Você está na página 1de 24

SISTEMA HIDRÁULICO

SISTEMA HIDRÁULICO DE BASCULAMENTO

FIG. 5.37- Diagrama do sistema hidráulico de basculamento

1 TANQUE HIDRÁULICO A SUCÇÃO DA BOMBA


2 BOMBA HIDRÁULICA DE BASCULAMENTO B SAÍDA DA BOMBA
3 COMANDO DE BASCULAMENTO C ENTRADA DO COMANDO
4 CILINDRO DE BASCULAMENTO D SAÍDA PARA O CILINDRO
5 VÁLVULA MANUAL DE ESFERA E ENTRADA DO CILINDRO
6 PONTO DE TOMADA DE PRESSÃO F SAÍDA DO RETORNO DO CILINDRO
7 PONTO DE REGULAGEM DA PRESSÃO G ENTRADA DO RETORNO DO COMANDO
8 VÁLVULA BY-PASS H SAÍDA DO RETORNO DO COMANDO
I ENTRADA DO RETORNO NO FILTRO

RK 430B 5-2-1
SISTEMA HIDRÁULICO
SISTEMA HIDRÁULICO DE BASCULAMENTO
Comando de basculamento

Posição Central

fig. 5.41

Posição Bascular

Fig. 5.42

Posição Baixar

fig. 5.43

RK 430B 5-2-2
SISTEMA HIDRÁULICO

SISTEMA HIDRÁULICO DE BASCULAMENTO

O sistema hidráulico de basculamento do RK 430B é acionado através de uma tomada de


força que movimenta uma bomba de engrenagens, a qual fornece uma vazão de 190
litros por minuto, com o motor a 2200 rpm.
Esse sistema foi projetado para trabalhar a uma pressão de 200 bar, sendo que a
regulagem para este valor é efetuada através de uma válvula no comando. O cilindro de
basculamento é composto de três estágios, sendo que o segundo e o terceiro estágio são
de duplo efeito.

DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO (fig. 5.37 e fig. 5.43 – Páginas 5.2.1 e 5.2.2)

Elevação
O óleo do tanque hidráulico é transferido para a bomba hidráulica, por pressão
atmosférica, entrando pelo orifício (A) e sendo recalcado através do orifício de saída (B)
para o orifício (C) do comando hidráulico. Saindo pelo pórtico (D) e ao mesmo tempo
pilotando a válvula “holding”, o óleo segue através da válvula esférica (5) para o orifício
(E) do cilindro de basculamento. O óleo que estava na parte superior do terceiro estágio é
expulso pelo orifício (F) do cilindro de basculamento, retornando ao comando hidráulico
pelo orifício (G), passando pela válvula “holding” ou frenagem e saindo a seguir pelo
orifício (H), retornando a tanque através do orifício (I) do filtro hidráulico, porém quando o
cilindro está em fim de curso (totalmente expandido) o óleo que está entrando pelo orifício
(E) passa pela válvula by-pass (8) seguindo pela linha (F) e posteriormente a tanque
mantendo apenas a pressão da válvula “holding” do comando, conforme a figura 5.42.

Retorno forçado
O óleo do tanque hidráulico entra na bomba através do orifício de admissão (A), saindo
pelo orifício (B) e se dirigindo à válvula de comando, onde é admitido pelo orifício (C). A
saída do óleo do comando se faz através do orifício (G), seguindo em direção ao cilindro
de basculamento, onde entra através do orifício (F). O óleo que se encontra na parte
inferior do terceiro estágio do cilindro de basculamento sai sob pressão, através do orifício
(E), com destino ao comando, onde entrará através do orifício (D), saindo pelo orifício (H)
e retornando finalmente a tanque, conforme a figura 5.43.

Retorno por gravidade


O óleo que se encontra na parte inferior do cilindro de basculamento, sai deste pelo
orifício (E), entrando no comando pelo orifício (D) e saindo através do orifício (H), para o
filtro de retorno, conforme figura 5.41.

RK 430B 5-2-3
SISTEMA HIDRÁULICO
Circuito hidráulico de basculamento do RK 430B (fig. 5.38)

1 RESERVATÓRIO HIDRÁULICO 9 VÁLVULA DE ALÍVIO


2 BOMBA HIDRÁULICA DE 10 VÁLVULA DE FRENAGEM
BASCULAMENTO
3 COMANDO DIRECIONAL 11 VÁLVULA DE ESFERA
4 PONTO DE TOMADA DE PRESSÃO A RETORNO DO CILINDRO PARA O
COMANDO
5 VÁLVULA DE GAVETA B LINHA DO FLUXO DE ELEVAÇÃO
6 CILINDRO DE BASCULAMENTO E ENTRADA DO COMANDO
7 PONTO DE TOMADA DE PRESSÃO T SAÍDA PARA TANQUE
8 RESPIRO

RK 430B 5-2-4
SISTEMA HIDRÁULICO
Regulagem da pressão do sistema hidráulico de basculamento
(Acompanhe pela figura 5.37.)
1. Erguer a basculante e travá-la com o braço de segurança, para evitar acidentes.
2. Fechar a válvula manual de esfera (5).
3. Instalar o manômetro 6818.00023.1 no ponto de tomada de pressão (6).
4. Ligar a tomada de força e acionar a alavanca de basculamento. Com o motor a 1000
rpm ler a pressão registrada no manômetro. Efetuar o mesmo procedimento, agora
com o motor a 1500 rpm.
5. Se a pressão estiver acima ou abaixo de 200 bar, adotar o seguinte procedimento:
• desligar a tomada de força.
• soltar a contra-porca (17) (fig. 5.46).
• girar o parafuso (18) no sentido horário (fig. 5.46) para aumentar a pressão ou
anti-horário para diminuí-la.
• apertar a contra-porca, ligar a tomada de força e refazer a leitura da pressão.
• repetir este procedimento até conseguir a pressão correta.
6. Retirar o manômetro.
7. Abrir a válvula de esfera (5).

OBS: Para acoplar a tomada de força, aplique o pedal da embreagem até o final de
curso e acione a tecla localizada no painel. Solte lentamente o pedal da embreagem
e acelere a uma rotação máxima de 1500 rpm.

NOTAS
1. Caso ao acoplar a tomada de força houver “arranhamento” na transmissão,
verificar a regulagem da embreagem ou, engatar uma marcha, acoplar a tomada
de força e desengatar a marcha, para iniciar a operação de basculamento.
2. Ao término da operação de basculamento, não esqueçer de desacoplar a tomada
de força, pois do contrário podem ocorrer as seguintes avarias:
• Fusão da bomba de basculamento.
• Danos à transmissão.
• Contaminação do óleo hidráulico.

Fig. 5.39 - Vista em corte do corpo de admissão do comando de basculamento

RK 430B 5-2-5
SISTEMA HIDRÁULICO
Detente do comando do basculamento

Desmontagem: (fig. 5.40)


1. Retirar os parafusos Allen (15) da tampa.
2. Retirar o cone com rebaixe interno (9).
3. Pressionar a esfera maior para dentro e retirar o cone liso (13).
4. Retirar a mola (14).
5. Retirar as esferas (11) e (12).
6. Retirar a arruela de diâmetro menor (16).
7. Retirar a arruela de diâmetro maior (17).
8. Retirar a carcaça (18).
9. Retirar a extensão (13).
10.Retirar os suportes das molas e as molas (8).

Montagem: (fig. 5.40)


1) Colocar os suportes das molas e as molas (8).
2) Colocar a extensão enroscando-a no eixo (13).
3) Colocar a carcaça (18) com o rebaixe para fora.
4) Colocar a arruela maior (17) e a arruela menor (16).
5) Colocar a mola (14) e a esfera maior (11).
6) Colocara as esferas menores (12) empurrando a esfera maior para dentro.
7) Colocar o cone liso (13), mantendo a esfera maior pressionada para dentro.
8) Colocar o cone (9) com o rebaixe virado para fora e a tampa (7).

OBS: Antes do colocar a tampa (7), colocar graxa nas esferas (11) e (12) e também
na própria tampa, (internamente) para evitar o engripamento do detente.

fig. 5.40

RK 430B 5-2-6
SISTEMA HIDRÁULICO
VÁLVULA DE FRENAGEM

Válvula de frenagem ou “holding”


Está localizada no corpo central, na linha de retorno (A) (fig. 5.38, posição 10), e tem a
função de impedir que a caixa de carga quando basculada, seja puxada para trás pela
própria carga. Esta válvula (fig. 5.44), impede que isto aconteça, fazendo frenagem no
óleo que está retornando do terceiro estágio, evitando danificar o cilindro de
basculamento.

fig. 5.44

Desmontagem e montagem (fig. 5.44)


Para desmontar a válvula, retire a porca (37), o êmbolo (6), os calços (48) e a mola (36).
Puxe o êmbolo (5) e o assento (8) para fora com o auxílio de um alicate.
Para remontá-la, coloque o assento (8), o êmbolo (5), e os calços (48) e mola (36) com
seu êmbolo (6), fixando-os com a porca (37).
ATENÇÃO! Não alterar a posição ou a quantidade original de montagem dos calços
(48), (fig. 5.44). Se a pressão na tubulação de retorno não estiver corretamente
ajustada (40 bar na linha entre as conexões F e G, figura 5.37), pode ocorrer o
estufamento da(s) camisa(s) do cilindro, pelo excesso de pressão; ou a “batida”
das hastes quando do final da expansão, pela falta de pressão. Caso ocorrer a
“batida”, verificar também a regulagem do coxim (batente) de fim de curso da
basculante (capítulo 1).

fig. 5.45

Regulagem (fig. 5.45)


A pressão máxima admissível no retorno do cilindro de basculamento, quando este está
expandindo, deve ser de 40 bar.
Para verificar a pressão da válvula, instalar um manômetro na linha de retorno (fig. 5.37),
entre as linhas “G” e “F” e elevar a basculante em marcha lenta.

RK 430B 5-2-7
SISTEMA HIDRÁULICO
Para regular a pressão deve-se acrescentar ou retirar calços (48) (fig. 5.44), sendo que
para aumentar a pressão devem ser colocados calços, e, para diminuir a pressão, os
calços devem ser retirados.

OBS: Caso a basculante trepidar quando o último estágio do cilindro estiver


expandindo, deve-se inverter a posição de montagem dos calços, ou seja, um ou
mais calços devem ser montados atrás do êmbolo (6), conforme mostrado na figura
5.45.

NOTAS:
• Após a modificação, efetuar o primeiro basculamento em marcha lenta. Havendo
dificuldade com sintoma de “motor apanhando”, refazer a regulagem.
• Para não causar o estufamento das camisa do cilindro, observe o que é descrito
abaixo:
♦ Não estrangule o êmbolo (5) com o pino (6).
♦ Jamais inverta o comando de basculamento bruscamente.
♦ Jamais pare a basculante hidraulicamente (no comando), quando a mesma
estiver baixando.
• Após a operação de basculamento, voltar o comando à posição central (neutro
ou “float”), (fig. 5.41). Caso a basculante não descer por gravidade, jamais utilizar
o solavanco (arrancada e freada) para começar a baixá-la. Desta forma será
evitado o golpe de aríete na tubulação, o qual pode estufar as camisas do
cilindro. Utilizar o comado para baixar a basculante (fig. 5.43).
• Caso haja necessidade de descarregamento parcial da carga, a basculante deve
ser recolhida totalmente após o basculamento parcial.

VÁLVULA DE ALÍVIO

fig. 5.46

Está fixada ao corpo de admissão do comando. A função da válvula de alívio é regular a


pressão máxima de funcionamento do sistema, eliminando qualquer pico de pressão que
possa vir a ocorrer.
Acompanhe as instruções de desmontagem e montagem pela figura 5.46.

RK 430B 5-2-8
SISTEMA HIDRÁULICO
Desmontagem
1. Retirar a válvula do corpo de admissão, desenroscando a carcaça (15).
2. Retirar o parafuso de regulagem (18). Com isso estará livre o cone (19) e a mola (23).
3. Retirar a sede (16) e o êmbolo da válvula (20), de dentro do corpo de válvula (14) e a
mola (21) estará solta.

Montagem
1. Colocar o cone (19) e a mola (23) dentro do parafuso (16) e prende-los com o parafuso
(18) e a porca (17).
2. Colocar o êmbolo (18) e a porca (17).
3. Colocar o corpo (14) dentro da carcaça (15). Enroscar o parafuso (16) na carcaça (15).
4. Enroscar a válvula no corpo de admissão.

OBS: Lubrificar os componentes

CILINDRO DE BASCULAMENTO

Dados gerais

Peso Volume de Volume de Pressão Conector de Conector de


aproxima- óleo (aberto) óleo máxima de pressão retorno
do do cilindro (fechado) trabalho
215 kg 27 dm3 6 dm3 200 bar R 1” M 26 x 1,5

RK 430B 5-2-9
SISTEMA HIDRÁULICO
Vista em corte do cilindro de basculamento

RK 430B 5-2-10
SISTEMA HIDRÁULICO
Componentes do cilindro de basculamento (fig. 5.48)

fig. 5.48

1 Carcaça 14 Camisa do 3º estágio


2 Anel “O” 15 Assento da válvula by-pass
3 Flange 16 Assento da válvula by-pass
4 Gaxeta 17 Válvula by-pass
5 Anel raspador 18 Mola
6 Camisa do 1º estágio 19 Anel “O”
7 Gaxeta 20 Mancal do olhal
8 Anel raspador 21 Parafuso trava
9 Camisa do 2º estágio 22 Anel de segmento
10 Gaxeta 23 Anel raspador
11 Gaxeta 24 Parafuso
12 Anel raspador 25 Arruela lisa
13 Anel de encosto ou anti-extrusão 26 Olhal de articulação

RK 430B 5-2-11
SISTEMA HIDRÁULICO
Retirada do cilindro do chassis

• Levantar a basculante e travá-la com a trava de segurança.


• Retirar o mancal superior (que une a haste à basculante).
• Acionar o comando para baixar, fechando o cilindro sem perda de óleo.
• Retirar as mangueiras, protegendo as suas extremidades (tampando-as).
• Retirar o mancal inferior.
• Retirar o cilindro do anel cardan.

Desmontagem do cilindro hidráulico


• Retirar o parafuso trava do mancal do
olhal (21) (fig. 5.48).
• Retirar os parafusos de fixação da
flange (24).
• Retirar a flange com a ferramenta
conforme figura 5.49.
• Com o auxílio de uma talha, retirar o
conjunto do interior da carcaça.
• Retirar o mancal do olhal (26).
• Retirar o 3º estágio (cuidado para não
quebrar os anéis de segmento).
fig. 5.49
• Expandir o 2 º estágio para permitir a retirada do anel trava, conforme figura 5.50.
• Retirar o anel trava.
• Retirar o 2º estágio do primeiro.
• Retirar as vedações.
• Lavar os componentes.
• Se necessário, desmontar a válvula by-pass fixada na base do terceiro estágio.
Inspeção dos componentes do cilindro

A carcaça (1) do cilindro (fig. 5.48), deve ser


observada quanto a desgaste do mancal e
riscos internos. Se a mesma apresentar
riscos internos, não profundos, esta poderá
ser brunida para ficar em condições de uso.
As camisas (6) e (9) apresentando riscos
internos, danificam os anéis de vedação,
causando vazamento no cilindro. Neste
caso substitua as mesmas.
Verificar a existência de rebarbas nos
batentes de fim de curso dos pistões. Caso
existam, passar uma lima para eliminá-las,
pois as rebarbas soltam pequenas
partículas, que danificam os guias e a
superfície cromada dos pistões. Antes da
montagem, lixar os guias de bronze dos
pistões, eliminando as rebarbas.
fig. 5.50

RK 430B 5-2-12
SISTEMA HIDRÁULICO
Montagem das vedações

Tanto as gaxetas quanto os anéis de


vedação podem ser montados
manualmente, porém, antes da montagem,
tanto as vedações quanto os seus
alojamentos devem ser lubrificados. Para a
instalação, as gaxetas devem ser
aquecidas em água a 80º C, e os anéis
devem ser esticados o menos possível e de
modo uniforme (fig. 5.51). Quando da
montagem do pistão no cilindro, empurrá-lo
reto, não rotacionando-o, pois o movimento
de rotação tende a enrugar e cortar o anel,
o que pode provocar vazamentos.

fig. 5.51

Montagem do cilindro

Montar as gaxetas ou conjunto de vedação


(gaxeta, anel raspador) no primeiro estágio
e no segundo estágio.
Montar o segundo estágio no primeiro
estágio e suspender o conjunto, conforme
figura, batendo-o na madeira que está
apoiada no solo, até encaixar (fig. 5.52).

fig. 5.52

RK 430B 5-2-13
SISTEMA HIDRÁULICO
Expandir o segundo estágio para permitir a
colocação do anel de trava, conforme figura (fig.
5.53).
Montar a válvula by-pass no terceiro estágio.
Verificar a folga dos anéis de segmento, após estes
terem sido montados no segundo estágio. A folga
deve ser de 0,20 a 0,30 mm.
Verificar as canaletas dos anéis de segmento,
colocando um anel de segmento e girando-o em
toda a circunferência.
A folga existente nos anéis de segmento (22, fig.
5.48) em relação a suas canaletas não deve ser
superior a 0,10 mm. Caso esteja excessiva, verificar
a canaleta e se necessário substituir o pistão (14).

Fig. 5.53

Montar os quatro anéis de segmento, observando a posição de


montagem de 90º um em relação ao outro, a partir dos anéis mais
externos (fig. 5.54).

fig. 5.54

Montar o terceiro estágio no conjunto de


camisas do primeiro e segundo estágios
com o auxílio da ferramenta
5400.01398.8 (figs. 5.55 e 5.56).

Girar o conjunto montado e montar o


mancal do olhal enroscando-o até o final.
Travar o mancal do olhal com o parafuso
de trava.
Suspender o conjunto montado com o
auxílio de uma talha e colocá-lo na
carcaça.
Colocar a flange e os parafusos allen.

fig. 5.56
fig. 5.55

RK 430B 5-2-14
SISTEMA HIDRÁULICO
Instruções para montar o cilindro no chassis

1. Montar o anel cardan no chassis, e aplicar um torque de 42 a 45 kgfm nos parafusos do


mancal de fixação do mesmo.
2. Montar o cilindro de basculamento no anel cardan, aplicando um torque de 42 a 45
kgfm nos parafusos do mancal de fixação do mesmo.
3. Aplicar um torque de 40 kgfm nos parafusos de fixação do mancal de encosto (tampa),
do pino do olhal do cilindro, no mancal da basculante.

BOMBA HIDRÁULICA DE BASCULAMENTO

fig. 5.57

Desmontagem da bomba hidráulica de basculamento

1. Fixar a bomba num torno de bancada, com o eixo para baixo. Ter cuidado de não
apertar sobre as partes usinadas. Durante a desmontagem, marcar com um punção
todas as partes, assegurando o alinhamento correto destas marcas quando da
remontagem.
2. Remover os parafusos ou porcas sextavadas e arruelas, com uma chave soquete.
3. Retirar a tampa. Se necessário, forçar com uma alavanca, tendo o cuidado de não
danificar as superfícies usinadas. Se a placa de encosto permanecer na carcaça esta
pode ser retirada, dando-se ligeiras pancadas com o cabo de madeira de um martelo.
Cuidado para não danificar a placa.

RK 430B 5-2-15
SISTEMA HIDRÁULICO

4. Retirar a carcaça da bomba, tomando o cuidado


para não danificar as superfícies usinadas (passo
9).

5. Remover o conjunto de engrenagens. Examiná-lo


e substituí-lo se necessário. Substituir sempre o
par de engrenagens (passo 11).

6. Retirar a placa de encosto com chaves de fenda


ou ferramenta similar. Evitar empenar a placa de
encosto. Remover e substituir por novos todos os
vedantes e juntas de borracha (passo 12).

RK 430B 5-2-16
SISTEMA HIDRÁULICO
7. Examinar todos os rolamentos quanto a riscos,
marcas e zonas de desgaste. Se necessário,
substituí-los. Retirá-los por meio do extrator
(5400.01379), (passo 13).

8. Retirar os anéis de vedação. Para substituí-los,


retirar o rolamento de engrenagens com um
extrator de rolamentos (5400 013791.1) e retirar o
anel de vedação do fundo do furo do rolamento
(passo 14).

9. Colocar a tampa do lado do eixo de acionamento


num torno de bancada com a face de montagem
virada para cima. Remover a trava do rolamento
externo com uma chave de fenda (passo 15).

RK 430B 5-2-17
SISTEMA HIDRÁULICO
10.Retirar o rolamento externo (ou espaçador) com
um extrator de rolamentos (5400.01379.1)
(passo 16).

11.Prender a flange no torno de bancada com a


face de montagem voltada para baixo. Remover
o retentor, introduzindo a ferramenta especial
(fig. 5.66) no chanfro entre o retentor e a
carcaça. Não reutilize o retentor (passo 17).

Fig. 5.66
12.Esmerilhar todas as superfícies usinadas com
uma pedra de esmeril de Carborundum de grão
médio (passo 18).

RK 430B 5-2-18
SISTEMA HIDRÁULICO
Montagem da bomba hidráulica
1. Retirar as rebarbas dos furos dos rolamentos.
Lavar as peças. Passar um jato de ar em todas as
peças e limpá-las com um pano sem fiapos, antes de
iniciar a montagem (passo 19).

2. Prender a flange no torno de bancada com a face


de montagem voltada para baixo. Examinar o
bujão e certificar-se que está bem firme no lugar.
Travar o bujão com um punção em ambos os
lados da fenda e em volta da borda (passo 20).

3. Recalcar as bordas do furo 1/32” a 1/16” com a


esfera de 1.1/2” de diâmetro (passo 21).

RK 430B 5-2-19
SISTEMA HIDRÁULICO
4. Retirar do torno de bancada, passar LOCTITE
SEAL RETAINER PÚRPURA no lado externo do
retentor e no seu alojamento. Colocar o retentor
com o lado do metal para cima e, com a prensa
de coluna para eixos, introduzi-lo na face de
montagem do flange. Limpar o excesso de
Loctite (passo 22).

5. Introduzir os anéis de vedação no fundo do furo


da engrenagem acionadora. A ranhura do anel
de vedação deve ficar visível. Esta é uma
verificação para se ter a certeza de que o lado
ranhurado está virado para o rolamento (passo
23).

6. Recolocar os rolamentos introduzindo-os em


seus respectivos alojamentos através de uma
prensa de coluna para eixos (passo 24).

7. Verificar todas as placas de encosto e substituí-


las se necessário (passo 25).

RK 430B 5-2-20
SISTEMA HIDRÁULICO
8. O relevo das ranhuras de todas as placas de
encosto unidirecional deve ser orientado para o
lado de alta pressão (saída) da bomba (passo
26).

9. Cortar dois cordões vedantes de 7/32” de


comprimento. Unta-los com graxa consistente e
introduzi-los nas fendas do meio da placa de
encosto (passo 27).

10.Com os cordões vedantes para baixo, colocar a


placa de encosto sobre os rolamentos da tampa
do lado do acionamento. Bater a placa de
encosto com um martelo macio até
aproximadamente 1/32” da superfície usinada
(passo 28).

RK 430B 5-2-21
SISTEMA HIDRÁULICO
11.Cortar quatro cordões vedantes de 1/4” de
comprimento, aproximadamente. Introduzir um
cordão vedante em cada uma das ranhuras da
placa de encosto. Empurrar cada um dos cordões
vedantes até que toquem os rolamentos. Bater a
placa de encosto firmemente contra a superfície
usinada, com um martelo macio. Com uma lâmina
bem afiada, cortar a ponta exposta do cordão
vedante em ângulo reto e rente à placa de encosto
(passo 29).

12.Lubrificar levemente o eixo de acionamento.


Introduzi-lo completamente, com movimentos de
rotação, de maneira a não danificar o retentor.
Utilizar um casquilho protetor quando introduzir o
eixo. Os mordentes da morsa devem ficar abaixo
da superfície usinada. Introduzir os guias da tampa
(passo 30).

13.Colocar a carcaça e batê-la com um martelo


macio, até encostar firmemente na flange. Tomar
cuidado para não estragar a junta de vedação.
Jogar óleo sobre as engrenagens para
providenciar a lubrificação inicial, quando da
partida da bomba. Introduzir os guias (passo 31).

14.Colocar a tampa posterior sobre os eixos das


engrenagens e bater firmemente contra o corpo
principal. Tomar cuidado para não estragar a junta
de vedação.

RK 430B 5-2-22
SISTEMA HIDRÁULICO
15.Apertar os fixadores (parafusos e arruelas ou
prisioneiros e porcas) de forma alternada ou
simetricamente. Girar o eixo de acionamento
com uma chave de 6” para assegurar-se que não
haja prisão da bomba. Após o ajuste dos
fixadores e verificado de que não há prisão
interna, apertá-los com um torque de 28 kgfm.

16.Introduzir o rolamento externo ou espaçador na


flange. Isto não é um ajustamento de prensa.
Introduzir a trava na sua ranhura para assegurar
o rolamento externo (passo 38).

OBS: O sentido de rotação da bomba é determinado pela exposição do bujão “A” e


“B” da figura 5.57. Ou seja, quando existir o bujão “A” o sentido de rotação é
horário e quando o bujão estiver na posição “B” é anti-horário. Este bujão deve
sempre ficar do lado da saída de pressão.

Como guia para responder à pergunta “Qual o limite de desgaste permitido antes
de substituir a peça?”, são dadas as seguintes sugestões:

Corpo Principal: (fig. 5.82)

Desgaste acima de 0,127 mm exige a substituição do corpo


principal. Colocar uma régua através do furo. Se for possível
deslizar um apalpador de 0,127 mm de espessura sob a régua na
área de desgaste, substituir o corpo principal. A pressão comprime
as engrenagens contra a carcaça no lado de baixa pressão. Quando
fig. 5.82
o eixo e os rolamentos se desgastam, a folga torna-se mais
pronunciada.
O desgaste excessivo num curto período de tempo, indica uma pressão excessiva ou
contaminação do óleo. Se o ajuste da válvula limitadora de pressão estiver dentro dos
limites prescritos, verificar se há picos de pressão. Retirar uma amostra de óleo e
verificar quanto à contaminação. Verificar também o óleo do tanque. Quando o desgaste
está abaixo de 0,127 mm, o corpo principal está em boas condições e se ambas as
conexões são do mesmo diâmetro, o corpo pode ser invertido e reutilizado.

Engrenagens: (fig. 5.83)

Qualquer desgaste no eixo das engrenagens, detectável pelo tato


ou maior de 0,05 mm, necessita substituição. Riscos, estrias ou
rebarbas no diâmetro externo dos dentes requer substituição.
Mossas, corte e rebarbas nas superfícies dos dentes também
exigem a substituição das engrenagens.
fig. 5.83

RK 430B 5-2-23
SISTEMA HIDRÁULICO
Placas de encosto: (fig. 5.84)
As placas de encosto vedam os flancos da engrenagem. O seu
desgaste permite o vazamento interno, isto é, o óleo retorna do lado de
pressão para o lado de sucção. 0,05 mm é o máximo admissível de
desgaste. Substituir também quando as placas de encosto estiverem
fig. 5.84 riscadas, corroídas ou esburacadas.
Verificar o centro da placa de encosto onde as crenas (espaço entre os dentes da
engrenagem) se engrenam. O desgaste dessa área indica a contaminação do óleo.
As placas de encosto picadas indicam cavitação ou aeração, provavelmente por
insuficiência de óleo.
Eixos de acionamento: (fig. 5.85)
Substituí-los quando houver desgaste sensível ao tato na zona de
vedação ou na ponta de acionamento. O desgaste máximo admissível é
de 0,05 mm. O desgaste nas zonas de vedação indica contaminação do
óleo. Desgaste ou danos nos entalhados, chavetas, rasgos de
fig. 5.85 chavetas, determinam a substituição dos eixos de acionamento.

Rolamentos: (fig. 5.86)


Se as engrenagens são substituídas, os rolamentos também devem
ser. Os rolamentos devem ser colocados no furo com leve pressão. A
pressão de mãos limpas é permitida.
Se o rolamento está folgado, o furo correspondente pode estar acima
fig. 5.86 do tamanho.

Retentores e juntas: (fig. 5.87)


Substituir todos os anéis, retentores de borracha e polímeros sempre
que a bomba for desmontada. Incluir todos os anéis “O” e cordões
vedantes atrás da placa de encosto, retentor do eixo e anéis de
fig. 5.87 vedação.
Válvulas de retenção: (fig. 5.88)
Examinar as válvulas de retenção da tampa do lado do acionamento,
para se certificar do seu bom funcionamento. Se não houver válvulas
neste local, verificar se o lado de alta pressão da tampa do lado do
fig. 5.88 acionamento está fechado com um bujão.

IMPORTANTE: Após efetuada a montagem da bomba, o eixo deve girar livremente


sendo acionado com a mão. Caso isso não ocorra esta deve ser desmontada para
lapidar as engrenagens com uma pedra de esmeril de Carborundum de grão médio.

Amaciamento da bomba
Toda a vez que a bomba for substituída ou consertada, deve ser amaciada antes de
sofrer a pressão nominal de trabalho, da seguinte forma:
• Acionar a tomada de força com o motor em marcha lenta durante dez minutos.
• Acionar o comando de basculamento até atingir 10 bar durante um minuto, e voltar
para marcha lenta, com o comando em neutro durante dez minutos. Repetir a operação
para 50 bar, 100 bar e para a pressão nominal, sucessivamente, mantendo o sistema
na pressão especificada durante um minuto, voltando à marcha lenta e mantendo a
alavanca do comando na posição “neutro” durante dez minutos.

RK 430B 5-2-24

Você também pode gostar