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CONTROLE DA QUALIDADE

PARA
APLICAÇÃO DE TINTAS
Pode -se considerar a pintura como fosse uma
mesa de três pernas
Os três componentes são igualmente
importantes para o sucesso de uma pintura .
Não há possibilidade de a mesa ficar em pé se
as três pernas não estiverem firmes
CONTROLE DE QUALIDADE

Inspeção de Recebimento de Tintas

Inspeções e Verificações antes e durante a


Aplicação do Tratamento de Preparação de
Superfície e Pintura
. Condições Ambientais

Inspeções e Verificações específicas antes


do Tratamento de Preparação de Superfície
. Inspeção Visual
. Verificação do estado inicial de oxidação
da chapa (Grau de Intemperismo )
. Análise do abrasivo:
CONTROLE DE QUALIDADE

Inspeções e Verificações específicas após


do Tratamento de Preparação de Superfície
. Inspeção visual
. Verificação do padrão do preparo de superfície
. Verificação do perfil de rugosidade.

Inspeções e Verificações específicas durante


e no final da aplicação da Pintura

. Medição da espessura úmida


. Medição da espessura seca
. Aderência
. Inspeção de Descontinuidades ( Holiday Detector)
. Inspeção Visual ( Falhas e Defeitos de Pintura )
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TINTA

N-1288 - Inspeção de Recebimento de


Recipientes Fechados

LOTE: Consiste de todos os recipientes


de um só tipo,capacidade e conteúdo
apresentado para inspeção , entregue de
uma só vez , e pertencente à uma mesma
batelada de fabricação.

AMOSTRAGEM : - Simples
- Dupla
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TINTA

DEFEITOS :

- Deficiência e/ou excesso de Enchimento


- Fechamento Imperfeito
- Vazamento e/ou Exsudação
- Amassamento
- Rasgos e Cortes
- Falta ou Insegurança de Alça
- Mau estado de Conservação
-etc
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TINTA

ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
- Tabela
- Amostragem Simples :
- N°Defeitos >= N°Rejeição .....REJEITAR

- Amostragem Dupla :
1° amostra
- N°Defeitos <= N°Aceitação ... ACEITAR
- N°Defeitos >= N°Rejeição ... REJEITAR
- N°Aceitação< N°Defeitos < N°Rejeição
... 2° AMOSTRA
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TINTA

- Amostragem Dupla :
- 2° amostra
- N° Defeitos <= N°Aceitação ... ACEITAR
- N° Defeitos >= N°Rejeição ... REJEITAR

OBS : - N°Defeitos para 2°Amostra


corresponde ao somatório dos defeitos da
1°Amostra com os defeitos da 2° amostra
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TINTA
EXERCICIOS

Recebidos 3500 galões da tinta N-1661 , Tinta Etil


Silicato de Zinco . Realizado a inspeção de
recebimento, conforme a N-1288.
Qual seria o número de amostragem? 2 de 125
Na primeira amostragem : 6 galões com vazamento .
O lote deve ser aceito ou deve ir para segunda
amostra ? Ir para segunda amostra
Na segunda amostra : 5 galões com amassamento .
O lote de ser aceito ou rejeitado ? Aceito
CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Umidade Relativa do Ar e Temperatura (N-13)

• URA Máxima 85%


• Nota : Não se aplica para tintas SURFACE TOLERANT

• Temperatura Máxima da Superfície : 52oC

Nota : Para tintas ricas em zinco, temperatura


máxima  40oC
• Temperatura mínima da superfície: 3oC acima do
ponto de orvalho.
• Temperatura ambiente  5oC
Nota: Não se aplica para tintas SURFACE
TOLERANT
• Fazer medições antes da aplicação das tintas
• Repetir quando houver modificações ambientais
CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Nenhuma tinta deve ser


aplicada , se houver a
expectativa de que a
temperatura ambiente
possa cair até 0oC, antes
da tinta ter secado
EXERCÍCIOS

Esta condição climática é adequada


para realização da pintura ?

1-Em uma pintura convencional a


seguinte condição climática foi
verificada:

URA (umidade relativa do ar ) = 87 %


Ts ( temperatura da superfície )= 28 ºC
Ta ( temperatura ambiente ) = 25 ºC
To ( ponto de orvalho ) = 26 ºC
INSPEÇÃO ANTES DO PREPARO DE SUPERFICIE

– Inspeção Visual conforme N-1204 ( NBR


14847/15185 )
. averiguar existência de óleo, graxa,
gordura etc.;

– Verificar o estado inicial de oxidação da chapa;


– Análise do abrasivo:
. granulometria
oxidação
contaminações
umidade
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA

NÃO EXISTE UM SISTEMA PREPARATÓRIO


DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
METÁLICAS DE CARÁCTER UNIVERSAL,
POIS, DEPENDE DO TIPO DE METAL OU
LIGA, DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS E
AMBIENTAIS DO PROCESSO, BEM COMO,
DA QUALIDADE E DAS QUANTIDADES DE
IMPUREZAS OU CONTAMINANTES
PRESENTES A SEREM REMOVIDAS
VISANDO A APLICAÇÃO DE UM
REVESTIMENTO SEJA: METÁLICO,
INORGÂNICO OU ORGÂNICO.
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA

Preparação de Superfície
. Principal finalidade é a remoção
de contaminantes e criação de rugosidade na
superfície
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA

Graus de Intemperismo
( Grau Inicial de Oxidação )
Refere-se à condição em que a superfície
se encontra antes da execução do processo

Graus de Preparação de superfície


Refere-se ao padrão de limpeza final da
superfície antes da aplicação do
revestimento anticorrosivo
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA PINTURA

ESTADO INICIAL DE OXIDAÇÃO


(GRAU DE INTEMPERISMO) - N-9
Os graus de intemperismo, estão reproduzidos na
norma (ISO 8501-1), por meio de uma série de padrões
fotográficos A,B,C e D.

Grau A - Carepa de laminação intacta e aderente,


com pouca ou nenhuma corrosão.
Grau B - Carepa de laminação tenha começado a
desagregar, princípio de corrosão.
Grau C - Carepa de laminação tenha sido
removida pela corrosão atmosférica ou possa ser
retirada por meio de raspagem e que
apresenta pequenos alvéolos.
Grau D - Carepa de laminação tenha sido
removida pela corrosão atmosférica e que
apresente corrosão alveolar de severa intensidade.
GRANULOMETRIA DO ABRASIVO

A granulometria do abrasivo influi


no perfil da rugosidade :

- Abrasivo muito fino produz poeira


em excesso e não produz quase
nenhum perfil de rugosidade

- Abrasivo grosso proporciona menos


poeira , porém haverá menos
impacto por área , obtendo um perfil
bastante alto
GRANULOMETRIA DO ABRASIVO (N-9)

A granulométria deve ser adequada para


obtenção do perfil de rugosidade desejado
Amostra representativa de 1 Kg por lote;
Peneira n. 16 abertura 1,2 mm;
Peneira n. 40 abertura 0,4 mm;
O Abrasivo assim classificada, terá tamanho máximo de
1,2 mm e mínimo de 0,4 mm proporcionando um perfil
de ancoragem médio de 80 micrometros;
As peneiras deverão ser montadas de baixo para cima,
na ordem crescente das aberturas das malhas;
Separar e pesar o abrasivo retido em cada peneira
Os pesos retidos em cada peneira devem ser expressos
em porcentagem em relação ao peso inicial da
amostra;
O abrasivo é considerado economicamente viável
quando aproximadamente 80% ficar retido na
peneira n. 40 (0,4 mm).
GRANALHA DE AÇO
– A granalha de aço não deve apresentar
nenhum sinal visível de contaminação

– Se constatada a presença de oxidação deve


seguir o seguinte procedimento :

– Jatear uma área de 1 m2 com o abrasivo


oxidado
– Passar uma vassoura de pêlo,aspirador de pó
ou ar comprimido para remoção da poeira
– Aplicar uma fita adesiva filamentosa , similar ao
da aderência, sobre a superfície jateada

RESULTADO :

Se for constatada presença de poeira de


oxidação aderida a fita filamentosa, a
granalha será REJEITADA
EXERCÍCIOS

Na execução do ensaio da
granulometria da granalha de aço
(1000 g ) foi verificado a seguinte
medição na pesagem:

Peneira 16 - 120 gramas - 12 %


Peneira 40 - 650 gramas - 65 %
Fundo ................ 230 gramas - 23 %

Este abrasivo é considerado


economicamente viável?
INSPEÇÃO APÓS PREPARO DE
SUPERFÍCIE : N -6 -N-9

– Inspeção visual conforme N-1204


(NBR 14847/15185 )

– Padrão de jato conforme norma ISO


8501-1;

– Verificar o perfil de rugosidade.


LIMPEZA DE SUPERFÍCIE DE AÇO POR AÇÃO FÍSICO
– QUÍMICA - N-5 (NBR-15158 )
Aplicada antes de qualquer outra
modalidade de preparo de superfícies;

– É destinado a remover matérias


estranhas, tais como óleo, graxa, terra e
outros contaminantes;

– Os solventes são, emulsões,


desengraxantes, detergentes, água,
vapor ou outros materiais e métodos que
atuam por ação físico-química.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES DE AÇO COM
FERRAMENTAS MANUAIS / MECÂNICAS N-6
( NBR 15239 )
MANUAL - Método de tratamento que compreende o
emprego manual de escovas, espátulas, martelos,
lixas, raspadores ou outras ferramentas manuais de
impacto ou a combinação das mesmas;
– Trata-se de um procedimento limitado pois remove
somente ferrugem, carepa de laminação e tintas soltas;
– É aceitável a permanência de oxidação ou pintura
firmemente aderida;
– O grau de limpeza atingindo por este tratamento
corresponde ao padrão fotográfico St2 da norma ISO
8501;
– Grau St2 - Não se aplica para o grau “A” de
intemperismo;
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES DE AÇO COM
FERRAMENTAS MANUAIS / MECÂNICAS N-6
( NBR 15239 )
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES DE AÇO COM
FERRAMENTAS MANUAIS / MECÂNICAS N-6
( NBR 15239 )

* MECÂNICA - Método de tratamento que compreende o


emprego de ferramentas elétricas e pneumáticas,
escovas rotativas de fios de aço, ferramentas de
impacto, esmerilhadeiras ou lixadeiras ou a
combinação das mesmas;
– É exigida a remoção da carepa , ferrugem e tinta
antiga soltas, bem como outras matérias estranhas;
– Procedimento muito utilizado em locais onde não se
pode usar jateamento abrasivo e em serviços de
manutenção.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES DE AÇO COM
FERRAMENTAS MANUAIS / MECÂNICAS N-6
( NBR 15239 )
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES DE AÇO COM
FERRAMENTAS MANUAIS / MECÂNICAS N-6
( NBR 15239 )

– Não se aplica às superfícies grau “A”.

– O grau de limpeza atingido por este tratamento

corresponde ao padrão fotográfico St3 da norma

ISO 8501-1.

Grau St3 - Tratado como em St2, mas de maneira

mais rigorosa.

Superfície apresenta um brilho metálico claro.


JATEAMENTO ABRASIVO - N-9

– O processo consiste em impelir as superfícies


materiais abrasivos, por meio de ar comprimido,
através de bicos aplicadores;
– Método mais utilizado e eficiente na preparação de
superfícies ferrosas;
JATEAMENTO ABRASIVO - N-9

JATEAMENTO ABRASIVO

CONSISTE NA REMOÇÃO DA CAMADA DE ÓXIDOS E


OUTRAS SUBSTÂNCIAS DEPOSITADAS, POR MEIO
DA APLICAÇÃO DE UM JATO ABRASIVO GRANALHA DE
AÇO, PARTÍCULAS DE ABRASIVO, ESCÓRIA DE COBRE,
ÓXIDOS DE ALUMÍNIO, ETC.

QUANTO MELHOR O GRAU DE LIMPEZA DA SUPERFÍCIE,


MAIOR SERÁ O PERFIL DE RUGOSIDADE. MAIOR SERÁ A
ADESÃO DAS TINTAS E MELHOR SERÁ O DESEMPENHO
DO ESQUEMA DE PINTURA APLICADO.
JATEAMENTO ABRASIVO N-9
- - Os graus de preparação de superfície
atingidos pelo jateamento abrasivo são
classificados, segundo a ISO 8501-1,
em Sa1, Sa2, Sa2 1/2 e Sa3;
Tipos de Abrasivos
Areia, Granalha de Aço, Escória de
Cobre, Bauxita sintetizada e outros.
GRAUS DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES
DE AÇO COM JATO ABRASIVO NORMA
ISO 8501-1 N-9
Grau Sa 1
. Limpeza por jateamento abrasivo ligeiro;
. Carepa de laminação soltas, ferrugem e
materiais estranhos devem ser removidos;
CERCA DE 5 % REMOÇÃO

Grau Sa 2
. Limpeza por jateamento abrasivo comercial;
. Quase toda a carepa de laminação, ferrugem
e materiais estranhos devem ser removidos;
CERCA DE 50 % DE REMOÇÃO
GRAUS DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES
DE AÇO COM JATO ABRASIVO NORMA
ISO 8501-1 N-9

Grau Sa 2 ½
.Limpeza por jateamento abrasivo ao metal quase branco;
.Carepas de laminação, ferrugem e materiais estranhos devem ser
removidos de maneira tão perfeita que seus vestígios
apareçam somente como manchas tênues ou estrias.
CERCA DE 95 % REMOÇÃO

Grau Sa3
.Limpeza por jateamento abrasivo ao metal branco;
.Carepas de laminação, ferrugem e materiais
estranhos devem ser totalmente removidos.
.A superfície deve apresentar coloração metálica
uniforme.
HIDROJATEAMENTO

– Método de preparação de superfícies pelo


emprego de água sob alta pressão (10000 a
25000 psi ) ou ultra alta pressão (acima de
25000 psi )
– Não pode ser usado em superfícies de aço
com carepa de laminação firmemente
aderida;
– Não abre perfil de ancoragem;
– Os graus de intemperismo e padrões
fotográficos estão reproduzidos nas normas
NACE 5 / SSPC-SP 12 :
– WJ-1 , WJ-2 , WJ-3 , WJ-4
HIDROJATEAMENTO
HIDROJATEAMENTO COM APARELHO
“HIDROCAT”
PERFIL DE RUGOSIDADE

O perfil de rugosidade variará conforme a


granulometria do abrasivo .

A importância do perfil de rugosidade está no


custo e na aderência que o esquema de
pintura terá sobre o substrato.
- Perfil pequeno não proporciona uma boa
aderência .
- Perfil grande pode proporcionar picos não
cobertas pela tinta , ocasionando pontos
passíveis de corrosão

O perfil de rugosidade tem grande importância


no rendimento prático da tinta
TESTE DE RUGOSIDADE N-9 e N-2136

INSTRUMENTOS:
• Medidor de perfil de rugosidade do tipo agulha
deslizante com precisão de pelo menos 5
micrômetros;
• Padrões visuais (Norma NACE TM - 01170).
MÉTODO:
• Zerar o instrumento numa placa de vidro;
• Selecionar uma região de 200 x 200 mm e efetuar 5
medições, sendo uma no centro e os demais em suas
diagonais;
• O valor do perfil de rugosidade será obtido pela média
aritmética das cinco medições efetuadas;

. Perfil de Rugosidade - Deve ser no mínimo 40 µm e,


no máximo, até 85 µm
PERFIL DE RUGOSIDADE

A rugosidade provocada pelo abrasivo na superfície


pode ser medida e é chamada de perfil de
rugosidade ou perfil de ancoragem.
EXERCÍCIOS

Conforme a norma N-2136 foram


medidos 5 pontos para determinar
o perfil de rugosidade :

70 micra 80 micra

100 micra

90 micra 110 micra

Esta rugosidade é aceitável ?


INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

- MEDIÇÃO DE ESPESSURA

-TESTE DE ADERÊNCIA

-TESTE DE DESCONTINUIDADE

-INSPEÇÂO VISUAL ( falhas e defeitos )


INSPEÇÃO DA PINTURA APLICADA

ESQUEMA DE PINTURA

Definição da inspeção visual, do preparo


da superfície e da especificação das
tintas, abrangendo a seqüência da
aplicação :
- espessuras
- intervalos entre demãos
-métodos de aplicação
- cor.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

TRINCHA (N-13g, item 5.2.1)


– Método mais indicado para a aplicação:
- da 1a demão de tinta;
- de cordões de solda;
- de reentrâncias;
- de cantos vivos;
- demais acidentes.
– Elevadas espessuras de película seca.
– Baixa produtividade.
– Perda de tinta ± 5%.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

ROLO (N-13g, item 5.2.2)


– Método mais indicado para a aplicação:
- de grandes áreas;
- na presença de ventos;
- tubulações de variados diâmetros.

– Elevadas espessuras.
– Maior produtividade.
– Espessura uniforme.
Aplicação: rolo
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

PISTOLA CONVENCIONAL (N-13g, item 5.2.3)


– VANTAGENS
grande produtividade;
espessura de película quase que constante.
– DESVANTAGENS
Evaporação do solvente, devido a maior
diluição (adequar a viscosidade), acarreta:
- redução da película úmida para seca;
- falhas na película seca (poros, crateras ou
bolhas).
– Perdas excessivas: 25%.
– Riscos de segurança.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

PISTOLA CONVENCIONAL (N-13g, item 5.2.3)


.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

PISTOLA SEM AR (“AIR LESS”) ( N-13g , item 5.2.4)

– Melhor qualidade de pintura;


– Maior desempenho do esquema de pintura;
– Aplicação de tintas com elevadas quantidades
de SV, (sem necessidade de diluição);
– Minimizam as falhas na película seca;
– Aplicação de películas de tintas com
propriedades uniformes;
– Aplicação de elevada espessura
– Perdas reduzidas, na ordem de 15%.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO

PISTOLA SEM AR (“AIR LESS”) ( N-13g , item 5.2.4)


INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

MISTURA, HOMOGENEIZAÇÃO E DILUIÇÃO


– Atividade de responsabilidade do pessoal da
execução;

– Controle da qualidade compete acompanhá-las.


INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

– Observar os seguintes aspectos para cada


embalagem de tinta misturada:
- bom estado de conservação;
- tempo de vida útil não ultrapassado (Shelf
life);
- utilizar as armazenadas há mais tempo;
- relação de mistura entre componentes;
- solvente adequado com sua adição
necessária.
- utilização de ferramenta adequadas
(recipientes e agitadores);
-tempo de indução das tintas;
-aplicação dentro do tempo de vida após a
mistura (Pot life);
ESPESSURA DA PELÍCULA

A espessura do filme da tinta é um


parâmetro fundamental da Pintura
Industrial , Tendo influência sobre :

- O controle da corrosão ( barreira )

- O desempenho estético ( cobertura ,


brilho e acabamento )

- O custo ( rendimento, excesso de


espessura , falhas e retrabalho )
INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

ESPESSURAS DAS PELÍCULAS DE TINTA


• Ação do controle da qualidade durante a
aplicação;
• Medição da película úmida - execução;
• Medição de película seca - controle da qualidade.

ESPESSURA PELÍCULA UMIDA (EPU)


• Acompanhada pelo inspetor de pintura ,evitando
variações inaceitáveis na espessura da película
seca ( EPU = EPS/SV )
• Frequência : Tubulação : cada 10 m ou fração
• Equipamentos : Número =20%da área
INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

ESPESSURA PELÍCULA SECA (EPS)


N-13 e N-2135
MEDIÇÃO DE ESPESSURA N-13 e N-2135

INSTRUMENTOS :
• Microtest, tipo “Elcometer” (bico de papagaio,
pica -pau);
• Eletrônicos.
FREQUÊNCIA :
• Deve ser efetuado após cada demão;
• Tubulação : cada 25 m ou fração;
• Equipamentos : Número =10 % da área.
MEDIÇÃO DE ESPESSURA

MÉTODOS :
• Selecionar região medindo 200 x 200 mm;
• Efetuar pelo menos 8 medições;
• Abandonar o maior e o menor dos valores obtidos;
• Obter a média aritmética dos demais valores.
ACEITAÇÃO / REJEIÇÃO :
• Não admite nenhum valor menor que a espessura
seca especificada; Quando for menor , as área
devem ser mapeadas por meio de novas medições
e em seguida aplicar uma demão adicional,exceto
para tintas ricas em zinco a base de silicato de etila
( N-1661 e N-2231) que deve ser totalmente
removido para nova aplicação

• Aumento de até 40 % por demão com exceção das


tintas ricas em zinco a base de silicato de etila ( N-
1661 e N-2231) que é de 20%.
EXERCÍCIOS

Acabamento
Intermediária
Tinta de fundo

Numa peça pintada temos o seguinte


esquema especificado:

Tinta de fundo N-2630 ----------100 micra


Tinta Intermediaria N-1202 -----30 micra
Tinta de acabamento N-2628...150 micra
EXERCÍCIOS

1) Para que a espessura da película seca da tinta de


fundo seja a especificada (100 micra ) , qual o valor
da espessura da película úmida a ser controlada ,
considerando que o percentual de sólido por volume
é 80 % ( EPU = EPS/SV ) 125 micra

2) Foram realizados as medições de espessura seca de


cada demão , conforme a N-2135 :

Tinta de fundo N-2630 ----------100 micra A (100 micra )


Tinta Intermediaria N-1202 -----25 micra R ( 30 micra )
Tinta de acabamento N-2628...195 micra A ( 150 micra )

Pelo critério de aceitação da N-13 ,você aceitaria essas


medições ?
ADERÊNCIA DE PELÍCULAS SECAS DE TINTAS

É a resistência da película de tinta em


termos de forças que mantêm “ colado “
ao substrato ou a outra película .
A avaliação da aderência é importante,
pois dependendo da solicitação mecânica ,
o revestimento pode ser comprometido ,
descolando prematuramente ,
proporcionando o inicio do processo de
corrosão .
Pode ser avaliado através de 2 métodos:
- Arrancamento ( Métodos X e Grade )
- Tração ( Pull Off )
TESTE DE ADERÊNCIA N-13 e ABNT 11003

APARELHAGEM :
• Estilete de corte;
• Régua de aço inoxidável;
• Fita adesiva tipo filamentosa de rayon de 25 mm
de largura com adesividade de (44 ± 4,4) g/mm.

FREQUÊNCIA :
• Deve ser efetuado, após decorrido o tempo de
secagem para repintura de cada demão;
• Tubulação : cada 100 m ou fração;
• Equipamentos : Número =1 % da área.
MÉTODOS :
• Teste em “X” - Tinta de fundo à base de silicato
inorgânico;
Espessura por demão > 100 micrômetros;
• Selecionar área livre de imperfeições e executar
limpeza;
• Efetuar 2 cortes com 40 mm de comprimento em
formato de “X” formando um ângulo entre 30 e
40 graus;
• Os cortes deverão atingir o substrato;
• Colocar a fita adesiva sobre a região dos cortes;
• Arrancar a fita adesiva, instantaneamente, o
mais próximo possível de um ângulo de 180
graus.
RESULTADO :
• Critério de aceitação “X1/Y2 max “ e X2/Y2
max p/Rico Zinco (ABNT-11003).
TESTE EM QUADRICULADO

Espessura por demão ≤ 100 micras

• Efetuar 6 cortes com 10 mm de comprimento


espaçados de 2 mm ( espessura seca de 50 a 100 µm )

• Efetuar mais 6 cortes perpendiculares e idênticos aos


primeiros, dispostos no centro;
• Selecionar área livre de imperfeições e executar limpeza;
• Os cortes deverão atingir o substrato;
• Colocar a fita adesiva sobre a região de
entrelaçamentos dos cortes;
• Arrancar a fita, instantaneamente, sobre ela mesma
num ângulo, o mais próximo de 180 graus.

RESULTADO:

• Critério de aceitação “Gr1 max “ (ABNT-11003)


TESTE DE ADERÊNCIA

POR TRAÇÃO - PULL-OFF


ASTM-D4541
Carretel (Y)
Adesivo (Z)
2° demão (C)
1° demão (B)
Substrato (A)
Material :
Y - Carretel de aluminio - área de 1,25 cm2
Z - Adesivo – Usado para fixar o carretel na camada de
tinta
B e C – primeira e segunda demão – película seca
A- - substrato de aço carbono
TESTE DE ADERÊNCIA
POR TRAÇÃO - PULL-OFF
ASTM-D4541
Carretel (Y)
Adesivo (Z)
2° demão (C)
1° demão (B)
Substrato (A)

Y Falha de aderência entre o carretel e o adesivo.


Z Falha de aderência entre o adesivo e o revestimento.
A/B Falha de aderência entre o revestimento e o
substrato, expondo o substrato.
B/C, C/D etc… Falhas de aderência entre demãos
B, C, D etc... Falhas de coesão no interior da camada
de tinta.
CRITERIO DE ACEITAÇÃO : MINIMO DE 120 Kgf/cm2
ou 12 MPa
EXERCÍCIOS
Acabamento
Intermediária

Tinta de fundo

Numa peça pintada temos dois esquemas aplicados


Qual o método do teste de aderência a ser executada
em cada demão , conforme N-13 ?

1)
Tinta de fundo N-2630 ----------100 micra grade
Tinta Intermediaria N-1202 -----30 micra grade
Tinta de acabamento N-2628...150 micra X

2)
Tinta de fundo N-1661 ---------- 75 micra X
Tinta Intermediaria N-1202 -----30 micra X
Tinta de acabamento N-2492 .. 25 micra X
DESCONTINUIDADE EM PELÍCULA SECA

Durante o processo de aplicação de tinta


e também na formação da película ,
podem ocorrer falhas na pintura ás vezes
impossíveis de serem detectadas a olho
nu.

Essas pequenas porosidades expõem o


aço nestes pontos , facilitando o
processo de corrosão
INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA

DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIADES
N-13 e N-2137

APARELHAGEM:
• Holiday detector tensão constante via úmida
para esquema de pintura com espessura
inferior a 150 micrômetros;
• Holiday detector tensão variável via seca para
esquema de pintura com espessura  150
micrômetros.

FREQUÊNCIA:
• Após a última demão, quando exigido em
norma, em 100% da área pintada.
DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIADES

MÉTODO DE EXECUÇÃO:
VIA ÚMIDA :
Fazer um furo nas camadas expondo a superfície metálica.
Passar a escova umedecida em água salgada na superfície
com falha: a falha deve ser acusada pelo aparelho.
Velocidade 15 cm/s.

VIA SECA: (REVISAR)


Selecionar uma região isenta de falhas visuais, passar a
escova metálica, inicialmente com uma voltagem mínima,
elevando-se a tensão de 500 em 500 Volts até o disparo do
alarme ou até um máximo de 5000 Volts.
Diminuir de 500V a tensão do disparo do alarme e executar o
teste . Caso o aparelho não soar o alarme até 5000 V ,
executar o teste com esta tensão .
Velocidade de operação máxima de 20 cm/s.
O soar do alarme denota existência de descontinuidade.
DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIADES
DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIADES
DETERMINAÇÃO DE DESCONTINUIADES
FALHAS E DEFEITOS DE PINTURA

Após a aplicação de cada demão de tinta,


toda superfície pintada deve ser
inspecionada visualmente para identificar
aparecimento de falhas

As falhas da pintura podem ocorrer , devido


a vários fatores , tipo : má aplicação ,preparo
de superfície , condições ambientais , tinta
má formulada e principalmente devido aos
intempéres .
INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA
INSPEÇÃO VISUAL - SUPERFÍCIES PINTADAS

N-1204 (NBR 14847/15185 )


INSPEÇÕES DA PINTURA APLICADA
FALHAS E OU DEFEITOS NA PINTURA

FALHAS APÓS A EXPOSIÇÃO

– A película de pintura após a secagem da tinta começa a


ser submetida as ações decorrentes do meio ambiente,
sofrendo alterações que irão determinar alterações
superficiais ou em sua integridade;

– Classificadas em dois grupos:


• Falhas de efeito superficial;
• Falhas de efeito estrutural.
FALHAS E OU DEFEITOS NA PINTURA

Falhas de Efeito Superficial:


Afetam as propriedades óticas da película (cor e
brilho), interferindo nas características
decorativas, estéticas, de segurança ou ainda de
identificação pela cor da película

Falhas de Efeito Estrutural:


Comprometem a integridade da película e por
consequência a eficiência protetora do
revestimento
PRINCIPAIS TIPOS

Sangramento
• manchas nas superfícies de acabamento;
• parcial solubilização dos pigmentos das demãos
anteriores que se difundem para a última demão
PRINCIPAIS TIPOS

Enrugamento
• aspecto de pele ou couro enrugado;
• conseqüência de forte contração superficial da
película de tintas alquídicas e principalmente
óleo resinosas com óleo de tungue, mal
formuladas.
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IMPREGNAÇÃO DE ABRASIVOS
A superfície fica áspera, arenosa como uma lixa.
CAUSAS :
• Pintura sobre superfície contaminada com poeira e ou
grão de abrasivo;
• Contaminação da superfície da tinta ainda úmida pelo
abrasivo que cai sobre ela;
• Tinta, rolo ou trincha contaminados por areia, terra,
abrasivo, etc.;
• Poeira levada pelo vento sobre tinta fresca.
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INCLUSÃO DE PÊLOS
A pintura fica impregnada por pêlos ou fiapos que
podem aflorar, tornando-se visíveis ou ocluídos no
meio da pintura, marcando a superfície.
CAUSAS:
• Contaminação da superfície a ser pintada ou
ainda com tinta fresca por pêlos (fios, fiapos,
cabelos, etc), originados de trinchas, rolos,
estopas, panos, etc);
• Pêlos levados pelo vento e que caem sobre a
tinta fresca;
• Tinta contaminada por estes tipos de impurezas.
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ESCORRIMENTO
Excessiva fluidez da tinta em superfícies verticais.
Ocorre sob a forma de cordões ou de cortina.
CAUSAS :
• Pistola muito próxima da superfície;
• Diluição excessiva;
• Excesso de tinta;
• Superfície muito lisa;
• Tixotropia insuficiente;
• Trincha muito dura.
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OVER SPRAY (Pulverização seca)

Superfícies sem brilho e áspera, consiste em uma


pré-secagem da tinta pela evaporação do solvente
antes de depositar-se sobre a superfície.

CAUSAS :
• Forte calor ambiente;
• Superfície muito quente;
• Pistola muito distante da superfície;
• Serviços executados no vento.
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POROS (Porosidade)
Microfalha estrutural de forma arredondada que possibilita a
penetração de agentes corrosivos.

CAUSAS :
• Oclusão de ar ou solventes no filme;
• Superfície contaminada;
• Atomização deficiente, muito grossa;
• Espessura insuficiente;
• Rugosidade muito alta;
• Temperatura da superfície muito quente;
• Falta de habilidade do pintor.
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– Descascamento

• Perda de aderência caracterizada pela


separação de uma ou mais demãos do
sistema de pintura do substrato.
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Empolamento

– formação de bolhas em uma película de tinta


seca, devido a formação de pressão em
determinados pontos da interface, substrato -
película, podendo as bolhas ficarem cheias de
líquidos ou gases. Com a elevação da
pressão, a película perde essa aderência.
empolamento
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– Fendimento

• Ocorrências de fraturas, trincas, quebras,


fissuras ou fendas.
fendimento
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ESPESSURA IRREGULAR

Falta de uniformidade do filme, fora das tolerâncias


médias. As áreas em escassez apresentam pouca
cobertura, “Sombreamento” da mão anterior, podendo
até favorecer a corrosão.

CAUSAS :

• Falta de habilidade do pintor;


• Equipamento inadequado;
• Serviços de pintura executados com vento;
• Tinta muito viscosa;
• Diluição incorreta;
• Falta de controle da espessura úmida;
• Pistola com pulverização espasmódica.
FALHAS E OU DEFEITOS NA PINTURA

CRATERAS

MANCHAS
Francisco ED4F
fotavio@petrobras.com.br
Rota 855 6715/6832

Gilberto EIKX
Gilberto.fbts@petrobras.com.br
Rota 855 6832/6715

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