

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4.1 Principais características de qualidade do óleo combustível marítimo


4.1.1 Qualidade de ignição

Esse requisito se constitui na principal diferença retardo de ignição numa câmara de combustão a vo-
conceitual em relação aos requisitos de qualidade do lume constante que opera conforme o ciclo Diesel, o
óleo industrial. Apesar de não ser controlada direta- FCA (Fuel Combustion Analyser), vem sendo estudado
mente no óleo bunker, é um item fundamental de qua- como alternativa ao CCAI como critério para avaliação
lidade do produto, devido ao seu uso no motor Diesel. da qualidade de ignição do óleo bunker.
Tal característica é indiretamente controlada pela aro- O resíduo de carbono indica a tendência à forma-
maticidade do óleo, que, por sua vez, é indicada pelo ção de depósitos no motor, o que pode acarretar uma
CCAI (calculated carbon aromaticity index), que é fun- característica de combustão pobre. Normalmente,
ção da viscosidade e densidade, sendo que essas duas está diretamente relacionado ao teor de asfaltenos,
propriedades são controladas no óleo bunker. cuja presença compromete a nebulização e combus-
Para uma mesma faixa de ebulição, os combustí- tão do óleo bunker e do óleo industrial e provoca a
veis marítimos podem apresentar maiores valores de precipitação de “borras” por incompatibilidade com
densidade, maiores valores de CCAI e pior qualidade outras substâncias presentes no óleo.
de ignição. Atualmente, um ensaio que determina o

4.1.2 Viscosidade

A viscosidade é uma característica de vital impor- atingir a viscosidade necessária para injeção no mo-
tância para a aquisição e uso dos óleos combustíveis tor. Quanto mais viscoso for o óleo, maior será a tem-
marítimos, visto que sua escolha depende das res- peratura a que ele deve ser aquecido para atender o
trições no armazenamento, manuseio, assim como valor requerido para injeção no motor.
da disponibilidade do sistema de aquecimento para

4.1.3 Escoamento

Os óleos combustíveis devem escoar à tempera- nas óleos com pontos de fluidez menores do que a
tura de sua utilização, sem que ocorra a cristalização temperatura ambiente podem ser transportados por
e deposição de parafinas nas tubulações. Isto é con- oleodutos e estocados em tanques sem aquecimento.
trolado por meio do ensaio de ponto de fluidez. Ape-

4.1.4 Emissão de poluentes, corrosão e desgaste de materiais

Os óleos combustíveis marítimos não devem quantidades, poderão se depositar sobre as linhas dos
conter sedimentos inorgânicos nem orgânicos, que bicos injetores prejudicando o escoamento e a com-
podem se depositar nos bicos dos injetores, obstruin- bustão, contribuindo ainda para a erosão.
do a sua passagem e causando erosão. Isto é obtido Os elementos metálicos existentes nos óleos com-
através do controle do teor de cinzas, resíduo, água e bustíveis não queimam, formando óxidos que se con-
sedimentos. centram nas cinzas. Entre estes elementos destacam-
A água, quando presente, reduz o poder calorífico -se o alumínio, o silício, o sódio e o vanádio, os quais
do óleo combustível, devendo ser eliminada na cen- acarretam os seguintes inconvenientes:
trífuga, para não causar corrosão nas peças metálicas • Esses óxidos se depositam sobre as paredes dos
em ação conjunta com outros contaminantes. A água tubos provocando superaquecimento que pode levar
também aumenta a possibilidade de formar emul- à fragilização das partes do motor Diesel;
sões, se presente em elevadas quantidades, que po- • Os compostos de alumino-silicatos, quando em
dem acarretar problemas na nebulização do produto elevadas quantidades têm ação abrasiva em bombas
e poderá causar problemas de corrosão, especialmen- e motores, podendo causar erosão em válvulas injeto-
te nos casos em que o teor de enxofre é elevado. ras e bicos injetores. Por este motivo, o produto deve
Os sedimentos inorgânicos, mesmo em pequenas ser tratado em centrífugas antes de ser utilizado.

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A densidade tem importância no processo de cen- dade e maior o CCAI, o que se reflete em maior dificul-
trifugação e de decantação da água presentes no óleo dade para a ignição do óleo bunker.
bunker. Quanto maior a densidade, maior a aromatici-

4.1.5 Segurança no transporte, armazenamento e manuseio

O manuseio dos óleos combustíveis, em geral, característica permite também avaliar a contaminação
deve oferecer condições corretas de segurança, o que do óleo bunker com produtos mais leves (ponto de ful-
é avaliado por meio do ensaio do ponto de fulgor. Essa gor abaixo da especificação).

4.2 Especificação ANP de Combustíveis Marítimos

A especificação dos Combustíveis Marítimos é es- bro de 2010, complementada pela Resolução ANP Nº
tabelecida pela Resolução ANP Nº 52 de 29 de Dezem- 38 de 19 de novembro de 2012.

Tabela - Especificações dos óleos diesel marítimos (1)


Limite Método
Característica Unidade Tipo ASTM/IP/
ABNT NBR
DMA DMB ISO
Aspecto - LII (2) anotar Visual -
Cor ASTM, máx. - 3 - 14483 ASTM D1500
ASTM D2622
ASTM D4294
Enxofre Total, máx. % massa 0,5 14533 ASTM D5453
ISO 8754
ISO 14596
Sulfeto de hidrogênio, máx. mg/kg 2,0 - IP 570
Número de acidez, máx. mg KOH/g 0,5 14448 ASTM D664
ASTM D1298
7148 ASTM D4052
Massa Específica a 20ºC, máx. kg/m3 876,8 896,8
14065 ISO 3675
ISO 12185
ASTM D93
Ponto de Fulgor, mín. ºC 60,0 14598
ISO 2719
ASTM D445
Viscosidade a 40ºC mm /s 2
2,0 - 6,0 2,0 - 11,0 10441
ISO 3104
Tipo inverno -6 0 ASTM D97
Ponto de Fluidez, máx. ºC 11349
Tipo verão 0 6 ISO 3016
ASTM D4737
Índice de Cetano, mín. - 40 35 14759
ISO 4264
Resíduo de Carbono no resíduo dos 10 % finais de destilação, máx. 0,30 - ASTM D4530
% massa 15586
Resíduo de Carbono, máx. - 0,30 ISO 10370
ASTM D482
Cinzas, máx. % massa 0,010 9842
ISO 6245
ASTM D95
Água, máx. % vol. - 0,30 14236
ISO 3733
ASTM D2274
Estabilidade à oxidação, máx. g/m 3
25 25 (3) -
ISO 12205
ASTM D4870
Sedimentos, máx. % massa - 0,10 (4) -
ISO 10307-1
ASTM D6079
Lubricidade, máx. (5) µm 520 -
ISO 12156-1
(1) Admite-se um teor máximo de 0,1 % em volume de biodiesel aos óleos diesel marítimos pelo método ABNT NBR 15568 ou EN 14078.
(2) Límpido e isento de impurezas.
(3) A determinação desta característica é requerida quando o produto se apresentar límpido e isento de impurezas.
(4) A determinação desta característica é requerida quando o produto não se apresentar límpido e isento de impurezas.
(5) A determinação desta característica é requerida quando a amostra for límpida e o enxofre total for inferior a 0,05 % massa.

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Tabela II - Especificações de óleos combustíveis marítimos


Tipo Método
Característica Unidade OCM OCM OCM ABNT ASTM/IP/
120 180 380 NBR ISO
ASTM D445
Viscosidade a 50 ºC, máx. (1) mm2/S 120,0 180,0 380,0 10441
ISO 3104
ASTM D4530
Resíduo de Carbono, máx. % massa 14 15 18 15586
ISO 10370
ASTM D2622
ASTM D4294
Enxofre Total, máx. (2) % massa 3,5 14533
ISO 8754
ISO 14596
Sulfeto de hidrogênio, máx. mg/kg 2,0 - IP 570
Número de acidez, máx. mg KOH/g 2,5 14448 ASTM D664
ASTM D1298
7148 ASTM D4052
Massa Específica a 20ºC, máx. (3) Kg/m3 981,8 987,8
14065 ISO 3675
ISO 12185
ICAC, máx. (4), (5) - 860 870 - -
ASTM D482
Cinzas, máx. % massa 0,070 0,100 9842
ISO 6245
ASTM D93
Ponto de Fulgor, mín. 60,0 14598
ISO 2719
ºC
ASTM D97
Ponto de Fluidez, máx. 30 11349
ISO 3016
ASTM D95
Água, máx. % vol. 0,50 14236
ISO 3733
Sedimentos (com envelhecimento), máx. % massa 0,10 - ISO 10307-2
ASTM D5184
Alumínio mais Silício, máx. mg/kg 40 50 60 -
ISO 10478
ASTM D5708
Vanádio, máx. mg/kg 150 350 - ASTM D5863
ISO 14597
ASTM D5863
Sódio, máx. mg/kg 100 50 100 - IP501
IP470
IP 501
Cálcio, máx.(6) mg/kg 30 -
IP 470
IP 500
Fósforo, máx (6) mg/kg
- IP 501
15
IP 501
Zinco, máx (6) mg/kg
IP 470
(1) A comercialização de óleos combustíveis marítimos com viscosidades distintas das especificadas nesta Tabela está autorizada mediante acordo entre forne-
cedor e consumidor final.
(2) Áreas costeiras e portuárias de alguns países poderão requerer limites mais restritivos conforme Anexo VI do Protocolo de 1997 da Organização Marítima
Internacional - IMO. No caso de a embarcação trafegar em áreas ambientais controladas, o enxofre total no combustível deverá ser no máximo 1,0 % massa.
(3) O método de referência em caso de disputa será o ABNT NBR 7148.
(4) O valor do índice calculado de aromaticidade carbônica se obtém da seguinte fórmula:
ICAC = p15 - 81 - 141. log[ log (v + 0,85) ]
Onde:
v - é a viscosidade cinemática a 50 ºC, expressa em milímetros ao quadrado por segundo;
p 15 - é a massa específica a 15 ºC, expressa em quilogramas por metro cúbico;
log - é o logaritmo na base 10.
(5) Deve ser reportado, entre parênteses, ao lado do valor da característica ICAC o valor da massa específica a 15 ºC;
(6) O óleo será considerado contaminado por óleo lubrificante usado, se o teor de cálcio e o teor de zinco ou fósforo superarem os limites indicados.
Maiores informações podem ser encontradas no endereço eletrônico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: www.anp.gov.br.

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5. Produção

A matéria-prima básica para produção dos óle- ta forma, a matéria-prima para produzir esses óleos,
os bunker é o resíduo da destilação a vácuo, ao qual deve ser fabricada de acordo com as especificações,
devem ser adicionados diluentes para acerto da vis- e diferente daquela usada para óleos combustíveis
cosidade, em função do tipo de óleo desejado. Des- industriais.

MEDIDOR
UNIDADE BARCAÇA MEDIDOR
MISTURADORA E/OU BARCAÇA
PIER

Um

TERMINAL BARCAÇA CLIENTES

Figura 1 – Esquema de produção de Óleo Bunker.

6. Cuidados para manutenção da qualidade

Para manter a qualidade final do óleo bunker, os levar à degradação do produto.


seguintes cuidados devem ser tomados: A estabilidade e a compatibilidade são caracterís-
• Garantir a limpeza e a ausência de água e sedi- ticas que, embora não estejam presentes nas especifi-
mentos/borras no transporte e armazenamento do cações, são importantes para a produção e utilização
produto. A água e materiais sólidos devem ser drena- do óleo bunker. Um óleo é considerado estável se os
dos dos tanques, pois podem alterar a qualidade do asfaltenos e/ou parafinas permanecem em suspen-
óleo bunker e todo cuidado deve ser tomado para se são ao longo do tempo nas condições de transpor-
evitar que contaminem o produto. te, armazenamento ou processamento. Duas ou mais
• Adotar rotina de inspeção e limpeza nos sistemas correntes ou óleos são considerados compatíveis
de armazenagem do produto, checando, entre outros quando o produto resultante da mistura permanece
itens, o estado de conservação do interior dos tan- estável, sem a deposição de asfaltenos. A instabilida-
ques; de provoca a deposição de asfaltenos que podem
• Não estocar o óleo bunker por tempo prolonga- obstruir bicos injetores e problemas de escoamento
do. A estocagem por longos períodos sem uso pode e queima incompleta.

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7. Aspectos de segurança, meio ambiente e saúde

Todas as recomendações de armazenamento, ma- PERATURA ELEVADA, INFLAMÁVEL, N.E. (Óleo combus-
nuseio e utilização segura do óleo bunker estão conti- tível), com PFg superior a 60,5ºC, a temperatura igual
das na correspondente Ficha de Informação de Segu- ou superior ao PFg), conforme classificação da ONU,
rança do Produto Químico (FISPQ). adotada pelo Ministério dos Transportes. Sendo con-
Para efeito de transporte, o óleo bunker está en- siderado como carga perigosa, as pessoas envolvidas
quadrado na classe de risco 3 (líquido inflamável) e com seu transporte devem estar devidamente treina-
tem o número de identificação 3256 (LÍQUIDO A TEM- das e capacitadas para realizar tais operações.

8. Informações úteis
O uso adequado do óleo bunker propiciará aos sam ter decantado;
seus usuários evitar gastos excessivos com combus- • Realizar inspeção e limpeza periódicas dos tan-
tível e com a manutenção dos equipamentos e siste- ques de armazenamento de modo a garantir a manu-
mas de combustão, além de atender aos requisitos de tenção da qualidade do combustível;
segurança. Para que se possa tirar o máximo proveito • Verificar a necessidade de aquecimento das linhas
desse combustível, recomenda-se a adoção dos se- de transferência de óleo bunker em função da sua vis-
guintes cuidados: cosidade e da temperatura ambiente de modo a evitar
• Realizar as manutenções periódicas especificadas obstrução da linha;
pelo fabricante do motor; • No caso de armazenamento do óleo bunker a
• Caso seja necessário usar o óleo bunker estocado temperaturas superiores a 100 °C, a presença de água
por um longo período de tempo, realizar os ensaios pode acarretar o fenômeno conhecido como “boil
de especificação do produto para atestar a qualidade over” devido a vaporização rápida da água e provocar
do produto. O tanque de armazenamento deverá ser acidentes e danos ambientais.
drenado para eliminar a água e sedimentos que pos-

9. Referências bibliográficas
• Farah, M. A. Petróleo e seus derivados. LTC, 2012.

• ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e


Biocombustíveis: http://www.anp.gov.br/
Acessado em: 16 de janeiro de 2013.

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