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Universidade Aberta Isced

Faculdade de Economia e Gestão


Curso de Gestão de Recursos Humanos

Psicologia das Organizações


Analise das Doenças Ocupacionais e Suas Consequências Para Fins de Estabilidade no
Emprego

Carmen Elias Aassumate - 844470474

Quelimane Junho de 2022


Universidade Aberta Isced
Faculdade de Economia e Gestão
Curso de Gestão de Recursos Humanos
Psicologia das Organizações
Analise das Doenças Ocupacionais e Suas Consequências Para Fins de Estabilidade no
Emprego

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Gestão de Recursos Humanos da UnISCED.
Tutor:

Carmen Elias Aassumate - 844470474

Quelimane, Junho de 2022

Índice
1.0.Introdução...................................................................................................................................4

1.0.1.Objectivos................................................................................................................................4
1.0.2.Metodologia.............................................................................................................................4

1.1.Analise das doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no..............5

1.2.Breve informação sobre o município de Quelimane..................................................................5

1.3.O sistema municipal de saúde....................................................................................................5

1.4.Estimativa rápida: problemas de saúde do território e comunidade...........................................5

1.5.Doenças ocupacionais................................................................................................................5

1.6.Diferença entre doença profissional e doença do trabalho.........................................................6

1.7.Principais doenças ocupacionais................................................................................................6

1.8.Consequências............................................................................................................................6

2.0.Classificação de doenças ocupacionais......................................................................................7

2.1.Asma Ocupacional......................................................................................................................7

2.2.Dermatose ocupacional..............................................................................................................7

2.3.Surdez temporária ou definitiva.................................................................................................8

2.4.Antracose Pulmonar...................................................................................................................8

2.5.DORT – Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho...............................................8

2.6.A medicina e as doenças laborais...............................................................................................9

2.7.Proposta de Intervenção...........................................................................................................10

3.0.Conclusão.................................................................................................................................11

Referências bibliográficas..............................................................................................................12
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1.0.Introdução
O presente trabalho da cadeira de psicologia, tem como o tema, Analise das doenças
ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no emprego. As doenças
ocupacionais e as doenças profissionais são ocasionadas ou agravadas pela exposição a ambientes
que ofereçam riscos à saúde física, mental ou social, ceifando a vida de trabalhadores, deixando-
os incapacitados de trabalhar, tornandoos totalmente ou parcialmente improdutivos. O assunto
relativo à prevenção das doenças ocupacionais e profissionais é um tema extremamente atual, e
ao mesmo tempo atemporal. Durante a Revolução Industrial, os trabalhadores eram expostos a
ambiente de riscos e períodos extremamente excessivos de trabalho sem o intervalo necessário de
descanso, essas condições extremas causavam doenças físicas como Ler (Lesão por esforço
repetitivo), surdez, intoxicação e psicológicas como depressão, síndrome do pânico e outras mais.

1.0.1.Objectivos
Geral

 Analisar doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no emprego

Específicos

 Identificar as doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no


emprego;
 Descrever as doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no
emprego.

1.0.2.Metodologia
Nesta pesquisa privilegiou-se a técnica do estudo bibliográfico que se caracteriza pelo estudo
profundo e exaustivo de um de poucos objectos, que permita o seu amplo e detalhado
conhecimento, configurando uma pesquisa exploratória realizada em situações pouco
sistematizadas. Foi também, feita uma triangulação entre o método qualitativo e o método
quantitativo para melhor analisar o tema em discussão.
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1.1.Analise das doenças ocupacionais e suas consequências para fins de estabilidade no


emprego

1.2.Breve informação sobre o município de Quelimane


O presente trabalho possui como campo de estudo a Unidade de Saúde, do hospital geral de
Quelimane, localizada no centro urbano da mesma cidade.

Quelimane é a maior cidade e capital da Província da Zambézia, em Moçambique. Está situada


junto ao rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico. É limitada geograficamente
pelo distrito de Nicoadala, a noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta localização geográfica, na
zona costeira, a comercialização marítima e a pesca é uma das suas principais atividades
económicas.

1.3.O sistema municipal de saúde


A Unidade Básica de Saúde à qual pertenço está bem estruturada com uma área 100% urbana,
localizada em uma área de pobreza onde está presente um alto índice de criminalidade, tráfico e
drogas. Sendo assim se faz necessária união dos trabalhadores de saúde para uma adequada
planificação e priorização das atividades a serem exercidas.

1.4.Estimativa rápida: problemas de saúde do território e comunidade


Muitos são os problemas nessa unidade de saúde e na comunidade que ela atende, cada um destes
com sua relevância e importância na saúde dos indivíduos. Os problemas que a equipe enfrentam
no território e comunidades abrangem a violência urbana, uso de drogas e alta prevalência de
doenças relacionadas ao trabalho, com consequências na atenção à saúde.

1.5.Doenças ocupacionais 
Doenças ocupacionais são aquelas associadas ao ofício do trabalhador e às condições de trabalho
nas quais ele está inserido. Este também é um termo genérico, utilizado para designar as doenças
profissionais e as doenças do trabalho. Embora pareçam termos sinônimos, a Lei 8.213/91 as
diferencia, em razão do agente causador de cada uma delas.
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1.6.Diferença entre doença profissional e doença do trabalho


Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada em razão da realização de trabalho
específico a uma determinada atividade, e que conste na lista elaborada pelo Ministério da
Previdência Social. Já a doença do trabalho não é específica de uma determinada função ou
profissão, mas tem origem (ainda que não exclusivamente) nas atividades desenvolvidas pelo
sujeito, relacionando-se diretamente com as suas funções e originando-se em razão de condições
peculiares em que o trabalho é desenvolvido. Campos, (2010).

Segundo a Lei 8.213/91, as doenças ocupacionais são equiparadas ao acidente de trabalho para


fins previdenciários e fiscais.

1.7.Principais doenças ocupacionais


LER – Lesão por Esforço Repetitivo

A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), segundo Gravina (2002), é uma síndrome de dor que
provoca incapacidade funcional, causada de forma primária por tarefas que desenvolvem
movimentos locais repetitivos ou posturas forçadas. As lesões inflamatórias causadas por
esforços repetitivos eram conhecidas desde a Antiguidade, mas possuíam outros nomes. É uma
lesão relacionada à atividade da pessoa, podendo por vezes ser entendida como uma doença
ocupacional, ocorrendo sempre que houver incompatibilidade entre os requisitos físicos da
atividade ou tarefa que envolva o corpo humano. Alguns fatores de risco contribuem para a lesão,
como tracionamentos, postura incorreta e levantamento de pesos. Alesão instala-se lentamente no
organismo e pode passar despercebida ao longo de toda uma vida de trabalho e, quando
diagnosticada, já comprometeu a área afetada.

1.8.Consequências
Sobre os sintomas, Gravina (2002) aponta que os mais conhecidos são dores específicas nas
partes afetadas, com formigamento e sensação de queimadura. Essa dor é semelhante a dor de
reumatismo ou de esforço estático, como quando se segura algo com o braço por um longo tempo
sem movimentá-lo. Ao notar os sintomas, o paciente deve procurar um médico para que a
avaliação possa ser feita e, assim, iniciar o tratamento, afastando-se temporariamente da atividade
ou diminuí-la, dependendo do grau de afetação. Por ser considerada uma doença ocupacional,
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equivalente a um acidente de trabalho, sua ocorrência deve ser comunicada aos órgãos
competentes.

Ao falar de doenças ocupacionais, talvez, a primeira delas que venha à mente seja a LER.
Causada pelo exercício prolongado e repetitivo de determinado movimento, ela reduz gradativa e
significativamente a capacidade do indivíduo para o trabalho, podendo levar à aposentadoria por
invalidez.

2.0.Classificação de doenças ocupacionais


Na classificação das doenças ocupacionais, ela está inserida no grupo das chamadas doenças do
trabalho, pois, embora se relacione diretamente com a função desenvolvida pelo colaborador, não
é ínsita à determinada profissão, mas pode ser desenvolvida por qualquer pessoa, em qualquer
ramo, mesmo que não seja empregado.

Em razão de sua lenta progressão, muitas vezes, ela passa despercebida, só sendo notada quando
em estágio avançado. Para prevenir-se, o ideal é fazer pausas para descanso durante a atividade e
praticar a chamada ginástica laboral.

2.1.Asma Ocupacional
Para, (Monteiro, 1998). Causada pela inalação de agentes tóxicos que causam alergia, a asma se
caracteriza pela obstrução das vias respiratórias do trabalhador por poeiras de substâncias como
algodão, borracha, linho, madeira, etc. É a doença respiratória mais comum relacionada ao
trabalho.

A sua prevenção depende, em grande medida, da utilização de adequados equipamentos de


proteção individual. A eficácia do tratamento, quando a patologia já está instalada, depende do
afastamento do trabalhador dos agentes causadores da obstrução de suas vias áreas.

2.2.Dermatose ocupacional
É uma doença do trabalho, que se caracteriza por alterações na pele e na mucosa do trabalhador,
em razão da sua exposição a determinados agentes nocivos durante o desempenho de
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suas atividades laborais, como a graxa ou óleo mecânico, por exemplo. O termo engloba os
seguintes males: dermatite de contato, ulcerações, infecções e cânceres.

A sua prevenção depende da utilização contínua de EPI — Equipamento de Proteção Individual


—, e o tratamento reclama o afastamento do trabalhador de suas funções habituais e do contato
com os agentes nocivos.

2.3.Surdez temporária ou definitiva


Caracterizada pela perda da sensibilidade auditiva em razão da intensa e prolongada exposição a
ruídos. É uma doença do trabalho, pois, embora possa se relacionar diretamente com o exercício
da atividade profissional, não é típica de uma função específica, mas pode ser desencadeada por
qualquer pessoa submetida às mesmas condições, independentemente de sua ocupação laboral.

Como a maioria das doenças ocupacionais, pode ser eficazmente evitada se utilizados


equipamentos de proteção individual, como protetores auriculares. É comum entre os operários
da construção civil e trabalhadores de salão de beleza, expostos diariamente a ruídos exaustivos.
Se em estágio avançado, a surdez pode se tornar irreversível.

2.4.Antracose Pulmonar
Doença do trabalho, incidente em trabalhadores das carvoarias, submetidos à inalação contínua
de agentes causadores de lesões pulmonares. Embora seja comum nesse segmento profissional,
ela não é exclusiva dessa categoria de trabalhadores, podendo ocorrer em qualquer pessoa
moradora de grandes centros urbanos. O tratamento exige o afastamento do trabalhador do
agente patógeno.

2.5.DORT – Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho


Inserido, muitas vezes, na mesma categoria das LER, os DORT são caracterizados pela contínua
postura inadequada, causando dor crônica que, se não tratada, tem a tendência de se agravar ao
longo do tempo, causando a invalidez do trabalhador. Fonseca, (1998).
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O DORT, diferentemente da LER (que pode ocorrer em qualquer atividade, mesmo não
relacionada ao trabalho), só pode ocorrer no ambiente de trabalho, sendo caracterizado
pelas condições inadequadas em que a função laboral é realizada. Fonseca, (1998).

Para combatê-lo, uma excelente dica é a prática de atividade física, promovendo o fortalecimento
dos músculos e o cuidado com a postura. Assim, as chances de sofrer desse mal tornam-se muito
menores, e os riscos podem ser eficazmente controlados. Fonseca, (1998).

Como vimos, além de atender à legislação sobre medicina e segurança do trabalho, cuidar da


saúde dos colaboradores é uma conduta que traz ganhos para ambos os sujeitos da relação
trabalhista: tanto empregados quanto empregadores. Para os colaboradores, a sua integridade
física e psíquica reflete no seu bem-estar e na sua capacidade para o trabalho, o que, além de
beneficiá-lo, também trará ganhos para a empresa. Sentir-se bem-disposto vai influir na
produtividade do profissional e combater o absenteísmo no trabalho.

Por isso, além de ser medida humanitária, o zelo pelas ideais condições em que o trabalho é
desenvolvido também é uma estratégia para as empresas que pretendem elevar seus resultados
comerciais e reduzir custos.

A incidência de doenças ocupacionais, além de elevar a carga tributária da organização, ainda


promove gastos com franquias de plano de saúde, indenizações e com o pagamento de salários e
demais consectários, mesmo nos períodos de afastamento do trabalhador. Fonseca, (1998).

Dessa forma, a empresa deve estar sempre atenta à qualidade do ambiente de trabalho, quer seja
para evitar a ocorrência das doenças ocupacionais ou para otimizar a produtividade do seu corpo
funcional e os resultados da própria organização.

2.6.A medicina e as doenças laborais


A medicina do trabalho, de acordo com Mendes e Dias (1991), é uma especialidade médica
surgida na Inglaterra na primeira metade do século XIX, juntamente com a Revolução Industrial.
Nesse momento histórico, o consumo da força de trabalho era aumentado por causa da submissão
dos trabalhadores a um processo acelerado e precário, para os trabalhadores, de produção, o que
exigiu uma intervenção para que se tornasse viável a sobrevivência dos mesmos, bem como o
processo em si.
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Mendes e Dias (1991) assinalam que a medicina do trabalho se constitui como uma atividade
médica com foco nos locais de trabalho, fazendo parte de um conjunto de concepções que
buscam cuidar da integridade física e mental dos trabalhadores, contribuindo para que estejam
plenos para executar suas tarefas correspondentes às aptidões. A intervenção médica para a
adequação do trabalho ao trabalhador, muitas vezes é restringida à aplicação de atividades
educativas, porém é tarefa da medicina do trabalho contribuir para que o estabelecimento
mantenha um elevado nível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

Costa et al. (1989) definem a medicina do trabalho como uma especialidade médica que lida com
as relações entre a saúde do trabalhador e seu trabalho, buscando não apenas prevenir doenças e
acidentes, mas promover saúde e qualidade de vida através de ações articuladas, capazes de
assegurar a saúde individual, tanto nas dimensões físicas quanto mentais, propiciando uma
relação saudável com o ambiente social, no caso, o trabalho.

2.7.Proposta de Intervenção
Essa proposta refere-se ao problema priorizado “alta prevalência de doenças relacionadas ao
trabalho, com consequências na atenção à saúde”, para o qual se registram uma descrição,
explicação e seleção de seus nós críticos, de acordo com a metodologia do Planejamento
Estratégico Simplificado (Campos; Faria; Santos, 2013).
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3.0.Conclusão
Ao término do presente trabalho, foi possível entender que as doenças ocupacionais podem
causar inúmeros problemas para os funcionários e empresas e devem-se usar métodos para evitá-
las, através de profissionais qualificados. Nesse contexto, os objetivos foram alcançados de forma
satisfatória de acordo com as propostas. Para o realizador, se mostrou um tema pertinente ao
estudo, complementando sua formação profissional.
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Referências bibliográficas
Campos, F.C.C.; Faria H. P.; Santos, M. A. (2010). Planejamento e avaliação das ações em saúde

Corrêa, E. J.; Vasconcelos, M. ; Souza, S. L.. (2013). Iniciação à metodologia: textos científicos.
Belo Horizonte: Nescon UFMG,

Costa, D. F et al. (1991). Programa de Saúde dos Trabalhadores: a experiência da zona norte:
uma alternativa em saúde pública. São Paulo. Oboré, 1989. Apud Mendes, R,; Dias, E. C.
Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador. Rev. Saúde Públ

Couto, H. (1995). Ergonomia aplicada ao trabalho. Belo Horizonte. Ergo,

Fonseca, Alexandre Guerreiro da. (1998). Lesões por esforços repetitivos. Revista brasileira de
Medicina, v. 55, n. 6, p. 373-376,

Galafassi, M. C. (1998). Medicina do Trabalho: programa de controle médico de saúde


ocupacional. São Paulo. Atlas.

Gravina, M. C. R. (2002). Lesões por Esforços Repetitivos: uma reflexão sobre os aspectos
psicossociais. Saudesoc. v.11 n.2, p. 65-87, São Paulo ago./dez.

Mendes, R.; Dias, E. C. (1991). Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador. Rev Saúde
Públ.

Monteiro, A. (1998). Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais: conceito, processos de


conhecimento e de execução e suas questões polêmicas. São Paulo. Saraiva,

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