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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Nome: Paulo Saldanha Luís - 708212611

Analise Critica, Racional do Impacto do Processo da globalização e sua Influencia


na Identidade Cultural dos Moçambicanos.

Curso: administração Pública

Disciplina: Sociologia Geral

Ano de Frequência: 1º Ano

Docente: MsC. Ancha Monjane

Quelimane, Novembro de 2021


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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.0.Introdução....................................................................................................................5

1.0.1.Objectivos:................................................................................................................5

1.0.2.Metodologia..............................................................................................................5

1.1.Fundamentação teórica................................................................................................6

1.2.Globalização................................................................................................................6

1.3.Cultura.........................................................................................................................6

1.4.Identidade....................................................................................................................6

2.0.Desenvolvimento.........................................................................................................7

2.1.Análise Crítica, Racional do Impacto do Processo da Globalização e sua.................7

2.2.Identidade cultural.......................................................................................................9

3.0.Conclusão..................................................................................................................11

Referências bibliográficas...............................................................................................12
1.0.Introdução
O presente trabalho da cadeira de sociologia geral tem como o tema, Impacto do
Processo da Globalização e sua Influência na Identidade Cultural dos Moçambicanos.
No espaço social e cultural, há regras que possibilitam aos indivíduos viver em
comunidade; nesse entendimento, a cultura perpassa todo o cotidiano dos indivíduos,
eles se socializam devido à cultura. Além disso, toda sociedade humana possui uma
cultura. A função da cultura, dessa forma, é, entre outras coisas, permitir a adaptação do
indivíduo ao meio social e natural em que vive. E é por meio da herança, do patrimônio
cultural, que os indivíduos podem se comunicar uns com os outros, não apenas por meio
da linguagem, mas também por formas de comportamento. Isso significa que as pessoas
compreendem os sentimentos e as intenções das outras porque conhecem as regras
culturais de comportamento em sua sociedade.

1.0.1.Objectivos:

Geral

 Analisar o Impacto do Processo da Globalização e sua Influência na Identidade


Cultural dos Moçambicanos.

Específicos

 Identificar o Impacto do Processo da Globalização e sua Influência na


Identidade Cultural dos Moçambicanos;
 Descrever os Impactos do Processo da Globalização e sua Influência na
Identidade Cultural dos Moçambicanos;
 Mencionar os Impacto do Processo da Globalização e sua Influência na
Identidade Cultural dos Moçambicanos.

1.0.2.Metodologia

Para a elaboração do trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que é


um apontamento geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes relacionados com
o tema”. Portanto, este método consistiu na escolha selectiva dos autores que abordam o
tema em estudo.

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1.1.Fundamentação teórica
Pretende-se, neste tópico, estabelecer a definição de termos da investigação,
contextualizar algumas teorias culturais que são interessantes para identificar a
globalização, a identidade e cultura. Acredita-se que é necessário fazer conhecer os
estudos realizados por distintos autores que, graças à sua perícia, trouxeram grandes
subsídios para entender como ocorre o processo de desenvolvimento cultural do
indivíduo.

1.2.Globalização

Globalização como um processo que tem conduzido ao condicionamento crescente das


políticas económicas nacionais pela esfera megaeconómica, ao mesmo tempo que se
adensam as relações de interdependência, dominação e dependência entre os actores
internacionais e nacionais, incluindo os próprios governos nacionais que procuram pôr
em prática as suas estratégias no mercado global. Mário Murteira (2003)

1.3.Cultura

A Cultura define-se como sendo um conjunto complexo de maneiras de ser, estar,


comportar-se e relacionar-se desde o nascimento até a morte passando pelos rituais que
marcam os principais momentos do processo de integração social e de socialização. A
cultura compreende: os aspectos criativos; as artes visuais e cênicas; os materiais:
vestuário, as estruturas econômicas, sociais, políticas e militares crenças e valores. Por
isso, a Cultura deve ser entendida como sendo a totalidade do modo de vida de um Povo
ou Comunidade. Milton. (2005).

1.4.Identidade

O conceito de identidade tem sua origem na filosofia. Utiliza-se este conceito para
descrever algo que é diferente dos demais, porém idêntico a si mesmo. A esse respeito,
Habermas1 faz a seguinte proposta: “a autoidentificação predicativa que efetua uma
pessoa é, em certa medida, condição para que essa pessoa possa ser identificada
genericamente e numericamente pelas demais” (Habermas, p.147, tradução nossa)
Assim a identidade é formada dialeticamente entre individuo e sociedade sendo mutável
em boa medida inconscientemente, num processo que inclui a identificação própria e a
identificação reconhecida por outros. Milton. (2005).

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2.0.Desenvolvimento
2.1.Análise Crítica, Racional do Impacto do Processo da Globalização e sua
Influência na Identidade Cultural dos Moçambicanos.

Moçambique não se encontra à margem dessas dinâmicas globais e continentais. Desde


o „pós-guerra civil‟, sobretudo entre 2006 e 2007, com a erupção das crises mundiais de
alimentos e combustíveis, respetivamente, este país tem sido palco de grandes
investimentos desenvolvidos pelos MNCs. De forma geral, vários estudos revelam que
tais investimentos contribuem para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas
não possui ligações com os sistemas locais de produção, não criando empregos ao nível
local (Castel Branco, 2002, 2008).

O fenómeno globalização é um dos principais elementos que participa diretamente na


perca dos elementos físicos e espirituais de uma cultura moçambicana, em detrimento
dos que se julgam ser modernos e de consensos internacionais. Por esta via, os usos e
costumes dos povos indígenas, especialmente dos países pobres (ou das camadas
pobres) se substituem comos dos povos dos países desenvolvidos. Este processo é
liderado principalmente através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).

Pela influência do que se transmite pelas Tecnologias de Informação e Comunicação


sobre o modo de vida dos povos dos países desenvolvidos, se substituem os hábitos
culturais das culturas dos povos dos países pobres marcando assim, uma forte influência
da globalização nas culturas tradicionais como é o caso de Moçambique.

As crenças nos antepassados, as danças que representam os momentos de diversão e


também da manifestação da ligação com os espíritos, os nomes dos filhos que lhes são
dados em função dos elementos da família ja falecidos, os nghangas que para os Ndaus
constituem figuras de respeito, pois, através deles os vivos se comunicam com os
mortos, constituem um dos muitos elementos da cultura Ndau que pela influência da
globalização, os mais novos os desvalorizam na convicção de que são crenças dos
culturalmente “atrasados”.

A globalização, conforme Donelly (2007a), é geralmente entendida literariamente com


significado de criação de estruturas e processos que abrange todo o globo. Pessoas,
produtos e ideias incrivelmente mudam e se interagem com outras fronteiras que não as

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do território nacional. Política, mercados e cultura tornam-se transnacionais e mesmo
globais em vez de nacionais.

Assim sendo, a globalização é um processo no qual o encolhimento do mundo e as


difusões culturais se tornam inevitáveis. Isto ocorre principalmente porque as distâncias
se encurtam, a tecnologia se apressa e os reflexos das ações se tornam praticamente
simultâneos. A globalização inclui várias dimensões, dentre elas, a política, a
econômica, a cultural e a tecnológica. Estas dimensões possibilitam uma conexão de
indivíduos e instituições por todo o mundo. Neste diapasão, a globalização leva
produtos, tecnologia, conhecimento e também afirmação de direitos humanos. Milton.
(2005).

Invariavelmente, ela gera mudanças políticas, econômicas e também culturais. As


mudanças culturais ocorrem através das várias manifestações, dentre elas, dos acordos
internacionais ratificados pelos Estados. Isto explica por que os direitos humanos têm se
tornado uma parte integral do processo de globalização de várias maneiras.

Na verdade, a globalização é frequentemente vista como força que instiga – ou tenta


instigar – homogeneidade de atitudes, valores e hábitos. Ao mesmo tempo, a
globalização intensifica o aumento da pobreza, a falta de segurança, fragmentação da
sociedade e então violação dos direitos humanos e dignidade humana de milhões de
povos. Desta forma, a globalização tem resultado na intensificação dos conflitos e das
violências étnicas e religiosas. Sob este aspecto, claramente, a globalização tem tido um
efeito deteriorizante em todo o complexo de direitos humanos, resultando na
transformação significante no comportamento de valores de massas da humanidade
através do globo.

Para tanto, Magalhães (2008a) argumenta que o Estado possui um papel muito
importante no mundo globalizado, no sentido de “reagir” contra os abusos advindos da
globalização.

Conforme Santos (2003, p. 147), uma outra globalização supõe uma mudança radical
das condições atuais, de modo que a centralidade de todas as ações seja localizada no
homem. Nas presentes circunstâncias, a centralidade é ocupada pelo dinheiro.

Donelly (2007b) argumenta que a cultura de direitos humanos do “não-ocidente” ainda


é traçada pelas características de unidade, integralidade e homogeneidade. No entanto, e

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conforme Donelly reverencia Preis, a cultura na atualidade deve ser vista como algo
dinâmico, marcada por traços complexos de variações intersubjetivas de identidades e
práticas culturais.

Atualmente vive-se num mundo cosmopolita multidentitário, onde a pessoa humana


possui várias identificações ao mesmo tempo, o que torna a identidade cultural algo
cada vez mais complexa.

A cultura, observada de uma perspectiva contemporânea, não é algo estática. No mundo


atual, extremamente globalizado, pode-se perceber, mais facilmente, que a cultura são
manifestações em constante mudança. Algumas mudanças de cunho positivo, como as
troca e relações com povos diferentes, das novas oportunidades advindas de um “mundo
aberto”, e outras de cunho negativo, tais como as ameaças de homogeneização de
culturas, através da imposição de culturas hegemônicas.

Em detrimento disso, os hábitos culturais de grande parte da população mundial vêm se


modificando. O modelo cultural dos países hegemônicos vem ganhando espaço,
podendo gerar o que a antropologia denomina de aculturação. Essa influência, no
entanto, vai depender da diversidade de pessoas e lugares e de como irão reagir à
manipulação da mídia. “O que é transmitido a maioria da humanidade é, de fato, uma
informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso tanto é mais grave
porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação é prescindível”
(Santos, 2010).

2.2.Identidade cultural

A identidade da cultura é bastante discutida dentro das temáticas teóricas em áreas de


ciências sociais, perante a sua diversidade e complexidade, muitos autores relacionam o
avanço das tecnologias como um perigo que pode alterar certas práticas e tradições. A
identidade se altera de acordo com a forma como o sujeito é apostrofado ou
representado; assim, a identidade não é automática e apresenta-nos três procriações de
sujeito e suas respectivas identidades: o sujeito do iluminismo, o sujeito sociológico e o
sujeito pós-moderno (Hall, 1999).

Na linha do pensamento do mesmo autor, o sujeito do iluminismo refere-se em: Numa


concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado,
dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo “centro” consistia num

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núcleo interior, que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se
desenvolvia, ainda permanecendo essencialmente o mesmo – contínuo ou “idêntico”. O
centro essencial do eu era a identidade de uma pessoa (Hall, 1999).

No que diz respeito à identidade cultural, os moçambicanos têm orgulho da sua cultura
e se identificam com a mesma por meio das suas amostras de expressões culturais e
narrativas.

Quanto a se a prática de ritos de iniciação pode ser considerada uma tradição


moçambicana e comparada com a educação em Ciências Naturais ou o conhecimento da
maturidade do homem e da mulher, 95,2% consideram que sim, que essa prática é uma
tradição moçambicana, embora não seja comum em todas regiões do páis, e que pode,
sim, ser comparada à educação de Ciências Naturais, mas de uma forma mais profunda
e com objetivo de preparar o indivíduo para a vida adulta.

Com relação a alguma tradição moçambicana que possa ser apreciada além-fronteiras,
os inqueridos são unânimes em afirmar que sim, com foco no uso da capulana e na
gastronomia. Isso mostra que, independentemente da cultura regional, o uso da capulana
é presente em todo o país, e a gastronomia é muito rica, aspectos estes que são
apreciados além-fronteiras.

A globalização não é fácil de perceber, já que pressupõe a conscientização dos limites


culturais, históricos, de conhecimento, institucionais e políticos de um indivíduo. Na era
de globalização, em que a cultura externa tende a tornar-se mais presente, é necessária
uma especial atenção em preservar a tradição e a cultura nacional, isso porque as
comunidades tradicionais ou culturas regionais têm a facilidade de alastrar ou difundir
as suas características. É interessante que as tradições culturais em tempos de
globalização parecem colocar em evidência o contraste entre o tradicional e o moderno,
entre valores e visões de mundo (Hall, 1999).

A componente do valor da cultura moçambicana é o de desenvolver cada vez mais os


hábitos e costumes praticados em diferentes regiões dentro do país.

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3.0.Conclusão
Após ter feito o trabalho destacou-se que a cultura é um termo muito abrangente, que
engloba uma série de áreas, e o seu valor está centrado nos hábitos e costumes
praticados diariamente. Nesta era de globalização em que vivemos, existe uma crescente
uniformização de hábitos e tradições culturais em todo o mundo. Os cidadãos sentem a
obrigação de salvaguardar suas culturas locais (regionais e nacionais) face à importação
de novos hábitos. Da análise conclusiva desta pesquisa, alguns pontos são fundamentais
na busca do objetivo deste estudo, ou seja, entender as percepções dos inquiridos sobre
a identidade e o valor da cultura moçambicana. Nesse sentido, foi ressaltado nesta
pesquisa que a identidade da cultura moçambicana é verificada por meio de certas
práticas que são patentes no dia-a-dia de cada indivíduo, e umas das características mais
comum é diversidade linguística, sem querer deixar de lado a gastronomia. Além dessas
características, é preciso lembrar que todas as culturas têm uma estrutura própria, todas
mudam, todas são dinâmicas. Assim, não é possível falarmos de povos sem história,
porque tal fenômeno significaria a existência de uma cultura que não passasse por
transformações ao longo do tempo. A riqueza oral presente no país é considerada a
identidade cultural dos moçambicanos e essa mesma identidade é valorizada dentro do
país.

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Referências bibliográficas
Donelly, Jack. (2007). International human rights. Colorado:West View Press,

Magalhães, José Luiz Quadros, (1997). Princípios universais de direitos humanos e o


novo Estado Democrático de Direito. Jus Navigandi,Teresina, ano 1, n. 12, maio

Chauí, Marilena. (2006). Cidadania Cultural: o direito à cultura. São Paulo: Editora
Fundação Perseu Abramo,

Hall, S. A. (1999). Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Murteira, Mário (2003). Globalização, pela invenção dum tempo global e solidário,
Lisboa, Quimera

Santos, Milton. (2005). Da totalidade ao lugar. São Paulo: Editora da Universidade de


São Paulo.

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